AVALIAÇÃO DO IMPACTO ANTROPOGÊNICO
NA ZONA COSTEIRA DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO, BRASIL
RAQUEL DEZIDÉRIO SOUTO
RIO DE JANEIRO, 2005
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Errata
Anexo I – quadro 42 (página 100) – Indicador: Coeficiente de Suficiência de Docentes
Onde lê-se ÍNDICE (docentes/matrículas), leia ÍNDICE (docentes/habitantes).
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. ii
RESUMO
Com a crescente preocupação com o desenvolvimento saudável das sociedades
em harmonia com o meio, o homem passou a organizar-se e a se esforçar em
criar mecanismos de acompanhamento e controle dos processos induzidos por
atividades antrópicas na Zona Costeira (ZC). O conhecimento acerca da ecologia
e da dinâmica costeiras passou a ser informação referencial para a tomada de
decisões públicas a fim de que o crescimento e a expansão das sociedades sejam
sustentáveis. Nesse âmbito, surge o Gerenciamento Costeiro Integrado como
Ciência cujo objetivo é o de reconhecer a costa e suas características,
compreender sua evolução e criar mecanismos de controle da qualidade da ZC,
garantindo qualidade de vida à população que vive em tais zonas. Uma das
ferramentas utilizadas para levantar o estado da ZC é a estatística paramétrica,
onde as características da ZC e as forças que atuam nela são representadas por
parâmetros. De posse dos parâmetros, são então concebidos os indicadores,
utilizados para fornecer informações a respeito de organizações complexas. O
grau de importância dos parâmetros é distinguido por atribuição de pesos às
medidas obtidas, resultando nos valores dos índices de cada indicador. Os
estudos desenvolvidos com relação a indicadores de sustentabilidade têm
demonstrado que a escolha dos mesmos deve-se ao reconhecimento das
principais forças atuantes como pressão no ecossistema e que, assim, os
conjuntos de indicadores variam entre diferentes regiões. No entanto, os
indicadores possuem características comuns, sendo a mais notória a clareza
para transmissão de informações. Como instrumento importante nas análises
ambientais e, principalmente na disponibilização dos resultados, os Sistemas de
Informação Geográfica foram consagrados pela comunidade científica devido ao
seu grande poder de síntese e cruzamento de informações e sua capacidade em
trabalhar com dados georeferenciados. O presente trabalho tem como finalidade
analisar os parâmetros referentes aos 34 municípios costeiros, dentro das 6
dimensões do Desenvolvimento Sustentável apresentada por Sachs – espacial,
cultural, econômica, ecológica, social e política. Para cada município serão
então calculados os polígonos de impacto antrópico, onde a influência de cada
uma das dimensões analisadas estará representada. Como produto final gerou-
se um mapa digital, classificando cada município quanto ao grau de impacto
antrópico em alto, médio ou baixo impacto.
Palavras-chave: Zona Costeira, impacto antropogênico, desenvolvimento sustentável.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. iii
ABSTRACT
With the increasing concern with the healthful development of the societies in
harmony with the environment, the man started to organize itself and to
strengthen itself in creating mechanisms of accompaniment and control of the
processes induced by anthropogenic activities at Coastal Zone (CZ). The
knowledge about coastal ecology and about coastal dynamics has passed to be
referential information for taking public decisions with the objective of growth
and expansion of the societies in a sustainable way. In this scope, the Integrated
Coastal Management appears as Science whose objective is to recognize the
coast and its characteristics, to understand its evolution and to create
mechanisms of control of the quality of the CZ, guaranteeing quality of life to
the population that lives in such zones. One of the used tools to raise the state of
the CZ is the parametric statistics, where the characteristics of the CZ and the
forces that act in it are represented by parameters. Of ownership of the
parameters, the indicators are conceived and used to supply information
regarding complex organizations. The degree of importance of the parameters is
distinguished by attribution from weights to the gotten measures, resulting in
the values of the indices of each indicator. The studies developed with regard to
sustainability indicators have demonstrated that the choice of the same ones is
done through the recognition of the main operating forces as pressure in the
ecosystem and thus, the sets of indicators vary between different regions.
However, the indicators possess common characteristics, being the most well-
known, the clarity for transmission of information. As important instrument in
environment analyses and, mainly in the availability of the results, the
Geographic Information System has been considered by the scientific
community because its great power of synthesis and crossing of information and
its capacity in working with georeferenced data. The present work has as
purpose to analyze the referring parameters to the 34 coastal cities, inside of
the 6 dimensions of the Sustainable Development presented by Sachs - space,
cultural, economic, ecological, social and political. So, the polygons of
anthropogenic impact will be calculated for each city, where the influence of
each one of the analyzed dimensions will be represented. As end product, a
digital map will be presented, representing the classification of the degree of
anthropogenic impact in high, medium and low impact.
Keywords: Coastal Zone, anthropogenic impacts, sustainable development.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
SUMÁRIO
Resumo .................................................................................................................................. ii
Abstract ................................................................................................................................. iii
Lista de figuras ..................................................................................................................... vii
Lista de quadros .................................................................................................................... ix
Lista de anexos .................................................................................................................... xiii
1 Apresentação ........................................................................................................................ 1
2 Objetivos .............................................................................................................................. 2
2.1 Objetivo geral ......................................................................................................... 2
2.2 Objetivos específicos .............................................................................................. 2
3 Fundamentação teórica ...................................................................................................... 3
3.1 A Zona Costeira ...................................................................................................... 3
3.2 Problemas de origem antrópica encontrados na Zona Costeira .............................. 3
3.2.1 Conflitos pelo uso do espaço ................................................................... 4
3.2.2 Ineficácia dos modelos e inadequação dos dados .................................... 4
3.2.3 Atividades humanas que comprometem a integridade
dos ecossistemas ............................................................................................... 5
3.2.3.1 Agricultura e pecuária ............................................................... 6
3.2.3.2 Extrativismo vegetal e silvicultura ............................................ 6
3.2.3.3 Pesca, aqüicultura e maricultura ................................................ 7
3.2.3.4 Atividades industriais................................................................. 9
3.2.3.5 Expansão imobiliária ................................................................. 9
3.3 O Gerenciamento Costeiro Integrado ..................................................................... 9
3.3.1 O Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro ................................ 12
3.3.2 O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) ........................ 12
3.3.2.1 Princípios do PNGC .................................................................13
3.3.2.2 Objetivos do PNGC .................................................................14
3.3.2.3 Área de abrangência do PNGC ............................................... 15
3.3.2.4 Instrumentos de gestão do PNGC ........................................... 16
3.3.3 O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro II (PNGC II) ............... 18
3.3.4 O Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro (Gerco/RJ) ............. 18
3.4 O Desenvolvimento Sustentável ........................................................................... 21
3.4.1 Dimensões do Desenvolvimento Sustentável ....................................... 24
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
3.4.2 Indicadores ............................................................................................ 25
3.4.2.1 Definições de indicadores ...................................................... 25
3.4.2.2 Características dos indicadores .............................................. 25
3.4.3 Indicadores de sustentabilidade ............................................................. 26
3.4.3.1 Tipos de indicadores de sustentabilidade ............................... 26
3.4.3.2 Experiências com uso de indicadores .................................... 27
3.5 Análise ambiental ................................................................................................. 29
3.5.1 Paisagens ............................................................................................... 29
3.5.1.1 Definições de paisagem ......................................................... 29
3.5.1.2 Características das paisagens ................................................. 30
3.5.1.3 Propriedades das paisagens .................................................... 30
3.5.1.4 Regionalização das paisagens ................................................ 31
3.5.1.5 Unidade geoecológica territorial ............................................ 31
3.5.1.6 Formas de geração de unidades territoriais ............................ 31
3.5.1.7 Ecologia das paisagens .......................................................... 32
3.5.1.8 Dinâmica das paisagens ......................................................... 32
3.6 Sistemas de Informação Geográfica (SIG) como ferramenta para a análise
ambiental ................................................................................................................... 34
3.6.1 Categorias de Geossistemas ................................................................. 34
3.6.2 Sistemas de Informação Geográfica ..................................................... 34
3.6.2.1 Definição de SIG ................................................................... 35
3.6.2.2 Componentes do SIG ............................................................ 36
3.6.2.3 Ferramentas para análise de múltiplos mapas ....................... 36
3.6.3 Importância dos SIGs na análise ambiental ......................................... 38
3.6.4 Limitações do Geoprocessamento como ferramenta
na análise ambiental ...................................................................................... 39
4 Área de estudo .................................................................................................................... 40
4.1 Geomorfologia ...................................................................................................... 42
4.2 Vegetação .............................................................................................................. 44
4.3 Climatologia e Meteorologia ................................................................................ 45
4.4 Oceanografia ......................................................................................................... 45
4.5 Municípios costeiros ............................................................................................. 49
5 Metodologia ........................................................................................................................ 63
5.1 Levantamento bibliográfico ...................................................................................63
5.2 Formulação de perguntas de pesquisa ....................................................................63
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
5.3 Formulação de hipóteses ........................................................................................64
5.4 Parâmetros e indicadores escolhidos ......................................................................64
5.5 Modelo relacional do banco de dados BD_Rio ......................................................67
5.6 Modelo de análise – média ponderada ...................................................................69
5.7 Classificação e mapeamento temático ....................................................................70
5.8 Polígonos de impacto .............................................................................................71
5.9 Disponibilização dos resultados .............................................................................71
6 Resultados e discussão ........................................................................................................72
6.1 Índices das dimensões e Índice Geral de Impacto Antropogênico ........................72
6.2 Índices temáticos ....................................................................................................72
6.3 Correlação entre índices .........................................................................................73
6.4 Mapas temáticos .....................................................................................................73
6.5 Polígonos de impacto antropogênico .....................................................................77
7 Considerações finais ........................................................................................................... 78
8 Referências bibliográficas ................................................................................................. 80
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
LISTA DE FIGURAS
CapaPraia de Ipanema e do Leblon(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/imagem:Leblon_and_Ipanema.jpg)
Figura 1 Delimitação política do estado do Rio de Janeiro ...................................... 40
Figura 2Regiões de Governo e Microregiões Geográficas do Estado do Rio de Janeiro......................................................................................................... 41
Figura 3 Microregiões segundo a classificação do IBGE ........................................ 41
Figura 4 Domínios tectono-magmáticos do estado do Rio de Janeiro e áreas adjacentes ................................................................................................... 42
Figura 5Distribuição das isolinhas de mesma profundidade presentes na costa do Rio de Janeiro ............................................................................................ 47
Figura 6 Distribuição das diferentes massas d’água presentes na costa do Rio de Janeiro ........................................................................................................ 47
Figura 7 Mapa do município de Macaé .................................................................... 49
Figura 8 Mapa do município de Carapebus .............................................................. 49
Figura 9 Mapa do município de Quissamã ............................................................... 50
Figura 10 Mapa do município de Campos ................................................................. 50
Figura 11 Mapa do município de São João da Barra ................................................. 51
Figura 12 Mapa do município de São Francisco de Itabapoana ................................. 51
Figura 13 Mapa do município de Saquarema ............................................................ 52
Figura 14 Mapa dos municípios de Araruama e Iguaba Grande ................................ 52
Figura 15 Mapa dos municípios de São Pedro d´Aldeia e Arraial do Cabo .............. 53
Figura 16 Mapa dos municípios de Cabo Frio e Armação dos Búzios ...................... 53
Figura 17 Mapa do município de Casimiro de Abreu ................................................ 54
Figura 18 Mapa do município de Rio das Ostras ....................................................... 54
Figura 19 Mapa do município do Rio de Janeiro ....................................................... 55
Figura 20 Mapa do município de Nova Iguaçu .......................................................... 55
Figura 21 Mapa dos municípios de Belford Roxo, São João de Meriti e Nilópolis.... 56
Figura 22 Mapa do município de Duque de Caxias ................................................... 56
Figura 23 Mapa do município de Magé ..................................................................... 57
Figura 24 Mapa do município de Guapimirim............................................................ 57
Figura 25 Mapa do município de São Gonçalo .......................................................... 58
Figura 26 Mapa do município de Itaboraí .................................................................. 58
Figura 27 Mapa do município de Niterói ................................................................... 59
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Figura 28 Mapa do município de Maricá ................................................................... 59
Figura 29 Mapa do município de Paraty .................................................................... 60
Figura 30 Mapa do município de Angra dos Reis ...................................................... 60
Figura 31 Mapa do município de Mangaratiba .......................................................... 61
Figura 32 Mapa do município de Itaguaí ................................................................... 61
Figura 33 Mapa dos municípios de Seropédica, Queimados e Japeri ........................ 62
Figura 34 Modelo lógico do banco de dados BD_Rio ............................................... 69
Figura 35Mapa temático do Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA) para os municípios do estado do Rio de Janeiro .................................................... 76
Figura 36Polígono de impacto antropogênico geral comparando os valores de IGIA dos 34 municípios ...................................................................................... 77
Figura 37 Mapa do Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA) ....................... 106
Figura 38 Mapa do índice de impacto na dimensão espacial ................................... 106
Figura 39 Mapa do índice de impacto da urbanização ............................................. 107
Figura 40 Mapa do índice de impacto em áreas preservadas ................................... 107
Figura 41 Mapa do índice de impacto pelo uso do solo ........................................... 108
Figura 42 Mapa do índice de impacto na dimensão cultural .................................... 108
Figura 43 Mapa do índice de impacto em bens histórico-culturais .......................... 109
Figura 44 Mapa do índice de impacto na dimensão econômica ............................... 109
Figura 45 Mapa do índice de impacto no emprego e renda ..................................... 110
Figura 46 Mapa do índice de impacto no PIB........................................................... 110
Figura 47 Mapa do índice de impacto na pesca ....................................................... 111
Figura 48 Mapa do índice de impacto nas empresas ................................................ 111
Figura 49 Mapa do índice de impacto na dimensão ecológica ................................. 112
Figura 50 Mapa do índice de impacto na modificação da paisagem ........................ 112
Figura 51 Mapa do índice de impacto na dimensão social ....................................... 113
Figura 52 Mapa do índice de impacto na saúde ....................................................... 113
Figura 53 Mapa do índice de impacto no saneamento ............................................. 114
Figura 54 Mapa do índice de impacto na educação ................................................. 114
Figura 55 Mapa do índice de impacto na habitação ................................................. 115
Figura 56 Mapa do índice de impacto na segurança ................................................ 115
Figura 57 Mapa do índice de impacto na dimensão política .................................... 116
Figura 58 Mapa do índice de impacto na administração pública ............................. 116
Figura 59 Polígono de impacto antropogênico geral ................................................ 117
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Figura 60 Polígono de Angra dos Reis ..................................................................... 118
Figura 61 Polígono Araruama .................................................................................. 118
Figura 62 Polígono Armação dos Búzios ................................................................. 118
Figura 63 Polígono Arraial do Cabo ........................................................................ 118
Figura 64 Polígono Belford Roxo ............................................................................ 118
Figura 65 Polígono Cabo Frio .................................................................................. 118
Figura 66 Polígono Campos dos Goytacazes .......................................................... 119
Figura 67 Polígono Carapebus ................................................................................. 119
Figura 68 Polígono Casimiro de Abreu .................................................................... 119
Figura 69 Polígono Duque de Caxias ....................................................................... 119
Figura 70 Polígono Guapimirim............................................................................... 119
Figura 71 Polígono Iguaba Grande .......................................................................... 119
Figura 72 Polígono Itaboraí ...................................................................................... 120
Figura 73 Polígono Itaguaí ....................................................................................... 120
Figura 74 Polígono Japeri ........................................................................................ 120
Figura 75 Polígono Macaé ....................................................................................... 120
Figura 76 Polígono Magé ......................................................................................... 120
Figura 77 Polígono Mangaratiba .............................................................................. 120
Figura 78 Polígono Maricá ....................................................................................... 121
Figura 79 Polígono Nilópolis ................................................................................... 121
Figura 80 Polígono Niterói ....................................................................................... 121
Figura 81 Polígono Nova Iguaçu ............................................................................. 121
Figura 82 Polígono Paraty ........................................................................................ 121
Figura 83 Polígono Queimados ................................................................................ 121
Figura 84 Polígono Quissamã .................................................................................. 122
Figura 85 Polígono Rio das Ostras ........................................................................... 122
Figura 86 Polígono Rio de Janeiro ........................................................................... 122
Figura 87 Polígono São Francisco de Itabapoana .................................................... 122
Figura 88 Polígono São Gonçalo ............................................................................. 122
Figura 89 Polígono São João da Barra ..................................................................... 122
Figura 90 Polígono São João de Meriti .................................................................... 123
Figura 91 Polígono São Pedro da Aldeia ................................................................. 123
Figura 92 Polígono Saquarema ................................................................................ 123
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Figura 93 Polígono Seropédica .................................................................................123
Figura 94 Correlação entre urbanização e cobertura por Mata Atlântica ................. 124
Figura 95 Correlação entre urbanização e cobertura por lavoura permanente ......... 124
Figura 96Correlação entre cobertura por Mata Atlântica e cobertura por lavoura permanente ............................................................................................... 125
Figura 97Correlação entre tombamento de bens histórico-culturais e despesas municipais por função de Educação e Cultura ......................................... 125
Figura 98 Correlação entre emprego e renda e segurança ........................................ 126
Figura 99Correlação entre participação das empresas na economia municipal e estabelecimentos hoteleiros ..................................................................... 126
Figura 100 Correlação entre pesca e emprego e renda ............................................... 127
Figura 101 Correlação entre urbanização e aqüicultores ........................................... 127
Figura 102 Correlação entre urbanização e pescadores ............................................. 128
Figura 103 Correlação entre urbanização e modificação da paisagem ...................... 128
Figura 104 Correlação entre urbanização e cobertura por campo/ pastagem ............. 129
Figura 105 Correlação entre urbanização e áreas degradadas .................................... 129
Figura 106Correlação entreesgotamento sanitário e mortalidade por doenças trnsmissíveis ............................................................................................. 130
Figura 107Correlação entre intensidade da pobreza (linha de R$ 37,75) e mortalidade infantil ...................................................................................................... 130
Figura 108Correlação entre intensidade da pobreza (linha de R$ 75,50) e mortalidade infantil ...................................................................................................... 131
Figura 109 Correlação entre esgotamento sanitário e mortalidade infantil ................ 131
Figura 110 Correlação entre saneamento e saúde ...................................................... 132
Figura 111Correlação entre densidade demográfica e população em aglomerados subnormais ............................................................................................... 132
Figura 112 Correlação entre urbanização e aglomeração subnormal ......................... 133
Figura 113Correlação entre despesas municipais por função de saúde e saneamento e saneamento ............................................................................................... 133
Figura 114Correlação entre despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública e homicídios .................................................................... 134
Figura 115Correlação entre eficiência do esgotamento sanitário e esperança de vida ao nascer ....................................................................................................... 134
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. xi
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Divisão da costa fluminense em setores para fins do GERCO/RJ ................ 20
Quadro 2 Exemplos de indicadores físico-bióticos ..................................................... 27
Quadro 3 Exemplos de indicadores socioeconômicos ................................................. 27
Quadro 4 Princípios gerais emergentes das paisagens ............................................. 33
Quadro 5 Categorias de geossistemas ....................................................................... 34
Quadro 6 Parâmetros utilizados................................................................................... 65
Quadro 7 Indicadores utilizados ................................................................................. 66
Quadro 8 Fórmulas de cálculo dos índices simples ..................................................... 70
Quadro 9 Fórmulas de cálculo dos índices agregados ............................................... 70
Quadro 10 Índices temáticos ....................................................................................... 74
Quadro 11 Correlação entre índices ............................................................................ 75
Quadro 12 Indicador: Coef. de Urbanização ................................................................. 85
Quadro 13 Indicador: Coef. de cobertura por Mata Atlântica ........................................ 85
Quadro 14 Indicador: Coef. de cobertura por lavoura permanente ............................. 86
Quadro 15 Indicador: Coef. de tombamento de bens histórico-culturais ..................... 86
Quadro 16 Indicador: IDH-M Renda ............................................................................. 87
Quadro 17 Indicador: Coef. de participação da população na PEA ............................... 87
Quadro 18 Indicador: Coef. de intensidade da pobreza – linha de R$ 37,75 ................ 88
Quadro 19 Indicador: Coef. de intensidade da pobreza – linha de R$ 75,50 ................. 88
Quadro 20 Indicador: Coef. do PIB ............................................................................... 89
Quadro 21 Indicador: Coef. de participação da indústria na economia municipal ....... 89
Quadro 22 Indicador: Coef. de aqüicultores ................................................................. 90
Quadro 23 Indicador: Coef. de pescadores .................................................................. 90
Quadro 24 Indicador: Coef. de participação das empresas na economia municipal .... 91
Quadro 25 Indicador: Coef. de estabelecimentos hoteleiros ......................................... 91
Quadro 26 Indicador: Coef. de cobertura por vegetação secundária ........................... 92
Quadro 27 Indicador: Coef. de cobertura por campo/ pastagem .................................. 92
Quadro 28 Indicador: Coef. de áreas degradadas ........................................................ 93
Quadro 29 Indicador: Coef. de área de corpos d'água .................................................. 93
Quadro 30 Indicador: IDH-M Longevidade ................................................................... 94
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. xii
Quadro 31 Indicador: Coef. de esperança de vida ao nascer ....................................... 94
Quadro 32 Indicador: Coef. de mortalidade por doenças transmissíveis ..................... 95
Quadro 33 Indicador: Coef. de mortalidade infantil ...................................................... 95
Quadro 34 Indicador: Coef. de eficiência do esgotamento sanitário ............................ 96
Quadro 35 Indicador: Coef. de cobertura do abastecimento de água .......................... 96
Quadro 36 Indicador: Coef. de eficiência da coleta domiciliar de lixo .......................... 97
Quadro 37 Indicador: Coef. de cobertura das estações de tratamento de água .......... 97
Quadro 38 Indicador: Coef. de eficiência das estações de tratamento de esgoto ....... 98
Quadro 39 Indicador: Coef. de cobertura da rede de drenagem urbana ...................... 98
Quadro 40 Indicador: IDH-M Educação ........................................................................ 99
Quadro 41 Indicador: Coef. de inserção na escola ....................................................... 99
Quadro 42 Indicador: Coef. de suficiência de docentes .............................................. 100
Quadro 43 Indicador: Coef. de analfabetismo ............................................................. 100
Quadro 44 Indicador: Coeficiente de densidade demográfica .................................... 101
Quadro 45 Indicador: Coef. de população em aglomerados subnormais ................... 101
Quadro 46 Indicador: Coef. de aglomeração subnormal ............................................. 102
Quadro 47 Indicador: Coef. de homicídios .................................................................. 102
Quadro 48 Indicador: Coef. de despesa capital municipal total .................................. 103
Quadro 49 Indicador: Coef. de despesa corrente municipal total ............................... 103
Quadro 50 Indicador: Coef. de despesas municipais por função de Educação e Cultura ................................................................................................................... 104
Quadro 51 Indicador: Coef. de despesas municipais por função de Saúde e Saneamento .................................................................................................................. 104
Quadro 52 Indicador: Coef. de despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública .......................................................................................... 105
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
LISTA DE ANEXOS
Anexo I Fichas descritivas dos indicadores .................................................................. 85
Anexo II Mapas temáticos .............................................................................................. 106
Anexo III Polígonos de impacto antropogênico .............................................................. 117
Anexo IV Correlação entre índices .................................................................................. 124
Anexo V Tabelas índices ................................................................................................ 135
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 1
APRESENTAÇÃO
O estado do Rio de Janeiro destaca-se dos demais estados brasileiros por
possuir a mais vasta documentação levantada a respeito das suas
características naturais e da sua História. No entanto, as informações
apresentam-se fragmentadas e distribuídas nos diversos segmentos
organizados da sociedade.
O curso do desenvolvimento econômico no estado pressionou à fixação
desordenada de grande parte da população fluminense na zona costeira
(ZC), o que em muitos locais extrapolou a capacidade de suporte do meio,
causando problemas nas diferentes dimensões do ecodesenvolvimento:
espacial, cultural, econômica, ecológica, social e política. A ausência de
uma política de centralização das informações sobre a ZC contribui para
a manutenção desse status quo, uma vez que não há suporte
informacional para a gestão pública.
O presente trabalho visa avaliar o impacto antropogênico na ZC do
estado e gerar como produto um Atlas digital a ser disponibilizado à
sociedade através da rede mundial de computadores. Para alcançar tal
objetivo, as tecnologias do sistema de informação e da programação de
computadores serão utilizadas.
A pesquisa proposta justifica-se por colaborar para o melhor
entendimento das dinâmicas sócio-ambientais presentes no estado,
constituindo relato necessário ao suporte informacional para a
formulação de políticas públicas adequadas à gestão dos recursos
naturais e à garantia da qualidade de vida da população.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 2
OBJETIVOS
Objetivo geral
Avaliar o impacto antropogênico na zona costeira do estado do Rio de
Janeiro e exibir os resultados na forma de atlas digital, a ser
disponibilizado à sociedade via Internet.
Objetivos específios
● Classificar os 34 municípios da zona costeira do estado do Rio de
Janeiro segundo o grau de impacto antropogênico em alto, médio
ou baixo impacto;
● Gerar atlas digital com mapas representativos do grau de impacto
antrópico calculado para cada município e dentro das seis
dimensões do ecodesenvolvimento sustentável de Ignacy Sachs, a
ser disponibilizado na Internet via rede mundial de computadores.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 3
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 A Zona Costeira
A Zona Costeira (ZC) representa cerca de 20% da superfície
terrestre e aproximadamente 50 por cento da população mundial ocupa
tais zonas. A densidade média da população residente em áreas costeiras
é de 80 hab/km2, duas vezes o valor da densidade média global.
Aproximadamente 70% das cidades com mais de oito milhões de pessoas
estão localizadas na Zona Costeira (BELFIORI, 2003). No Brasil, a ZC abriga
mais de 20% da população brasileira, distribuída em 412 municípios. A
maior concentração populacional é encontrada nas Regiões
Metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador e Rio de Janeiro.
A intensiva ocupação da ZC explica-se pelo fato de que a mesma
exerce grande variedade de funções importantes para a sociedade, tais
como: a produção de alimentos, a produção de energia, a extração de
recursos naturais, a manutenção de habitats de reprodução, a
manutenção de rotas migratórias, a garantia da diversidade genética das
espécies, a localização para habitação e prática de recreação, dentre
outros (DUBSKY, 1999, p.63,64). Além da variedade de funções, encontra-se
a diversidade de inter-relações oriundas do estabelecimento humano e do
desenvolvimento econômico associado ao mesmo. No entanto, a
multiplicidade de tais relações e funções pode acarretar em problemas de
conflito de usos e em problemas relacionados à sustentabilidade do
ambiente e das atividades desenvolvidas.
3.2 Problemas de origem antrópica encontrados na Zona Costeira
“A população humana continua a aumentar em todo o mundo numa
taxa de quase 2% ao ano. As taxas mais altas de aumento populacional
estão em alguns dos países mais pobres. Mesmo se o crescimento
populacional parasse hoje, os problemas resultantes permaneceriam. A
atual população humana está consumindo os recursos mais rápido do que
são regenerados pela biosfera, isso ao mesmo tempo em que libera tantos
rejeitos que a qualidade do ambiente na maior parte na maior parte das
regiões da Terra está se deteriorando numa taxa alarmante. Se
pretendemos viver num mundo habitável para as futuras gerações, nossa
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 4
prioridade máxima deve ser atingir uma relação sustentável com o resto da
biosfera”. (RICKLEFS, 2003, p.473)
Cerca de 30 por cento das regiões costeiras mundiais são
particularmente vulneráveis a fontes poluidoras localizadas na costa e ao
desenvolvimento de infra-estruturas relacionadas às atividades humanas.
