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FERREIRA SE ET AL.

RESUMO – OBJETIVO. Avaliar em uma amostra de critério, o padrãode uso de bebidas energéticas, isoladamente e em associação combebidas alcoólicas.

MÉTODOS. Cento e trinta e seis voluntários (idade 24 ± 6 anos)que relataram ao menos um uso anterior de bebidas energéticasforam submetidos a uma entrevista padronizada sobre hábitos deconsumo de bebidas energéticas e alcoólicas.

RESULTADOS. A maioria da amostra relatou usar bebidasenergéticas tanto isoladamente (79%) como em combinação combebidas alcoólicas (76%), neste caso preferencialmente com uísque(90%), vodka (37%) ou cerveja (13%). Após a ingestão isolada debebidas energéticas, 61% relataram não sentir nenhum efeito, 10%mencionaram aumento da alegria, 9% euforia, 9% insônia, 7%desinibição e 24% aumento do vigor físico. Dos que relataram usocombinado com álcool, 14% relataram não sentir alteração dos

INTRODUÇÃO

O consumo de bebidas alcoólicas ébastante antigo e de alta prevalência na popu-lação mundial. Em geral, quando ingeridas embaixa quantidade e freqüência, não geramproblemas físicos e/ou psíquicos, sendo destamaneira consumidas pela maioria das pessoas.No entanto, o consumo abusivo de bebidasalcoólicas é bastante prejudicial, sendo a de-pendência de álcool uma das principais causasde problemas físicos e psíquicos atualmente.

Vários fatores modulam as respostas fisio-lógicas e comportamentais ao álcool, entreeles: características genéticas, estado geral desaúde, ambiente de uso (setting), dose etempo de ingestão1,2,3.

Ao longo dos anos, diversas substânciasforam utilizadas com o intuito de amenizar osefeitos da intoxicação alcoólica, porém semgrande sucesso. Recentemente, observou-se

a rápida popularização da ingestão de bebidasalcoólicas, principalmente destiladas, emcombinação com bebidas energéticas* à basede carboidratos, taurina e cafeína. A comercia-lização destas bebidas é regulamentada pelaSecretaria de Vigilância Sanitária do Ministérioda Saúde.

Relatos populares sobre o aumento dosefeitos excitatórios do álcool e/ou de diminui-ção da intensidade dos seus efeitos depres-sores têm contribuído para a propagação douso desta mistura. Porém, ainda não existemevidências científicas se as bebidas energéticaspossuem de fato algum efeito antagonista dosefeitos depressores do álcool. Embora diver-sos relatos a respeito do uso combinado debebidas energéticas e álcool tenham sidoveiculados, a maior parte das informações nãosão cientificamente embasadas, sendo neces-sário estudos sobre o tema.

Especula-se que algumas substâncias pre-sentes na composição das bebidas energéticasinterfiram no metabolismo e/ou nas açõesfarmacológicas do álcool. Estudos com animais

*Correspondência:R. Botucatu, 862 – 1o Andar

CEP: 04.023-062 – Vila Clementino – São Paulo – SP

efeitos do álcool, mas 38% reportaram aumento de alegria, euforia(30%), insônia (11%), desinibição (27%) e do vigor físico (24%).Observou-se grande variabilidade no número de usos de bebidasenergéticas na vida (14 ± 16), mas certa regularidade na quantida-de ingerida por ocasião (1,5 ± 0,7 latas).

CONCLUSÕES. Os dados sugerem que os efeitos das bebidasenergéticas são bastante variáveis, dependendo provavelmenteda dose ingerida e da sensibilidade individual. Alguns relatossugerem que há interação com o álcool, expressa pelo aumentodos efeitos excitatórios ou redução de seus efeitos depressores.São discutidos possíveis mecanismos farmacológicos subjacentesa esta combinação.

UNITERMOS: Bebidas energéticas. Bebidas alcoólicas. Cafeína. Taurina.Padrão de uso e interação.

