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Logística Internacional

•Panorama Internacional

•Estrutura Governamental

•Regimes Aduaneiros

•Planejamento em Comex

•Classificação de Mercadorias

•Formação de preços e INCOTERMS

•Modalidades de Pagamento

•Documentação

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PANORAMA

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ESTRUTURA GOVERNAMENTAL

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Estrutura Administrativa do Comércio Exterior Brasileiro

Presidência da República

Câmara de Comércio Exterior

Ministério de Desenvolvimento

, Indústria e Comércio Exterior

Ministério da Fazenda

Ministério das Relações Exteriores

Ministério da Agricultura

Secretaria de

Comércio Exterior

Banco Central do

Brasil

Banco do Brasil

Secretaria da Receita

Federal

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SECEX

Secretaria de Comércio Exterior

DECEX

Depto. Operações

de Comércio Exterior

DECOM

Depto. Defesa Comercial

DEINT

Depto. Negociações Internacionais

DEPLAC

Depto. Planej. e Desenv. Comércio

Exterior

http://www.desenvolvimento.gov.br

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Balanço de pagamentos

Balanço de pagamentos é um instrumento da contabilidade social referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo. Ele registra o total de dinheiro que entra e sai de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, capital financeiro, bem como transferências comerciais.

É elaborada pelo Banco Central, uma vez que este é o órgão responsável por gerir as reservas do país, sendo apresentada anualmente.

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ESTRUTURA DE UM BALANÇO DE PAGAMENTOS

1 - Balança Comercial ( A - B ) A - Exportações B - Importações

2 - Balança de Serviços *fretes *seguros *viagens internacionais *royalties *remessa de lucros *juros ao exterior *outros serviços ao exterior

3 - Transferências Unilaterais (remessa de residentes no exterior, doações, etc)4 - Transações correntes ( 1 + 2 + 3 )

5 - Movimento de Capitais *amortizações *investimentos *empréstimos *outros

6 - Erros e omissões

7 - Saldo do Balanço de Pagamentos ( 4 + 5 + 6 )

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Regimes Aduaneiros

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Regimes Aduaneiros

• É o conjunto de procedimentos ou regras previstas em lei para efetivar uma importação ou exportação.

• Podem ser: Regimes Aduaneiros Comuns ou Regimes Aduaneiros Especiais.

• REGULAMENTO ADUANEIRO (Decreto n. 4.543/2002) e legislação complementar

http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/secex/opeComExterior/regAduTributos/regAduTributos.php

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Regimes Aduaneiros Especiais

• São regras ou procedimentos que visam regular situações especiais no comércio de importação e exportação em um país.

• Importância: traz vantagens financeiras ou operacionais para as empresas.

• Via de regra, traz vantagens fiscais ao suspender ou impedir a cobrança de tributos.

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Drawback

• Permite a importação de insumos para industrialização de bens destinados à exportação, sem incidência de tributos. Pode ser: – suspensão– restituição – isenção

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Admissão ou franquia temporária

• Permite a entrada de produtos estrangeiros com suspensão de tributos.

• Prazo: 1 ano, prorrogável por mais 1.

Exemplos:– Feiras, congressos e eventos internacionais– Competições ou exposições esportivas– Promoção comercial– Prestação, por técnico estrangeiro, de assistência

técnica a bens importados em virtude de garantia– Outros bens definidos na IN nº 285/2003 da SRF

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Exportação temporária

• Permite a saída e futuro regresso de produtos nacionais ou nacionalizados, não havendo a incidência de impostos.

• Prazo: 1 ano, prorrogável por mais 1.Exemplos: – Feiras, congressos e eventos nacionais– Competições ou exposições esportivas– Promoção comercial– Prestação de assistência técnica a bens exportados

em virtude de garantia– Atividades temporárias de interesse da agropecuária– Outros bens definidos na IN nº 319/2003 da SRF

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Trânsito Aduaneiro

• Permite o transporte de mercadorias de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos.

