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Prof. Renê Cód.02 - 24/06/13 - Edital 01

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História do RN Concurso da Assembléia Legislativa do RN Prof. Hannibal Lecter HRN REPÚBLICA (1889-2013) Módulo 2: A República do Rio Grande do Norte (1889-1930); Segunda Guerra no Rio Grande do Norte: presença norte-americana e repercussões socioculturais; Os governos do período militar no Rio Grande do Norte (1964-1985). Governos posteriores ao período militar no Rio Grande do Norte (1986 aos dias atuais). A República Velha (1889-1930) O Movimento Republicano no RN a) sistemática campanha a partir de 1851. Imprensa republicana, jornal “O Jaguarari”, editado por Moreira Brandão; em 1874, Joaquim Fagundes lança a revista “Eco Miguelinho”. b) 1871, adesão de senhores de engenho, fazendeiros e comerciantes, entre eles Antônio Basílio, Manuel Januário Bezerra Montenegro, entre outros, ao movimento republicano, que cresceu, entre outras coisas, devido à fragilidade dos partidos Liberal e Conservador na província. c) publicação do Manifesto Republicano, em “O Povo”, de Caicó, por Janúncio da Nóbrega Filho, em abril/1889. Centro Republicano Seridoense. d) principal liderança do movimento na figura de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão. Vinculado à fundação do Partido Republicano Norteriograndense (janeiro/1889) e do jornal “A República” (julho/1889). e) a notícia da proclamação da República chegou ao RN por meio de telegrama enviado por José Leão Ferreira Souto à direção do PRN. Novo telegrama, enviado por Aristides Lobo, recomenda a Pedro velho que assuma a chefia política e administrativa no RN. Governou provisoriamente entre 17/11 e 06/12/1889, formando seu governo com elementos pertencentes aos ex-partidos do Império, deixando de lado companheiros do movimento republicano. Foi surpreendido pela nomeação, pelo Governo Provisório, do Dr. Adolfo Afonso da Silva Gordo, paulista de Piracicaba. f) O contexto do Governo Provisório foi marcado, então, pela instabilidade política e nomeação de pelo menos 9 governadores no espaço compreendido entre dezembro de 1889 e fevereiro de 1892. (Adolfo Gordo, Xavier da Silveira, João Gomes Ribeiro, Nascimento Castro, Amintas Barros, José Inácio Fernandes Barros, Francisco Gurgel de Oliveira, Miguel Joaquim de Almeida Castro, Junta Governativa e Jerônimo Américo Raposo da Câmara). A República Oligárquica no RN. a) República Velha: chave de domínio político. Fundação e controle do Partido Republicano por grupo oligarca, que mantém sob seu controle a máquina administrativa, e as rendas públicas. Sistema político baseado no clientelismo, nepotismo, empreguismo, corrupção e violência, elementos clássicos do coronelismo, que tinha por base o “voto de cabresto”.

b) Período marcado pelo poder das oligarquias que controlaram o sistema político do estado:

- Oligarquia Albuquerque Maranhão (1889-1924). Representativa dos interesses dos grupos economicamente ligados à atividade açucareira e geograficamente vinculados à região litorânea.

- Oligarquia Bezerra de Medeiros (1924-1930). Vinculada à cotonicultura e oriunda da região do Seridó.

c) Governo Pedro Velho - Eleito pelo Congresso Legislativo, em 1892, e governou até 1895. Fase de implantação da máquina política dos Albuquerque Maranhão, fundamentada no nepotismo, corrupção, repressão à imprensa e concessão de benefícios aos grupos a ela ligados. Pedro Velho notabilizou-se mais como político do que como administrador de obras materiais. Conseguiu a nomeação de Amaro Cavalcanti como Ministro da Fazenda do governo de Prudente de Morais. Preocupou-se fundamentalmente com a organização jurídica do Estado, sendo por isso chamado “O Organizador do Estado Republicano”. Em 1895, foi realizada a primeira eleição direta para chefe do Executivo estadual, sendo eleito o desembargador Ferreira Chaves. d) Governo Ferreira Chaves (1º) - Governou entre 1896 e 1900, constituindo-se fiel aliado dos conchavos montados por Pedro Velho. Entre as obras realizadas nesse seu governo, constam a construção de açudes em Martins e Pau dos Ferros e o início da construção do Teatro Carlos Gomes. Seu governo ficou marcado pelos efeitos do “Encilhamento”. Por volta de 1898, enfrenta problemas com o movimento messiânico na Serra de João do Vale (Campo Grande), onde sertanejos largavam seus afazeres para seguir as pregações do místico João Ramalho, movimento que foi abafado pela ação policial. Também em 1898, por puro casuísmo político, foi alterada a constituição estadual, no que toca à redução da idade para a candidatura à presidência ou vice-presidência do Estado, de 35 para 25 anos. Abria-se, dessa forma, o caminho para a eleição de Alberto Maranhão, eleito presidente aos 26 anos. e) Governo Alberto Maranhão (1º) - Governo (1900-1904) marcado pela mediocridade e pela continuidade de políticas nepotistas e empreguistas. Teve como única obra relevante a conclusão do Teatro Carlos Gomes. Em seu governo aconteceu a “Questão de Grossos”, que envolvia os estados do RN e Ceará em uma disputa na área litorânea onde se desenvolve a indústria salineira. A questão girou em torno dos interesses econômicos das “oficinas de charque” cearenses, que monopolizavam a produção de carne seca mas, em contrapartida, precisavam do sal produzido no RN. Após a anexação da região de Grossos ao município de Aracati/CE, por decisão da justiça, Alberto Maranhão, descontente, chegou a enviar tropas para a região, que passou a viver um clima de constante tensão. A questão foi resolvida depois que Pedro Velho convidou o jurista Rui Barbosa para defender a causa norteriograndense. O governo de Alberto Maranhão ficou marcado, também, pela tragédia que se abateu sobre a

