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A HISTORIA DO BRASIL CONTADA POR SUAS BANDEIRAS E SIMBOLOS

BANDEIRA DA ORDEM MILITAR DE CRISTO (1332 - 1651)

      Primeiro símbolo da história brasileira, a Cruz da Ordem Militar de Cristo estava pintada nas velas das 12 embarcações (uma perdeu-se no mar em 23 de março de 1500) que chegaram em terras brasileiras no dia 22 de abril de 1500. É segundo o que consta da carta do escrivão da esquadra, Pero Vaz de Caminha, a bandeira com essa cruz estava presente no momento da partida: "Ali estava com o Capitão a bandeira de Cristo, com que saíra de Belém, a qual esteve sempre bem alta, da parte do Evangelho." Essa bandeira, da qual fala Caminha, era da Ordem Militar de Cristo. A CRUZ DE CRISTO é uma figura composta : uma cruz grega branca sobreposta a uma cruz patée vermelha, que lhe serve de campo.                

Podemos observar que o time de futebol, Vasco da Gama, tem como símbolo uma cruz conhecida como a Cruz de Malta. Na realidade não é esse o seu nome e sim, Cruz da Ordem Militar de Cristo, sendo a Cruz de Malta, uma outra cruz.

Uma ordem militar era uma instituição militar e religiosa restrita aos nobres, que nela eram admitidos mediante sagração no grau de cavaleiro, para combater os hereges (muçulmanos), tornando-se verdadeiros monges-soldados. A Ordem Militar de Cristo era a sucessora portuguesa da Ordem dos Templários e foi criada pelo rei de Portugal, D. Diniz em 1319. A Ordem dos Templários foi fundada por Hugo de Payers em Jerusalém, durante as Cruzadas e sua sede era o Templo de Salomão e daí veio o nome: Cavaleiros do Templo ou Templários. Conseguindo enriquecer com rapidez, a ordem atraiu para si a oposição de muitos reis e dos devedores. Após prisões, julgamentos e mortes em fogueiras, o papa Clemente V dissolveu a ordem. D. Diniz, usando de diplomacia, solicitou ao papa a permanência da Ordem dos Templários em Portugal. Conseguindo a autorização, alterou o nome da ordem para Ordem Militar de Cristo. Como essa ordem foi a grande financiadora de várias expedições marítimas dos portugueses, é natural que seu símbolo estivesse presente em várias expedições marítimas: Cabo Não, Gran Canária, Porto Santos, Açores, Gojador, Cabo Branco, Costa dos Negros, Cabo da Boa Esperança, Índia e nas embarcações que chegaram ao Brasil.

A Ordem de Cristo, rica e poderosa, patrocinou as grandes navegações lusitanas e exerceu grande influência nos dois primeiros séculos da vida brasileira. A cruz de Cristo estava pintada nas velas da frota cabralina e o estandarte da Ordem esteve presente no descobrimento de nossa terra, participando das duas primeiras missas. Os marcos traziam de um lado o escudo português e do outro a Cruz de Cristo.

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BANDEIRA REAL (1500 - 1521)

Além a Bandeira da Ordem Militar de Cristo, as embarcações lusas usavam uma outra bandeira: a Bandeira Real. Embora fosse a oficial, essa bandeira cedia espaço para a da Ordem Militar de Cristo, sendo usada nas expedições no mar e nas embarcações. Essa bandeira foi criada durante o reinado de D. João II, o Príncipe Perfeito (1481 - 1495). Organizador da viagem ao Cabo da Boa Esperança foi em seu reinado que o Tratado de Tordesilhas foi assinado com a Espanha, dividindo o mundo em dois hemisférios. Muito semelhante à Bandeira da Ordem Militar de Cristo, já que, era branca e com a cruz dessa ordem, apresentava o escudo real sobreposto a ela. Esse escudo, presença marcante nas bandeiras até nossa independência e na bandeira portuguesa da atualidade é vermelho com sete castelos amarelos e no centro um campo branco seguindo a forma do escudo, com cinco escudetes azuis em cruz. Nesses pequenos escudos azuis estão representados cinco besantes em branco.

                Era o pavilhão oficial do Reino Português na época do descobrimento do Brasil e presidiu a todos os acontecimentos importantes havidos em nossa terra até 1521. Como inovação apresenta, pela primeira vez, o escudo de Portugal.

BANDEIRA DE D. JOAO III (1521 - 1616)

   Após a morte de D. João II (1495), seu filho mais novo, D. Manuel, assumiu o trono português até seu falecimento em 1521. Sucedendo seu pai, D. João III (1521-1577), se tornou rei e durante seu reinado, introduziu a Companhia de Jesus e o Tribunal da Inquisição em Portugal. No Brasil implantou o sistema de Capitanias Hereditárias (1534) e o Governo-Geral (1549), além disso, criou uma nova bandeira: a Bandeira de D. João III.

                Essa bandeira tem semelhança com a anterior e possui algumas inovações. Sobre as semelhanças, temos o campo branco e o escudo real presentes na bandeira anterior e sobre as inovações, temos a retirada da Cruz da Ordem de Cristo e a inclusão sobre o escudo real, de uma coroa real aberta.

                O lábaro desse soberano, cognominado o "Colonizador", tomou parte em importantes eventos de nossa formação histórica, como as expedições exploradoras e colonizadoras, a instituição do Governo Geral na Bahia em 1549 e a posterior divisão do Brasil em dois Governos, com a outra sede no Maranhão

BANDEIRA DA FRANÇA ANTARTICA. (1554 a 1560)

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No Verão de 1554 Nicolas Durand de Villegagnon visitou secretamente a região do Cabo Frio, na costa do Brasil, onde seus compatriotas habitualmente escambavam. Ali obteve valiosas informações junto aos Tamoios, informando-se dos hábitos dos portugueses naquele litoral, colhendo dados essenciais ao futuro projeto de uma expedição para a fundação de um estabelecimento colonial. O local escolhido localizava-se cerca de cento e cinquenta quilômetros a Oeste: a Baia de Guanabara, evitada pelos portugueses devido à hostilidade dos indígenas na região. O projeto concebia transformá-la em uma poderosa base militar e naval, de onde a Coroa Francesa poderia tentar o controle do comércio com as Índias. Embora na ocasião não a tenha visitado, estava acerca dela bem informado por Andre Thevet que já a havia visitado por duas vezes, estando ciente de que os portugueses receavam os Tupinambás, indígenas ali estabelecidos. Na ocasião fez boas relações com ambos os povos (Tamoios e Tupinambás) recolhendo, além de valiosas informações, uma boa carga, com a qual lucrou ao retornar à França. Em seu retorno à Corte, fez uma demorada exposição de quatro horas ao rei de França, Henrique II e a Diana de Poitiers, convencendo-os das vantagens de uma colônia permanente na costa do Brasil.