Exemplo: – Transporte rodoviário de mercadorias do

Uruguai para o Paraguai, passando pelo território brasileiro.

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Entreposto Aduaneiro

• Permite o depósito de mercadorias em local determinado do território aduaneiro, com suspensão de tributos.

• Pode ser direto (produtos discriminados pela SRF) ou indireto (produtos da pauta de importação autorizados pela SRF)

• Prazo: 1 ano prorrogável por até 3.

Exemplo: – Mercadoria acondicionada no Porto de Santos que

aguarda embarque para a Argentina

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Entreposto Industrial

• Permite importar insumos para a industrialização que deverão ser destinadas ao mercado externo, com suspensão de tributos.

• Os produtos industrializados podem ser destinados ao mercado interno desde que haja o recolhimento dos tributos devidos.

Exemplo:– Importação de polipropileno para fabricação e

exportação de sacolas plásticas

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ENTREPOSTO INDUSTRIAL SOB CONTROLE INFORMATIZADO – RECOF

O Regime de entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado (RECOF) é o que permite a empresa importar com suspensão do pagamento de tributos, sob controle aduaneiro informatizado, mercadorias que, depois de submetidas a operação de industrialização, sejam destinadas a exportação.

As operações de industrialização citadas limitam-se às modalidades de montagem, transformação, e beneficiamento, acondicionamento e reacondicionamento.

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Zonas Francas

• Áreas de livre comércio de importação e exportação.

• Há isenção de tributos

• Visa promover o desenvolvimento econômico e social de certas regiões

• Situadas nas imediações de portos marítimos, fluviais ou aéreos

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PLANEJAMENTO EM COMEX

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EXPORTAÇÃO

Envio de mercadorias ao

exterior (venda ao exterior)

Entrada de divisas

(contrapartida)

IMPORTAÇÃO

Saída de divisas

(contrapartida)

Entrada de mercadorias

estrangeiras no país

(compra no exterior)

Nenhum país é auto-suficiente. Todos os países estão subordinados a uma lei econômica, segundo a qual quanto mais desenvolvidos e industrializados forem, maior será sua necessidade de ampliar o relacionamento com os demais países. VANTAGENS COMPETITIVAS

Princípios de Comex

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A Decisão de Exportar

EMPRESA

MERCADO

EXTERNO

MERCADO INTERNO

Novos clientes e mercados Novos produtos, design e embalagem Aumento da produção e produtividade Melhor utilização da capacidade instalada Aprimoramento da qualidade Incorporação de tecnologia Redução de custos de produção Redução da carga tributária Know How internacional Nome e marca globalizados Novas idéias e crescimento empresarial Divisas para o país

POR QUE EXPORTAR??

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PARA ONDE EXPORTAR?EMPRESA EXPORTADORA

PESQUISA DE MERCADO

INFORMAÇÕES DO MERCADO EXTERNO

ESTRATÉGIA DE VENDAS

PREÇO COMPETITIVO QUALIDADE INTERNACIONAL

PRAZO DE ENTREGA ADEQUADO

MERCADO EXTERNO

CONCORRENTES

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Exportação Direta

- Vendedor direto

- Filial de vendas

- Venda por correio

- Consórcio de exportação

- Agente no exterior

- Representante do importador

- Rock Jobbing

- Distribuidor

- Comércio eletrônico

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Exportação Indireta

- Consórcio de exportação

- Venda a empresas comerciais exportadoras ou trading companies

- Venda no mercado interno para outras empresas que, então, exportam por sua conta

- Representantes de compradores externos localizados no mercado interno

- Broker

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PRODUTO

- Especificações técnicas

- Regulamentações do comércio exterior de

cada país (tratamentos administrativos,

restrições sanitárias, leis de proteção ao meio-

ambiente, etc)

