Download - Arte Rupestre Brasileira
Arte Primitiva Brasileira
Chegada do homem s Amricas
Classificao das pinturas rupestres
Stios Arqueolgicos
Tradies das pinturas rupestres
Teoria entre o homem negro e indgena
Arte em cermica; Marajoara, Tapajnica e Marac
150 mil anos surge o homem que conhecemos.
11.500 anos migram pelo Estreito de Bering devido ultima glaciao (entre 80 a 10 mil anos atrs).
Outra teoria aponta povos vindo da Oceania, atravs de navegao pelo Pacfico.
Certo que o homem no surge na Amrica, ele vem de um processo migratrio.
Stios Arqueolgicos Brasileiros
Stios arqueolgicos so lugares de explorao de vestgios da presena humana, seus traos e possveis fsseis.
O homem do paleoltico sul americano e neoltico no geral deixaram vestgios de sua passagem com pinturas rupestres, seus sambaquis e outras produes.
Para determinarmos o tempo das peas, pinturas ou fsseis usamos o mtodo de Carbono 14 ou Luminescncia para termos uma aproximao da datao das peas.
Parque Nacional Serra da Capivara, Pedra Furada, PI
Pedra do Ing, PB
Sambaqui, Cananeia - SP
O que um Sambaqui?
Sambaqui a princpio parecia aos arquelogos um local onde o homem depositava seu lixo produzido em um nico lugar. Nos sambaquis temos um grande aglomerado de conchas de moluscos, ossos e objetos usados pelos povos primitivos.
Os sambaquis so grandes montanhas artifciais, tendo at dez metros de extenso e no geral esto beira mar ou rio.
Alm de sua existncia no Brasil, podemos citar ainda o mesmo padro de aglomerado de restos na Dinamarca, Portugal e Japo.
Sabe-se hoje que eram feitas cerimnias de sepultamento nos sambaquis, afastando assim a simples ideia de sua construo como simples amontoado de entulho de restos humanos.
Sambaqui, Florianpolis - SC
Luzia, a mulher de 11.500 anos
1975 Anette Emperaire descobre o crnio que com a datao feita por Carbono 14 revela que o crnio tem em mdia 11.500 anos.
At a referida data entendia-se que o homem brasileiro era de traos mongis, j que estes vieram inicialmente do alto das Amricas e por isso os ndios teriam as pregas orientais, caractersticas de povos orientais com os mongis.
Ao reconstruir o rosto do crnio percebeu-se que a mulher a quem pertenceu o crnio um dia era uma mulher de traos negroides e no mongoloide como se esperava.
Mongol, at 1975 esperava-se que a origem do homem brasileiro era de origem da Monglia.
Crnio de Luzia, 11.500 anos
Luzia, reconstruo atravs do crnio encontrado em 1975
altura, 1,50cm, entre 20 e 25 anos, mulher
E a arte?
Arte rupestre (latim, rupes = rochedo)
Europa, datao cerca de 35 mil anos
Brasil, datao cerca de 17 mil anos, Serra da Capivara - PI
Assim como em Lascaux e Altamira, o homem usava sua arte como rito mstico, iniciaes e registrava sobre a rocha o quotidiano.
O homem do paleoltico fez uso do suporte em rocha para pintura usando diversas tintas extradas do xido de ferros e outros minrios.
J o homem do neoltico no se h muito registros, uma vez que o homem do neoltico abandona o nomadismo e o abrigo em cavernas para construo de cabanas e seu sedentarismo.
Classificao da Arte Rupestre
Naturalista; contemplam a forma zoomrfica, ou seja, animais e homem. Enfatizam caa, animais ou guerras. o tema natural da vida deste homem.
Geomtricas; seguem padres geomtricos, simtricos ou assimtricos as vezes, so frequentemente encontrados no litoral catarinense.
Pedra do Ing - Paraba
Stio arqueolgico que sofre com o abandono, mesmo aps seu tombamento pelo IPHAN (Instituto do Patrimnio Histrico Artstico Nacional).
Situado na regio do Cariri a 95km de Joo Pessoa.
Seu tamanho 3x20mts sendo um grande painel rochoso com incrustaes e vista de uma constelao desenhada em rocha.
Serra da Capivara - Piau
Tombamento desde 1991 pela UNESCO
Sua pinturas contam narrativas e cerimoniais da poca.