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oligarquia, diante da morte de Augusto Severo, em Paris, no ano de 1902, quando do acidente com o balão Pax. Alberto Maranhão foi substituído por Tavares de Lyra, passando a ocupar a cadeira de Deputado Federal. f) Governo Tavares de Lyra - Marcado pela fundação do Banco de Natal, que era controlado pelos Albuquerque Maranhão e Lyra. Governo rico em realizações, embora de curta duração (1904-1906). Iniciou o processo de urbanização de Natal, com a construção da Praça Augusto Severo e pavimentação de várias ruas, além de investir na iluminação a gás acetileno. Com a ocorrência de uma grande seca, que aumentou o número de flagelados que buscavam comida e refúgio em Natal, Tavares de Lyra os empregou na construção da Estrada de Ferro Central, que ligaria Natal a Ceará-Mirim, na construção da Praça Augusto Severo e nas obras de pavimentação de ruas em Natal. Mesmo assim, foram registrados saques ao comércio feitos pelos flagelados. Em 1906, ao completar dois anos de governo, atendendo um convite do Presidente da República Afonso Pena, quando de sua visita a Natal, Tavares de Lyra afastou-se do governo do estado e assumiu o cargo de Ministro da Justiça e Negócios Interiores. Assumiu o Vice-Presidente Manoel Moreira Dias, que convocou eleições para preencher o cargo, sendo eleito Antônio José de Melo e Sousa. g) Governo de Antônio de Souza (1º) - Natural de Nísia Floresta, era chamado pela oposição de “Estadista do Capió”. Governou entre 1907 e 1908, podendo-se destacar, nesse período, a recuperação do cais Tavares de Lyra e continuidade no projeto de implantação de iluminação pública em Natal. No seu governo foi feita uma alteração constitucional que permitiu o aumento do mandato de presidente de 4 para 6 anos. A 9 de dezembro de 1907, faleceu, no Recife, o Senador Pedro Velho. Assumiu o comando da oligarquia, seu irmão, Alberto Maranhão. h) Governo de Alberto Maranhão (2º) - Governou entre 1908 e 1913. Livre da tutela de Pedro Velho, teve seu segundo mandato repleto de realizações. Modernizou o ensino primário, estabelecendo como meta de governo a instalação de uma escola em cada comarca e de uma escola mista em vários municípios do Estado. Em Natal, foram implantadas linhas eletrificadas na Cidade Alta, Alecrim, Tirol e Petrópolis, possibilitando o funcionamento, nesses bairros, de bondes elétricos. Substituiu o encanamento de água na cidade, instalou a rede telefônica, mandou reformar e ampliar a Vila Cincinato (residência oficial do governador), além de ter assistido ao crescimento econômico da cidade, mediante a instalação de fábricas de gelo, frigoríficos e cerâmicas. Na área de saúde pública, construiu o edifício do Hospital Juvino Barreto (Onofre Lopes). Alberto Maranhão, por suas realizações nos campos das artes e das letras, entrou para a história como o “Mecenas Potiguar”, pois incentivou a publicação de livros e a vinda de artistas nacionais e internacionais a Natal. No interior do Estado, Alberto Maranhão preocupou-se com a integração dos municípios, mandando construir mais de três mil quilômetros de estradas carroçáveis, além de tentar estabelecer colônias agrícolas na região de Baixa Verde. O saldo do governo Alberto Maranhão para as finanças estaduais foi desastroso: contas em