Em fins de 1554, o soberano ordenou ao seu principal ministro, Gaspard de Coligny (ainda católico à época), a preparação de uma expedição sigilosa ao Brasil, cujo comando entregou a Villegagnon. Embora tenha fornecido recursos modestos (apenas dez mil libras), os armadores de Dieppe (base do armador Jean Ango, experiente com a costa brasileira), decidiram investir na expedição. À falta de voluntários para integrá-la, Villegagnon percorreu as prisões da região norte da França, prometendo a liberdade a quem quer que se lhe juntasse.

Para não despertar a atenção do Ministro de Portugal na França, Villegagnon fez espalhar a notícia de que a expedição se dirigia à costa da Guiné.

BANDEIRA DA FRANÇA EQUINOCIAL (1612-1615)

CONQUISTA DO MARANHÃO E GRÃO-PARÁ: A expansão da colonização não se deteve na conquista do Ceará. Prosseguindo pelos territórios mais ao norte alcançou a área do Maranhão, ponto estratégico devido à proximidade com a foz do Rio Amazonas - porta atlântica de acesso às minas peruanas e motivo de grandes preocupações para a administração filipina.

Filipe II (1598 - 1621) incentivou o avanço dos portugueses em direção àquela área pois, assim, afastava-os do Rio da Prata, o outro acesso às minas peruanas.

As preocupações do monarca procediam, já que a importância do local despertara a atenção da França. Em 1612, aguçados pelo sucesso da atividade açucareira, comerciantes e nobres franceses se associaram em um empreendimento comercial. Contando com o incentivo do rei, tentaram organizar uma colônia no Brasil, a França Equinocial, em um vasto território ainda não ocupado pelos portugueses - o atual estado do Maranhão. A expedição francesa, comandada por Daniel de La Touche, fundou o Forte de São Luís, em homenagem ao rei da França, e que deu origem à cidade de São Luís, hoje capital do

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Maranhão. Ante a ameaça de perderem parte da sua Colônia, portugueses e espanhóis se uniram para enfrentar os invasores. Após inúmeros combates os franceses renderam-se, desistindo do Maranhão (1615). Entretanto, conseguiram uma indenização que compensava as perdas que entendiam ter tido. Ciente das dificuldades para a ocupação do Grão-Pará, como a inexistência de caminhos regulares e seguros, a política filipina assumiu como finalidade principal, tanto por meio de ações guerreiras quanto por meio do povoamento, garantir o monopólio ibérico na área. Assim, no Natal de 1615 acontecia uma investida em direção à foz do chamado "Rio das Amazonas", liderada por Francisco Caldeira Castelo Branco, que participara da luta contra os franceses no Maranhão. No início de 1616, cumprindo ordens do governador geral, os colonizadores construíram um forte de madeira, que chamaram de Presépio, origem da atual cidade de Belém. O local, estratégico, permitia controlar qualquer investida estrangeira. Auxiliados pelos índios Tupinambás, construíram uma igreja e algumas habitações, estabelecendo um núcleo inicial de povoamento, o de Nossa Senhora de Belém.

Em meados de 1617 começaram a chegar homens e equipamentos, tanto da capitania de Pernambuco, como do Reino, para garantir o fortalecimento daquele núcleo urbano.

BANDEIRA DO BRASIL HOLANDÊS (1610-1654)

Os Países Baixos, no século XVI, pertenciam aos Habsburgos. Sob Felipe II, Rei de Espanha, os Holandeses, que se haviam convertido ao Calvinismo, sofreram um regime de terror, com execuções em massa, imposto pelo vice-rei espanhol, o

Duque de Alba. Em 1572, os holandeses se revoltaram e sustentaram uma longa campanha por terra e mar contra os espanhóis. As sete províncias, entre elas a Holanda, formaram uma federação, as Províncias Unidas, e acabaram não só expulsando os espanhóis de seu território como também obtendo o reconhecimento da França e da Inglaterra em 1596. Para os vigorosos holandeses, rivais no comércio e na religião, havia um mundo a conquistar, principalmente tudo o que fosse espanhol. E, naquela época, o Brasil era espanhol. A primeira tentativa foi contra a Bahia, em 1624, fracassou em um ano. A segunda, mais bem sucedida, foi contra Pernambuco, a terra do açúcar, em 1630. As forças luso-brasileiras, comandadas pelo administrador colonial, Matias de Albuquerque, lutaram bravamente, mas acabaram por ceder terreno. Em 1637, os holandeses tinham consolidado sua posição, dominando da foz do rio São Francisco até o Ceará. Nesse ano, chega ao Brasil o Conde João Maurício de Nassau-Singen, que aqui ficaria até 1644. Este é o período dourado do Brasil holandês, que viu florescer as artes, a ciência e a economia em Pernambuco, financiadas pelo açúcar. A partida de Nassau, entretanto, coincidindo com a queda do preço do açúcar e a visão estreita dos comerciantes da Companhia das Índias Ocidentais, provocaria o descontentamento da população e dos produtores locais, levando à revolta e à retomada do Nordeste para os portugueses, quando a própria coroa portuguesa, desolada, chegou mesmo a pensar em desistir dele. Durante 24 anos, o Nordeste viu tremular o pavilhão do Brasil Holandês. Sobre a bandeira das Províncias Unidas, figura o monograma da West Indische Compagnie, a Companhia das índias Ocidentais, encimado por uma coroa

BANDEIRA DO DOMINIO ESPANHOL (1616 - 1640)

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    Este pendão, criado em 1616, por Felipe II da Espanha, para Portugal e suas colônias, assistiu às invasões holandesas no Nordeste e ao início da expansão bandeirante, propiciada, em parte, pela "União Ibérica".

