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Aprendendo a Navegar – Manual do Arrais Amador

Autorizada a utilização deste material somente pelo Sr. FELIPE VIEIRA

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APRENDENDO A NAVEGAR Escola Náutica

Balneário Camboriú/SC

www.aprendendoanavegar.com.br

PROGRAMA COMPLETO PARA AS PROVAS DE

ARRAIS AMADOR ou MOTONAUTA

Este documento contém todo o programa necessário para o candidato que vai se

submeter a uma prova na Marinha para obtenção da carteira de ARRAIS AMADOR ou MOTONAUTA.

Atenção:

Este livro digital já está atualizado de acordo com as novas normas da Marinha para navegação de lazer publicadas pela Portaria nr 100/2012.

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Capitão Sebastião Fernandes

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Organizado pelo Capitão Amador Sebastião Fernandes, autor da 5ª. edição (impressa) do livro “APRENDENDO A NAVEGAR – MANUAL DO ARRAIS AMADOR”

Distribuição eletrônica

VISANDO DIFICULTAR A DISSEMINAÇÃO DE CÓPIAS PIRATAS NÃO AUTORIZADAS E MANTER OS

DIREITOS AUTORAIS, TODAS AS PÁGINAS DESTE DOCUMENTO CONTÉM O NOME DA PESSOA QUE ADQUIRIU O MATERIAL. É TERMINANTEMENTE PROIBIDA QUALQUER FORMA DE REPASSE DO ARQUIVO OU MESMO REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DA OBRA, SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO AUTOR.

OS DIREITOS AUTORAIS DESTA OBRA PERTENCEM AO AUTOR CONFORME LEI FEDERAL 9.610/98 E A VENDA, CESSÃO OU REPASSE DE CÓPIAS ELETRÔNICAS OU IMPRESSAS CONSTITUI CRIME DE PIRATARIA PREVISTO NA MESMA LEI.

CASO A OBRA SEJA REPASSADA PARA TERCEIROS, A EMPRESA APRENDENDO A NAVEGAR ADOTARÁ AS MEDIDAS JUDICIAIS CABÍVEIS REQUERENDO INDENIZAÇÃO PELA UTILIZAÇÃO INDEVIDA DE

SEU MATERIAL. NO ENTANTO ACREDITAMOS QUE TAL MEDIDA NÃO SERÁ NECESSÁRIA POIS ACREDITAMOS QUE ESTAMOS LIDANDO COM PESSOAS DE BOA ÍNDOLE, TÍPICAS DO MUNDO NÁUTICO

AMADOR.

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS. Autor Sebastião Fernandes - Capitão Amador – Itapema/SC “REGISTRO NO MINISTÉRIO DA CULTURA – FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL ESCRITÓRIO DE DIREITOS AUTORAIS - REGISTRO Nº 278.480 livro 502 Folha 140 Todos os direitos reservados ao autor, conforme Lei 9.610/98”

INSTRUÇÕES SOBRE A PROVA NA MARINHA

• A prova de Arrais amador da Marinha aplicada pelas Capitanias é constituída de 40 questões de múltipla escolha e será aprovado quem acertar no mínimo 50% das questões. A prova de Motonauta tem apenas 20 questões. Cada questão tem quatro (4) opções de respostas. Basta assinalar a resposta certa. Comece a prova respondendo as questões fáceis, deixando as difíceis para o final. Não deixe nenhuma questão sem responder.

• A prova de Arrais tem duração de duas horas e a prova de Motonauta tem duração de 90 minutos.

• Enquanto você estuda, providencie sua inscrição para a prova. Os locais de prova podem ser consultados em nosso site, no link “Onde fazer a prova na Marinha”.

• Se desejar fazer a prova em Santa Catarina, podemos fazer sua inscrição, apanhar a carteira depois de pronta e entregá-la em sua casa. Temos também escola náutica homologada pela Marinha para realizar cursos práticos. Conosco você economizará duas viagens na Marinha: para se inscrever para a prova e para apanhar a carteira.

• Leve para a inscrição os seguintes documentos: cópia de sua CNH, comprovante de residência, declaração de curso prático fornecido por marinas cadastradas (consulte na

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Marinha de sua região quais as marinas autorizadas a ministrar cursos práticos) e Guia de Recolhimento já paga. Esta Guia pode ser emitida no site www.dpc.mar.mil.br/SCAAN.

• Verifique no órgão da Marinha onde se inscreveu a data e horário da prova e leve para a prova: caneta, RG e sua Ficha de Inscrição.

• PROGRAMA DA PROVA (ARRAIS AMADOR)

A Lei em vigor prevê que a prova para obtenção da carteira de arrais amador abordará sete (7) assuntos:

- LEGISLAÇÃO NÁUTICA - MARINHARIA - PRIMEIROS SOCORROS - COMBATE A INCÊNDIO - MATERIAL DE SALVATAGEM E SOBREVIVÊNCIA NO MAR. - RIPEAM - SINALIZAÇÃO NÁUTICA E BALIZAMENTO. Sendo assim este documento também está dividido em sete (7) capítulos, na mesma

seqüência acima. • PROGRAMA DA PROVA (MOTONAUTA)

A Lei em vigor prevê que a prova para obtenção da carteira de Motonauta abordará quatro (4) assuntos:

- LEGISLAÇÃO NÁUTICA (capítulo 1) - PRIMEIROS SOCORROS (capitulo 3) - RIPEAM (capítulo 6) - SINALIZAÇÃO NÁUTICA E BALIZAMENTO (capítulo 7). COMO ESTUDAR PARA A PROVA COM ESTE DOCUMENTO A partir das próximas páginas você começará a conhecer todos os sete assuntos do Programa da

Prova. No final de cada um dos sete assuntos você encontrará um Questionário Preparatório e no final deste documento encontrará uma Prova Simulada e Instruções Finais.

Estude primeiramente cada capítulo. Após o término da leitura do capítulo, leia com atenção o Questionário Preparatório. Ele contém centenas de questões que foram recentemente abordadas em provas da Marinha. Algumas destas questões se repetirão na sua prova de forma idêntica e todas lhe serão muito úteis. O Questionário Preparatório contém apenas a resposta certa.

Quando terminar de ler os sete capítulos e os sete Questionários Preparatórios, responda a prova simulada no final deste livro sem consultar o gabarito e verifique quantas você acertou. Se for um acerto superior a 70% da prova simulada, você está muito bem preparado para a prova.

No dia da prova, algumas horas antes de realizar a mesma, leia com atenção um capítulo chamado de Instruções Finais que acompanha este documento.

Através de entrevistas com pessoas que se submeteram à prova recentemente, pudemos constatar que mais de 90% das questões das provas podiam ter suas respostas encontradas neste documento que você acaba de receber. Portanto, não estude com nenhum outro material didático, você está de posse de um documento completo e atualizado constantemente.

Solicitamos nos comunicar por e-mail o resultado de sua prova e seus comentários sobre o conteúdo deste documento. Bons estudos e boa prova.

Sugestão do autor:Sugestão do autor:Sugestão do autor:Sugestão do autor: Venha fazer um curso completo (teórico e prático) de arrais amador em Balneário

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Camboriu/SC, que pode ser feito da seguinte forma: curso prático todos os dias da semana, a seu critério, curso teórico na 5ª.feira das 08 às 12h e prova na Marinha no mesmo dia, às 14 h. Vantagens:

- fizemos sua inscrição para a prova na Marinha, apanhamos a carteira depois de pronta e a entregamos em sua casa.

