UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL
KARINA SANTOS OLIVEIRA
ATENDIMENTO DE PACIENTES COM ALTERAÇÃO
PRESSÓRICA PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO
HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO DOMINGOS-BA.
SALVADOR –BAHIA
2010
KARINA SANTOS OLIVEIRA
ATENDIMENTO DE PACIENTES COM ALTERAÇÃO
PRESSÓRICA PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO
HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO DOMINGOS-BA.
Monografia apresentada á Universidade Castelo Branco/
Atualiza associação cultural, como requisito parcial para a
obtenção do título de Especialista em Enfermagem em
Emergência, sob a orientação do Professor Fernando Reis do
Espírito Santo.
SALVADOR –BAHIA
2010
O482a Oliveira, Karina Santos
Atendimento de pacientes com alteração pressorica pela equipe de enfermagem no hospital municipal de São Domingos
BA / Karina Santos Oliveira. – Salvador, 2010.
54f.; 50 cm.
Orientador: Prof. Dr. Fernando Reis do Espírito Santo Monografia (pós-graduação) – Especialização Lato Sensu
em Enfermagem em Emergência, Universidade Castelo Branco, Atualiza Associação Cultural, 2010.
1. Enfermagem em emergência 2. Hipertensão 3. Crise
hipertensiva 4. Pseudocrises I. Espírito Santo, Fernando Reis II. Universidade Castelo Branco II. Atualiza Associação Cultural IV. Título.
CDU 616-083 Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Adriana Sena Gomes CRB 5/ 1568
KARINA SANTOS OLIVEIRA
ATENDIMENTO DE PACIENTES COM ALTERAÇÃO
PRESSÓRICA PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO
HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO DOMINGOS-BA.
Monografia para obtenção do grau de Especialista em Enfermagem em Emergência.
Salvador, de maio de 2010.
EXAMINADOR:
Nome: Fernando Reis do Espírito Santo.
Titulação: Doutor em Educação.
PARECER FINAL:
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AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter fornecido nos momentos de grande dificuldade a calma e tranqüilidade, no
qual necessitava para a conclusão desta monografia.
Ao Hospital de São Domingos que forneceu a possibilidade de realizar em sua instituição a
coleta de dados, que foi importante para o caminhar deste trabalho científico, e a toda equipe
de enfermagem da emergência no qual forneceu o imprescindível para obtenção dos
resultados.
E a todos os profissionais que colaboraram de forma direta e indiretamente para a conclusão
desta monografia.
A minha família que me apoiou em todos os momentos, tendo paciência.
A minha Prima Lúcia Santos, que colaborou no meu caminhar, incentivando a cada momento,
transmitido paciência, coragem e perseverança.
Aos meus amigos, no qual tiveram paciência durante toda a caminhada deste trabalho
científico.
Que bomba potente
Faz o sangue correr
Corre tão apressado
Que não para de correr
Corre, corre sangue em nossas veias
Ele não se cansa de correr,
Pois o coração bate
E não pára de bater
Bate, bate coração
Batendo sem parar
Para a vida continuar
Continua circulando
E aumentando a pressão
Fazendo caminhar na grandiosa circulação
Não se contentando de corre
Termina por existir um novo caminhar
Caminha para completar a pequenina circulação
Circula por nossos órgãos
No vai e vem do agito
Termina completando o seu ciclo.
Karina Santos Oliveira
LISTA DE ABREVIATURAS
PA Pressão Arterial
PAS Pressão Arterial Sistólica
PAD Pressão Arterial Diastólica
HA Hipertensão Arterial
RESUMO
A pressão arterial alta ou a hipertensão arterial constitui um grande problema de saúde em
todo mundo industrializado por causa de sua alta prevalência e suas associações com maior
risco de doença cardiovascular. A HA caracteriza-se como uma patologia no qual poderá
ocasionar o aumento súbito da PA, quando esta não está sendo devidamente controlada,
podendo desencadear outras conseqüências no individuo portador. Sendo assim tal situação
poderá ser classificada como crise hipertensiva ou pseudocrise hipertensiva. A crise
hipertensiva é definida como um aumento grave e rápido da pressão sanguínea que ameaça a
vida do paciente pelo comprometimento da função de órgãos e sistemas vitais num curto
período. As crises hipertensivas podem ser subdivididas em: urgência e emergência
hipertensiva. As urgências hipertensivas são condições clínicas agudas que se caracteriza por
elevação critica da PA, mas não apresenta comprometimento de órgãos-alvo. Já as
emergências hipertensivas necessitam de rápida redução dos níveis pressóricos, pois a um
comprometimento existente de órgãos- alvo e risco iminente de morte. Pseudocrise
hipertensiva é caracterizado por elevação pressórica sem acometimento em orgãos-alvo.
Ocorre devido à hipertensão não controlada e aumento reacional da pressão arterial. Existem
vários fatores que predispõem a crise hipertensiva, tais como: uso incorreto de medicações
prescritas, estresse, interrupção de anti-hipertensivos, alimentação inadequada, dentre outros.
Este estudo tem como objetivo analisar o atendimento de pacientes com alteração pressórica
pela equipe de enfermagem. Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo no Hospital
Municipal de São Domingos, na Cidade de São Domingos-BA, no período de janeiro de
2010, tendo como instrumento de coleta de dados uma entrevista semi-estruturada direcionada
a equipe de enfermagem. Para análise de dados, utilizou-se à técnica de análise de conteúdo.
Como resultado, esta pesquisa, conclui que, inúmeras dificuldades quanto ao emprego da
assistência de enfermagem no atendimento ao paciente portador de alteração pressórica na
emergência, interferindo diretamente na eficácia e qualidade do atendimento. É possível
afirmar, após este estudo que o atendimento da equipe de enfermagem necessita ser
centralizado e focado no processo de enfermagem, colocando em prática todas as suas etapas,
como anamnese, o exame físico, diagnóstico entre outros, citados na pesquisa. É
imprescindível que a equipe de enfermagem constitua um planejamento voltado para o
paciente hipertenso, com o levantamento de todos os dados para que se possa prestar um
atendimento no qual faça jus à gravidade da doença hipertensiva. Entende-se também que o
entrosamento entre profissionais de enfermagem e uma equipe multidisciplinar com
capacitação teórico – científico, representa um papel relevante no seguimento e adesão do
paciente no tratamento e no controle da pressão arterial.
Palavras- chave: hipertensão, crise hipertensiva, pseudocrises, fatores predisponentes,
enfermagem.
ABSTRACT
High blood pressure or hypertension is a major health problem throughout the industrialized
world because of its high prevalence and its association with increased risk of cardiovascular
disease. The HÁ is characterized as a disease in which can cause the sudden increase in PA
when it is not being properly controlled, can trigger other consequences on the individual
Carrier. So this situation can be classified as hypertensive crisis or pseudohypertensive. The
hypertensive crisis is defined as a severe and rapid increase in blood pressure that threatens
the patient's life by compromising the function of vital organs and systems in a short period.
The hypertensive crisis can be subdivided into urgency and hypertensive emergency.
Hypertensive emergencies are acute clinical conditions characterized by rising criticism of the
PA, but has no involvement in target organs. In contrast, hypertensive emergencies require
rapid reduction in blood pressure levels, as an existing commitment of target organs and risk
of imminent death. Pseudohypertensive is characterized by elevated blood pressure with no
involvement in target organs. Occurs due to uncontrolled hypertension and increased blood
pressure reactivity. There are several factors that predispose to hypertensive crisis, such as
misuse of prescribed medications, stress, interruption of antihypertensive drugs, inadequate
diet, among others. This study aims to analyze the treatment of patients with abnormal
pressure by the nursing staff. For this, we performed a qualitative at the Municipal Hospital of
Santo Domingo, in São Domingos, Bahia, between January 2010 and as an instrument of data
collection a semi-structured interview aimed at team nursing. For data analysis, we used the
technique of content analysis. As a result of the research presented, it appears that many
difficulties regarding the use of nursing care in care to patients with abnormal pressure in the
emergency, directly interfering with the efficiency and quality of care. The care of the
nursing staff needs to be centralized and focused on the nursing process, putting into practice
all its stages, such as medical history, physical examination, diagnosis, among others cited in
the survey. It is imperative that the nursing staff constitutes a plan focused on the
hypertensive patient, with the lifting of all data so that we can provide a service on which
does justice to the severity of hypertensive disease. It is understood also that the linkages
between nursing professionals and a multidisciplinary team training - theoretical science,
represents a valuable role in monitoring and patient adherence to treatment and control of
blood pressure.