                 Com a falta de sucessores, veio uma crise dinástica, assumindo o trono após algumas lutas, o rei espanhol, D. Felipe II, tendo início a União Ibérica (1580-1640) durando 60 anos. Nesse período, Portugal passou a ter uma nova bandeira, a Bandeira da União Ibérica, enquanto suas colônias permaneciam com a mesma bandeira criada por D. João III, porém com uma modificação: a coroa real aberta foi substituída por uma fechada.

BANDEIRA DA RESTAURAÇAO ( 1640 - 1683)

  D. João III faleceu em 1577 e seus filhos não assumiram a coroa, já que nenhum havia sobrevivido. Para assumir o trono português foi escolhido seu neto, D. Sebastião, que faleceu, em 1578, numa batalha contra os mouros no norte da África. Sucedendo-o veio seu primo, o cardeal D. Henrique, falecendo rapidamente em 1579.

                É importante frisar que no período da União Ibérica, o nordeste brasileiro foi invadido pelos holandeses, sendo que nessa região uma nova bandeira foi hasteada: a Bandeira do Brasil Holandês. Felipe II foi sucedido por Felipe III e Felipe IV, mas após um revolta dos portugueses, a coroa foi restituída a um monarca português, D. João IV, primeiro rei da casa de Bragança.

                Juntamente com D. João IV foi criada uma nova bandeira: a Bandeira da Restauração. Essa bandeira mantinha o escudo real e o campo branco, mas agora orlado de azul. Essa orla em azul foi colocada para homenagear a padroeira de Portugal, Nossa Senhora da Conceição, pois seu manto era azul.

                Também conhecida como "Bandeira de D. João IV", foi instituída, logo após o fim do domínio espanhol, para caracterizar o ressurgimento do Reino Lusitano sob a Casa de Bragança O fato mais importante que presidiu foi a expulsão dos holandeses de nosso território. A orla azul alia à idéia de Pátria o culto de Nossa Senhora da Conceição, que passou a ser a Padroeira de Portugal, no ano de 1646.

BANDEIRA DO PRINCIPADO DO BRASIL (1645 - 1816)

   Durante o reinado de D. João IV, um de seus filhos, Teodósio, recebeu o título de "Príncipe do Brasil", sendo que a partir dessa data (1645), todos os herdeiros da coroa portuguesa passaram a usar esse título. Como exemplo similar, temos o

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caso britânico, onde o herdeiro da rainha recebe o título de "Príncipe de Gales". Desta forma, o Brasil foi elevado à categoria de Principado e ganhamos nossa primeira bandeira particular. Mesmo assim, não devemos ver essa bandeira como sendo a primeira bandeira de nossa nacionalidade, pois, não éramos uma nação soberana e muito menos essa bandeira simbolizava nossa nacionalidade, já que a mesma, só foi criada devido ao título recebido pelo filho do rei e não como representação de nossa nação. A Bandeira do Principado do Brasil tinha fundo branco com uma esfera armilar, encimada por um globo azul, com zona de ouro. Sobre o globo aparecia a Cruz da Ordem de Cristo. Analisando os elementos da bandeira, temos como principal, a esfera armilar que apareceu pela primeira vez na Bandeira Pessoal do rei D. Manuel I. Figura ainda no brasão dado por Estácio de Sá à cidade do Rio de Janeiro, em 1565, nos escudos de várias cidades portuguesas e nos atuais símbolos nacionais de Portugal. A esfera, é composta de dez círculos ou armilas, e era um dos instrumentos usados no aprendizado da arte da navegação. É interessante observar, que esse símbolo foi adotado por D. Manuel, antes dos descobrimentos realizados em seu reinado. O primeiro pavilhão elaborado especialmente para o Brasil. D João IV conferiu a seu filho Teodósio o título de "Príncipe do Brasil", distinção transferida aos demais herdeiros presuntivos da Coroa Lusa. A esfera armilar de ouro passou a ser representada nas bandeiras de nosso País.                 A Esfera atribuída é muito mais antiga que o Astrolábio (precursor do sextante ), teve sua invenção atribuída a ANAXIMANDRO DE MILETO (611-547 a.C.), filósofo grego que a idealizara para dar uma idéia dos movimentos aparentes dos astros. A Terra era figurada no centro em forma de um pequeno globo, circundada por 10 anéis de metal de armilas, móveis e ajustáveis, representando : o meridiano, o equador celeste; o horizonte; os dois coluros ( meridianos que passam pelos equinócios e pelos solistícios ); a eclítica, algumas vezes contendo o zodíaco, dividido em 12 partes de 30 graus cada, simbolizando os 12 signos zodiacais; os dois trópicos ( Câncer e Capricórnio); e os dois círculos polares ( Ártico e Antártico). Esta esfera era emprega nas escolas gregas onde se ensinava astronomia e a arte da navegação

BANDEIRA DE D. PEDRO II, DE PORTUGAL (1683 - 1706)

  D. João IV faleceu em 1656 e a coroa foi dada a seu filho, Afonso VI, que só assumiu o trono um ano após sua maioridade, em 1662. Em 1667, seu irmão, D. Pedro II convenceu-o a abdicar a seu favor e passou a governar Portugal como Regente. Como símbolo de sua Regência, D. Pedro criou uma nova bandeira, chamada de Bandeira de D. Pedro II Regente. Até a morte de seu irmão em 1683, adotará essa bandeira como forma de distinção em relação à bandeira utilizada por seu irmão. Assumindo o trono real, D. Pedro II adotou uma nova bandeira: a Bandeira de D. Pedro II Imperador. Essa bandeira possui o escudo real encimado pela coroa real fechada, mas com uma nova forma. Esses elementos foram colocados em um campo verde. Esta bandeira presenciou o apogeu de epopéia bandeirante, que tanto contribuiu para

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nossa expansão territorial. É interessante atentar para a inclusão do campo em verde (retângulo), que voltaria a surgir na Bandeira Imperial e foi conservado na Bandeira atual, adotada pela República.

