Atenção Primária à Saúde e a
Eficiência dos Sistemas de Saude
Edson C. Araujo Economista Senior
Brasilia, 17 de Abril de 2018
Sumário • Sistemas de Saude e Sustentabilidade Fiscal
• A influência do Mercado de Trabalho
• Atenção Primária à Saúde e a Eficiência do SUS
• Incentivos, produtividade, e equidade
• Iniciativa de desempenho em atenção primária
(PHCPI)
As despesas com saúde superam o crescimento do PIB,
paises OCDE, 2000-2009
O investimento no setor da saúde promove ou inibe o
crescimento econômico? (Reeves et al., 2013)
Pre-recession fiscal multipliers, 1995–2007
Mantido o mesmo padrão de aumento dos gastos, melhora na eficiência
pode resultar em ganhos de até R$115 bi em 2030
200,00
250,00
300,00
350,00
400,00
450,00
500,00
550,00
600,00
650,00
700,00
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030
Cenario 1 (R$ status quo) Cenario 2 (R$ bi em ganhos de eficiência)
R$ 22bi
R$ 115 bi
A despesa total com saúde é relativamente alta, mas o gasto
público é relativamente baixo...
• IBGE (2013) estima o gasto total em 8% PIB – 3.6% público e 4.4% privado
• Não inclui os gastos tributários = 0.49% PIB (2013)
8
Houve um crescimento mais acelerado dos gastos municipais, que passou a representar 31% do gasto público total
(União 46%, Estados 26%)
Aumento relativo dos gastos na atenção primária (União), porém
estados e municípios gastam mais na Média e Alta Complexidade
[CATEGORY NAME]
[VALUE]
[CATEGORY NAME]
[VALUE]
[CATEGORY
NAME] [VALUE]
Alocação de recursos entre sub-funções
(consolidados)
0,80%
0,90%
1,00%
1,10%
1,20%
1,30%
1,40%
1,50%
1,60%
1,70%
1,80%
20042005200620072008200920102011201220132014
União Estados¹ Município
1.65%
1.01%
1.18%
Gasto por nível de governo as % PIB
Fonte: Banco Mundial, dados SIOPS/MS.
A oferta de médicos é relativamente baixa, concentrada nos centros
urbanos (principalmente SE e Sul)...
Médicos por 1,000 habitantes, Brasil e pares (2013)
Pares Média
Fonte: OECD, 2015.
Brasil
Pares Estruturais Pares Regionais
…o que pode explicar os níveis salariais (particularmente na
atenção primária)
Fonte: World Bank, 2015.
Brasil Turquia
Múltiplo do salário do profissional da saúde versus o rendimento médio per capita do
decil mais rico da população
Medic
o d
a F
am
ilia
Medic
o d
a F
am
ilia
Enfe
rmeir
a
da F
am
ilia
Enfe
rmeir
a A
uxilia
r
Medic
o H
osp
Publico
Medic
o H
osp
Enfe
rmeir
a H
osp
Publico
Hosp
ital Specia
list
a
Enfe
rmeir
a H
osp
Hosp
ital G
P
Hosp
ital Specia
list
a
Medic
o d
a F
am
ilia
(aut.
)
Medic
o d
a F
am
ilia
(sa
l.)
Medic
o d
a F
am
ilia
Specia
list
as
Enfe
rmeir
a H
osp
Medic
o H
osp
Publico
Medic
o d
a F
am
ilia
Specia
list
a H
osp
i
Tra
dic
ional M
edic
ina
Medic
o H
osp
Pri
vate
Enfe
rmeir
a H
osp
Pri
vado
Além disso, grandes desigualdades na distribuição dos
profissionais dentro do País
Fonte: Scheffer et al., 2018.
Distribuição dos Médicos da APS por UF, segunda a
RAIS (2014)
Segundo levantamento realizado pela EPSM (2012), 70,1% dos municípios brasileiros
têm dificuldade de contratar médicos e 23,6% existência de posto vago
Fonte: Girardi et. al., 2012.
Principais razões atribuídas pelos gestores municipais à dificuldade
de contratação de médicos para a ESF
Fonte: Girardi et. al., 2012.