- Ajustes ergonômicos

- Influência de condições climáticas

- Adaptabilidade da marca

- Práticas de qualificação

- Embalagem adequada

- Aceitabilidade dos preços de venda

- Assistência técnica pós-venda

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MERCADO

- Macroinformações do país (dados geográficos,

econômicos, sociais e políticos)

- Variações de câmbio e Reservas de divisas

- Intercâmbio com o país exportador

- Estatísticas de importações e principais países de origem

- Alternativas de classificação fiscal (impostos menores)

- Níveis de preços praticados

- Quantidade consumida do produto

- Motivações dos consumidores

- Condições de acesso ao mercado

- Sistemas de distribuição

- Embalagem de transporte (condições de logística, normas

do país)

- Forma de divulgação/comunicação/amostra

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CONCORRÊNCIA

- Fonte inesgotável de informações

- Importância de se conhecer o motivo de êxito

dos principais competidores

- Estratégias utilizadas

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CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS

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É a determinação, em uma tabela

padronizada com códigos, do melhor

enquadramento de uma mercadoria,

dentro das regras estabelecidas, em um

único código dentre os existentes.

Classificação de Mercadorias

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Sistema Harmonizado

• SH é a “linguagem universal do comércio”

• SH é utilizado em 179 países

• SH cobre mais de 98% do comércio mundial

Classificação de Mercadorias

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Classificação de Mercadorias

Composição de um código SH

0207.14Capítulo 2 (Carnes e miudezas, comestíveis)

Posição 0207 (Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105)

- Subposição de 1º nível 0207.1 (De galos e de galinhas)

- - Subposição de 2º nível 0207.14 (Pedaços e miudezas, congelados)

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Classificação de Mercadorias

Composição de um código SH

4407.24Capítulo 44 (Madeira e obras de madeira)

Posição 4407 (Madeira serrada ou fendida longitudinalmente, cortada em folhas ou desenrolada, mesmo aplainada, polida ou unida por malhetes, de espessura superior a 6 mm)

- Subposição de 1º nível 4407.2 (De madeiras tropicais)

- - Subposição de 2º nível 4407.24 (Virola, Mahogany, Imbuia e Balsa)

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Classificação de Mercadorias

Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM

• Tem como base o SH

• Códigos de 8 dígitos

• 6 dígitos SH + 2 dígitos Mercosul

Dois dígitos são acrescentados para atender peculiaridades/interesses do

comércio regional

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0713 Legumes de vagem, secos, em grão, mesmo pelados ou partidos

0713.3 Feijões

0713.33 Feijão Comum (Phaseolus vulgares)

0713.33.1 Preto

0713.33.11 Para Semeadura

0713.33.19 OutrosNCM

SH

Estrutura do código NCM

(NCM = SH + 2 dígitos Mercosul)

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Classificação de Mercadorias

NCM

8703

8703.3

8703.32

8703.32.10

DESCRIÇÃOAUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS E

OUTROS VEÍCULOS . . . - Outros veículos com motor de

pistão, de ignição por compressão (diesel ou semidiesel)

- - De cilindrada superior a 1.500 cm3 mas não superior a 2.500 cm3

Com capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a 6, incluindo o condutor

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Classificação de Mercadorias

Por que classificar as mercadorias?

Simplificação do comércio;

Acompanhamento estatístico;

Controle das importações e exportações;

Cobrança dos direitos aduaneiros e outros

tributos;

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CLASSIFICAÇÃO E MERCADORIAS

A correta classificação na NCM define:

incidência de tributos; acordos internacionais; tratamento administrativo;

Secretaria da Receita Federal – SRF é a responsável pela classificação dos produtos na NCM

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PORTARIASECEX15/2004

17.11.2004

livre

contingenciada

Sujeita a procedimentos

especiais

suspensa

proibida

Tratamento Administrativo

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Formação de preços e Incoterms

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Formação de preços

Preço de Venda da Mercadoria no Mercado INTERNO

P. Int. = CUSTOS TOTAIS + LUCRO + TRIBUTOS

ICMS + PIS + CONFINS + OutrosCustos Industrias

Matéria Prima

Mão de Obra

Custos Ind. de Fab.