desordem, excesso de funcionários e atraso no pagamento dos mesmos. Em 1913, seu governo ficou marcado pela “Política das Salvações”, quando o capitão José da penha lançou a candidatura, à presidência do Estado, do tenente Leônidas Hermes, filho do então presidente Hermes da Fonseca. Essa candidatura foi abortada pela influência do político gaúcho Pinheiro Machado, o que garantiu a eleição de Ferreira Chaves e a continuidade, no poder, dos Albuquerque Maranhão. i) Governo Ferreira Chaves (2º) - Tentou governar com austeridade, visando equilibrar o governo estadual. Reduziu o quadro funcional e cancelou contratos considerados lesivos aos cofres públicos. Incentivou o crescimento da economia do Estado, concedendo incentivos fiscais à indústria e incrementou o setor salineiro, aumentando as exportações e o recolhimento de impostos pelo setor. Seu governo foi afetado pelas grandes secas de 1915 e 1919, que aumentou o problema do banditismo rural, duramente combatido, e também pela 1a Guerra Mundial, que afetou as exportações do Estado. Em seu governo, tem início o desmonte da máquina da oligarquia Albuquerque Maranhão, com o deslocamento do eixo político estadual do litoral para o interior, como reflexo da decadência da economia açucareira e da ascensão da cotonicultura na região do Seridó. j) Governo Antônio de Souza (2º) - a segunda gestão de Antônio de Souza, foi marcada pela ênfase dada à área da educação e saúde pública, com a criação de escolas de magistério, Escola Profissional (Frei Miguelinho) e a implantação da Escola de Farmácia, 1o curso superior do Estado. O final do governo foi marcado pela disputa entre candidatos à sucessão, destacando-se Ferreira Chaves, Eloy de Souza e José Augusto. Houve a intervenção do então Presidente da Republica, Artur Bernardes, o que acabou favorecendo a José Augusto Bezerra de Medeiros. k) Governo José Augusto - durou entre 1924 e 1928. Pôs em prática um política de reurbanização, criando a Comissão de Saneamento de Natal, com finalidade de elaborar um projeto de remodelação da cidade, ampliar o serviço de abastecimento d’água e da rede de esgotos. No mês de junho de 1924, falecido Dr. Manoel Dantas, Intedente Municipal, o governador Juvenal Lamartine nomeia Omar Grant O’Grady chefe do executivo municipal. Exercendo o mandato de 1924 até 1930, tornando o primeiro prefeito da cidade de Câmara Cascudo. Sua formação técnica aliada a uma imensa sensibilidade humana, fez de O’Grady um dos maiores administradores de nossa cidade. Conhecedor dos problemas vivenciados pela urbe, contratou o arquiteto italiano Giácomo Palumbo para fazer um plano de obras para Natal. Nasceu, então, o Plano Geral de Sistematização de Natal (1929), um plano arrojado, que teve como principal objetivo planejar a cidade para cem mil habitantes, número somente alcançado em 1950. José Augusto promoveu campanhas de saúde, visando combater endemias que afetavam a população. Dinamizou os sistemas de iluminação pública, transportes e comunicações telefônicas, investindo ainda no setor educacional, o que resultou no aumento no número de matrículas. Como forma de reforçar o poder de suas bases políticas, José Augusto investiu nos setores econômicos básicos do interior, o algodão e a pecuária. No que se refere à cotonicultura, procurou melhorar a

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qualidade do algodão produzido no Estado, criando o Serviço Estadual do Algodão, fazendas de sementes e a Estação Experimental do Seridó. Seu governo foi marcado ainda pela passagem da Coluna Prestes pelo RN (1926) e pelo ataque de Lampião a Mossoró (1927). José Augusto conseguiu fazer seu sucessor, Juvenal Lamartine, dando continuidade ao seu projeto político de implantar no Estado uma poderosa oligarquia. l) Governo Juvenal Lamartine - Juvenal Lamartine foi eleito em 1928 para um mandato de 4 anos, mas teve seu governo interrompido pela Revolução de 30, que impediu a continuidade da Oligarquia Bezerra de Medeiros, via eleição de Cristóvão Dantas. Deu ênfase à diversificação da produção agrícola do Estado, tendo importado mudas de fumo, amoreiras e laranjeiras. Salvou o Banco de Natal da falência (que passou a ser chamado de Banco do Rio Grande do Norte), estendendo também a sua atuação para cidades do interior. Em 1929 foi criado o Plano Geral de Sistematização de Natal ou Plano Palumbo, nome do arquiteto italiano coordenador do projeto. O plano modificou o traçado das ruas, projetando a cidade para 50 anos, articulando os centros comerciais, Cidade Alta e Ribeira, aos demais bairros, com uma estrutura viária hierarquizada, com o alargamento de algumas ruas e a abertura de novas vias. Deu continuidade a projetos nas áreas de educação, saúde e construção de estradas, além de ter fundado o Aero Clube de Natal. Com o advento da Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, o Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado que, ao regular o "Serviço Eleitoral no Estado", estabeleceu que não haveria mais "distinção de sexo" para o exercício do sufrágio. Celina Guimarães Viana, professora, tornou-se a primeira eleitora do Brasil ao votar em 5 de abril de 1928 na cidade de Mossoró. Houve também a eleição de D. Alzira Teixeira Soriano como prefeita de Lages, a primeira do Brasil. Foi deposto pela Revolução de 30, pois havia apoiado a candidatura de Júlio Prestes à presidência, contra o então candidato de oposição, Getúlio Vargas. Exilado, só retornaria ao Estado no governo de Rafael Fernandes. O RN NA HISTÓRIA DA AVIAÇÃO – REPÚBLICA VELHA a) Com o advento da aviação, a travessia aérea do Atlântico tornou-se um desafio a ser vencido. Pelo Atlântico Norte era impossível, devido à grande distância. A solução seria a travessia no Atlântico Sul, pela África, seguindo a rota Dakar – Natal, obrigatória em todas as rotas de aviação. b) Ainda antes das primeiras travessias do Atlântico, o Rio Grande do Norte já ocupava um papel de relevo na história da aviação, pois entre os grandes aeronautas do início do século encontra-se o norte-rio-grandense Augusto Severo, morto em Paris, num acidente, a bordo do balão “Pax”. Outros três norte-rio-grandenses também podem ser inscritos na história da aviação: João Meneses de Melo (sargento Meneses), Juvenal Lamartine de Faria e Fernando Gomes Pedroza. O primeiro, um militar que se destacava na aviação no Campos dos Afonsos, embora desconhecido no Rio Grande do Norte, chegou a ser homenageado na imprensa carioca na época (27/10/1920) do acidente que ceifou sua vida. Os outros dois foram possivelmente os maiores responsáveis pelo impulso que a aviação teve no Rio Grande do Norte, “culminando com a implantação do Campo de Pouso de Parnamirim, transformado depois na maior base aérea da América do Sul na Segunda