- curso ministrado pelo autor deste documento com índice de 98% de aprovação.

CAPÍTULO 1

LEGISLAÇÃO NÁUTICA

Toda a navegação em águas brasileiras é regida pelas seguintes leis: - Lei Federal 9.537, de 11 de dezembro de 1997, conhecida como Lei de Segurança do

Tráfego Aquaviário, também chamada de LESTA, que veremos ainda neste capítulo. - Decreto 2.596/98, também chamado de RLESTA. Regulamentou a LESTA e

trataremos deste decreto ainda neste capítulo. - NORMAM-03 – Documento normativo da Diretoria de Portos e Costas da Marinha do

Brasil, com normas exclusivas para a navegação de lazer. Conheceremos a Diretoria de Portos e Costas e a NORMAM-03 ainda neste Capítulo.

ÓRGÃOS LIGADOS À NAVEGAÇÃO IMO – órgão da ONU com sede em Londres e escritório no Rio de Janeiro, dissemina

doutrinas sobre a navegação, orientando os países membros. O Brasil é membro da IMO. Autoridade Marítima – é o Comandante da Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas (DPC) – é uma Diretoria especializada da própria Marinha,

sediada no Rio de Janeiro, chamada de Representante da Autoridade Marítima Brasileira para a navegação de esporte e recreio (lazer).

Capitanias dos Portos, Delegacias e Agências – são os Agentes da Autoridade Marítima nos Estados. Cada estado possui a sua Capitania. Nos estados que possuem mais de um porto, então este estado terá também Delegacias e Agências da Capitania. Exemplo: Estado de São Paulo:

- Capitania dos Portos em Santos - Delegacia da Capitania em São Sebastião e Pres. Epitácio - Agência da Capitania em Barra Bonita. Conheça todas as Capitanias, Delegacias e Agências em nosso site, no link “Onde fazer

as provas na Marinha”. Conheça melhor a DPC visitando o site www.dpc.mar.mil.br. LEI FEDERAL 9.537/97 – LESTA

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A LESTA subdivide a navegação, para efeitos legais, da seguinte forma: - Longo Curso – travessia entre portos brasileiros e estrangeiros (Ex: uma travessia entre Rio de Janeiro e Miami) - Cabotagem – travessia entre 2 portos brasileiros (Ex: uma travessia entre Belém e Rio de Janeiro) - Apoio Marítimo – em apoio aqueles que trabalham em alto mar (barcos que apóiam as plataformas de petróleo no mar) - Apoio Portuário – dentro dos portos brasileiros. Para entender até onde posso ir com meu barco é necessário primeiramente entender

que a LESTA também subdivide as águas navegáveis, para efeito de navegação, da seguinte forma:

• Área interior - são as áreas abrigadas de mau tempo como enseadas, baias, rios, lagoas, etc. São também chamados os locais onde não ocorrem tempestades.

• Área costeira - aquela praticada em alto mar, porém até onde se pode avistar a costa, no máximo de 20 milhas da costa.

• Área Oceânica - além das 20 milhas da costa, onde só se avista céu e mar. (milha náutica = 1.852m).

Os limites das águas interiores em cada Estado é definido por uma Portaria da Capitania dos Portos daquele estado, que todo navegante amador ou profissional deve conhecer. Pergunte na Capitania de seu estado quais os limites das áreas de navegação interior. Nos estados que não são banhados pelo Oceano Atlântico, todas as águas são consideradas interiores.

A LESTA também subdivide também os navegantes em: 1 - Aquaviários – profissionais da navegação, navegam de forma remunerada. São os

chamados Marítimos, pescadores, práticos, fluviários, agentes de manobra e mergulhadores. Estes por sua vez são ainda subdivididos em vários sub-grupos que para você tem pouca importância pois você não será um Aquaviário.

2 - Amadores – aqueles que navegam (pilotam) barcos por prazer, sem remuneração. Portanto, como você navegará por prazer e não pretende ser remunerado nesta

atividade, você vai pertencer ao grupo dos NAVEGANTES AMADORES, que por sua vez são subdivididos da seguinte forma:

- Capitão Amador – pode conduzir qualquer barco de lazer, exceto Jet-ski, sem limites de áreas. Único que pode conduzir um barco de lazer em área oceânica.

- Mestre amador – pode conduzir qualquer barco de lazer (excetojet-ski), até a área costeira, máximo de 20 milhas da costa.

- Arrais Amador – pode conduzir qualquer barco de lazer (exceto Jet-ski), em águas interiores (áreas abrigadas de mau tempo), em atividades não remuneradas.

- Motonauta – pode conduzir apenas jet-ski.

- Veleiro – pode conduzir somente barcos à vela, sem motor (para menores de idade, a partir de 8 anos, desde que filiado a clubes náuticos ou escoteiros do mar)

Estas carteiras tem validade de 10 anos e para renovar não há necessidade de novo exame. Observe que com uma carteira de arrais amador você poderá conduzir qualquer barco de lazer (exceto Jet-ski). Portanto, o que importa não é o tamanho nem o tipo de barco que você pode pilotar: o que importa é a área que você pode freqüentar (área interior) e o tipo de atividade que você praticará (atividades de lazer, sem remuneração).

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Atenção: a partir de 02/07/2012 quem possui uma carteira de Arrais, mestre ou capitão amador poderá também pilotar Jet-ski, desde que durante a inscrição para a prova teórica apresente também um certificado de participação em curso prático de Jet-ski.

A lei também subdivide as embarcações pelo seu comprimento (em metros) da seguinte forma:

- Embarcações miúdas – menos de 5m de comprimento - Embarcações de médio porte – de 5 a 23,99m de comprimento - Embarcações de grande porte – igual ou maior que 24m de comprimento.

Baseado nos aspectos legais que já vimos até aqui, precisamos então entender que:

• Uma embarcação miúda só poderá navegar em área interior. • Uma embarcação de médio ou grande porte pode navegar em qualquer área, desde que

seu Comandante possua habilitação específica para aquela área e desde que o barco tenha sido inscrito ou registrado para aquela área (veja tópico Inscrição ou Registro a seguir).

• Com uma carteira de arrais você pode navegar por toda a costa brasileira, sempre por dentro das baías e enseadas.

• Se desejar passar de uma baía para outra (ambas em área interior) fatalmente você precisará passar por uma área costeira desabrigada. Neste caso, possuindo apenas a carteira de arrais, seu afastamento máximo será de meia milha náutica da costa.

A LESTA contém também em seu artigo 8º os deveres e direitos do Comandante do

barco. Sobre esta pessoa, a lei diz que: • Todo barco em movimento possui um Comandante • É o responsável por cumprir e fazer cumprir as leis em vigor a bordo de um barco. • Tem direito legal de retirar de bordo qualquer pessoa que ele desejar • Todos a bordo devem obediência ao Comandante.

Lembre-se: você será o Comandante de seu barco de lazer! Decreto nº 2.596/98 – RLESTA Em 18 de maio de 1998 o Presidente da República assinou o Decreto nº 2.596,

regulamentando a Lei Federal 9.537/97 (LESTA). Este Decreto entrou em vigor em 09 de junho de 1998 e trata de vários aspectos que veremos a seguir.

INFRAÇÕES E PENALIDADES Infração é a não observância de preceitos deste Regulamento e de normas

complementares emitidas pela Autoridade Marítima, conforme previsto no artigo 4º da LESTA. Uma infração é constatada no momento em que for praticada (flagrante), mediante apuração e mediante inquérito administrativo.

