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SOCIOLOGIA JURÍDICA 1
DOCENTE: CAUÊ HAGIO NOGUEIRA LIMA
São Paulo, 01 de Fevereiro de 2012.
Bibliografia básica
Livro Curso de Sociologia Jurídica – autor: Álvaro Gonzaga, Editora RT, 1ª edição
Conteúdo programático
- Introdução à Sociologia Jurídica
Tudo focalizado no Direito
- Problemática social na contemporaneidade
Direito Como Fato Social
Focault
Vigiar e Punir – ler livro inteiro se possível.
Sistema de avaliação
- 1ª prova – valerá 1 ponto. Data: 11/04/2012. Prova dissertativa.
- 2ª prova – teste – valendo 2 pontos. Sobre a matéria do 1º semestre.
- 3ª prova – dissertativa – valendo 7 pontos – faculdade marcará a prova.
Regras
Blog: http://Professornogueira.wordpress.com
Total de 15 aulas
SP. 08/02/2012
AULA 2
Introdução à Sociologia Jurídica
1. Surgimento do termo “Sociologia Jurídica” – 1892 – Dionísio Anzilotti – primeiro livro
que traz o termo Sociologia Jurídica.
Carlo Nardi Grecco – introduz a sociologia jurídica no Brasil em 1907, lança um livro
chamado Sociologia Jurídica.
SOCIOLOGIA JURÍDICA 2
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1922 – Principios da SJ –
Pontes de Miranda -
2. Sociologia Jurídica enquanto disciplina específica
Estuda o efeito da lei na sociedade. Utiliza um método comparativo ou método
sociológico.
Será um sociólogo q vai estudar esse efeito da lei na sociedade.
3. Sociologia do Direito = Sociologia especial => objeto de estudo = experiência jurídica
Dentro da Sociologia há vários ramos para serem estudados. O q vai definir a
Sociologia é o objeto de estudo.
4. Miguel Reale
“Sociologia jurídica é a ciência positiva que procura se valer de rigorosos dados
estatísticos para compreender como as normas jurídicas se expressam efetivamente,
isto é, como experiência humana, com resultados que não raro se mostram bem
diversos do que o esperado pelo legislador.”
5. Objetivo da sociologia Jurídica
Visa a eficácia, a efetividade da norma jurídica. Não está preocupado com a norma em
si. Vai estudar a relação homem X regra e verificar o resultado.
É a ciência q mais contribui para o funcionamento do Direito
6. Sociologia do Direito é diferente de Sociologia no Direito
Disputa acadêmica em relação a termos.
No direito – é uma sociologia com carga jurídica enorme, é uma sociologia ativa,
participativa, interfere no direito; (INTERNO)
Do direito – analise o externo, o q está longe. É uma pseudo-neutralidade, não
interfere no Direito. (EXTERNO)
SOCIOLOGIA JURÍDICA 3
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AULA 3 – 15.02.2012
1. Fato Social
a. Conceito: Toda maneira de agir física ou não suscetível de exercer sobre o
indivíduo uma coerção exterior. É geral na extensão de uma sociedade
apresentando existência própria, independentemente das manifestações
individuais que possa ter. O fato social depende da situação em que acontece,
se o caso for intolerante a sociedade gerará uma coerção exterior (por parte
da sociedade).
2. O Direito Como Fato Social
a. É um sistema de controle social, de diretrizes comportamentais.
b. O Direito é Universal (toda sociedade tem regras).
c. Globalização: sistemas de controle e uniformização.
d. Fórmulas: a eficácia depende da cultura, não funcionam em outros países, pois
a cultura é diferente. Exemplo: Leis internacionais não servem para nós.
e. Regras sociais juridicamente relevantes: são regras sociais que viraram leis,
exemplo: incesto.
f. Regras sociais não relevantes, exemplo0: jogar papel na rua.