BANDEIRA DO SECULO XVII (1600 - 1700)

   Esta bandeira foi usada como símbolo oficial do Reino ao lado dos três pavilhões já citados, a Bandeira da restauração, a do Principado do Brasil e a Bandeira de D. Pedro II, de Portugal

BANDEIRA DO REINO UNIDO DE PORTUGAL, BRASIL E ALGAGARVE (1816-1821)

  Após a vinda da família real para o Brasil em 1808, o Brasil passou por várias transformações, e entre elas, a elevação a Reino Unido. Criado em 1815, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve só ganhou uma bandeira em 13 de maio de 1816. O trecho dessa lei, criando as armas desses três reinos foi reproduzido em sua parte principal no livro "A Bandeira do Brasil": "Dom João, por graça de Deus, Rei do Reino Unido de Portugal, e do Brasil, e Algarve, d'aquém e d'além-mar em África, Senhor de Guiné, e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia, e da Índia, etc. Faço saber aos que a presente Carta de Lei virem: Que tendo sido servido unir os meus Reinos de Portugal, Brasil e Algarve, para que juntos constituíssem, como efetivamente constituem um só e mesmo Reino: é regular e conseqüente o incorporar em um só Escudo Real das Armas de todos os três Reinos, assim da mesma forma, que o Senhor Rei Dom Afonso Terceiro, de gloriosa memória, unindo outrora o Reino do Algarve ao de Portugal, uniu também as suas Armas respectivas: e ocorrendo que para este efeito o meu Reino do Brasil ainda não tem Armas, que caracterizem a bem merecida preeminência que me aprouve exaltá-lo, hei por bem, e me apraz ordenar o seguinte: I. Que o Reino do Brasil tenha por Armas uma Esfera Armilar de Ouro em campo azul. II. Que o Escudo Real Português, inscrito na dita Esfera Armilar de Ouro em campo azul, com uma Coroa sobreposta, fique sendo de hoje em diante as Armas do Reino Unido de Portugal, e do Brasil e Algarve, e das mais Partes integrantes III. Que estas novas Armas sejam por conseguinte as que uniformemente se hajam de empregar em todos os Estandartes, Bandeira, Selos Reais, e Cunho de Moedas, assim como em tudo mais, em que até agora se tenha feito uso das Armas precedentes". Assim sendo, estava criada a Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve." Criada em conseqüência da elevação do Brasil à categoria de Reino, em 1815, presidiu as lutas contra Artigas, a incorporação da Cisplatina, a Revolução Pernambucana de 1817 e, principalmente, a conscientização de nossas lideranças quanto à necessidade e à urgência de nossa emancipação política. O Brasil está representando nessa bandeira pela esfera armilar de ouro, em campo azul, que passou a constituir as Armas do Brasil Reino. Em 1821 - portanto, cinco anos depois - as cortes constituintes potuguesas decretaram que o campo da bandeira fosse azul e branca, "por serem cores do escudo de Afonso Henriques". Nela desaparecia a esfera armilar, como se a Bandeira Constitucional não representasse mais o Reino Unido. Um ano depois de instituída esta bandeira, "as cores do escudo de Afonso Henriques",

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apostas no tope dos uniformes militares de D. Pedro I e de sua guarda de honra eram arrancadas na colina do Ipiranga, no memorável Sete de Setembro de 1822.

INCONFIDENCIA MINEIRA OU CONJURAÇÃO MINEIRA (1779)

A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta de natureza separista abortada pela Coroa portuguesa em 1789, na então capitania de Minas Gerais no Estado do Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português

REVOLUÇÃO BAIANA (1799)

Bandeira da Conjuração Baiana. as cores da bandeira do movimento (Azul, branca e vermelha) são até hoje as cores da Bahia

A Conjuração Baiana, também denominada como Revolta dos Alfaiates (uma vez que seus líderes exerciam este ofício), foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no ocaso do século XVIII, na então Capitania da Bahia, no Estado do Brasil. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789), se reveste de caráter popular

PROVINCIA CIPLASTINA (1825 A 1828)

A região era disputada pelas Coroas de Portugal e da Espanha desde a fundação daColônia do Santissimo Sacramento (1680), sendo objeto de vários tratados territoriais, dos quais os principais foram o Tratado de Madri (1750), o Tratado de Santo Ildefonso (1777) também chamado Tratado dos Limites e o Tratado de Badajoz (1801).

Na posse espanhola, com a independência da Províncias Unidas do Rio da Prata, constituiu-se em território daquele país até 1816 quando foi invadida pelo General Carlos Frederico Lecor, comandante da Dicvisão de Voluntários Reais do Princípe, para a Coroa Portuguesa, na Guerra contra Artigas. Ali desenvolveu uma inteligente política de ocupação, com a fundação das Escolas Mútuas do Método de Lancaster e o apoio às elites Orientais. Em 1821 foi incorporado ao Reino Ubido de Portugal, Brasil e Algarves pelo Princípe-regente Português, com o nome de Província Ciplastina. A anexação foi justificada, à época, pelos alegados direitos sucessórios que sua mãe, a Rainha Carlota Joaquina, teria sobre a região.

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BANDEIRA DO REGIME CONSTITUCIONAL( 1821- 1822)

Em 1815, Napoleão foi derrotado, porém, D. João e a corte portuguesa não regressaram à Portugal, como era de se esperar. Contudo, em 1820, os portugueses se revoltaram e realizaram a Revolução Constitucionalista do Porto e exigiram o retorno de D. João VI. Em 1821, o rei português retornou, não como um rei absolutista, mas como rei de uma monarquia constitucional. É nesse contexto, que as Cortes (parlamento português) criaram uma nova bandeira em 21de agosto de 1821: a Bandeira do Regime Constitucional.   Última bandeira lusa a tremular em terras brasileiras.

