PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Aula 07
Litisconsórcio. Intervenção de terceiros.
Assistência e denunciação da lide.
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Continuação da aula anterior
Modificação da competência territorial
- PRORROGAÇÃO
- DERROGAÇÃO
- CONEXÃO
- CONTINÊNCIA
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A)DERROGAÇÃO
Eleição de foro pelas partes por meio do contrato.
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B) CONEXÃO
Reunião de duas ou mais ações em andamento
para que tenham um julgamento conjunto.
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PARTES DIFERENTES
CAUSA DE PEDIR IGUAL
PEDIDO IGUAL
- CONEXÃO
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CONTINÊNCIA
PARTES IGUAIS
CAUSA DE PEDIR IGUAIS
PEDIDO MAIS ABRANGENTE
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Observação:
Conflito de competência - artigo 66 do Código de
Processo Civil
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Condições da ação
Legitimidade “ad causam”
Interesse de agir
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Elementos da ação
- Partes
- Pedido (Objeto)
- Causa de pedir
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Tipos de sentença
• Condenatória
• Constitutiva (relação jurídica) - constitui ou
desconstitui (formação)
• Declaratória - declara a existência ou a inexistência de
uma relação jurídica
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LITISCONSÓRCIO
Artigos 113 a 118 do Código de Processo Civil
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1. Litisconsórcio
Existência de vários autores ou vários réus em
um único processo.
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2. Tipos de litisconsórcio
Ativo
Passivo LITISCONSÓRCIO
Misto
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Temos ainda o litisconsórcio:
a) Facultativo: acidente de trânsito (empresa e
motorista do ônibus)
b) Necessário: Ação para anular escritura de venda e
compra de imóvel (todos os participantes do
negócio)
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A intervenção de terceiros diz respeito àqueles que
podem ingressar no processo em andamento e que não
figurarão como autor ou réus.
• Fundamentação legal: artigos 119 e 120 do CPC
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As formas de intervenção de terceiros são:
a) Assistência (artigos 119 a 124 do CPC)
b) Denunciação da lide (artigos 125 a 129 do CPC)
c) Chamamento ao processo (artigos 130 a 132 do CPC)
d) Incidente de desconsideração da personalidade
jurídica (artigos 133 a 137 do CPC)
e) “Amicus curiae” (Artigos 138 do Código de Processo
Civil)
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DA ASSISTÊNCIA
(Artigos 119 a 123 do CPC)
A assistência é forma típica de intervenção de
terceiro, porque pressupõe o ingresso no processo de
alguém que até então não figura em um dos polos da
demanda.
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ATENÇÃO
A assistência é sempre voluntária, por isso não se
admite que o juiz determine a intimação, a pedido da
parte, para que terceiro ingresse na ação.
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OBSERVAÇÃO
O terceiro não amplia os objetivos da lide, uma
vez que ele não formula novos pedidos, mas auxilia
uma das partes lograr êxito na demanda.
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Assistência simples
A assistência simples é o mecanismo pelo qual
se admite que um terceiro, que tenha interesse jurídico
em que a sentença seja favorável a uma das partes,
possa requerer o seu ingresso, para auxiliar aquele a
quem deseja que vença.
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Requisito
O terceiro precisa ter interesse jurídico para
intervir no processo. (Cf. art. 119 do CPC)
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O interesse jurídico se caracteriza, quando o
assistente sofrer, mesmo que de forma indireta, os
efeitos da sentença.
Exemplo: Na ação de despejo, o sublocatário tem
interesse jurídico em ingressar na ação.
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Assistência litisconsorcial
A assistência litisconsorcial é uma forma de
intervenção atribuída ao titular ou cotitular da relação
jurídica que está sendo discutida em juízo. (Artigo 124
do CPC)
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ATENÇÃO
A assistência litisconsorcial só existe na esfera da
legitimidade extraordinária, pois só assim é possível que
terceiro seja titular ou cotitular de relação jurídica
discutida em juízo.
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Pode haver assistência litisconsorcial sempre
que houver legitimidade extraordinária: quem pode
ingressar como assistente é o substituído processual.
