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Fraudes contra credores1

O que so fraudes contra credores?

Num sentido amplo, uma fraude qualquer crime ou ato ilcito ou de m f para lucro daquele que se utiliza de algum logro ou iluso praticada na vtima como seu mtodo principal. No Brasil, a fraude contra credores regulada pelos artigos 158 a 165, Seo VI, do Cdigo Civil Brasileiro.

Para caracterizar a fraude necessria a combinao:Estado de insolvncia + Prejuzo causado ao credor =

Requisitos para a caracterizao de fraude:Anterioridade do crdito: Os credores, na hora de contratar, devem verificar a existncia de patrimnio garantidor. No podem os credores posteriores pleitear anulao do negcio jurdico, j que ao tempo da celebrao do negcio realizado com o devedor no eram dele credores. (Ver art.158, 2);Eventus damni: o tornar-se insolvente em virtude da alienao do bem de sua propriedade para terceiro. O estado de insolvncia no precisa ser de conhecimento do devedor, objetivo, ou seja, existe ou no, independentemente do conhecimento do insolvente.

Consilium fraudis:O termo significa conluio fraudulento, pois o alienante (devedor) e o adquirente (comprador) tm cincia do prejuzo que causaro ao credor em vista da alienao de bens que garantiriam o adimplemento da obrigao assumida, mas os alienam de m-f visando frustrar o cumprimento (pagamento) do negcio, e por isso se faz necessria a interveno judicial. A boa-f do adquirente impede a caracterizao do consilium fraudis, requisito essencial para ajuizamento da ao paulina.

Agora rezar A So PaulianaAo Paulianano bem uma entidade religiosa, mas uma rezinha sempre bom, talvez a f ajude a combater a m-fe que h nofraudulento, e acelere a o curso da ao.AAo Paulianaconsiste numa ao pessoalmovida por credorescom inteno de anular negcio jurdicofeito por devedores insolventescom bens que seriam usados para pagamento da dvidanuma ao de execuo. Aao paulianapode ser ajuizada sem a necessidade de uma ao de execuo anterior.

Aao pauliana movida contra todos os integrantes do ato fraudulento:* devedor insolvente* pessoa que com ele celebrou o negcio* terceiro adquirente que agiu de m-f.Fundamentando as causas de pedir a Ao Pauliana,Cdigo Civil: Negcios de transmisso gratuita de bens Art 158, 1o Remisso de Dvida Art 158, 2 Contrato oneroso do devedor insolvente Art 159- Quando a insolvncia for notria-Quando houver motivo para ser conhecida do outro contratante Antecipao de pagamento feito a um dos credoresquirografrios, em detrimento das demais Art 162 Outorga de garantia de dvida dada a um dos credores, em detrimento dos demais Art 163

Fraude contra credores Fraude de Execuo

XA garantia do credor em caso de inadimplncia, resume-se no patrimnio do devedor. Art. 591 CPC. Da, o princpio da Responsabilidade Patrimonial.O princpio da Eficcia Jurisdicional entra em cena a partir do instante em que o estado acionado atravs de um processo de execuo.Se aps citado no processo de execuo, o devedor alienar, ou onerar bens, no restando nenhum para garantia do juzo estar caracterizada a fraude de execuo. Art. 593 CPC

Agora, o eventual negcio no agride somenteao crculo potencial de credores. Est em jogoa prpria efetividade jurisdicional do Estado.I- quando sobre os bens alienado pender ao fundada em direito real; II- quando ao tempo da alienao ou onerao corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo a insolvncia. III- nos demais casos expressos em lei.

8FRAUDE CONTRA CREDORESFRAUDE EXECUOVcio social do negcio jurdicoAto atentatrio dignidade e administrao da justiaInexistncia de aoExistncia de aoInstituto do Direito Material (regimentado pelo Cdigo Civil)Instituto do Direito Processual (regimentado pelo Cdigo de Processo Civil)Causa de anulao do atoCausa de Ineficcia do atoExige ao prpria (Ao Pauliana-revocatria)No exige ao prpria (Declara incidental)Consilium fraudisEventus damniX


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