                A Revolução do Porto, de 1820, fez prevalecer em Portugal os ideais liberais da Revolução Francesa, abolindo a monarquia absoluta e instituindo o regime constitucional, cujo pavilhão foi criado em 21 de agosto de 1821. Foi a última bandeira Lusa a tremular no Brasil.

BANDEIRA IMPERIAL DO BRASIL(1822 - 1889)

Recusando-se obedecer as ordens das Cortes Portuguesas, D. Pedro, a 7 de setembro de 1822, num sábado de céu azulado, às margens do riacho Ipiranga (Rio Vermelho - do tupi), em São Paulo, proclamou a emancipação política do Brasil, depois de proferir o brado de Independência ou Morte e de ordenar Laços Fora!, arrancando do chapéu o tope português, exclamou : "Doravante teremos todos outro laço de fita, verde e amarelo. Serão as cores nacionais ". Nossa primeira bandeira nacional sofreu uma modificação após quase três meses de existência, transformando-se na Bandeira Imperial do Brasil em 1º de dezembro de 1822: "Havendo sido proclamada com a maior espontaneidade dos povos a Independência política do Brasil, e sua elevação à categoria de Império pela minha solene aclamação, sagração e coroação, como seu Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo: hei por bem ordenar que a Coroa Real que se acha sobreposta no escudo das armas estabelecido pelo meu imperial decreto de 18 de setembro do corrente ano, seja substituída pela Coroa Imperial, que lhe compete,a fim de corresponder ao grau sublime e glorioso em que se acha constituído este rico e vasto Continente".                 Criada por Decreto de 18 de setembro de 1822, era composta de um retângulo verde e nele, inscrito, um losango ouro, ficando no centro deste o Escudo de Armas do Brasil. Assistiu ao nosso crescimento como Nação e a consolidação da unidade nacional. O autor da Bandeira do Império do Brasil, com a colaboração de JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA, foi o notável pintor e desenhista francês JEAN BAPTISTE DEBRET - que teve grande participação na vida cultural do Brasil, no período de 1816 a 1831.                Posteriormente, nos últimos anos do Segundo Império - Pedro II -, sem ato oficial, o número de estrelas aumentou para 20, em virtude da Província Cisplatina ter sido desligada do Brasil (1829), e da criação das Províncias do Amazonas (1850) e do Paraná (1853).

FEDERAÇAO DO GUANAIS (1832-1833)

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Existia na Bahia um sólido desejo autonomista e republicano, presentes ainda no século XVIII, com a Conjuração Baiana. A partir deste movimento inicial, o ideário voltou a eclodir em revoltas e serviu de mote para congregar o povo da Bahia na luta pela Independência que, no Estado, iniciou-se antes mesmo da proclamação oficial, em 1822, e terminando somente a 2 de julho A situação do Brasil, após a sua emancipação, continuava indefinida, com várias correntes de ideais almejando maiores transformações, agravadas sobretudo pela solução encontrada com a abdicação D. Pedro I em favor de seu filho, ainda menor. No Recôncavo Baiano fervilhavam os conciliábulos, as associações de cunho secreto projetavam levantes e revoltas, que a Corte combatia através da promoção de eventuais líderes a postos no interior remoto. Durante a Regência Trina Permanente, vários movimentos revoltosos e revolucionários ocorreram (Classificados, na historiografia, sob o título genérico de “Movimentos Nativistas”), e um deles veio finalmente a eclodir na Bahia, em 1832.

CONFEDERAÇAO DO EQUADOR (1823-1825)

O conflito possui raízes em movimentos anteriores na região: a Guerra dos Mascates (1710-1711) e a Revolução Pernambucana (1817), esta última de caráter republicano. Por trás das divergências políticas que culminaram com a proclamação da Confederação do Equador, encontra-se uma divisão econômica e espacial de Pernambuco. Ao norte, açucareiro e algodoeiro, com vilas populosas, opunha-se o monolitismo do sul pernambucano, exclusivamente açucareiro, cujas povoações eram simples anexos dos engenhos de cana. De acordo com Evaldo Cabral de Mello:

"O contraponto do algodão e do açúcar explica ali mais acentuadamente que em nenhuma outra região brasileira, que se aprofundou ali o conflito entre a nova e a velha estrutura comercial - a do algodão, ligada deste a transmigração da Coroa para o Rio e à abertura dos portos ao mercado britânico, e a do açúcar, jungida ao entreposto lusitano."

Ambos os itens encontram-se figurados na bandeira da Confederação, onde se vê um ramo de algodão, à direita, lado a lado com uma cana-de-açúcar

SABINADA (1831-1840)

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O movimento aproveitou a reação popular contra o recrutamento militar imposto pelo Governo Imperial, liderado pelo médico e jornalista Francisco Sabino Vieira..

Na madrugada de 6 para 7 de novembro de 1837, Sabino e os que o apoiavam proclamaram a "República Bahiana". Mesmo provisória, decretada até que o jovem Pedro de Alcântara atingisse a maioridade, ela rompia com o Governo Imperial e destituía o Governo Provincial

GUERRA DA INDEPENDENCIA DAS PROVINCIAS UNIDAS DO PRATA

Províncias Unidas do Rio da Prata ou Províncias Unidas da América do Sul (Provincias Unidas del Río de la Plata e Provincias Unidas de Sud América em espanhol, respectivamente) foram os nomes adotados pelas antigas províncias do Vice-reinado espanhol do Rio da Prata com capital em Buenos Aires após a independência em 1816. O nome foi usado na constituição de 1819 da Argentina. Este foi o nome oficial do país até a constituiçao argentina de1826, quando nome República Argentina foi usado pela primeira vez.