Keywords: hypertension, hypertensive crisis, pseudoseizures, predisposing factors, nursing.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
13
2 REVISÃO DA LITERATURA 16
2.1 HIPERTENSÃO 16
2.2 CRISE HIPERTENSIVA 17
2.2.1 URGÊNCIAS HIPERTENSIVAS 19
2.2.2 EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS 20
2.3 PSEUDOCRISE HIPERTENSIVA 20
2.4 FISIOPATOLOGIA 21
2.5 FATORES QUE PREDISPÕEM O AUMENTO SÚBITO DA PA 23
2.6 AVALIAÇÃO CLÍNICA 25
2.7 TRATAMENTO 30
2.8 ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL
33
3 METODOLOGIA 35
3.1 TIPO DE PESQUISA 35
3.2 LOCAL DA PESQUISA 35
3.3 SUJEITOS DA PESQUISA 36
3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 36
3.5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
37
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
45
REFERÊNCIAS 46
APÊNDICE A
50
APÊNDICE B 51
1 INTRODUÇÃO
Apresentação do objeto de estudo
A pressão arterial alta ou a hipertensão arterial, segundo Bennett e Goldman (2001), constitui
um grande problema de saúde em todo mundo industrializado por causa de sua alta
prevalência e suas associações com maior risco de doença cardiovascular.
A HA é definida como pressão arterial sistólica (PAS) superior a 140 mmHg e uma pressão
arterial diastólica maior ou igual que 90 mmHg durante um período sustentado, para um
adulto a partir dos 18 anos de idade (ROZMAN, 1999).
A HA caracteriza-se como uma patologia no qual poderá ocasionar o aumento súbito da PA,
quando esta não está sendo devidamente controlada, podendo desencadear outras
conseqüências no individuo portador. Sendo assim tal situação poderá ser classificada como
crise hipertensiva ou pseudocrise hipertensiva.
A crise hipertensiva é definida como um aumento grave e rápido da pressão sanguínea que
ameaça a vida do paciente pelo comprometimento da função de órgãos e sistemas vitais num
curto período (BARBIERI,2002).
As crises hipertensivas podem ser subdivididas em: urgência e emergência hipertensiva.
Durante o atendimento na unidade de emergência, a equipe multiprofissional deverá estar
atenta aos sinais e sintomas do paciente, com a finalidade de distinguir os diferentes tipos de
crise, pois essa diferenciação é de fundamental importância para detectar e prevenir possíveis
seqüelas em órgãos-alvo. Para tanto, o atendimento ao paciente com crise hipertensiva pela
equipe multiprofissional tem por finalidade: evitar erros no diagnóstico e por fim fornecer o
ideal tratamento para a situação patológica descrita.
As urgências hipertensivas são condições clínicas agudas que se caracterizam por elevação
critica da PA, mas não apresentam comprometimento de órgãos-alvo (KNOBEL, 2006). Já as
emergências hipertensivas necessitam de rápida redução dos níveis pressóricos, pois a um
comprometimento existente de órgãos- alvo e risco iminente de morte (PIRES, 2006).
Pseudocrise hipertensiva é caracterizado por elevação pressórica sem acometimento em
orgãos-alvo. Ocorre devido à hipertensão não controlada e aumento reacional da pressão
arterial (NASI, 2005).
Existem vários fatores que predispõem a crise hipertensiva, tais como: uso incorreto de
medicações prescritas, estresse, interrupção de anti-hipertensivos, alimentação inadequada,
dentre outros (V DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2002).
Justificativa
A ideia de realização desse estudo surgiu durante o atendimento voltado para pacientes
hipertensos no PSF e no período de supervisão prática de alunos do Curso Técnico de
Enfermagem, no qual foi observado um grande número de pacientes que procuram as
emergências dos hospitais em decorrências de alteração na pressão arterial. Isso acarreta a
sobrecarga no atendimento tanto em função da alta demanda de pacientes e como pelo alto
custo para o município, pois esse problema pode ser evitado se houver uma melhor qualidade
no tratamento preventivo. Foi notado também nesse período o despreparo dos profissionais de
distinguir as crises hipertensivas, das pseudocrises. Isso gerou a análise de conhecimento
sobre a patologia e do atendimento feito pela equipe aos portadores da hipertensão.
Pergunta de investigação
Como é feito o atendimento de pacientes com alteração pressórica pela equipe de enfermagem
no Hospital Municipal de São Domingos-Ba?
Objetivo
Analisar o atendimento de pacientes com alteração pressórica pela equipe de enfermagem.
Metodologia
Foi realizado um estudo qualitativo no Hospital Municipal de São Domingos, na Cidade de
São Domingos-BA, no período de janeiro de 2010, tendo como instrumento de coleta de
dados uma entrevista semi-estruturada direcionada a equipe de enfermagem. Para análise de
dados, utilizou-se à técnica de análise de conteúdo.
Estrutura do trabalho
Este trabalho está constituído de dois momentos, no qual o 1º momento dá referência ao
referencial teórico, sendo subdividi em tópicos, tais como: Hipertensão, Crise Hipertensiva,
Urgências Hipertensivas, Emergências Hipertensivas, Pseudocrise Hipertensiva,
Fisiopatologia, Fatores que predispõem o aumento súbito da PA, Avaliação clínica,
Tratamento e Abordagem multiprofissional; No 2º momento foi tratado sobre a metodologia,
foram abordados os seguintes tópicos: tipo de pesquisa, local da pesquisa, sujeitos da
pesquisa, instrumento de coleta de dados, análise e discussão dos resultados.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 HIPERTENSÃO
Fazendo um estudo comparativo entre vários estudiosos sobre hipertensão arterial percebe-se
que os autores estudados apresentam pontos de vistas semelhantes e divergentes em alguns
pontos como assim será mostrado a seguir.
A HA é muito freqüente no Brasil, contrariando uma idéia corrente de que seria um problema
somente para os países desenvolvidos (DUNCAN, 1990).
Rozman (1999), define a HA como uma elevação crônica da pressão arterial sistólica e/ou
diastólica, ou seja, PAS igual ou superior a 140 mmHg e PAD igual ou superior a 90 mmHg.
Esses parâmetros são definidos para um adulto a partir de 18 anos de idade. Já Lopez e
Medeiros (2004), complementa dizendo que a HA é estabelecida, cujos os níveis de PA
situam-se entre dois ou mais desvios- padrão acima da média. A PA acima de determinados
limites se associa a elevada incidência de lesão de órgãos alvo, a saber: coração, cérebro, rins,
artérias e retina.
A prevalência de HA aumenta com a idade, sendo assim um problema de saúde extremamente
comum na população geriátrica, acometendo aproximadamente 65% da população na faixa
etária de 65 a 74 anos de idade. Os negros têm maior prevalência de hipertensão do os
brancos (38% versus 29%), e os homens uma prevalência geral mais alta de hipertensão do
que as mulheres (33% versus 27%). A prevalência da HA sistólica isolada aumenta
agudamente com a idade: menos de 5% daqueles com menos de 5 anos), porem ate 22% dos
que tem 80 anos ou mais (GOLDMAN; BENNET, 2001).
Para Lopez e Medeiro (2004), HA não é uma doença e sim um fator de risco de doença
cardiovascular. Esse risco aumenta progressivamente à medida que a PA, tanto a sistólica
quanto a diastólica se eleva.
Segundo a V Diretizes Brasileira de HA (2006) descreve como fatores de risco para HA:
idade, sexo e etnia, fatores socioeconômicos, sal, obesidade, álcool, sedentarismo.
Lopez e Medeiros (2004) complementam dizendo que o fator psicológico, assim como a
eventual presença de outros fatores de risco, como: herança, profissão, tabagismo,
hiperlipidemia, diabetes melito, obesidade, doenças cardiovasculares e renais.
A HA por ser uma patologia que acomete vários indivíduos devido à elevação da pressão
arterial representa um fator de risco significativo para esses pacientes, o que ocasiona custos
médicos e sócio-econômicos elevados. Os pacientes acometidos por essa patologia podem ter
uma vida tranqüila se optarem por mudanças no estilo de vida, hábitos alimentares saudáveis,
adesão ao tratamento prescrito, dentre outros fatores que irão contribuir de maneira benéfica,
a fim de prevenir o aumento súbito da PA.
2.2 CRISE HIPERTENSIVA
Na maioria dos pacientes, a HA pode ser avaliada e tratada de maneira lenta e gradual, no
qual irá reduzir os riscos de condutas inadequadas durante o atendimento mesmo nas unidades
de emergência.
Uma pequena parcela de pacientes hipertensos poderá justificar a adoção de medidas
destinadas a reduzir com rapidez a PA. Para essas circunstâncias tem sido aplicados termos
como crise hipertensiva ou hipertensão crítica (LOPEZ ; MEDEIROS, 2004).
