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Primavera Árabe
O que é?
Não é uma estação do ano ou evento
esportivo, trata-se de movimentos
populares que visam destituir governos
autoritários. Todo o movimento inicia-se
por protestos e manifestações que
ocorreram no Oriente Médio e norte do
continente africano, onde a população foi
para as ruas lutar pela retirada dos
ditadores do poder, que estavam no
poder desses países por décadas.
CaracterísticasTem-se como estopim desse movimento o
episódio envolvendo o jovem Mohamed
Bouazizi, que vivia com sua família através da
venda de frutas e que teve os seus produtos
confiscados pela polícia por se recusar a pagar
propina. Extremamente revoltado com essa
situação, Bouazizi ateou fogo em seu próprio
corpo, marcando um evento que abalou a
população de todo o país e que fomentou a
concretização da revolta popular.Em dezembro
de 2010, na Tunísia, iniciou-se a derrubada do
ditador Zine El Abidini Ben Ali, que pode ser
descrito como início de todo o movimento que
se alastrou para outros países. No total, entre
países que passaram e que ainda estão
passando por suas revoluções, somam-se à
Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen,
Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã.
Características
Se é possível tipificar a Primavera Árabe,
podemos situar ela entre os seguintes pontos:
• Movimentos de caráter laico (inicialmente);
• Liberalizantes;
• Pró-democracia;
• Populares
Causas
•Altos índices de desemprego na
região;
• Crise econômica;
• Pouca ou nenhuma representação
política da população;
• Ditaduras;
• Pouca liberdade de expressão.
As redes sociais e o seu papel
A Primavera Árabe pode se considerado como um movimento realizado em
cima da rede social e não por mensagens em lombos de camelos, como talvez
nossos preconceitos profetizassem. Que as literais revoluções árabes tenham
acontecido em países teoricamente atrasados sob o ponto de vista
tecnológico, as ditaduras sanguinárias dos respectivos regimes talvez
expliquem. Ou justifiquem. A revolução bolchevique, ao contrário do
previsível pelos primeiros marxistas, aconteceu numa Rússia atrasada e não
na Inglaterra, na França ou na Alemanha, onde o capitalismo estava mais
adiantado. No caso dos países árabes, seria de se adivinhar que os jovens
egípcios se organizassem em rede, pela internet, e não os jovens franceses
que anos antes, tentaram atingir o governo conservador de seu país, não pelos
computadores, mas pela queima de automóveis?
Alguns tem se referido à Primavera
Árabe como uma “Revolução 2.0”,
porque:
• Há o uso de redes sociais na
organização dos protestos;
• Facebook;
• Twitter;
• Ocorre a participação da rede de TV
Al Jazeera na cobertura dos
movimentos;
• Tem o uso, pelos regimes em crise,
de sistemas de telefonia celular para a
delação dos envolvidos nos protestos.
Mapas dos países envolvidos o movimento
Mapas dos países envolvidos o movimento
Questão 1
Os protestos nessa revolução iniciaram-se em
janeiro de 2011, com o objetivo de derrubar o
então ditador Hosni Mubarak, o que foi
concretizado em menos de um mês. Os
rebeldes foram profundamente influenciados
por outra revolução realizada em um país
próximo, que derrubou o então ditador Zine El
Abidini Ben Ali, que se encontrava há 24 anos
no poder.
As revoluções a que o texto se refere são,
respectivamente:
a) Revolução dos Clérigos, em Bangladesh, e a
Revolução dos Trópicos, na China.
b) Revolução de Independência da Bósnia e a
Revolta Militar Sérvia.
c) Revolução de Lótus, no Egito, e Revolução
de Jasmim, na Tunísia.
d) Revolução da Síria e Revolução Iraniana.
Resposta Questão 1
Os primeiros protestos, que visaram à
derrubada de Hosni Mubarak, referem-se
à Revolução de Lótus, também chamada de
“Dias de Fúria”, que ocorreu no Egito após a
influência da também bem-sucedida Revolução
de Jasmim, na Tunísia, concluída um mês
antes.
Letra C.
Questão 2
Assinale a alternativa com o nome da primeira
das revoltas que marcaram a Primavera Árabe.
a) Revolução árabe
b) Revolução de Lótus
c) Revolução Líbia
d) Revolução de Jasmim
e) Revolução Palestina
Resposta Questão 2
A primeira revolução que desencadeou as
sequências de eventos que deflagraram a
Primavera Árabe ocorreu na Tunísia e recebeu
o nome deRevolução de Jasmim.
Portanto, letra d.
Questão 3
"Primavera Árabe" precisa ser aposentada
Eu acho que agora é oficial: a "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Não tem nada de
primaveril acontecendo por lá. O mais amplo, mas ainda vagamente esperançoso, "Despertar Árabe"
também já não parece válido, considerando-se tudo o que já foi despertado. E, por isso, o
estrategista Anthony Cordesman provavelmente está certo quando afirma que atualmente é melhor
falar da "Década Árabe" ou do "Quarto de Século Árabe" – um longo período de instabilidade
intranacional e intrarregional, durante o qual a luta tanto pelo futuro do Islã quanto pelo futuro de
cada país árabe se misturou em um "choque dentro de uma civilização" [...].