GUERRA DOS FARRAPOS (1835 A 1845)

Farrapos ou farroupilhas foram chamados todos os que se revoltaram contra o governo imperial, e que culminou com a Procvlamação da República Rio-Grandense. Era termo considerado originalmente pejorativo, já utilizado pelo menos uma década antes da Guerra dos Farrapos para designar os sul-riograndenses vinculados ao Partido Liberal, oposicionistas e radicais ao governo central, destacando-se os chamados jurujubas. O termo, oriundo do parlamento, com o tempo foi adotado pelos próprios revolucionários, de forma semelhante à que ocorreu com os sans-cullotes à época da Revolução Francesa. Seus oponentes imperiais eram por eles chamados de caramurus, termo jocoso em geral aplicado aos membros do Partido Restaurador no Parlamento Imperial.

Em 1831, no Rio de Janeiro, haviam os jornais Jurujuba dos Farroupilhas e Matraca dos Farroupilhas. Em 1832 foi fundado o Partido Farroupilha pelo tenente Luís José dos Reis Alpoim, deportado do Rio para Porto Alegre. O grupo se encontrava na casa do major João Manuel de Lima e Silva, sede também da Sociedade Continentino. Em 24 de outubro de 1833, os farroupilhas promoveram um levante contra a instalação da Sociedade Militar em Porto Alegre

REPUBLICA JULIANA (1835 A 1845)

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República Juliana, também conhecida como República Catarinense, foi um estado republicano proclamado dentro do território do atual estado de Santa Catarina, em 24 de julho de 1839, e que perdurou até 15 de novembro do mesmo ano. Foi uma extensão da Revolução Farroupilha, iniciada na província vizinha do Rio Grande do Sul, onde havia sido proclamada a República Rio-Grandense. A República Juliana, proclamada por Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi, formou uma confederação com a república vizinha, porém, sem condições de expandir-se pela província de Santa Catarina, não conquistando a Ilha de Nossa Senhora do Desterro, sede provincial do governo imperial, em novembro do mesmo ano - quatro meses após sua fundação, propiciaram-se condições para que as forças do Império retomassem Laguna, cidade-sede do governo republicano. No planalto, Lages aderiu à revolução, mas submeteu-se no começo de 1840.

REPUBLICA CUNANI (1886 - 1887)

Primeira bandeira da República de Cunani (1886-1887).

A República do Cunani foi uma efêmera e caricata república surgida no atual Amapá, fronteiriço ao território francês da Guiana. Por duas vezes houve a tentativa de estabelecer uma república independente na região - uma por Jules Gross, em 1885, e a outra por Adolph Brezet em 1902.

PROVISORIA DA REPUBLICA (15 a 19 Nov 1889)

No dia 15 de novembro de 1889, a monarquia no Brasil chegava ao seu fim. Com um golpe militar comandado pelo marechal Deodoro da Fonseca, o Brasil se tornava uma república. Em substituição a Bandeira Imperial foi hasteada no mesmo dia, na redação do jornal "A Cidade do Rio" e na Câmara Municipal. Conhecida como a bandeira do CENTRO REPUBLICANO LOPES TROVÃO, cópia da Norte-Americana, composta de sete listras verdes e seis amarelas, tendo no canto superior, junto à tralha, um quadrado de cor preta, contendo 20 estrelas de prata, simbolizando os vinte estados da época. Com a partida de D. Pedro II e da Família Real para o exílio, em 16 de novembro de 1889, a bordo do NM ALAGOAS, foi usada a nova bandeira, com exceção do quadrado preto, que foi substituído por um azul.

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Uma bandeira composta de 13 listras horizontais, sete verdes e seis amarelas; com um quadrado azul interrompendo as cinco primeiras faixas, com 21 estrelas de prata, (mantidas as 20 estrelas da anterior mais a do Município Neutro, futuro Distrito Federal), divididas em quatro grupos e quatro estrelas e mais um grupo com cinco. É claro, que está visível a semelhança com bandeira dos Estados Unidos, e por isso mesmo, no momento do planejamento da bandeira definitiva da república, a semelhança com essa bandeira foi rechaçada. sta bandeira foi hasteada na redação do jornal "A Cidade do Rio", após a Proclamação da República, e no navio "Alagoas", que conduziu a família imperial ao exílio.

BANDEIRAS NACIONAL BRASILEIRA

Bandeira de 1960:

Com 22 estrelas, adotada em junho de 1960, sendo a 22ª estrela colocada abaixo da faixa branca, entre as letras M e E. 

Bandeira de 1968:

A 23ª estrela foi colocada entre as letras O e G, abaixo da faixa, na bandeira adotada pela lei 5.443 de 28 de maio de 1968. 

Bandeira de 1992:

 Em 11 de maio de 1992, pela lei 8.421, foi definida a bandeira atual, com 26 estrelas, representando os 26 estados brasileiros Como até hoje a comissão de astrônomos não chegou a uma conclusão definitiva para explicar o tipo de relatividade implícito, tem-se que seja dia ou que seja noite, as doze siderais permanecerão sempre as mesmas bem como as letras na legenda Ordem e Progresso continuarão escritas em cor verde oliva e centradas ao meio do dístico branco. A posição e dimensões exatas de cada componente da bandeira são definidas em lei, bem como a associação das estrelas das constelações com os estados do Brasil. As duas faces da bandeira são exatamente iguais, sendo vedado fazer uma face como avesso da outra.

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Quanto à constelação do Cão Maior, na figura acima caberiam as seguintes correções: a estrela número 4 (de quarta magnitude), correspondente a Rondônia, chama-se Muliphen (com n final) e é designada pela letra grega γ; a estrela número 6 (de segunda magnitude), correspondente a Roraima, chama-se Wezen e é designada pela letra δ; a estrela número 8, Adhara, é de segunda magnitude. A estrela número 7, Mirzam, designada pela letra β, astronomicamente de segunda magnitude, frequentemente aparece representada com magnitude 3 (cf. a figura da bandeira do Brasil que encabeça este artigo) – o que se tentaria justificar considerando que é, de fato, menos brilhante que ε e δ. Ainda mais frequente é representar-se ε como sendo de terceira magnitude (cf. a figura acima e a figura abaixo) – o que de modo algum se poderia aceitar, já que se trata da segunda estrela mais brilhante do Cão Maior, astronomicamente intermediária entre as magnitudes 1 e 2.