3. Direito como Condicionante da realidade social
a. O Direito é o instrumento mais importante na condicionante social? Educação,
religião, família.
b. O Direito baliza o desenvolvimento tecnológico em científico
c. Leis sem eficácia real e com eficácia real: exemplo: uso do cinto de segurança.
Mesmo que perca a eficácia na Lei, o condicionamento de seu uso continua.
d. Função conservadora da ordem social vigente: mantém a situação como está,
só quando aparece um problema em determinada área ou assunto é que
torna-se atitude e começa a mudar a ordem.
4. Mudança Social
Toda modificação observável no tempo e que afeta o funcionamento da
organização social. Ex.: lei do cinto de segurança.
a. Conflito: competição consciente entre indivíduos ou grupos que visa ou
sujeição ou a destruição do rival.
SOCIOLOGIA JURÍDICA 4
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b. Mudança: o Direito é condicionante, mas também é um reflexo das mudanças
da sociedade.
22.02.2012 – CARNAVAL
AULA 4 – 29.02.2012
1. Caminho para anomia
2. Conceito – é a ausência absoluta de qualquer tipo de regramento que controle a
sociedade. O estado de anomia é momentâneo, pontual.
3. Taxa básica de crimes? – para Durkhein, o crime tem uma função social, ou seja,
reafirmar a norma. Passa a ser patologia quando não há a reafirmação da norma,
quando isso acontece há o caminho para anomia.
4. Fatores indicativos
a. Desconhecimento oficial das ocorrências X conhecimento total
Nenhuma sociedade comportaria saber todos os crimes. Ou seja, não
comportaria o conhecimento total de todos os atos criminosos. Não ter o
conhecimento de qualquer ato criminoso tbm é considerado um caminho para
anomia. Tolerância social não é indicativo de anomia e sim de mudança de
comportamento social.
b. Ausência crescente de punições
As transgressões sistemáticas q não são punidas é um indicativo de anomia.
c. Áreas de exclusão
Áreas geográficas de exclusão. Ex.: Bahamas, Caffé Photo, Cracolândia; favelas
dominadas pelo tráfico de droga, pelas milícias, grupos de extermínio.
d. Motim e revolta e insurreições
Pois não tem como punir. Quando se tem esse tipo de revolta é um caminho
muito rápido para a anomia.
e. Crime organizado
Quando vc tem uma organização tamanha impregnada nos sistemas
judiciários, legislativo e executivo.
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5. Anomia = estado da sociedade
A anomia não é um início ou fim, e sim, é um estado. Não é um processo duradouro, é
um processo momentâneo.
6. Validade da norma
Para q não haja anomia vc precisa ter uma norma válida
Legítima (moral, moralidade) e legal (eficaz, eficácia).
7. Sociabilidade Insociável – estudar. Vai cair na prova.
Sistema de contra violência = um sistema tão violento quanto o sistema anterior q ele
quer tomar o lugar.
AULA 5 – 07.03.2012
I. Ideologia
- Tracy – 1801 – atribui a formação originária da formação da Ideologia. Estudo
científico das ideias resultantes da interação entre organismo vivo e natureza, entre o
organismo vivo e meio ambiente.
- Napoleão – torna a ideologia um termo pejorativo. Ele desmoraliza e descaracteriza a
Ideologia. Para ele os defensores da Ideologia eram uma espécie de lunáticos.
- Marx – adota uma concepção bastante negativa. Vai dizer que a Ideologia na
verdade, é uma ilusão, uma falsa consciência, um conjunto de crenças. O cara que tem
uma ideologia vive “no mundo da lua”.
- Mannheim – é o conjunto de concepções, ideias, teorias que se orientam para
estabilização ou legitimação ou reprodução da ordem estabelecida. Utopias são
aquelas ideias, concepções, teorias que aspiram outra realidade, uma relação ainda
inexistente que tem, portanto, uma dimensão crítica ou de negação da ordem social
existente.