Artigo Original

O EFEIT O DAS BEBID AS ALCOÓLICAS PODE SER AFETADO PELA COMBINAÇÃO COMBEBID AS ENERGÉTICAS ? UM ESTUDO COM USUÁRIOSSIONALDO EDUARDO FERREIRA, MARCO TÚLIO DE MELLO, MARIA LUCIA OLIVEIRA DE SOUZA FORMIGONI*

Trabalho realizado no Departamento de Psicobiologia – UNIFESP, São Paulo, SP.

de laboratório têm demonstrado interaçõesfarmacológicas entre o álcool e a taurina, umdos componentes das bebidas energéticas4,5,6.

Trabalhos prévios demonstraram que aadministração de bebida energética rever-teu alguns dos efeitos depressores na ativi-dade locomotora de camundongos induzi-dos por 2,5 g/kg de álcool 7,8. Entretanto, emseres humanos, há poucos estudos sobre osefeitos da ingestão de bebidas energéticas,especialmente em combinação com bebi-das alcoólicas9-13.

Dado o reduzido número de trabalhossobre o tema, este estudo teve por objetivoavaliar o padrão de uso das bebidasenergéticas em uma amostra de critérioformada por usuários destas bebidas.

MÉTODOS

Amostra: Foi utilizada uma amostra de crité-rio, composta por 136 voluntários, de ambosos sexos, com idade entre 14 e 42 anos, querelataram ao menos um uso de bebidasenergéticas na vida.

* a maioria das marcas de bebidas energéticas (energy drinks) comercializadas no Brasil consiste numa mistura de carboidratos (cerca de 11 g/dl) com taurina (cerca de 400 mg/dl), cafeína (cerca de 32 mg/dl), gluconolactona(cerca de 240 mg/dl) e vitaminas do complexo B, embora existam algumas preparações à base de ervas comercializadas com nome semelhante.

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O EFEITO DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS

bebidas alcoólicas e energéticas (Anexo 1).Apenas os indivíduos que haviam feito usoanterior de bebidas energéticas e concor-daram em responder às perguntas da entre-vista foram admitidos como voluntários. Oestudo foi aprovado pelo Comitê de Ética emPesquisa da UNIFESP (394/00).

RESULTADOS

A amostra incluiu proporção semelhantede homens (56%) e mulheres (44%), sendo aidade média dos entrevistados de 24 ± 6 anos.A Tabela 1 apresenta as principais caracterís-ticas do padrão de uso das bebidas energé-ticas. Observou-se grande variabilidade nafreqüência de uso de bebidas energéticas,observamos desde uso único (9% dos casos) aaté 100 usos na vida conforme relatado (14 ±16 usos MD±DP). Entretanto, observou-secerta regularidade na quantidade consumidapor ocasião de uso, variando entre uma e trêslatas por ocasião (1,5 ± 0,7 latas MD±DP).

A maioria dos entrevistados relatou fazeruso de bebidas energéticas em casas noturnas(71%) e festas (50%), mas também foi relatadouso durante a realização de atividades físicasem academias (20%), durante o trabalho (4%)e antes de dirigir veículos (3%).

Quanto às razões de uso, cerca de 30% daamostra comentou usar uísque com bebidaenergética para se manterem estimulados anoite toda. Reduzindo assim, com a combina-ção, alguns dos efeitos depressores do álcool.Alguns entrevistados relataram usar a bebidaenergética para diluir e melhorar o sabor dasbebidas alcoólicas, considerado pouco agra-dável. Ocorreram relatos de uso de bebidasenergéticas como opção alternativa a outrasbebidas, às vezes em substituição a bebidasalcoólicas ou refrigerante, por exemplo.