Entre 2004-2014 os gastos públicos em saúde tiveram aumento de 0,45
pp do PIB, impulsionado pelo crescimento relativo das despesas com
pessoal
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Pessoal (consolidado) Capital/Operacional (consolidado)
Total (Consolidado) Pessoal % (consolidado)
Capital/Operacional % (consolidado)Desp
esa
s com
Pess
oal
e C
apit
al/
Opera
cio
nal,
Index (
2004=100)
Partc
ipação p
erc
entu
al d
as d
esp
esa
s com
Pesso
al e
Capita
l/Opera
cio
nal
Além disso, a produtividade da força de trabalho médica é
relativamente baixa...
Número estimado de consultas por médico, Brasil e países da OECD, 2013
Fonte: OECD, 2015.
Atenção Primária à Saúde e a
Eficiência do SUS
OUTPUTS FINAIS
Gastos
INPUTS OUTPUTS
INTERMEDIÁRIOS
Serviços
Prestados Qualidade
Variáveis não discricionárias
(Controle)
Modelo DEA Orientado a Output considerando retornos
variáveis de escala (VRS-O)
Eficiência é a combinação linear de outputs divididos pela
combinação linear de inputs
Nivel de Atenção
Variaveis
Fonte de Dados
Atenção Primária
Insumos
Gasto público Total na Atenção primária (sub-função 301)
SIOPS
Produtos
Numero de mortes por causas evitaveis, 0-4 anos (fora dos
hospitais)
SIM – Sistema de Informações
sobre Mortalidade
Numero de mortes por causas evitaveis, 5-75 anos (fora dos
hospitais)
SIM - Information System of
Mortality
Numero de doses administradas das vacinas tetra or pentavalent
SI- PNI – Sistema de Informações
do Programa Nacional de
Imunizações
Cobertura da Atenção primária (numero de pessoas cobertas)
SIAB
Numero de consultas na Atenção primária (todos os profissionais
exceto medicos)
SIA/SUS
Numero de consultas na Atenção primária (por medicos)
SIA/SUS
Variaveis não-
discricionarias
PIB per capita
IBGE – Census 2010
Taxa de analfabetismo
IBGE – Census 2010
Modelo DEA: Atenção primária, VRS-O (ND)
Na atenção primária, eficiência esta diretamente associada ao tamanho
do municipio e inversamente ao gasto per capita
Escore Medio Desvio-padrao Cobertura PSF (%) Gasto per capita (R$)
Brasil 0.63 0.20 64.6 205.3
Sul 0.53 0.14 69.0 283.7
Centro-õeste 0.58 0.14 60.9 253.2
Sudeste 0.58 0.11 60.5 214.3
Norte 0.69 0.17 54.7 145.6
Nordeste 0.75 0.15 72.5 153.1
<5,000 0.54 0.16 91.9 546.4
[5,000 - 10,000] 0.59 0.16 85.9 338.4
[10,000 - 20,000] 0.65 0.15 83.2 280.2
[20,00 - 50,000] 0.69 0.16 78.0 230.0
[50,000 - 100,000] 0.71 0.17 69.2 189.2
>=100,000 0.80 0.16 45.7 163.5
…e ao percentual de cobertura populacional
0,57
0,59
0,60
0,61
0,64
0,52
0,54
0,56
0,58
0,60
0,62
0,64
0,66
<=20% >20% & <=40% >40% & <=60% >60% & <=80% >80%
Cobertura ESF
Potencial para aumentar o número de consultas por professional de
saúde, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul
-22,8% -15,8% -14,9%
-22,8% -29,8% -30,9%
38,4% 30,6% 24,4%
40,4%
60,4%
46,7%
97,8%
67,5% 72,5%
109,5%
133,4% 130,3%
63,6%
43,6%
55,7% 63,9%
76,4% 73,4%
Brazil North Northeast Southeast South Center-West
Per
cent
ual d
e m
udan
ca
Projeções para alcancar a eficiência máxima
AP $ Mortes evitaveis, 0-4 Mortes evitaveis, 5-75 Cobertura PSF
Cobertura de Vacinacao Consultas AP (nao-medicos) Consultas AP (medicos)
Distribuição dos Resultados (escores de eficiência)
Atenção Primaria
01
23
Den
sity
0 .2 .4 .6 .8 1Score STC, 2013 only
MAC
A eficiência está diretamente associada a escala (tamanho do município)
e ao tamanho dos hospitais (número de leitos)
Eficiência por tamanho do munícipio
0.2
.4.6
.81
DE
A E
scor
e (e
ficiê
ncia
)
< 5,000 5,000-10,000 10,000-20,000 20,000-50,000 >50,000
Atenção Primária Média e Alta Complexidade (MAC)
0.63
0.29
Na atenção primária, a maioria dos municípios é caracterizada por alta produtividade e
baixo desempenho, enquanto que na MAC a maioria tem baixa produtividade e baixo
desempenho
Produtividade Produtividade
Atenção Primária DEA médio = 0.63
Municipios com retorno crescentes de escala (beneficiariam com mais recursos)