Desp. Financeiras

Desd. Administrativas

Desp. de Comercialização

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Preço de Venda da Mercadoria no Mercado EXTERNO

P. Exp. = P. Int. – Tributos – Despesas I + Despesas II

Formação de preços

Observar as condições de venda – INCOTERMShttp://www.aprendendoaexportar.gov.br (Simuladores)

(-) Despesas I(+) Despesas II

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Tratamento Tributário na Exportação

IMPOSTO BENEFÍCIO CONCEDIDO

IPI Não incidência na venda direta ao exterior ou para empresas comerciais exportadoras

ICMS Não incidência na venda e na prestação de serviço no exterior diretamente ou para empresas comerciais exportadoras

I.R. na fonte Alíquota de 0% nos casos de remessas para pagamentos de despesas de promoção, propaganda, pesquisa de mercado, aluguéis e arrendamentos de stands para exposições, comissões pagas a agentes, lucros de descontos de cambiais de exportação

Na exportação existe uma série de incentivos fiscais, destinados a eliminar tributos incidentes sobre os produtos nas operações normais de mercado interno.

** Na Exportação, o Regulamento de IPI e de ICMS permitem aos exportadores manterem e utilizarem os créditos dos impostos pagos nas aquisições de matérias-primas, componentes, material de embalagem, etc.

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IMPOSTO BENEFÍCIO CONCEDIDO

COFINS Exclusão do valor das exportações de mercadorias na base de cálculo

PIS/PASEP Exclusão do valor das exportações de mercadorias nacionais da base de cálculo

IOF Alíquota de 0% nas operações de crédito à exportação e de adiantamento de contrato de câmbio (ACC)

I.E. (Imposto de Exportação)

O I.E. incide somente sobre a exportação de produtos considerados estratégicos para a economia nacional

Ex: Ao açúcar exportado acima das quotas previamente estabelecidas pelo governo, incidirá I.E. de 40%

Calçados femininos, artigos de couro natural e artificial, peles de ovinos, bovinos e equídeos, cacau e derivados.

Tratamento Tributário na Exportação

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INCOTERMS

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EXW (EX WORKS)

- A partir do local de produção (local designado).

- Menor obrigação para o vendedor.

FCA (FREE CARRIER)

- Transportador livre (local designado).

- Vendedor entrega os bens já desembaraçados para exportação ao transportador designado pelo comprador, no local mencionado.

- Qualquer modalidade de transporte.

FAS (FREE ALONGSIDE SHIP)

- Livre no costado do navio (porto de embarque designado)

- Vendedor entrega os bens já desembaraçados no costado do navio, no porto de entrega designado.

INCOTERMS

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FOB (FREE ON BOARD)

- Livre a bordo do navio (porto de embarque designado).

- Vendedor entrega os bens no momento em que os mesmos transpõem a amurada do navio, no porto de embarque designado.

- Transporte marítimo.

CFR (COST AND FREIGHT)

- Custo e frete (porto de destino designado).

- Vendedor entrega os bens no momento em que os mesmos transpõem a amurada do navio no porto de embarque.

- Vendedor deve pagar as despesas e o frete internacional necessários para levar a mercadoria até o porto de destino designado.

- Transporte marítimo.

INCOTERMS

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CIF (COST, INSURANCE AND FREIGHT)

- Custo, seguro e frete (porto de destino designado).

- Vendedor transfere os bens quando os mesmos transpõem a amurada do navio no porto de embarque.

- Vendedor deve pagar os custos, frete internacional e seguro internacional necessários para levar os bens até o porto de destino designado.

- Transporte marítimo.

CPT (CARRIAGE PAID TO)

- Transporte pago até... (local de destino designado).

- Vendedor entrega os bens ao transportador designado, e deve pagar o transporte necessário para levar os bens até o destino combinado.