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Exemplo: condomínio. Se um bem pertence a vários
proprietários, qualquer um deles tem legitimidade para,
isoladamente, propor ação reivindicatória ou
possessória contra aqueles que tenham a coisa
consigo indevidamente. Será legitimado extraordinário
nas demais frações do condomínio.
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O assistente será admitido em qualquer fase do
processo, recebendo o assistente o processo no estado
em que se encontre.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___________
Deixar 10 cm entre o cabeçalho o número do processoo
Autos do Processo n. ________________________
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Nome completo, estado civil [existência de união
estável], profissão, portador da Cédula de Identidade RG n. [...],
devidamente inscrito no CPF/MF n. [...], endereço eletrônico, residente e
domiciliado na Rua [...] n. [...], no bairro de [...], CEP [...], nesta Capital,
vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado e bastante procurador infra-assinado
(Procuração “ad judicia” em anexo), com fundamento nos artigos 121 a
123 do Código de Processo Civil, nos autos da ação em epígrafe,
promovida por [Nome completo] em face de [Nome completo], intervir na
demanda como ASSISTENTE DO RÉU, de acordo com os motivos de
fato e de direito abaixo expostos:
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1. A ação principal versa sobre ação de despejo
cominada com cobrança de alugueres. Segundo consta da inicial, o
assistido não teria pagado os seis últimos meses de alugueres. Agora, o
assistido sofre as consequências da ação judicial de despejo por falta de
pagamento.
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2. O assistente é sublocador do assistido e está
amparado pela 5ª cláusula do contrato de locação que permite ao locador
sublocar o imóvel. Assim, se o locatário for despejado, os reflexos
jurídicos da sentença alcançarão o assistente. Há, portanto, interesse
jurídico em que a sentença seja favorável ao assistido.
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3. Preleciona o art. 119 do CPC que: “Pendendo causa
entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro, juridicamente interessado em
que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo
para assisti-la.” Segundo o teor desse artigo, a assistência é
perfeitamente possível nesta ação, pois o assistente tem interesse jurídico
na demanda, visto que a sentença proferida nestes autos influirá na
relação jurídica o assistente e o adversário do assistido.
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4. Neste sentido, dispõe o aresto abaixo colacionado:
“O instituto da assistência, de acordo com o art. 119 do CPC,
tem lugar quando, pendendo uma causa entre duas ou mais
pessoas, existe interesse jurídico de terceiro em que a
sentença seja favorável a uma delas, ocasião em que poderá
intervir no processo para assisti-la. Há interesse jurídico de
terceiro quando a relação jurídica da qual seja titular possa ser
reflexamente atingida pela sentença que vier a ser proferida
entre assistido e a parte contrária. O interesse meramente
econômico ou moral não enseja a assistência, se não vier
qualificado como interesse também jurídico.” (NERY JUNIOR,
Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo
Civil Comentado e Legislação Extravagante. 9 ed., rev., ampl.,
e atual. – São Paulo : Revista dos Tribunais, 2006, p. 232).
(STJ, REsp 779,775/MT, Rel. Min. Denise Arruda, Primeira
Turma, jul. 10.04.2007, DJ 31.05.2007, p. 347).
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5. Convém observar que o litisconsórcio somente é
autorizado nos casos de sublocação legítima, ou seja, quando esta for
autorizada em contrato prevista nos termos do art. 13 da Lei n. 8.245/91,
para então, conforme estabelece o art. 59, § 2º, admite-se a intervenção
do sublocador no processo como assistente litisconsorcial. Repise-se que
o assistente é sublocatário legítimo, visto que a cláusula 5ª do contrato de
locação permite ao assistido sublocar o imóvel e este imóvel está
sublocado pelo assistente, conferindo-lhe, portanto, legitimidade ativa da
assistência.
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Em face do exposto, requer a Vossa Excelência
que se digne de admitir o requerente como assistente do réu, com os
mesmos direitos e deveres, determinando-se, para tanto, a intimação das
partes, no prazo de 15 (quinze) dias, para que se manifestem a respeito
da nomeação à assistência.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data.