Recife
Belo Horizonte
Fortaleza Salvador
Brasilia
Porto Alegre
Curitiba
Goiânia Florianópolis
Campinas
Manaus Belém
Teresina
Maceió
João Pessoa São Luis Natal
Ribeirão Preto
Santo Andre
SJRPreto Sorocaba
Vitória
Guarulhos
Juiz de Fora
Uberlândia Feira de Santana Montes Claros
Porto Velho Berfort Roxo
Cariacica Rio Branco
Macapá Palmas Franca Imperatriz
Santarém
Quedas do Iguaçu
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Productivity
DEA médio = 0.29 MAC
DEA de segundo estágio (análise multivariada para explicar
variações em DMUs - Municípios)
• Análise Regressão (Multivariada) foi aplicada para controlar pela variação das caracteristicas dos municípios
• A abordagem econométrica padrão para analisar os escores de DEA é um modelo Tobit de dois limites com limite em zero e um (Simar e Wilson 2007)
𝜽𝒌∗ = 𝜷𝑿𝒌 + 𝜺𝒌
• 𝑿𝒌 é um vetor de variáveis específicas de observação para DMU k que afetam seu escore de eficiência através do vetor de parâmetros β
• Proxies para demanda por cuidados, Proxies para oferta, proxies de qualidade dos cuidados (admissões evitáveis), e outras variáveis específicas não-setoriais (governança, etc.)
Modelo APS
Dimensão Variável Fonte e Ano
Proxies para procura de cuidados de saúde
Expectativa de vida 2010
Razão de dependência 2008-2012
Variáveis de prestação de serviços (oferta)
Total recursos humanos por 1000 habitantes 2008-2013
Médicos por 1000 habitantes 2008-2013
Proporção de RHS que são médicos 2008-2013
Unidades de APS por 1000 habitantes 2008-2013
Times de APS por 1000 habitantes 2008-2013
Qualidade Admissões evitáveis, proporção 2011
Características do Município
PIB per capita IBGE, 2008-2013
População IBGE, 2008-2013
Lixo coletado pelo Serviço Público 2010
Coefficiente Gini 2010
Proporção das despesas oriundas de recursos proprios
SIOPS, 2008-2013
Dummy par UF
Dummy para Capital de UF
Municpio tem MAC 2008-2013
Variáveis de política de saúde Salário médio de RHS SIOPS, 2008-2013
Proporção da população com seguro privado ANS, 2008-2013
Mais eficiente a atenção primária, mais eficiente será a média
e alta complexidade
[CELLRANGE] [CELLRANGE] [CELLRANGE] [CELLRANGE]
[CELLRANGE]
[CELLRANGE]
[CELLRANGE]
[CELLRANGE]
[CELLRANGE] [CELLRANGE]
[CELLRANGE]
[CELLRANGE]
0
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
Aum
ento
da
ST
C e
scor
e de
0,1
uni
dade
de
aum
ento
AP
es
core
Esc
ore
DE
A S
TC
(
effic
ienc
ia a
tenç
ão s
ecun
daria
-ter
ciar
ia)
STC Score SlopeMAC DEA
Relação entre eficiência na atenção primária e eficiência na média e alta complexidade
A melhor maneira de aumentar a eficiência da APS é aumentar o número
de equipes de APS (particularmente para os municípios com baixa
concentração de equipes de APS)
[CELLRANGE]
[CELLRANGE] [CELLRANGE]
[CELLRANGE] [CELLRANGE] [CELLRANGE]
[CELLRANGE] [CELLRANGE] [CELLRANGE]
[CELLRANGE]
[CELLRANGE]
[CELLRANGE] [CELLRANGE] [CELLRANGE] [CELLRANGE] [CELLRANGE]
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
0,18
0,2
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Incl
inaç
ão (
aum
en
to n
a p
on
tuaç
ão D
EA p
ara
aum
en
to d
e 0
,1 u
nid
ade
nas
eq
uip
es
de
AP
S)
Equipes de APS por 1000 habitantes
Esco
re D
EA A
PS
(to
do
s o
s o
utr
os
valo
res
mé
dio
s)
PHC Score Slope
Entretanto, a produtividade é um desafio: Potencial para aumentar número de consultas médicas e não médicas por
habitante na atenção básica consultas médicas/hab consultas não médicas/hab
1,81
1,17
1,15
2,08
2,17
1,71
9,53
5,27
5,79
12,28
8,81
8,36
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00
CO
N
NE
S
SE
Brasil
Projeção Consultas Médicas/ Habitante
Consultas Médicas/Hab (2015)
0,98
0,58 0,94 0,89 0,99 0,92
7,98
4,14
4,83
7,83
5,43
5,86
CO N NE S SE Brasil
Consultas Não- Médicas/Hab (2015)
Projeção Consultas Não- Médicas/ Habitante
Na Costa Rica, observamos uma queda na produtividade combinada
com um aumento significativo na compensação