Consequentemente, os recursos naturais costeiros estão sob forte
pressão antropogênica. Os perigos envolvidos na ZC são enormes e
incluem não só a poluição originária de áreas densamente povoadas, mas
também outros: entrada de poluentes provenientes de descargas de rios,
descarga de efluentes industriais, derrame de óleo, descarga de água de
lastro de embarcações, erosão e aterramento costeiros, desmatamento e
instalação de usinas hidrelétricas. (EL-SABH, 1998, p.2)
Os danos causados pelos efeitos negativos de atividades
desenvolvidas na costa em ambientes marinhos e costeiros advêm de
duas fontes: associados às mudanças econômicas e sociais e aqueles
associados à pressão causada pelo excesso populacional sobre os
recursos naturais. As mudanças econômicas e sociais em áreas costeiras
freqüentemente resultam em aumento da pressão da demanda por
recursos naturais encontrados em bacias hidrográficas e entre as
mesmas. (GESAMP, 2001, p.116)
3.2.1 Conflitos pelo uso do espaço
Os problemas referentes ao excessivo crescimento populacional
estão intimamente relacionados à competição pelo uso do espaço: o
desenvolvimento de maricultura extensiva pode entrar em conflito com o
crescimento das rotas de transporte marítimo e com as áreas de
recreação pública (GOLDBERG, 1994, p.127). A extração de areia para
fornecimento à construção civil entra em conflito com atividades de pesca
e de extração manual de espécies endógenas por parte das comunidades
tradicionais (GOLDBERG, 1993, p.123). Os estabelecimentos portuários
podem conflitar com a pesca, uma vez que as operações de dragagem,
comumente realizadas para otimizar os canais de navegação, causam
sérios danos à biota pela ressuspensão de material particulado e
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 5
remobilização de espécies químicas potencialmente danosas. Ademais, o
próprio estabelecimento de portos ou, em menor escala, de pier e de
decks, oferece perigo a diversas comunidades marinhas costeiras pela
destruição de locais de engorda (GOLDBERG, op. cit., p.99). Uma vez que
todos esses conflitos relacionam-se ao homem e suas atividades,
Goldberg (op. cit., p.135) define o problema com precisão:
“A chave para minimizar conflitos na zona
costeira é o gerenciamento da população”.1
3.2.2 Ineficácia dos modelos e inadequação dos dados
Importante notar, entretanto, que a matéria ainda não está
esgotada. O debate a respeito do poder das influências antropogênicas ou
naturais é um dos componentes da incerteza envolvida nos estudos a
respeito do meio ambiente. Isto porque as mudanças ambientais são
resultado de interações muito complexas e fazem com que sejam
encontrados problemas quando da tentativa de modelá-las e compreendê-
las. A não-linearidade dos sistemas ecológicos faz com que a dimensão
das respostas encontradas não seja diretamente proporcional ao tamanho
do estímulo que provoca os distúrbios ambientais. Além disso, prever
mudanças ambientais depende dos modelos empregados e muitos destes
são imperfeitos por causa das suposições grosseiras empregadas. E
ainda, a natureza surpreende-nos por vezes, como nos casos de desastres
naturais, fato que não vai mudar no futuro. Os desastres podem atuar
tanto minimizando quanto incrementando as conseqüências de muitas
das ações humanas. Para complicar ainda mais, a falta de séries de dados
temporais contínuos colabora para a dificuldade em prever fenômenos
que podem estar acontecendo com certa periodicidade. Finalmente, há
problemas na definição de alguns fenômenos e, sem a clara definição dos
mesmos, as medidas são dificilmente realizadas, corre-se o risco dos
resultados não serem precisos e que, assim, as mudanças devam ser
identificadas com maior dificuldade (GOUDIE, 1993, pp. 372-3).
Além da falta de séries temporais contínuas de dados, outro
problema refere-se à incompatibilidade de escalas das bases empíricas
com os fenômenos observados. Segundo estudo apresentado pelo 1 “The key to minimizing conflicts in the coastal zone is population management”.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 6
Ministério do Meio Ambiente sobre fragmentação de ecossistemas (MMA,
2003, p.66), a identificação de fatores antrópicos que interferem no
processo de fragmentação ambiental torna-se difícil por essa
incompatibilidade, uma vez que geram-se suposições frágeis, com baixa
confiabilidade teórica e empírica, não se constituindo em um apoio
seguro às decisões de formulação e implementação de políticas públicas.
O documento do MMA ressalta ainda que são necessários diversos
estudos, não apenas para identificar, mas também para quantificar e
qualificar os impactos antrópicos. Somente desse modo será possível
delinear limites aceitáveis e desejáveis das perturbações decorrentes das
atividades humanas, viabilizando o apoio às decisões de implantação de
políticas públicas de manejo ambiental sustentável. (MMA, op. cit., p. 66).
3.2.3 Atividades humanas que comprometem a integridade dos
ecossistemas naturais
Da bibliografia atual podem ser listadas algumas das atividades
humanas desenvolvidas ao longo do tempo já identificadas como
comprometedoras da integridade dos ecossistemas naturais.
3.2.3.1 Agricultura e pecuária
A agricultura e a pecuária exercem forte pressão tanto sobre as
florestas como sobre os ecossistemas abertos, causando perda de
biodiversidade. Desmatamentos, uso do fogo, superpastoreio,
monocultura, a mecanização intensiva e, principalmente, o uso
indiscriminado de agrotóxicos, diminuem a diversidade da flora e da
fauna e alteram a qualidade e a disponibilidade de água, quer pela
contaminação por agrotóxicos quer pelo assoreamento decorrente da
erosão dos solos. (MMA, op. cit., p.80)
Goudie (1993, p.375) apontou que a poluição dos corpos d´água
causada pela agricultura, mediante a aplicação de agrotóxicos e a erosão
do solo, é mais intensa que aquela causada pelas indústrias e que as
mudanças causadas pela agricultura nos habitats podem afetar os
animais selvagens. Como conseqüências desastrosas ao ambiente, o
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 7
pesquisador aponta ainda a salinização e a desertificação do solo como
alguns dos mais sérios problemas encontrados pelo homem desde a
civilização pré-industrial. Mudanças climáticas também foram apontadas,
uma vez que a liberação de gás carbônico na atmosfera devido à
expansão da agricultura altera os valores do albedo à superfície.
A atividade pecuária pode ser fonte de impactos, uma vez que
grande parte do nitrogênio contido no esterco animal é transformada em
nitrato, fonte significante de contaminação das águas subterrâneas e
superficiais (CORSON, apud MMA, 2003, p.82). Outros agentes contaminantes
são os steptococos e os coliformes fecais presentes nas fezes carreadas
para os cursos d´água, podendo contaminar outros animais, alimentos e o
próprio homem. (MMA, 2003, p.82).
3.2.3.2 Extrativismo vegetal e silvicultura
Além das áreas abertas para a agropecuária, mais árvores são
cortadas para suprir as necessidades humanas de carvão vegetal, de
madeira para construção civil, de papel, entre outros produtos obtidos a
partir da floresta. A extração seletiva piora a qualidade das matas e
interfere na manutenção da flora e da fauna. A retirada de galhadas
secas suprime o abrigo e refúgio da fauna silvestre, além de diminuir a
quantidade de nutrientes no solo, por interromper a ciclagem dos
mesmos. Estudos mostram que, independente da região geográfica,
grande parte dos moradores das áreas rurais retira das florestas lenha
para uso na cocção de alimentos ou obtêm madeira para construção de
casas, currais, pocilgas, cercas, porteiras ou cabos de ferramentas. Como
agravante, as matas existentes nas propriedades são, geralmente, áreas
de preservação permanente. (MMA, op.cit., p.85)
3.2.3.3 Pesca, aqüicultura e maricultura
Os corpos d´água abrigam uma fauna aquática ainda pouco
conhecida e contam com diversas espécies endêmicas. Em relação aos
peixes, esses ecossistemas são detentores de uma ictiofauna pouco
conhecida no Brasil. A ocupação desordenada do entorno dos fragmentos
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 8
aquáticos leva à perda do sombreamento exercido pela vegetação ciliar,
que evita mudanças bruscas de temperatura e inibe a predação dos
peixes por aves e por outros animais. Na maioria dos casos, a integridade
dos ecossistemas aquáticos fica comprometida como conseqüência das
atividades de mineração e de exploração agropecuária, pelos
assentamentos humanos regulares ou não, pela emissão de poluentes e
pela aqüicultura. (MMA, op.cit., p.89)
Troncos, galhos e folhas da mata ciliar normalmente caem nos
cursos d ’água e constituem uma fonte direta de matéria orgânica para os
organismos aquáticos. Estas estruturas submersas fornecem também
abrigo para os peixes, protegendo-os de predadores, além de servirem
como locais de desova. Nos trechos em que há perda de mata ciliar,
costuma haver predomínio de gramíneas. Os peixes continuam se
relacionando com a vegetação, mas com uma complexidade bem menor
do que aquela que ocorre quando se trata de mata ciliar preservada.
Alguns autores evidenciaram que a complexidade de habitats aumenta a
complexidade da comunidade de peixes e a estabilidade ambiental. (MMA,
op.cit., pp.89-90)
A piscicultura brasileira estabelece seus cultivos nas proximidades
dos rios, dentro da área de preservação permanente, facilitando a
propagação dos exemplares num possível escape. A influência de
espécies exóticas e alóctones de peixes pode ser considerada uma
ameaça à manutenção da biodiversidade de peixes, principalmente nos
fragmentos localizados em áreas onde as introduções foram realizadas
em massa como nas regiões sul, sudeste e nordeste do Brasil. (MMA, 2003,
p. 90)
Problemas relacionados à pesca redundam geralmente na redução
dos estoques pesqueiros, devido a uma série de ações inadequadas que
levam à insustentabilidade da atividade. Como práticas condenáveis
podem ser citadas: o aumento desmedido do esforço de pesca, o
desrespeito às épocas de defeso, a fertilização artificial, o uso de
artifícios de pesca pouco seletivos, o bycatch não controlado, as formas
inadequadas de disposição dos resíduos dos barcos, dentre outras.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 9
Com relação à aqüicultura e à maricultura, o principal problema diz
respeito à eutrofização das águas. Na aqüicultura, o uso indiscriminado
de antibióticos pode levar ainda à contaminação das mesmas e provocar o
desenvolvimento de superbactérias, resistentes aos fármacos. Em ambas
as atividades, o risco de introdução e disseminação de espécies exóticas é
elevado, o que pode afetar não somente a área na qual a atividade é
desenvolvida, como também áreas adjacentes ou distantes desta.
3.2.3.4 Atividades industriais
As atividades industriais podem causar diversos tipos de
contaminação do solo, da água e do ar, além de contribuir com a poluição
sonora e visual. Como exemplos, podem ser citados: o lançamento de
dejetos industriais sem tratamento, inclusive com elevadas concentrações
de metais pesados, a emissão de gases poluentes na atmosfera, a emissão
de ruídos em faixas inaceitáveis e o assoreamento de rios e de corpos d
´água. Se localizadas próximas a florestas ou manguezais, podem ser
constatadas irregularidades no que tange à derrubada da mata nativa
para expansão da atividade, contribuindo para a diminuição da
diversidade ecológica e perda de habitats naturais. O desvio do curso e o
represamento de rios também consistem em problemas sérios, uma vez
que há grande perda de espécimes.
3.2.3.5 Expansão imobiliária
A expansão imobiliária pode acarretar prejuízos ao ecossistema
natural quando do desenvolvimento não regularizado e desenfreado.
Dentre os danos possíveis, citam-se: modificação da paisagem e
topografia locais, destruição de vegetação nativa, desestabilização de
encostas, lesão à privacidade, aeração e insolação das propriedades
vizinhas, prejuízos sociais pelo favorecimento à especulação imobiliária,
obstrução de corpos d´água pelo corte de formações rochosas e
supressão de espécies vegetais e animais silvestres.
3.3 O Gerenciamento Costeiro Integrado (GERCO)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 10
Em meio a tantos problemas, a partir da década de 80, tornou-se
pública a preocupação com a saúde do planeta e até os dias atuais tal
sentimento se mantém. A compreensão de que a população humana é
capaz de causar danos ao meio em escala regional ou global levou a
comunidade científica e os tomadores de decisão a empenharam-se em
planejar e estabelecer ações preventivas e mitigadoras através do
Gerenciamento Costeiro Integrado. (GOLDBERG, 1994, p.9)
Uma definição breve e precisa de Gerenciamento Costeiro
Integrado foi estabelecida por Sorensen (1997, p.9):
“Gerenciamento Costeiro Integrado: o gerenciamento e
planejamento integrados dos ambientes e recursos costeiros de
maneira que se baseie nas inter-relações físicas, sócio-
econômicas e políticas com e sobre sistemas costeiros
dinâmicos que, quando agregados, definem a zona costeira”.2
O GERCO surgiu há três décadas, sendo efetivado nos primeiros
dez anos nos Estados Unidos e na Austrália (SORENSEN, 1997, p.3). O
conceito foi estabelecido para prevenir e minimizar problemas
relacionados à ZC, uma vez que leva em conta a sua dinâmica, no tocante
ao meio natural e às relações sociais presentes. O seu principal objetivo é
o de alcançar o desenvolvimento sustentável, conceito que se baseia na
eficiência ecológica3.
O GERCO apresenta-se como um desafio, uma vez que as práticas
relacionadas ao mesmo requerem níveis de inovação e de arranjos
institucionais bem estabelecidos e que dificilmente são mantidos. (HANSON,
1998, p.167)
Outro desafio relaciona-se à adequação da metodologia empregada
em estudos da ZC. Vallega (2000, p.2) ressalta que as pesquisas
2 “Integrated Coastal Zone Management (ICZM): the integrated planning and management of coastal resources and environments in a manner that is based on the physical, socioeconomic and political interconnections both within and among the dynamical coastal systems, wich when agregated together, define a coastal zone”.
3 “Os ecólogos se referem à percentagem de energia transferida de um nível trófico para outro como eficiência ecológica ou eficiência da cadeia alimentar”.(RICKLEFS, 2003, p.125).
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 11
convencionais sobre o oceano têm se sustentado na lógica Cartesiana,
utilizando-se principalmente dos princípios da redução e da exaustão e
que, em contraste, novas abordagens estão sendo propostas, requerendo
para tal, backgrounds lógicos construtivistas. O mais interessante é o
conceito4, publicado pelo mesmo autor, de que a mudança no
embasamento lógico implica em mudança no modo como o mundo é visto.
Até recentemente, as pesquisas sobre a ZC têm dispensado pouca
atenção às interações entre os sistemas sociais e a variabilidade
ambiental, com conseqüente limitação do entendimento a respeito das
relações entre as dinâmicas de sistemas costeiros e os benefícios sociais
associados. No entanto, na década passada, muito esforço foi feito nessa
direção, podendo ser definidos três períodos distintos: a princípio,
iniciativas foram tomadas a fim de avaliar os programas de
gerenciamento costeiro; em seguida, houve desenvolvimento de modelos
emergentes de indicadores, que têm servido como base para muitas
avaliações e, mais recentemente, o estabelecimento de monitoramentos e
de protocolos internacionais oferece melhores oportunidades para
observações mais sistemáticas e integradas sobre as dinâmicas costeiras
(BELFIORI, 2003, p.229).
A estratégia, a política e os planos nacionais referentes à gestão
integrada da zona costeira e marinha e à proteção desses ambientes são
implementados no Brasil sob a supervisão do Ministério do Meio
Ambiente (MMA), por intermédio do Projeto de Gestão Integrada dos
Ambientes Costeiro e Marinho, no âmbito do Programa de Gerenciamento
Ambiental Territorial (PGT), da Secretaria de Qualidade Ambiental nos
Assentamentos Humanos (SQA). No que se refere a programas e projetos
específicos para gestão integrada da zona costeira e marinha e a seus
4 “Conventional approaches to the ocean have been sustained by Cartesian logic; in particular they have been consistent with the principles of reduction and exhaustiveness. In contrast, novel approaches, encouraged by new scientific trends and the demands of Agenda 21, require constructivist logical backgrounds...Changing the logical basis implies a fundamental change in the way we view the world; it paves the way toward a post-modern vision of society, and the ocean provides us with a unique opportunity to experiment with new ways of perceiving the world, and imaging the future…This means that it is a reality that cannot be described in an objectivist sense but as a reality which may be assessed in a relativist sense and by representing it through models, reflecting new ways of considering the world”.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 12
objetivos e metas, o Brasil dispõe do Programa Nacional de
Gerenciamento Costeiro (GERCO), do Projeto de Gestão Integrada da
Orla Marítima (Projeto ORLA) e do Programa de Avaliação do Potencial
Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva (REVIZEE).
(MMA, 2004)
3.3.1 O Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro
O Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro tem como
objetivo operacionalizar o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro
(PNGC), com o propósito de planejar e gerenciar, de forma integrada,
descentralizada e participativa, as atividades socioeconômicas na Zona
Costeira, de forma a garantir a utilização sustentável, por meio de
medidas de controle, proteção, preservação e recuperação dos recursos
naturais e ecossistemas costeiros. Assim, o MMA busca estabelecer uma
estratégia continuada de planejamento e de gestão ambiental dos
espaços costeiros, com o desenvolvimento e fortalecimento de um
processo transparente de administração de interesses, apoiado por
informações e tecnologia. (MMA, 2004)
O Programa vem sendo executado nos 17 estados costeiros da
Federação, no âmbito do Programa Nacional de Meio Ambiente (PNMA) e
com o apoio financeiro do Governo Federal e do Banco Mundial. Como
forma de promover a integração entre os diversos atores que atuam na
Zona Costeira, foi instituído, no âmbito da Comissão Interministerial para
os Recursos do Mar - CIRM, do Ministério da Marinha, o Grupo de
Integração de Gerenciamento Costeiro - GI-GERCO, que é composto por
representantes de entidades federais, estaduais, municipais e da
sociedade civil. (FEEMA, 2005)
3.3.2 O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC)
O Governo Brasileiro instituiu em 16 de maio de 1988 o Plano
Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) através da Lei 7.6615
5 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá outras providências.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 13
(anexo I), dando especial atenção ao uso sustentável dos recursos
costeiros. Essa lei reflete o compromisso governamental com o
planejamento integrado da utilização de tais recursos, visando o
ordenamento da ocupação dos espaços litorâneos.
A Lei 7.661 foi regulamentada pelo Decreto-Lei 5.300 de 7 de
dezembro de 20046 (anexo II). Os detalhamentos e a operacionalização do
PNGC foram alvo da Resolução no 01/90 da Comissão Interministerial
para os Recursos do Mar (CIRM), de 21 de novembro de 1990, aprovada
após audiência do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).
3.3.2.1 Princípios do PNGC
1. Observância da Política Nacional de Meio Ambiente e da Política
Nacional para os Recursos do Mar, de forma articulada e
compatibilizada com as demais políticas incidentes na sua área de
abrangência e de atuação;
2. Observância dos compromissos internacionais assumidos pelo
Brasil na matéria;
3. Observância dos direitos de liberdade de navegação, na forma da
legislação vigente;
4. Utilização sustentável dos recursos costeiros em observância aos
critérios previstos em Lei e no PNGC;
5. Gestão integrada dos ambientes terrestres e marinhos da Zona
Costeira, com a construção e manutenção de mecanismos
transparentes e participativos de tomada de decisões, baseada na
melhoria da informação e da tecnologia disponíveis e na
convergência e compatibilização das políticas públicas, em todos os
níveis da administração;
6. Consideração, na faixa marítima, da área de abrangência localizada
na plataforma continental interna, na qual os processos de
6 Regulamenta a Lei no 7.661 de 16 de maio de 1988, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro – PNGC, dispõe sobre regras de uso e ocupação da zona costeira e estabelece critérios de gestão da orla marítima e dá outras providências.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 14
transporte sedimentar e modificação topográfica do fundo marinho
constituem parte integrante substancial dos processos costeiros, e
ainda daquela porção de mar onde o efeito dos aportes terrestres
sobre os ecossistemas marinhos é mais significativo;
7. Não-fragmentação, na faixa terrestre, da unidade natural dos
ecossistemas costeiros, de forma a permitir a regulamentação da
utilização de seus recursos, respeitando sua integridade;
8. Consideração, na faixa terrestre, das áreas marcadas por
atividades socioeconômicas e culturais de características costeiras
e sua área de influência imediata, em função dos efeitos dessas
atividades sobre a conformação do território costeiro;
9. Consideração dos limites municipais, dada a operacionalidade das
articulações necessárias ao processo de gestão;
10.Preservação, conservação e controle de áreas que sejam
representativas dos ecossistemas da Zona Costeira, com
recuperação e reabilitação das áreas degradadas ou
descaracterizadas;
11.Aplicação do Princípio da Precaução7 tal como definido na Agenda
21, adotando-se medidas eficazes para impedir ou minimizar a
degradação do meio ambiente, sempre que houver perigo de dano
grave ou irreversíveis, mesmo na falta de dados científicos
completos e atualizados; e
12.Execução em conformidade com o Princípio da Descentralização8,
assegurando o comprometimento e a cooperação entre os níveis de
7 “O Princípio da Precaução é a garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não podem ser ainda identificados. Este Princípio afirma que a ausência da certeza científica formal, a existência de um risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever este dano”. (UNITED NATIONS, 1992)8 “O princípio da descentralização compreende a competente repartição de encargos entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, bem como a possibilidade de delegação entre essas esferas de governo e entre o setor público e a iniciativa privada”. (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, 2003)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 15
governo, e desses com a sociedade, no estabelecimento de
políticas, planos e programas estaduais e municipais. (MMA, 2004)
3.3.2.2 Objetivos do PNGC
1. Promover o ordenamento do uso dos recursos naturais e da
ocupação dos espaços costeiros, subsidiando e otimizando a
aplicação dos instrumentos de controle e de gestão pró-ativa da
Zona Costeira;
2. Estabelecer o processo de gestão, de forma integrada,
descentralizada e participativa, das atividades socioeconômicas na
Zona Costeira, de modo a contribuir para elevar a qualidade de
vida de sua população e a proteção de seu patrimônio natural,
histórico, étnico e cultural;
3. Desenvolver sistematicamente o diagnóstico da qualidade
ambiental da Zona Costeira, identificando suas potencialidades,
vulnerabilidades e tendências predominantes, como elemento
essencial para o processo de gestão;
4. Incorporar a dimensão ambiental nas políticas setoriais voltadas à
gestão integrada dos ambientes costeiros e marinhos,
compatibilizando-as com o PNGC;
5. Exercer controle efetivo sobre os agentes causadores de poluição
ou de degradação ambiental sob todas as formas que ameacem a
qualidade de vida na Zona Costeira e
6. Promover a produção e a difusão do conhecimento necessário ao
desenvolvimento e ao aprimoramento das ações de Gerenciamento
Costeiro.
3.3.2.3 Área de abrangência do PNGC
Zona Costeira - é o espaço geográfico de interação do ar, do mar e da
terra, incluindo seus recursos ambientais, abrangendo as seguintes
faixas:
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 16
Faixa Marítima - é a faixa que se estende mar afora distando 12 milhas
marítimas (22,2 Km) a partir das Linhas de Base estabelecidas de
acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar,
compreendendo a totalidade do Mar Territorial.
Faixa Terrestre - é a faixa do continente formada pelos municípios que
sofrem influência direta dos fenômenos ocorrentes na Zona Costeira, a
saber:
a) os municípios defrontantes com o mar, assim considerados em
listagem desta classe, estabelecida pelo Instituto Brasileiros de
Geografia Estatística (IBGE);
b) os municípios não defrontantes com o mar que se localizem nas
regiões metropolitanas litorâneas;
c) os municípios contíguos às grandes cidades e às capitais estaduais
litorâneas que apresentem processo de conurbação;
d) os municípios próximos ao litoral, até 50 km da linha de costa, que
aloquem, em seu território, atividades ou infra-estruturas de grande
impacto ambiental sobre a Zona Costeira, ou sobre os ecossistemas
costeiros de alta relevância;
e) os municípios estuarinos-lagunares, mesmo que não diretamente
defrontantes com o mar, dada a relevância destes ambientes para a
dinâmica marítimo-litorânea; e
f) os municípios que, mesmo não defrontantes com o mar, tenham todos
os seus limites estabelecidos com os municípios referidos nas alíneas
anteriores.
g) os municípios criados após a aprovação do PNGC, dentro do limite
abrangido pelo conjunto dos critérios acima descritos, serão
automaticamente considerados como componentes da faixa terrestre,
tendo-se como referência a data de sua emancipação;
3.3.2.4 Instrumentos de gestão do PNGC
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 17
1. Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro (PEGC) - Legalmente
estabelecido, deve explicitar os desdobramentos do PNGC, visando
a implementação da Política Estadual de Gerenciamento Costeiro,
incluindo a definição das responsabilidades e procedimentos
institucionais para a sua execução;
2. Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro (PMGC) - Legalmente
estabelecido, deve explicitar os desdobramentos do PNGC e do
PEGC, visando a implementação da Política Municipal de
Gerenciamento Costeiro, incluindo as responsabilidades e os
procedimentos institucionais para a sua execução. O PMGC deve
guardar estreita relação com os planos de uso e de ocupação
territorial e com outros planos pertinentes ao planejamento
municipal;
3. Sistema de Informações do Gerenciamento Costeiro (SIGERCO)
Componente do Sistema Nacional de Informações sobre Meio
Ambiente (SINIMA), constitui um sistema que integra informações
do PNGC, devendo propiciar suporte e capilaridade aos
subsistemas estruturados e gerenciados pelos Estados e
Municípios;
4. Sistema de Monitoramento Ambiental da Zona Costeira (SMA-ZC) -
Constitui a estrutura operacional de coleta de dados e informações,
de forma contínua, de modo a acompanhar os indicadores de
qualidade sócio-ambiental da Zona Costeira e propiciar o suporte
permanente dos Planos de Gestão;
5. Relatório de Qualidade Ambiental da Zona Costeira (RQA-ZC) -
Consiste no procedimento de consolidação periódica dos resultados
produzidos pelo monitoramento ambiental e, sobretudo, de
avaliação da eficiência e da eficácia das medidas e das ações da
gestão. Esse relatório será elaborado, periodicamente, pela
Coordenação Nacional do Gerenciamento Costeiro, a partir dos
relatórios desenvolvidos pelas Coordenações Estaduais;
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 18
6. Zoneamento Ecológico-Econômico Costeiro (ZEEC) - Constitui o
instrumento balizador do processo de ordenamento territorial
necessário para a obtenção das condições de sustentabilidade
ambiental do desenvolvimento da Zona Costeira, em consonância
com a diretrizes do Zoneamento Ecológico-Econômico do território
nacional e
7. Plano de Gestão da Zona Costeira (PGZC) - Compreende a
formulação de um conjunto de ações estratégicas e programáticas,
articuladas e localizadas, elaboradas com a participação da
sociedade, que visam orientar a execução do Gerenciamento
Costeiro. Esse plano poderá ser aplicado nos diferentes níveis de
governo e em variadas escalas de atuação. (MMA, 2004)
3.3.3 O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro II (PNGC II)
A Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM),
através da Resolução Nº 005 de 03 de dezembro de 1997, aprovou o
PNGC II, na busca em estabelecer as bases para a continuidade das
ações do PNGC, de forma a consolidar os avanços obtidos e possibilitar o
seu aprimoramento, mantendo a flexibilidade necessária para
atendimento da ampla diversidade de situações que se apresentam ao
longo da Zona Costeira brasileira. (INSTITUTOPHAROS, 2004)
3.3.4 O Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro - Gerco/RJ
O Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro vem sendo
executado sob a coordenação da Fundação Estadual de Engenharia do
Meio Ambiente (FEEMA), em parceria com diversas instituições públicas
das esferas federal, estadual e municipal, com instituições privadas e
com segmentos organizados da sociedade (FEEMA, 2005). Segundo a
instituição, os desafios que se apresentam na gestão ambiental do Rio de
Janeiro são diversos:
1. Implantação de um plano de gestão para a faixa costeira do litoral
do Estado do Rio de Janeiro;
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 19
2. Fortalecimento do sistema de controle e fiscalização do ambiente
costeiro, pela cooperação e parceria com os municípios e com os
demais órgãos atuantes na faixa costeira (Plano Integrado de
Gestão Costeira);
3. Fortalecimento dos mecanismos de cooperação técnica e
assessoramento aos municípios litorâneos para a incorporação das
diretrizes do macrozoneamento costeiro nos seus respectivos
Planos Diretores;
4. Implantação de monitoramento das ações antrópicas sobre o meio
ambiente com a incorporação da tecnologia de sensoriamento
remoto;
5. Implantação de novas unidades de conservação da natureza,
compreendendo os parques, as reservas biológicas, as estações
ecológicas, áreas de proteção ambiental, áreas de relevante
interesse ecológico e consolidação das unidades já existentes;
6. Maior atuação do Estado no fomento a projetos específicos de
recuperação ambiental e de desenvolvimento sustentado, a serem
implantados por iniciativa das organizações não-governamentais e
do setor privado;
7. Sistematização de uma base de informações técnico-científica sobre
a faixa costeira, como apoio à administração pública federal,
estadual e municipal;
8. Aprimoramento da legislação aplicável à faixa costeira do estado e
edição de uma Lei de Defesa do Litoral e
9. Criação de mecanismos de participação popular no planejamento e
controle do uso do espaço costeiro.
O engajamento do Estado do Rio de Janeiro no Programa se
justifica por duas razões básicas: a) pela importância do litoral
fluminense, seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 20
ambiental; b) para atender ao que estabelece a Lei Estadual n° 1.204 de
07/11/87, que instituiu o Comitê de Defesa do Litoral - Codel/RJ e
fortaleceu as atribuições do Estado na gestão do processo de uso e
ocupação do litoral. (IDA, 2004)
Para fins do GERCO/RJ, a FEEMA dividiu o litoral fluminense em
quatro setores, conforme exemplificado pelo quadro 1.