Assinatura, nome e OAB
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DENUNCIAÇÃO DA LIDE
(Artigos 125 a 129 do Código de Processo Civil)
A denunciação da lide chama o denunciado que
mantém vínculo de direito com o denunciante a fim de
responder a garantia do negócio jurídico, se o
denunciante sucumbir à ação judicial que lhe foi
proposta.
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Exemplo: Acidente de trânsito em que há denunciação à
lide da seguradora. Nesse caso, o juiz de direito decidirá
sobre a responsabilidade pelo acidente, e da seguradora
em reembolsar o segurado.
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ATENÇÃO: Na relação de consumo, não há denunciação da
lide (artigo 88 do CDC). Apenas, por exemplo, no caso do
médico que chama à seguradora no processo de erro
médico.
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Art. 125, inc. I, do CPC
É admissível a denunciação da lide, promovida por
qualquer das partes [autor ou réu]:
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a) o alienante imediato [vendedor], ou seja, a pessoa que
transfere para outra pessoa o domínio ou a propriedade
da coisa em um processo em andamento, a fim de que
possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam.
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Ora, a evicção é a perda de um bem pelo
adquirente em consequência da reivindicação feita pelo
verdadeiro dono, e por cujo resguardo é responsável o
alienante, nos contratos bilaterais.
Artigo 477 do Código Civil
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b) àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar,
em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
Exemplos
1. Seguradora (contrato)
2. Empregador que responde por ato indenizatório do empregado
(motorista de ônibus)
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Observação: O direito regressivo será exercido por ação autônoma
quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser
promovida ou não for permitida.
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Denunciação feita pelo autor:
O denunciado assumi a posição de litisconsorte
do denunciante (autor) e acrescentar novos argumentos
à petição inicial, procedendo-se em seguida a citação do
réu.
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Denunciação feita pelo réu:
a) Se o denunciado contestar o pedido formulado pelo
autor, o processo principal continuará contra o
denunciante (réu) e o denunciado.
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b) O denunciante (réu) requer a citação do denunciado
(seguradora) para compor o polo passivo da ação. Se na
denunciação da lide, o denunciado for revel, o
denunciante (réu) pode optar em não mais se defender,
abstendo-se de recorrer, restringindo sua atuação na
ação regressiva contra o denunciado.
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c) Se o denunciado confessar os fatos alegados pelo
autor, na ação principal, o denunciante (réu) poderá
prosseguir com sua defesa, ou aderindo a tal
reconhecimento, requerer apenas a procedência da
ação de regresso.
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Se o denunciante for vencido na ação
principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação
da lide.
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Se o denunciante for vencedor, a ação de
denunciação não terá o seu pedido examinado, sem
prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento
das verbas de sucumbência em favor do denunciado.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____
VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________________
(10 cm)
Autos do Processo n. ____________________
(Dar um espaço)
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Nome e prenome do autor, nacionalidade, estado civil
(a existência de união estável), profissão, portador do RG/SP n.
__________, inscrita no CPF/MF sob nº __________, endereço
eletrônico, residente e domiciliado na Rua ___________ n. ___, bairro
__________, CEP__________, nesta Capital, por intermédio de seu
advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), vem,
mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos
artigos 335 do Código de Processo Civil, combinado com os artigos 125,
incisos II e II e 126 do Código de Processo Civil, nos autos da ação em
epígrafe, que lhe move A, apresentar a CONTESTAÇÃO, de acordo com
os motivos de fato e de direito abaixo articulados:
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I – DOS FATOS
1. O autor da ação principal reivindica o imóvel descrito
na peça exordial, alegando que é injusta a posse do réu, entretanto, razão
não assiste a ele. Segundo consta do documento em anexo, o réu é titular
do domínio sobre imóvel sub judice, uma vez que o adquiriu pelo valor de
R$ [...].