Um navegante que for abordado durante uma fiscalização e for constatada uma infração, poderá sofrer uma das seguintes penalidades:

- multa - apreensão do barco

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- suspensão temporária de sua carteira. MULTAS - a multa é gerada por um Auto de Infração. Aberto este Auto de Infração, o

infrator terá 15 dias para apresentar sua Defesa Prévia. O não pagamento de uma multa acarretará a suspensão do andamento de qualquer outro documento até a sua quitação.

APREENSÃO DO BARCO - um barco será apreendido quando for flagrado numa das seguintes situações:

• Navegar em área para qual o barco não está classificado

• Conduzir um barco não registrado na Marinha

• navegando em área para a qual não está classificada;

• conduzida por pessoa não habilitada;

• trafegando sem documento de inscrição e registro;

• em flagrante prática de crime;

• trafegando sem luzes e marcas previstas no RIPEAM ou em mau estado de conservação;

• em caso de não atender determinação para interromper uma travessia;

• quando não cumprindo as áreas seletivas para navegação ou áreas de segurança;

• quando conduzida por pessoa embriagada ou sob efeito de substância tóxica. O proprietário de um barco apreendido tem 90 dias para regularizar a situação ou seu barco irá para leilão público.

SUSPENSÃO DA CARTEIRA - a critério da autoridade julgadora, uma multa pode ser

substituída por suspensão temporária de uma carteira de habilitação. O período máximo de suspensão da carteira é de 12 meses e o período mínimo é de 30 dias. Abaixo, uma tabela de algumas infrações e o período em que ela será suspensa se você cometer uma das seguintes infrações:

Infração Tempo de suspensão da

carteira

embriaguês no comando de um barco 120 dias

excesso de lotação 60 dias

trafegar no meio de banhistas 60 dias

descumprir regras do RIPEAM 60 dias

EMBRIAGUÊS A embriaguês no comando de um barco é considerada uma infração muito grave e a lei

prevê as seguintes penalidades: - na primeira vez: multa, apreensão do barco e suspensão da carteira por 120 dias. - na segunda vez (reincidente) – multa, apreensão do barco e cancelamento definitivo

do certificado de habilitação (carteira). A reincidência, para efeito de agravamento de penalidade, é a repetição da mesma

infração em um período igual ou inferior a doze meses. NORMAS DA AUTORIDADE MARÍTIMA - NORMAM–03 – AMADORES

Esta Norma foi aprovada pela Portaria nº 101/2003 da Diretoria de Portos e Costas

(DPC). Por se tratar do principal documento regulamentador da navegação amadora (lazer) em

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nosso país, você, navegante amador, deve se familiarizar com esta instrução. E também por se tratar de uma publicação muito extensa (mais de 200 páginas), vamos nos ater aos aspectos mais importantes para quem navega só e exclusivamente por esporte, motivo pelo qual esta atividade, para efeitos legais, é chamada de navegação de esporte e recreio.

Se desejar conhecer a NORMAM-03 por completo, visite o link LEGISLAÇÃO NÁUTICA no nosso site.

DEFINIÇÕES Para melhor entendimento dos aspectos legais e marinheiros, algumas palavras e

expressões devem ser do conhecimento de todo navegantes amador. São elas: - Amador – é todo aquele com habilitação certificada pela Autoridade Marítima para

operar com embarcações de esporte e/ou recreio, em caráter não profissional. - Armador - pessoa física ou jurídica que, em seu nome e sob sua responsabilidade,

apresta a embarcação com fins comerciais, pondo-a ou não a navegar por sua conta; - Aquaviário – é o tripulante profissional de uma embarcação, registrado numa Capitania

dos Portos através da Carteira de Inscrição e Registro. - Tripulante – é todo amador ou profissional que exerce funções embarcado, na operação

da embarcação. - Comandante – é a designação do tripulante que comanda a embarcação e é responsável

por tudo que diz respeito à embarcação, inclusive seus tripulantes e demais pessoas a bordo. A menos que o Comandante seja formalmente designado pelo proprietário, este é considerado o Comandante se estiver presente a bordo e for habilitado para a área em que está navegando. Ao Comandante aplica-se multa e suspensão da Habilitação durante 12 meses pelo não cumprimento das regras de segurança da navegação. Todas as pessoas embarcadas devem obediência ao Comandante de uma embarcação. A ele compete cumprir e fazer cumprir a legislação, as normas e restrições internacionais ratificadas pelo Brasil.

- Passageiro – é todo aquele que é transportado pela embarcação sem estar prestando serviço a bordo.

- Lotação – é a quantidade máxima de pessoas autorizadas a embarcar, incluindo tripulantes, passageiros e quaisquer outros profissionais existentes a bordo (a lotação normalmente é determinada pelo estaleiro construtor ou por um engenheiro naval).

- Tripulação de Segurança – é um número mínimo de tripulantes que deve guarnecer a embarcação, relacionados por quantidade e profissão.

- Embarcação miúda – todas aquelas com comprimento inferior a 5 metros ou com comprimento superior a 5 metros com convés aberto, sem cabine habitável, sem propulsão mecânica fixa ou com motor de popa com capacidade inferior a 30 HP. (Familiarize-se com este e com os outros dois conceitos a seguir, pois eles aparecerão em inúmeras ocasiões nesta apostila e em várias outras publicações)

- Embarcação de médio porte – são aquelas com comprimento inferior a 24 metros, desde que não sejam consideradas miúdas.

- Embarcações de Grande Porte (Iate) – são aquelas com comprimento igual ou superior a 24 metros.

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- Inscrição – é o cadastramento de uma embarcação nas Capitanias, Delegacia e Agências, com o recebimento de um respectivo número de inscrição. É obrigatória para toda embarcação motorizada ou não motorizadas maiores que 5 metros de comprimento total.

- Linha Base – linha de arrebentação das ondas ou, nos rios e lagos, onde se inicia o espelho dágua.

- Registro – é o cadastramento de uma embarcação no Tribunal Marítimo, feito através de um documento chamado de Provisão de Registro de Propriedade Marítima. É obrigatório para embarcações igual ou maiores que 24 metros.

- Proprietário – é a pessoa física ou jurídica em cujo nome a embarcação está inscrita numa Capitania ou registrada no Tribunal Marítimo. Não é necessariamente o Comandante.

- Timoneiro – é o tripulante que manobra o leme da embarcação através do timão, por ordem e responsabilidade do Comandante. Nenhum timoneiro de embarcação com propulsão a motor pode ter idade inferior a 18 anos e deve ter no mínimo a habilitação de Arrais Amador.

ÁREAS SELETIVAS À NAVEGAÇÃO

Observe a foto com uma gravíssima infração numa praia freqüentada por banhistas

Você viu anteriormente que um navegante com a carteira de arrais pode pilotar qualquer barco de lazer em área de navegação interior como baias e enseadas. Todavia, dentro destas áreas interiores existem restrições de tráfego em alguns locais, como praias visitadas por banhistas. No tocante a estas praias, as regras para aproximação das praias são as seguintes:

- as embarcações sem propulsão ou com propulsão à vela e a remo, poderão se aproximar da praia até 100 metros da linha de arrebentação das ondas e não devem se afastar mais que 1000 metros da praia;

- as embarcações motorizadas (lanchas, jet-ski), ultraleves, reboque de esqui aquático, paraquedas e painéis de publicidade, somente poderão se aproximar até 200 metros da linha de arrebentação das ondas (linha base).