Para Barbieri (2002) a crise hipertensiva é definida como um aumento grave e rápido da
pressão sanguínea que ameaça a vida do paciente pelo comprometimento da função cerebral,
cardiovascular ou renal.
Pires (2002), diz que em indivíduos previamente normotensos, a crise hipertensiva pode
instalar com elevação da PA para níveis 150/100 mmHg.
Myers (2002) complementa dizendo que está condição é definida como hipertensão grave
caracterizada por PA diastólica > 140 mmHg.
Para Pires (2006), o termo crise hipertensiva designa várias situações clínicas, nas quais a
elevação da PAS, geralmente a nível de pressão diastólica superior a 130 mmHg, coloca em
risco a função de órgãos e sistemas vitais num curto período de tempo.
A crise hipertensiva é determinada por uma elevação brusca e acentuada da PA, com
manifestações clínicas variadas, podendo representar séria ameaça a via. Ocorrendo espasmos
arteriolar, acompanhada de arteriolite necrotizante e lesão orgânica secundária (Miller, 1982).
A crise hipertensiva pode ser subdividida em emergência e urgência hipertensiva, nas quais a
urgência hipertensiva é mais comum em uma unidade de pronto atendimento do que a
emergência hipertensiva.
Na urgência hipertensiva, a elevação da PA não acompanha de comprometimento de órgãos-
alvo, enquanto na emergência hipertensiva já existe comprometimento de órgão-alvo (PIRES,
2006).
Vale ressaltar que a maioria das crises hipertensivas decorre do tratamento clínico inadequado
e pode ser prevenida pelo diagnóstico precoce e por terapia adequada.
2.2.1 URGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
Na urgência hipertensiva ocorre uma elevação da PA, em geral pressão diastólica > 120
mmHg, com condições clínica estável (V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
Nesse tipo de hipertensão, a redução da PA pode ser processada mais lentamente facilitando
assim o uso de drogas hipotensoras administrada por via oral, podendo o tratamento ser
conduzido em enfermarias ou mesmo ambulatório (PIRES, 2006).
A elevação da PA avaliada dentro de um contexto clínico, não é indicativo de representar
risco iminente a instalação de disfunção orgânica grave ou piora de lesão no órgão-alvo
previamente existente (LOPEZ; MEDEIROS, 2004).
Knobel (2006) relata que a urgência hipertensiva são condições clínicas agudas, no qual
caracteriza por elevação crítica da PA, mas apresenta comprometimento de órgão- alvo, sendo
tratada com agentes de uso oral e redução da PA em ate 24 horas.
Lopez (2004) classifica a urgência hipertensiva em: hipertensão acelerada ou maligna, efeito
rebote após suspensão de medicação hipotensora, queimaduras extensas, hipertensão em pós-
operatório, pré-operatório em cirurgia de urgência.
Iram Castro (1999), complementa com o infarto cerebral aterotrombótico com hipertensão
grave ou hipertensão rebote após a interrupção abrupta de fármacos.
2.2.2 EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
A emergência hipertensiva, segundo V Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial (2006), é
uma condição em que à elevação crítica da PA com quadro clínico grave, progressiva lesão de
órgãos- alvo e risco de morte, exigindo imediata redução da PA.
Essa situação em que a PA elevada deve ser reduzida de imediato dentro do intervalo de uma
hora, pois o retardo do alcance desse objetivo é causa freqüente de complicações e de óbito
(LOPES E MEDEIROS, 2004).
Castro (1999) diz que esse risco imediato requer hospitalização e redução rápida da pressão
arterial com o uso de fármacos anti-hipertensivos parenterais.
Lopez e Medeiros (2004) enfatizam que é necessário diagnosticar as emergências
hipertensivas de modo adequado, pois a redução imediata da PA é condição primordial para o
êxito do tratamento.
Para Nasi (2005), as emergências hipertensivas são situações em que há dano definido de
órgão-alvo como aneurisma dissecante da aorta, síndrome coronariana aguda, edema agudo de
pulmão e comprometimento de sistema nervoso central (acidente vascular cerebral [AVC] ou
encefalopatia hipertensiva).
2.3 PSEUDOCRISE HIPERTENSIVA
Durante o atendimento de pacientes com alteração dos níveis pressóricos nas emergências,
deverá haver uma cautela para a diferenciação entre crise hipertensiva da pseudocrise
hipertensiva, pois existem diferenças as quais devem ser observadas através do exame físico,
dos sinais e sintomas apresentados, levando em consideração a existência ou não de
comprometimento de órgãos-alvo e o risco eminente de morte.
As pseudocrises hipertensivas caracterizam por elevação da PA sem evidencia de deterioração
de órgãos-alvo (KNOBEL, 2006).
Para Nasi (2005) o enfoque deve ser direcionado essencialmente no sintoma que acompanha a
elevação dos níveis tensionais. A necessidade de observação do paciente na sala de
emergência e a sua liberação dependerão da melhora sintomatológica.
Geralmente a pseudocrise hipertensiva ocorre em hipertensos leves ou moderados não
controlados ou que abandonaram o tratamento e apresentam elevação transitória da PA diante
de algum evento emocional ou doloroso (KNOBEL, 2006).
Para Praxedes ET AL (2001), a existência de pseudocrise hipertensiva dá através da
existência de um aumento acentuado da PA por abandono do tratamento, ansiedade, dor,
desconforto, tais como: cefaléia, enxaqueca, tonturas, dentre outros, pelo qual não há
evidencias de sinais de deterioração rápida de órgãos-alvo nem risco imediato de morte.
2.4 FISIOPATOLOGIA
O sistema cardiovascular é constituído por coração, artérias, capilares, veias e vasos
linfáticos. São elementos envolvidos diretamente na manutenção da pressão arterial.
As funções do coração são bombear o sangue oxigenado para dentro do sistema arterial, o
qual o transporta para as células, e coletar o sangue desoxigenado do sistema venoso e levá-lo
para os pulmões para oxigenação. E a função das artérias, dos capilares, das veias e dos
linfáticos é carregar o sangue para os tecidos e células em todo o corpo (FERNANDES;
DAHER; HANGUI, 2006).
O sistema arterial sistêmico e pulmonar tem como função principal distribuir sangue para os
leitos capilares de todo o corpo. As arteríolas, que são os componentes terminais desse
sistema, são vasos de alta resistência que regulam a distribuição do fluxo para os vasos de alta
resistência que regulam a distribuição do fluxo para os vários leitos capilares. Por causa de
sua elasticidade, a aorta, a artéria pulmonar e seus ramos principais formam um sistema de
canais capaz de manipular um volume considerável (BERNE; LEVY, 2000).
A auto-regulação da circulação mantém a perfusão tecidual constante. Para tanto as arteríolas
reagem com vasoconstrição a elevação da PA. No entanto, diante de elevações abruptas e
críticas da PA, ocorre perda desse mecanismo auto-regulatório com transmissão da PA
elevada aos pequenos vasos, acarretando lesão endotelial com extravasamento de constituintes
plasmáticos para a parede vascular (KNOBEL, 2006).
Na fisiologia da crise hipertensiva as alterações de pressão detectadas parecem ter
inicio com o aumento inadequado dos níveis circulatórios de substancias
vasocontrictoras, como norepinefrina, angiotensina ou a vasopressina, o que
ocasiona a elevação abruptamente da resistência vascular sistêmica. Em
conseqüência forças de cisalhamento desencadeiam dano endotelial, seguida por
deposição de plaquetas e fibrina. Instalam-se alterações anatômicas compatíveis
com necrose fibrinoide arteriolares que determinam perda da auto-regulação
circulatória e isquemia de órgão-alvo (FURTADO; COELHO; NOBRE, 2003).
A crise hipertensiva, geralmente ocorre devido uma súbita elevação da resistência vascular
sistêmica, por aumento de substancias vasoconstritoras como norepinefrina e/ou angiotensina
II (KNOBEL, 2006).
Ocorre lesão das células endoteliais dos órgãos-alvo com deposição de fibrina e plaquetas,
hipertrofia miointimal e perda da auto-regulação de fluxo provocando isquemia (KNOBEL,
2006).
2.5 FATORES QUE PREDISPÕEM O AUMENTO SÚBITO DA PA
Para a V Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial (2006) o aumento súbito da PA está
associada a fatores de risco, tais como: idade, sexo, etnia, fatores sócio-econômicos, sal,
obesidade, álcool, sedentarismo.
A PA aumenta linearmente com a idade. Em indivíduos jovens, a hipertensão decorre
frequentemente apenas da elevação na pressão diastólica, enquanto a partir da sexta década de
vida, o principal componente é a elevação da pressão sistólica.