Revolução do Contestado

Bandeira do Contestado: uma cruz verde em fundo branco

A Guerra do Contestado, em linhas gerais, foi um conflito armado, entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira pretendida pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e mesmo pela Argentina. A Guerra do Contestado terá tido origem em conflitos sociais latentes na região, fruto dos desmandos locais, em especial no tocante à regularização da posse de terras por parte do caboclos. Representando, ao mesmo tempo, a insatisfação da população com sua situação material, o conflito era permeado pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte do cablocos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

BANDEIRA DA REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA (1932)

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A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, Brasil, entre os meses de julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia de que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891.. A Revolução de 1930 impediu a posse do governador de São Paulo (na época se dizia "presidente") Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente da república Washington Luis, que fora governador de São Paulo de 1920 a 1924, colocando fim à República Velha

MOVIMENTO INTEGRALISTA (1932)

Ela congrega os elementos de forma e significado originalmente identificados nas bandeiras originais do Movimento Integralista, com dois novos elementos: as linhas paralelas horizontais e verticais. As linhas horizontais representam a DISCIPLINA e as verticais representam a HIERARQUIA. Combinadas elas sustentam a ordem e a coesão do grupo, cruciais para a operacionalidade das Brigadas Integralistas. São na cor branca, mantendo o significado original - soma e igualdade - e encontram-se no Sigma, representando aí que são os únicos caminhos para se chegar à mais pura Integração. O círculo azul no qual está inscrito o Sigma harmoniza com o todo da bandeira e está deslocado do centro ao mastro indicando o movimento. Ela é inspirada em todas as bandeiras de ordens militarizadas, que possuem significado motivacional e guarda cores de nossa tradição. A bandeira da Ação Integralista Brasileira é azul e branca, sendo, em campo azul real, uma esfera branca, ao centro da qual se destaca um Sigma maiúsculo, em cor preta. O azul da bandeira simboliza a atitude do pensamento Integralista. Evoca distâncias, mostrando que o Integralismo não se submete aos limites políticos que nos têm amesquinhado, mas tem um grande ideal que é a integridade do Brasil e a projeção de sua grandeza entre os povos do Mundo.A esfera branca mostra a pureza de sentimentos e a sinceridade dos propósitos Integralistas. A cor branca é ainda a resultante da mistura de todas as cores, e o Sigma nela inscrito significa, como está dito acima, a integralização de todas as Forças Sociais na suprema expressão da Nacionalidade.

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A Ação Integralista Brasileira (AIB) foi um partido político brasileiro fundado em 7 de outubro de 1932 por Plinio Salgado, escritor modernista, jornalista e político. Salgado desenvolveu o que viria a ser a AIB, com a Sociedade de Estudos Paulista (SEP) um grupo de estudo sobre os problemas gerais da nação?]. Os estudos da SEP resultariam na criação da AIB, em 1932. A AIB a partir de então, firmou-se como uma extensão do movimento constitucionalista. Tão logo o partido iniciou suas atividades, influenciado pelo facismo italiano ,[2][3] começaram a acontecer conflitos com grupos rivais, como a ANL, de forma análoga aos conflitos entre partidos fascistas e socialistas em diversos países à época. Assim como outros movimento nacionalistas, o Integralismo brasileiro é considerado um movimento da classe média. Os integralistas também ficaram conhecidos como camisas-verdes ou galinhas-verdes, devido aos uniformes que utilizavam. A AIB, assim como todos os outros partidos políticos, foi extinta após a instauração do Estado Novo, efetivado em 10 de novembro de 1937 pelo então presidente Getúlio Vargas.

OUTRAS BANDEIRAS OFiCIAIS DO BRASIL

Bandeira Presidente Bandeira Vice Presidente Bandeira Jaque Nacional Bandeira Mercosul

BANDEIRAS ESTADUAIS SEMELHANTES A BANDEIRAS ANTIGAS

Muitas bandeiras estaduais do Brasil foram inspiradas no pavilhão nacional, seja no primeiro desenho, de Rui Barbosa, seja no desenho atual.

Atual bandeira de Sergipe.

Antiga bandeira de Sergipe (1951-1952).

Atual bandeira do Piauí.

Antiga bandeira do Piauí (1922–1937 e 1946–2005).

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Atual bandeira de Goiás

Atual bandeira do Ceará

Antiga bandeira do Ceará (1922-1937 e 1947-1967).

Atual bandeira do Mato Grosso.

SIMBOLOS DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Porto de Norfolk, Virgínia, EUA - 20.09.1944 (Quarta) - Aqui inicia-se a história do avestruz de quepe. Pronto para embarcar para o Teatro de Operações, com o grito de guerra em todas os gargantas, faltava ao Grupo um emblema. Coube ao Capitão Aviador Fortunato Câmara de Oliveira, o Comandante da Esquadrilha Azul, artista cuja característica é a criatividade de impacto, desenhá-lo, o que foi feito a bordo do navio USAT Colombie, que transportou a Unidade do Porto de Norfolk. Virgínia, EUA, ao porto de Livorno. Apareceu, então, pela primeira vez, a figura atlética do Avestruz do 1º Grupo de Caça, que nunca escondeu a cabeça diante do perigo, como reza a tradição dos seus primos. Ao contrário, os que o levaram em suas missões de guerra, pintado na carenagem do motor dos Thunderbolts, foram condecorados por atos de bravura pelo Governo dos Estados Unidos, por proposta do Comandante da 12ª Força Aerotática da USAAF, a quem o 1º Grupo de Caça estava subordinado operacionalmente no Teatro de Operações do Mediterrâneo. O Avestruz Guerreiro do "Senta a Pua!" foi para a FAB o que representa o emblema "A Cobra Está Fumando" para o Exército, através das batalhas de Monte Castelo, Montese e outras, sustentadas e vencidas pelos heróicos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira.