A aproximação da praia para fundeio poderá ser feita, desde que em forma perpendicular à linha base e com velocidade não superior a 3 nós (milha é a unidade de medida de distância no mar e nó é a unidade de medida de velocidade mas ambos medem 1.852m).

Além destas regras relativas às praias, existem também as chamadas áreas de

segurança que todo navegante deve observar, ou seja, não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações a menos de 500 metros das plataformas de prospecção de petróleo. A velocidade nos canais de acesso deve ser de até 3 nós e nos pontos de embarque de até 5 nós.

INSCRIÇÃO E REGISTRO DE UM BARCO

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Todo barco novo deve ser registrado ou Inscrito na Marinha. Estão dispensados de inscrição ou Registro apenas os barcos com comprimento inferior a 5m, desde que não possuam motorização.

INSCRIÇÃO OU REGISTRO – QUAL A DIFERENÇA? Deverão fazer INSCRIÇÃO as embarcações miúdas e de médio porte. Esta inscrição

deve ser feita em qualquer Capitania, Delegacia ou Agência das Capitanias existentes em todo o país.

Deverão fazer REGISTRO apenas as embarcações de Grande Porte. Este Registro é feito no Rio de Janeiro, num órgão chamado de Tribunal Marítimo.

Durante a inscrição ou registro o proprietário do barco deverá escolher a área onde o barco vai navegar, a finalidade futura do barco (pesca, lazer, etc). Se ele optar por inscrever o barco para área de navegação interior, só poderá navegar em área de mar aberto (costeira ou oceânica) se fizer uma Vistoria de Reclassificação.

Durante a inscrição o proprietário deverá assinar junto à Marinha um documento chamado de TERMO DE RESPONSABILIDADE.

A partir da aquisição, seu proprietário tem 15 dias para inscrever ou registrar sua embarcação.

Uma embarcação destruída por qualquer tipo de sinistro (naufrágio, incêndio, etc) ou até mesmo por abandono ou interesse do proprietário deve ter sua inscrição cancelada junto à Capitania onde foi inscrita.

OUTRAS RECOMENDAÇÕES A colocação de uma embarcação na água através de uma praia deverá ser feita nas

suas extremidades navegáveis ou em outro local previamente definido pela autoridade municipal competente.

Antes de sair para uma viagem ou passeio, tome conhecimento da previsão do tempo e avise seu iate clube, marina ou familiares de sua viagem, seu destino, seu horário de regresso, seus canais de comunicação, etc, através do Plano de Navegação, existente nos iates clubes e marinas. Quando retornar do passeio, comunique imediatamente seu regresso a quem você entregou o Plano de Navegação. É responsabilidade do Comandante da embarcação ter a bordo o material de navegação e salvatagem compatível com a singradura (viagem) a ser realizada e o número de pessoas a bordo.

As embarcações em apoio a mergulhadores, quando em operação, deverão exibir em local bem visível a bandeira alfabética ALFA ou a bandeira de mergulho, indicando a presença na água de mergulhadores. Os navegantes que as avistarem devem afastar-se e reduzir a velocidade.

Na popa da embarcação só é admitida a bandeira nacional. Ela é de uso obrigatório nas seguintes circunstâncias, exceto para embarcações miúdas:

- entrada e saída de porto; - quando cruzar com outra embarcação; - das 08:00h ao por do sol; - em porto estrangeiro, acompanhando as regras de cerimonial daquele país.

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Está encerrado o capítulo 1 (Legislação Náutica). Mas nos capítulos 5, 6 e 7 voltaremos a tratar de Legislação Internacional. São Convenções Internacionais da IMO que o Brasil precisou adotar em águas brasileiras para ser aceito como membro daquela Organização.

FIM DO CAPÍTULO 1

Veja a seguir uma série de questões que já foram abordadas anteriormente

nas provas da Marinha tratando sobre o assunto LEGISLAÇÃO NÁUTICA. Observe que estas questões contém apenas a resposta certa.

Na sua prova, além da resposta certa, aparecerão também 3 opções erradas para lhe confundir. Fique esperto(a)!!!

QUESTIONÁRIO PREPARATÓRIO - LEGISLAÇÃO NÁUTICA 1 – Quem pode conduzir uma embarcação de lazer quando navegando em alto mar? R – Capitão Amador. 2 – Qual a idade mínima e que restrição deve ser cumprida para a habilitação de veleiro? R – 8 anos e deve ser filiado a um clube náutico ou de escoteiros do mar. 3 – Quem pode fixar os valores das multas anualmente? R – Poder Executivo. 4 – Para efeito da Lei Federal 9.537/97, como é classificada uma travessia (navegação) entre portos brasileiros, como Belém e Rio de Janeiro? R - navegação de cabotagem. 5 – Cite um direito do Comandante para garantir a segurança das pessoas, da carga e do barco: R – ordenar o desembarque de qualquer pessoa. 6 - Quando se constata a reincidência de uma infração? R – Quando ela se repete num período igual ou inferior a 12 meses (um ano) 7 - Além da multa, qual poderá ser a suspensão do certificado de habilitação para quem descumpre as regras do RIPEAM? R – 60 dias. 9 - Como se chama a quantidade mínima de tripulantes necessária a operar, com segurança uma embarcação? R – Tripulação de segurança. 10 -O que vem a ser lotação? R – quantidade máxima de pessoas autorizadas e embarcar, incluindo a tripulação. 11- Que documento o proprietário de um barco de lazer assina assumindo a responsabilidade pelas condições de operação de seu barco?

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R – Termo de Responsabilidade. 12 - Qual o tempo máximo da pena de suspensão de uma carteira? R – 12 meses.

13 - Além da multa, o excesso de passageiros pode suspender o certificado de habilitação por quanto tempo? R – 60 dias. 14 - A irregularidade que causou a apreensão de um barco deve ser sanada no prazo máximo de R – 90 dias. 15 – Cite infrações que podem levar a apreensão da carteira? R - utilizar a embarcação para a prática de crime, conduzir embarcação em estado de

embriaguez alcoólica e entregar a condução da embarcação à pessoa não habilitada.

16 - De quem é a competência de fiscalizar e executar a atividade de sinalização náutica e, portanto, a quem se deve recorrer, caso seja detectado qualquer dano na mesma? R - Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN). 17 - As regras para observar nos Portos, Costas e Vias Navegáveis são para: R – toda e qualquer embarcação. 18 - Onde é feito o registro e a inscrição de uma embarcação, respectivamente? R – registro – no Tribunal Marítimo. Inscrição – nas Capitanias e órgãos subordinados. 19 - O que pode levar ao cancelamento de uma inscrição de um barco? R – naufrágio e abandono do mesmo. 20 – Quem tem competência para estabelecer o valor da multa? R – o representante da Autoridade Marítima. 21 - O que vem a ser armador? (cuidado, é armador e não amador) R – é a pessoa física ou jurídica que em seu nome e sob sua responsabilidade apresta uma embarcação com fins comerciais, pondo-a a navegar por sua conta. 22 - E o que vem a ser um navegante amador? R – é todo navegante com carteira de habilitação certificada pela autoridade marítima para operar embarcações de esporte e recreio, em caráter não profissional. 23- Qual a legislação que regulamenta a Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário em águas nacionais?

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R – Decreto 2.596/98 – RLESTA.