34
00
36
00
38
00
40
00
42
00
Ann
ua
l C
onsu
lts p
er
Hea
lth W
ork
er
2005 2007 2009 2011year
Consults per Health Worker
Average Staff Cost per Consultation, selected
cadres - 2005-2011
0
50
00
10
00
015
00
020
00
0
Wa
ge
Bill/C
on
sults
2005 2007 2009 2011year
Nurses GPs
Specialists Denists
Crude Productivity Ratio, Areas de Salud - 2005-2011
Aumentou do custo total da prestação de serviços de saúde na CCSS
Source: World Bank, 2013.
Country
Primary care
physician payments
Inpatient specialist
payments
Predominant/
secondary mode of
provision of primary
care
AUSTRALIA FEE FOR SERVICE SALARY PRIVATE GROUP PRACTICE
BRAZIL SALARY SALARY PUBLIC HEALTH CENTRE
CANADA FEE FOR SERVICE FEE FOR SERVICE PRIVATE GROUP/SOLO PRACTICE
TURKEY CAPITATION PFP/SALARY PRIVATE GROUP/SOLO UNIT
UNITED KINGDOM CAPITATION/FFS/ SALARY
SALARY PRIVATE GROUP PRACTICE
Source: Paris, 2010
Modo Predominante do Pagamento e Contratação dos
Medicos na APS
Arranjos
Institucionais do
SUS
Contratos, Formas de Pagamento aos
Provedores
Organização
da Prestação dos Serviços
Insumos ao Sistema de saúde • Recursos humanos
• Recursos fisicos
• Demanda por serviços (pacientes
habilidades, educação
• Determinantes Sociais da Saúde
Fragmentação dos
servicos através de
unidades geográficas
•Substituição de tarefas
•Escala/volume inadequados
•Sobreutilização
•Limitações na oferta de mao-de-obra
• Incorporação de tecnologias add-hoc
•Judicialização
• Ineficiências na aquisição e uso de
drogas
•Ausência de Incentivos
(provedores, profissionais e
pacientes)
•O mix público-privado
(custos, preços)
Determinantes das ineficiências
Cuidados pessoais
(pacientes/famílias)
“Nursing Care”
Cuidados Hospitalares
Cuidado ambulatóriais
e Especialista
Atenção Primária
•Referências evitáveis
•Serviços de atendimento de emergência evitáveis
•Falta de continuidade dos cuidados
•Internacões hospitalares evitáveis
•Internacões hospitalares de emergência evitáveis
•Duplicação de serviços de diagnóstico
•Acompanhamento inadequado para o tratamento de internação aguda
•Duração da estadia que excede o que é clinicamente necessário
•Prestação limitada de educação em saúde
•A incapacidade de auto-gerir os cuidados pelo doente e/ou família
Desafios para integração e a coordenação no SUS
Diseconomies of scale: Most of Brazilian hospitals are too small to
operate efficiently and to ensure quality
0,23
0,27
0,30
0,40
0,45
0,28
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
26 a 50 51 a 100 101 a 200 201 a 300 300+
Esco
re D
EA (
ho
spit
ais)
Faixas de Leitos
24%
31%
23%
14%
4%
3%
24,29
55,46
78,56
92,70 97,06
100,00
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
0 A 25LEITOS
26 A 50LEITOS
51 a 100LEITOS
101 A 200LEITOS
201 A 300LEITOS
MAIS DE300
R$49.120.339
R$226.114.558
R$484.574.641
R$305.337.830
R$95.602.408
[VALUE] 50,5%
44,6%
39,9%
45,5%
51,3%
43,4%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
R$-
R$200.000.000
R$400.000.000
R$600.000.000
R$800.000.000
R$1.000.000.000
R$1.200.000.000
R$1.400.000.000
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil
HCSAP-CVD % HCSAP-CVD
Repasses federais para pagamento de hospitalizações por condições sensíveis à atenção primária (HCSP) específicas
para doenças cardiovasculares (CVD), por região do país, Brasil, 2015
Escopo para ganhos de eficiência com melhor coordenação e
integração do Sistema, e mais eficiente APS (R$1.2 bi CVD)
THE NEXT PHASE OF PHC REFORM
PURCHASING WITHIN A COMPREHENSIVE APPROACH
Integration of FFS or P4P measures in capitation payments to strengthen detection and disease
management
Introduction of demand side incentives to
strengthen adherence to treatment
Revision of drug benefits to ensure full access to
medicines for these conditions
IT solutions to improve performance management
Stronger focus on core interventions that link to health
outcomes
Source: Jakab/OMS.