Guerra Mundial”. Foram eles, um, Juvenal Lamartine, governador do estado, e o outro, Fernando Pedroza, na iniciativa privada, que uniram seus ideais e fundaram, em 29 de dezembro de 1928, o Aero Clube do Rio Grande do Norte, quando então existia no Brasil somente o Aero Clube do Rio de Janeiro. c) Desde 1922, quando o hidroavião “Sampaio Correa”, pilotado pelo cearense Pinto Martins, pousou nas águas do rio Potengi, Natal passou a fazer parte da “rota dos grandes ‘raids’ que envolviam a América do Sul”. Dessa forma, vários pilotos famosos na história da aviação passaram por Natal ou tiveram sua vida ligada à cidade. Concomitantemente, o governo do estado construiu campos de pouso pelos vários municípios do interior e deu “apoio decisivo às companhias internacionais de transporte aéreo, a PANAM americana, a CONDOR alemã e a CGA (Compagnie Générale Aeropostale) francesa, que se instalaram em Natal, onde permaneceram até que a Segunda Grande Guerra interrompeu aqueles serviços. Essa efervescência atraiu grandes pilotos e aventureiros para Natal. Entre os mais importantes podemos citar:

• Jean Mermoz: piloto francês, que visitou Natal com freqüência, a partir de 1930, quando inaugurou a travessia do Atlântico Sul conduzindo malas postais. De 1930 a 1936, Mermoz “conviveu fraternalmente com os natalenses”, montando inclusive residência em Natal, no cruzamento da rua Trairi com a Campos Sales (Vila Barros).

• Sachet: piloto francês. Foi mecânico de vôo de Augusto Severo, junto de quem morreu no acidente do balão “Pax”, em 1902;

• Saint-Exupéry: piloto francês, autor de um dos livros mais lidos no mundo – O Pequeno Príncipe, foi muito mais um pensador do que um ás da aviação, muito embora tenha demonstrado grande habilidade na condução de todos os tipos de aviões surgidos na sua época. Segundo Pery Lamartine, ele “só esteve na América do Sul (morava em Buenos Aires) no período entre Outubro de 1929 e Janeiro de 1931, quando foi nomeado Diretor da Aeroposta Argentina, uma subsidiária da empresa francesa Latécoère”. É provável que suas ocupações na empresa o fizessem vir a Natal, porém não com muita freqüência, dada a grande distância entre Natal e Buenos Aires (mais de 4.000 km) e a pouca potência dos aviões da época.

• Ferrarin e Del Prete: pilotos italianos, cujas presenças no Rio Grande do Norte são lembradas por um monumento de grande valor arqueológico: a Coluna Capitolina. Realizaram um dos maiores feitos da história da aviação: um vôo de 59 horas, de Roma ao Rio Grande do Norte (Touros), batendo o recorde de resistência;

• Paul Vachet: foi, no dizer de Carlos Peixoto, um segundo padrinho de Parnamirim. Esteve no Brasil desde 1925, abrindo rotas aéreas entre Buenos Aires e várias capitais brasileiras. Foi entre 1925 e 1927 o único representante da Latécoère na América do Sul.

• Ítalo Balbo: piloto italiano. Era Ministro da Aviaçãoda Itália, quando aqui esteve à frente de uma esquadrilha.

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A Revolução de 1930 a) O RN era governado por Juvenal Lamartine e o período foi caracterizado por violentas perseguições aos oposicionistas, entre os quais João Café Filho, que encontrava-se refugiado na Paraíba. b) Nas eleições de 1930, a oligarquia Bezerra de Medeiros e Juvenal Lamartine apoiaram a candidatura de Júlio Prestes, do PRP, à presidência, contra a Aliança Liberal, do candidato Getúlio Vargas. c) Mesmo com a vitória eleitoral de Júlio Prestes, o governo das oligarquias estava fadado ao fim. O assassinato de João Pessoa, vice de Vargas na Aliança Liberal, foi o estopim do movimento armado conhecido como Revolução de 30. Ao eclodir o movimento no RS, de imediato João Café Filho voltou ao RN e assumiu o comando da Revolução, destacando-se o fato de ter impedido que uma manobra política de José Augusto Bezerra de Medeiros (José Augusto indicou seu primo, Silvino Bezerra, para comandar o governo provisório) tivesse sucesso. Comandando pessoas armadas, Café Filho impediu que Silvino Bezerra assumisse o poder. d) IMPORTANTE!!! João Café Filho começou sua carreira política como líder sindical do porto de Natal. Posteriormente, ele assumiria um papel de destaque como homem de confiança de Vargas no RN. Foi ainda deputado federal e atingiu o auge de sua carreira política quando, na condição de vice-presidente de Getúlio Vargas, assumiu a presidência da república após o suicídio do mesmo, em 24 de agosto de 1954. Nos anos 50, o nome de Café Filho esteve associado ao populismo, sendo seu nome a origem do termo "cafeísmo". Natal na 2ª Guerra Mundial a) Contexto: o Brasil permaneceu neutro na 2ª Guerra Mundial até o ano de 1942, quando finalmente Getúlio Vargas declarou guerra ao Eixo, após o afundamento de navios brasileiros por submarinos alemães. b) Importância de Natal para os aliados: - Ponto estratégico para o patrulhamento do Atlântico Sul. - Possibilitou a instalação de uma base aérea que visava abastecer as tropas aliadas que lutavam contra os alemães no norte da África (Parnamirim Field, "O Trampolim da Vitória"). c) Principais fatos: - Em janeiro de 1943 houve a "Conferência de Natal", encontro entre Getúlio Vargas e o presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt, a fim de discutirem detalhes da participação brasileira no conflito. - Construção da Base Naval pelo Almirante Ari Parreiras. - Construção de um oleoduto ligando o porto de Natal à base aérea de Parnamirim. - Houve a ocorrência constante de blackouts, haja visto a possibilidade de Natal sofrer um ataque aéreo dos alemães. - A economia natalense foi dinamizada devido a elevada circulação de dólares. Comerciantes de todo o norte-nordeste foram atraídos pala a cidade. Se por um lado Natal transformou-se em importante centro econômico, por outro lado destaca-se o aspecto negativo do aumento do custo de vida.