FRIEDMAN, Thomas L. "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Uol Notícias, 13/04/2013.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/thomas-
friedman/2013/04/13/primavera-arabe-precisa-ser-aposentada.htm
De acordo com a leitura do texto e com os seus conhecimentos sobre o que se denominou por
“Primavera Árabe”, assinale a alternativa incorreta:
a) O autor defende a ideia de que a expressão “Primavera Árabe” não é suficiente para designar as
sucessivas revoltas populares no Oriente Médio em razão do caráter duradouro desses movimentos,
que se estendem por mais tempo do que uma simples estação do ano.
b) A escolha do autor pela expressão “Década Árabe” se deve ao fato de as revoluções da Primavera
Árabe já terem completado dez anos de existência.
c) Ao contrário do que ocorre na Tunísia e no Egito, as revoluções na Líbia e na Síria caracterizam-se
pelo confronto militar entre tropas leais aos regimes e os povos rebeldes.
d) Nem todas as revoluções da Primavera Árabe desejam a deposição dos governantes, a exemplo da
população do Marrocos, que defende apenas a diminuição dos plenos poderes do Rei Mohammed VI.
e) Percebe-se no texto que o autor preconiza a ideia de que a duração das sucessivas revoluções
árabes pode ser maior do que a comunidade internacional imaginava.
Resposta Questão 3
a) Correta – A ideia de “primavera” se faz em razão da rápida duração e conclusão
de uma determinada ação. No caso da “Primavera Árabe”, o período de duração com
certeza é maior e, por isso, outra expressão deve ser escolhida para designar as ondas
de protestos e revoluções que marcam o mundo árabe.
b) Incorreta – As revoluções árabes ainda não completaram 10 anos de existência. A
preferência pela expressão “Década Árabe” se faz pelo fato de tais revoluções serem
características da década de 2010.
c) Correta – Tanto a revolução na Líbia, que derrubou o ditador Muammar Kadhafi,
quanto a onda de protestos na Síria, que luta pela deposição de Bashar al-Assad,
foram marcadas pela ampla repressão do governo e os consequentes conflitos
armados nesses países.
d) Correta – Assim como em outros países, não há a exigência da derrocada do líder
de Estado, mas a diminuição de seus plenos poderes.
e) Correta – O autor enfatiza que as revoluções andam “vagarosamente” e que,
portanto, não podem ser denominadas através das expressões “primavera” e
“despertar”, pois tais nomes referem-se a movimentos mais rápidos e passageiros, o
que não é o caso.
Questão 4
(Enem - 2011)
No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores
contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à
internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia,
esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de
dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em
protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia
e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos,
derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais —
como o Facebook e o Twitter — ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África
a ilhas do Golfo Pérsico.
SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. IstoÉ Internacional. 2
mar. 2011 (adaptado).
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet
permitiu aos jovens árabes:
a) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
b) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
c) manter o distanciamento necessário à sua segurança.
d) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.
e) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.
Resposta Questão 4
Alternativa E
Foi por meio das redes sociais que as principais
mobilizações se manifestaram. A população
jovem, insatisfeita com as condições e
características dos regimes ditatoriais,
organizaram-se utilizando instrumentos de sites
como o Twitter e o Facebook para difundir as
suas insatisfações, marcar datas e organizar os
protestos que culminaram na derrocada das
ditaduras na Tunísia e no Egito.
Questão 5
Relacione as colunas, ligando os ditadores que
foram alvos das revoluções da Primavera Árabe
aos seus respectivos países.
(1) Muammar Kadhafi.
(2) Hosni Mubarak
(3) Ali Abdullah Saleh
(4) Bashar al-Assad
(5) Zine El Abidini Ben Ali.
( ) Iêmen
( ) Tunísia
( ) Líbia
( ) Egito
( ) Síria
Resposta Questão 5
Sequência correta:
(3)
(5)
(1)
(2)
(4)
Referências
Fontes- Brasil Escola; Disponível em:
http://www.brasilescola.com/geografia/primavera-arabe.htm
http://exercicios.brasilescola.com/geografia/exercicios-sobre-
primavera-Arabe.htm
Acesso 16 de outubro de 2013
A primavera árabe- professor Waldines – Geografia
Disponível
em:http://www.colegiocristorei.com.br/2013/pdf/geografia/3ano/P
rimaveraArabe.pdf Acesso 16 de outubro de 2013
Prof. Alan Carlos Ghedini - Inventando História Disponível em:
www.inventandohistoria.com Acesso 16 de outubro de 2013
Até mais!