Utopia – tentativa de alterar uma norma já estabelecida.
a. Ideologia Total – conjunto de ideias relacionado a posições sociais de grupos
ou classes. (Ideologia conservadora)
b. Ideologia em sentido estrito – é a forma conservadora da ideologia q se opõe à
Utopia. (Ideologia crítica).
SOCIOLOGIA JURÍDICA 6
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Marilena Chauí – tenta popularizar a Filosofia.
A Ideologia tem 3 momentos: ideologia crítica (utopia)
1. Conjunto sistemático de ideias de uma determinada classe em ascensão. Valores,
ideias e ideais diferentes.
2. Ideias e ideais se difundem pela sociedade. Tornam-se senso comum. É um senso
comum contrário à dominação que é colocado.
3. Classe torna-se a parte dominante com suas ideais dominando. Ideologia dominante.
Ciclo vicioso.
Mezarós – as ideologias dominantes da ordem social estabelecidas desfrutam de uma posição
privilegiada em relação à todas as variedades de contra consciência, fazendo valer os
mecanismos auto reprodutivos da sociedade, tendo apoio das principais instituições
econômicas, sociais e políticas.
A ideologia conservadora é a mais fácil de ser mantida, já a ideologia utópica é mais difícil.
O Direito é uma ferramenta da ideologia conservadora, uma ferramenta de manutenção da
ideologia.
AULA 6 – 14.03.2012
1. Ideologia e Direito
a. Ovídio B. da Silva
b. Raymand Boudon – A Ideologia se desenvolve no coração do trabalho
científico.
c. Karl Marx
d. Willis Santiago
e. Jurgen Habermas
2. Poder – Direcionamento, uso da potência.
3. Força – potência canalizada, decisão, execução.
4. Potência – inerente ao ser humano. É uma capacidade para algo.
5. Dominação
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6. Direito – é um conjunto de regras advindas da moral, que visa primordialmente,
repartir, dar a cada um o que lhe é devido. Mas pode ser utilizado como ferramenta de
dominação e controle.
Toda relação humana é uma reação de poder. Não existe uma relação humana sem relação de
poder. Nas relações há um deslocamento do poder, uma hora está de um lado, na outra hora
está do outro lado.
AULA 7 – 21.03.2012
TEXTO EDUCAÇÃO APÓS AUSCHWITZ
01. Adorno
a. Imperativo da escola;
b. Mecanismos – toda uma propaganda feita pelos nazistas.
c. Causas – nacionalismo exacerbado
d. Sanha contra os fracos – não escolhe a esmo;
e. Autonomia – é a força para reflexão, para autodeterminação. Para a não
participação (Kant)
f. Remédio – Educação.
g. Educação – Mas não a educação reprodutiva e, sim, a reflexiva, a educação
para autonomia.
02. Bourdieu
a. Contribuição – Propor interrogar o mundo social em geral e o campo político
em particular à luz do instrumento conceitual chamado Modo de dominação.
b. Modo de dominação – É aquilo que permite a uma ordem social reproduzir-se
no reconhecimento e no desconhecimento da arbitrariedade que a instituiu;
c. Ordem das Coisas – é o padrão imutável oriundo da ideologia dominante. É a
aceitação de um padrão imposto como só ele sendo o correto;
d. Escola:
i. É responsável pela manutenção e pela imposição da ordem das coisas.
É a escola que ensina, que impõe e que é a responsável por manter;
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ii. É responsável por reproduzir as desigualdades sociais, legitimando-as;
iii. Consagra as classificações sociais aparentando equidade e
imparcialidade;
iv. Relação entre nobreza (classe dominante) e a escola.
AULA 8 – 28.03.2012
Análise dos clipes Admirável Chip Novo (Pitty); Another Brick In The Wall (Pink Floyd) e
depoimento da deputada Cidinha Campos.
Admirável Chip Novo (Pitty) – culpa a grande mídia. Os verbos utilizados estão todos no
imperativo. São verbos que denotam ordem.