- A vida social da cidade sofreu profundas transformações com a ocorrência dos bailes patrocinados pelas forças norte-americanas, pela presença de artistas de Hollywood, pela pujança do Grande Hotel e pela adoção de anglicismos pela população natalense. Destaca-se também o Cabaré de Maria Boa, e a prática de esportes como vôlei e basquete pelos natalenses. - Com o fim do conflito, Natal voltou à sua antiga vida provinciana. O Populismo Aluizista da Década de 60 a) Aluízio Alves surgiu para a política por intermédio de Dinarte Mariz, líder da UDN no RN. Aluízio foi eleito Deputado Federal Constituinte em 1946, o mais jovem do Brasil. b) Em 1960, Aluízio Alves rompeu com DInarte Mariz e lançou candidatura própria ao governo do estado contra o candidato de Dinarte e da UDN, Djalma Marinho. A chapa de oposição, liderada por Aluízio Alves, reunia elementos do PTB, PSD, dissidentes da UDN e elementos de esquerda. c) A campanha de 1960 ficou marcada por inovações, como o uso de símbolos, cores, passeatas, vigílias, pesquisas eleitorais e marketing. O carisma do populismo aluizista foi fator decisivo para o resultado das eleições, sendo Aluízio Alves eleito governador do estado. d) O governo Aluízio Alves (1961-1966) - Firmou com o governo norte-americano (Kennedy) o Programa Aliança para o Progresso, que visava destinar recursos para a área social, especialmente o setor educacional. - Construiu a Cidade da Esperança, primeiro conjunto habitacional popular da América Latina. - Fundou a CAERN, a TELERN e a COSERN (trouxe energia elétrica da usina de Paulo Afonso, Bahia). - Investiu na construção de escolas e em projetos de infra-estrutura. - Seu governo ficou marcado por uma violenta perseguição política aos seus opositores. - Durante o governo de Aluízio Alves, Djalma Maranhão foi prefeito de Natal. Seu governo foi marcado por programas voltados para as camadas mais humildes da sociedade, destacando-se o Programa de Alfabetização Popular "De pé no chão também se aprende a ler", baseado no método desenvolvido pelo educador Paulo Freyre. Partidário de idéias socialistas, Djalma Maranhão, quando do Golpe Militar de março de 64, foi acusado de desenvolver atividades subversivas, sendo cassado e mandado para o exílio no Uruguai, onde faleceu. e) Nas eleições para a sucessão de Aluízio Alves, o mesmo lançou como candidato o Monsenhor Walfredo Gurgel, que disputou o pleito contra Dinarte Mariz (UDN), o que resultou em uma nova vitória do aluizismo sobre o dinartismo. f) Em 1969, como vingança, Dinarte Mariz conseguiu do governo militar do presidente Costa e Silva, a cassação de Aluízio Alves por corrupção, abuso de poder econômico e atos subversivos contra a revolução. g) Em 1973, Aluízio Alves foi absolvido das acusações e resgatou seus direitos políticos. Filiou-se então ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro), partido de oposição ao regime militar. h) A década de 1970 foi marcada, no RN, pelo surgimento de uma nova oligarquia política composta pelos governadores