Quadro 1 – Divisão da costa fluminense em setores
para fins do GERCO/RJ
Setor Costeiro Municípios
Setor 1Litoral Sul
Paraty, Angra dos Reis, Mangaratiba, Itaguaí, Seropédica, Queimados e Japeri
Setor 2Litoral da Baía de
Guanabara
Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João de Meriti, Nilópolis, Duque de Caxias, Magé,
Guapimirim, São Gonçalo, Itaboraí, Niterói e Maricá
Setor 3Litoral da Região dos
Lagos
Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro d’Aldeia, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Búzios,
Casimiro de Abreu e Rio das Ostras.
Setor 4Litoral Norte -
Fluminense
Macaé, Carapebus, Quissamã, Campos, São João da Barra e São Francisco do Itabapoana.
Total 34 municípios
Fonte: FEEMA, 2005
As atividades em curso na FEEMA com relação ao GERCO/RJ são:
1. Apoio à Regulamentação da Lei nº 7661, que instituiu o Plano
Nacional de Gerenciamento Costeiro, em apoio ao Ministério do
Meio Ambiente;
2. Participação em grupo de trabalho para implementação de projeto
piloto de controle de água de lastro no Porto de Sepetiba;
3. Apoio à implementação do Projeto Orla, que visa o ordenamento
desta fração da zona costeira, envolvendo o aperfeiçoamento do
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 21
arcabouço normativo e a integração dos diversos atores na gestão
integrada da orla;
4. Apoio à implementação da Agenda Ambiental Portuária que visa o
fortalecimento da capacidade dos portos brasileiros para o controle
ambiental;
5. Apoio à estruturação do Programa de Proteção do Ambiente
Marinho no Atlântico Sudoeste, vinculado ao Programa de Ação
Global de Proteção do Ambiente Marinho frente às Atividades
Baseadas em Terra, coordenado pelo Pnuma/ONU;
6. Plano de Gestão Costeira da Baía de Guanabara - desenvolvido no
âmbito do convênio entre o MMA e o Instituto Terra de Preservação
Ambiental - ITPA, sob supervisão da FEEMA/SEMADS (Fundação
Estadual de Engenharia do Meio Ambiente/Secretaria Estadual de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), tendo como
principal objetivo fortalecer os instrumentos e procedimentos de
gestão na região, integrando em sua estrutura os diversos
segmentos sociais que direta ou indiretamente se relacionam com a
Baía de Guanabara e
7. Apoio permanente ao processo de Gestão Ambiental, envolvendo a
sistematização de informações sobre aspectos físicos, bióticos e
socioeconômicos da zona costeira, perícias e avaliações ambientais,
planejamento de unidades de conservação, apoio aos municípios no
ordenamento do solo, dentre outros.
3.4 O desenvolvimento sustentável
“Uma comunidade sustentável vive em harmonia com seu
meio ambiente e não causa danos a meios ambientes
distantes ou a outras comunidades - agora ou no futuro. A
qualidade de vida e os interesses das futuras gerações são
mais valorizados do que o crescimento econômico ou o
consumo imediato”.
(IUCN, UNEP e WWF, 1991)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 22
A sustentabilidade foi definida pela FAO como sendo o
gerenciamento e conservação das bases de recursos naturais e a
orientação de mudanças tecnológicas e institucionais de tal forma a
assegurar a obtenção e a satisfação das necessidades humanas para as
gerações atuais e futuras. Este desenvolvimento sustentável (nos setores
agrícola, florestal e de pesca) conserva terra, água, plantas e animais
sendo ambientalmente não-degradante, tecnicamente apropriado,
economicamente viável e socialmente aceitável. (FAO/NETHERLANDS, 1991
apud SIMÕES-MEIRELLES, 1997, p.15)
O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu na busca da
conciliação entre o desenvolvimento econômico e a preservação
ambiental. Em 1992, os princípios do desenvolvimento sustentável foram
publicados na Agenda 21, documento assinado no Rio de Janeiro por 178
países durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (ECO-92). A agenda 21 discute a essência do que é
desenvolvimento sustentável, o processo através do qual ele pode ser
alcançado e as ferramentas de gerenciamento necessárias para alcançá-
lo. Os princípios são:
1.Cuidado e respeito pela vida – Reflete o cuidado e respeito por
outras pessoas e por outras formas de vida, hoje e no futuro. O
desenvolvimento atual não pode ser promovido às custas de
gerações futuras. Os custos e benefícios do uso dos recursos e a
conservação ambiental devem ser compartilhados entre as
diferentes comunidades e grupos de interesse, entre as gerações
atuais e futuras;
2.Aumento da qualidade de vida humana – O real objetivo do
desenvolvimento é o aumento da qualidade da vida humana. O
crescimento econômico é um importante componente do
desenvolvimento, mas não pode ser um objetivo em si mesmo, senão
ocorrerá indefinidamente, sem limites. O conceito de qualidade de
vida varia bastante, porém há um consenso geral com relação aos
seguintes aspectos: vida longa e saudável, acesso aos recursos
necessários para um padrão de vida decente, liberdade política,
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 23
acesso à educação, garantia de direitos humanos e segurança. O
desenvolvimento é real somente se tornar a vida humana melhor
nesses aspectos;
3. Conservação da vitalidade e da diversidade da Terra – O
desenvolvimento baseado na conservação precisa incluir ações
deliberadas com vistas a proteger a estrutura, as funções e a
diversidade dos sistemas naturais mundiais, do qual as espécies
dependem. Para tal, são necessários: a) conservar os sistemas que
suportam a vida; conservar a biodiversidade, não somente das
espécies animais, vegetais e de outros organismos, assim como dos
estoques genéticos de cada espécie, b) garantir que o uso dos
recursos renováveis seja sustentável, incluindo o solo, os
organismos selvagens e domésticos, as florestas, as terras
cultiváveis e os ecossistemas marinhos e dulcícolas que suportam as
atividades de pesca. O uso será sustentável se respeitar a
capacidade de renovação dos recursos;
4. Minimização da depleção dos recursos não-renováveis –
Minérios, petróleo, gás e carvão são recursos não renováveis. Não
podem ser utilizados de forma sustentável. Entretanto a duração
dos mesmos pode ser estendida pela reciclagem, pela diminuição de
sua composição em um produto manufaturado ou pela substituição
por componentes renováveis quando for possível;
5. Manutenção da capacidade de suporte da Terra – Há limites
finitos para a capacidade de suporte dos ecossistemas terrestres. Os
limites variam de região para região e os impactos dependem de
quantas pessoas coabitam no mesmo espaço e de quanta comida,
água e energia cada uma utiliza e de quanto lixo gera. Poucas
pessoas consumindo muito podem causar o mesmo dano ambiental
que muitas pessoas consumindo pouco. Assim, os gestores devem
levar em conta o balanço entre o número de pessoas de uma
determinada população e seus estilos de vida e a capacidade de
suporte do meio em que vivem;
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 24
6. Mudança nas atitudes e práticas pessoais – No intuito de adotar
uma conduta ética em relação à sustentabilidade da vida, as pessoas
devem rever seus conceitos e suas atitudes. A sociedade deve
promover valores que suportem a nova ética e que desencorajem
aqueles que sejam incompatíveis com o modo de vida sustentável;
7. Habilitação das comunidades para o cuidado de seus próprios
ambientes – Quando informadas e orientadas de forma adequada,
as sociedades são capazes de contribuir com as tomadas de decisão
que as afetam e, dessa forma, desempenham papel fundamental no
desenvolvimento de sociedades sustentáveis;
8. Promoção de uma estrutura a nível nacional para a
conservação e o desenvolvimento – A maior parte das sociedades
utiliza-se de informações e conhecimento, de estruturas de leis e
instituições, além de políticas econômicas e sociais consistentes
para avançar de modo racional. Um programa a nível nacional para
promover a sustentabilidade deve envolver todos os interessados,
além de identificar e prevenir problemas entre eles. Trata-se de um
processo adaptativo, onde seu curso seja constantemente
redirecionado de acordo com as novas necessidades identificadas;
9. Criação de uma aliança global de cooperação – se o objetivo é
alcançar a sustentabilidade global, uma firme aliança deve ser
estabelecida entre os países. Os níveis de desenvolvimento no
mundo são desiguais e os países menos favorecidos
economicamente devem ser auxiliados pelos países mais ricos, de
modo a desenvolver a sustentabilidade e proteger seus ambientes.
Recursos globais, especialmente a atmosfera, os oceanos e os
ecossistemas compartilhados, devem ser manejados somente sob
bases de propostas e resoluções comuns.
3.4.1 Dimensões do desenvolvimento sustentável
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 25
Segundo Ignacy Sachs9, o desenvolvimento sustentável pode ser
representado em seis dimensões: espacial, cultural, econômica,
ecológica, social e política. Um programa adequado de desenvolvimento
deve contemplar o equilíbrio em todas essas dimensões para que seja
completo, de modo a abranger todos os aspectos relacionados ao homem
e seu meio.
3.4.2 Indicadores
3.4.2.1 Definições de indicador
Marzall e Almeida (2005) apresentaram diversas definições de
indicadores encontradas na literatura científica:
“Um indicador é uma ferramenta que permite a obtenção de informações sobre uma dada realidade (Mitchell, [1997?]). Tem como
principal característica a de poder sintetizar um conjunto complexo de informações, retendo apenas o significado essencial dos aspectos
analisados (Hatchuel e Poquet, 1992; Bouni, 1996; Mitchell, [1997?]). É visto ainda como uma resposta sintomática às atividades exercidas
pelo ser humano dentro de um determinado sistema (Australian Department of Primary Industries and Energy - DPIE,
1995)”.
“Segundo o documento do DPIE (1995), indicadores são medidas da condição, processos, reação ou comportamento que fornecem confiável resumo de sistemas complexos. Se são conhecidas as relações entre os
indicadores e o padrão de respostas dos sistemas, pode-se permitir a previsão de futuras condições. As medidas devem evidenciar
modificações que ocorrem em uma dada realidade (DPIE, 1995; Brown Jr., 1997), principalmente aquelas mudanças determinadas pela ação
antrópica”.
“Benbrook e Groth III (1996) afirmam que muitos aspectos (matéria orgânica, qualidade da água, qualidade do solo etc.) podem ser
medidos de diferentes formas. Considera que um indicador é apenas uma medida, não um instrumento de previsão ou uma medida
estatística definitiva, tampouco uma evidência de causalidade; ele apenas constata uma dada situação. As possíveis causas,
conseqüências ou previsões que podem ser feitas são um exercício de abstração do observador, de acordo com sua bagagem de
conhecimento e sua visão de mundo”.
9 “Ignacy Sachs. eco-sócio-economista. nascido em Varsóvia em 1927. naturalizado francês. Desde 1968 professor da Escola dos Altos Estudos em Ciencias Sociais de Paris e co-diretor do seu Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo. Estudos superiores no Brasil, na India e na Polônia. autor de mais de 20 livros.” (UNITED NATIONS, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 26
Linton e Warner (2003) apresentaram não somente uma definição
de indicador, como também relacionaram-no com os estudos sobre o
ambiente costeiro:
“Um indicador é um símbolo ou um sinal que traduz uma mensagem complexa numa forma simplificada e útil, provendo informações a respeito de uma tendência ou evento que não podem ser diretamente observados. Os indicadores são instrumentos essenciais para monitorar o estado do ambiente costeiro”.
Ceroi, 2002 apud Ferreira (2003) apresenta uma estrutura de
documentação em fichas para os indicadores que facilita o entendimento,
com exemplificação do seu significado e objetivo, da importância da
medição, da forma de compilação dos dados, da unidade de medida
utilizada e do formato de exibição dos dados.
3.4.2.2 Características dos indicadores
Marzall e Almeida (2005) sintetizaram algumas das principais características do indicador:
1. Deve fornecer uma resposta imediata às mudanças efetuadas ou
ocorridas em um dado sistema;
2. Deve ser de fácil aplicação, ou seja, o custo e o tempo gastos devem
ser adequados e deve ser viável efetuar a medida;
3. Deve permitir um enfoque integrado, relacionando-se com outros
indicadores e permitindo analisar essas relações e
4. Deverá ser dirigido ao usuário, ser útil e significativo para seus
propósitos, além de compreensível.
3.4.3 Indicadores de sustentabilidade
3.4.3.1 Tipos de indicadores de sustentabilidade
Segundo Marzall e Almeida (2005) , os indicadores de
sustentabilidade podem ser de dois tipos: físico-biótico ou
socioeconômico. Os indicadores físico-bióticos são escolhidos de acordo
com o tipo de uso da terra e da lista de qualidades da terra (Quadro 2). Já
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 27
os socioeconômicos são escolhidos de acordo com as dinâmicas
populacionais e econômicas mais atuantes (Quadro 3).
Quadro 2 – Exemplos de indicadores físico-bióticos
Relativo Exemplo
à superfície da terra
Ausência de erosão por água ou ventoConstância de runoff
ao soloAusência de salinidadeAcidificação ou perda de atividade biológica devido à ação humana
ao substratoAusência de poluição devido a atividades humanasConstância de profundidade e qualidade das águas subterrâneas
Quadro 3 – Exemplos de indicadores socioeconômicos
Relativo Exemplo
à migração Ausência de êxodo rural
à saúde
Manutenção de suficiência alimentar e dietas bem-balanceadasDiminuição ou ausência de doenças devido a condições insalubres nas populações rurais
à educaçãoConstância ou aumento de frequência e procura nas escolas primárias
3.4.3.2 Experiências com uso de indicadores
Indicadores são utilizados em diversas áreas do conhecimento.
Dentre os trabalhos publicados com uso de indicadores, alguns são
especificamente relacionados ao processo de desenvolvimento do
Gerenciamento Costeiro Integrado.
Ehler (2003) levantou e analisou indicadores para medir a
performance do processo de governo com relação ao gerenciamento
costeiro, com enfoque na fase de avaliação do programa de
gerenciamento e na necessidade de desenvolvimento de indicadores
orientados ao processo e orientados à tomada de decisão, de forma a
prover um gerenciamento costeiro adaptativo.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 28
Henocque (2003) examinou cinco estudos de caso na França, para
avaliar as experiências locais de gerenciamento costeiro e o uso de
instrumentos de planejamento. O autor sugeriu a criação, a partir do
estudo, de um manual de práticas adequadas ao gerenciamento de
regiões costeiras não somente francesas, mas também de qualquer outra
região mundial.
Olsen (2003) apresentou dois modelos com uso de indicadores para
avaliação do progresso das iniciativas de gerenciamento costeiro. O
primeiro relaciona quatro ordens de resultados que agrupam as
sequências de mudanças institucionais, sociais e ambientais, que podem
levar a formas mais sustentáveis de desenvolvimento costeiro. O segundo
é uma versão do modelo consagrado de evolução do gerenciamento
costeiro apresentado pelo GESAMP (1996).
Bowen e Riley (2003) relacionaram indicadores socioeconômicos
com o gerenciamento costeiro. Os autores afirmaram que a análise e o
estabelecimento de programas dirigidos por indicadores para estudar as
mudanças na costa e nos sistemas de bacias hidrográficas tem
aumentado devido às pressões e impactos socioeconômicos nessas
regiões.
Linton e Warner (2003) relacionaram bioindicadores importantes
para a Zona Costeira do Caribe. Os autores discutiram que os
bioindicadores podem fornecer sinais da condição biológica dos
ecossistemas. E, principalmente, que os mesmos alertam sobre algum
tipo de degradação ou poluição em estágio inicial, permitindo que
medidas sejam tomadas a fim de preservar recursos naturais de valor
crítico.
Outros trabalhos são relacionados ao Desenvolvimento Sustentável
(DS). Hanson (2003) mediu o progresso mediante DS e relacionou
indicadores de sustentabilidade a nível nacional, indicadores de
progresso regional e local. O autor ressaltou que os indicadores são
medidas importantes uma vez que fornecem o retrato de sistemas
complexos.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 29
Talaue-McManus et al. (2003) apresentaram o modelo LOICZ
(Land-Ocean Interactions in the Coastal Zone), projeto do programa
International Geosphere-Biosphere Programme, que tem seu foco na
quantificação da relação da Zona Costeira Global na ciclagem de carbono
e de nutrientes. Os pesquisadores listaram indicadores físico-bióticos e
socioeconômicos importantes na avaliação costeira, incluindo a
contribuição da população e das atividades econômicas na geração de
lixo, que resultam em estados do sistema costeiro relacionados à
produção primária e à ciclagem de nutrientes.
Kabuta e Laane (2003) levantaram indicadores ecológicos baseados
em extensiva série de dados oriundos de programas de monitoramento no
Mar do Norte e relacionados às atividades humanas. Desse modo, os
pesquisadores avaliaram os efeitos de impactos antrópicos nos
ecossistemas. Os mesmos argumentaram que mudanças de longo período
podem ser esclarecidas pelo uso desses indicadores.
Rice (2003) relacionou categorias de indicadores de saúde
ambiental e apontou que os indicadores de estado do ecossistema têm
ligação com a comunicação e o suporte à decisão.
3.5 Análise ambiental
3.5.1 Paisagem
3.5.1.1 Definições de paisagem
Na literatura científica podemos encontrar diversas definições de
paisagem:
“Paisagem é um sistema complexo que é parte da superfície da terra, formada pela atividade da rocha, água, ar, plantas, animais e pelo homem, a qual através de suas semelhanças e interrelações formam uma entidade reconhecível” (SIMÕES-MEIRELLES, 1997, p. 21)
“A paisagem não é a simples adição de elementos geográficos disparatados. É, em uma determinada porção do espaço, o resultado de combinação dinâmica, portanto instável de elementos físicos, biológicos e antrópicos que fazem parte de um conjunto único e indissociável, em perpétua evolução.” (BERTRAND, 2002 apud FERREIRA, 2003)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 30
“Dos muitos conceitos de paisagem, interpretados por profissionais de diversas áreas, os mais atuais a deinem como sendo a expressão do produto de interação espacial e temporal do indivíduo com o meio.” (IUCN, 1984 apud FERREIRA, 2003)
“Paisagem é um conceito amplo na atualidade, pois esta é utilizada pelas mais diversas áreas de pesquisa, tais como a Geografia, a Arquitetura, as Artes Plásticas, a Psicologia, Meio-Ambiente etc. Entender a estrutura, o funcionamento e as mudanças que ocorrem na paisagem é vital para garantirmos um desenvolvimento equilibrado para as gerações presentes e futuras, pois este é o verdadeiro desafio para legar qualidade de vida para a sociedade.” (POLETTE, 2000 apud FERREIRA, 2003)
Segundo Forman & Godron apud Ferreira (2003), a paisagem pode
ser classificada da seguinte forma:
1. Paisagem natural: sem significativo impacto humano;
2. Paisagem manejada: onde as espécies nativas são manejadas ou
cultivadas;
3. Paisagem cultivada: com vilas e manchas de ecossistemas naturais
ou manejados;
4. Paisagem suburbana: área urbana ou rural com manchas
heterogêneas de áreas residenciais, centros comerciais, pastos,
vegetação cultivada e áreas naturais e
5. Paisagem urbana: grande matriz com vários quilômetros e
densamente construída.
3.5.1.2 Características das paisagens
Segundo Simões-Meirelles (1997, p.22), as paisagens são
formações muito complexas caracterizadas por:
1. poliestrutura e heterogeneidade na composição dos elementos que
os integram;
2. múltiplas relações tanto internas quanto externas;
3. variação dos estados e
4. diversidade hierárquica tipológica e individual;
3.5.1.3 Propriedades das paisagens
Segundo Mateo (1991) apud Simões-Meirelles (1997, p.22), a
paisagem pode se caracterizar pelas seguintes propriedades:
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 31
1. pela homogeneidade na composição dos elementos e componentes
que a integram e pelas suas interações e interrelações;
2. pelo caráter sistêmico e complexo da sua formação que determina a
sua integridade e a sua unidade;
3. pelo range de intercâmbio de fluxo de substâncias, energia e
informação, o que determinam seu metabolismo e funcionamento e
4. pela homogeneidade relativa das associações espaciais que
territorialmente se caracterizam, com regularidade de
subordenação espacial e funcional.
3.5.1.4 Regionalização das paisagens
Segundo Simões-Meirelles (1997, p.24):
“O procedimento científico de regionalizar, consiste em determinar o
sistema de divisão territorial de entidades de qualquer espécie
(administrativos, econômicos, naturais etc.). A regionalização natural
engloba todos os tipos de regionalização dos componentes e complexos
da envoltura geográfica (regionalizações climáticas, edáficas, físico-
geográficas etc.). Em particular, a regionalização físico-geográfica ou da
paisagem consiste no esclarecimento, classificação e cartografia dos
complexos físico-geográficos individuais tanto naturais, como
modificados pela atividade humana e a compreensão de sua composição,
estrutura, relações, desenvolvimentos e diferenciações.”
3.5.1.5 Unidade geoecológica territorial
A unidade geoecológica territorial é um conceito fundamental na
Ecologia da Paisagem e é definida como uma porção do território
ecologicamente homogênea na escala considerada (ZONNEVELD, 1989 apud
SIMÕES-MEIRELLES, 1997, p.25). A unidade geoecológica territorial serve
como base para o estudo dos relacionamentos topológicos e funcionais.
3.5.1.6 Formas de geração de unidades territoriais
Algumas técnicas são sugeridas por Simões-Meirelles (1997, p. 25)
para a delimitação de unidades territoriais:
1. Interpretação de imagens de satélite;
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 32
2. Utilização de mapas temáticos e
3. Levantamentos de campo.
3.5.1.7 Ecologia da paisagem
A Ecologia da Paisagem é a ciência que estuda os padrões de
paisagem e como estes interagem ao longo do tempo (FERREIRA, 2003). De
acordo com Simões-Meirelles (1997), a Ecologia da Paisagem é uma
parte da Geografia que estuda o aspecto ecológico-funcional. Dessa
forma, pesquisas a respeito da influência das atividades humanas sobre
os sistemas naturais devem levar em conta as interações entre as
unidades geoecológicas territoriais estabelecidas.
Ferreira (2003) apresentou uma síntese dos princípios gerais
emergentes das paisagens, que devem ser levados em conta, quando
estabelecido o processo de planejamento e gestão de uma unidade
geoecológica territorial, como por exemplo, de um setor litorâneo
(Quadro 4).
3.5.1.8 Dinâmica das paisagens
Segundo Mateo (1991) apud Simões-Meirelles (1997, p.30)
“O estudo da dinâmica da paisagem se baseia na concepção da
análise espaço-temporal e de síntese das paisagens, que inclui:
a estrutura vertical, o funcionamento e os estados.
A dinâmica da paisagem pode ser definida como sendo as trocas
existentes no sistema que ocorrem no meio de uma mesma
estrutura e que não conduzem a sua transformação
quantitativa. As trocas dinâmicas se caracterizam pela
periodicidade e reversibilidade e ocorrem como conseqüência
do conjunto de processos que se manifestam no interior da
paisagem. Desta forma, o funcionamento da paisagem depende
de seu estado.(...) Os estados, temporais ou dinâmicos,
constituem a estrutura temporal da paisagem”
De acordo com a Dinâmica das Paisagens, podem ser distinguidas
três categorias de estado: de curto, de médio e de longo tempo. Os de
curto tempo oscilam entre alguns minutos até um dia (por exemplo, a
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 33
variação da luz durante um dia). Os de médio tempo oscilam entre um dia
até um ano (por exemplo, a variação das estações do ano). Os de longo
tempo são aqueles com período superior a um ano (por exemplo, as
variações climáticas). (MATEO, 1991 apud SIMÕES-MEIRELLES, 1997, p.30)
Quadro 4 – Princípios gerais emergentes das paisagens
Característcas da Ecologia da Paisagem
Princípios da Ecologia da Paisagem
Enunciado da Ecologia da Paisagem
Estrutura da paisagem
Princípio estrutural e de funcionamento da paisagem
A paisagem é heterogênea e difere estruturalmente na distribuição de espécies, energia e material entre as manchas, corredores, corredores e matriz presente. Consequentemente, paisagens diferem funcionalmente no fluxo de espécies, energia e material entre esses elementos estruturais da paisagem.
Princípio da diversidade
biótica
A heterogeneidade da paisagem diminui em abundância a raridade das espécies, aumentando a abundância das espécies de borda e de animais que requerem dois ou mais elementos de paisagem.
Funcionamento da paisagem
Princípio do fluxo de espécies
A expansão e contração de espécies entre elementos da paisagem têm ambas um efeito grande e é controlada pela heterogeneidade da paisagem.
Princípio da redistribuição de
nutrientes
A taxa de distribuição de nutrientes minerais entre os elementos da paisagem aumenta com a intensidade dos distúrbios nos elementos da paisagem.
Princípio do fluxo de energia
O fluxo de energia calórica e biomassa ao longo das bordas separando as manchas, corredores e matrizes da paisagem aumenta com o aumento da heterogeneidade da paisagem.
Mudanças da paisagem
Princípio da mudança da
paisagem
Quando não perturbadas, a estrutura horizontal da paisagem tende progressivamente a ser homogênea; moderado distúrbio rapidamente aumenta a heterogeneidade e distúrbio severo pode aumentar ou diminuir a heterogeneidade.
Princípio da estabilidade da
paisagem
Estabilidade de um mosaico de paisagem pode aumentar de três formas distintas: a uma estabilidade física do sistema (caracterizada pela ausência de biomassa); rápido recobrimento da paisagem pelos distúrbios (baixa biomassa presente) e a uma alta resistência ao distúrbio (usualmente alta biomassa presente).
Fonte: Formann & Godron (1986) adaptado por Polette (2000).
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 34
3.6 Sistemas de Informação Geográfica como ferramenta para a
análise ambiental
3.6.1 Categorias ou tipos de Geosistemas
Mateo (1991) apud Simões-Meirelles (1997, p.23) classificou os
geosistemas de acordo com os elementos que os formam, com o grau de
organização dos sistemas e com o caráter das relações entre os
elementos (Quadro 5).
Quadro 5 – Categorias de geosistemas
Categoria Definição
geosistemas naturais
Parte da superfície terrestre, nas quais os componentes individuais da natureza se encontram em relação estreita uns com os outros e que, como um todo, interatuam com as partes vizinhas da esfera cósmica e da sociedade humana.
geosistemas técnicos-naturais
Nos quais se produzem a interação entre os objetos técnicos e os naturais. A unidade de tal conjugação se determina pela coincidência territorial da estrutura técnica e o sistema natural e a unidade das funções sócio-econômicas que cumprem e a interação entre a energia, a matéria e a informação que se subordinam espacialmente.
geosistemas integrais
São formações territoriais complexas, que incluem desde qualidade de subsistemas, à natureza e à sociedade com seus diferentes tipos de atividades: produtivas, culturais, recreativas etc.
geosistemas antropogênico
s
Variante dos geosistemas integrais. São antropocêntricos, constituindo sistemas bio-sociais, auto-organizados, parcialmente dirigidos.
geosistemas culturais
Caracterizam-se por um grau menor de complexidade, incluindo subsistemas turísticos, territórios naturais e histórico-culturais.
3.6.2 Sistemas de Informação Geográfica (SIGs)
Estudos que envolvam a análise ambiental requerem o tratamento
de dados que estão espacializados e referenciados geograficamente.
Nesse contexto, os Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) tornaram-
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 35
se ferramentas indispensáveis e úteis na visualização dos resultados, seja
em que escala for – local, regional ou global.
Os SIGs têm sido utilizados por profissionais de diversas áreas do
conhecimento. Como exemplo, profissionais de saúde podem utilizá-los na
tentativa de mapear a disseminação de um foco de doença, os
engenheiros podem utilizá-los para decidir sobre as melhores vias para
construção de uma estrada, os logísticos podem lançar mão destes para
escolher as melhores rotas para transporte de determinado produto. Mas
os SIGs têm sido utilizados principalmente pelos geocientistas, uma vez
que tais pesquisadores lidam freqüentemente com dados geográficos.
Assim, mapeamentos de diversos tipos são possibilitados e cruzamentos
temáticos são normalmente realizados com uso dessa poderosa
ferramenta.
Simões (1993, p.13) discutiu as dificuldades relacionados ao
manuseio e recuperação de dados de mapas convencionais, impressos em
papel. A pesquisadora reportou a constatação de um fato: os mapas
digitais têm sido amplamente utilizados na análise espacial:
“A utilização da computação digital como uma ferramenta para
o manejo de dados, logo extendeu sua aplicação ao
armazenamento e manipulação de dados espaciais.
Atualmente, os Sistemas de Informação Geográfica (SIGs)
juntamente com a computação gráfica estão cumprindo um
papel semelhante ao dos mapas convencionais na condução da
análise espacial.”