- Qualquer modalidade de transporte.

INCOTERMS

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CIP (CARRIAGE AND INSURANCE PAID TO)

- Transporte e seguros pagos até... (local de destino designado).

- Vendedor transfere os bens ao transportador designado, porém o vendedor adicionalmente deve pagar as despesas de transporte e seguro necessárias para levar os bens até o local de destino designado.

- Qualquer modalidade de transporte.

DAF (DELIVERED AT FRONTIER)

- Entregue na fronteira (local designado).

- Vendedor entrega os bens quando os mesmos forem disponibilizados para o comprador na chegada do meio de transporte combinado, sem descarregar, porém já desembaraçados, no ponto e local indicados na fronteira (do país de exportação) e antes da fronteira alfandegária do país limítrofe.

INCOTERMS

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DES (DELIVERED EX SHIP)

- Entregue a partir do navio (porto de destino designado).

- Vendedor transfere os bens no porto de destino mencionado, a bordo do navio, sem estarem descarregados e sem estarem desembaraçados para importação.

- Vendedor deve assumir todas as despesas e riscos relacionados com o transporte dos bens até o porto de destino antes de sua chegada neste local.

DEQ (DELIVERED EX QUAY)

- Entregue a partir do cais (porto de destino designado).

- O vendedor transfere os bens ao comprador quando os mesmos forem disponibilizados, sem ter acontecido o desembaraço de importação, no cais do porto de destino designado.

- Transporte marítimo.

INCOTERMS

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DDU (DELIVERED DUTY UNPAID)

- Entregue direitos não pagos (local de destino designado).

- Vendedor transfere os bens ao comprador, sem estarem desembaraçados para importação, no país importador, e sem serem descarregados de qualquer meio de transporte utilizado até o local de destino mencionado.

- Qualquer modalidade de transporte.

DDP (DELIVERED DUTY PAID)

- Entregue direitos pagos (local de destino designado).

- Vendedor transfere os bens ao comprador, já desembaraçados para importação, no país importador, porém sem serem descarregados de qualquer meio de transporte no local de destino mencionado.

- Máxima responsabilidade para o vendedor.

INCOTERMS

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Modalidades de Pagamentos

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•Pagamento Antecipado

•Remessa sem Saque

•Cobrança Documentaria

•Carta de Crédito

•Outros – Consignação, via Cartão de Crédito , paamento em R$, etc.

Modalidades de Pagamentos

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O importador remete previamente o valor da transação, após o que, o exportador providencia a exportação da mercadoria e o envio da respectiva documentação. Do ponto de vista cambial, o exportador deve providenciar, obrigatoriamente, o contrato de câmbio, antes do embarque, junto a um banco, pelo qual receberá reais em troca da moeda estrangeira, cuja conversão é definida pela taxa de câmbio vigente no dia. Esta modalidade de pagamento não é muito freqüente, pois coloca o importador na dependência do exportador.

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O importador recebe diretamente do exportador os documentos de embarque, sem o saque; promove o desembaraço da mercadoria na alfândega e, posteriormente, providencia a remessa da quantia respectiva diretamente para o exportador.

Esta modalidade de pagamento é de alto risco para o exportador, uma vez que, em caso de inadimplência, não há nenhum título de crédito que lhe garanta a possibilidade de protesto e início de ação judicial. No entanto, quando existir confiança entre o comprador e o vendedor, possui algumas vantagens, entre as quais:

•a agilidade na tramitação de documentos; •a isenção ou redução de despesas bancárias

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Cobrança Documentaria

Ao contrário das duas modalidades anteriores, a cobrança documentária é caracterizada pelo manuseio de documentos pelos bancos.

Os bancos intervenientes nesse tipo de operação são meros cobradores internacionais de uma operação de exportação, cuja transação foi fechada diretamente entre o exportador e o importador, não lhes cabendo a responsabilidade quanto ao resultado da cobrança documentária.