24 - Cite três responsabilidades do Comandante? R – cumprir e fazer cumprir as leis em vigor, inspecionar a embarcação para verificar condições de segurança e cumprir as disposições previstas sobre salvamento. 25 – Quem tem poder para legislar sobre o uso de praias? R – Poder Público Municipal (prefeituras).

26 - Como se dividem os navegantes amadores? R – Veleiro, Motonauta, Arrais Amador (navegação interior), Mestre (navegação costeira) e Capitão Amador (navegação oceânica).

27 - Qual o limite de aproximação máximo para praias para embarcações motorizadas navegando? R – Praias: 200m da linha base. 28 – Qual o limite de aproximação para barcos a remo e à vela? R – 100m da praia. 29 - Qual a Convenção Internacional de navegação que contém regras para evitar colisões e abalroamentos entre embarcações navegando? R – RIPEAM.

30 – Qual o limite para conduzir uma embarcação para Arrais amador, Mestre amador e Capitão Amador? R – Arrais amador – águas interiores Mestre amador – até a navegação costeira, limite máximo de 20 milhas da costa Capitão amador – sem limites. 31 – O não pagamento de uma multa sustará o andamento de qualquer documento ou ato administrativo até: R - Sua quitação 32 - O comandante, no exercício de suas funções e para garantia da segurança das pessoas, da embarcação e da carga, pode: R - ordenar o desembarque de qualquer pessoa 33 – Qual o tempo que um navegante tem para apresentar defesa de um Auto de Infração? R – 15 dias. 34 - Causar danos a sinais náuticos poderá suspender o certificado de habilitação em até: R – 30 dias. 35 – Qual a pena para quem for flagrado conduzindo uma embarcação sob efeito de bebidas alcoólicas e/ou substâncias tóxicas? R: suspensão do Certificado de habilitação até cento e vinte dias. A reincidência sujeita o infrator à pena de cancelamento do Certificado de Habilitação.

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36 – A embarcação estrangeira que apresentar irregularidades representando uma ameaça ao meio ambiente, à tripulação e a terceiros poderá receber ordens para R - sair das águas jurisdicionais 37 - Como se chama a vistoria que se realiza por ocasião da reclassificação de um barco da navegação interior para mar aberto? R – Vistoria de Reclassificação. 38 - Qual a distância mínima para fundeio para uma plataforma de petróleo? R – 500 metros. 39 - Como e chama a linha de arrebentação das ondas ou, no caso de lagos e lagoas, onde se inicia o espelho da água? R – linha base. 40- Como se chama, para efeito da lei, a navegação realizada no interior dos portos e terminais? R – apoio portuário. 41 -Qual o destino a ser dado a um barco que foi apreendido e não sanou, em tempo, as irregularidades? R – será leiloado ou incorporado aos bens da União. 42 - Como se chama, para efeito da lei, a navegação realizada em apoio a embarcações que operam na exploração de hidrominerais? R – apoio marítimo. 43 – Quem estabelece os requisitos para a homologação das Estações de Manutenção de Equipamentos de Salvatagem ? R - A Autoridade Marítima 44 – Antes de sair para um passeio a embarcação de lazer deve apresentar R – Plano de navegação. 45 – Quando uma embarcação de alto mar estiver navegando em águas interiores, qual seve ser sua dotação de material de salvatagem mínima? R – a dotação para navegação interior de porto. 46 – Quem estabelece os requisitos para as Estações de Manutenção de Equipamentos de Salvatagem? R – A Autoridade Marítima. 47 – O que pode causar a reincidência na condução de um barco em estado de embriagues? R – cancelamento do certificado de Habilitação. 48 – Todas as pessoas a bordo estão sujeitas a autoridade do

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R – Comandante. 49 – Conduzir uma embarcação embriagado acarretará multa e pode suspender a carteira por até R – 120 dias. 50 – Trafegar em área de banhista acarreta multa e pode suspender sua carteira em até: R- 60 dias. 51 – O que pode agravar uma penalidade? R – a reincidência na mesma infração. 52 – Que pena poderá ser dada para uma embarcação estrangeira que apresentar irregularidades? R – sair das águas jurisdicionais brasileiras. 53 – O andamento de qualquer documento ou ato administrativo de interesse de quem estiver em débito decorrente de infração será sustado até: R – sua quitação. 54 - Uma infração à LESTA é constatada das seguintes formas: R - no momento em que for praticada, mediante apuração e por inquérito administrativo.

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CAPÍTULO 2

MARINHARIA Pode-se definir Marinharia como a arte de conhecer e lidar com tudo o que diz

respeito ao mar, no tocante a embarcações e seus apetrechos de uso no convés do barco. As figuras abaixo mostram cada parte da embarcação, identificando a sua posição a

bordo, mas pode-se dizer que: - a proa está na parte da frente - a popa está na parte de ré (de trás). - bordos são os lados esquerdo e direito de uma embarcação, quando dividida ao meio

no sentido proa/popa. - boreste é o lado direito da embarcação, visto por uma pessoa posicionada na popa,

de frente (olhando) para a proa. - bombordo é o lado esquerdo da embarcação, visto por uma pessoa posicionada na

popa, de frente (olhando) para a proa - través de boreste ou de bombordo são respectivamente o lado direito e esquerdo da

embarcação, visto por uma pessoa posicionada a meia nau. - Costado é o chapeamento que envolve toda a embarcação. As partes curvas próximas à proa são chamadas de bochechas e as partes curvas

próximas à popa são chamadas de alhetas. - Calado é a medida da quilha até a linha d’água. - Borda Livre é a medida da linha d’água até a borda. - Boca é a maior largura de um barco, medido de borda a borda.

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MOVIMENTO DE UM BARCO Com exceção dos jet-skis e veleiros, o movimento para frente ou para ré num barco

motorizado é causado pelo giro do hélice da seguinte forma: - hélice girando para a direita (sentido horário) – o barco irá para a frente (diz-se para

vante). - hélice girando para a esquerda (sentido anti horário) – o barco irá para ré. Mas o giro do hélice para a direita causa uma tendência na proa do barco em

movimento, fazendo este ter uma tendência de ir boreste de forma lenta. No entanto, se o motor do barco possuir dois (2) hélices no mesmo eixo, esta tendência será anulada.

TENDÊNCIAS DA PROA DE UM BARCO EM MOVIMENTO Se você deixar o timão (?) a meio (centrado), mesmo assim a proa de seu barco em

movimento terá uma certa tendência de ir para boreste ou bombordo, da seguinte forma (hélice girando para a direita e marcha a vante):

• Partindo do repouso: tendência de ir lentamente para boreste • Após adquirir movimento: tendência de ir lentamente para bombordo.

COMO DAR DIREÇÃO PARA UM BARCO (barco com um só motor) A forma de se dar direção para um barco é muito semelhante a um automóvel. Basta

girar o timão para o lado que se deseja ir. Timão??? O que é isto???

Timão tradicional e timão moderno, ambos com a mesma finalidade:

dar direção para um barco, funcionando em conjunto com o Leme. Leme é uma peça de madeira ou metal, localizada na popa

e que serve para dar a direção desejada e manter um barco no rumo. O timão, quando manobrado, dá movimento ao leme que por sua vez dá a direção desejada para a embarcação. Na figura ao lado, o timão foi movimentado para boreste. De imediato o leme se voltou para boreste e a proa do barco tomou a direção de boreste. Simples, não?