EXAMPLE OF MIXED PAYMENT
ESTONIA
Basic allowance
Capitation
FFS
Performance payment
Share of different payments in PHC budget
(2011)
Basic allowance Distance allowance
Capitation FFS for diagnostics
P4P GP advisory line
PHC reserve
Source: Jakab/OMS.
61% 54%
46%
33% 18%
29%
31%
30%
24%
15%
10% 15%
24%
43%
67%
6%
10%
12%
21%
51%
Poorest Poorer Middle Richer RichestPrimary care Public hospital care unit/ Emergency room
Private hospital care unit/ Emergency room Have health insurance
Os gastos públicos com saúde beneficiam proporcionalmente os mais
pobres…tanto na atenção primária (relativamente mais) como na atenção
hospitalar
Introduction to the Initiative February 2018
ABOUT PHCPI
The Primary Health Care Performance Initiative (PHCPI) brings together country
policymakers, health system managers, practitioners, advocates and other
development partners to support stronger, resilient, efficient, and equitable primary
health care (PHC) systems that help countries achieve universal health coverage
(UHC).
Launched in 2015, PHCPI is a partnership between the Bill & Melinda Gates
Foundation, World Bank Group, and the World Health Organization with Ariadne Labs
and Results for Development (R4D) as technical partners. We work to catalyze
improvements to PHC systems in low- and middle-income countries through better
measurement and knowledge- sharing.
Led by: In partnership
with:
PHCPI’s Core indicators provide a snapshot of primary health care (PHC)
performance.
PHC CORE INDICATORS
System
Inputs
Service Delivery
Outputs
Outcomes
Is PHC prioritized in the country’s health system?
Does the PHC system offer sufficient facilities, health care professionals,
and supplies?
Are services accessible and effectively organized, managed, and
coordinated to deliver high quality care?
Does the PHC system provide the essential services you need
throughout each phase of life?
Does the PHC system efficiently deliver better outcomes and greater
equity?