O risco relativo de desenvolver doença cardiovascular associado ao aumento da PA não
diminui com o avanço da idade e o risco absoluto aumenta marcantemente (V DIRETRIZES
BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
A prevalência global de hipertensão entre homens (26,6%) e mulheres (26,1%) insinua que
sexo não é um fator de risco para hipertensão. Estimativas globais sugerem taxas de
hipertensão mais elevada para os homens até os 50 anos e para as mulheres a partir da sexta
década (V DIRETRIZES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
Para Castro (1999), a hipertensão ocorre mais nos negros (38% dos adultos) que nos brancos
(29%); a mortalidade e a morbidade são maiores nos negros.
A hipertensão é mais prevalente em mulheres afrodecendentes com excesso de risco de
hipertensão de até 130% em relação às mulheres brancas (V DIRETRIZES BRASILEIRA DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
A prevalência da hipertensão diastólica aumenta com a idade, pelo menos até os 55 ou 60
anos. A prevalência de hipertensão sistólica isolada aumenta com a idade pelo menos até os
80 anos, se forem incluídas pessoas com hipertensão diastólica e sistólica isolada, mais de
50% dos negros e brancos acima dos 65 anos de idade apresentarão hipertensão (CASTRO,
1999).
Nível social mais baixo está associado a maior prevalência de hipertensão arterial e de fatores
de risco para elevação da PA, além de maior risco de lesão em órgãos- alvo e eventos
cardiovasculares (V DIRETRIZES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
Já Duncan (1990) contraria dizendo que os indivíduos mais pobres correm, pelo menos, o
risco que os afortunados de desenvolver a doença. Aproximadamente 15% dos gaúchos com
mais de 20 anos são hipertensos, com uma proporção extremamente elevada nas faixas etárias
mais altas.
Para Castro (1999), os fatores ambientais (por exemplo, sódio da dieta, obesidade e estresse)
parecem agir apenas em indivíduos geneticamente suscetíveis. A hipertensão seria o resultado
da interação de fatores genéticos e ambientais; o fator ambiental seria usualmente nutricional
(excesso de sal, calorias, álcool, falta de cálcio e potássio), mas poderia ser também um fator
psicossocial, do tipo tensão emocional; a idéia atual é que esse ultimo fator agiria por meio de
outros fatores nutricionais já comentados ou de uma vida sedentária, como parte de um
desajuste psicossocial.
Duncan (1990) complementa dizendo que na grande maioria das vezes, no entanto não se
isola um fator causal, atribuindo-se pela elevação a uma interação entre predisposição
genética (história familiar de hipertensão) e fatores ambientais, tais como: a excessiva
ingestão de cloreto de sódio, deficiente ingestão de potássio e o excessivo consumo de
bebidas alcoólicas.
Nota-se que durante o atendimento dos pacientes na emergência hospitalar com elevação dos
níveis pressóricos, um fator muito importante no qual ocasiona significativamente o
agravamento da HA é o não uso de medicações de forma adequada, ou seja, os indivíduos não
usam de forma continua as medicações prescritas para a manutenção adequada da PA. Com
isso ocorrem oscilações dos níveis pressóricos.
Havey; Champe; Micek (1998) relatam que o uso incorreto das medicações é a causa mais
comum de falha na terapia da hipertensão, quer seja por razões sócio-econômicas ou outras
razões. Essa forma inadequada de ingesta medicamentosa precipita o aumento abrupto dos
níveis tensionais.
Em um estudo realizado com hipertensos para identificar os motivos que contribuem para que
deixassem de tomar os remédios mostraram os seguintes resultados: em relação aos remédios
(alto custo 89%, tomar várias vezes 67% e efeitos colaterais 36%); em relação as doenças
(desconhecimento da gravidade 50% e ausência de sintomas 36%); em relação ao
conhecimento e crença (só tomam remédio quando a pressão está alta 83%, não cuida da
saúde 80%, esquecem de tomar os remédios 75% e desconhecem a cronicidade 70%)
(PIERIM; MION, 1999).
2.6 AVALIAÇÃO CLÍNICA
A abordagem inicial do paciente com crise hipertensiva compreende a anamnese, obtida do
paciente ou de seus familiares, e o exame físico, através do qual avalia a extensão do
comprometimento dos órgãos- alvo da HA, complementando esta avaliação através do exame
do fundo de olho, hemograma, exame de rotina da urina, radiografia do tórax,
eletrocardiograma e determinação dos níveis plasmáticos de uréia, creatinina e eletrólitos
(PIRES, 2006).
Goldman e Bennett (2001) complementa dizendo que deve a avaliação inicial de
um paciente hipertenso determinar a PA basal, avaliar o grau de acometimento de
órgãos- alvo e a existência ou não de doença cardiovascular concomitante, além de
fazer um rastreamento das causas secundárias de hipertensão, identificar outros
fatores de risco cardiovascular e caracterizar o paciente (sexo, raça, idade, estilo de
vida, doenças concomitantes), para facilitar a escolha da terapia e definir o
prognóstico do paciente.
Uma anamnese cuidadosa e completa deve ser obtida, e um exame físico ser realizado em
todos os pacientes, antes de iniciar a terapia anti-hipertensiva. A anamnese deve focalizar as
causas remediáveis conhecidas de PA alta, a existência ou não de lesão de órgão-alvo, bem
como doença CV, identificação de outros fatores de risco CV ou distúrbios co-mórbidos que
podem afetar o prognostico ou tratamento (GOLDMAN; BENNETT, 2001).
A presença de história familiar de hipertensão, especialmente em familiares diretos (pais e
irmãos), é um indicativo de a hipertensão ser de natureza essencial (DUNCAN, 1990).
A discussão da historia familiar deve incluir a menção de doenças familiares associadas com
hipertensão secundária, tais como doença renal familiar, doença renal policística, câncer
medular da tireóide, feocromocitoma e hiperparatireoidismo (GOLDMAN; BENNETT,
2001).
Para Castro (1999), a história clínica deve ser orientada para identificar: sexo,
idade, raça, condição sócio-econômica, duração da hipertensão, tratamento prévio,
adesão e reações adversas, sintomas sugestivos de isquemia cerebral, miocárdica e
de membros inferiores, dispnéia, edema e perda da visão, história familiar de
hipertensão, acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio, doença renal,
diabete, dislipidemia, morte prematura e súbita, tensão emocional, consumo de sal e
bebidas alcoólicas.
O consumo de bebidas alcoólicas tem sido progressivamente reconhecido como uma causa de
elevação de pressão arterial. É importante estimar a quantidade de ingesta ingeridas por dia,
pois a elevação da pressão arterial parece ocorrer a partir da ingestão diária de 30ml de álcool.
Uma garrafa de cerveja, um copo de vinho ou uma dose de destilados contêm
aproximadamente 25 ml de álcool (DUNCAN, 1990).
A discussão dos hábitos pessoais do paciente deve incluir a atividade física, consumo de
etanol e dieta. Todos os medicamentos atualmente em uso devem ser considerados, em
particular os agentes que podem exacerbar a hipertensão resistente ou antagonizar ou interagir
adversamente com a terapia medicamentosa (GOLDMAN; BENNETT, 2001).
A obtenção de informações sobre os antecedentes pessoais do paciente oferece
elementos valiosos para o diagnostico, tratamento e prognostico. Entre as
informações recolhidas estão as referentes a: doenças capazes de causar hipertensão
arterial; hábitos de vida; perda ou ganho ponderal; uso de medicamentos capazes de
elevar a PA ou interferir no tratamento anti-hipertensivo, tais como:
anticoncepcionais e vasopressores, descongestionantes nasais e medicamentos para
resfriados, esteróides, antiinflamatórios não esteróides, antidepressivos tricíclicos,
anorexígenos inibidores da monoaminoxidose; sobre carga emocional. (LOPEZ;
MEDEIROS, 2004).
A indagação sobre o uso de anticoncepcionais não deve ser esquecida, dada a freqüência
associada entre o seu uso e a elevação de pressão arterial. A história obstétrica deve ser
coletada, assinalando-se a ocorrência de hipertensão durante a gestação (DUNCAN, 1990).
Com freqüência, os pacientes com hipertensão arterial são assintomáticos ate que surjam as
manifestações clinicas decorrentes da lesão dos órgãos-alvo. A cefaléia considerada como
sintoma característico da hipertensão arterial, é indicador pouco especifico e sensível dessa
condição. A cefaléia é o sintoma mais típico da hipertensão arterial na ausência de
complicações. (LOPEZ; MEDEIROS, 2004)
Os sintomas que podem sugerir repercussão da hipertensão devem ser muito bem
caracterizados. Muitos pacientes têm dor no peito, cefaléia e dispnéia, devido a causas que
não a hipertensão e suas conseqüências (DUNCAN, 1990).
