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Page 1: Baile dos Seresteiros

B | QUINTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2011 |

Gazeta de AlagoasGazeta de Alagoas

Mais sobre o Baile dos

Seresteiros na pág. B2

O ‘bloco’ dos Seresteiros

leva sua alegria ao shopping:

animação

Ricardo Lêdo

FOLIA COMO

Prévia carnavalesca mais concorrida de Maceió, o

Baile de Máscaras dos Seresteiros da Pitanguinha

chega à oitava edição. Repetindo a casadinha de

sucesso entre os Seresteiros e o show da big band

pernambucana Spok Frevo Orquestra, o evento é

atração amanhã no pavilhão do Centro Cultural

e de Exposições, a partir das 21h. Com direito a

concurso de melhor fantasia e melhor máscara, a

festa à moda antiga vai colocar todo mundo para

dançar ao som de frevos e marchinhas, num en-

contro de gerações que reúne um número cada

vez maior de foliões a cada ano. A Gazeta conver-

sou com frequentadores assíduos do baile. Nesta

edição, eles explicam por que não perdem a chan-

ce de reverenciar a tradição. Vale a pena conferir

| CARLA CASTELLOTTI Repórter

Saudade, segundo o Aurélio, é a lembrança suave de um tem-po que já passou. Ainda assim, os defensores dos carnavais com espírito de antigamente adver-tem que não se trata apenas de saudosismo. Responsável por preservar a folia momesca em seus moldes mais tradicionais, há uma turma que não se limita a reverenciar o passado, simples-mente. Deixando a nostalgia de lado, o que os Seresteiros da Pi-tanguinha querem mesmo é pre-servar a tradição.

Com o fim dos carnavais de clube, a exemplo do da Fênix e do Iate, o grupo resolveu botar a mão na massa, e desse mo-do vem resgatando a aura fes-tiva das celebrações de outrora em Maceió, ainda que com algu-ma antecedência – no calendá-rio das prévias da capital. Em seu oitavo ano, o Baile de Máscaras dos Seresteiros da Pitanguinha é atração amanhã (18) no pavilhão do Centro Cultural e de Exposi-ções, a partir das 21h.

Em homenagem à atriz, escri-tora e cantora alagoana Anilda Leão, o tema do baile (Na Arte e Na Vida – Irreverentemente Anil-da) e o frevo Ela é Anilda (cuja le-tra é da psiquiatra Hirtys Caval-canti, que integra o grupo) reve-renciam a trajetória da artista, que está prestes a completar 88 anos de idade.

No palco montado no pavi-

lhão do Centro de Convenções, a produção repete pela tercei-ra vez a casadinha de sucesso da performance dos Seresteiros com o show da big band Spok Fre-vo Orquestra, do Recife. No re-pertório, nada além de frevos e marchinhas – que prometem fa-zer o salão ferver. Dá para pe-dir mais? Dá. A novidade fica por conta do concurso que irá eleger as melhores máscaras e fantasi-as da festa. Dessa vez com ins-crições antecipadas (no estande Sue Chamusca, no Maceió Shop-ping), os campeões levarão pa-ra casa troféus e prêmios em di-nheiro. Para o primeiro lugar da categoria fantasia, está reserva-da a quantia de R$ 1 mil; já o pri-meiro colocado entre as másca-ras receberá R$ 500.

Mas a folia não para por aí. No domingo (20), a prévia carnava-lesca é exclusiva dos baixinhos. O 2º Baile Infantil dos Seresteiros da Pitanguinha começa às 15h, também no pavilhão do Centro de Convenções de Maceió. A ma-tinê irá contar com brincadeiras, frevo executado pelos Serestei-ros e com um repertório de su-cessos infantis que vão das can-ções de Xuxa aos hits do Balão Mágico, em versões elaboradas pela dupla Divina Supernova – composto por Ana Gaganni (voz e flauta) e Júnior Bocão (voz e vio-lão), desta feita o duo terá a com-panhia de Dinho Zampier (tecla-dos), Igor Lopes (baixo e vocais), Ciro Correia (guitarra) e Leandro Amorim (bateria).

TRADIÇÃO Fundada há 17 anos, a Seres-ta da Pitanguinha surgiu da vontade de alguns amigos de não deixar a música popu-lar brasileira se perder no vá-cuo da memória. Entre can-tores, solistas e músicos, ho-je são 41 membros, de 24 a 84 anos de idade. Para o show que fará no baile de amanhã à noite, o grupo contará com o apoio de músicos profis-sionais como o multi-instru-mentista Wilson Miranda e o baixista Fábio Oliveira, que acompanham o coletivo em suas duas horas de show.