3.6.2.1 Definição de SIG
O termo Sistema de Informação Geográfica é aplicado para
sistemas que realizam o tratamento computacional de dados geográficos
e armazenam a geometria e os atributos dos dados que estão
georreferenciados – localizados na superfície terrestre e representados
em uma projeção cartográfica.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 36
Simões (1993, p.12) apresentou a definição para tais sistemas e
indicou a importância do uso dos mesmos na tomada de decisão:
“Os sistemas de informação geográfica são sistemas
computacionais nos quais as informações são organizadas,
analisadas e apresentadas tendo como referência a
localização. Devido a esta característica, os SIGs são utilizados
na manipulação de informações geográficas em geral, no
desenvolvimento de projetos e no auxílio a tomada de decisões,
principalmente por parte de órgãos governamentais,
estendendo suas aplicações ao monitoramento ambiental,
controle de ocupação e expansão urbana, uso da terra para
fins agrícolas, estudo de áreas de risco de poluição,
deslizamento etc.”
3.6.2.2 Componentes do SIG
De modo geral, o SIG tem os seguintes componentes:
• Interface com o usuário;
• Entrada e integração de dados;
• Funções de processamento gráfico e de imagens;
• Visualização e plotagem e
• Armazenamento e recuperação de dados, organizados sob a forma de
um banco de dados geográfico;
Cada sistema implementa esses componentes de forma
diferenciada, porém todos esses subsistemas estão presentes.
3.6.2.3 Ferramentas para análise de múltiplos mapas
Pode-se distinguir três grupos de análises em um Sistema de
Informação Geográfica: análise sobre um único mapa, análise sobre dois
mapas e análise sobre múltiplos mapas.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 37
Na análise regional comumente são trabalhados múltiplos mapas,
conforme citado por Simões-Meirelles (1997, p.39-40):
“No caso do estudo do ambiente para projetos de planejamento
regional, uma série de análises devem ser realizadas acerca das
vulnerabilidades, fragilidades naturais, mudança
antropogênicas, potencialidades sócio-biofísica, potencialidades
sócio-econômica, dentre outras. A partir do resultado destas
análises, uma série de outras informações derivadas ou
diagnoses podem ser elaboradas, novamente através da análise
destas informações.”
Dentre as análise de múltiplos mapas, as mais utilizadas são:
• Aplicação de operadores booleanos sobre uma série de mapas de
entrada, quando o critério for determinado por um conjunto de regras
determinísticas;
• Avaliação de cada área de acordo com um critério de pesos, o que
resulta em graduação definida através de uma escala segundo o grau
de adequação da área aos critérios adotados. Tais modelos
normalmente são prescritivos, uma vez que envolvem a aplicação de
uma série de critérios que são fixados a partir de características
desejáveis. Os modelos preditivos têm como propósito principal a
determinação do potencial da área de estudo para um determinado fim.
(BONHAM-CARTER, 1994 apud SIMÕES-MEIRELLES, 1997, P.39);
A atribuição de pesos pode ser efetuada através da utilização de
critérios estatísticos, utilizando-se uma região conhecida para
relacionamentos espaciais entre os mapas de predição e os mapas de
saída, ou através da estimativa mediante opinião de especialistas. O
primeiro caso de modelagem é denominado como data-driven, enquanto
que o segundo como knowledge-driven. (SIMÕES-MEIRELLES, 1997, p.40)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 38
3.6.3 Importância dos SIGs na análise ambiental
O progressivo aumento da quantidade de dados utilizados nas
análises geográficas foi explicitado por Simões-Meirelles (1997, p.22):
“As investigações científicas com relação aos sistemas se
transformaram da simples descoberta de objetos à estudar-se
as relações entre eles. Isto tem conduzido a necessidade de
se analisar uma grande quantidade de variáveis. Assim,
dependendo do objeto do estudo, torna-se praticamente
impossível estudar tais situações complexas por métodos
tradicionais.”
Como vantagens na utilização do SIG na análise ambiental podemos
citar (DANGERMOND, 1990 apud SIMÕES, 1993, p.13-14):
1. Os dados são mantidos num formato físico compacto, através do uso
de arquivos magnéticos;
2. Os dados podem ser mantidos e extraídos a um custo menor;
3. Os dados podem ser recuperados com uma velocidade maior;
4. Várias ferramentas computadorizadas permitem que uma variedade
de manipulações sejam efetuadas, tais como: superposição de
mapas, transformações, desenho gráfico e manipulações na base de
dados;
5. Informações gráficas e não gráficas podem ser integradas e
manipuladas simultaneamente;
6. Pode-se elaborar modelos conceituais, tais como: capacidade de
uma região para cultivo, controle do uso do solo etc. Isto facilita a
avaliação de critérios políticos e técnicos para áreas extensas,
utilizando-se um consumo menor de tempo;
7. A análise de mudanças ao longo do tempo podem ser efetuadas
eficientemente para dois ou mais períodos de tempo;
8. Ferramentas automáticas de desenho podem ser utilizadas na
produção final de mapas cartográficos e
9. Algumas formas de análise, que simplesmente não poderiam ser
realizadas eficientemente pelo processo manual, podem ser
efetuadas com baixo custo como é o caso da realização de análises
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 39
de terrenos na forma digital, tais como: cálculo da declividade,
aspecto, intensidade do sol ao longo de uma área, delimitação
automática de bacias hidrográficas, etc.
3.6.4 Limitações do Geoprocessamento como uma ferramenta na
análise ambiental
No entanto, como toda ferramenta, o Geoprocessamento também
apresenta suas limitações. As limitações não dizem respeito aos recursos,
mas sim aos possíveis erros associados (inerentes aos dados,
operacionais, advindos do modelo lógico escolhido etc). como agravante,
pode haver propagação de erros, pela manipulação da informação que já
contiver erro em sua origem (por exemplo, uma medida inadequada).
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 40
ÁREA DE ESTUDOO estado do Rio de Janeiro (Fig.1) está compreendido entre as
latitudes 21 e 230 S e longitudes 41 e 450 W. A sua Zona Costeira (ZC)
abrange uma área de aproximadamente 19.000 km2 e compreende uma
faixa marítima de 12 milhas náuticas de extensão e uma faixa continental
que agrega 34 municípios litorâneos. O seu litoral estende-se por mais de
850 quilômetros, onde vivem aproximadamente 80% da população
fluminense (11 milhões de pessoas), com uma densidade demográfica de
585 hab/km2 (FEEMA, 2005).
A Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro
(CIDE) publicou no Anuário Estatístico do Rio de Janeiro de 2002 as
regiões de governo (segundo divisão do Governo do Estado do Rio de
Janeiro) e as microrregiões geográficas (segundo a divisão do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística). (CIDE, 2002) (Fig. 2)
Figura 1 – Delimitação política do Estado do Rio de Janeiro.
(fonte: IBGE, 2005).
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 41
Figura 2 - Regiões de Governo e Microrregiões Geográficas do
Estado do Rio de Janeiro. (fonte: FUNDAÇÃO CIDE, 2002)
Segundo o IBGE, as microrregiões (Fig. 3) são agrupamentos de
municípios e as mesoregiões são agrupamentos de microrregiões.
Figura 3 – Microrregiões segundo a classificação do IBGE. (IBGE, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 42
4.1 Geomorfologia
O estado do Rio de Janeiro está geotectonicamente contido na Província
Mantiqueira (Fig. 4), a mais complexa província estrutural afetada pelo Ciclo
Orogênico neoproterozóico/cambriano (Brasiliano) na América do Sul. Esta
província, com cerca de 700.000 km2, estende-se do paralelo 33ºS, no Uruguai,
até o Sul da Bahia, no paralelo 15ºS, por cerca de 3.000 km de extensão e com
largura média de 200 km, paralelamente à costa brasileira (Silva et al., 2001).
Figura 4 - Domínios tectono-magmáticos do estado do Rio de Janeiro
e áreas adjacentes. (fonte: Silva et al., 2001)
Para os padrões brasileiros, a geomorfologia do Rio de Janeiro é
extremamente acidentada. Apesar de alguns trechos relativamente amplos de
planícies costeiras, há predominância de morros. É notável a ausência de áreas
de planalto, comuns mesmo em outros estados montanhosos como São Paulo,
Minas Gerais e Paraná (DRUMMOND, 1997, p. 74).
As quatro províncias topográficas básicas encontradas são: a Planície
Costeira, a Serra do Mar, a Serra da Mantiqueira e o Vale do Paraíba do Sul.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 43
A Planície Costeira (ou Baixada Fluminense) é uma faixa descontínua de
terras aplainadas ou levemente onduladas entre o litoral atlântico e o sopé
oriental da Serra do Mar, formada por depósitos fluviais (principalmente do rio
Paraíba do Sul), lacustres e oceânicos, originados no Quaternário. No Litoral Sul
do estado, a planície costeira é muito estreita e freqüentemente desaparece por
completo quando as escarpas da Serra do Mar caem diretamente no Atlântico.
Tais escarpas são parcialmente cobertas por vegetação, separadas por praias
relativamente curtas e com estreitas faixas de areia, espremidas contra os sopés
das serras. amplia-se consideravelmente atrás das baías de Sepetiba e
Guanabara, a partir de Itaguaí, chegando a uma largura média de 50km. Ela
continua para o norte, a partir da Região dos Lagos, com uma largura média de
30 km. Nesses trechos, são freqüentes as ‘Serranias Costeiras’, morros ou
formações rochosas imponentes e isoladas da Serra do Mar, como as Serras da
Carioca, da Pedra Branca, da Tiririca e de Rio Bonito ou as Pedras de Itaipu, do
Pão de Açúcar e de Guaratiba. (DRUMMOND, op. cit., p.75-76).
Da Baía de Sepetiba em direção ao norte, toda a planície foi formada
basicamente por depósitos do rio Paraíba do Sul e por depósitos de origem
oceânica. O litoral desse trecho caracteriza-se por uma sucessão de restingas e
praias alongadas, as quais unem pedras outrora isoladas, formando lagunas
costeiras e baías. Principalmente nas baías de Angra dos Reis, Sepetiba e
Guanabara formaram-se manguezais que expressam a contínua deposição de
sedimentos fluviais de origem recente em terras anteriormente cobertas
permanentemente pelo mar ou intermitentemente pelas marés. Mais ao norte, a
Planície Costeira se funde com os depósitos fluviais e lacustres oriundos do
delta do rio Paraíba do Sul, formando uma área denominada como Baixada
Campista. Nessa região, a planície penetra 60 km ou mais no continente,
incluindo as terras banhadas pelo rio Muriaé, afluente do rio Paraíba do Sul.
Essa é a maior área plana do estado. (DRUMMOND, op. cit., p.76)
A Serra do Mar forma uma barreira montanhosa, paralela à costa e
claramente voltada para o Atlântico. Rochas do Pré-Cambriano médio e tardio
(principalmente granito e gnaisse) constituem-na e a altitude média de sua
crista fluminense gira em torno de 1.000 m, com picos de altitude bem elevados
para padrões brasileiros, como a Pedra do Sino (2.263 m) e da Caledônia (2.284
m). (DRUMMOND, 1997, p.76-7).
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 44
Os trechos mais extensos da Serra do Mar caracterizam-se por pedras e
morros arredondados muito próximos uns dos outros, formando uma paisagem
bastante acidentada, com pouquíssimas áreas planas. Essa paisagem é
consagrada na terminologia topográfica brasileira como ‘Mares de morros’.
Bastante próxima do mar no litoral sul do estado, a Serra do Mar recua
consideravelmente por trás das Baías de Sepetiba e de Guanabara. Em direção
ao norte, acima da latitude de 220S, se reaproxima do litoral, mas as altitudes
médias vão caindo e as serras se espaçam entre si, até que a serra é
definitivamente cortada pelo rio Paraíba do Sul. Ao norte do delta do rio, há
algumas formações montanhosas mais baixas e próximas ao litoral,
remanescentes de um espinhaço da Serra da Mantiqueira. (DRUMMOND, op. cit.,
p.76-7)
O Vale do Paraíba do Sul é uma estreita cadeia de montanhas e vales,
espremida entre a face ocidental da Serra do Mar e a face oriental da Serra da
Mantiqueira. Apesar do gradiente da face ocidental da Serra do Mar ser mais
suave do que o da face oriental, ainda assim encontra-se paisagem acidentada
de ‘Mares de Morros’, com elevações arredondadas de altitudes iguais. Por
entre esses morros descem muitos rios relativamente curtos, fluindo em direção
ao rio Paraíba do Sul, o rio mais volumoso a desaguar no Oceano Atlântico Sul
brasileiro. (DRUMMOND, op. cit., p.77)
4.2 Vegetação
Estudos geológicos, biológicos e climatológicos e a relativamente extensa
literatura de exploradores e viajantes permitem estimar que o atual território
fluminense, em torno do ano de 1500, estava coberto em 92 a 95% de sua área
por florestas úmidas tropicais, latifoliadas e perenifólias. Essas florestas eram
maduras, primárias ou secundárias e parte de uma formação maior, cujo nome
comum é Mata ou Floresta Atlântica ou, de forma mais técnica, “Floresta Úmida
Tropical e Subtropical da Costa Atlântica”. (DRUMMOND, op. cit., p.78)
Mesmo nos seus parcos remanescentes, hoje estimados em cerca de 8% de
sua área original, a Mata Atlântica contém marcantes contrastes e endemismos.
Supõe-se que a Mata Atlântica do ano de 1500 nada devia às atuais florestas
úmidas amazônicas em termos de biodiversidade. A Mata Atlântica foi a maior
extensão contínua de florestas tropicais destruídas pela espécie humana em
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 45
tempos históricos. A atividade humana no Rio de Janeiro posterior ao ano de
1600 colaborou em muito para tal processo destrutivo (DRUMMOND, op. cit., p.79).
As restingas formam uma vegetação relativamente modesta e, por vezes
esparsa, associada a praias, areais, margens de lagoas e dunas. A vegetação é
formada predominantemente por gramíneas e ervas, com poucas plantas
lenhosas (arbustos ou árvores). (DRUMMOND, op. cit., p.79)
Os manguezais das baías de Angra dos Reis, de Sepetiba e de Guanabara
são formações com arbustos e árvores adaptadas à salinidade, de porte médio a
grande, muitas vezes com populações densas, localizadas em terras cobertas
periodicamente por marés. (DRUMMOND, op. cit., p.80)
4.3 Climatologia e Meteorologia
Pela sua posição latitudinal - cortado pelo Trópico de Capricórnio e em
relação aos sistemas de circulação atmosférica – situado sob a trajetória
preferencial de correntes de origem polar, a distinção entre as temperaturas
máximas diárias registradas no verão e as mínimas no inverno é um fato
climático que não se deve desprezar, principalmente em áreas situadas ao sul do
trópico. Esse caráter se torna ainda mais importante quando se leva em conta a
variabilidade térmica destas estações: anos há em que o verão é extremamente
quente e longo, enquanto que em determinados anos o inverno é muito intenso,
a ponto de causar graves transtornos à economia rural. Entretanto, o caráter de
transição climática da Região Sudeste inclina-se mais para climas tropicais do
que para os temperados: a marcha estacional da precipitação, determinando
uma estação muito chuvosa e outra seca, constitui sua característica mais
importante. (NIMER, 1979, p.275)
4.4 Oceanografia
A costa do estado do Rio de Janeiro apresenta orientação geral NE-SW, só
interrompida entre Maricá e Cabo Frio, onde a direção é predominantemente E-
W. Nesta região, com o prolongamento do Cabo Frio avançando cerca de 20km
mar adentro, a inflexão da linha de costa e do conjunto de curvas batimétricas
causa modificações tanto na topografia como no relevo (Fig. 5) (ZEMBRUSCKI,
1979 apud BIZERRIL, 2001, p.13).
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 46
Tal inflexão proporciona o desenvolvimento de ambientes costeiros
diferenciados ao sul e ao norte da Ilha de Cabo Frio. Ao sul da ilha, ocorre um
litoral retilíneo exposto a regimes hidrodinâmicos intensos. Ao norte, o litoral
apresenta-se recortado e exposto a um hidrodinamismo menos intenso (MUEHE,
1979; SILVA, 1985 apud BIZERRIL, 2001, p.13).
No setor Cabo de São Tomé-Cabo Frio e também na área norte do
Embaiamento de São Paulo, até Angra dos Reis, aproximadamente, há uma
alternância de costas do tipo ria (costa muito recortada onde o mar é pouco
profundo) e, sobretudo, costas baixas retificadas, com lagunas interiores
colmatadas, originadas por construções marinhas do tipo restinga (LAMEGO, 1940,
1954; RONCARATTI & NEVES, 1976 apud BIZERRIL, 2001, P. 13).
Entre o Rio Itabapoana e o Cabo de São Tomé, e entre Macaé e Cabo Frio,
as curvas batimétricas de 40m e 80-100m, respectivamente, assumem forma
convexa em relação à costa, sugerindo frentes de progradação sedimentar
(KOWSMANN et al. 1978 apud BIZERRIL, 2001, P.13). Ao sul de Cabo Frio a plataforma
continental apresenta 50km de extensão, e em frente à Ilha de Cabo Frio a
isóbata de 100m dista apenas 6,5km da linha de costa (LANA et al. 1996 apud
BIZERRIL, 2001, P.13).
Formas erosivas não são muito freqüentes no litoral fluminense, com
exceção de alguns canais (Cabo Frio, Rio de Janeiro, Ilha Grande e Búzios) que
cortam perpendicularmente a faixa interna da plataforma (ZEMBRUSCKI, 1979
apud BIZERRIL, 2001, p.13-14). Segundo o mesmo autor, identifica-se ainda na
região cânions que nascem na plataforma e cortam o talude (Cânions Macaé e
Guanabara), ou que começam no talude e avançam até o sopé continental
(Cânion Cabo Frio).
As condições hidrológicas da região costeira do Rio de Janeiro (Fig. 6) são
basicamente determinadas pela predominância de Águas Tropicais (AT) quentes,
salinas (temperatura > 18o C; salinidade > 36,0) e oligotróficas, transportadas
em sentido sul/sudoeste pela Corrente do Brasil. Essa massa de água ocorre na
camada superficial (0-200m), sobre as proximidades da quebra da plataforma
continental e no talude, acima da termoclina permanente. Abaixo da AT ocorre a
Água Central do Atlântico Sul (ACAS; 200-700m) e, além dos 800 m, a Água
Intermediária Antártica (AIA), seguida pela Água Profunda do Atlântico Norte (>
1.100m). (BIZERRIL, 2001, p.15)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 47
Figura 5 - Distribuição das isolinhas de mesma profundidade
presentes na costa do Rio de Janeiro. (BIZERRIL, 2001)
Figura 6 - Distribuição das diferentes massas d’água
presentes na costa do Rio de Janeiro. (BIZERRIL,
2001)
A ACAS é uma água subtropical (7o C < temperatura < 18o C), rica em
nutrientes, transportada em direção ao norte ao longo do talude e que tem sua
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 48
origem na região da Convergência Subtropical, quando parte das águas da
Corrente das Malvinas mergulha por baixo da Corrente do Brasil. De forma
sazonal, a ACAS pode ser encontrada em menores profundidades no litoral
fluminense como resultado de ressurgências, mais freqüentes na região de Cabo
Frio (Lat. 23oS). A mistura das águas tropicais e subtropicais (AT e ACAS)
somada ao efeito local de deságues continentais, resulta na chamada Água
Costeira (AC), que ocorre entre a plataforma interna e o litoral (< 50m), e que
apresenta salinidade extremamente variável e temperaturas intermediárias.
(BIZERRIL, 2001, p.15)
Processo particularmente destacável na costa fluminense é a ressurgência,
consistindo no evento no qual as águas oceânicas profundas ou subsuperficiais
alcançam a superfície (MAGLIOCCA, 1987 apud BIZERRIL, 2001, p.16).
No Atlântico Sul-Ocidental, entre a região equatorial e a Convergência
Subtropical, a presença de uma termoclina permanente resultante do
“empilhamento” de água quente superficial da Corrente do Brasil para o lado
ocidental das bacias oceânicas, causa uma marcada estratificação térmica. O
estoque de nutrientes inorgânicos dissolvidos mais próximo da zona eufótica
nesta região encontra-se nas camadas subsuperficiais da Água Central do
Atlântico Sul (ACAS), e qualquer processo oceanográfico que rompa a estrutura
fisicamente estável da termoclina resulta em ressurgência (BRANDINI et al., 1997,
apud BIZERRIL, 2001, p.16-17).
No litoral do Estado do Rio de Janeiro, a região de Cabo Frio (23o S)
representa um ponto particular na costa brasileira onde ocorre ressurgência
periódica da ACAS e que, segundo Rocha et al. (1975) apud Bizerril (2001,
p.17), marca a transição entre os ambientes tropicais, ao norte, e os ambientes
subtropicais e temperados, ao sul.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 49
4.5 Municípios costeiros
Litoral Norte – Fluminense
Macaé
Figura 7 - Mapa do município de Macaé. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Carapebus
Figura 8 - Mapa do município de Carapebus. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 50
Quissamã
Figura 9 - Mapa do município de Quissamã. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Campos
Figura 10 - Mapa do município de Campos. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 51
São João da Barra
Figura 11 - Mapa do município de São João da Barra. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
São Francisco de Itabapoana
Figura 12 - Mapa do município de São Francisco de Itabapoana. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 52
Litoral da Região dos Lagos
Saquarema
Figura 13 - Mapa do município de Saquarema.(fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Araruama e Iguaba Grande
Figura 14 - Mapa dos municípios de Araruama e Iguaba Grande. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 53
São Pedro d´Aldeia e Arraial do Cabo
Figura 15 - Mapa dos municípios de São Pedro d´Aldeia e Arraial do Cabo. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Cabo Frio e Armação dos Búzios
Figura 16 - Mapa dos municípios de Cabo Frio e Armação dos Búzios. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 54
Casimiro de Abreu
Figura 17 - Mapa do município de Casimiro de Abreu.(fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Rio das Ostras
Figura 18 - Mapa do município de Rio das Ostras. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 55
Litoral da Baía de Guanabara
Rio de Janeiro
Figura 19 - Mapa do município do Rio de Janeiro. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Nova Iguaçu
Figura 20 - Mapa do município de Nova Iguaçu. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 56
Belford Roxo, São João de Meriti e Nilópolis
Figura 21 - Mapa dos municípios de Belford Roxo, São João de Meriti e Nilópolis. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Duque de Caxias
Figura 22 - Mapa do município de Duque de Cxias. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 57
Magé
Figura 23 - Mapa do município de Magé. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Guapimirim
Figura 24 - Mapa do município de Guapimirim. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 58
São Gonçalo
Figura 25 - Mapa do município de São Gonçalo. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Itaboraí
Figura 26 - Mapa do município de Itaboraí. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 59
Niterói
Figura 27 - Mapa do município de Niterói. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Maricá
Figura 28 - Mapa do município de Maricá. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 60
Litoral Sul
Paraty
Figura 29 - Mapa do município de Paraty. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Angra dos Reis
Figura 30 - Mapa do município de Angra dos Reis. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 61
Mangaratiba
Figura 31 - Mapa do município de Mangaratiba. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
Itaguaí
Figura 32 - Mapa do município de Itaguaí. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 62
Seropédica, Queimados e Japeri
Figura 33 - Mapa do município de Seropédica, Queimados e Japeri. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
63METODOLOGIA
5.1 Levantamento bibliográfico
O primeiro passo foi levantar a bibliografia relacionada à temática escolhida, o que
forneceu o arcabouço de informações para que o estudo fosse proposto e desenvolvido. As
seguintes instituições de pesquisa e de ensino foram visitadas com o objetivo de listar a
bibliografia a ser consultada durante o trabalho e de relacionar os dados que provavelmente
pudessem ser utilizados no mesmo:
1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
2. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério
da Educação (INEP/MEC);
3. Instituto Pereira Passos;
4. Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA);
5. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN);
6. Fundação SOS Mata Atlântica (SOSMA);
7. Fundação Centro de Informação e Dados do Rio de Janeiro (Fundação CIDE).
5.2 Formulação de perguntas de pesquisa
A fim de auxiliar na investigação, procedeu-se à formulação de perguntas de pesquisa,
as quais podem ser agrupadas em três tipos:
Perguntas descritivas
– Quais os impactos mais importantes e que ocorrem na Zona Costeira (ZC) do estado do Rio de Janeiro ?
– Quais os municípios que sofrem maior impacto em decorrência do estabelecimento humano na ZC do estado do RJ ?
– Quais os impactos visivelmente associados às regiões mais urbanizadas no estado do RJ e quais os associados às regiões ainda com características rurais no mesmo ?
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Perguntas interpretativas 64
– Por que é importante a utilização da Internet como uma forma de levar ao público os impactos detectados na ZC do estado do RJ ?
– Por que é importante o uso de um Sistema de Informações Geográficas na análise especial envolvida nesse trabalho ?
– Por que é fundamental o uso de indicadores no presente estudo ?– Por que é importante levantar o nível de impacto antropogênico na ZC do estado do RJ ?
Perguntas avaliativas
– Como a avaliação do impacto antropogênico por meio de um atlas digital pode ser útil à sociedade ?
– Como a Internet pode ser uma facilitadora na disseminação das informações a respeito do nível de impacto antropogênico ?
5.3 Formulação de hipóteses
Duas hipóteses foram então formuladas para subsidiar a investigação:
Hipótese 1 – Os indicadores de Desenvolvimento Sustentável fornecem um panorama
simplificado de uma realidade complexa.
Hipótese 2 – O Atlas de Avaliação do Impacto Antropogênico é um subsídio importante para
a gestão dos municípios pertencentes à ZC do estado do RJ.
5.4 Parâmetros e indicadores escolhidos
Classificados nas seis dimensões do desenvolvimento sustentável (DS), uma lista
preliminar de 82 indicadores foi elaborada, a qual serviu como base para a escolha dos
41indicadores mais interessantes, de acordo com os princípios da sustentabilidade em Zcs e
segundo os critérios apresentados por Marzall et al. (2007) para a escolha adequada de
indicadores. A partir da lista definitiva de indicadores (Quadro 6), levantaram-se os dados
relativos aos 49 parâmetros necessários para o cálculo dos índices (Quadro 7). 1734 dados
básicos (95%) foram levantados a partir de uma organização não-governamental (Fundação
SOS Mata Atlântica) e de seis fontes governamentais: IBGE, IPEA, FCIDE, INEPAC,
INEP/MEC, DATASUS/MS, por consulta às páginas institucionais disponíveis na Internet,
por visita aos centros de dados ou por comunicação eletrônica. Os 84 dados básicos ausentes
(5%) foram calculados por meio de correlação estatística bivariada.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Quadro 6 – Parâmetros utilizados 65
Parâmetro Fonte Parâmetro Fonte
P1 Área territorial (ha) IBGE (2000) P26 Óbitos de habitantes com menos de 1 ano de idade
IBGE (2000)
P2 Área urbanizada (ha) SOSMA (2000)
P27 Número de nascidos vivos IBGE (2000)
P3 Área coberta por Mata Atlântica (ha)
SOSMA (2000)
P28 Número de domicílios particulares permanentes
IBGE (2000)
P4 Área coberta por lavoura permanente (ha)
IBGE (2002) P29 Número de domicílios com banheiro ligado à rede geral
IBGE (2000)
P5 Número de habitantes IBGE (2000) P30 Número de domicílios com abastecimento de água ligado à rede geral
IBGE (2000)
P6 Número de bens histórico- culturais tombados
INEPAC (2005)
P31 Número de domicílios com lixo coletado
IBGE (2000)
P7 IDH- M Renda IPEA (2000) P32 Número de estações de tratamento de água
IBGE (2000)
P8 Número de pessoas que pertencem à PEA
IPEA (2000) P33 Volume de esgoto coletado (m3 / dia) IBGE (2000)
P9 Intensidade da pobreza – linha de R$ 37,75
IPEA (2000) P34 Volume de esgoto tratado (m3 / dia) IBGE (2000)
P10 Intensidade da pobreza – linha de R$ 75,50
IPEA (2000) P35 Extensão da rede de drenagem urbana (ha)
IBGE (2000)
P11 PIB per capita (R$) IBGE (2002) P36 IDH- M Educação IPEA (2000)
P12 Rendimento da indústria (R$) IBGE (2002) P37 Número de matrículas no ensino INEP (2003)
P13 Número de aqüicultores IBGE (2000) P38 Número de docentes INEP (2003)
P14 Número de pescadores IBGE (2000) P39 Número de habitantes com 10 anos ou mais de idade e menos de 1 ano de estudo
INEP (2003)
P15 Rendimento das empresas (R$) IBGE (2000) P40 Número de habitantes com 10 anos ou mais de idade
INEP (2003)
P16 Número de estabelecimentos hoteleiros
INEP (2001) P41 Número de pessoas habitando aglomerados subnormais
FCIDE (2000)
P17 Receita municipal (R$) IPEA (2000) P42 Número de habitantes em área urbana
IBGE (2000)
P18 Área coberta por vegetação secundária (ha)
FCIDE (2001)
P43 Número de aglomerados subnormais FCIDE (2000)
P19 Área coberta por campo/ pastagem (ha)
FCIDE (2001)
P44 Número de homicídios DATASUS (2000)
P20 Área degradada (ha) FCIDE (2001)
P45 Despesa capital municipal (R$) IPEA (2000)
P21 Área coberta por corpos de água em 1994 (ha)
FCIDE (1994)
P46 Despesa corrente municipal (R$) IPEA (2000)
P22 Área coberta por corpos de água em 2001 (ha)
FCIDE (2001)
P47 Despesas municipais por função de Educação e Cultura (R$)
IPEA (2000)
P23 IDH- M Longevidade IPEA (2000) P48 Despesas municipais por função de Saúde e Saneamento (R$)
IPEA (2000)
P24 Esperança de vida ao nascer IPEA (2000) P49 Despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública (R$)
IPEA (2000)
P25 Óbitos por doenças transmissíveis IBGE (2000)
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Quadro 7 – Indicadores utilizados 66Dimensões Setores Indicadores temáticos DPSIR
AEspacial
A1 - Urbanização A1a - Urbanização Pressão
A2 – Áreas preservadas
A2a - Cobertura por Mata Atlântica Estado
A3 – Uso do solo A3a - Cobertura por lavoura permanente Pressão
B Cultural
B1 – Tomb. de bens histórico- culturais
B1a - Tombamento de bens histórico- culturais Resposta
CEconômi
ca
C1 – Emprego e renda
C1a - IDH- M Renda Estado
C1b - Participação da população na PEA Estado
C1c - Intensidade da linha de pobreza – linha de R$ 37,75 Estado
C1d – Intensidade da linha de pobreza – linha de R$ 75,50 Estado
C2 - PIB C2a – Coeficiente do PIB Estado
C2b – Participação da indústria na economia municipal Pressão
C3 - Pesca C3a - Aquicultores Pressão
C3b - Pescadores Pressão
C4 - Empresas C4a – Participação das empresas na economia municipal Força Diretiva/ Resposta
C4b - Estabelecimentos hoteleiros Pressão
DEcológica
D1 – Modificação da paisagem
D1a - Vegetação secundária Estado
D1b - Cobertura por campo/ pastagem Estado
D1c - Áreas degradadas Estado
D1d - Perda de corpos de água Estado
ESocial
E1 - Saúde E1a - IDH – M Longevidade Estado
E1b - Esperança de vida ao nascer Impacto
E1c – Mortalidade por denças transmissíveis Impacto
E1d - Mortalidade infantil Impacto
E2 - Saneamento E2a - Eficiência do esgotamento sanitário Resposta
E2b – Cobertura do abastecimento de água Resposta
E2c – Eficiência da coleta domiciliar de lixo Resposta
E2d – Cobertura das estações de tratamento de água Resposta
E2e – Cobertura das estações de tratamento de esgoto Resposta
E2f – Cobertura da rede de drenagem urbana Resposta
E3 - Educação E3a - IDH – M Educação Estado
E3b – Inserção na escola Estado
E3c – Suficiência docente Resposta
E3d – Coeficiente de analfabetismo Estado
E4 - Habitação E4a - Densidade demográfica Força diretiva/ Pressão
E4b – População em aglomerados subnormais Impacto/ Pressão
E4c – Aglomeração subnormal Impacto/ Pressão
E5 - Segurança E5a – Homicídios Impacto
FPolítica
F1 – Administração pública
F1a – Despesa capital municipal total Resposta
F1b – Despesa corrente municipal Resposta
F1c – Despesas municipais por função de Educação e Cultura Resposta
F1d – Despesas municipais por função de Saúde e Saneamento Resposta
F1e – Despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública
Resposta
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
5.5 Modelo relacional do banco de dados BD_Rio 67
O modelo lógico do banco de dados BD_Rio foi estabelecido (Figura 34) e o
banco de dados foi implementado com auxílio do sistema gerenciador de bancos de dados
MySQL v. 5.0, sendo executado em um sistema operacional GNU/Linux Debian Sarge.