Another Brick In The Wall (Pink Floyd) – na primeira cena é mostrado o Nazismo. Educação
bancária, humilhação sofrida pelos alunos. A Escola é uma grande fábrica de
comportamentos. Há a homogeneidade da deformação.
Cidinha Campos
AULA 09 – 04.04.2012
PROVA VALENDO 1 PONTO
AULA 10 – 11.04.2012
Focault – Biografia ( 1926 - 1984)
Apesar de ser muito revolucionário, veio de uma família extremamente tradicional, eram
médicos. Conta que quando tinha 10 anos disse aos pais que queria estudar Filosofia,
Artes, História etc. Todos dão risada. Encaram como se fosse piada. A mãe apoia a decisão
de Focault. Ruptura familiar marca a história de Focault.
A área de Ciências Humanas é seu grande interesse, abandona a área de Ciências
Biológicas.
Personalidade – não era uma pessoa comum, agradável, engraçado. Era introspectivo,
agressivo, possuidor de um humor-negro. Era homossexual.
1948 – é internado pela primeira vez, pois tenta o suicídio, por causa de sua baixa
autoestima, da grande pressão psicológica. Tentou o suicídio por diversas vezes.
A partir da internação começa a estudar a estrutura dos hospitais psiquiátricos.
O primeiro livro que escreve chama-se Doença Mental – Psicologia.
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Influências – Platão, Aristóteles, Hegel, Marx, Nietsche (1954).
Em 1946 –
1948 – Filosofia (Sobourne)
1952 – Psicologia
1954 – Escreve o primeiro livro (Doença Mental e Psicologia – aspectos
1961 – História da Loucura
1963 – Nascimento da Clínica
(1ª fase ligada mais à Psicologia)
Em 1965 – vem para o Brasil convidado pelo seu ex-aluno e amigo Lebrun. Faz um ciclo de
palestras. É mais conhecido no Brasil e nos EUA do que na França.
Em 1966 – 2ª fase – escreve a Verdade e as Coisas
Relaciona o Poder e a Punição. Citado em Tropa de Elite.
Escreveu os livros:
1973 – A Verdade e as Formas Jurídicas
1975 – Vigiar e Punir
1976 – História da Sexualidade (não termina o livro).
Morre em decorrência da AIDS.
Método - inova na estrutura, no método. Toda relação humana envolve poder.
Relação de poder e de controle social.
A história é sempre uma reconstrução de um determinado ponto de vista.
Não utiliza o método histórico, e, sim, utiliza o método arqueológico (genealógico).
Uso sacrificial da verdade.
Vigiar e Punir é dividido em 4 partes: I. Suplício; II. Punição; III. Corpos Dóceis (*); IV. Pena,
Prisão.
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São Francisco – no fim da vida mora em São Francisco. Era uma área mais liberal para o
homossexualismo na década de 70 e 80.
Os livros são todos decorrentes de momentos de sua vida.
AULA 11 – 18.04.2012
Focault – Vigiar e Punir
AULA 1
I. Suplício
a. Conceito – é visto no início do século 18 como uma pena. É uma pena que
focaliza o corpo, a destruição do corpo do condenado. Tem que ser uma pena
dolorosa e, sobretudo, bárbara, atroz, brutal e cruel.
b. Por que supliciar? Para servir de exemplo. É uma prevenção geral. A partir da
punição de um, você indica que aquele ato não é aceitável. O suplício busca
mostrar a autoridade do rei, pois o crime era visto como um atentado contra a
vida do rei, do soberano.
c. Por que não supliciar? Barbariza a população, demonstra a frequência do
crime, indica o início da anomia. A punição acaba ultrapassando a barbaridade
do crime cometido (selvageria). A população acaba equiparando o juiz ao
criminoso, ou seja, há uma inversão dos papeis entre quem é ou não o
bandido. O suplício inutiliza o corpo, há a inutilização total do corpo.
d. Critérios – Economia da dor. A arte de reter a vida da dor.
i. Quantidade de suplício que é medida. O sofrimento deve suprir o
crime cometido.