A maioria dos entrevistados (76%) relatoufazer uso de bebidas energéticas de formacombinada com bebidas alcoólicas, sendoque, neste caso, 91% utilizavam bebidasdestiladas. Preferencialmente, as bebidasenergéticas eram ingeridas em combinaçãocom uísque (90%), vodka (37%) e cerveja(13%). O relato de uso de bebida energéticapura também foi freqüente (79%).

Considerando-se toda a amostra, apenas10% relataram tolerância (redução dos efei-tos) e 4% aumento dos efeitos em relação aoprimeiro uso. De modo geral, os usuáriosrelataram efeitos agradáveis, sendo baixa a

Anexo 1 – Questionário sobre o padrão de uso de bebidas energéticas

• Este questionário visa o conhecimento do Padrão de Uso de Bebidas Energéticas pela população em geral, por isso éimportante que você responda corretamente a todas as perguntas que lhe serão feitas.

• Nenhum dos voluntários desta pesquisa será identificado, sendo os dados aqui apontados de uso exclusivo para fins científicos.

1) Idade:.............anos Sexo: (a) M (b) F Altura:..............cm Peso:.............Kg2) Você já fez uso de Bebida Energética? (a) Sim (b) Não.3) Se sim, quantas vezes aproximadamente?........................vezes4) Normalmente, quantas latas consome?...........................latas5) Você já usou bebidas energéticas junto com bebidas alcoólicas?

(a) Sim (b) Não. Se sim, com qual(is)? (a) Cerveja (b) Vodka (c) Uísque (d) Cachaça (e) Tequila(f) Outras..............................................................................

6A)Quais os efeitos que freqüentemente você sente depois de ingerir energéticos com álcool?(a) nada diferente (b) alegria (c) euforia (d) cefaléia (e) insônia (f) desinibição (g) náusea (h) vigor físico(i) sensação de poder (j) depressão (k) sensação de estômago cheio.

6B)Quais os efeitos que freqüentemente você sente depois de ingerir energéticos sem álcool ?(a) nada diferente (b) alegria (c) euforia (d) cefaléia (e) insônia (f) desinibição (g) náusea (h) vigor físico(i) sensação de poder (j) depressão (k) sensação de estômago cheio.

7) Em relação à primeira vez que ingeriu bebida energética, quando você ingere uma lata, os efeitos são:(a) menores (b) maiores (c) continuam os mesmos (d) variáveis.

8) Em que ocasiões você faz uso de bebida energética?(a) atividade física (b) trabalho (c) dirigir veículos (d) casas noturnas (e) festas (f) outras:..............................

9) Com que objetivo? ...............................................................................................................................................10) Espaço para comentários sobre as bebidas energéticas:.............................................................................................

...........................................................................................................................................................................

Tabela 1 – Padrão de ingestão de bebidas energéticas: isoladamente ou em combinação com bebidas alcoólicas

Ingestão isolada 79%Número de latas por ocasião de uso 1,5 ± 0,7Número de usos na vida 14,4 ± 16,3Intensidade dos efeitos em relação menor 10%ao primeiro uso maior 4%

igual 71variável 5só usou uma vez 9

Local de uso academias 20trabalho 4direção de veículos 3casas noturnas 71festas 50

Ingestão com bebidas alcoólicas 76Bebida alcoólica de preferência uísque 90para uso combinado vodka 37

cerveja 13outras 11

Procedimentos: Os voluntários foram convi-dados pelos pesquisadores através de aborda-gem direta na entrada de casas noturnas, aca-demias de ginástica e na Universidade Federalde São Paulo, na cidade de São Paulo, SP. Após

esclarecimento sobre os objetivos do projetoe garantia de sigilo e anonimato, foi aplicadauma entrevista padronizada que incluía dadosdemográficos (idade e sexo), índices corporais(peso e altura) e questões sobre o uso de

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ocorrência de efeitos desagradáveis (12%).Nestes casos, os efeitos mais relatados foraminsônia (7%), sensação de plenitude gástrica(3,5%) e cefaléia (1,5%). Não foram detecta-das diferenças entre o uso isolado e combi-nado com bebidas alcoólicas em relação aosefeitos desagradáveis.