Codificações foram criadas para identificar as dimensões (A a F) e os indicadores (Ax a Fx,
sendo x um tipo de sequência alfanumérica relativa à dimensão à que pertence e ao tipo,
simples ou agregado), conforme disposto na Tabela 2. O tipo DPSIR – Forças diretoras,
Pressão, Estado, Impacto e Resposta (em inglês, Driven-Forces, Pressure, State, Impact and
Response) (ESL, 2007) de cada indicador foi identificado, informação relevante na análise de
correlações dos resultados.
A tabela dados_base armazena os dados básicos e inclui os campos: ID (auto-
numeração, chave-primária), cod_dados_base (código de identificação do dado básico),
cod_mun (código de identificação do município), valor_dados_base (valor numérico do dado
básico) e estima_dados_basico (se o dado básico foi estimado).
A tabela info_dados_base armazena os metadados dos dados básicos e inclui os
campos: cod_dados_base (chave-primária, código de identificação), um_dados_base (unidade
de medida), desc_dados_base (descrição), cod_fonte (código da instituição de onde se obteve
a medida), ano_dados_base (ano de obtenção da medida) e fonte_arq_dados (detalhes da
localização da fonte da medida).
A tabela fonte_dados armazena as informações das instituições de onde os
dados básicos foram obtidos e inclui os campos: cod_fonte (chave primária, código de
identificação), sigla_fonte (sigla), desc_fonte (descrição).
A tabela mun armazena a descrição dos municípios e inclui os campos:
cod_mun (chave primária, código de identificação do município), nome_mun (nome do
município) e cod_regiao (código de identificação do setor costeiro ao qual o município
pertence).
A tabela regiao armazena a descrição dos setores costeiros do RJ e inclui os
campos: cod_regiao (chave primária, código de identificação), desc_regiao (descrição).
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
68
A tabela ind armazena as informações principais dos indicadores e inclui os
campos: cod_ind (chave primária, código de identificação do indicador), nome_ind (nome do
indicador), cod_dim (código da dimensão a qual está associado o indicador), um_ind (unidade
de medida do indicador), cod_calc (código de identificação da fórmula de cálculo do
indicador) e OBS (campo para registro de eventuais observações relacionadas ao indicador).
A tabela dim armazena a descrição das dimensões do desenvolvimento
sustentável e inclui os campos: cod_dim (chave primária, código de identificação), desc_dim
(descrição da dimensão).
A tabela ind_desc armazena as informações que compõem a ficha descritiva
dos indicadores e inclui os campos: cod_ind (chave primária, código de identificação),
cod_ind_pai (código de identificação do indicador-pai), desc (descrição), just (justificativa),
obj (objetivo de seu uso), obtido (descrição da fórmula de cálculo) e DPSIR (tipo DPSIR
associado).
A tabela ind_fator armazena as informações levantadas da análise estatística
exploratória das séries de índices calculados e inclui os campos: cod_ind (chave primária,
código de identificação do indicador), max (valor máximo), min (valor mínimo), dif
(amplitude), L1 (limite entre os níveis baixo e médio de impacto), L2 (limite entre os níveis
médio e alto de impacto), media (média da série), sem (erro padrão da média), DP (desvio
padrão), var (variância), e coef_var (coeficiente de variação).
A tabela calc armazena as fórmulas de cálculo dos índices e inclui os campos:
cod_calc (chave primária, código de identificação), form_calc (descrição da fórmula de
cálculo).
A tabela pesos armazena os pesos atribuídos no cálculo dos índices e possui os
campos: cod_peso (código de identificação) e valor (valor do peso).
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
69
Figura 34 – Modelo lógico do banco de dados BD_Rio.(* indica campos chave-primária).
5.6 Modelo de análise – média ponderada
Os dados levantados foram armazenados em arquivos .csv (valores separados
por vírgula. Em inglês, comma separated values). A tabela dados_base foi preenchida pela
interpretação de um programa em PHP, pelo servidor Apache 2, que lê os dados do arquivo
.cvs, os armazena em uma matriz e preenche a tabela por meio de consulta SQL (linguagem
de consultas estruturadas. Em inglês, Structured Query Language). Tendo concluído o
armazenamento dos dados no banco, passou-se à programação para o cálculo dos índices
simples (Quadro 8) e agregados (Quadro 9). Os índices simples foram calculados de acordo
com a fórmula:
índice i = (Xi – Xi mín) / (Xi máx – Xi mín) (1)
Onde: Xi = valor referente a um município determinado. Xi mín = valor mínimo da série; Xi
máx = valor máximo da série.
Os índices temáticos e os índices de cada dimensão foram calculados por média
aritmética simples dos índices que os compunham e o índice geral de impacto antropogênico
(IGIA) foi calculado por média ponderada dos índices das dimensões: social, econômica e
ecológica, com peso 2; espacial e política, com peso 1,5 e cultural, com peso 1.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
70
A atribuição dos pesos dos indicadores das dimensões do desenvolvimento
sustentável foi feita pelo método de atribuição de pesos por opinião de especialista
(knowledgement driven). Esse método leva em consideração a relevância dos temas, no
cálculo do índice final. Todos os índices foram normalizados para valores entre 0 e 1, por
multiplicação ou divisão por fatores de 10, a fim de facilitar a comparação entre os
indicadores.
Quadro 8 – Fórmulas de cálculo dos índices simples
Ind Fórmula Ind Fórmula Ind Fórmula Ind Fórmula
A1a ( P2 / P1 ) C3b [(P14 / P5) x 10] E2a ( P29 / P28 ) E4b [(P42 / P41) / 10]
A2a ( P3 / P1 ) C4a [(P15 / P17) x 10] E2b ( P30 / P28 ) E4c ( P43 / P5 )
A3a ( P4 / P1 ) C4b [(P16 / P5) x 10] E2c ( P31 / P28 ) E5a [(P44 / P5) x 10]
B1a [( P6 / P5 ) x 1000] D1a ( P18 / P1 ) E2d [(P32 / P28) x 100] F1a ( P45 / P17 )
C1a ( P7 ) D1b (P19 / P1) E2e ( P34 / P33 ) F1b [(P46 / P17) / 10]
C1b ( P8 / P5 ) D1c (P20 / P1) E2f [(P35 / P1) x 10] F1c ( P47 / P17 )
C1c ( P9 ) D1d (P22 - P21) E3a ( P36 ) F1d [(P48 / P17) / 10]
C1d ( P10 / 100 ) E1a ( P23 ) E3b (P37 / P5 ) F1e [(P49 / P17) x 10]
C2a ( P11 / 1 x 106 ) E1b ( P24 / 100 ) E3c [(P38 / P5) x 10]
C2b ( P12 / P17 ) E1c [(P25 / P5) x 100] E3d ( P39 / P40 )
C3a [(P13 / P5 ) x 1.000] E1d [(P26 / P27) x 10] E4a [(P5 / P1) / 1000]
Quadro 9 – Fórmulas de cálculo dos índices agregados
Ind Fórmula Ind Fórmula
A1 A1 = A1a E3 E3 = { [ (1 - E3a)+(1 – E3b)+(1 - E3c)+(E3d) ] / 4] }
A2 A2 = (1 - A2a) E4 E4 = [ (E4a + E4b + E4c) / 3 ]
A3 A3 = A3a E5 E5 = E5a
B1 B1 = (1 - B1a) F1 F1 = { [ (1 - F1a)+(1 - F1b)+(1 – F1c) + (1 - F1d)+(1 - F1e) ] / 5 }
C1 C1 = { [ (1 - C1a)+(1 – C1b)+(C1c)+(C1d) ] / 4] }
A A = [ (A1 + A2 + A3) / 3 ]
C2 C2 = [ (C2a + C2b) / 2 ] B B = B1
C3 C3 = [ (C3a + C3b) / 2 ] C C = [ (C1 + C2 + C3 + C4) / 4 ]
C4 C4 = { [ (1 - C4a) + C4b ] / 2 } D D = D1
D1 D1 = [ (D1a + D1b + D1c + D1d ) / 4 ] E E = [ (E1 + E2 + E3 + E4 + E5) / 5 ]
E1 E1 = { [ (1 – E1a)+(1 – E1b)+E1c+E1d ] / 4 } F F = F1
E2 E2 = { [ (1 - E2a)+(1 - E2b)+(1 – E2c) +(1 - E2d)+(1 - E2e)+(1 – E2f) ] / 6 }
IGIA IGIA = { [ (A x 1,5) + (B x 1,0) + (C x 2,0) + (D x 2,0) + (E x 2,0) + (F x 1,5) ] / 10 }
5.7 Classificação e mapeamento temático
Os limites L1 e L2 para os níveis de impacto adotados (baixo, médio e alto),
foram calculados a partir da análise estatística exploratória dos índices, seguindo as fórmulas
(2) e (3). Os níveis de impacto foram então estabelecidos segundo os intervalos:
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
71
índice mínimo <= nível baixo de impacto < L1
L1 < nível médio de impacto < L2
L1 < nível alto de impacto<= índice máximo
L1 = (média – desvio padrão) (2)
L2 = (média + desvio padrão) (3)
Onde: Índice mínimo = menor índice da série; índice máximo = maior índice da série; L1 =
limite entre os níveis baixo e médio de impacto antropogênico L2 = limite entre os níveis
médio e alto de impacto antropogênico.
Os limites L1 e L2 foram armazenados na tabela ind_fator. Em seguida, com
auxílio das funções gráficas do PHP – GDLibrary (em inglês, Graphics Display Library), foi
desenvolvido o programa que faz a classificação dos municípios em relação ao nível de
impacto e gera os mapa temático digital.
5.8 Polígonos de impacto
Por fim, foram elaborados 34 polígonos de impacto para comparação dos índices das
dimensões nos municípios e um polígono de impacto antropogênico geral, comparado os
valores do Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA) de todos os municípios.
5.9 Disponibilização dos resultados
O atlas digital gerado a partir dessa monografia representa inferência
importante acerca da situação dos municípios constituintes da Zona Costeira do estado do Rio
de Janeiro. Para que se atenda ao objetivo proposto nesse trabalho, tais mapas precisam ser
amplamente disponibilizados, não apenas aos tomadores de decisões, mas também à
população em sua totalidade. Assim, será mantido um sítio para consulta dos resultados aqui
apresentados e para a continuidade do trabalho - http://www.ivides.org/atlas. ( Ivides.org =
Instituto Virtual para o Desenvolvimento Sustentável).
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
72RESULTADOS E DISCUSSÃO
O baixo número de indicadores nas dimensões espacial e ecológica reflete a pouca
disponibilidade de dados relacionados. Contudo, os temas analisados nessas dimensões estão
estritamente relacionados às atividades antrópicas que modificam efetivamente o meio. NA
dimensão cultural, também há baixa disponibilidade de dados e considerou-se, então, o
tombamento de bens histórico-culturais como um indicador relevante, uma vez que no
processo de urbanização, há frequentemente perda de memória cultural. Os dados
relacionados aos indicadores das dimensões econômica e social são os mais fartamente
disponibilizados por fontes oficiais de dados, podendo ser facilmente consultados através da
rede mundial de computadores.
6.1 Índices das dimensões e Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA)
A dimensão cultural apresentou a maior média de impacto (0,7925 ± 0,2568), seguida
da política (0,6214 ± 0,1305), ecológica (0,3618 ± 0,1775), social (0,3439 ± 0,0707), espacial
(0,3398 ± 0,1383) e econômica (0,3014 ± 0,0587). O maior percentual de municípios com
índice de impacto acima da média foi obtido para a dimensão cultural (70,59%), seguida da
ecológica, econômica, política (47,06%), social (41,18%) e espacial (47,06%). Em relação ao
IGIA, 55,88% dos municípios apresentaram índices acima da média, sendo 47,37% do Litoral
da Baía de Guanabara, 26,32% do Litoral da Região dos Lagos, 15,79% do Litoral Norte-
Fluminense e 10,53% do Litoral Sul. Os três maiores índices IGIA foram obtidos para os
municípios de Rio das Ostras (0,5189), Belford Roxo (0,5002) e Itaguaí (0,4811). Os três
menores, para: Parati (0,3133), São João da Barra (0,3171) e Angra dos Reis (0,3335).
6.2 Índices temáticos
O Quadro 10 apresenta as médias e variâncias das séries de índices temáticos
agregados e os municípios com os maiores e os menores índices dentro do mesmo tema. Os
valores referem-se ao impacto nessas dimensões. Assim, os valores maiores indicam que o
tema deve ser investigado mais detalhadamente para levantar os fatores relacionados a um
possível dano ou desequilíbrio socioambiental.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
6.3 Correlação entre índices 73
Índices foram relacionados por correlação estatística bivariada. Os coeficientes de
correlação calculados e o tipo de relação entre as variáveis são apresentados no Quadro 11.
Para aproximadamente 57 % das correlações, a intensidade da relação entre as variáveis foi de
moderada a muito forte, correspondendo a intervalo do coeficiente de correlação de Pearson
(ρ) de 0,40 a 1,00.
6.4 Mapas temáticos
Mapas temáticos (Anexo II) foram gerados a partir dos 15 índices temáticos(A1 a F1),
dos 6 índices dimensionais (A a F) e do índice IGIA. Os municípios de Parati, Angra dos Reis
e Mangaratiba, no Litoral Sul; Nilópolis, no Litoral da Baía de Guanabara; Quissamã e São
João da Barra, no Litoral Norte-Fluminense; apresentaram os índices IGIA dentro da faixa do
impacto baixo (Fig. 35). Itaguaí, Belford Roxo e Rio de Janeiro, no Litoral da Baía de
Guanabara; e Rio das Ostras, no Litoral da Região dos Lagos; apresentaram índices na faixa
do impacto alto. Os demais municípios apresentaram IGIA na faixa do impacto antropogênico
médio.
Na dimensão espacial, os municípios de Parati, Angra dos Reis e Mangaratiba, no
Litoral Sul; apresentaram índices na faixa do baixo impacto. Os municípios de Belford Roxo e
São João de Meriti, no Litoral da Baía de Guanabara; e Armação dos Búzios, no Litoral da
Região dos Lagos; apresentaram índices na faixa do impacto alto. Os demais municípios do
estado apresentaram índices nessa dimensão na faixa do impacto médio.
Na dimensão cultural, os municípios de Parati, Angra dos Reis e Mangaratiba, no
Litoral Sul; Casimiro de Abreu, no Litoral da Região dos Lagos; Carapebus, Quissamã e São
João da Barra, no Litoral Norte-Fluminense; apresentaram índices na faixa de impacto baixo.
Os municípios de Magé, Niterói, Guapimirim e Maricá, no Litoral da Baía de Guanabara;
Iguaba Grande e Armação dos Búzios, na Região dos Lagos; e São Francisco de Itabapoana,
no Litoral Norte-Fluminense; apresentaram índices na faixa do impacto médio. Os demais
municípios do estado apresentaram índices dentro da faixa de impacto alto.
Na dimensão econômica, Angra dos Reis, no Litoral Sul; Magé, no Litoral da Baía de
Guanabara; Armação dos Búzios e Rio das Ostras, no Litoral da Região do Lagos; e São
Francisco de Itabapoana, no Litoral Norte-Fluminense, apresentaram índices na faixa do
impacto alto. Os municípios de Nilópolis, Guapimirim, Niterói e Maricá, no Litoral da Baía
de Guanabara; Saquarema, Araruama e Iguaba Grande, no Litoral da Região dos Lagos;
apresentaram índices dentro da faixa de impacto baixo. Os demais municípios do estado
apresentaram índices dentro da faixa de impacto médio.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
74
Na dimensão ecológica, Itaguaí, no Litoral Sul; Rio de Janeiro e Maricá, no Litoral da
Baía de Guanabara; Rio das Ostras e Casimiro de Abreu, no Litoral da Região dos Lagos;
apresentaram índices dentro da faixa de impacto alto. Nilópolis e Niterói, no Litoral da Baía
de Guanabara; Armação dos Búzios e Cabo Frio, no Litoral da Região dos Lagos e São
Francisco de Itabapoana e São João da Barra, no Litoral Norte-Fluminense, apresentaram
índices dentro da faixa de impacto baixo. Os demais municípios do estado apresentaram
índices dentro da faixa de impacto médio.
Na dimensão social, Parati, no Litoral da Região dos Lagos; Niterói, no Litoral da
Baía de Guanabara; e São Pedro da Aldeia, no Litoral da Região dos Lagos; apresentaram
índices dentro da faixa de impacto baixo. Carapebus e Campos dos Goytacazes, no litoral
Norte-Fluminense, apresentaram índices dentro da faixa de impacto alto. Os demais
municípios do estado apresentaram índices dentro da faixa de impacto médio.
Na dimensão política, Niterói, no Litoral da Baía de Guanabara; e São Francisco de
Itabapoana, no Litoral Norte-Fluminense, apresentaram índices dentro da faixa de impacto
alto. Iguaba Grande, na Região dos Lagos; Carapebus e Campos dos Goytacazes, no Litoral
Norte-Fluminense, apresentaram índices dentro da faixa de impacto baixo. Os demais
municípios do estado apresentaram índices dentro da faixa de impacto médio.
Quadro 10 – Índices temáticos
Ind Municípios com menores índices Municípios com maiores índices Média Variância
A1 São Francisco de Itabapoana 0,0000 São João de Meriti 1,0000
Quissamã 0,0025 Belford Roxo 0,7410
Parati 0,0036 Nilópolis 0,4997
0,1719 0,0515
A2 Angra dos Reis 0,0000 Belford Roxo 1,0000
Parati 0,0143 Iguaba Grande 0,9998
Mangaratiba 0,0704 Queimados 0,9973
0,7749 0,0800
A3 Campos dos Goytacazes 0,0000 Armação dos Búzios 1,0000
São Pedro da Aldeia 0,0019 Mangaratiba 0,2998
São João da Barra 0,0019 Itaguaí 0,2696
0,0726 0,0318
B1 Quissamã 0,0000 São João de Meriti 1,0000
Mangaratiba 0,1753 Rio das Ostras 1,0000
Parati 0,1900 São Gonçalo 0,9925
0,7925 0,0659
C1 Casimiro de Abreu 0,2233 Nova Iguaçu 0,8533
Mangaratiba 0,2365 Japeri 0,7785
Parati 0,2631 Belford Roxo 0,7260
0,4860 0,0240
C2 São João de Meriti 0,0009 Campos dos Goytacazes 0,8961
Nilópolis 0,0013 Quissamã 0,5387
Nova Iguaçu 0,0054 Rio das Ostras 0,4095
0,1062 0,0360
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
C3 Nilópolis 0,0000 Magé 0,5595
Japeri 0,0000 São Francisco de Itabapoana 0,5000
Queimados 0,0009 Mangaratiba 0,4995
0,1290 0,0262
C4 Campos dos Goytacazes 0,0560 Armação dos Búzios 0,9589
Duque de Caxias 0,4070 Carapebus 0,8528
Queimados 0,4073 Parati 0,6224
0,4847 0,0190
D1 Nilópolis 0,0015 Casimiro de Abreu 0,6343
São João da Barra 0,0121 Rio das Ostras 0,6206
Armação dos Búzios 0,0197 Itaguaí 0,6143
0,3618 0,0315
E1 Niterói 0,1287 Carapebus 0,9085
Parati 0,1495 Campos dos Goytacazes 0,6970
São Pedro da Aldeia 0,2040 Guapimirim 0,5788
0,4273 0,0235
E2 Rio de Janeiro 0,2572 Casimiro de Abreu 0,8365
Niterói 0,4131 Itaboraí 0,7996
Arraial do Cabo 0,4148 Campos dos Goytacazes 0,7820
0,5801 0,0164
E3 Mangaratiba 0,2279 São Francisco de Itabapoana 0,7796
Casimiro de Abreu 0,2993 Belford Roxo 0,6352
Rio das Ostras 0,3108 Itaboraí 0,6195
0,4735 0,0139
E4 Quissamã 0,0033 São João de Meriti 0,4638
São Francisco de Itabapoana 0,0854 Rio das Ostras 0,3935
Araruama 0,1054 Mangaratiba 0,3620
0,1964 0,0102
E5 Campos dos Goytacazes 0,0000 Carapebus 1,0000
Rio das Ostras 0,0068 Niterói 0,0273
Seropédica 0,0068 Arraial do Cabo 0,0251
0,0422 0,0286
F1 Carapebus 0,2131 São Francisco de Itabapoana 1,0000
Campos dos Goytacazes 0,3883 Niterói 0,7970
Iguaba Grande 0,4284 Mangaratiba 0,7364
0,6214 0,0170
Quadro 11 – Correlação entre indicadores
Var1 Var2 r Tipo ρ Intensidade
A1a - Urbanização A2a - Cobertura por Mata Atlântica
- 0,0157 INVERSA 0,3748 FRACA
A1a - Urbanização A3a - Cobertura por lavoura permanente
- 0,1187 INVERSA 0,5036 MODERADA
A2a - Cobertura por Mata Atlântica
A3a - Cobertura por lavoura permanente
0,0179 DIRETA 0,9198 MUITO FORTE
B1a - Tombamento de bens histórico- culturais
F1c - Despesas municipais por função de Educação e Cultura
- 0,0057 INVERSA 0,9743 MUITO FORTE
C4b - Estabelecimentos hoteleiros
C4a - Participação das empresas na economia municipal
- 0,0933 INVERSA 0,5997 MODERADA
A1a - Urbanização C3a - Aquicultores - 0,1786 INVERSA 0,3122 FRACA
A1a - Urbanização C3b - Pescadores - 0,3622 INVERSA 0,0347 BEM FRACA
A1a - Urbanização D1b - Cobertura por campo/ pastagem
- 0,2873 INVERSA 0,9995 FRACA
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
A1a - Urbanização D1c - Áreas degradadas 0,1295 DIRETA 0,4653 MODERADA
E2a - Eficiência do esgotamento sanitário
E1c - Mortalidade por denças transmissíveis
0,0537 DIRETA 0,7631 FORTE
C1c - Intensidade da linha de pobreza – linha de R$ 37,75
E1d - Mortalidade infantil 0,0972 DIRETA 0,5846 MODERADA
E2a - Eficiência do esgotamento sanitário
E1d - Mortalidade infantil 0,1401 DIRETA 0,4293 MODERADA
E2a - Eficiência do esgotamento sanitário
E1b - Esperança de vida ao nascer
0,1056 DIRETA 0,5523 MODERADA
E4a - Densidade demográfica
E4b - População em aglomerados subnormais
0,1650 DIRETA 0,3511 FRACA
A1a - Urbanização E4c - Aglomeração subnormal 0,2350 DIRETA 0,1810 BEM FRACA
E4a - Densidade demográfica
E4c - Aglomeração subnormal - 0,2994 INVERSA 0,0854 BEM FRACA
F1e - Despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública
E5a - Homicídios - 0,0460 INVERSA 0,7693 FORTE
C1d - Intensidade da linha de pobreza – linha de R$ 75,50
E1d - Mortalidade infantil 0,1631 DIRETA 0,3567 FRACA
F1d - Despesas municipais por função de Saúde e Saneamento
E2 - Saneamento 0,0373 DIRETA 0,8339 FORTE
C1 - Emprego e renda E5 - Segurança - 0,2329 INVERSA 0,1850 BEM FRACA
C3 - Pesca C1 - Emprego e renda - 0,1214 INVERSA 0,4974 MODERADA
A1 - Urbanização D1 - Modificação da paisagem 0,2252 DIRETA 0,2004 FRACA
E1 - Saúde E2 - Saneamento 0,0191 DIRETA 0,9148 MUITO FORTE
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
77
Figura 35 – Mapa temático do Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA) para os municípios da Zona Costeira do estado do Rio de Janeiro.
6.5 Polígonos de impacto
Pelo polígono de impacto antropogênico geral (Figura 36), observa-se que os
municípios apresentam IGIAs entre 0,25 e 0,50, com maior concentração de valores na faixa
de 0,35 a 0,45. Os polígonos de impacto gerados para cada município representam
graficamente o impacto nas seis dimensões do desenvolvimento sustentável, facilitando a
análise dos resultados. Todos os polígonos de impacto estão disponíveis no Anexo III.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
78
Figura 36 – Polígono de impacto antropogênico geral,
comparando os valores de IGIA dos 34 municípios.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 78
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As análises possíveis em relação ao espaço costeiro são infinitas e
sua execução dependerá principalmente da disponibilidade de recursos
financeiros, de pessoal qualificado e de dados. Todos esses
requerimentos serão mais facilmente atingidos quando do interesse e
real apoio das autoridades governamentais responsáveis pela gestão
desse espaço.
Os indicadores apresentam-se como medidas úteis em estudos que
envolvam realidades muito complexas. Os mesmos podem ser utilizados
em diversas etapas de desenvolvimento do Gerenciamento Costeiro
Integrado.
A Internet tem se mostrado um importante veículo para
disseminação das informações, permitindo que os atores sociais tenham
acesso às mesmas de praticamente qualquer lugar onde haja uma
conexão com a rede mundial de computadores (world wide web). A sua
utilização deve ser incrementada, principalmente para a disponibilização
de dados ecológicos. Dados socioeconômicos já são bem disponibilizados.
Instituições que merecem destaque nesse sentido são o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisas
Econômicas Aplicadas (IPEA).