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2. Conforme se pode observar, a escritura pública
lavrada no __ Cartório de Registro de Imóveis da conta que o réu
adquiriu o terreno do Sr. Fulano de Tal no dia ___/___/___. Os
documentos juntados pelo autor dão conta de que ele adquiriu o imóvel
depois do réu. Isso significa que o réu registrou o terreno primeiro do que
o autor.
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3. Ademais, há de se considerar que o réu é proprietário do
imóvel há muitos anos, conforme demonstra a escritura do imóvel em
anexo. Se comparar a assinatura aposta na escritura trazida pelo autor e
no documento do réu, a assinatura da escritura pública do autor é falsa.
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II – DA ARGUIÇÃO DA FALSIDADE DE DOCUMENTO
4. Por esse motivo, entende o réu que se faz necessário
a arguição de falsidade, nos termos do artigo 430, do Código de
Processo Civil que dispõe o seguinte: “A falsidade deve ser suscitada na
contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir
da intimação da juntada do documento aos autos.”
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5. Em razão da arguição da falsidade, o autor deverá ser ouvido
no prazo de 15 (quinze) dias, devendo ser realizado o exame pericial
para comprovar que a assinatura do autor aposta no documento é falsa.
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III – DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE
6. Não obstante às argumentações trazidas pelo réu nesta
contestação, ele deve resguardar-se dos riscos da evicção, utilizando a
denunciação da lide, nos termos dos artigos 125 e 126 do Código de
Processo Civil a fim de pleitear eventual restituição do valor pago,
devidamente atualizada, a favor do Sr. Fulano de tal (qualificação
completa).
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7. Neste caso, o exercício do direito de evicção somente será
possível por meio da denunciação da lide. Há de se considerar que, pelo
artigo 126 do Código de Processo Civil, este momento é oportuno para
denunciar à lide o Sr. Fulano de Tal. Dispõe o mencionado artigo que: “A
citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante
for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo ser
realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131.”
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8. Dessa forma, a denunciação da lide faz-se necessária para
que o denunciante possa ser ressarcido dos prejuízos que se originaram
da evicção. Ora, segundo a jurista Maria Helena Diniz “A evicção se dá
sempre que o adquirente, nos contratos onerosos, perde a coisa, total ou
parcialmente, em razão de sentença judicial. Sua previsão está nos arts.
447/457 do Código Civil de 2002. Para se assegurar da evicção, o
adquirente deve denunciar à lide o alienante, contra ele pedindo
indenização, se vier a perder a coisa (art. 70, I).” (Manual de direito
processual civil: processo de conhecimento. 11. ed. rev. e atual. São
Paulo: Saraiva, 2006, v. 1, p. 98).
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IV – DOS PEDIDOS
A) DA ARGUIÇÃO DE FALSIDADE
Requer a Vossa Excelência que se digne, nos termos
dos artigos 430 a 432 do Código de Processo Civil, determinando a
intimação do autor para que se manifeste no prazo fixado em lei, para,
depois, realizar o exame pericial para declarar a falsidade na assinatura
do autor aposta na escritura pública juntada na inicial.
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B) DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Requer a Vossa Excelência que se digne de acolher a
denunciação da lide, determinando a citação do denunciado, Sr. Fulano
de tal (qualificação completa) a fim de integrar o polo passivo da
demanda, nos termos do artigo 126 do Código de Processo Civil,
salientando que o denunciante não tem interesse na audiência de
conciliação ou mediação, nos termos do artigo 319, inciso VII, do Código
de Processo Civil.
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V - DO PEDIDO FINAL
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que se
digne de julgar procedente os pedidos de arguição de falsidade
documental e da denunciação da lide.
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Requer ainda que Vossa Excelência julgue
improcedente o pedido do autor, condenando-o nas custas, despesas e
honorários advocatícios, devidamente atualizadas.
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Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos
em direito, especialmente, pelo depoimento pessoal do autor, do
denunciado, oitiva de testemunhas, juntada de documentos, elaboração
de laudos periciais e demais provas pertinentes à demanda.
Termos em que
pede deferimento.
Local e data.
Assinatura