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Tarcísio de Vasconcelos Maia, Lavoisier Maia e pelo prefeito de Natal José Agripino Maia, todos eles "biônicos" (indicados pelo regime militar para o exercício do poder). Os Governos do Regime Militar (1964-1985) a) Monsenhor Walfredo Gurgel (1965-1971). Foi eleito governador na última eleição direta para governador antes que fossem decretadas eleições indiretas pelo Regime Militar, pelo AI-3. O quadro político do RN ficou marcado pela adesão de Dinarte Mariz e de Aluízio Alves à ARENA, partido do governo. No início de 1969, Aluízio Alves teve seus direitos políticos cassados pelo regime militar, sob acusação de corrupção, abuso de poder econômico e de desenvolver atividades contrárias aos interesses da “revolução” de 64. Outros políticos, líderes estudantis e intelectuais também foram cassados e perseguidos nessa mesma época. b) Cortez Pereira (1971-1975), foi o primeiro governador do RN que chegou ao poder de acordo com as regras ditadas pelo AI-3, que criava a figura do “Governador Biônico” (indicado para o cargo pelo governo militar, portanto eleito indiretamente). Cortez Pereira foi escolhido para exercer o cargo por suas posições políticas condizentes com os objetivos do governo central, tendo contado ainda com o apoio de Dinarte Mariz. Uma de suas primeiras medidas de governo foi restaurar o nome do Palácio do Governo, que voltou a ser chamado “Palácio Potengi”, deixando de lado o nome “da Esperança”, que caracterizou o período aluizista. Visando tirar o RN de seu secular atraso econômico e social, Cortez Pereira desenvolveu pólos agro-industriais em várias regiões com o objetivo de oferecer uma possibilidade de renda ao homem do campo e evitar o processo de êxodo rural. Os principais projetos foram os de Vilas Rurais, Boqueirão (beneficiamento de coco), sericultura, produção de barrilha em Macau, etc... c) Tarcísio Maia (1975-1979), foi indicado para o governo e era vinculado à ARENA, partido do governo militar. O governo de Tarcísio Maia marcou a ascensão de uma nova “oligarquia” ao poder no RN, os Maia. Seu governo ficou marcado pela imobilização de todos os projetos do governo anterior, que então estavam sob suspeita de práticas irregulares. Buscando novas alternativas, Tarcísio Maia criou as secretarias da Indústria e do Comércio, do Trabalho e Bem Estar Social e dos Transportes e Obras Públicas. Tentou desenvolver projetos no setor de mineração, mas os mesmos não saíram do papel por falta de apoio por parte do Governo Federal. Tarcísio Maia implantou ainda a Via Costeira, que viria a ser um importante pólo turístico do estado. Politicamente, buscou uma “paz pública” com os Alves, conseguindo inclusive o apoio do MDB de Aluízio à indicação de seu primo Lavoisier Maia ao governo. d) Lavoisier Maia (1979-1983), iniciou seu governo com a indicação de José Agripino Maia para a prefeitura do Natal, abrindo caminho para a sua sucessão no governo do estado. Lavoisier foi considerado um grande aliado do funcionalismo público. No entanto, seu governo ficou marcado por greves de professores da rede estadual de ensino, por uma grande seca que afetou as estruturas econômicas e sociais do estado e pelo processo de reabertura política, que levaria à redemocratização do país e, portanto, ao fim do Regime Militar. Nesse contexto, a política do Estado ficou marcada pelo rompimento da paz entre Alves e Maia, que teria seu auge na disputa pela

sucessão de Lavoisier, em 1982, entre os candidatos Aluízio Alves e José Agripino Maia. O Projeto Curral recuperou a bacia leiteira do Rio Grande do Norte, dizimada pela seca. e) José Agripino Maia (1983-1986), foi eleito em 1982, na primeira eleição direta para governadores de Estados desde a criação do AI-3. Agripino era vinculado ao então PDS, partido sucessor da ARENA na condição de governista, em um momento em que o Regime Militar chegava ao fim, no governo do presidente João Batista Figueiredo. Sua eleição, com vantagem de mais de 107 mil votos sobre Aluízio Alves, marcava o pesado jogo da máquina governista, que tentava a todo custo evitar derrotas do PDS nos estados da federação. O governo foi marcado pelo "Escândalo do Rabo-de-Palha", pelo qual Agripino teria supostamente instruído cabos eleitorais a comprar votos de eleitores pobres em favor da candidata à prefeitura de Natal Wilma de Faria, à época, pelo PDS. Garibaldi Alves Filho, do PMDB ganhou a eleição. Houve a continuidade do processo de estiagem, que afetava a economia do Estado. O Projeto Curral recuperou a bacia leiteira do Rio Grande do Norte, dizimada pela seca. O governo José Agripino fez chegar ao pequeno pecuarista mais de 20 mil matrizes, adquiridas com recursos próprios e através de Cooperativas e em parceria com o Banco do Nordeste. O Projeto Curral criou uma base física no Jiqui para a sobrevivência das matrizes e transformou pequenos pecuaristas em produtores de leite e queijo, beneficiando assim todas as regiões do Estado. A situação era agravada pelo contexto econômico nacional, caracterizado por uma profunda crise econômica, derivada da falência do modelo do Milagre do Regime Militar. No entanto, Agripino colocou em prática projetos voltados para a área social, como os projetos Terra Verde (que visava dar condições de produção ao home do semi-árido), Vilarejo (que visava dotar as pequenas comunidades rurais de um rede de infraestrutura, tentando evitar o fenômeno do êxodo rural) e o Crescer (que buscava dar melhores condições de moradia ás classes menos favorecidas, além de educação, saúde e trabalho). O processo de sucessão de José Agripino Maia ficou marcado pelas condições determinadas pelo cenário político nacional. Terminara o Regime Militar e, com a redemocratização (confirmada pela posse de José Sarney na presidência, após a morte do eleito, Tancredo Neves), o sucesso do Plano Cruzado, que reduziu as dramáticas taxas inflacionárias que marcaram o cenário econômico do Brasil até então, permitiram uma esmagadora vitória política do PMDB, então partido do governo. Em1985, foi o primeiro dos governadores eleitos pelo PDS a romper com o partido, ao apoiar Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, contra Paulo Maluf, que era do PDS. Foi um dos fundadores da Frente Liberal, mais tarde PFL, pelo qual disputou todas as eleições seguintes, a exceção de 2010, quando o PFL mudou de nome para DEM. Antes da conclusão do mandato, desincompatibilizou-se para disputar uma vaga ao Senado nas eleições de 1986, obtendo êxito, ao lado de Lavoisier Maia (PDS). O candidato a governador, João Faustino, também do PFL, perdeu para o PMDB de Geraldo Melo, sob efeito devastador do Plano Cruzado. Foi a famosa chapa "João, Lavô e Jajá". João Faustino, Lavô de Lavoisier e Jajá, Agripino. Importante!!! Nos anos 80, duas disputas marcaram as relações entre as oligarquias Alves e Maias:

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* Em 1982, a disputa entre Aluízio Alves (PMDB) e José Agripino Maia (PDS), candidato do Governo Federal, que terminou com a vitória agripinista por mais de cem mil votos de vantagem, em um momento em que o Regime Militar, em decadência, precisava de vitórias nos Estados da federação. * Em 1986, a disputa deu-se entre Geraldo Melo (PMDB), apoiado pelos Alves, e João Faustino (PFL), pelos Maias, e que refletiu o momento de transição para a democracia, pós-Regime Militar. A vitória de Geraldo Melo foi fruto do sucesso do Plano Cruzado que, em escala nacional, deu ao PMDB uma esmagadora vitória nas eleições para governadores dos Estados. Governos posteriores ao período militar no Rio Grande do Norte (1986 aos dias atuais) Geraldo Melo (15 de março de 1987 a 15 de março de 1991) – Foi secretário estadual, vice-governador, governador, vice-presidente do senado e senador da República. Tendo construído boa parte da sua vida pública em Ceará-Mirim, colaborou com o governo de Aluísio Alves (1961-1966), tendo trabalhado no DNOCS. Foi indicado vice-governador do Rio Grande do Norte quando o titular era Lavoisier Maia Sobrinho (1978-1983). Em seguida, voltou para o grupo dos Alves e coordenou a campanha vitoriosa de Garibaldi Alves Filho para a Prefeitura de Natal, no ano de 1985. Isso lhe serviu de credencial para disputar o Governo do Estado em 1986. Com o slogan Novos Tempos, Novos Ventos e uma maioria de 14 mil votos, conseguiu eleger-se. Geraldo montou uma estação de radio, e obteve uma concessão de uma emissora de TV, a TV Potengi, ligada à Rede Bandeirantes de Televisão, ao término dos anos 1980. Em 1993, rompeu com o PMDB e passou para o PSDB, onde foi presidente estadual até o ano de 2008, logo apos retornou para o PMDB em 2011. Elegeu-se senador em 1994, e, durante esse período, Geraldo foi vice-presidente do Senado de 1995 até 1997. Elegeu-se novamente senador em 1999. José Agripino Maia (15 de março de 1991 a 2 de abril de 1994) – Em 1990 disputa novamente o governo do estado, pelo PFL, desta vez contra o próprio tio Lavoisier Maia, do PDT, apoiado por Wilma e pelo PMDB, do senador eleito Garibaldi Alves. Agripino, com o apoio do presidente Collor, venceu com 52% dos votos. Neste governo, Agripino dobrou o índice de domicílios com saneamento no Estado. Também desta vez não conclui o mandato para se candidatar ao Senado em 1994, sendo eleito novamente. Disputa pela 3ª vez o governo do estado em 1998, porém é derrotado, ainda em primeiro turno, para Garibaldi Alves Filho. Reelege-se senador em 2002, tornando-se líder desde então no senado do PFL que depois tornou-se DEM. Foi um dos políticos mais importantes no cenário da derrubada da CPMF. Foi reeleito Senador pelo Rio Grande do Norte nas eleições de 2010, quando obteve 958.891 votos, o correspondente a 32,23% dos votos válidos. Vivaldo Silvino da Costa (2 de abril de 1994 a 1 de janeiro de 1995) – Foi vice-governador do Rio Grande do Norte entre 1991 e 1994 assumindo o governo do estado entre 1994 e 1995. Atualmente é deputado estadual. Foi prefeito da cidade de Caicó RN, Deputado Estadual e Deputado Federal. Atualmente, seu nome é cogitado como

candidato à vice-governador nas eleições de 2014 ao lado da ex-governadora Vilma de Faria. Garibaldi Alves Filho (1 de janeiro de 1995 a 1 de janeiro de 1999. Reeleito até 6 de abril de 2002) – Em 1966 foi nomeado chefe da Casa Civil da prefeitura Natal na gestão de seu tio, Agnelo Alves. Com a cassação deste pelos militares em 1969, Garibaldi Alves Filho foi eleito deputado estadual pelo MDB em 1970, 1974, 1978 e 1982, conquistando este último mandato pelo pelo PMDB, onde ingressou com o fim do bipartidarismo no país em 1979. Em 1985 foi eleito prefeito de Natal ao derrotar Wilma de Faria, candidata do PDS. Cumprido o mandato de prefeito, elege-se em senador em 1990 cumprindo o mandato até 1994, quando foi eleito, já no primeiro turno, governador do Rio Grande do Norte, derrotando Lavoisier Maia. Seu governo ficou marcado pela instalação de um gigantesco programa de adutoras que ampliou a distribuição de água para municípios do interior do Estado. Ficou conhecido como ‘O Governo das Águas”. Disputa a reeleição em 1998 e vence ainda em primeiro turno, desta vez derrotando José Agripino Maia. Deixa o governo em abril de 2002 para poder disputar novamente o cargo de senador, sendo eleito. Nas eleições de 2006 disputa mais uma vez o governo do estado. É derrotado pela primeira vez na carreira, no segundo turno após acirrada disputa para a então governadora Wilma de Faria. Fernando Freire (6 de abril de 2002 a 1 de janeiro de 2003) – Filho de Jessé Pinto Freire e Ivanise Câmara Freire. Estudou em Londres e Amsterdã entre 1972 e 1976 onde se graduou em Administração e obteve noções de comércio exterior de modo que pudesse desempenhar melhor suas funções como assessor da Câmara de Comércio Internacional do Rio de Janeiro, do Conselho Nacional das Representações Comerciais e da Confederação Nacional do Comércio, presidida por seu genitor por dezesseis anos. Diretor financeiro da Companhia Nacional de Alcalis e presidente da Jessé Freire Agroindustrial S/A acompanhou a carreira do pai senador e de seu irmão o deputado federal Jessé Freire Filho, porém o falecimento destes no curso de suas carreiras políticas levou Fernando Freire a assumir o legado público da família sendo eleito deputado federal (PFL) em 1990 e vice-governador do Rio Grande do Norte em 1994 e 1998 na chapa de Garibaldi Alves Filho a quem sucedeu no governo do estado em 2002. Wilma de Faria (1 de janeiro de 2003 a 1 de janeiro de 2007. Reeleita, até 31 de março de 2010) – Em abril de 2002, renuncia à prefeitura para disputar o governo do estado, sendo eleita com 820.541 votos, correspondentes a 61,05% dos votos válidos. Em 2006, candidata- se à reeleição para governadora, junto com o parceiro de chapa, Iberê Ferreira de Sousa. Numa disputa histórica com Garibaldi Alves, venceu no segundo turno com 824.101 votos, correspondentes 52,38% dos votos válidos. Ao fim de março de 2010, Wilma de Faria decidiu renunciar ao governo do Rio Grande do Norte e deixá-lo a cargo de seu vice, Iberê Ferreira, para que pudesse se candidatar a senadora nas eleições gerais de 3 de outubro do mesmo ano. Em 31 de março de 2010, Wilma renunciou oficialmente ao governo do Estado. Foi a 3ª colocada nas eleições em 2010 para senadora com 651.358 votos (21,89% dos válidos), tendo sido derrotada pelo peemedebista Garibaldi