ii. Hierarquia do crime X hierarquia da dor. Correlaciona o crime e a dor.
iii. O suplício tem que ser público, ritualístico, marcante, servir de
exemplo. Tem que acontecer do mesmo modo como ocorreu o crime,
é uma reconstituição.
iv. Reflexo do poder do rei, do soberano. Pois, assim ele consegue
acalmar os ânimos.
e. Processo Inquisitorial
i. Tortura – meio de prova. Não pode matar. Entretanto se o preso
morrer ou não confessar, o carrasco ou a autoridade sofrerão
punições. Era vista como um duelo entre o juiz e o réu.
SOCIOLOGIA JURÍDICA 11
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ii. Suplício – punição. O fim é a morte do condenado. Tem que ser
demorada.
iii. O processo inquisitorial é secreto.
iv. Há a hierarquia entre provas. A melhor era a confissão. A pior era o
testemunho de uma pessoa de baixa classe social, exemplo mendigo.
f. Execução Pública – O próprio condenado contava o crime durante o caminho
até o local onde ocorria o suplício. Tem que reproduzir publicamente a cena da
confissão. Deve relacionar o suplício ao modos operandi do criminoso (ao
crime) tanto quanto possível.
II. Punição
a. Protestos contra o suplício – na segunda metade do século 18 generaliza-se o
descontentamento contra o suplício. A justiça deve punir e não julgar. Tomar
como critério o respeito pela humanidade do indivíduo.
b. Causas – Desenvolvimento econômico; aumento da qualidade de vida;
ilegalidade do Direito passa a ser a ilegalidade do bem.
c. Problemas – a Justiça Penal era irregular. Precária. Não havia pirâmide,
organização do sistema judiciário.
d. Crítica dos reformadores – quem eram os reformadores? Eram os juízes.
Criticam, pois existe uma má economia do poder, por causa do super poder
monárquico. Tolerâncias para determinadas classes sociais (entre o poder das
camadas sociais).
e. Reforma de Direito Criminal – Estratégia de redistribuição de poderes
primitivos. Aumentar o poder do magistrado. Independência do poder de
julgar.
Próxima aula – falar sobre a nova técnica do poder de punir.
AULA 12 – 25.04.2012
II. PUNIÇÃO
1. Técnicas do Poder de Punir (Reformadores);
a. Todo crime é realizado com o intuito de obter uma vantagem. Deve ser um
atalho para se conquistar um objetivo. A pena deve garantir uma desvantagem
maior que a vantagem que o crime proporciona;
SOCIOLOGIA JURÍDICA 12
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b. Regra dos efeitos laterais, ou seja, a regra visa todos os outros criminosos;
c. Certeza perfeita – nenhum crime pode ficar impune;
d. Técnica da verdade comum;
e. Regra da especificação ideal – a lei tem que ser muito precisa, tem que ser
clara.
2. Regras para o funcionamento das penas;
a. A pena tem que ser finita;
b. Tem que atingir a todos, não pode ter exceção;
c. Tem que tornar o malfeitor o inimigo da sociedade.
3. Problemas com a prisão;
4. Função – manipular a sociedade.
III. CORPOS DÓCEIS
1. Dócil é o corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, transformado,
aperfeiçoado. É o corpo-ferramenta;
2. Disciplina – é a arte que atua sobre o corpo, aumentando as habilidades,
aprofundando as sujeições e construindo ao mesmo tempo em que sirva aos dois
objetivos. Como disciplinar:
a. Aspectos espaciais: cerca, deixa de ser indivíduo;
b. Distribuição funcional;
c. Aspectos temporais: controla horário, tempo;
d. Relação Corpo X Objeto.
3. Recursos para o bom adestramento:
a. Vigilância hierárquica – o mais frágil é vigiado pelo seu superior, ou seja, o
operário é vigiado pelo chefe, o chefe é vigiado pelo gerente; o gerente pelo
diretor e assim sucessivamente;
b. Sanção normalizadora – não é punição e nem pena, é uma micropenalidade;
SOCIOLOGIA JURÍDICA 13
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c. Exame – provas, hierarquia mais sanção.