Os temas explorados pertencem tradio Nordeste que mostram figuras, danas, sexualidade. Estilo Serra da Capivara (11.000 anos) retrata animais como veados, tatus e onas. Estilo Serra Talhada (anos depois) retrata cenas de violncia e lutas.
Tradies
Chamamos de tradies o perodo em que se deu a pintura na rocha. Por determinado perodo de tempo o padro de desenhos se mantm nas cavernas e a isso chamamos de tradio.
Foram ao todo seis as principais tradies das quais veremos a seguir:
Tradio Nordeste
Contempla os animais e o naturalismo do homem, retratando seu quotidiano e costumes.
Regio RN ao PI
Tradio So Francisco
Enfatiza os desenhos de rpteis e peixes, busca ainda os temas naturalistas.
Regio Minas Gerais
Tradio Planalto
Busca os temas naturais e imagens de veados, peixes e tatus
Vista desde Minas Gerais at Paran
Tradio Geomtrica
Representa motivos geomtricos com ou sem padres simtricos.
Regio NE, todo litoral at Florianpolis - SC
Tradio Litoral Catarinense
Gravuras em rocha e incrustaes fazendo uso do padro geomtrico.
Regio Litoral Catarinense
Tradio Meridional
Explora temas e smbolos sexuais.
Regio Rio Grande do Sul.
Escultura e Muiraquits
dolo Iguape, 9cm, 500 a.C
Pedra gnaisse
A pea possui relao entre a arte produzida na regio amaznica e povos do pacfico (Oceania).
Muiraquits
So pequenas peas trabalhadas que servem como amuletos e protetores.
As formas mais trabalhadas so peixes e sapos.
Feitos na regio do Tapajs
Muita das peas foram perdidas, com a invaso do homem europeu a igreja destruiu as imagens de idolatria, embora a mesma possusse seu acervo de imagens de idolatria, quando se tratava de uma seita suas imagens eram destrudas pela catequese.
Cermicas
A cermica, por excelncia, o estilo puro. Por esta simples manifestao possvel apreciar a sensibilidade de um povo. - Hebert ReadAps o perodo de produo rupestre onde o homem primitivo produzia sobre rocha, era nmade ainda se abrigando ora em uma caverna, ora em outra. O homem ento passa ao sedentarismo do perodo neoltico, constri cabanas de madeira tranada, desenvolve agricultura e aprimora a caa.
Diferente do homem primitivo europeu, o homem sul-americano no necessita armazenar alimentos, to pouco acumular bens, uma vez que esta prtica se deve ao rigoroso inverno europeu, fazendo ento com que os homens guardassem coisas e alimentos para uso no inverno.
Ainda diferente do homem europeu, este no houve necessidade de uso de roupas, j que no havia frio nos trpicos e seu modo de produzir arte tambm foi diferente do homem europeu.
Lembre-se que ainda o Brasil no havia sido explorado pelo homem europeu!!!
As cermicas dividem-se em trs tradies: Marajoara; urnas e tigelas com temas geomtricos e com motivos simtricos. Produzida na Ilha de Maraj AM Santarm ou Tapajnica; vasos de gargalo (moringas), clices com pedestais. Os temas no geral so mitos amaznicos. Escultura femininas em suas representaes. Marac; urnas funerrias de formato humano, Amap.
Regio Sudeste Os Tupis
Nas regies sudeste desenvolveu-se a mesma produo de cermica; com vasos abertos e motivos geomtricos feitos pelas tribos Tupis, estas de estendiam do nordeste at o sul do estado de So Paulo, conhecidos como Proto-Tupis.
Sabe-se que no sculo XVI iniciou-se o processo de ocupao das Amricas pelo homem europeu.
Em menos de dois sculos a populao indgena foi exterminada por doenas trazidas da Europa.
A igreja com a misso dos Jesutas extermina a cultura em ascenso Tupi, Guarani e Tupinamb. Extingue cultos, cerimnias e ritos.
A explorao da cana-de-acar no sculo XVII d incio ao processo de escravido do ndio e a chegada do negro como mo de obra escrava.
No sculo XVIII temos trs culturas; africana, lusitana e indgena, o Brasil torna-se nao soberana com cultura prpria.
No sculo XIX dado o grito de Independncia, assina-se a lei urea (libertao dos escravos) e o imprio brasileiro torna-se uma Repblica.