E. Outcomes
A1. Governance & Leadership
A1.a Primary health
care policies
A1.b Quality
management
infrastructure
A1.c Social
accountability
A2. Health Financing
A2.a Payment systems
A2.b Spending on
primary health care
A2.c Financial
coverage A3. Adjustment to Population Health Needs
A3.a Surveillance
A3.b Priority setting
A3.c Innovation and
learning
B1. Drugs & Supplies
B2. Facility Infrastructure
B3. Information Systems
B4. Workforce
B5. Funds
D1. Effective Service Coverage
D1.a Health
promotion
D1.b Disease
prevention
D1.c RMNCH
D1.d Childhood illness
D1.e Infectious
disease
D1.f NCDs & mental
health
D1.g Palliative care
E2. Responsiveness to People
E3. Equity
E4. Efficiency
E5. Resilience of Health Systems
E1. Health Status
C2. Facility Organization and Management
C2.a Team-based care
organization
C2.b Facility
management capability
and leadership
C2.c Information
systems
C2.d Performance
measurement and
management
C3. Access
C3.a Financial
C3.b Geographic
C3.c Timeliness
C4. Availability of Effective PHC Services
C4.a Provider
availability
C4.b Provider
competence
C4.c Provider
motivation
C4.d Patient-
provider respect
and trust
C4.e Safety
C5. High-Quality Primary Health Care
C5.a First Contact
Accessibility
C5.b Continuity
C5.c
Comprehensiveness
C5.d Coordination
C5.e Person-Centered
C1. Population Health Management
C1.a Local priority
Setting
C1.b Community
engagement
C1.c Empanelment
C1.d Proactive
population outreach
A. System D. Outputs C. Service Delivery B. Inputs
Social Determinants & Context (Political, Social, Demographic, Socioeconomic)
Conceptual Framework
42
PHCPI CORE INDICATORS
Domain Sub-Domain Indicators Data Sources
A. System A2. Health Financing Percent of current government health spending dedicated to PHC WHO SHA2011
Per capita PHC current expenditure WHO SHA2011
Current govt PHC expenditure as % of current PHC expenditure WHO SHA2011
Current OOP PHC expenditure as % of current PHC expenditure WHO SHA2011
B. Inputs B1. Drugs & Supplies Basic equipment availability SDI, SARA, SPA
Essential drug availability SARA, SPA
Vaccine availability SDI
B2. Facility Infrastructure Health center and health post density GHO
Facilities with clean water, electricity, sanitation SDI, SARA, SPA
B4. Workforce CHW, nurse, and midwife density GHO
Physician density GHO
C. Service Delivery C3. Access Access barriers due to treatment cost DHS
Access barriers due to distance DHS
C4. Availability of Effective PHC Services Provider absence rate SDI
Diagnostic accuracy SDI
Adherence to clinical guidelines SDI
Caseload per provider (daily) SDI
C5. High Quality PHC Continuity of care: DTP dropout rate WHO/UNICEF
Treatment completion rate for new TB cases GHO
Care-seeking for symptoms of pneumonia DHS
43
PHCPI CORE INDICATORS, CONTINUED
Domain Sub-Domain Indicators Data Sources
D. Outputs D1. Effective Service Coverage Antenatal care coverage (4+) WHO/UNICEF
Demand for family planning satisfied with modern method DHS
Children with diarrhea receiving appropriate treatment GHO
DTP3 coverage UNICEF
Skilled birth attendant GHO
TB cases detected and treated WHO
People living with HIV receiving ART GHO
ITN coverage for malaria protection DHS
Cervical cancer screening rate DHS
Hypertension control DHS/STEPS
Diabetes mellitus control STEPS
E. Outcomes E1. Health Status Maternal mortality ratio GHO
Adult mortality from non-communicable diseases GHO
Under-five mortality rate GHO, MICS
Neonatal mortality rate GHO
E3. Equity Under-five mortality wealth differential GHO
44
PROMISING PRACTICES: A COMMUNITY-BASED APPROACH TO COMPREHENSIVE PRIMARY HEALTH CARE
Context: Since mid-80s, Brazll has focused on strengthening primary health care as a mean of promoting and ensuring access to health services for its entire population
PHC reform objective: Reorienting the health care system with the creation of the Family Health Program (FHP)
Intervention proposed: The FHP redistributed the responsibility of ensuring
effective care delivery to municipalities instead of states.
Creation of Multidisciplinary teams (Physician, nurse, 4-6 community health agents. Responsible of up to 1,000 families.
CHA live in the same communities where they work; strong relationship with families
Trained during 3 months / assigned to approx. 150 families
Monthly visits provide basic preventative care and collect vital data.
High risk patients are refer to the clinical team.
CHAs connects families to conditional cash transfer programs, welfare organization and other social services for issues such as housing or domestic violence.
• Results:
– Model has been effective in addressing health disparities particularly in the poorest municipalities.
– It is consider a successful and cost-effective intervention (31-51 USD) per person / per year).
• Challenges :
– The impact is still limited in large urban centers.
– The program has to increase the number of well-trained health care workers and improve the communication and referral system among primary, secondary and tertiary health services
Pop: 206 M
Rural: 15 %
PHCPI WEBSITE
www.PHCperformanceinitiative.org
For more information, please contact Beth Tritter, PHCPI Executive Director, at
Monitoramento UHC (BM, OMS)
Obrigado Equipe:
- Edson Araujo (Banco Mundial)
- Maria Stella lobo (UFRJ)
- Francisco Funcia (PUC/SP)
- Karina Lyra (COPPE/UFRJ)
- Henrique Rodrigues (UFRJ)