A instalação ou o agravamento de HA pode evidenciar a fase acelerada ou maligna. Outros
sintomas popularmente atribuídos à HA,como tonturas, zumbidos, nervosismos, ocorrem com
igual freqüência em pacientes com a PA dentro dos limites classificados como não
aumentados. Muitos pacientes com HA tronam-se sintomáticos quando são informados de que
sua pressão é elevada. (LOPEZ; MEDEIROS, 2004).
A indagação sobre tratamentos prévios justifica-se, pois grande parte dos pacientes já sabe ser
hipertensa. É importante procurar entender a visão que o paciente tem sobre a doença, fato
que, muitas vezes, explica seu comportamento em relação à prescrição médica e a tratamentos
alternativos (DUNCAN, 1990).
Exame físico na HA tem a finalidade de avaliar o estado dos órgãos alvo, além de pesquisar
os fatores etiológicos. (LOPEZ; MEDEIROS, 2004).
O exame físico deve abranger a altura, peso, exame fundoscópico, verificação da
pressão no braço contralateral, um exame cuidadoso do pescoço, abdome e
membros à procura de sopros, avaliação neurológica e, se houver suspeita de
coarctação da aorta, medida da pressão arterial na perna. Os critérios tanto para o
tratamento quanto para o diagnostico são influenciados pela presença de lesão de
órgão-alvo (GOLDMAN; BENNETT, 2001).
O peso e a altura estabelecem o diagnóstico de obesidade, cujo controle é uma das medidas
não farmacológicas de manejo da hipertensão. A medida da razão cintura/quadril é indicada
para avaliar a presença de obesidade abdominal, que é de maior risco (DUNCAN, 1990).
Taxas de pesos mais elevadas, idade avançada e maior utilização de substâncias exógenas que
aumentam a pressão estão relacionadas a uma elevação da prevalência da hipertensão.
A avaliação dos pacientes com hipertensão exige, ao menos, seis meses para caracterização
diagnostica clinica e está necessariamente focada em identificar as causas contribuintes e
secundarias de hipertensão. O tratamento inclui remoção de fatores contribuintes,
gerenciamento apropriado de causas secundárias e uso efetivo de regimes multidrogas
(TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO PACIENTE COM HIPERTENSÃO DE
DIFICIL CONTROLE, 2008).
O coração, submetido à sobre carga de trabalho constituída pela pressão elevada, inicialmente
se hipertrofia; a aterosclerose coronária é muito freqüente nesses pacientes. Transcorrido um
período de sobre carga surgem os sintomas de insuficiência cardíaca, como dispnéia de
esforço, dispnéia paroxística noturna, edema agudo do pulmão e edema generalizado
(LOPEZ; MEDEIROS, 2004).
A aterosclerose coronária, além de favorecer a descompensação cardíaca, causa insuficiência
coronária. Surgem então suas manifestações, como angina de peito, infarto agudo do
miocárdio, arritmias cardíacas e morte súbitas (LOPEZ; MEDEIROS, 2004).
O sistema nervoso central é, com freqüência acometido na hipertensão arterial. A
ocorrência de cefaléia, tontura, visão turva, alterações da personalidade, deficiência
da memória e acidente vascular cerebral – isquêmico e hemorrágico é indicativo
desse sistema. A encefalopatia hipertensiva constituem em uma emergência
médica. Entre seus sintomas estão cefaléia intensa, visão turva, náusea, vômitos,
confusão mental, convulsões, coma. (LOPEZ; MEDEIROS, 2004).
As alterações oculares na hipertensão se manifestam como escotomas, visão borrada e
diminuição da acuidade visual. As lesões renais tanto podem ser causas como conseqüências
da hipertensão arterial. A insuficiência renal pode evolui durante muito tempo assintomática.
(LOPEZ; MEDEIROS, 2004).
Os testes laboratoriais pré-tratamento podem ser restritos aos geralmente realizados
como parte de um exame médico de rotina: hemograma, exame de urina, níveis
séricos de potássio, sódio e creatinina, glicose sanguínea de jejum, níveis de HDL-
colesterol, ECG de 12 derivações. Esses exames ajudam a avaliar a presença e
gravidade de doença de órgão-alvo, bem como outros fatores de risco
cardiovascular, podendo ser usados como dados básicos para a orientação do
tratamento anti-hipertensivo (GOLDMAN; BENNETT, 2001).
ECG e ecocardiograma seriados podem ajudar a avaliar os efeitos da hipertensão e do
tratamento anti-hipertensivo sobre o coração, mas a sua utilidade clínica na abordagem de um
paciente em particular não foi estabelecida (GOLDMAN; BENNETT, 2001).
2.7 TRATAMENTO
O tratamento da HA visa à prevenção primária de doenças cardiovascular e renal, e não
apenas ao controle de sintomas, pois estes estão discutivelmente associados a níveis
pressóricos (DUNCAN, 2004).
A eficiência do tratamento anti-hipertensivo é medida pela diminuição da morbidade e
mortalidade associadas com a elevação crônica da PA (DUNCAN,1990).
O objetivo do tratamento é quebrar o ciclo vicioso resultante da vasoconstrição, por meio da
redução da resistência vascular sistêmica e da PA de forma rápida, porém gradual.
Habitualmente, deve-se atingir redução de aproximadamente 25% da PA média, ou PA
diastólica em torno de 100 a 110 mmHg (KNOBEL, 2006).
Os objetivos pragmáticos do tratamento consistem em reduzir a PA aos valores não-
hipertensivos, com efeitos adversos mínimos ou nulos. O tratamento pode ser medicamentoso
ou não-medicamentoso. Qualquer que seja a opção é especialmente crítico obter a adesão
continuada do paciente às medidas recomendadas. (DUNCAN, 1990).
O beneficio do tratamento somente pode ser aferido por redução de incidência de infarto do
miocárdio, acidente vascular cerebral e outros eventos clinicamente relevantes (DUNCAN,
2004).
O objetivo do tratamento é alcançar e manter cifras abaixo de 140/90mmHg ou mais baixas,
se bem toleradas. Todos os outros fatores de risco para as doenças cardiovasculares devem ser
corrigidos, tratados e controlados. Estes objetivos podem ser alcançados por uma terapia não-
farmacológica (mudança no estilo de vida) e uma terapia farmacológica (CASTRO, 1999).
A redução da PA é certamente o principal mecanismo pelo qual se promove a prevenção de
doenças cardiovascular. Essa redução pode ser obtida com tratamento medicamentoso ou não-
medicamentoso (DUNCAN, 2004).
Uma ampla informação do que é a hipertensão, sua importância, os órgãos que ela pode
comprometer, os riscos que ela causa, a possibilidade de controlá-la e a facilidade e
necessidade de tratá-la aumenta a adesão ao tratamento. O êxito do tratamento depende do
conhecimento que o paciente tiver da hipertensão. Devi-se educar para tratar bem (CASTRO,
1999).
A adesão ao tratamento pode ser definida como o grau de coincidência entre a prescrição e o
comportamento do paciente. Vários são os determinantes da não-adesão ao tratamento (V
DIRETRIES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
Um bom relacionamento com o paciente e o esclarecimento sobre as conseqüências da doença
são úteis para se obter a adesão do tratamento (DUNCAN,1990).
O tratamento de um paciente com hipertensão inclui mudança dos fatores de risco, tratamento
apropriado das causas secundárias e uso de efetivos tratamentos multifármacos. Terapias não-
farmacológicas, tais como: perda de peso, exercício, dieta com redução de sal e moderação na
ingestão de álcool, devem ser encorajados em todos os pacientes (TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO DO PACIENTE COM HIPERTENSÃO DE DIFICIL CONTROLE,
2008).
Além de fatores usuais que dificultam o seguimento de esquemas terapêuticos, como crenças
e fantasias do paciente, efeitos adversos dos fármacos, dificuldades econômicas, inadequação
da relação com o médico, existem aqui dois fatores adicionais característicos: o primeiro é a
usual inexistência de sintomas; o outro é a cronicidade da doença, que exige tratamento
muitas vezes prolongado (DUNCAN,1990).
Fatores relacionados a baixa adesão ao tratamento devem ser avaliados. Análise de
custos e dos efeitos adversos dos medicamentos, números de comprimidos e
objetivos do tratamento podem melhorar a adesão ao tratamento. Equipes
multidisciplinares, incluindo enfermeiras, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos
e treinadores físicos, podem melhorar os resultados do tratamento
(TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO PACIENTE COM HIPERTENSÃO
DE DIFICIL CONTROLE, 2008).