O exportador embarca a mercadoria e remete os documentos de embarque a um banco, que os remete para outro banco, na praça do importador, para que sejam apresentados para pagamento (cobrança à vista) ou para aceite e posterior pagamento (cobrança a prazo).

Para que o importador possa desembaraçar a mercadoria na alfândega, ele necessita ter em mãos os documentos apresentados para cobrança. Portanto, após retirar os documentos do banco, pagando à vista ou aceitando (assina, manifestando concordância) a cambial para posterior pagamento, o importador estará apto a liberar a mercadoria.

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Carta de Crédito

A carta de crédito, também conhecida por crédito documentário, é a modalidade de pagamento mais difundida no comércio internacional, pois oferece maiores garantias, tanto para o exportador como para o importador.

É um instrumento emitido por um banco (o banco emissor), a pedido de um cliente (o tomador do crédito). De conformidade com instruções deste, o banco compromete-se a efetuar um pagamento a um terceiro (o beneficiário), contra entrega de documentos estipulados, desde que os termos e condições do crédito sejam cumpridos.

Por termos e condições do crédito, entende-se a concretização da operação de acordo com o combinado, especialmente no que diz respeito aos seguintes itens: valor do crédito, beneficiário e endereço, prazo de validade para embarque da mercadoria, prazo de validade para negociação do crédito, porto de embarque e de destino, discriminação da mercadoria, quantidades, embalagens, permissão ou não para embarques parciais e para transbordo, conhecimento de embarque, faturas, certificados, etc.

A carta de crédito é uma ordem de pagamento condicionada, ou seja, o exportador só terá direito ao recebimento se atender a todas as exigências por ela convencionadas.

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O Pagamento por Carta de Crédito envolve:

• Tomador: o importador que, após as negociações iniciais com o exportador,solicita a abertura da carta de crédito;

• Banco Emissor: emite a carta de crédito conforme solicitação e instrução do importador, exigindo garantias;

• Banco Avisador: aquele que apresenta ao beneficiário o texto da carta de crédito por solicitação do banco emitente;

• Beneficiário: o exportador.

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A Carta de Crédito deve explicitar as formas de pagamento, que poderão ser:

• à vista: se a documentação estiver em ordem, o exportador recebe o pagamentode imediato;

• por aceite de letra de câmbio: o banco sacado dará o aceite e devolverá a letrade câmbio ao exportador, que poderá negociar o seu desconto na rede bancária;

• por diferimento: pagamento efetuado na data designada na carta de crédito;

• Irrevogável: um crédito irrevogável constitui um compromisso firme do banco emitente, desde que os documentos estipulados sejam apresentados e os termos e condições do crédito sejam cumpridos. O seu cancelamento ou sua modificação serão permitidos apenas com a prévia anuência do exportador.

• Transferível: o exportador (beneficiário) poderá transferir o valor ou parte do crédito para outros beneficiários. Para tanto, a carta de crédito deve ser declarada “transferível” de modo expresso.

• Confirmada: a confirmação constitui um compromisso pessoal complementar dado ao beneficiário por um banqueiro de outro banco além do banco emitente. Isto significará um seguro adicional de que será pago o valor correspondente.

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Carta de Crédito

Condições para cumprimento:

- Prazo para embarque: pode prescrever

- Documentos: basicamente a fatura, o conhecimento de embarque (B/L) e apólice de seguro.

- Valor e quantidade

- Portos de origem e destino

- Prazo para negociação

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MODALIDADE AGENTES VANTAGENS DESVANTAGENS

PAGAMENTO ANTECIPADO

Exportador

• Isenção dos custos de cobrança, do risco de insolvência do importador;• Recursos a custo mais baixo;• Isenção de despesas com garantia para captação de ACC.

• Assume o risco de variação cambial;• Variação do custo de matérias primas importadas;• Risco de gravames tributários.

Importador

• Transferência do risco de variação do preço do bem ao exportador;• Garantia de um fornecedor cativo.