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Alves Filho – o 1° colocado, reeleito com 1.042.272 votos (35,03% dos válidos) – e pelo democrata José Agripino – o 2° colocado, reeleito com 958.891 votos (32,23% dos válidos). Em seu governo houve a viabilização de ações em parceria com o governo federal em Guamaré: planta de querosene de aviação; planta de óleo diesel; unidade de processamento de gás natural; implantação do núcleo nacional de energias renováveis da petrobras; implantação de duas unidades piloto para produção de biodiesel. Construção da ponte Forte/ Redinha, Programa do Leite, além de projetos de infraestrutura e na área social. Iberê Ferreira de Souza (31 de março de 2010 a 1 de janeiro de 2011) – No primeiro governo Wilma de Faria foi Secretário de Agricultura. Em 2006 foi eleito vice-governador do estado pelo PSB. Em 2010 assumiu o comando do governo do estado em 31 de março de 2010 mediante a renúncia de Wilma de Faria para disputar o pleito de 2010. Iberê Ferreira disputou a reeleição para o cargo, mas perdeu a eleição. Rosalba Ciarlini (1 de janeiro de 2011 e continua...) – Foi a prefeita que transformou Mossoró, fazendo dos fatos históricos a oportunidade de emprego e renda, através dos eventos culturais, como o Auto da Liberdade e Chuva de Bala no País de Mossoró. Nas eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 2010 foi eleita governadora daquele estado já no 1° turno com 52,46% dos votos válidos, o que representa 813.813 votos, nas eleições de 03 de outubro de 2010. Seu vice é Robinson Faria, que rompeu com a governadora ainda no primeiro ano de gestão. No entanto, sua gestão passa por várias dificuldades. Contraditoriamente a sua história, a saúde pública é um dos piores problemas. Em 2011, o governo de Rosalba Ciarlini enfrentou um movimento de greve geral do funcionalismo público intitulado de Rio Greve do Norte jamais visto nas últimas décadas no Estado. No Twitter, os adeptos aos movimento usaram a hashtag #riogrevedonorte para chegar ao primeiro lugar no Trending Topics Brasil como o assunto mais falado no Twitter brasileiro no dia 23 de maio de 2011. Dois dias depois vários manifestantes foram às ruas da capital do Estado protestar contra a situação de paralisia dos serviços publicos. Embora seja médica e tenha obtido sucesso nos demais, Rosalba Ciarlini foi ameaçada de ser denunciada ao Organização Estados Americanos (OEA) por supostamente negligenciar diante da situação do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, principal hospital geral do Rio Grande do Norte. Um Plano de Enfrentamento para os serviços de Urgência e Emergência da Saúde Pública foi anunciado, mas até agora o governo não conseguiu avançar. Denúncias de corrupção no Detran de Mossoró - reduto político de Rosalba Ciarlini - também abalaram a credibilidade do governo.O desgaste do governo foi maior porque as denuncias foram veiculadas no programa jornalístico dominical Fantástico da TV Globo em nível nacional. O governo também se mostrou ineficiente no combate aos efeitos da seca. Apesar de elaborar um plano de enfrentamento do problema, o governo Rosalba Ciarlini não consegui investir mais que 2% do previsto. Entretanto, espera-se reversão do quadro com a aprovação de um vultuoso empréstimo ao Estado previsto no Orçamento da União de 2013, Na Segurança Pública, o governo Rosalba Ciarlini não conseguiu conter ondas de assaltos aos ônibus que fazem o transporte público de Natal.

Durante o movimento a Revolta do Busão, a força policial também foi acusada de agir com excessos. De acordo com pesquisas do Ibope, Rosalba Ciarlini possui a pior desaprovação entre os governadores de todos os Estados brasileiros, com apenas 8% de aprovação da cidade de Natal (Rio Grande do Norte).


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