COMO DAR DIREÇÃO PARA UM BARCO (barco com dois

motores) Num barco com 2 motores também usamos o timão e

leme para dar a direção desejada mas se o barco possuir 2 motores, ele terá mais um recurso para

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dar direção, sem o uso do conjunto timão e leme. Basta acionar apenas um dos motores e parar o outro.

Veja as imagens e os exemplos.

Observe que se acionamos um motor para a frente e o outro para ré, o barco fará círculos ao redor

de si próprio, para o lado contrário ao motor que está acionado para a frente.

Na figura a seguir podemos observar um tipo de leme e suas partes, usadas em algumas embarcações regionais pequenas, que não possuem timão.

Nos barcos com motor de popa ou motor de centro com rabeta, o próprio motor de popa funciona como leme, pois todo o corpo do motor se movimenta. Nos barcos com motor de centro com rabeta, só a rabeta fica fora do casco e se movimenta, funcionando como leme.

Leme tradicional e motor náutico de rabeta com 2 hélices no mesmo eixo.

CABOS

A bordo das embarcações não existe corda. Tudo é chamado de cabo. Evite a bordo de

seu barco a palavra corda, será considerado uma gafe.

Cachola

Governaduras

Safrão

Madre

Cana do Leme

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A bordo das embarcações os cabos tem várias utilidades e recebem nomes conforme são usados. Os cabos são assim subdividos:

Espia - Um cabo usado para amarrar uma embarcação ao cais (atracar). Amarra – um cabo usado para largar a âncora e fundear um barco. ATRACAR, DESATRACAR, FUNDEAR E SUSPENDER Como arrais amador, estas são as quatro (4) manobras que você precisará saber fazer

com seu barco. Vamos então aprender como se realizam cada uma destas manobras. ATRACAR Atracar é o ato de se aproximar de um cais e amarrar o barco neste cais ou ao lado de

outro barco. Quem vai atracar corre um grande risco de colidir seu barco contra o cais, pois os barcos não tem um freio específico para esta finalidade. Portanto, a primeira providência de quem vai atracar é verificar se há vento e/ou correnteza na água nas imediações do cais e usar o vento e correnteza como freios naturais na aproximação do cais.

Sempre se aproximar do cais contra o vento e a correnteza, fazendo com que estes façam o papel de freio.

Se não houver vento nem correnteza, se aproximar do cais para atracar com um ângulo

de 45º entre sua direção e a direção do cais. Veja a foto da esquerda. Após o barco encostar no cais, será necessário amarrá-lo ao cais pois barco não tem

freio de mão. Assim, precisaremos então conhecer as espias que usaremos para amarrar o barco no cais.

As espias passadas do barco ao cais durante uma atracação recebem denominações especiais que são:

- Espringues – são os cabos (espias) que partindo de proa dizem (dirigem-se) para ré ou que partindo de ré da embarcação dizem (dirigem-se) para vante. Eles impedem que a embarcação atracada caia para vante ou para ré.

- Lançantes – são os cabos (espias) que partindo de proa dizem para vante ou que partindo de popa dizem para ré. Também impedem que a embarcação caia para vante ou para ré.

- Través – é o cabo (espia) que impede que a embarcação abra ( se afaste) do cais. Normalmente, parte de meia nau em direção ao cais.

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5 espias para barcos de grande porte. Sua lancha precisará

apenas de duas espias (os dois lançantes). DESATRACAR Desatracar é o ato contrário de atracar, ou seja, é o ato de soltar (largar) as espias e

começar seu passeio. Para desatracar, primeiramente decida se vai sair para a frente, em direção à proa, ou

para ré. Se decidir sair em direção à proa, solte primeiro os espringues, o través, o lançante de popa e por último o lançante de proa. A seguir gire o leme para o lado desejado, acione o motor para vante e bom passeio!!!

FUNDEAR Fundear é prender a embarcação ao fundo por uma âncora. Quando o cabo que une o

barco à âncora é uma corrente constituída de elos e malhetes, este cabo é chamado de amarra. Segundo as Normas em vigor, todas as embarcações, exceto as miúdas, devem estar dotadas de uma âncora compatível com o tamanho da embarcação e com, no mínimo, 20 metros de cabo ou amarra. Independente desta obrigatoriedade, recomendo ter a bordo duas âncoras.

PESO E FORMATO DE ÂNCORA As âncoras podem ser de vários tipos. O modelo mais comum, mais eficiente e mais

utilizado para embarcações de lazer é o modelo Danforth, que entretanto não é muito recomendada para fundos de pedra. Ela tem os braços móveis e grande capacidade de unhar no fundo de areia ou lama.

ÂNCORAS PARA EMBARCAÇÕES DE LAZER

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Modelo Danforth Modelo Bruce Modelo Garatéia

O modelo de âncora fica a seu critério mas a Marinha recomenda para barcos de lazer

o modelo Danforth por ser considerado o modelo com melhor poder de unhar no fundo.

A bóia de arinque é uma bóia de cor alaranjada, obrigatória para barcos de grande porte e usada para marcar o local onde se largou a âncora.

Durante um fundeio, o tamanho do cabo (amarra) a ser largado é de 3 vezes a profundidade local em boas condições de tempo e de 5 a 7 vezes a profundidade local em caso de mau tempo ou um fundeio por longo período.

O melhor local para um fundeio é aquele com fundo de areia ou lama, abrigados de ventos e correntezas. Diz-se que um bom local para fundear é aquele que tem “boa tença”, ou seja, tença é o tipo (qualidade) do fundo para efeito de fundeio de uma embarcação.

Deve-se aproximar do local escolhido para fundear de proa ao vento ou à correnteza ou contra aquele que estiver mais forte, com máquinas neutras, isto é, sem marcha engatada para vante ou para ré. Lança-se a âncora quando a embarcação perde o seguimento para vante. Após a âncora tocar no fundo, dá-se também um leve e rápido toque nas máquinas para ré, para auxiliar na unhada da âncora ao fundo. Quando o cabo da âncora tesar e “tremer”, é sinal de que a âncora está bem unhada e firme no fundo.

SUSPENDER Suspender é o ato de levantar a âncora do fundo para reiniciar uma viagem. Para

suspender, observe antes a posição do cabo da âncora (amarra) para verificar sua posição. Se estiver direcionado (dirigindo-se) para vante, dê máquinas adiante devagar e vá recolhendo (içando) o cabo e a âncora. Se o cabo da âncora estiver direcionado para ré, dê máquinas a ré devagar e vá recolhendo o cabo. Só aplique toda a sua força para arrancar a âncora quando a amarra estiver na posição vertical.

Bóia deArinque

Arinque

Ferro

Amarra

Pedaço de Corrente

Tença

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DADOS COMPLEMENTARES SOBRE O ASSUNTO MARINHARIA:

Muita atenção na prova !

• Corrente de deriva – corrente formada apenas na superfície da água • Deslocamento de um barco – é o peso da água que o barco desloca quando está flutuando. • Correr com o tempo – pôr o mar pela alheta e navegar com velocidade reduzida para

suportar um temporal • Curva de Boutakow – manobra que consiste em fazer o barco voltar no rumo inverso ao

que navegava. Utilizada para recolher uma pessoa que caiu na água. • A âncora está garrando - a âncora está sendo arrastada pelo fundo por força do vento ou

correnteza. Em navegação a palavra garrando significa soltando.

FIM DO CAPÍTULO 2

Veja a seguir uma série de questões que já foram abordadas anteriormente nas provas da Marinha tratando sobre o assunto MARINHARIA.