Nas emergências hipertensivas são recomendados anti-hipertensivos parenterais devido à
rapidez na resposta clínica e facilidade na titulação de acordo com a resposta terapêutica. A
escolha do anti-hipertensivo depende da condição associada ou causadora da HA (KNOBEL,
2006).
A emergência hipertensiva exige tratamento imediato e adequado com o objetivo de reduzir
rapidamente as cifras tensionais. Os níveis de redução tensional dependem da causa
determinante ((LOPEZ, 1982).
A monitorização do estado hemodinâmico é importante para adequar o efeito terapêutico e
minimizar as complicações secundárias ao tratamento. Após a estabilização da PA em níveis
apropriados, o tratamento anti-hipertensivo deve ser modificado para a via oral (KNOBEL,
2006).
Na urgência hipertensiva, o objetivo do tratamento é o controle da PA em ate 24 horas com
agentes orais (KNOBEL, 2006).
A elevação da PA não é uma doença e, por isso mesmo, não dá sintomas; é uma perda do
controle do organismo sobre as cifras tencionais; essa perda constitui, ao longo do tempo, um
fator de risco. A elevação da pressão, mesmo leve, tem a tendência, com o passar dos anos, de
lesar os órgãos mais nobres e, assim, comprometê-los seriamente (CASTRO, 1999).
Os percentuais de controle de pressão arterial são muito baixos, apesar das evidencias de que
o tratamento anti-hipertensivo é eficaz em diminuir a morbidade e a mortalidade
cardiovasculares, em razão da baixa adesão ao tratamento (V DIRETRIES BRASILEIRA DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
A relação médico paciente deve ser a base de sustentação para o sucesso do tratamento anti-
hipertensivo. A participação de vários profissionais da área de saúde, com uma abordagem
multidisciplinar ao hipertenso, pode facilitar a adesão ao tratamento e, conseqüentemente,
aumentar o controle (V DIRETRIES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
Não existe cura para a hipertensão, mas a terapia pode modificar sua evolução por meio do
controle da pressão e subseqüente melhora do comprometimento dos órgãos-alvo e do
tratamento de outros fatores de risco (CASTRO, 1999).
Estudos isolados apontam controle de 20% a 40%. A taxa de abandono, grau mais elevado de
falta de adesão, é crescente conforme o tempo decorrido após o inicio da terapêutica (V
DIRETRIES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
2.8 ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL
A necessidade de trabalho multiprofissional nos cuidados com a saúde é reconhecida por
todos e vem sendo incorporada de forma progressiva na prática diária. (V DIRETRIZES
BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
A hipertensão arterial é um excelente modelo para o trabalho de uma equipe
multiprofissional. Por ser uma doença multifatorial, que envolve orientações voltadas para
vários objetivos, terá seu tratamento mais efetivo com apoio de vários profissionais de saúde.
(V DIRETRIZES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
O trabalho da equipe multiprofissional contribuirá para oferecer ao paciente e à comunidade
uma visão mais ampla do problema, dando-lhes conhecimento e motivação para vencer o
desafio e adotar atitudes de mudanças de hábitos de vidas e adesão real ao tratamento
proposto com base no risco cardiovascular global. (V DIRETRIZES BRASILEIRA DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
Os membros de um grupo multiprofissional devem trabalhar de acordo com os limites e
especificidades de sua formação, necessitando conhecer a ação de cada um dos outros
membros. Além disso, cada local de trabalho deve adequar-se à sua realidade. (V
DIRETRIZES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
Ações específicas do enfermeiro: consulta de enfermagem (medida da pressão
arterial, medida de altura e peso, medida da circunferência da cintura e quadril,
calculo de massa corporal, investigação sobre fatores de risco e hábitos de vida,
orientação sobre a doença e o uso regular de medicamentos prescritos pelo medico,
orientações sobre hábitos de vidas pessoais e familiares), acompanhamento do
tratamento dos pacientes hipertensos, encaminhamento ao medico pelo menos duas
vezes ao ano e com maior freqüência nos casos em que a pressão não estiver
devidamente controlada ao na presença de outras intercorrências, administração do
serviço, delegação e supervisão das atividades do técnico/ auxiliar de enfermagem.
(V DIRETRIZES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Este estudo tem uma abordagem qualitativa, cujo interesse é analisar o atendimento de
pacientes com alteração pressórica pela equipe de enfermagem no Hospital Municipal de São
Domingos - BA.
Estudo qualitativo é aquele que possui a facilidade de poder descrever a complexidade de uma
determinada hipótese ou problema, analisar, compreender e classificar processos dinâmicos
experimentados por grupos sociais, por tanto a pesquisa qualitativa tem como objetivo
situações complexas ou estritamente particulares (OLIVEIRA, 1997).
3.2 LOCAL DA PESQUISA
A pesquisa foi realizada na Unidade de Emergência do Hospital Municipal de São Domingos,
localizada na Cidade de São Domingos – BA, Região Sisaleira, a 260 km de Salvador,
possuindo como área 265,38 km², Bioma: caatinga, com uma população segundo o ultimo
senso do IBGE de 9.730 habitantes. Este hospital foi construído visando a atender a
população local, com a finalidade de fornecer atendimento médico para a população sem que
a mesma precise se deslocar para outro município a não ser em situações que requeiram um
atendimento especializado de alta complexidade. Sendo considerado de pequeno porte. Sua
estrutura física é composta por 10 leitos, sala de nebulização, sala de observação, consultório
médico, sala de reanimação, sala de curativo, esterilização, farmácia, posto de enfermagem,
expurgo, banheiros. Atendendo às especialidades de ginecologia, cardiologia, clínica geral,
pediatria, dentre outras.
3.3 SUJEITOS DA PESQUISA
Do quantitativo de 10 profissionais que compõem a equipe de enfermagem (enfermeiros,
técnicos de enfermagem) distribuídos pela emergência da referida instituição, foi utilizada
uma amostra de 6 profissionais da equipe de enfermagem. No qual os outros profissionais
foram desprezados da pesquisa por não comparecerem nos dias da coleta de dados, por
estarem de férias ou de atestado médico.
3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
O período para a coleta de dados foi o mês de janeiro de 2010, tendo sido realizada visitas
semanais nos horários da manhã e da tarde. Como instrumento de pesquisa foi utilizada a
técnica de entrevista semi-estruturada com aplicação de um questionário aberto direcionado
aos profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos de enfermagem), o mesmo contendo
7 (sete) perguntas voltadas para o tema (APÊNDICE C). “Atendimento de pacientes com
alteração pressórica pela equipe de enfermagem no Hospital Municipal de São Domingos-
Ba”, os quais foram preenchidos e recolhidos no mesmo dia da entrega.
A análise foi feita através da técnica de análise de conteúdo que segundo Bardin (1997) apud
(TRIVIÑOS, 1987): Um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando, por
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das mensagens, obterem
indicadores quantitativos ou não, que permitam a inferência de conhecimentos relativos às
condições de produção/ recepção (variáveis inferidas) das mensagens.
Aos dados foram analisados levando em consideração as falas dos entrevistados, comparando-
as de acordo com o referencial teórico pertinente de “Atendimento de pacientes com alteração
pressórica pela equipe de enfermagem no Hospital Municipal de São Domingos”. As falas dos
entrevistados receberam as denominações de acordo com o número arábico (ex: 1, 2, 3...).
Os princípios éticos deste estudo basearam-se na Resolução nº 196/96 sobre pesquisa
envolvendo seres humanos, outorgada pelo Conselho Nacional de Saúde e pelo Decreto nº
93.933 de 14 de janeiro de 1987, que visa assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à
comunidade cientifica, sujeitos da pesquisa.
A entrada na instituição ocorreu mediante a apresentação do projeto de pesquisa, seguindo do
termo de consentimento livre e esclarecido pra a instituição (APÊNDICE A).
Para a coleta de dados foi solicitada a assinatura do Termo de Consentimento livre e
esclarecido para a equipe de enfermagem que constituíram a população em estudo
(APÊNDICE B), aos quais, foram apresentados o objetivo e o procedimento metodológico,
enfatizando-se a liberdade para participar do estudo com ausência de qualquer ônus e com
plena garantia de anonimato, de modo que se sentissem seguros para contribuir com o
andamento da pesquisa.
3.5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A HA é muito freqüente no nosso país, acometendo vários indivíduos. Essa patologia possui
índices elevados de morbidade e mortalidade em decorrência de suas complicações, pois a
maioria dos indivíduos acometidos apresenta fatores de risco que agravam a saúde do mesmo.
A HA pode ser controlada através de condutas adequadas estabelecidas por uma equipe
multiprofissional que irá realizar uma avaliação clinica individual em cada paciente com a
finalidade de determinar uma conduta condizente para cada situação.