A ideia de homenagear Anilda Leão, segundo Alfredo Gazzaneo, engenheiro e um dos dirigentes do grupo, se deu “porque ela está vivíssi-ma, e porque ela é uma pes-soa que se projetou dentro de Alagoas fazendo seu eco re-verberar em outros estados”, diz ele, que também é res-ponsável pelos arranjos e pe-lo frevo Ela é Anilda.

Rebatendo o simples sen-timento saudosista, Gazza-neo afirma convicto que o in-tuito maior dos Seresteiros é reverenciar “a boa música, num baile carnavalesco famí-lia”. Entre frevos alagoanos, pernambucanos e clássicas marchinhas cariocas, o diri-gente da seresta diz que “o baile mescla diferentes ver-tentes, e resgata composi-ções de alagoanos como Edé-cio Lopes, Marcondes Cos-ta, Juca Santos Alves Da-masceno, Gustavo Gomes e Nilton Jorge”.

E, afinal, quem é o público que, ano após ano, lota o pa-vilhão do Centro de Conven-ções com uma média de dois mil foliões que comparecem à festa para pular um carna-val altamente tradicional? A Gazeta conversou com pes-soas de diferentes gerações. Em comum entre elas, o apre-ço pela folia momesca à mo-da antiga.

Sem esconder o saudosis-mo, o casal Avia, 57, e Wal-do Wanderley, 68, é fiel fre-quentador do baile e diz que o intuito maior da ida à festa é mesmo relembrar o tempo em que não perdiam os carnavais de clubes. “Nós frequentávamos, quando jo-vens, o carnaval do Clube Fê-nix, e os Seresteiros da Pi-tanguinha foram responsá-veis por resgatar isso. Acre-dito que a festa faça suces-so porque muita gente tem o mesmo sentimento que nós, de reviver aquela época, que era tão boa e tão gostosa”, afirma Avia.

Esperando ansioso pelo carnaval, Pedro Júlio da Sil-va, 71, não pretende parar de festejar. “Com fé em Deus, eu pulo o carnaval deste ano”, roga. Integrante da Velha Guarda da Seresta da Pitan-guinha, ‘seu’ Doca, como é mais conhecido, presenciou a fundação do grupo e lem-bra que, na sua mocidade, o carnaval maceioense – que acontecia, de fato, na data es-tabelecida pelo calendário – “era na rua do Comércio, pas-

sava pela Moreira Lima e de-sembocava nos Martírios”.

Morador da Pitanguinha há 66 anos, seu Doca veio pa-ra Maceió aos cinco anos de idade, depois de ter saído de Murici, sua cidade natal. Pri-meiro porta-bandeira do blo-co de rua Pitanguinha Vai à Lua, que representava o bair-ro nos antigos carnavais da capital, seu Doca faz questão de dizer que concorria sem pretensão de ganhar. E quan-do perguntado sobre a músi-ca carnavalesca de que mais gosta, é categórico: “Da mú-sica de carnaval?! Eu só gos-to do frevo no pé!”.

Pertencente à turma jo-vem que também não deixa de curtir o carnaval dos Se-resteiros, a fotógrafa Renata Voss, 27, vai à festa há cer-ca de quatro anos. “Na verda-de, eu já frequentava a Seres-ta da Pitanguinha. Assim, co-nheci o repertório de carna-val e gostei, principalmente porque eles só tocam clássi-cos”, explica ela.

Tendo feito parte do cor-po de jurados de fantasias em 2008, a fotógrafa sinte-tiza seu gosto pelo carnaval ao som das marchinhas e fre-vos que ditam a tônica do bai-le afirmando que “esse tipo de carnaval é mais sincero. Só acho uma pena ele acontecer somente na prévia do carna-val. Confesso que iria gostar mais se fosse durante a festa. Afinal, é uma prévia de algo que não haverá”, observa – e bem observado. |CC

Reverência à boa música SERVIÇO

O quê: 8º Baile de Máscaras

dos Seresteiros da Pitanguinha

Onde e quando: no Pavilhão

do Centro de Convenções

– Centro Cultural e de

Exposições, amanhã (18),

a partir das 21h

Ingressos: R$ 400 (mesas p/

4 pessoas, setores vermelho

e rosa), R$ 350 (mesas p/

4 pessoas, setores branco e

amarelo), R$ 300 (mesas p/

4 pessoas, setor azul); R$ 60

(individual, inteira) e R$ 30

(individual, meia)

Ponto de venda: estande Sue

Chamusca (Maceió Shopping)