Ainda assim, em geral, mecanismos vigentes visam apenas a
pesquisa e recuperação de informações. As demandas atuais, devido ao
rápido crescimento e expansão populacionais, exigem que novas
aplicações sejam desenvolvidas, permitindo a inclusão e alteração de
registros, disponibilidade de gráficos, arquitetura que permita
acoplamento com outros módulos de análise, dentre outras
características. A tecnologia e, especialmente, o poder de processamento
computacionais têm sido subutilizados, o que representa ainda atraso
evolutivo.
Os sistemas de Informações Geográficas e as demais ferramentas
do Geoprocessamento podem auxiliar em muito as pesquisas envolvendo
análises espaciais, uma vez que foram projetados para trabalhar com
dados georreferenciados, permitem conexão a bancos de dados,
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 79
possibilitam o processamento de grande volume de informações e a
análise de diversos planos de informações.
As avaliações de impacto devem ser incentivadas por parte de
gestores públicos, uma vez que apontam em direção de problemas das
localidades sob sua administração. Merecem destaques os estudos que
incluem as diversas dimensões do desenvolvimento sustentável.
As poucas iniciativas existentes com respeito ao estudo da Zona
Costeira (ZC) do estado do Rio de Janeiro devem ser valorizadas e
apoiadas, uma vez que o mesmo constitui-se num dos estados mais
importantes no contexto econômico nacional, além de abrigar grande
diversidade ecológica.
Assim, é desejável que esse trabalho sirva como pontapé inicial
para o entendimento e espacialização da problemática que envolve a ZC
do estado do Rio de Janeiro e, principalmente, como suporte
informacional para a formulação de políticas públicas que venham
atender às carências evidenciadas pelas análises.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 80
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ANEXO I - FICHAS DESCRITIVAS DE INDICADORES
Quadro 12 – Indicador: Coeficiente de urbanizaçãoDimensão Espacial
Tema Urbanização
Indicador Coeficiente de urbanização
JustificativaA urbanização excessiva pode trazer transtornos se não forem planejados aumento e melhoria da infra-estrutura urbana disponível e garantida a qualidade dos assentamentos humanos.
Objetivo
Monitorar o crescimento urbano e suprir as necessidades populacionais em relação à saúde, educação, saneamento, habitação e segurança, mediante a aplicação de políticas públicas de estabelecimento de infra-estrutura urbana (rede de saneamento básico, rede escolar, rede de saúde, delegacias etc) e de ordenamento dos assentamentos humanos.
Obtenção
Por consulta à SOSMA, obtém-se a área territorial urbanizada (ha) por município. Pela internet, obtém-se a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados
SOSMA (2000), Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (área urbanizada/área total).
DPSIR Pressão.
Quadro 13 – Indicador: Coeficiente de cobertura por Mata AtlânticaDimensão Espacial
Tema Áreas preservadas
Indicador Coeficiente de cobertura por Mata Atlântica
JustificativaA destruição da Mata Atlântica implica em diversos riscos ambientais, tais como: perda de espécies endêmicas, desertificação e assoreamento de corpos d´água.
ObjetivoGarantir a preservação dos remanescentes de Mata Atlântica mediante a criação de áreas de proteção ambiental.
Obtenção
Por consulta à SOSMA, obtém-se a área territorial coberta por Mata Atlântica (ha) por município. Pela internet, obtém-se a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados
SOSMA (2000), Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (área coberta por Mata Atlântica/ área total).
DPSIR Estado.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 86
Quadro 14 – Indicador: Coeficiente de cobertura por lavoura permanente
Dimensão Espacial
Tema Uso do solo
Indicador Coef. de cobertura por lavoura permanente
Justificativa O estabelecimento de agricultura permanente causa esgotamento do solo.
ObjetivoImplantar programas de educação rural visando a substituição do método de cultivo permanente pelo de rotação de culturas.
Obtenção
Pela internet, obtém-se o área territorial coberta por lavoura permanente (ha) por município (http://www.sidra.ibge.gov.br/) e a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados
Produção Agrícola Municipal IBGE (2002), Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (área coberta por lavoura permanente/ área total).
DPSIR Pressão
Quadro 15 – Indicador: Coeficiente de tombamento de bens histórico-culturais
Dimensão Cultural
Tema Tombamento de bens histórico-culturais
Indicador Coeficiente de tombamento de bens histórico-culturais
Justificativa
A História e a Cultura de um povo devem ser preservadas a fim de que a identidade cultural seja mantida e não seja substituída pela de outros povos, como observado em alguns países face ao processo de globalização.
ObjetivoEstimular iniciativas por parte da população em solicitar o tombamento do patrimônio histórico-cultural.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de bens histórico-culturais tombados por município (http://www.inepac.rj.gov.br/modules.php?name=Guia&file=guia) e o número total de habitantes do município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 1000.
Fonte de dados
Guia de Bens Tombados INEPAC (1965-2005).
UM ÍNDICE (bens histórico-culturais tombados/ 1000 habitantes).
DPSIR Resposta.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 87
Quadro 16 – Indicador: IDH-M Renda
Dimensão Econômica
Tema Emprego e Renda
IndicadorÍndice de Desenvolvimento Humano Municipal – Renda (IDH-M Renda)
Justificativa
O IDH-M é um índice amplamente reconhecido por instituições governamentais e fornece um retrato do desenvolvimento humano em relação à longevidade, à renda e à educação. O IDH-M Renda é um subíndice do IDH-M relativo à renda.
ObjetivoProver políticas econômicas que incentivem a criação de novos postos de trabalho e melhoria dos existentes.
ObtençãoPela Internet (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671).
Fonte de dados
IPEADATA (2000).
UM ÍNDICE.
DPSIR Estado.
Quadro 17 – Indicador: Coeficiente de participação da população na PEA
Dimensão Econômica
Parâmetro Emprego e Renda
Indicador Coeficiente de participação da população na PEA
Justificativa
Expressa o sucesso da economia e das políticas públicas econômicas. O desemprego é resultado de desequilíbrios estruturais nos sistemas sócio-econômicos. Índices de desemprego elevados por grandes períodos de tempo refletem na saúde dos desempregados e de parte da população.
ObjetivoEstabelecer políticas públicas econômicas que permitam e estimulem a inserção de maior parcela da população na PEA.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de habitantes inseridos na PEA (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671) e o número total de habitantes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado pela razão entre a primeira medida e a segunda.
Fonte de dados
Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEADATA), 2000.
UM ÍNDICE (habitantes inseridos na PEA/ habitante).
DPSIR Estado.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 88
Quadro 18 – Indicador: Coeficiente de intensidade da pobreza – linha de R$ 37,75
Dimensão Econômica
Tema Emprego e Renda
Indicador Coeficiente de intensidade da pobreza – linha de R$ 37,75
JustificativaA porcentagem de habitantes com renda abaixo da linha de pobreza de R$ 37,75 (25% do salário mínimo em 2000) fornece medida da quantidade de pobres no município.
ObjetivoEstabelecer políticas públicas que garantam a qualidade de vida de toda a população, criando mecanismos para que os pobres tenham acesso à educação, saúde, emprego e renda.
ObtençãoPela Internet, obtém-se a porcentagem da população inserida na faixa de pobreza abaixo de R$ 37,75 (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671).
Fonte de dados
IPEADATA (2000).
UM ÍNDICE.
DPSIR Estado.
Quadro 19 – Indicador: Intensidade da pobreza – linha de R$ 75,50
Dimensão Econômica
Tema Emprego e Renda
Indicador Coeficiente de intensidade da pobreza – linha de R$ 75,50
JustificativaA porcentagem de habitantes com renda abaixo da linha de pobreza de R$ 75,50 (25% do salário mínimo em 2000) fornece medida da quantidade de pobres no município.
ObjetivoEstabelecer políticas públicas que garantam a qualidade de vida de toda a população, criando mecanismos para que os pobres tenham acesso à educação, saúde, emprego e renda.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se a porcentagem da população inserida na faixa de pobreza abaixo de R$ 75,50 (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a medida por 100.
Fonte de dados
IPEADATA (2000).
UM ÍNDICE.
DPSIR Estado.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 89
Quadro 20 – Indicador: Coeficiente do PIBDimensão Econômica
Tema Emprego e Renda
Indicador Coeficiente do Produto Interno Bruto (PIB)
Justificativa
O aumento no nível de produção econômica é reflexo do aumento na utilização dos recursos, sejam eles naturais ou sociais. Assim, fornece medida de alerta para o monitoramento dos estoques e do uso de tais recursos.
ObjetivoMonitorar o incremento do PIB e garantir a divisão igualitária dos recursos a toda a população. Monitorar o consumo de recursos naturais, a fim de que sua utilização seja sustentável.
ObtençãoPela Internet, obtém-se o valor do PIB per capita (R$) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat) por município. O coeficiente é calculado dividindo a medida por 1.000.000.
Fonte de dados
Produto Interno dos Municípios IBGE (1999-2002)
UM ÍNDICE.
DPSIR Estado.
Quadro 21 – Indicador: Coeficiente de participação da indústria na economia municipal
Dimensão Econômica
Tema PIB
Indicador Coeficiente de participação da indústria na economia municipal
Justificativa
Quanto maior o nível de industrialização e a produção industrial, maior atenção deve ser dada aos possíveis efeitos desta atividade econômica no ambiente, uma vez que incluem provavelmente atividades poluidoras.
ObjetivoMonitorar o incremento da participação da indústria na economia municipal e criar políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento industrial.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o rendimento da indústria (R$) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat ) e a receita municipal total (R$) (somatório entre o total de impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 100.
Fonte de dados
Produto Interno Bruto dos Municípios IBGE (1999-2002), IPEADATA (2000).
UM ÍNDICE (rendimento da indústria/ receita municipal total).
DPSIR Pressão.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 90
Quadro 22 – Indicador: Coeficiente de aqüicultores
Dimensão Econômica
Tema Pesca
Indicador Coeficiente de aqüicultores
JustificativaA aqüicultura, quando descontrolada e desenvolvida sem apoio técnico, representa ameaça ao ecossistema, pela inserção de espécies invasoras e eutroficação de corpos d´água, dentre outros.
ObjetivoCriar legislação para o ordenamento da aqüicultura de modo a não impactar o ambiente.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de aqüicultores (http://www.presidencia.gov.br/seap) e o número total de habitantes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 1000.
Fonte de dados
Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (aqüicultores/ 100 habitantes).
DPSIR Pressão.
Quadro 23 – Indicador: Coeficiente de pescadores
Dimensão Econômica
Tema Pesca
Indicador Coeficiente de pescadores
Justificativa
A pesca torna-se atividade ameaçadora ao meio-ambiente se desenvolvida sem respeito à dinâmica populacional dos estoques pesqueiros, pelo uso de esforço de pesca excessivo, uso de apetrechos de pesca não seletivos, dentre outros.
Objetivo Criar legislação para o ordenamento da pesca de modo a não impactar o ambiente.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de pescadores (http://www.presidencia.gov.br/seap) e o número total de habitantes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 10.
Fonte de dados
Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (pescadores/habitante).
DPSIR Pressão.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 91
Quadro 24 – Indicador: Coeficiente de participação das empresas na economia municipal
Dimensão Econômica
Tema Empresas
Indicador Coeficiente de participação das empresas na economia municipal
Justificativa
Municípios com grande participação de empresas na economia apresentam maiores chances de sucesso na aplicação de iniciativas que requeiram parcerias públicas-privadas. Políticas de incentivo fiscal podem trazer benefícios sociais.
Objetivo Estabelecer políticas fiscais que incentivem a participação das empresas em projetos sociais.
Obtenção
Pela Internet obtém-se o somatório do rendimento das empresas nos três setores (primário, secundário e terciário) (R$) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat) e a receita municipal total (somatório entre o total de impostos municipais e a receita corrente municipal) (R$) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 100.
Fonte de dados
Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (rendimento das empresas/ receita municipal total).
DPSIR Força diretiva/ Resposta.
Quadro 25 – Indicador: Coeficiente de estabelecimentos hoteleirosDimensão Econômica
Tema Empresas
Indicador Coeficiente de estabelecimentos hoteleiros
JustificativaO estabelecimento da rede hoteleira deve ser acompanhado e ordenado a fim de que não se extrapole a capacidade de carga do município.
ObjetivoCriar legislação para acompanhar e ordenar a atividade hoteleira de modo que o desenvolvimento da mesma seja dado de modo sustentável.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de estabelecimentos hoteleiros (http://200.156.34.123/cgi-bin/deftohtm.exe?CIDE/Turismo/TUREST.DEF) e o número total de habitantes (http://www.sidra.ibge.gov.br/cidadesat) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 100.
Fonte de dados
FCIDE (2001), Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (estabelecimentos hoteleiros/ 100 habitantes).
DPSIR Pressão.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 92
Quadro 26 – Indicador: Coeficiente de cobertura por vegetação secundária
Dimensão Ecológica
Tema Modificação da paisagem
Indicador Coeficiente de cobertura por vegetação secundária
Justificativa
As áreas cobertas por vegetação secundária refletem a intensidade de uso do solo e devem ser controladas, pois compreendem tanto as áreas abandonadas após diferentes tipos e intensidades de uso (o que pode conduzir a diversos padrões de regeneração), quanto as áreas naturais ou em regeneração submetidas a diferentes níveis de degradação, tais como: queimadas e extrativismo vegetal.
ObjetivoMonitorar a expansão de áreas com vegetação secundária e coibir as atividades de degradação ambiental, a fim de que os ecossistemas atualmente existentes sejam preservados.
Obtenção
Por consulta à FCIDE, obtém-se a área coberta por vegetação secundária (ha) por município. Pela Internet, obtém-se a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O índice é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados IQM Verde II – Índice de Qualidade dos Municípios FCIDE (2001).
UM ÍNDICE (área coberta por vegetação secundária/ área total).
DPSIR Estado.
Quadro 27 – Indicador: Coeficiente de cobertura por campo/ pastagem
Dimensão Ecológica
Tema Modificação da paisagem
Indicador Coeficiente de cobertura por campo/ pastagem
JustificativaO estabelecimento das atividades agropecuárias em grande parte tem sido responsável pelo desmatamento, o que dizimou cerca de 90% da Mata Atlântica nativa.
ObjetivoEstabelecer limites para o desenvolvimento e a expansão das atividades agropecuárias, de modo a garantir a preservação da biodiversidade.
Obtenção
Por consulta à FCIDE, obtém-se a área coberta por campo/pastagem (ha) por município. Pela Internet, obtém-se a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O índice é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados
IQM Verde II – Índice de Qualidade dos Municípios FCIDE (2001).
UM ÍNDICE (área coberta por campo-pastagem/ área total).
DPSIR Estado.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 93
Quadro 28 – Indicador: Coeficiente de áreas degradadas
Dimensão Ecológica
Tema Modificação da paisagem
Indicador Coeficiente de áreas degradadas
JustificativaAtividades antrópicas de diversas naturezas causam degradação ambiental quando desenvolvidas de modo a desrespeitar os limites naturais do ecossistema.
Objetivo Estabelecer políticas de controle e ordenamento das atividades antrópicas e de recuperação das áreas já degradadas.
Obtenção
Por consulta à FCIDE, obtém-se a área degradada (ha) por município. Pela Internet, obtém-se a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O índice é então calculado pela razão entre a primeira medida e a segunda.
Fonte de dados IQM Verde II – Índice de Qualidade dos Municípios FCIDE (2001).
UM ÍNDICE (área degradada/ área total).
DPSIR Estado.
Quadro 29 – Indicador: Coeficiente de área de corpos d'água
Dimensão Ecológica
Tema Modificação da paisagem
Indicador Coeficiente de área de corpos d'água
JustificativaA diminuição da área total de corpos d'água pode ser causada por assoreamento e aterramento artificial para fins de estabelecimento imobiliário e de outras atividades.
ObjetivoFormular políticas públicas que visem o ordenamento e o controle da ocupação imobiliária e de atividades potencialmente causadoras de perda de corpos d'água.
Obtenção
Por consulta à FCIDE, obtém-se a área ocupada por corpos d'água em 1994 e 2001 (ha) por município. O índice é então calculado pela subtração entre o valor referente a 2001 e a 1994. Se o resultado for positivo, o índice recebe valor 0, se negativo, valor 1.
Fonte de dados
IQM Verde I – Índice de Qualidade dos Municípios FCIDE (1994), IQM Verde II – Índice de Qualidade dos Municípios FCIDE (2001).
UM ÍNDICE (perda ou ganho de área de corpos d'água).
DPSIR Estado.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 94
Quadro 30 – Indicador: IDH-M Longevidade
Dimensão Social
Tema Saúde
Indicador Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade (IDH-M Longevidade)
Justificativa
O índice de desenvolvimento humano é um índice amplamente reconhecido pelas instituições governamentais e fornece um retrato do desenvolvimento humano com relação à longevidade, educação e renda. O IDH-M Longevidade é um subíndice do IDH-M relativo à longevidade.
Objetivo Garantir boa infra-estrutura hospitalar e formular políticas públicas que aumentem a qualidade de vida média da população.
ObtençãoPela Internet (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671).
Fonte de dados
IPEADATA (2000).
UM ÍNDICE.
DPSIR Estado.
Quadro 31 – Indicador: Coeficiente de esperança de vida ao nascer
Dimensão Social
Tema Saúde
Indicador Coeficiente de esperança de vida ao nascer
Justificativa
Medida que corresponde ao número de anos de vida que uma pessoa nascida hoje esperaria viver, se todas as taxas de mortalidade por idade se mantivessem idênticas ao que são hoje. Assim, apresenta indicação das condições de saúde da comunidade e da qualidade de vida da população.
ObjetivoFormular políticas públicas que visem a garantia da qualidade de vida e de saúde da população.
ObtençãoPela Internet, ontém-se a média de esperança de vida da população (anos) por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a medida por 100.
Fonte de dados
IPEADATA, 2000.
UM ÍNDICE.
DPSIR Impacto.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 95
Quadro 32 – Indicador: Coeficiente de mortalidade por doenças transmissíveis
Dimensão Social
Tema Saúde
Indicador Coeficiente de mortalidade por doenças transmissíveis
Justificativa Óbitos por doenças infecciosas e parasitárias refletem condições precárias de saneamento.
ObjetivoFormular políticas públicas de implantação e manutenção de infra-estrutura hospitalar de saneamento básico.
Obtenção
Pela Internet, ontém-se o número de óbitos e o número total de habitantes por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 100.
Fonte de dados
IPEADATA, 2000.
UM ÍNDICE (número de óbitos/ 100 habitantes).
DPSIR Impacto.
Quadro 33 – Indicador: Coeficiente de mortalidade infantil
Dimensão Social
Tema Saúde
Indicador Coeficiente de mortalidade infantil
Justificativa Morte no primeiro ano de vida reflete condições precárias de nutrição e saneamento.
ObjetivoFormular políticas públicas de implantação e manutenção de infra-estrutura de saneamento básico, além de garantir a qualidade nutricional da população.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de óbitos em habitantes com até 1 ano de idade e o número de nascidos vivos por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 10.
Fonte de dados DATASUS/MS (2003).
UM ÍNDICE (óbitos em habitantes com até 1 ano de idade/ nascido vivo).
DPSIR Impacto.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 96
Quadro 34 – Indicador: Coeficiente de eficiência do esgotamento sanitário
Dimensão Social
Tema Saneamento
Indicador Coeficiente de eficiência do esgotamento sanitário
JustificativaA presença de banheiro ligado à rede geral de esgoto evita a contaminação do solo e corpos d´água subterrâneos.
Objetivo Melhorar a infra-estrutura de saneamento básico de modo que todos os domicílios sejam atendidos pela rede.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de domicílios particulares permanentes com banheiro ligado à rede geral e o número total de domicílios particulares permanentes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (domicílios com banheiro ligado à rede geral/ domicílio).
DPSIR Resposta.
Quadro 35 – Indicador: Coeficiente de cobertura do abastecimento de água
Dimensão Social
Tema Saneamento
Indicador Coeficiente de cobertura do abastecimento de água
JustificativaO abastecimento de água ligado à rede geral minimiza a contaminação por ingestão de água poluída.
Objetivo Melhorar a infra-estrutura de abastecimento de água de modo que todos os domicílios sejam ligados à rede.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de domicílios particulares permanentes com abastecimento ligado à rede geral e o número total de domicílios particulares permanentes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados
Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (domicílios com abastecimento ligado à rede geral/ domicílio).
DPSIR Resposta.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 97
Quadro 36 – Indicador: Coeficiente de eficiência da coleta domiciliar de lixo
Dimensão Social
Tema Saneamento
Indicador Coeficiente de eficiência da coleta domiciliar de lixo
Justificativa A coleta de lixo minimiza o estabelecimento de depósitos de lixo clandestinos e evita que o lixo seja queimado ou enterrado.
ObjetivoMelhorar a rede de coleta de lixo domiciliar de mod que todos os domicílios sejam atendidos pela mesma.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de domicílios particulares permanentes com lixo coletado e o número total de domicílios particulares permanentes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados
Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (domicílios com lixo coletado/ domicílio).
DPSIR Resposta.
Quadro 37 – Indicador: Coeficiente de eficiência das estações de tratamento de água
Dimensão Social
Tema Saneamento
Indicador Coeficiente de eficiência das estações de tratamento de água
JustificativaO estabelecimento de estações de tratamento de água permite o fornecimento de água de qualidade à população residente no município.
Objetivo Aumentar o número de estações de tratamento de água de modo a garantir que todos os domicílios sejam abastecidos por água tratada.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de estações de tratamento de água e o número de domicílios particulares permanentes (http://www.sidra.ibge.ov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 100.
Fonte de dados
Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (estações e tratamento de água/ 100 domicílios).
DPSIR Resposta.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 98
Quadro 38 – Indicador: Coeficiente de eficiência do tratamento de esgoto
Dimensão Social
Tema Saneamento
Indicador Volume de esgoto tratado por dia
JustificativaO estabelecimento de estações de tratamento de esgoto evita a contaminação do solo e de corpos d´água.
Objetivo Aumentar a capacidade da rede de estações de tratamento de esgoto de modo que a totalidade do esgoto coletado seja tratada.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o volume de esgoto tratado (m3/dia) e o volume de esgoto coletado (m3/dia) por município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados
Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (esgoto tratado/ esgoto coletado).
DPSIR Resposta.
Quadro 39 – Indicador: Coeficiente de cobertura da rede de drenagem urbana
Dimensão Social
Tema Saneamento
Indicador Coeficiente de cobertura da rede de drenagem urbana
JustificativaQuanto maior e melhor distribuída a rede de drenagem urbana, menor a contaminação do solo e da água por dejetos oriundos do carreamento pela água das chuvas.
ObjetivoExpandir a rede de drenagem urbana de modo que a mesma atenda toda a área territorial ocupada por domicílios.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se a extensão da rede de drenagem urbana municipal (ha) (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) e a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados
Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (área da rede de drenagem urbana/ área total).
DPSIR Resposta.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 99
Quadro 40 – Indicador: IDH-M - Educação
Dimensão Social
Tema Educação
IndicadorÍndice de Desenvolvimento Humano Muncipal – Educação (IDH-M - Educação)
Justificativa
O índice de desenvolvimento humano é um índice amplamente reconhecido pelas instituições governamentais e fornece um retrato do desenvolvimento humano com relação à longevidade, educação e renda. O IDH-M Educação é um subíndice do IDH-M relativo à educação.
ObjetivoMelhorar a infra-estrutura escolar, além de formular e implementar políticas públicas que garantam a inserção escolar e a alfabetização de toda a população.
Obtenção Pela Internet (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671).
Fonte de dados
IPEADATA (2000).
UM ÍNDICE.
DPSIR Estado.
Quadro 41 – Indicador: Coeficiente de inserção na escola
Dimensão Social
Tema Educação
Indicador Coeficiente de inserção na escola
JustificativaA Educação provê conhecimento intelectual, social, cultural e ético, necessário à formação do indivíduo. O baixo índice de inserção na escola relaciona-se à pobreza, ao trabalho infantil e à violência.
ObjetivoMelhorar a infra-estrutura escolar municipal, além de formular e implementar políticas públicas que garantam a inserção escolar e a alfabetização de toda a população.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o total de matrículas escolares (somatório das matrículas no ensino pré-escolar, fundamental e médio) e o total de habitantes por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados
INEP/MEC (2003).
UM ÍNDICE (matrículas/ habitante).
DPSIR Estado.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 100
Quadro 42 – Indicador: Coeficiente de suficiência de docentes
Dimensão Social
Tema Educação
Indicador Coeficiente de suficiência de docentes
JustificativaA Educação provê conhecimento intelectual, social, cultural e ético, necessário à formação do indivíduo. O baixo índice de inserção na escola relaciona-se à pobreza, ao trabalho infantil e à violência.
ObjetivoCriar novos postos de trabalho para professores de modo a facilitar a inserção na escola.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número total de docentes (somatório do número de docentes no ensino pré-escolar, fundamental e médio) e o total de habitantes por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 10.
Fonte de dados
INEP/MEC (2003).
UM ÍNDICE (docentes/ matrícula).
DPSIR Resposta.
Quadro 43 – Indicador: Coeficiente de analfabetismo
Dimensão Social
Tema Educação
Indicador Coeficiente de analfabetismo
JustificativaA Educação provê conhecimento intelectual, social, cultural e ético, necessário à formação do indivíduo. O baixo índice de inserção na escola relaciona-se à pobreza, ao trabalho infantil e à violência.
ObjetivoMelhorar a infra-estrutura escolar municipal, a fim de facilitar a inserção na escola. Criar e implementar políticas públicas de educação voltadas a acabar com o analfabetismo.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de habitantes com 10 anos ou mais de idade e menos de 1 ano de estudo e o número de habitantes com 10 anos ou mais de idade por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo-se a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados INEP/MEC (2003).
UMÍNDICE (habitantes com 10 anos ou mais de idade e menos de 1 ano de estudo/ habitantes com 10 anos ou mais de idade).
DPSIR Estado.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 101
Quadro 44 – Indicador: Coeficiente de densidade demográficaDimensão Social
Tema Habitação
Indicador Coeficiente de densidade demográfica
Justificativa
A densidade demográfica fornece indicação a respeito das pressões sobre o ambiente. O aumento insustentável da densidade demográfica afeta a saúde humana, facilitando a propagação de doenças. O aumento e/ou diminuição da pressão no ambiente urbano podem ser ilustrados pelo crescimento populaional ao longo do tempo.
Objetivo Equilibrar o aumento populacional com o ambiente e sistemas de assentamento humano.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o total de pessoas residentes no município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) e a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 1000.
Fonte de dados Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (habitantes/ ha)
DPSIR Força diretiva/ Pressão.
Quadro 45 – Indicador: Coeficiente de população em aglomerados subnormais
Dimensão Social
Tema Habitação
Indicador Coeficiente de população em aglomerados subnormais
Justificativa
O desenvolvimento de aglomerados subnormais é resultado de explosão demográfica desacompanhada de iniciativas desenvolvimentistas que assegurem moradia e qualidade de vida à população. Indica o nível geral de pobreza.
ObjetivoCriar novos assentamentos para realocação da população que hoje vive em aglomerados subnormais, acompanhado da criação de novos postos de trabalho nas proximidades dos novos domicílios.
Obtenção
Por consulta à FCIDE, recupera-se o número de habitantes em aglomerados subnormais por município. Pela Internet, obtém-se o número de habitantes na área urbana por município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 100.
Fonte de dados Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (habitantes em aglomerados subnormais/ habitantes área urbana).
DPSIR Impacto/ Pressão.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 102
Quadro 46 – Indicador: Coeficiente de aglomeração subnormal
Dimensão Social
Tema Habitação
Indicador Coeficiente de aglomeração subnormal
Justificativa
O desenvolvimento de aglomerados subnormais é resultado de explosão demográfica desacompanhada de iniciativas desenvolvimentistas que assegurem moradia e qualidade de vida à população. Indica o nível geral de pobreza.
ObjetivoCriar novos assentamentos para realocação da população que hoje vive em aglomerados subnormais, acompanhado da criação de novos postos de trabalho nas proximidades dos novos domicílios.
Obtenção
Por consulta à FCIDE, recupera-se o número de aglomerados subnormais por município. Pela Internet, obtém-se o número total de habitantes por município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.
Fonte de dados Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (aglomerados subnormais/ habitantes).
DPSIR Impacto/ Pressão.
Quadro 47 – Indicador: Coeficiente de homicídiosDimensão Social
Tema Segurança
Indicador Coeficiente de homicídios
Justificativa
O nível de violência é o retrato das condições de vida da população. Pessoas sem acesso à educação, alimentação balanceada e moradia apresentam maior chance de desenvolver atitudes violentas do que aquelas que desfrutam de infra-estrutura adequada para viver. Índica o nível de segurança do município.
ObjetivoFormular políticas públicas para melhoria e expansão da infra-estrutura escolar e de assentamentos humanos e para a geração de empregos.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o número de homicídios (http://www.tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obtbr.def) e o número total de habitantes por município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 10.
Fonte de dados
DATASUS (2000), Censo Demográfico IBGE (2000).
UM ÍNDICE (homicídios/10 habitantes).