• Desencaixe de capital de giro antecipadamente ao embarque do bem; • Assume os riscos políticos/comerciais;• Atrasos por contigenciamento da exportação do produto.

Modalidades de Pagamentos

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MODALIDADE AGENTES VANTAGENS DESVANTAGENS

REMESSA SEM SAQUE

Exportador

• Isenção/redução de despesas bancárias; • Maior agilidade na tramitação de documentos.

• Assume o risco de inadimplência do importador.

Importador

• Isenção de despesas bancárias;• Recebimento de mercadoria sem aceite/pagamento da cambial;• Maior agilidade na tramitação de documentos.

• Risco de extravio de documentação.

Modalidades de Pagamentos

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MODALIDADE AGENTES VANTAGENS DESVANTAGENS

COBRANÇA DOCUMENTÁRIA

Exportador

• Garantia de que a mercadoria só será entregue ao importador, após este aceitar ou pagar o saque.

• Assume o custo bancário da operação; • Assume o risco de inadimplência do importador.

Importador

• Intermediação da operação/tramitação de documentos, via banco, reduzindo-se o risco de extravio.

• Liberação da mercadoria somente após o pagamento/aceite do saque.

Modalidades de Pagamentos

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MODALIDADE AGENTES VANTAGENS DESVANTAGENS

CARTA DE CRÉDITO

Exportador

• Garantia do recebimento do valor da exportação, ao cumprir os termos e condições da carta de crédito.

• Qualquer discrepância da carta de crédito, mesmo que irrelevante, inviabiliza o recebimento das divisas da exportação.

Importador

• Pagamento da operação somente quando cumpridos os termos e condições da carta de crédito.

• Assume o custo real da carta de crédito;• Pagamento da importação, apenas contra os documentos em boa ordem da operação comercial.

Modalidades de Pagamentos

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Documentação

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- Documentos referentes ao exportador- Inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI) da SECEX/MDIC

- Documentos referentes ao Contrato de Exportação- Fatura Pro Forma;- Carta de Crédito;- Letra de Câmbio; e- Contrato de Câmbio.

- Documentos referentes a mercadoriaacompanham todo o processo de traslado da mercadoria:- Registro de Exportação no SISCOMEX;- Registro de Operação de Crédito (RC);- Registro de Venda (RV);- Solicitação de Despacho (SD);-Nota Fiscal;- Conhecimento de Embarque (Bill of Lading);- Fatura Comercial (commercial invoice);-Romaneio (packing list);- Outros documentos: Certificado de Origem, Legalização Consular,Certificado ou Apólice de Seguro, Borderô ou Carta de Entrega.

Classificação dos Documentos

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Para negociação com o potencial importadorFatura Proforma ou Pro Forma Invoice

Controle governamentalRegistro de Exportação - RE

Para fins fiscais e contabeis

-Contrato de Câmbio -Comprovante de Exportação (CE)-Nota Fiscal -Certificado ou Apólice de Seguro -Fatura Proforma ou Pro Forma Invoice –

Para embarque para o exteriorNota Fiscal Registro de Exportação - RE Fatura Comercial (Commercial Invoice)Romaneio de Embarque (Packing List) –-Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill of Lading - B/L)-Conhecimento de Embarque Aéreo (Airway Bill - AWB) -Conhecimento de Transporte Rodoviário (CRT)

Para negociação com o banco- Registro de operação de Crédito - RC-Fatura Comercial (Commercial Invoice)-Conhecimento de Embarque (Bill Of Lading - B/L)-Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill of Lading - B/L) -Conhecimento de Embarque Aéreo (Airway Bill - AWB) -Conhecimento de Transporte Rodoviário (CRT) -Conhecimento de Transporte Ferroviário (TIF/DTA) -Carta de Crédito -Borderô -Certificado ou Apólice de Seguro -Romaneio de Embarque (Packing List) -Contrato de Câmbio -Certificado de Origem

Utilização dos Documentos


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