Observe que estas questões contém apenas a resposta certa. Na sua prova, além da resposta certa, aparecerão também 3 opções

erradas para lhe confundir. Fique esperto(a)!!!

QUESTIONÁRIO PREPARATÓRIO - MARINHARIA 54 - Proa, boca, quilha, bordos e convés são: R – partes de uma embarcação. 55 – O que são espias e para que servem? R – são cabos de amarração usados para atracar uma embarcação.

56 - Uma embarcação com um hélice, com rotação direita, com leme a bombordo, partindo do repouso e hélice em marcha a vante, a proa guinará para? R – bombordo. 57 - Como se fundeia com correnteza e vento? R – sempre aproar ao que estiver mais forte. 58 - E como devemos nos aproximar do cais? R – formando um ângulo de cerca de 45º entre o barco e o cais, contra o vento e corrente, de modo a passar um cabo de proa, colocando o leme para o bordo oposto ao cais, para aproximar a popa do cais. 59 - E o que vem a ser uma corrente de deriva? R- É uma corrente na superfície da água formada pelo vento.

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60 - Como procedo para se largar do cais, com vento e corrente pela proa? R – largar todas as espias, exceto a que diz para vante, na popa, mantendo o leme contrário ao cais.

61 - Para que servem as âncoras? R – prender no fundo, para permitir que a embarcação se mantenha fundeada. 62 - O que vem a ser tença? R – tipo de fundo (qualidade do fundo) 63 – Como procedo para largar a âncora e fundear? R - inverter a máquina e quando estiver caindo a ré, largar a âncora. 64 - Quais são as partes do leme? R – madre, cana e porta. 65 – Uma pessoa posicionada na popa, olhando para a proa terá a sua direita o bordo de? R – boreste.

66 – Qual o tamanho da amarra em caso de fundeio com bom tempo e mau tempo? R – no mínimo 3 vezes a profundidade do local em bom tempo e 5 vezes a profundidade em mau tempo.

67 – Qual a função dos cabos chamados de espia e amarra? R – Espia – cabo destinado a amarrar um barco ao cais (atracar) Amarra – cabo (de elos de corrente) que liga o barco à ancora, destinado a fundear. 68 – Qual o modelo de âncora mais comum e mais recomendado para barcos de lazer? R – Danforth. 69 - Qual a primeira providência em caso de atracação? R – atracar sempre contra o vento e a correnteza, aproximando-se do cais com um ângulo em torno de 45º entre o barco e o cais. 70 - Como se aproximar do cais se o vento e a correnteza forem perpendiculares ao cais? R – aproximar-se de forma paralela ao cais, para que o vento aproxime o barco do cais. 71– Como proceder com um barco de 2 motores para que este gire em redor de si próprio, no sentido anti-horário? R – Motor de boreste adiante e motor de bombordo a ré, ambos com a mesma força. 72 – Como se chama a bóia destinada a marcar o exato local onde se encontra a âncora? R – bóia de arinque. 73 – Qual o ângulo ideal para meu barco se aproximar do cais numa atracação, em situação normal?

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R – um ângulo de cerca de 45º. 74 – O que vem a ser deslocamento de uma embarcação? R – é o peso de água que embarcação desloca quando posta a flutuar em águas tranqüilas. 75– Como se chama a manobra de arrancar a âncora para recomeçar um passeio? R – suspender. 76– Antes de suspender (arrancar a âncora), o que deve ser feito com o barco? R – deve-se dar máquinas adiante e posicionar o barco exatamente em cima da âncora, para que a amarra fique na vertical. 77 - O que vem a ser um leme e qual sua finalidade? R – peça metálica ou de madeira situada na popa, que tem a finalidade de dar direção a embarcação e mantê-la no rumo escolhido. 78 – Quando uma embarcação fundeada está sendo levada (arrastada) pelo vento e correnteza, diz-se que ela está R – garrando. 79 – O que significa a expressão “correr com o tempo”? R – por o mar pela alheta e navegar com velocidade reduzida para suportar um temporal. 80 – Porque antigamente se deitava óleo ao mar? R – reduzir a violência das ondas na tormenta. 81 – Havendo correnteza no local de atracação, devemos aproveitar seu efeito e R – atracar contra a correnteza. 82 – O que vem a ser tença? R – qualidade do fundo (tipo de fundo). 83 – Como se chama uma clássica manobra com um barco que se destina a fazer o barco voltar no rumo inverso e no mesmo alinhamento? R – Curva de Boutakow.

CAPÍTULO 3

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PRIMEIROS SOCORROS

Toda agressão ao corpo humano e seus tecidos é chamado de trauma. O tratamento e

ações imediatas à estas agressões é chamado de Primeiros Socorros e é de fundamental importância para manutenção da vida, aliviar dores e evitar complicações posteriores em feridos e acidentados.

Veremos a seguir algumas técnicas e procedimentos que podem lhe ser extremamente

úteis em diversos traumas que pode sofrer um corpo humano: - PARADA CARDÍACA – Se o coração não estiver batendo, procede-se à massagem

cardíaca simultaneamente com a respiração boca a boca, iniciando com um murro forte no peito que poderá fazer o coração trabalhar. Se mesmo assim não ouvir o coração, não desanime. Ponha as mãos estendidas sobre o peito da vítima, na direção do coração, comprimindo e descomprimindo o peito cerca de 69 vezes por minuto até que ele volte a bater.

- PARADA RESPIRATÓRIA - usa-se uma técnica chamada de respiração boca a boca, ou

seja, sopramos nosso ar dentro da boca da vítima, tentando assim inflar os seus pulmões. Nosso corpo só aproveita 5% do oxigênio que respiramos e elimina o restante, que será aproveitado pelos pulmões da vítima. Primeiro deita-se a vítima de lado e retira-se objetos estranhos como dentaduras, balas, etc. Coloca-se a seguir seu rosto voltado para cima com a cabeça caída para trás, abre-se a boca e tampa-se o nariz com os dedos polegar e indicador. Coloca-se então boca com boca e sopra-se de 10 a 15 vezes por minuto, verificando-se então se a vítima respira, continuando o procedimento até que esta volte a respirar sozinha.

Caso a vítima apresente parada respiratória e parada cardíaca ao mesmo tempo, os procedimentos anteriores podem ser aplicados simultaneamente, com a ajuda de outra pessoa, fazendo-se 10 movimentos de massagem no coração para cada duas de respirações boca a boca. Se não houver outra pessoa para ajudar, você mesmo, sozinho, pode socorrer a vítima, aplicando um sopro para cada 5 massagens cardíacas.

- AFOGAMENTO – deita-se o afogado de lado para vomitar a água que ingeriu, aplica-se respiração boca a boca se não estiver respirando e também massagem cardíaca se o coração não estiver batendo, retira-se a roupa molhada e providencia-se agasalho.

- FRATURAS - Nunca tente desentortar ou trazer o membro fraturado de volta a posição

normal. Se a fratura for exposta, jamais tente colocar para dentro. Faça apenas a limpeza do local e tente conter a hemorragia, se houver.

Numa fratura de antebraço devemos imobilizar o braço quebrado com tábua, papelão, etc, formando uma tala amarrada com tiras e imobilizar o braço com uma tipóia presa ao pescoço. Uma fratura na perna deve-se proceder da mesma forma, somente deslocando a vítima após a imobilização da perna. Um pé quebrado deve ser imobilizado na sua posição natural.