DPSIR Impacto.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 103
Quadro 48 – Indicador: Coeficiente de despesa capital municipal total
Dimensão Política
Tema Administração Pública
Indicador Despesa capital municipal total
Justificativa
Fornece medida do nível de interesse do gestor municipal em relação ao provimento de bens à população. Corresponde às despesas destinadas à aquisição ou constituição de bens de capital, considerados e classificados como bens de uso comum e que integrarão o patrimônio público municipal. Abrange os investimentos, as inversões financeiras e as transferências de capital.
ObjetivoAumentar o gasto municipal de modo que sejam providos os bens de uso comum a toda a população.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o valor da despesa capital municipal total (R$) e a receita municipal total (R$) (somatório entre o total de impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 10.
Fonte de dados
IPEADATA, 2000.
UM ÍNDICE (despesa capital municipal/ receita municipal total).
DPSIR Resposta.
Quadro 49 – Indicador: Coeficiente de despesa corrente municipal totalDimensão Política
Tema Administração Pública
Indicador Coeficiente de despesa corrente municipal total
Justificativa
A medida registra o valor de todas as operações destinadas à manutenção e ao funcionamento de serviços públicos , bem como as relacionadas com obras de conservação, adaptação e manutenção de bens móveis e imóveis, tais como pagamento de pessoal, aquisição de material de consumo, pagamento de serviços prestados por terceiros, operação de escolas e de centros de saúde, entre outras.
ObjetivoAumentar a despesa corrente municipal de modo a garantir o satisfatório funcionamento dos serviços públicos e as operações de conservação, adaptação e manutenção de bens móveis e imóveis.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o valor da despesa corrente municipal total (R$) e a receita municipal total (R$) (somatório entre o total de impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 10.
Fonte de dados IPEADATA (2000).
UM ÍNDICE (despesa corrente municipal total/ receita municipal total).
DPSIR Resposta.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 104
Quadro 50 – Indicador: Coeficiente de despesas municipais por função de Educação e Cultura
Dimensão Política
Tema Administração Pública
IndicadorCoeficiente de despesas municipais por função de Educação e Cultura
JustificativaO gasto municipal com Educação e Cultura reflete o nível de preocupação do gestor municipal com a Educação e a Cultura do município.
Objetivo Aumentar as despesas municipais com educação e cultura de modo a garantir níveis satisfatórios de educação à população.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o valor da despesa municipal por função de educação e cultura (R$) e a receita municipal total (R$) (somatório entre os impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 10.
Fonte de dados
IPEADATA (2000).
UMÍNDICE (despesa municipal por função de educação e cultura/ receita municipal total).
DPSIR Resposta.
Quadro 51 – Indicador: Coeficiente de despesas municipais por função de Saúde e Saneamento
Dimensão Política
Tema Administração Pública
Indicador Despesas municipais por função de Saúde e Saneamento
JustificativaO gasto municipal com Saúde e Saneamento reflete o nível de preocupação do gestor municipal com a Saúde e o Saneamento do município.
ObjetivoAumentar as despesas municipais com saúde e saneamento de modo a garantir níveis satisfatórios de saúde à população.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o valor da despesa municipal por função de saúde e saneamento (R$) e a receita municipal total (R$) (somatório entre os impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 10.
Fonte de dados IPEADATA (2000).
UM ÍNDICE (despesa municipal por função de saúde e saneamento/ receita municipal total).
DPSIR Resposta.
SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 105
Quadro 52 – Indicador: Coeficiente de despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública
Dimensão Política
Tema Administração Pública
IndicadorDespesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública
JustificativaO gasto municipal com Segurança Nacional e Defesa Pública reflete o nível de preocupação do gestor municipal com a Segurança no município.
Objetivo Aumentar as despesas municipais com saúde e saneamento de modo a garantir níveis satisfatórios de segurança à população.
Obtenção
Pela Internet, obtém-se o valor da despesa municipal por função de segurança nacional e defesa pública (R$) e a receita municipal total (R$) (somatório entre os impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 10.
Fonte de dados
IPEADATA (2000).
UM ÍNDICE (despesa municipal por função de segurança nacional e defesa pública/ receita municipal total).
DPSIR Resposta.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
106ANEXO II – MAPAS TEMÁTICOS
Figura 37 – Mapa do Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA).
Figura 38 – Mapa do índice de impacto na dimensão espacial.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
107
Figura 39 – Mapa do índice de impacto da urbanização.
Figura 40 – Mapa do índice de impacto nas áreas preservadas.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
108
Figura 41 – Mapa do índice de impacto do uso do solo.
Figura 42 – Mapa do índice de impacto na dimensão cultural.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
109
Figura 43 – Mapa do índice de impacto no tombamento de bens histórico-culturais.
Figura 44 – Mapa do índice de impacto na dimensão econômica.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
110
Figura 45 – Mapa do índice de impacto no emprego e renda.
Figura 46 – Mapa do índice de impacto do Produto Interno Bruto.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
111
Figura 47 – Mapa do índice de impacto da pesca.
Figura 48 – Mapa do índice de impacto nas empresas.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
112
Figura 49 – Mapa do índice de impacto na dimensão ecológica.
Figura 50 – Mapa do índice de impacto da modificação da paisagem.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
113
Figura 51 – Mapa do índice de impacto ma dimensão social.
Figura 52 – Mapa do índice de impacto na saúde.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
114
Figura 53 – Mapa do índice de impacto no saneamento.
Figura 54 – Mapa do índice de impacto na educação.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
115
Figura 55 – Mapa do índice de impacto na habitação.
Figura 56 – Mapa do índice de impacto na segurança.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
116
Figura 57 – Mapa do índice de impacto na dimensão política.
Figura 58 – Mapa do índice de impacto na administração pública.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
117
ANEXO III – POLÍGONOS DE IMPACTO
Figura 59 – Polígono de impacto antropogênico geral.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
118
Figura 60 – Polígono Angra dos Reis. Figura 61 – Polígono Araruama.
Figura 62 – Polígono Armação dos Búzios. Figura 63 – Polígono Arraial do Cabo.
Figura 64 – Polígono Belford Roxo. Figura 65 – Polígono Cabo Frio.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
119
Figura 66 – Polígono Campos dos Goytacazes.
Figura 67 – Polígono Carapebus.
Figura 68 – Polígono Casimiro de Abreu. Figura 69 – Polígono Duque de Caxias.
Figura 70 – Polígono Guapimirim. Figura 71 – Polígono Iguaba Grande.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
120
Figura 72 – Polígono Itaboraí. Figura 73 – Polígono Itaguaí.
Figura 74 – Polígono Japeri. Figura 75 – Polígono Macaé.
Figura 76 – Polígono Magé. Figura 77 – Polígono Mangaratiba.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
121
Figura 78 – Polígono Maricá. Figura 79 – Polígono Nilópolis.
Figura 80 – Polígono Niterói. Figura 81 – Polígono Nova Iguaçu.
Figura 82 – Polígono Parati. Figura 83 – Polígono Queimados.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
122
Figura 84 – Polígono Quissamã. Figura 85 – Polígono Rio das Ostras.
Figura 86 – Polígono Rio de Janeiro. Figura 87 – Polígono S. Franc. de Itabapoana.
Figura 88 – Polígono São Gonçalo. Figura 89 – Polígono S. J. da Barra
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
123
Figura 90 – Polígono S. J. De Meriti Figura 91 – Polígono S. Pedro da Aldeia
Figura 92 – Polígono Saquarema Figura 93 – Polígono Seropédica
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
124
ANEXO IV – CORRELAÇÕES DE ÍNDICES
Figura 94 – Correlação entre urbanização e cobertura por Mata Atlântica.
Figura 95 – Correlação entre urbanização e cobertura por lavoura permanente.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
125
Figura 96 – Correlação entre cobertura por Mata Atlântica e cobertura por lavoura permanente.
Figura 97 – Correlação entre tombamento de bens histórico-culturais e despesas municipais por função de Educação e Cultura.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
126
Figura 98 – Correlação entre emprego e renda e segurança.
Figura 99 – Correlação entre participação das empresas na economia municipal e estabelecimentos hoteleiros.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
127
Figura 100 – Correlação entre pesca e emprego e renda.
Figura 101 – Correlação entre urbanização e aquicultores.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
128
Figura 102 – Correlação entre urbanização e pescadores.
Figura 103 – Correlação entre urbanização e modificação da paisagem.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
129
Figura 104 – Correlação entre urbanização e cobertura por campo/ pastagem.
Figura 105 – Correlação entre urbanização e áreas degradadas.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
130
Figura 106 – Correlação entre esgotamento sanitário e mortalidade por doenças transmissíveis.
Figura 107 – Correlação entre intensidade da pobreza (linha de R$37,75) e mortalidade infantil.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
131
Figura 108 – Correlação entre intensidade da pobreza (linha de R$75,50) e mortalidade infantil.
Figura 109 – Correlação entre esgotamento sanitário e mortalidade infantil.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
132
Figura 110 – Correlação entre saneamento e saúde.
Figura 111 – Correlação entre densidade demográfica e população em aglomerados subnormais.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
133
Figura 112 – Correlação entre urbanização e aglomeração subnormal.
Figura 113 – Correlação entre despesas por função de Saúde e Saneamento e saneamento.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
134
Figura 114 – Correlação entre despesas municipais por função de Defesa Nacional e Segurança Pública e homicídios.
.Figura 115 – Correlação entre esgotamento sanitário e esperança de vida ao nascer.
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
135
ANEXO V
TABELAS ÍNDICES
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
I A B C D E F
Angra dos Reis 0,3335 0,0157 0,3694 0,3779 0,3605 0,3201 0,5499
Araruama 0,4635 0,4031 0,9174 0,2146 0,5339 0,3103 0,6633
Armação dos Búzios 0,4463 0,6879 0,8121 0,4626 0,0197 0,3387 0,6512
Arraial do Cabo 0,4182 0,3498 0,8569 0,3148 0,2384 0,2995 0,7298
Belford Roxo 0,5002 0,5834 0,9608 0,2965 0,4873 0,3943 0,5399
Cabo Frio 0,4021 0,3513 0,8654 0,3268 0,1784 0,2988 0,6805
Campos dos Goytacazes 0,4402 0,3111 0,9245 0,3259 0,4425 0,4456 0,3883
Carapebus 0,4122 0,3799 0,6051 0,3099 0,3655 0,6382 0,2131
Casimiro de Abreu 0,4542 0,3358 0,6902 0,2455 0,6343 0,3056 0,6514
Duque de Caxias 0,4425 0,3024 0,9912 0,2940 0,3595 0,3524 0,6457
Guapimirim 0,3958 0,2383 0,7298 0,2394 0,4017 0,3839 0,5474
Iguaba Grande 0,3928 0,3791 0,7732 0,2102 0,4391 0,3226 0,4284
Itaboraí 0,4598 0,3559 0,9269 0,2820 0,4815 0,4008 0,5391
Itaguaí 0,4811 0,3445 0,9584 0,2678 0,6143 0,2824 0,6711
Japeri 0,4699 0,3574 0,9591 0,3285 0,4873 0,3996 0,5153
Macaé 0,4474 0,2467 0,9222 0,3120 0,4352 0,3010 0,7235
Magé 0,4327 0,2338 0,7510 0,4012 0,4262 0,3902 0,5265
Mangarat iba 0,3636 0,1255 0,1753 0,3225 0,4724 0,2890 0,7364
Maricá 0,4470 0,2838 0,8217 0,2355 0,5513 0,3094 0,6867
Nilópolis 0,3621 0,3020 0,9778 0,2373 0,0015 0,3324 0,6987
Niterói 0,3852 0,3952 0,8361 0,2349 0,1351 0,2436 0,7970
Nova Iguaçu 0,4253 0,2430 0,9437 0,3500 0,3284 0,3652 0,5719
Parat i 0,3133 0,0205 0,1900 0,3440 0,4014 0,2675 0,5911
Queimados 0,4237 0,4272 0,9720 0,2728 0,1905 0,3850 0,6184
Quissamã 0,3414 0,3360 0,0000 0,3582 0,3282 0,2927 0,6342
Rio das Ostras 0,5189 0,3160 1,0000 0,3848 0,6206 0,3841 0,6237
Rio de Janeiro 0,4779 0,4300 0,9225 0,2460 0,6040 0,2949 0,6143
S.Franc.de Itabapoana 0,4494 0,3374 0,8337 0,3735 0,0692 0,3844 1,0000
S. Gonçalo 0,4669 0,4707 0,9925 0,2502 0,3552 0,3550 0,6997
S. João da Barra 0,3171 0,3001 0,5033 0,3120 0,0121 0,3417 0,5907
S. João de Merit i 0,4603 0,6634 1,0000 0,2548 0,2500 0,3732 0,5681
S. Pedro da Aldeia 0,4643 0,3378 0,9457 0,3126 0,4962 0,2459 0,7211
Saquarema 0,4143 0,3264 0,8699 0,2424 0,2979 0,3259 0,7005
Seropédica 0,4233 0,3628 0,9474 0,3087 0,2834 0,3202 0,6112
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
A A1 A2 A3Angra dos Reis 0,0157 0,0119 0,0000 0,0353
Araruama 0,4031 0,0575 0,9669 0,1849Armação dos Búzios 0,6879 0,0919 0,9720 1,0000
Arraial do Cabo 0,3498 0,1204 0,8930 0,0361Belford Roxo 0,5834 0,7410 1,0000 0,0093
Cabo Frio 0,3513 0,0861 0,9647 0,0033Campos dos Goytacazes 0,3111 0,0102 0,9231 0,0000
Carapebus 0,3799 0,1346 0,9929 0,0122Casimiro de Abreu 0,3358 0,0971 0,8988 0,0116Duque de Caxias 0,3024 0,2573 0,6446 0,0055
Guapimirim 0,2383 0,0405 0,6634 0,0110Iguaba Grande 0,3791 0,1317 0,9998 0,0059
Itaboraí 0,3559 0,0894 0,9607 0,0177Itaguaí 0,3445 0,0860 0,6781 0,2696Japeri 0,3574 0,1371 0,8839 0,0512Macaé 0,2467 0,0170 0,6935 0,0296Magé 0,2338 0,0609 0,6315 0,0091
Mangaratiba 0,1255 0,0063 0,0704 0,2998Maricá 0,2838 0,0996 0,7362 0,0158
Nilópolis 0,3020 0,4997 0,3567 0,0497Niterói 0,3952 0,4212 0,7338 0,0308
Nova Iguaçu 0,2430 0,2073 0,5112 0,0105Parati 0,0205 0,0036 0,0143 0,0438
Queimados 0,4272 0,2529 0,9973 0,0315Quissamã 0,3360 0,0025 0,9930 0,0126
Rio das Ostras 0,3160 0,1159 0,8296 0,0027Rio de Janeiro 0,4300 0,4615 0,8164 0,0122
S.Franc.de Itabapoana 0,3374 0,0000 0,9805 0,0317S. Gonçalo 0,4707 0,4382 0,9673 0,0067
S. João da Barra 0,3001 0,0099 0,8885 0,0019S. João de Meriti 0,6634 1,0000 0,9475 0,0427
S. Pedro da Aldeia 0,3378 0,0502 0,9615 0,0019Saquarema 0,3264 0,0608 0,8158 0,1028Seropédica 0,3628 0,0453 0,9627 0,0806
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
A1 A1aAngra dos Reis 0,0119 0,0119
Araruama 0,0575 0,0575Armação dos Búzios 0,0919 0,0919
Arraial do Cabo 0,1204 0,1204Belford Roxo 0,7410 0,7410
Cabo Frio 0,0861 0,0861Campos dos Goytacazes 0,0102 0,0102
Carapebus 0,1346 0,1346Casimiro de Abreu 0,0971 0,0971Duque de Caxias 0,2573 0,2573
Guapimirim 0,0405 0,0405Iguaba Grande 0,1317 0,1317
Itaboraí 0,0894 0,0894Itaguaí 0,0860 0,0860Japeri 0,1371 0,1371Macaé 0,0170 0,0170Magé 0,0609 0,0609
Mangaratiba 0,0063 0,0063Maricá 0,0996 0,0996
Nilópolis 0,4997 0,4997Niterói 0,4212 0,4212
Nova Iguaçu 0,2073 0,2073Parati 0,0036 0,0036
Queimados 0,2529 0,2529Quissamã 0,0025 0,0025
Rio das Ostras 0,1159 0,1159Rio de Janeiro 0,4615 0,4615
S.Franc.de Itabapoana 0,0000 0,0000S. Gonçalo 0,4382 0,4382
S. João da Barra 0,0099 0,0099S. João de Meriti 1,0000 1,0000
S. Pedro da Aldeia 0,0502 0,0502Saquarema 0,0608 0,0608Seropédica 0,0453 0,0453
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
A2 A2aAngra dos Reis 0,0000 1,0000
Araruama 0,9669 0,0331Armação dos Búzios 0,9720 0,0280
Arraial do Cabo 0,8930 0,1070Belford Roxo 1,0000 0,0000
Cabo Frio 0,9647 0,0353Campos dos Goytacazes 0,9231 0,0769
Carapebus 0,9929 0,0071Casimiro de Abreu 0,8988 0,1012Duque de Caxias 0,6446 0,3554
Guapimirim 0,6634 0,3366Iguaba Grande 0,9998 0,0002
Itaboraí 0,9607 0,0393Itaguaí 0,6781 0,3219Japeri 0,8839 0,1161Macaé 0,6935 0,3065Magé 0,6315 0,3685
Mangaratiba 0,0704 0,9296Maricá 0,7362 0,2638
Nilópolis 0,3567 0,6433Niterói 0,7338 0,2662
Nova Iguaçu 0,5112 0,4888Parati 0,0143 0,9857
Queimados 0,9973 0,0027Quissamã 0,9930 0,0070
Rio das Ostras 0,8296 0,1704Rio de Janeiro 0,8164 0,1836
S.Franc.de Itabapoana 0,9805 0,0195S. Gonçalo 0,9673 0,0327
S. João da Barra 0,8885 0,1115S. João de Meriti 0,9475 0,0525
S. Pedro da Aldeia 0,9615 0,0385Saquarema 0,8158 0,1842Seropédica 0,9627 0,0373
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
A3 A3aAngra dos Reis 0,0353 0,0353
Araruama 0,1849 0,1849Armação dos Búzios 1,0000 1,0000
Arraial do Cabo 0,0361 0,0361Belford Roxo 0,0093 0,0093
Cabo Frio 0,0033 0,0033Campos dos Goytacazes 0,0000 0,0000
Carapebus 0,0122 0,0122Casimiro de Abreu 0,0116 0,0116Duque de Caxias 0,0055 0,0055
Guapimirim 0,0110 0,0110Iguaba Grande 0,0059 0,0059
Itaboraí 0,0177 0,0177Itaguaí 0,2696 0,2696Japeri 0,0512 0,0512Macaé 0,0296 0,0296Magé 0,0091 0,0091
Mangaratiba 0,2998 0,2998Maricá 0,0158 0,0158
Nilópolis 0,0497 0,0497Niterói 0,0308 0,0308
Nova Iguaçu 0,0105 0,0105Parati 0,0438 0,0438
Queimados 0,0315 0,0315Quissamã 0,0126 0,0126
Rio das Ostras 0,0027 0,0027Rio de Janeiro 0,0122 0,0122
S.Franc.de Itabapoana 0,0317 0,0317S. Gonçalo 0,0067 0,0067
S. João da Barra 0,0019 0,0019S. João de Meriti 0,0427 0,0427
S. Pedro da Aldeia 0,0019 0,0019Saquarema 0,1028 0,1028Seropédica 0,0806 0,0806
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
B B1Angra dos Reis 0,3694 0,3694
Araruama 0,9174 0,9174Armação dos Búzios 0,8121 0,8121
Arraial do Cabo 0,8569 0,8569Belford Roxo 0,9608 0,9608
Cabo Frio 0,8654 0,8654Campos dos Goytacazes 0,9245 0,9245
Carapebus 0,6051 0,6051Casimiro de Abreu 0,6902 0,6902Duque de Caxias 0,9912 0,9912
Guapimirim 0,7298 0,7298Iguaba Grande 0,7732 0,7732
Itaboraí 0,9269 0,9269Itaguaí 0,9584 0,9584Japeri 0,9591 0,9591Macaé 0,9222 0,9222Magé 0,7510 0,7510
Mangaratiba 0,1753 0,1753Maricá 0,8217 0,8217
Nilópolis 0,9778 0,9778Niterói 0,8361 0,8361
Nova Iguaçu 0,9437 0,9437Parati 0,1900 0,1900
Queimados 0,9720 0,9720Quissamã 0,0000 0,0000
Rio das Ostras 1,0000 1,0000Rio de Janeiro 0,9225 0,9225
S.Franc.de Itabapoana 0,8337 0,8337S. Gonçalo 0,9925 0,9925
S. João da Barra 0,5033 0,5033S. João de Meriti 1,0000 1,0000
S. Pedro da Aldeia 0,9457 0,9457Saquarema 0,8699 0,8699Seropédica 0,9474 0,9474
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
B1 B1aAngra dos Reis 0,3694 0,6306
Araruama 0,9174 0,0826Armação dos Búzios 0,8121 0,1879
Arraial do Cabo 0,8569 0,1431Belford Roxo 0,9608 0,0392
Cabo Frio 0,8654 0,1346Campos dos Goytacazes 0,9245 0,0755
Carapebus 0,6051 0,3949Casimiro de Abreu 0,6902 0,3098Duque de Caxias 0,9912 0,0088
Guapimirim 0,7298 0,2702Iguaba Grande 0,7732 0,2268
Itaboraí 0,9269 0,0731Itaguaí 0,9584 0,0416Japeri 0,9591 0,0409Macaé 0,9222 0,0778Magé 0,7510 0,2490
Mangaratiba 0,1753 0,8247Maricá 0,8217 0,1783
Nilópolis 0,9778 0,0222Niterói 0,8361 0,1639
Nova Iguaçu 0,9437 0,0563Parati 0,1900 0,8100
Queimados 0,9720 0,0280Quissamã 0,0000 1,0000
Rio das Ostras 1,0000 0,0000Rio de Janeiro 0,9225 0,0775
S.Franc.de Itabapoana 0,8337 0,1663S. Gonçalo 0,9925 0,0075
S. João da Barra 0,5033 0,4967S. João de Meriti 1,0000 0,0000
S. Pedro da Aldeia 0,9457 0,0543Saquarema 0,8699 0,1301Seropédica 0,9474 0,0526
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
C C1 C2 C3 C4Angra dos Reis 0,3779 0,6596 0,0602 0,2800 0,5121
Araruama 0,2146 0,3874 0,0204 0,0183 0,4326Armação dos Búzios 0,4626 0,4353 0,3570 0,0993 0,9589
Arraial do Cabo 0,3148 0,4660 0,0489 0,1865 0,5580Belford Roxo 0,2965 0,7260 0,0089 0,0341 0,4173
Cabo Frio 0,3268 0,4882 0,1103 0,2107 0,4981Campos dos Goytacazes 0,3259 0,3228 0,8961 0,0287 0,0560
Carapebus 0,3099 0,2801 0,0909 0,0159 0,8528Casimiro de Abreu 0,2455 0,2233 0,2425 0,0155 0,5009Duque de Caxias 0,2940 0,6767 0,0710 0,0216 0,4070
Guapimirim 0,2394 0,4224 0,0672 0,0084 0,4598Iguaba Grande 0,2102 0,2673 0,0449 0,0374 0,4912
Itaboraí 0,2820 0,6152 0,0067 0,0663 0,4398Itaguaí 0,2678 0,5345 0,0372 0,0589 0,4409Japeri 0,3285 0,7785 0,0079 0,0000 0,5277Macaé 0,3120 0,3826 0,2743 0,0995 0,4918Magé 0,4012 0,6036 0,0192 0,5595 0,4227
Mangaratiba 0,3225 0,2365 0,0414 0,4995 0,5128Maricá 0,2355 0,4532 0,0098 0,0293 0,4500
Nilópolis 0,2373 0,5400 0,0013 0,0000 0,4082Niterói 0,2349 0,3846 0,0161 0,0775 0,4615
Nova Iguaçu 0,3500 0,8533 0,0054 0,1212 0,4201Parati 0,3440 0,2631 0,0357 0,4549 0,6224
Queimados 0,2728 0,6609 0,0221 0,0009 0,4073Quissamã 0,3582 0,3572 0,5387 0,0392 0,4980
Rio das Ostras 0,3848 0,5266 0,4095 0,0505 0,5526Rio de Janeiro 0,2460 0,4848 0,0246 0,0138 0,4610
S.Franc.de Itabapoana 0,3735 0,4798 0,0241 0,5000 0,4902S. Gonçalo 0,2502 0,5106 0,0075 0,0723 0,4107