É importante salientar que para estabelecer métodos adequados para o tratamento da HA deve
existem um objetivo central a ser alcançado e posteriormente avaliado. Com isso certifica-se a
adequação da conduta adotada, se isso não aconteceu devem ser detectadas as possíveis falhas
para que o objetivo final possa ser alcançado.
Através deste estudo buscou-se analisar as falas dos profissionais que compõem a equipe de
enfermagem comparando-as com a literatura referente ao tema que está sendo abordado.
Ao ser questionado sobre de que forma é feita a abordagem inicial do paciente com alteração
dos níveis pressóricos, pode-se observar que a equipe de enfermagem não dá muita
importância em seguir os procedimentos de forma correta como a anamnese e o exame físico
do paciente que chega na unidade de emergência, deixando as condutas de responsabilidade
da equipe de enfermagem ficarem inteiramente sob a responsabilidade única do médico da
unidade.
“Coloca o paciente no leito de repouso, pergunta se faz uso de medicação para PA e orienta
sobre a doença e encaminha para o médico para ser feito o procedimento correto.” (1)
“1º é medir a PA de preferência em repouso e encaminhar para o médico [...]” (2)
“Aferir a PA, estando alta, perguntar se faz uso de medicação, encaminhar para o
médico[...]” (3)
Os entrevistados 2 e 3, atentam apenas para a aferição da PA, entretanto o 1 nem isso
realizou.
Para Pires (2006), “a abordagem inicial do paciente compreende a anamnese, obtida do
paciente ou de seus familiares e o exercício físico, através do qual se avalia a extensão do
comprometimento dos órgãos-alvo da hipertensão arterial[...]”
Durante a conduta inicial do paciente é importante indagar ao mesmo sobre o seu
conhecimento a respeito da doença e o uso de medicações. Como foi feito pelo entrevistado 1
e 3. Essa concepção é condizente com Duncan (1990) diz que “A indagação sobre tratamentos
prévios justifica-se, pois grande parte dos pacientes já sabe ser hipertenso. É importante
procurar entender a visão que o paciente tem sobre a doença [...]”.
Desta forma podemos notar que o atendimento inicial feito pela equipe de enfermagem não é
satisfatória, já que muitas das condutas necessárias a anamnese não são realizadas ou são
feitas de maneira incompleta. Sendo necessária a atenção devida às condutas e ao trabalho.
A partir das respostas dadas ao questionamento sobre como é feito o atendimento desses
pacientes pela equipe de enfermagem, percebe-se a preocupação em focar alguns pontos
prioritários nesse atendimento, que é a preocupação de orientar os pacientes hipertensos,
realizar as condutas medicas e de enfermagem no qual irão fornecer um ambiente tranqüilo
para os portadores dessa patologia, com a finalidade de normalizar os níveis da PA.
Priorizando a educação continuada em relação às condutas que deverão ser adotadas após a
alta hospitalar para que o mesmo não precise retornar a emergência com picos hipertensivos.
“Como posicionar o paciente no leito, feito uso de O2 se necessário, e medicação prescrita
pelo médico” (1).
“orientação, se for paciente hipertenso [...], evitar o cigarro, álcool, alimento gordurosos,
fazer o acompanhamento” (3)
“Pergunta se já tem hipertensão arterial, se faz uso da medicação regular e dieta
hipossódica, afere a PA e encaminha para o médico” (6).
Ao ser questionado sobre os tipos de crise hipertensiva, nota-se o total desconhecimento da
equipe de enfermagem sobre os tipos de crise hipertensiva. Essa falta de conhecimento teórico
acaba prejudicando a equipe e o paciente, pois o desconhecimento é prejudicial à qualidade
que os profissionais deveriam ter no seu atendimento, dificultando assim o objetivo central no
qual deveria ser focalizado para a distinção das crises evitando assim danos ao cliente. É
importante que os profissionais busquem constantemente atualizar-se sobre os diversos temas
voltados para a sua área de atuação para poder relacionar a parte teórica à prática, pois essas
não podem estar dissociadas.
“Não sei” (1)
“Não sei qual é” (2)
“Questão emocional, doenças, idade, obesidade, tabagismo” (3)
“A crise que não necessita de medicamento só dieta, exercício físico e a crise que só controla
com dieta, exercícios e medicações” (5)
Nota-se que os entrevistados 1 e 2 desconhecem os tipos de crise hipertensiva. Isso acaba
dificultando a abordagem adequada do paciente na unidade de emergência e deixa de focalizar
as ações que deveriam ser adotadas pela equipe de enfermagem.
Já o entrevistado 3 confunde o que está sendo questionado com os fatores que predispõem o
aumento súbito da PA. O entrevistado 5 faz referência ao tratamento medicamentoso,
exercício físico, dieta, que estão correlacionados ao controle da HA, mas não sabe descrever
os tipos de crise hipertensiva.
Pires (2006), classifica “a crise hipertensiva em emergência e urgência hipertensiva [...] Nas
urgências hipertensivas a elevação da PA não acompanha de comprometimento de órgãos-
alvo, enquanto nas emergências hipertensivas existe o comprometimento de órgãos-alvo.”
Para Barbieri (2002) “a crise hipertensiva é definida como um aumento grave e rápido da
pressão sanguínea que ameaça a vida do paciente pelo comprometimento da função cerebral,
cardiovascular ou renal.”
Sobre os fatores que predispõem o aumento súbito da Pressão Arterial, observou-se através
das falas dos entrevistados um entendimento sobre os fatores que predispõem o aumento da
PA. Isso beneficiará aos pacientes na unidade de emergência, pois os mesmos poderão contar
com as orientações adequadas da equipe de enfermagem a respeito das complicações que
podem ser geradas com o aumento da PA. Com isso o paciente poderá tomar um cuidado
maior em relação aos seus hábitos de vida, melhorando-os com a finalidade de evitar danos
decorrentes a não adesão do tratamento feito pela equipe multiprofissional.
“Doença cardiovasculares, sedentarismo, obesidade, tabagismo, fortes emoções” (3)
“Estresse, obesidade, dieta hipersódica, falta de exercício físico, hereditariedade” (5)
“Tabagismo, alcoolismo, ingestão de sal, sedentarismo, obesidade” (6)
As falas dos entrevistados possuem um embasamento teórico, no qual pode ser confirmado
pela V Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial (2006) diz que “o aumento súbito da PA
está associado a fatores de risco, tais como: idade, sexo, etnia, fatores sócio-econômicos, sal,
obesidade, álcool, sedentarismo.”
Iram Castro (1999) complementa dizendo “fatores ambientais (por exemplo: sódio da dieta,
obesidade e estresse) [...] o fator ambiental seria usualmente nutricional (excesso de sal,
calorias, álcool, falta de cálcio e potássio), mas poderia ser um fator psicossocial do tipo
tensão emocional [...]”
Duncan (1990) relata que “[...] fatores ambientais como: a excessiva ingestão de cloreto de
sódio, deficiente ingestão de potássio e o excessivo consumo de bebidas alcoólicas.”
Ao serem questionado sobre as complicações geradas pela elevação súbita da Pressão
Arterial. Nota-se que a equipe de enfermagem está preparada para identificar possíveis
comprometimentos decorrentes da elevação no atendimento do paciente na emergência,
focalizando a causa principal e agindo de forma consciente no seu atendimento.
“AVC, insuficiência cardíaca” (1)
“AVC, infarto, renais e etc.” (3)
“Taquicardia, AVC, infarto” (6)
Através das falas dos entrevistados podemos fazer uma comparação com a literatura, segundo
Mario Lopez, Medeiros (2004) “[...] a aterosclerose coronária é muito freqüente nesses
pacientes. Transcorrido um período de sobre carga surgem os sintomas de insuficiência
cardíaca, como dispnéia de esforço, dispnéia paroxística noturna, edema agudo do pulmão e
edema generalizado. A aterosclerose coronária, além de favorecer a descompensação
cardíaca, causa insuficiência coronária. Surgem então suas manifestações, como angina de
peito, infarto agudo do miocárdio, arritmias cardíacas e morte súbitas.”
Mario Lopez, Medeiros (2004) “O sistema nervoso central é, com freqüência, acometido na
hipertensão arterial. A ocorrência de cefaléia, tontura, visão turva, alterações da
personalidade, deficiência da memória e acidente vascular cerebral – isquêmico e
hemorrágico é indicativo desse sistema.”
Quando questionado sobre as condutas a serem adotadas pela equipe de enfermagem nos
diferentes tipos de Crise Hipertensiva, foi notado que a equipe de enfermagem não sob
compreender o que estava sendo questionado, revelando haver um despreparo da equipe em
relação à parte teórica, além de não diferenciar a mesma acaba confundindo tratamento,
diferenciação da patologia, abordagem, orientações sobre condutas adequadas para cada tipo
de paciente.