Em relação ao uso de bebidas energéticas,a maioria relatou não observar efeitos significa-tivos após sua ingestão isolada (61%). Entre-tanto, ao mencionar os efeitos percebidosapós a ingestão de bebidas energéticas emcombinação com bebidas alcoólicas, 86% daamostra relatou alguma alteração, comoaumento da alegria (38%), da euforia (30%),da desinibição (27%) e do vigor físico (24%). ATabela 2 apresenta os principais efeitos perce-bidos após a ingestão de bebidas energéticasisoladamente e após combinação com bebidasalcoólicas.

DISCUSSÃO

São poucos os estudos sobre os efeitos daingestão de bebidas energéticas, sendo este,ao nosso conhecimento, o primeiro sobre seupadrão de uso no Brasil.

Os resultados obtidos indicam que apesardas recomendações inseridas no rótulo doproduto, a respeito de se evitar sua misturacom álcool, esta prática é bastante comum,especialmente entre freqüentadores de casasnoturnas. Observou-se grande variabilidadeindividual quanto aos efeitos relatados.

Uma importante questão sobre o uso debebidas energéticas é a possível alteração dopadrão de uso de bebidas alcoólicas, especial-mente das destiladas. Grande parte da amostrarelatou não ter por hábito ingerir uísque e/ouvodka, mas o fazer, e por vezes em grande

quantidade, quando em combinação com be-bidas energéticas. Isto sugere que a melhorano sabor, obtida pela mistura, poderia estimu-lar a ingestão de maiores quantidades de bebi-das destiladas.

Se a sensação de redução dos efeitosdepressores do álcool não for acompanhadapor redução do prejuízo na coordenaçãomotora e no tempo de reação a estímulos, oindivíduo sob efeito da mistura pode supe-restimar sua capacidade de desempenharatividades, aumentando assim o risco de seenvolver em acidentes. Estudos com volun-tários demonstraram que a ingestão de umalata de bebida energética não reduziu os pre-juízos provocados pela ingestão de álcool(0,6 e 1,0 g/kg) nas capacidades de atenção,tempo de reação visual e coordenação motora13.

Entre os poucos trabalhos encontrados naliteratura a respeito da interação entre álcool ebebidas energéticas, destaca-se o de Ries-selman et al. (1996) que sugeriram que usuá-rios desta combinação poderiam fazer umjuízo errôneo de suas capacidades e provocaracidentes com maior probabilidade do quesomente após a ingestão de álcool.

Os dados obtidos até o momento indicamque as bebidas energéticas, especialmenteaquelas que contém taurina e cafeína, vêmsendo utilizadas para potencializar os efeitosestimulantes do álcool. Resta identificar se esteefeito é farmacologicamente explicável e quaisos mecanismos envolvidos, ou se é apenas umefeito placebo.

Constam na literatura alguns trabalhosrelatando os efeitos da ingestão de bebidasenergéticas como melhora do desempenhopsicomotor, redução do tempo de reaçãomotora, aumento da concentração ou da

memória imediata e aumento da sensaçãosubjetiva de alerta ou vigor. Há também rela-tos sobre a melhora do estado de humor e dodesempenho físico após a ingestão de RedBull9,10,11. Nestes estudos, os autores atri-buem os efeitos à ingestão do composto, mascomo não testaram seus componentes isola-damente não puderam sugerir os prováveismecanismos de ação.