Informações: 3235-5301

e 9925-7299

O quê: 2º Bailinho – Baile

Infantil dos Seresteiros da

Pitanguinha

Onde e quando: no Pavilhão

do Centro de Convenções

– Centro Cultural e de

Exposições, no dia 20 de

fevereiro, a partir das 15h

Ingressos: R$ 200 (mesas p/

4 pessoas), R$ 60 (individual,

inteira) e R$ 30 (individual,

meia) – na compra de uma

mesa para o Bailão, desconto

de 50% na mesa do Bailinho;

na compra de uma mesa no

Bailinho (quatro lugares), cada

pessoa terá direito a levar

uma criança; na compra de

individuais, o adulto que levar

uma criança tem direito a

comprar meia-entrada

Ponto de venda: estande Sue

Chamusca (Maceió Shopping)

Informações: 3235-5301

e 9925-7299

Page 2: Baile dos Seresteiros

B2 CADERNO B QUINTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2011 Gazeta de Alagoas

Romeu de Loureiro O colunista está em férias e retorna em março

BIPEmbarque Com o mar cada vez mais navegável – e o céu de brigadeiro – não são dois, nem três alagoanos que deixam a seara até o car-naval passar. Só um navio sai de Maceió com mais de 300 passageiros, para um cruzeiro pelo Nordes-te. Outro bando deixa a ci-dade em três aviões lota-dos e vai um pouquinho mais para lá – o Caribe norte-americano para uns, e a Europa, para outros. Além de um pit stop aqui e outro acolá.

Sopa de letras Sempre na mira do poli-ticamente correto, a Bras-kem dá mais um exemplo. Com o objetivo de valo-rizar os escritores locais está patrocinando a edi-ção de alguns livros que

GENTE CLASSE A...››› Não ousem esquecê-la: Fernanda Brêda aniversaria amanhã e vai adorar saber que foi lembrada.

››› Mariza e Carlos Henrique Pacheco Tavares com as malas afiveladas para Cartagena, na Colômbia, onde passam o carnaval.

››› A orquidófila alagoana Sterpaula Coutinho foi na-cionalmente premiada como uma miniorquídea de seu orquidário. O próximo encontro agora será na Tailân-dia.

››› Será dividido entre Miami, Orlando e a Dis-neyworld, o carnaval de Tereza Rezende. Aliás, a que-rida aniversariante, ontem, com festa comemorada em São Paulo.

››› Kennedy e Cláudia Calheiros passam este fim de se-mana no Rio de Janeiro.

Nide Lins – Cortesia

Cláudia e André Generoso colocam a felicidade na janela e viram zoom

Contato: [email protected]

Lenço A notícia de que este ano corre o risco de não haver a sexta edição da encenação da Paixão de Cristo, no Morro da Massaranduba, em Arapi-raca, está deixando os fiéis e toda população no maior vale de lágrimas. Agora é respirar fundo e rezar.

Habitat Temendo uma superlotação no carnaval do Jaraguá e eventu-ais problemas em razão disso, a Prefeitura de Maceió, mais uma vez, vai segurar a migração nos dias de muita folia, promoven-do carnavais em vários bairros da cidade, para que todos se di-virtam igualmente.

Lantejoula Abrigo da cultura popu-lar alagoana, o Museu Théo Brandão realiza de 21 a 25 de fevereiro, em diversos horários, vá-rios cursos ligados às tradições carnavalescas. Como oficina de másca-ras e boi de carnaval, frevo e curso de dan-ças, com o aval do proje-to, Carnaval que nos con-vém.

Buquê Aos poucos o cerimonial do casamento do prínci-pe William e Kate Mid-dleton vai soltando as notícias. As últimas nos tabloides ingleses falam dos integrantes do cor-tejo nupcial. Seguindo a tradição, as damas de honras, assim como os pajens, são quase todos da linhagem dos Windsor. A porta alian-ças atende pelo nome

de Lady Louise de Wind-sor, 10 anos, filha do conde e da condessa de Wessex. A madrinha vai ser Miss Phillippa Middle-ton, mais conhecida como Pippa, irmã de Kate. O pa-drinho, claro, o príncipe Harry, irmão de William.

Divulgação

A arquiteta Carolina Miranda foi outra festejada aniversariante da semana

Robson Lima – Arquivo GA

Ronaldo Medeiros, de-putado estadual, festeja idade nova hoje, sem fa-zer feriado no plenário

contam a história de Ala-goas. Com a tiragem ini-cial de 7.000 exemplares editado pelo selo Passa-rada da Literatura Infan-til. Na paralela, 200 exem-plares de Os Segredos da Mata acabam de serem do-ados para Secretaria de Es-tado da Cultura. O livro fala do Cinturão Verde mantido há 20 anos, pela Braskem e premiado pela Unesco, com o selo Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

Pintura Meca de sol e mar para os turistas, mundo afora, Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, está de novo nas paradas. Desta vez, na edição de janeiro da revista Aviesp. Uma pu-blicação mensal da Asso-ciação das Agências Inde-pendentes do Estado de São Paulo, com sede na cidade de Campinas. Na capa e no recheio: Marago-gi o ano todo.