Simbologia do Emblema:faixa externa verde-amarela - o Brasil avestruz - velocidade e maneabilidade do avião de caça e o estômago dos pilotos, que

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aguentava qualquer comida. quepe do avestruz - piloto da Força Aéerea escudo - a robustez do P-47 e proteção ao piloto. fundo azul e estrelas - o céu do Brasil com o Cruzeiro do Sul pistola - poder de fogo do Thunderbolt nuvem - o espaço aéreo fumaça e estilhaços - a artilharia antiaérea (FLAK) inimiga fundo vermelho - o sangue derramado pelos pilotos na guerra frase "Senta a Pua" - o grito de guerra do 1º GAvCa

FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA

A Insígnia da FO plano original era enviar a FEB para lutar no norte da África, mas os

brasileiros acabaram sendo enviados para lutar nos campos de

batalha da Itália. Outra coisa que saiu diferente do plano original foi

o número de homens que fariam parte da FEB: a idéia inicial era

mandar cem mil homens para a linha de frente, mas tal meta seria

impossível de ser alcançada. Acabaram sendo enviados 25.334

homens.

No dia 29 de junho de 1944, um trem trazendo os

homens da FEB chegou à Vila Militar no Rio de Janeiro. Parecia mais um rotineiro

exercício de embarque e desembarque, igual a outros praticados por aqueles homens

naqueles meses.

A FEB estava subdividida em três regimentos de infantaria (o 1º do Rio

de Janeiro, o 6º de Caçapava, São Paulo, e o 11º de São João del-Rei, Minas Gerais).

Apenas o 6º de Caçapava atravessaria a cidade do Rio, enquanto os demais seriam

enviados a outros lugares. Tratava-se de uma forma de manter em sigilo o embarque da

FEB.

A operação foi feita à noite, em etapas e com vários cuidados durante

um dos blecautes realizados na cidade do Rio. Tais blecautes eram feitos com o

objetivo de proteger a população de um improvável ataque aéreo alemão, mas o sigilo

da operação era para evitar um perigo bem mais provável: o de que algum submarino

alemão soubesse do embarque e torpedeasse o navio que transportava os homens da

FEB.A i

MARINHA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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A missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral Sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos. Luta constante, silenciosa e pouco conhecida pelos brasileiros.

A capacidade de combate da Marinha do Brasil no alvorecer do conflito era modesta se comparada com as grandes esquadras em luta no Atlântico Norte e no Pacífico. O nosso pessoal e os nossos meios não estavam preparados para engajar com o inimigo oculto sob o mar, que assolava o transporte marítimo no nosso litoral. Ingressaríamos em uma guerra anti-submarino sem equipamentos para detecção e armamento apropriado, porém este obstáculo não impediu que navios e tripulações lutassem desde as primeiras horas daquele 31 de agosto, assumindo com entusiasmo os riscos de um combate desigual

BANDEIRAS ESTADUAIS

Amazonas (AM)

Manaus é minha capital 

Pará(PA)

Minha capital é Belém.

Maranhão(MA)

Minha capital São Luis. 

Piauí (PI)

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Minha capital Teresina 

Ceará(CE)

Minha capital Fortaleza. 

Rio Grande do Norte (RN)

Minha capital é Natal 

Paraíba (PB)

Minha capital João Pessoa. 

Pernambuco (PE)

 Minha Capital é Recife 

Alagoas (AL)

Minha capital e Maceió 

Sergipe (SE)

Minha capital Aracaju. 

Page 21: Bandeiras Hist Brasil

Bahia (BA)

Minha capital e Salvador

Minas Gerais(MG)

minha capital e Belo Horizonte. 

Espírito Santo(E.S)

Minha capital é Vitória. 

Rio de Janeiro (RJ)

Minha capital e Rio de Janeiro 

São Paulo (SP)

Minha capital e São Paulo 

 Paraná(PR)

Minha capital e Curitiba. 

Santa Catarina (SC)

Minha capital é Florianópolis.

Page 22: Bandeiras Hist Brasil

 Rio Grande do Sul (RS)

Minha capital e Porto Alegre. 

Goiás (GO)

Minha capital e Goiânia. 

Acre (AC)

Minha capital e Rio Branco 

Amapá (AP)

Minha capital e Macapá

Roraima (RR)

Minha capital e Boa Vista.  

Rondônia (RO)

Minha capital e Porto Velho.  

Page 23: Bandeiras Hist Brasil

Mato Grosso (MT)

Minha capital e Cuiabá.

Mato Grosso do Sul (MS)

Minha capital e Campo Grande

Tocantins (TO)

Minha capital é Palmas.

 Distrito Federal (DF)

Minha capital e Brasília

Sede do governo brasileiro 

 O BRASIL EM SEUS SIMBOLOS

Page 24: Bandeiras Hist Brasil

Brasão - Armas da República SELO

BIBLIOGRAFIA

a) CENTRO DE Comunicação do Exército Brasileirob) Instituo Geográfico do Exército Brasileiroc) Academia Militar do Exercito Brasileiro (AMAN)d) Academia da Força Aérea Brasileirae) Site Brasil Turismof) Site Casa Imperial Brasileirag) ARARIPE, Tristão A.. Expedições Militares Contra Canudos. Rio de Janeiro:

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1988/1991. r) - KEEGAN, John. Uma História da Guerra. Rio de Janeiro: BIBLIEX, 1996. s) - KELLET, Anthony. Motivação para o Combate. Rio de Janeiro: BIBLIEX, 1987 t) - MAGALHAES, J. B. A Evolução Militar do Brasil. Rio de Janeiro: BIBLIEX, 1998. u) - MAGALHAES, J. B. Civilização, Guerra e Chefes Militares. Rio de Janeiro:

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BIBLIEX, 2003. w) - RUAS SANTOS, Francisco. A Arte da Guerra. Rio de Janeiro: BIBLIEX, 1998 x) - TOFFLER, Alvin e Heidi -Guerra e Anti-guerra. Rio de Janeiro: BIBLIEX, 1995. y) - VANHARGEM, Francisco A de : História das Lutas com os Holandeses mo Brasil

desde 1624 a 1654.

Observação: Toda apresentação aqui colocada são pesquisas feitas de site livre e na sua maioria do governo federal,estadual e municipal de sites ligados a entidades governamentais

M.M. RUI BARSAND PINHEIRO

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