S. João da Barra 0,3120 0,4220 0,0517 0,2950 0,4794S. João de Meriti 0,2548 0,6058 0,0009 0,0015 0,4113
S. Pedro da Aldeia 0,3126 0,5347 0,0205 0,2302 0,4653Saquarema 0,2424 0,4237 0,0227 0,0347 0,4888Seropédica 0,3087 0,5197 0,0154 0,2259 0,4740
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
C1 C1a C1b C1c C1dAngra dos Reis 0,6596 0,3454 0,8558 1,0000 0,8398
Araruama 0,3874 0,3090 0,8553 0,3671 0,3471Armação dos Búzios 0,4353 0,5345 1,0000 0,7444 0,5314
Arraial do Cabo 0,4660 0,4036 0,8898 0,8166 0,3409Belford Roxo 0,7260 0,0945 0,7975 0,8747 0,9213
Cabo Frio 0,4882 0,4181 0,8598 0,6263 0,6045Campos dos Goytacazes 0,3228 0,1600 0,8183 0,0000 0,2698
Carapebus 0,2801 0,2800 0,8655 0,1148 0,1511Casimiro de Abreu 0,2233 0,3672 0,9334 0,1938 0,0000Duque de Caxias 0,6767 0,2254 0,8372 0,8953 0,8743
Guapimirim 0,4224 0,2472 0,8250 0,5003 0,2615Iguaba Grande 0,2673 0,4581 0,8305 0,0014 0,3567
Itaboraí 0,6152 0,1563 0,8588 0,7321 0,7439Itaguaí 0,5345 0,2763 0,8223 0,6599 0,5769Japeri 0,7785 0,0000 0,7104 0,8245 1,0000Macaé 0,3826 0,5600 0,9096 0,6909 0,3091Magé 0,6036 0,1781 0,7940 0,7379 0,6487
Mangaratiba 0,2365 0,4545 0,8101 0,0783 0,1325Maricá 0,4532 0,4363 0,8578 0,7090 0,3982
Nilópolis 0,5400 0,3927 0,8888 0,7231 0,7184Niterói 0,3846 1,0000 0,9558 0,9541 0,5403
Nova Iguaçu 0,8533 0,2545 0,0000 0,8592 0,8088Parati 0,2631 0,4181 0,8662 0,1104 0,2263
Queimados 0,6609 0,0945 0,7920 0,8093 0,7211Quissamã 0,3572 0,0909 0,7744 0,1992 0,0952
Rio das Ostras 0,5266 0,4581 0,8702 0,9144 0,5203Rio de Janeiro 0,4848 0,8145 0,9034 0,9119 0,7453
S.Franc.de Itabapoana 0,4798 0,0000 0,7602 0,1577 0,5217S. Gonçalo 0,5106 0,3309 0,8960 0,7628 0,5065
S. João da Barra 0,4220 0,0763 0,7843 0,3956 0,1532S. João de Meriti 0,6058 0,2436 0,8635 0,8418 0,6887
S. Pedro da Aldeia 0,5347 0,3090 0,8441 0,6198 0,6721Saquarema 0,4237 0,3236 0,8573 0,4046 0,4713Seropédica 0,5197 0,2472 0,8106 0,5061 0,6307
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
C2 C2a C2bAngra dos Reis 0,0602 0,0937 0,0268
Araruama 0,0204 0,0284 0,0125Armação dos Búzios 0,3570 0,5262 0,1879
Arraial do Cabo 0,0489 0,0764 0,0215Belford Roxo 0,0089 0,0067 0,0111
Cabo Frio 0,1103 0,1544 0,0662Campos dos Goytacazes 0,8961 0,7923 1,0000
Carapebus 0,0909 0,1694 0,0125Casimiro de Abreu 0,2425 0,3988 0,0862Duque de Caxias 0,0710 0,0997 0,0424
Guapimirim 0,0672 0,0809 0,0535Iguaba Grande 0,0449 0,0689 0,0210
Itaboraí 0,0067 0,0067 0,0067Itaguaí 0,0372 0,0652 0,0092Japeri 0,0079 0,0037 0,0122Macaé 0,2743 0,4542 0,0945Magé 0,0192 0,0157 0,0227
Mangaratiba 0,0414 0,0727 0,0101Maricá 0,0098 0,0142 0,0055
Nilópolis 0,0013 0,0007 0,0020Niterói 0,0161 0,0322 0,0000
Nova Iguaçu 0,0054 0,0052 0,0057Parati 0,0357 0,0509 0,0206
Queimados 0,0221 0,0202 0,0241Quissamã 0,5387 1,0000 0,0774
Rio das Ostras 0,4095 0,7248 0,0943Rio de Janeiro 0,0246 0,0479 0,0013
S.Franc.de Itabapoana 0,0241 0,0419 0,0064S. Gonçalo 0,0075 0,0067 0,0083
S. João da Barra 0,0517 0,0824 0,0210S. João de Meriti 0,0009 0,0000 0,0018
S. Pedro da Aldeia 0,0205 0,0239 0,0171Saquarema 0,0227 0,0337 0,0118Seropédica 0,0154 0,0232 0,0076
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
C3 C3a C3bAngra dos Reis 0,2800 0,3413 0,2187
Araruama 0,0183 0,0000 0,0366Armação dos Búzios 0,0993 0,0000 0,1986
Arraial do Cabo 0,1865 0,0000 0,3730Belford Roxo 0,0341 0,0626 0,0057
Cabo Frio 0,2107 0,2493 0,1721Campos dos Goytacazes 0,0287 0,0000 0,0575
Carapebus 0,0159 0,0000 0,0319Casimiro de Abreu 0,0155 0,0000 0,0311Duque de Caxias 0,0216 0,0323 0,0110
Guapimirim 0,0084 0,0000 0,0168Iguaba Grande 0,0374 0,0000 0,0749
Itaboraí 0,0663 0,1087 0,0239Itaguaí 0,0589 0,0000 0,1179Japeri 0,0000 0,0000 0,0000Macaé 0,0995 0,0000 0,1991Magé 0,5595 1,0000 0,1190
Mangaratiba 0,4995 0,6365 0,3625Maricá 0,0293 0,0000 0,0586
Nilópolis 0,0000 0,0000 0,0000Niterói 0,0775 0,1035 0,0515
Nova Iguaçu 0,1212 0,2375 0,0049Parati 0,4549 0,0000 0,9099
Queimados 0,0009 0,0000 0,0019Quissamã 0,0392 0,0000 0,0785
Rio das Ostras 0,0505 0,0000 0,1011Rio de Janeiro 0,0138 0,0180 0,0096
S.Franc.de Itabapoana 0,5000 0,0000 1,0000S. Gonçalo 0,0723 0,0990 0,0457
S. João da Barra 0,2950 0,0000 0,5900S. João de Meriti 0,0015 0,0000 0,0030
S. Pedro da Aldeia 0,2302 0,3227 0,1377Saquarema 0,0347 0,0000 0,0694Seropédica 0,2259 0,4518 0,0000
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
C4 C4a C4bAngra dos Reis 0,5121 0,0675 0,0918
Araruama 0,4326 0,1576 0,0228Armação dos Búzios 0,9589 0,0821 1,0000
Arraial do Cabo 0,5580 0,0556 0,1716Belford Roxo 0,4173 0,1655 0,0001
Cabo Frio 0,4981 0,0821 0,0784Campos dos Goytacazes 0,0560 1,0000 0,1121
Carapebus 0,8528 0,0000 0,7056Casimiro de Abreu 0,5009 0,0357 0,0375Duque de Caxias 0,4070 0,1894 0,0034
Guapimirim 0,4598 0,0940 0,0137Iguaba Grande 0,4912 0,0635 0,0460
Itaboraí 0,4398 0,1245 0,0041Itaguaí 0,4409 0,1377 0,0196Japeri 0,5277 0,1178 0,1733Macaé 0,4918 0,0596 0,0432Magé 0,4227 0,1589 0,0044
Mangaratiba 0,5128 0,0476 0,0732Maricá 0,4500 0,1099 0,0099
Nilópolis 0,4082 0,1907 0,0072Niterói 0,4615 0,0900 0,0130
Nova Iguaçu 0,4201 0,1629 0,0031Parati 0,6224 0,0768 0,3216
Queimados 0,4073 0,1854 0,0000Quissamã 0,4980 0,0132 0,0092
Rio das Ostras 0,5526 0,0251 0,1303Rio de Janeiro 0,4610 0,0887 0,0108
S.Franc.de Itabapoana 0,4902 0,0357 0,0162S. Gonçalo 0,4107 0,1827 0,0041
S. João da Barra 0,4794 0,0450 0,0039S. João de Meriti 0,4113 0,1854 0,0081
S. Pedro da Aldeia 0,4653 0,1112 0,0418Saquarema 0,4888 0,0754 0,0530Seropédica 0,4740 0,0529 0,0009
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
D D1Angra dos Reis 0,3605 0,3605
Araruama 0,5339 0,5339Armação dos Búzios 0,0197 0,0197
Arraial do Cabo 0,2384 0,2384Belford Roxo 0,4873 0,4873
Cabo Frio 0,1784 0,1784Campos dos Goytacazes 0,4425 0,4425
Carapebus 0,3655 0,3655Casimiro de Abreu 0,6343 0,6343Duque de Caxias 0,3595 0,3595
Guapimirim 0,4017 0,4017Iguaba Grande 0,4391 0,4391
Itaboraí 0,4815 0,4815Itaguaí 0,6143 0,6143Japeri 0,4873 0,4873Macaé 0,4352 0,4352Magé 0,4262 0,4262
Mangaratiba 0,4724 0,4724Maricá 0,5513 0,5513
Nilópolis 0,0015 0,0015Niterói 0,1351 0,1351
Nova Iguaçu 0,3284 0,3284Parati 0,4014 0,4014
Queimados 0,1905 0,1905Quissamã 0,3282 0,3282
Rio das Ostras 0,6206 0,6206Rio de Janeiro 0,6040 0,6040
S.Franc.de Itabapoana 0,0692 0,0692S. Gonçalo 0,3552 0,3552
S. João da Barra 0,0121 0,0121S. João de Meriti 0,2500 0,2500
S. Pedro da Aldeia 0,4962 0,4962Saquarema 0,2979 0,2979Seropédica 0,2834 0,2834
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
D1 D1a D1b D1c D1dAngra dos Reis 0,3605 0,2600 0,1383 0,0440 1,0000
Araruama 0,5339 0,2763 0,8596 0,0000 1,0000Armação dos Búzios 0,0197 0,0000 0,0789 0,0000 0,0000
Arraial do Cabo 0,2384 0,1038 0,1056 0,7442 0,0000Belford Roxo 0,4873 0,2998 0,6496 0,0000 1,0000
Cabo Frio 0,1784 0,1488 0,5649 0,0000 0,0000Campos dos Goytacazes 0,4425 0,1597 0,6103 0,0000 1,0000
Carapebus 0,3655 0,0267 0,4354 0,0000 1,0000Casimiro de Abreu 0,6343 0,8255 0,7118 0,0000 1,0000Duque de Caxias 0,3595 0,1883 0,2499 0,0000 1,0000
Guapimirim 0,4017 0,2921 0,2636 0,0511 1,0000Iguaba Grande 0,4391 0,2174 0,5390 0,0000 1,0000
Itaboraí 0,4815 0,2027 0,7233 0,0000 1,0000Itaguaí 0,6143 0,6214 0,8359 0,0000 1,0000Japeri 0,4873 0,1689 0,7803 0,0000 1,0000Macaé 0,4352 1,0000 0,7411 0,0000 0,0000Magé 0,4262 0,4412 0,2639 0,0000 1,0000
Mangaratiba 0,4724 0,4107 0,1388 0,3403 1,0000Maricá 0,5513 0,4336 0,7717 0,0000 1,0000
Nilópolis 0,0015 0,0000 0,0060 0,0000 0,0000Niterói 0,1351 0,3237 0,0951 0,1216 0,0000
Nova Iguaçu 0,3284 0,1986 0,3235 0,7918 0,0000Parati 0,4014 0,4311 0,1747 0,0000 1,0000
Queimados 0,1905 0,0594 0,7026 0,0000 0,0000Quissamã 0,3282 0,0400 0,2728 0,0000 1,0000
Rio das Ostras 0,6206 0,4826 1,0000 0,0000 1,0000Rio de Janeiro 0,6040 0,3259 0,0901 1,0000 1,0000
S.Franc.de Itabapoana 0,0692 0,0327 0,2443 0,0000 0,0000S. Gonçalo 0,3552 0,1084 0,3075 0,0052 1,0000
S. João da Barra 0,0121 0,0155 0,0332 0,0000 0,0000S. João de Meriti 0,2500 0,0000 0,0000 0,0000 1,0000
S. Pedro da Aldeia 0,4962 0,1956 0,7893 0,0000 1,0000Saquarema 0,2979 0,4093 0,7824 0,0000 0,0000Seropédica 0,2834 0,1826 0,9512 0,0000 0,0000
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
E E1 E2 E3 E4 E5Angra dos Reis 0,3201 0,4665 0,5139 0,4190 0,1908 0,0105
Araruama 0,3103 0,3831 0,5469 0,5026 0,1054 0,0137Armação dos Búzios 0,3387 0,5572 0,6173 0,3223 0,1884 0,0083
Arraial do Cabo 0,2995 0,5223 0,4148 0,3692 0,1659 0,0251Belford Roxo 0,3943 0,4459 0,6190 0,6352 0,2616 0,0098
Cabo Frio 0,2988 0,3635 0,5563 0,4471 0,1067 0,0206Campos dos Goytacazes 0,4456 0,6970 0,7820 0,5025 0,2464 0,0000
Carapebus 0,6382 0,9085 0,5449 0,4041 0,3335 1,0000Casimiro de Abreu 0,3056 0,2165 0,8365 0,2993 0,1617 0,0142Duque de Caxias 0,3524 0,5435 0,4512 0,5503 0,2032 0,0137
Guapimirim 0,3839 0,5788 0,5989 0,6150 0,1190 0,0078Iguaba Grande 0,3226 0,4855 0,5429 0,3521 0,2224 0,0103
Itaboraí 0,4008 0,4522 0,7996 0,6195 0,1169 0,0160Itaguaí 0,2824 0,4036 0,4671 0,3552 0,1750 0,0113Japeri 0,3996 0,5069 0,7401 0,5794 0,1537 0,0179Macaé 0,3010 0,4360 0,4454 0,3646 0,2443 0,0145Magé 0,3902 0,4335 0,7225 0,5598 0,2246 0,0108
Mangaratiba 0,2890 0,2869 0,5516 0,2279 0,3620 0,0165Maricá 0,3094 0,3147 0,6963 0,4148 0,1055 0,0155
Nilópolis 0,3324 0,4280 0,5029 0,3790 0,3321 0,0201Niterói 0,2436 0,1287 0,4131 0,3854 0,2636 0,0273
Nova Iguaçu 0,3652 0,4880 0,5578 0,5999 0,1630 0,0174Parati 0,2675 0,1495 0,5441 0,5094 0,1237 0,0108
Queimados 0,3850 0,5511 0,6520 0,5465 0,1652 0,0100Quissamã 0,2927 0,4219 0,5136 0,5095 0,0033 0,0150
Rio das Ostras 0,3841 0,5350 0,6743 0,3108 0,3935 0,0068Rio de Janeiro 0,2949 0,3652 0,2572 0,4901 0,3387 0,0233
S.Franc.de Itabapoana 0,3844 0,3010 0,7479 0,7796 0,0854 0,0083S. Gonçalo 0,3550 0,4790 0,4999 0,5739 0,2104 0,0120
S. João da Barra 0,3417 0,2953 0,7234 0,5593 0,1228 0,0076S. João de Meriti 0,3732 0,2960 0,5335 0,5604 0,4638 0,0123
S. Pedro da Aldeia 0,2459 0,2040 0,4567 0,4523 0,1080 0,0083Saquarema 0,3259 0,3683 0,6698 0,4634 0,1132 0,0150Seropédica 0,3202 0,5154 0,5320 0,4399 0,1071 0,0068
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
E1 E1a E1b E1c E1dAngra dos Reis 0,4665 0,3898 0,4285 0,0430 0,6413
Araruama 0,3831 0,2457 0,2857 0,0198 0,0440Armação dos Búzios 0,5572 0,3559 0,2857 0,4629 0,4077
Arraial do Cabo 0,5223 0,3474 0,2857 0,3133 0,4090Belford Roxo 0,4459 0,1779 0,1428 0,0030 0,1014
Cabo Frio 0,3635 0,6271 0,5714 0,0811 0,5717Campos dos Goytacazes 0,6970 0,1694 0,1428 0,1003 1,0000
Carapebus 0,9085 0,0593 0,0000 1,0000 0,6936Casimiro de Abreu 0,2165 0,6610 0,7142 0,0530 0,1882Duque de Caxias 0,5435 0,1525 0,1428 0,0273 0,4422
Guapimirim 0,5788 0,0000 0,0000 0,0123 0,3031Iguaba Grande 0,4855 0,6440 0,5714 0,5436 0,6139
Itaboraí 0,4522 0,1525 0,1428 0,0846 0,0197Itaguaí 0,4036 0,2881 0,2857 0,0025 0,1857Japeri 0,5069 0,0338 0,0000 0,0617 0,0000Macaé 0,4360 0,1694 0,1428 0,0565 0,0000Magé 0,4335 0,1779 0,1428 0,0362 0,0185
Mangaratiba 0,2869 0,4237 0,4285 0,0000 0,0000Maricá 0,3147 0,4406 0,4285 0,0119 0,1161
Nilópolis 0,4280 0,1525 0,1428 0,0074 0,0000Niterói 0,1287 1,0000 1,0000 0,2069 0,3082
Nova Iguaçu 0,4880 0,2288 0,1428 0,0175 0,3063Parati 0,1495 0,7033 0,7142 0,0156 0,0000
Queimados 0,5511 0,0000 0,0000 0,0095 0,1952Quissamã 0,4219 0,1694 0,1428 0,0000 0,0000
Rio das Ostras 0,5350 0,2033 0,1428 0,2733 0,2131Rio de Janeiro 0,3652 0,5423 0,5714 0,0790 0,4958
S.Franc.de Itabapoana 0,3010 0,3728 0,4285 0,0053 0,0000S. Gonçalo 0,4790 0,4406 0,4285 0,5415 0,2437
S. João da Barra 0,2953 0,3983 0,4285 0,0081 0,0000S. João de Meriti 0,2960 0,4576 0,4285 0,0149 0,0555
S. Pedro da Aldeia 0,2040 0,6271 0,5714 0,0147 0,0000Saquarema 0,3683 0,3644 0,2857 0,0490 0,0746Seropédica 0,5154 0,1864 0,1428 0,1975 0,1933
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
E2 E2a E2b E2c E2d E2e E2fAngra dos Reis 0,5139 0,6027 0,8835 0,9720 0,0213 0,4088 0,0278
Araruama 0,5469 0,0825 0,8089 0,7849 0,0146 1,0000 0,0273Armação dos Búzios 0,6173 0,0450 0,3582 0,9301 0,0000 0,9491 0,0137
Arraial do Cabo 0,4148 0,7896 0,6869 0,9881 0,0000 1,0000 0,0463Belford Roxo 0,6190 0,6709 0,7277 0,8872 0,0000 0,0000 0,0000
Cabo Frio 0,5563 0,3412 0,5269 0,9454 0,0000 0,8220 0,0264Campos dos Goytacazes 0,7820 0,0060 0,1436 0,1837 0,0800 0,8937 0,0006
Carapebus 0,5449 0,5560 0,3367 0,7829 1,0000 0,0000 0,0545Casimiro de Abreu 0,8365 0,0257 0,0027 0,0000 0,0125 0,9100 0,0301Duque de Caxias 0,4512 0,7078 0,6970 0,8929 0,0000 0,9948 0,0000
Guapimirim 0,5989 0,2658 0,4435 0,7805 0,0000 0,9167 0,0000Iguaba Grande 0,5429 0,1587 0,6827 0,9579 0,0000 0,9431 0,0000
Itaboraí 0,7996 0,3461 0,2158 0,5851 0,0129 0,0422 0,0000Itaguaí 0,4671 0,5124 0,7612 0,8891 0,0000 1,0000 0,0342Japeri 0,7401 0,3424 0,6315 0,5586 0,0000 0,0000 0,0268Macaé 0,4454 0,8368 0,9104 0,9430 0,0185 0,6001 0,0183Magé 0,7225 0,3671 0,4555 0,8409 0,0000 0,0000 0,0011
Mangaratiba 0,5516 0,1807 0,6456 0,8893 0,0000 0,9354 0,0394Maricá 0,6963 0,1190 0,1876 0,7100 0,0153 0,7902 0,0000
Nilópolis 0,5029 1,0000 0,9826 1,0000 0,0000 0,0000 0,0000Niterói 0,4131 0,9186 0,7926 0,9778 0,0000 0,3472 0,4850
Nova Iguaçu 0,5578 0,6442 0,8201 0,8854 0,0013 0,0895 0,2123Parati 0,5441 0,1832 0,7032 0,8227 0,0894 0,9337 0,0030
Queimados 0,6520 0,4317 0,6657 0,8693 0,0000 0,0000 0,1209Quissamã 0,5136 0,2023 0,6479 0,7784 0,2838 1,0000 0,0058
Rio das Ostras 0,6743 0,0312 0,0000 0,9366 0,0000 0,9477 0,0385Rio de Janeiro 0,2572 0,9812 1,0000 0,9987 0,0000 0,4764 1,0000
S.Franc.de Itabapoana 0,7479 0,0000 0,2102 0,3198 0,0300 0,9519 0,0006S. Gonçalo 0,4999 0,5046 0,8145 0,9169 0,0013 0,7042 0,0586
S. João da Barra 0,7234 0,2310 0,6264 0,7581 0,0429 0,0000 0,0009S. João de Meriti 0,5335 0,8383 0,9746 0,9861 0,0000 0,0000 0,0000
S. Pedro da Aldeia 0,4567 0,4952 0,8524 0,9018 0,0000 1,0000 0,0102Saquarema 0,6698 0,1446 0,1922 0,7184 0,0000 0,9241 0,0019Seropédica 0,5320 0,1381 0,8715 0,8002 0,0000 0,9200 0,0782
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
E3 E3a E3b E3c E3dAngra dos Reis 0,4190 0,6326 0,4721 0,4490 0,2298
Araruama 0,5026 0,5469 0,5332 0,3436 0,4342Armação dos Búzios 0,3223 0,6653 0,7593 0,4836 0,1975
Arraial do Cabo 0,3692 0,8040 0,4115 0,4652 0,1575Belford Roxo 0,6352 0,6448 0,0719 0,0000 0,2574
Cabo Frio 0,4471 0,6775 0,4513 0,3174 0,2344Campos dos Goytacazes 0,5025 0,5551 0,3591 0,3585 0,2828
Carapebus 0,4041 0,6204 0,6594 0,6886 0,5849Casimiro de Abreu 0,2993 0,5877 1,0000 0,6257 0,4104Duque de Caxias 0,5503 0,6448 0,2654 0,1132 0,2244
Guapimirim 0,6150 0,5224 0,2347 0,1679 0,3850Iguaba Grande 0,3521 0,6734 0,6318 0,5094 0,2229
Itaboraí 0,6195 0,5265 0,2532 0,1434 0,4012Itaguaí 0,3552 0,7102 0,6616 0,4857 0,2782Japeri 0,5794 0,6040 0,3469 0,1351 0,4035Macaé 0,3646 0,7102 0,5522 0,4521 0,1729Magé 0,5598 0,6040 0,3383 0,1189 0,3005
Mangaratiba 0,2279 0,7102 0,6472 1,0000 0,2690Maricá 0,4148 0,6775 0,5024 0,4293 0,2682
Nilópolis 0,3790 0,8897 0,3414 0,2544 0,0015Niterói 0,3854 1,0000 0,1361 0,3222 0,0000
Nova Iguaçu 0,5999 0,6897 0,0863 0,0367 0,2121Parati 0,5094 0,4571 0,4762 0,5378 0,5088
Queimados 0,5465 0,6122 0,4161 0,1001 0,3143Quissamã 0,5095 0,5306 0,5251 0,4822 0,5757
Rio das Ostras 0,3108 0,6285 0,9140 0,5671 0,3528Rio de Janeiro 0,4901 0,8897 0,0479 0,1504 0,0484
S.Franc.de Itabapoana 0,7796 0,0000 0,4690 0,4127 1,0000S. Gonçalo 0,5739 0,7387 0,0000 0,0926 0,1268
S. João da Barra 0,5593 0,3224 0,4432 0,4416 0,4442S. João de Meriti 0,5604 0,7346 0,0800 0,0367 0,0930
S. Pedro da Aldeia 0,4523 0,6571 0,4925 0,3449 0,3036Saquarema 0,4634 0,5428 0,6255 0,4118 0,4335Seropédica 0,4399 0,6816 0,5056 0,3253 0,2720
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
E4 E4a E4b E4cAngra dos Reis 0,1908 0,0101 0,5101 0,0522
Araruama 0,1054 0,0085 0,1740 0,1338Armação dos Búzios 0,1884 0,0078 0,0647 0,4928
Arraial do Cabo 0,1659 0,0257 0,0890 0,3831Belford Roxo 0,2616 0,4204 0,3582 0,0061
Cabo Frio 0,1067 0,0234 0,1983 0,0986Campos dos Goytacazes 0,2464 0,0062 0,6659 0,0673
Carapebus 0,3335 0,0007 0,0000 1,0000Casimiro de Abreu 0,1617 0,0023 0,0708 0,4122Duque de Caxias 0,2032 0,1279 0,3724 0,1095
Guapimirim 0,1190 0,0070 0,0971 0,2531Iguaba Grande 0,2224 0,0202 0,0587 0,5885
Itaboraí 0,1169 0,0327 0,2408 0,0774Itaguaí 0,1750 0,0218 0,4493 0,0540Japeri 0,1537 0,0764 0,3846 0,0002Macaé 0,2443 0,0070 0,4817 0,2444Magé 0,2246 0,0397 0,5161 0,1182
Mangaratiba 0,3620 0,0039 1,0000 0,0822Maricá 0,1055 0,0148 0,1599 0,1419
Nilópolis 0,3321 0,6287 0,3522 0,0156Niterói 0,2636 0,2753 0,3542 0,1613
Nova Iguaçu 0,1630 0,1162 0,3623 0,0105Parati 0,1237 0,0007 0,0546 0,3159
Queimados 0,1652 0,1216 0,3582 0,0158Quissamã 0,0033 0,0000 0,0101 0,0000
Rio das Ostras 0,3935 0,0109 0,5546 0,6152Rio de Janeiro 0,3387 0,3845 0,3522 0,2794
S.Franc.de Itabapoana 0,0854 0,0015 0,0182 0,2365S. Gonçalo 0,2104 0,2769 0,3542 0,0002
S. João da Barra 0,1228 0,0031 0,0283 0,3370S. João de Meriti 0,4638 1,0000 0,3522 0,0392
S. Pedro da Aldeia 0,1080 0,0132 0,1457 0,1653Saquarema 0,1132 0,0101 0,1376 0,1920Seropédica 0,1071 0,0163 0,1437 0,1613
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
E5 E5aAngra dos Reis 0,0105 0,0105
Araruama 0,0137 0,0137Armação dos Búzios 0,0083 0,0083
Arraial do Cabo 0,0251 0,0251Belford Roxo 0,0098 0,0098
Cabo Frio 0,0206 0,0206Campos dos Goytacazes 0,0000 0,0000
Carapebus 1,0000 1,0000Casimiro de Abreu 0,0142 0,0142Duque de Caxias 0,0137 0,0137
Guapimirim 0,0078 0,0078Iguaba Grande 0,0103 0,0103
Itaboraí 0,0160 0,0160Itaguaí 0,0113 0,0113Japeri 0,0179 0,0179Macaé 0,0145 0,0145Magé 0,0108 0,0108
Mangaratiba 0,0165 0,0165Maricá 0,0155 0,0155
Nilópolis 0,0201 0,0201Niterói 0,0273 0,0273
Nova Iguaçu 0,0174 0,0174Parati 0,0108 0,0108
Queimados 0,0100 0,0100Quissamã 0,0150 0,0150
Rio das Ostras 0,0068 0,0068Rio de Janeiro 0,0233 0,0233
S.Franc.de Itabapoana 0,0083 0,0083S. Gonçalo 0,0120 0,0120
S. João da Barra 0,0076 0,0076S. João de Meriti 0,0123 0,0123
S. Pedro da Aldeia 0,0083 0,0083Saquarema 0,0150 0,0150Seropédica 0,0068 0,0068
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
F F1Angra dos Reis 0,5499 0,5499
Araruama 0,6633 0,6633Armação dos Búzios 0,6512 0,6512
Arraial do Cabo 0,7298 0,7298Belford Roxo 0,5399 0,5399
Cabo Frio 0,6805 0,6805Campos dos Goytacazes 0,3883 0,3883
Carapebus 0,2131 0,2131Casimiro de Abreu 0,6514 0,6514Duque de Caxias 0,6457 0,6457
Guapimirim 0,5474 0,5474Iguaba Grande 0,4284 0,4284
Itaboraí 0,5391 0,5391Itaguaí 0,6711 0,6711Japeri 0,5153 0,5153Macaé 0,7235 0,7235Magé 0,5265 0,5265
Mangaratiba 0,7364 0,7364Maricá 0,6867 0,6867
Nilópolis 0,6987 0,6987Niterói 0,7970 0,7970
Nova Iguaçu 0,5719 0,5719Parati 0,5911 0,5911
Queimados 0,6184 0,6184Quissamã 0,6342 0,6342
Rio das Ostras 0,6237 0,6237Rio de Janeiro 0,6143 0,6143
S.Franc.de Itabapoana 1,0000 1,0000S. Gonçalo 0,6997 0,6997
S. João da Barra 0,5907 0,5907S. João de Meriti 0,5681 0,5681
S. Pedro da Aldeia 0,7211 0,7211Saquarema 0,7005 0,7005Seropédica 0,6112 0,6112
SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
F1 F1a F1b F1c F1d F1eAngra dos Reis 0,5499 0,0704 0,6700 0,6844 0,6667 0,1590
Araruama 0,6633 0,0931 0,6206 0,5980 0,3717 0,0000Armação dos Búzios 0,6512 0,2217 0,5626 0,5295 0,4300 0,0000
Arraial do Cabo 0,7298 0,0337 0,4788 0,3937 0,4444 0,0000Belford Roxo 0,5399 0,1553 0,5846 0,8154 0,7089 0,0360
Cabo Frio 0,6805 0,1388 0,6175 0,5498 0,2910 0,0000Campos dos Goytacazes 0,3883 0,4294 0,5368 0,5647 0,5273 1,0000
Carapebus 0,2131 1,0000 1,0000 0,9942 0,8992 0,0408Casimiro de Abreu 0,6514 0,2761 0,6159 0,3927 0,4582 0,0000Duque de Caxias 0,6457 0,0870 0,6332 0,5273 0,5236 0,0000
Guapimirim 0,5474 0,4858 0,5987 0,5980 0,5802 0,0000Iguaba Grande 0,4284 0,5510 0,6802 0,6265 1,0000 0,0000
Itaboraí 0,5391 0,3053 0,6128 0,8506 0,5354 0,0000Itaguaí 0,6711 0,0740 0,6449 0,5449 0,3804 0,0000Japeri 0,5153 0,2159 0,6614 1,0000 0,5461 0,0000Macaé 0,7235 0,2287 0,5000 0,4496 0,2038 0,0000Magé 0,5265 0,2413 0,6583 0,7034 0,7642 0,0000
Mangaratiba 0,7364 0,2027 0,4960 0,5621 0,0572 0,0000Maricá 0,6867 0,1320 0,5626 0,5828 0,2891 0,0000
Nilópolis 0,6987 0,0728 0,5995 0,4868 0,3470 0,0000Niterói 0,7970 0,0485 0,4427 0,2846 0,2388 0,0004
Nova Iguaçu 0,5719 0,1368 0,6183 0,7556 0,6295 0,0000Parati 0,5911 0,1045 0,6230 0,4902 0,4444 0,3820
Queimados 0,6184 0,2118 0,6144 0,9220 0,1595 0,0000Quissamã 0,6342 0,4082 0,5164 0,4822 0,4222 0,0000
Rio das Ostras 0,6237 0,3084 0,4184 0,3534 0,2014 0,5997Rio de Janeiro 0,6143 0,1107 0,5007 0,3172 0,3420 0,6578
S.Franc.de Itabapoana 1,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000S. Gonçalo 0,6997 0,1514 0,5282 0,3732 0,4364 0,0120
S. João da Barra 0,5907 0,4424 0,6128 0,6550 0,3363 0,0000S. João de Meriti 0,5681 0,0383 0,7147 0,6598 0,7467 0,0000
S. Pedro da Aldeia 0,7211 0,1669 0,4866 0,4634 0,2773 0,0000Saquarema 0,7005 0,1121 0,5564 0,4031 0,4173 0,0086Seropédica 0,6112 0,1415 0,6716 0,6101 0,4449 0,0759