“Orientação sobre a patologia, riscos, medidas que ele deve tomar, cuidados dados ao
paciente” (1)
“Orientar sobre os horários das medicações, evitar sal [...] acompanhamento médico
periódico [...]” (5)
Nas falas dos entrevistados, encontramos as orientações que devem ser fornecidas aos
pacientes durante o atendimento em relação à orientação alimentar, adesão ao tratamento
medicamentoso (medicação, horário), informações sobre a patologia.
Para fazer o atendimento adequado, a equipe de enfermagem deve atuar de acordo com o tipo
de crise hipertensiva. O profissional irá tomar um direcionamento para agir de forma rápida
no caso das emergências hipertensivas, em que há comprometimento de órgão alvo e o
eminente risco de morte. Em relação as urgências hipertensivas, o profissional de enfermagem
deve agir durante as 24 horas, mas nesse tipo de crise hipertensiva não há comprometimento
de órgão alvo com isso a equipe pode agir mais tranquilamente com esses pacientes.
Isso pode ser embasado através da literatura de Pires (2006) relata sobre a urgência
hipertensiva “Nesse tipo de hipertensão, a redução da PA pode ser processada mais
lentamente facilitando assim o uso de drogas hipotensoras administrada por via oral, podendo
o tratamento ser conduzido em enfermarias ou mesmo ambulatório.”
E Knobel (2006) relata que a “urgência hipertensiva são condições clínicas agudas, no qual
caracteriza por elevação crítica da PA, mas apresenta comprometimento de órgão- alvo, sendo
tratada com agentes de uso oral e redução da PA em ate 24 horas.”
A emergência hipertensiva, segundo V Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial (2006), “é
uma condição em que à elevação crítica da PA com quadro clínico grave, progressiva lesão de
órgãos- alvo e risco de morte, exigindo imediata redução da PA.”
“Essa situação em que a PA elevada deve ser reduzida de imediato dentro do intervalo de uma
hora, pois o retardo do alcance desse objetivo é causa freqüente de complicações e de óbito”
(Mário Lopes e Medeiros 2004).
Iram Castro (1999) diz que “esse risco imediato requer hospitalização e redução rápida da
pressão arterial com o uso de fármacos anti-hipertensivos parenterais.”
Nesta categoria, busca-se identificar as principais dificuldades enfrentadas pela equipe de
enfermagem no atendimento ao paciente com Crise Hipertensiva?
“Quando a unidade encontra-se sem médico” (3)
“A principal dificuldade é quando não tem médico na unidade e quando não tem balão de
oxigênio.” (4)
“Falta de médico no plantão hospitalar” (5)
“No caso de paciente desorientado, a dificuldade é a falta comunicação.” (6)
Nesta categoria, podemos notar através das falas dos entrevistados 3, 4 e 5, a existência de
problema de cunho administrativo, ou seja, pode existir nessa unidade a falta de compromisso
dos médicos que estão escalados para assumir o plantão e não comparecem, deixando a
unidade descoberta ou pode ser a desorganização da administração dessa unidade por não
providenciar a substituição desses profissionais. Essa dificuldade acaba prejudicando os
atendimentos nesse hospital.
O entrevistado 4 faz referência à falta do balão de oxigênio na unidade. Portanto, para o
atendimento adequado, deve ser verificada em todos os hospitais a substituição ou a
manutenção de seus equipamentos, com a finalidade de não prejudicar o atendimento,
conseqüentemente, fornecendo condições na estrutura física e humana para que a equipe
possa atender a demanda do local sem comprometer a saúde do individuo.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A HA é problema muito comum na sociedade brasileira e os altos índices de pacientes
hipertensos aumentam a cada dia, conseqüentemente também os fatores de risco em
decorrência das alterações dos níveis pressóricos.
Como resultado, esta pesquisa, conclui que inúmeras dificuldades quanto ao emprego da
assistência de enfermagem no atendimento ao paciente portador de alteração pressórica na
emergência, interferindo diretamente na eficácia e qualidade do atendimento.
É possível afirmar, após este estudo que o atendimento da equipe de enfermagem necessita
ser centralizado e focado no processo de enfermagem, colocando em prática todas as suas
etapas, como anamnese, o exame físico, diagnóstico entre outros, citados na pesquisa. É
imprescindível que a equipe de enfermagem constitua um planejamento voltado para o
paciente hipertenso, com o levantamento de todos os dados para que se possa prestar um
atendimento no qual faça jus à gravidade da doença hipertensiva.
Entende-se também que o entrosamento entre profissionais de enfermagem e uma equipe
multidisciplinar com capacitação teórico – científico, representa um papel relevante no
seguimento e adesão do paciente no tratamento e no controle da pressão arterial.
REFERÊNCIAS
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2006. V. 13, n. 4.
APÊNDICES
APÊNCIDE A - TERMO DE CONSETIMENTO LIVRE E
ESCLARECIMENTO PARA A INSTITUIÇÃO
Salvador, 18 de novembro de 2009
Da Universidade Castelo Branco e Atualiza Associação Cultural
Para: Hospital Municipal de São Domingos – BA
Apresentamos o projeto de conclusão do curso de Pós-graduação lato sensu em Enfermagem
em Emergência intitulado “Atendimento de pacientes com alteração pressórica pela equipe de
enfermagem no Hospital Municipal de São Domingos – BA” elaborado para apreciação desta
instituição de ensino.
Os princípios éticos e legais da Resolução 196/96 do conselho nacional de saúde serão
contemplados para esta pesquisa, a qual incorpora normas e diretrizes regulamentares sobre
seres humanos.
Será enviado, posteriormente, para essa instituição uma cópia do referido estudo.
Solicitamos que o parecer seja-nos enviado oficialmente a fim de implementarmos as
atividades de campo.
Atenciosamente,
___________________________
Karina Santos Oliveira
pesquisadora
____________________________
Diretor do hospital
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMETO LIVRE E
ESCLARECIDO PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM
Eu, Karina Santos Oliveira, discente do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Enfermagem
em Emergência da Universidade Castelo Branco/ Atualiza Associação Cultural, estou
desenvolvendo um estudo sobre “Atendimento de paciente com alteração pressórica pela
equipe de enfermagem no Hospital de São Domingos-Ba.”
Esta pesquisa tem o Objetivo de Analisar de que forma a equipe de enfermagem realiza o
atendimento de pacientes com alteração pressórica.
Os princípios éticos abordados na Resolução 196/96 serão mantidos no decorrer deste estudo
objetivando manter sigilo da identidade dos participantes.
Será realizado um questionário com perguntas abertas para coleta de dados. Os resultados
obtidos neste estudo serão usados para fins científicos, sendo apenas divulgados no âmbito da
Universidade Castelo Branco / Atualiza Associação Cultural. A participação dos entrevistados
neste estudo são de suma importância para que sejam alcançados os objetivos propostos.
Diante destas informações fornecidas acima, eu:
1. _____________________________________________________________________
2. _____________________________________________________________________
3. _____________________________________________________________________
4. _____________________________________________________________________
5. _____________________________________________________________________
6. _____________________________________________________________________
Declaro participar desta pesquisa e que fui satisfatoriamente esclarecido (a) que: a) para,
qualquer momento, recusar a responder às perguntas que ocasionem constrangimento de
alguma natureza; b) posso deixar de participar da pesquisa e que não preciso apresentar
justificativas para isso; c) que todas as informações por mim fornecidas serão mantidas em
sigilo; d) que serei informado de todos os resultados obtidos, independentemente do fato de
mudar meu consentimento em participar da pesquisa; e) que não terei quaisquer benefícios ou
direitos financeiros sobre os eventuais resultados decorrentes da pesquisa. Assim, consisto em
participar do projeto de pesquisa em questão.
Atenciosamente, a pesquisadora
Karina Santos Oliveira
Salvador, ____ de ________ de 2010.
APÊNDICE C – ROTEIRO DE ENTREVISTA
Questionário
1) De que forma é feita a abordagem inicial do paciente com alteração dos níveis
pressóricos?
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________________________________________________________________________
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2) Como é feito o atendimento desses pacientes pela equipe de enfermagem?
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3) Quais são os tipos de Crise Hipertensiva?
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________________________________________________________________________
4) Quais são os fatores que predispõem o aumento súbito da Pressão Arterial?
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5) Quais são as complicações geradas pela elevação súbita da Pressão Arterial?
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6) Quais as condutas a serem adotadas pela equipe de enfermagem nos diferentes tipos
de Crise Hipertensiva?
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7) Quais são as principais dificuldades enfrentadas pela equipe de enfermagem no
atendimento ao paciente com Crise Hipertensiva?
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