No presente estudo, os relatos dediminuição do sono e de aumento dasensação de prazer ao se ingerir bebidasalcoólicas em combinação com energé -ticas sugerem que estas poderiam prolon-gar a duração dos efeitos excitatórios doálcool. Uma possibilidade de explicaçãopara este efeito seria uma modulação daneurotransmissão gabaérgica exercidapela taurina. Sabe-se que o efeito depres -sor do álcool está associado a aumento daneurotransmissão mediada pelo GABA(ácido gama-amino-butírico). Desta for-ma, diminuindo a atividade gabaérgica,a taurina reduziria o efeito depressor doálcool14. É possível também que a reduçãodo efeito depressor do álcool seja devidaàs ações estimulantes da cafeína no córtexcerebral. Alguns estudos demonstram queem determinadas doses a co-adminis -tração de cafeína reduz alguns dos efeitosdepressores do álcool15,16. Entretanto, nãohá estudos sobre a administração conjuntade taurina, cafeína e álcool que permitamfortalecer alguma destas hipóteses.

A ampliação e diversificação desta amostrasão fundamentais para o melhor conhecimen-to dos hábitos de uso e efeitos observadosapós a ingestão combinada de bebidas alcoó-licas e energéticas, que popularizou-se evem aumentando rapidamente, especialmen-te entre a população mais jovem.

Encontram-se em andamento estudoscom voluntários e em animais de laboratórioque têm por objetivo avaliar, de maneira siste-matizada, os efeitos agudos e crônicos daingestão de álcool com bebidas energéticas.

SUMMARY

CAN ENERGY DRINKS AFFECT THE

EFFECTS OF ALCOHOLIC BEVERAGES? A STUDY

WITH USERS

OBJECTIVES. The pattern of use of energydrinks, alone or combined with alcoholicbeverages, was evaluated in a criteria sample.

Tabela 2 – Efeitos percebidos após a ingestão de bebida energética pura e em combinação com bebidas alcoólicas

Efeitos percebidos (%) Bebida energética pura Bebida energética com álcoolNada diferente 61 14Alegria 10 38Euforia 9 30Cefaléia 3 2Insônia 9 11Desinibição 7 27Náusea 1 0Vigor físico 24 24Sensação de poder 1 5Depressão 0 0Plenitude gástrica 6 4

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O EFEITO DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS

METHODS. 136 volunteers aged 24 ± 6 years,who had reported at least one previous use ofenergy drinks, answered a questionnaire on theirpattern of use of energy drinks and alcoholicbeverages.

RESULTS. Most of the sample (76%) reportedusing energy drinks in combination with alcoholicbeverages, preferably whisky (90%), vodka(37%) and beer (13%). Most of the sample(79%) also reported using energy drinks alone. Inthe latter case, 61% of them reported not feelingany effect, 10% reported happiness, 9%euphoria, 9% insomnia, 7% uninhibited beha-vior and 24% increase in physical vigor. Out ofthose who reported combined use with alcohol,14% told not to feel different, 38% increasehappiness, 30% euphoria, 11% insomnia, 27%uninhibited behavior and 24% increase ofphysical vigor. High level of variability wasobserved in the number of lifetime uses of energydrinks (14 ± 16). However, there was certainconstancy in the number of cans ingested peroccasion (1.5 ± 0.7).

CONCLUSIONS. It was observed that the effectsof energy drinks are variable, probably dependingon the dose and individual sensitivity. Somereports suggest interaction with alcohol,expressed as an increase in the excitatory effectsor reduction in the depressive effects. Thepossible pharmacological mechanisms under-lying this interaction are discussed. [Rev AssocMed Bras 2004; 50(1): 48-51]

KEY WORDS: Energy drinks. Caffeine. Taurine.Pattern of use. Alcoholic beverages andinteraction.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a participação de MarcioVinícius Rossi, Renata Guedes Koyama e Rita AuréliaBoscolo Pereira na coleta de dados desta pesquisa.Esta pesquisa recebeu apoio financeiro da Associa-ção Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP),do CNPq e da FAPESP (00/15043-7) e apoio estru-tural do Centro de Estudos em Psicobiologia eExercício (CEPE/UNIFESP).

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Artigo recebido: 24/10/02Aceito para publicação: 19/09/03


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