AULA 13 – 02.05.2012
Panótipo – visualização
Produção de informações contínua. Vigilância 24 horas.
A estrutura judiciária é ineficaz.
Sociologia da Administração da Justiça:
1. Surgimento da Sociologia Jurídica – Década de 40. Até então a Sociologia não se
comunicava com o Direito. O Direito era visto como uma ferramenta. Pós Segunda
Guerra Mundial se tem a Sociologia Jurídica como um ramo da Sociologia.
2. Visão Normativa X Visão Institucional e Organizacional – No Brasil predomina a visão
normativa. Damos mais valor à criação da lei do que à aplicação, a operacionalização
da lei. A Visão Normativa prepondera sobre a Visão Institucional e a Visão
Organizacional.
NORMATIZAÇÃO INSTITUCIONAL/ORGANIZACIONAL
Criação da Lei Aplicação e Eficácia da Lei
3. O Direito cria ou impede as mudanças da sociedade? Para Savigny, há uma limitação.
Deve acompanhar. É uma variável dependente. Para Benta, o Direito deve criar essas
modificações, é uma variável independente.
4. Acesso à Justiça: é uma relação entre o processo e a Justiça Social. É um grande
problema no sistema brasileiro.
a. Igualdade
b. Lógica formal X Lógica do Razoável
Lógica Formal Lógica do Razoável
Silogismo. Premissa maior + premissa
menor
Está na lei, mas é razoável? Aplicação de uma
razoabilidade mínima.
SOCIOLOGIA JURÍDICA 14
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c. Questão da demanda: Oferta X Procura. Oferta menor que a procura.
5. Obstáculos ao acesso à Justiça
i. Questão econômica
ii. Questão Social = classe social, ou seja, dependendo da classe o acesso
à Justiça é diferente;
iii. Questão cultural: descrença, desconfiança, experiências ruins e medo
de represálias.
09.05.2012 – SEMANA JURÍDICA
AULA 14 – 16.05.2012
6) Assistência Judicial Gratuita – Defensoria
A defensoria poderia ser uma solução ao acesso á justiça, porém, ainda que a defensoria fosse
efetiva ela só conseguiria resolver os problemas econômicos, os culturais e de ordem social
(conhecimento das pessoas) a defensoria não consegue resolver.
Desde 1950 temos a defensoria, e até hoje não possui a defensoria na justiça do trabalho e
mesmo que fosse perfeita só conseguiria resolver os problemas econômicos.
Críticas:
- demanda extremamente pequena de defensores
- classe desvalorizada
- salário ruim
7) Outro ponto fundamental consiste no recrutamento.
Como que eu seleciono quem irá trabalhar na justiça hoje. Nosso judiciário não tem disciplina,
pois não se consegue aplicar os seus preceitos.
8) Soluções alternativas ou mecanismos resolução alternativo de conflitos não judiciais
Conciliador – pró-ativo (convencer as partes á entrarem no acordo)
SOCIOLOGIA JURÍDICA 15
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Mediador – não vai interferir, ele será neutro.
Arbitragem – no contrato entre as partes é inserido uma cláusula arbitral que havendo conflito
será resolvido por um arbitro X, tendo força de sentença. O benefício é o tempo, pois será
muito mais rápido.
Justiça restaurativa – é um mecanismo judicial alternativo, consiste em penas alternativas no
Brasil, porém em outros países a justiça restaurativa é reparar e restituir o dano.
9) Nova Política Judiciária
1º - Democratização da administração da justiça (CNJ)
- reforma na organização do judiciário
- reformar o processo de recrutamento de magistrados
2º - Informatização
Prova
- Direito e Ideologia (blog – mestrado)
- Formas de reprodução de uma realidade social (adorno)
- Foucault
- Administração da justiça