Torta Nada de feijoada, caipi-rinha e calor. Uma das mais queridas aniversa-riantes da cidade hoje, a sweet Karol Calheiros, brinda a data com uma jantar de 12 lugares, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Na paralela, pi-capes para todos os convi-dados chacoalharem seus corpinhos numa badalada casa noturna carioca. Che-ers!

Rita Moraes – Cortesia

Rodrigo Fagá e Camila Buarque em clima de o amor é lindo, na festa de aniversário dele

de ter sido voraz defensora da emancipação das mulheres, es-crevendo sobre temas polêmi-cos como virgindade, homosse-xualismo e prostituição. Autora de sete livros, entre poemas e biografia (Eu em Trânsito), Anil-da também atuou como atriz na TV, no teatro e no cinema, no qual foi dirigida por cineas-tas como Cacá Diegues (Bye Bye Brasil e Deus é Brasileiro) e Nel-son Pereira dos Santos (Memó-rias do Cárcere). Reafirmando a importância da homenageada do Baile de Máscaras, Alfredo Gazzaneo, um dos dirigentes da

Seresta da Pitanguinha, diz que a artista “sempre foi uma pes-soa de vanguarda e tem um es-pírito realmente elevado”. FESTA NO CAPRICHO Depois de homenagear o dici-onarista alagoano Aurélio Bu-arque de Holanda em 2010 – por ocasião de seu centená-rio de nascimento –, o Baile de Máscaras dos Seresteiros da Pitanguinha chega à oitava edição prometendo renovação total. Quem explica é a produ-tora cultural Sue Chamusca: “O

Confira a letra do frevo elaborado especialmente para Anilda Leão Ela é Anilda Letra: Hirtys Cavalcanti Música: Alfredo Gazzaneo Quando ela chega O mundo agita Menina sonsa Cheia de fita Seja no palco Seja na vida Irreverente, ahhhh Ela é Anilda Diz o que pensa Faz o que sente Nunca deu bola Pra essa gente Seja no palco Seja na vida Irreverente, ahhhh Ela é Anilda Da liberdade Fez o seu lema E sua vida Tornou poema Seja no palco Seja na vida Irreverente, ahhhh Ela é Anilda

NA PONTA DA LÍNGUA

CONTINUAÇÃO DA PÁGINA B2

SPOK FREVO ORQUESTRA Formada inicialmente para acompanhar shows de artistas pernambucanos, a big band co-mandada por Inaldo Cavalcante de Albuquerque – que responde pela alcunha de maestro Spok – é muito mais que uma banda de frevo. Depois de arrebatar meio mundo, tendo participado de festivais gringos de música e com apresentações memoráveis em eventos como o TIM Festi-val de 2005, a Spok Frevo Or-questra traz mais uma vez o seu jazz suingado para a apresenta-ção que fará amanhã na 8ª edi-ção do Baile de Máscaras dos Se-resteiros da Pitanguinha. ANILDA LEÃO Nascida em 15 de julho de 1923, Anilda cresceu numa família tra-dicional, mas escolheu um ca-minho distinto para si. Casou-se com o poeta Carlos Moli-terno, então separado de sua primeira mulher, numa época em que o divórcio não era re-conhecido. Enfrentando o pre-conceito, Anilda viveu com Mo-literno durante 45 anos, além

diferencial deste ano, em rela-ção a todas as outras edições, é que nós vamos trabalhar den-tro da ideia do enredo, como nas escolas de samba. Quando você vai a um desfile de esco-la de samba, as pessoas ficam sentadas e as alas passam por elas. As alas contam a história do homenageado e do enredo. A nossa ideia para este ano foi inverter: já que nós temos um espaço fixo, o folião vai passar pelas alas, ao invés das alas pas-sarem por eles. Então, nós es-tamos dividindo o pavilhão do Centro de Convenções em cinco alas, cada uma delas represen-tando uma das ‘visagens’ pelas quais Anilda Leão passou. A pri-meira ala, a vermelha, é a ala do teatro; a segunda, de cor rosa, é da literatura; a terceira, prata, retrata Anilda por ela mesma, contando com elementos cêni-cos que remetem à vida pessoal da homenageada; a quarta ala, destinada à música, é amarela, e a quinta, a azul, é a do cinema. Pela primeira vez a gente está conseguindo, além de homena-gear, retratar de forma ceno-gráfica a vida do homenageado. Neste ano nós também teremos ‘anjos’ que farão a ponte entre o público nas mesas e o bufê. E, além disso tudo, a Anilda tam-bém estará presente.”

Divulgação

Divulgação

Reprodução

Ricardo Lêdo/Arquivo GA

O BAILE DOS SERESTEIROS EM PÍLULAS


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