Um líquido amarelado saindo pelos ouvidos é um forte indício de traumatismo craniano.

- CHOQUE ELÉTRICO – A primeira providência em caso de choque elétrico é desligar a

corrente, usando sempre material isolante, como plástico ou borracha. Não toque na vítima antes

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desta providência. Na falta de material plástico ou borracha, utilize madeira. Logo após, se houver paradas cardio-respiratória, aplique os procedimentos citados anteriormente e trate as queimaduras porventura existentes conforme será visto a seguir.

- QUEIMADURAS – É necessário que você conheça os tipos de queimaduras para que

possa avaliar a gravidade e a urgência do socorro. As queimaduras se dividem em três tipos que são:

a) queimadura de 1º grau – são aquelas que deixam a pele avermelhada, sem aparecimento de bolhas, atingindo os tecidos superficialmente;

b) queimaduras de 2º grau – são aquelas um pouco mais profundas, com aparecimento de bolhas, que não devem ser furadas.

c) queimaduras de 3º grau – são as de maior gravidade e sua principal característica é a necrose (morte) dos tecidos e aparecimento de “paredes” nos buracos causados pela queimadura.

As providências em caso de queimaduras são: lavar a região queimada com água corrente, evitar romper as bolhas porventura existentes; passar mercurocromo ou mertiolate, jamais iodo e cobrir a região com um pano limpo.

Se a vítima estiver consciente, faça-a beber muito líquido como água, chá, suco de frutas, etc, jamais bebidas alcoólicas. Se a vítima estiver inconsciente, não é recomendado dar-lhe líquidos, pois ela poderá se afogar.

- HEMORRAGIAS – (perda de sangue) – Para entendermos a hemorragia, precisamos inicialmente saber que o corpo humano possui cerca de 6 litros de sangue. Alguns autores preferem dizer que o corpo de uma pessoa possui de 7 a 10% de sua massa corpórea composta de sangue e a perda de sangue (hemorragia) pode levar uma pessoa à morte em questão de minutos ou horas.

Uma hemorragia pode ser externa (quando o sangue aflora) ou interna (um indivíduo traumatizado, com fortes dores mas não visualizamos sangue).

Tão logo se constata uma hemorragia externa, precisamos de imediato providenciar a hemostasia, que vem a ser a interrupção da saída de sangue do corpo. Para realizarmos uma hemostasia, adotamos duas técnicas: estancar imediatamente fazendo pressão no local e levantar a parte ferida, se possível, mantendo esta parte numa posição mais alta que o coração. Em último caso, podemos aplicar um torniquete. Não se deve dar água enquanto o paciente está desacordado. Estando a vítima consciente, dê água a vontade.

Em hemorragia com muita perda de sangue não se deve usar torniquete no membro afetado, a não ser que a pressão anteriormente citada não resolva a hemorragia.

Quando for necessário usar um torniquete, devemos enrolar um pano largo e resistente na parte superior do membro afetado, logo acima do ferimento. Com um pedaço de madeira ou algo semelhante, dá-se um nó e damos voltas até estancar a hemorragia. O uso de torniquete requer um afrouxamento a cada 5 minutos, mantendo-o frouxo por cerca de 1 minuto, apertando-o novamente se a hemorragia não cessar.

Em nenhuma circunstância o torniquete deve permanecer mais de 5 minutos apertado e não se deve dar líquidos enquanto a vítima estiver inconsciente, mantendo-a aquecida com cobertores, evitando deixa-la sobre chãos frios.

Lembre-se também que a excessiva exposição de um navegante ao calor do sol pode-lhe causar uma insolação. Seus sintomas são pulso fraco e temperatura corporal baixa. A

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exposição excessiva a um compartimento com ambiente muito quente pode também causar uma intermação, com sintomas parecidos com a insolação. Sendo assim, acostume-se a ter sempre na sua embarcação um frasco de protetor solar, que lhe será muito útil e evite ficar por longos períodos em compartimentos excessivamente quentes.

HIPOTERMIA – situação em que o corpo humano está perdendo calor mais rápido do que pode produzir, típico de uma pessoa que passou muito tempo mergulhado em água muito fria ou submetido a ambientes muito frios. Ó tempo em que uma pessoa terá hipotermia depende da temperatura do meio em que ele se encontra e do tempo em que ficou exposto ao frio. Ao nos depararmos com uma pessoa com hipotermia, devemos aquecê-lo de forma lenta e gradualmente, com cobertores não aquecidos, evitando aquecê-lo de modo rápido. Jamais massagear os membros da vítima e de imediato verificar a respiração e seus batimentos cardíacos. Podemos ministrar-lhe bebidas ligeiramente aquecidas, evitando chá ou café. ENVENENAMENTO – Se for possível, deve-se tentar fazer a vítima vomitar, exceto se o produto ingerido for líquidos ácidos. Uma outra providência é tentar diluir o veneno, dando à vítima bastante leite ou água.

FIM DO CAPÍTULO 3

Veja a seguir uma série de questões que já foram abordadas anteriormente nas

provas da Marinha tratando sobre o assunto PRIMEIROS SOCORROS. Observe que estas questões contém apenas a resposta certa.

Na sua prova, além da resposta certa, aparecerão também 3 opções erradas para lhe confundir. Fique esperto(a)!!!

QUESTIONÁRIO PREPARATÓRIO - PRIMEIROS SOCORROS

125 – As medidas emergenciais de prestação de socorro, antes do encaminhamento médico são chamadas de R – Primeiros socorros. 126 – A grande perda de sangue é chamada de R – hemorragia 127 – Como devemos estancar uma hemorragia? R – fazendo compressão (estancamento) em cima usando um pano grosso. 128 - O que vem a ser trauma? R – é a ação de um agente físico sobre os tecidos do corpo. 129 - Quantos litros de sangue temos no organismo? R – 6 litros. 130 – Em que posição deve ser atendido um afogado? R- deitado de lado, limpar sua boca e aplicar respiração boca a boca.

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131 - Na respiração boca a boca, qual é a freqüência de sopros por minuto? R – 10 a 15 vezes. 132 – Quando não se pode aplicar torniquete? R – em pessoas mordidas de cobra pois elas possuem peçonha virulenta. 133- Quais as principais complicações de uma ferida? R – hemorragia e infecção. 134 – O que caracteriza uma queimadura de 3º grau? R – a derme foi completamente destruída. 135 - O que devemos fazer em pequenas queimaduras? R – lavar com água e evitar romper a bolha. 136– Como deve ser imobilizado um braço e um pé em uma pessoa com fratura? R – o pé na posição mais natural possível e o braço dobrado. 137 - Como aplicar um torniquete? R – utilizando um pano largo e um pedaço de madeira que se fixa ao pano, por meio de um nó e torcendo a madeira, a pressão interromperá a hemorragia. 138 - Quanto por cento de oxigênio nosso corpo utiliza quando respiramos? R – apenas 5%. 139 – Como se determina se uma cobra é venenosa ou não? R – pelo formato da sua pupila e pelo formato do rabo da cobra. 140 - O que vem a ser hipotermia? R – é quando o corpo humano perde calor mais rápido do que pode produzir (corpo com temepratura abaixo de 35ºC). 141 - O que pode indicar a existência de fratura interna? R – quando não visualizamos sangue numa vítima traumatizada. 142- Uma queimadura de 3º grau se caracteriza por R - destruição completa da derme. 143 - Quando houver, ao mesmo tempo parada respiratória e parada cardíaca como se deve proceder? R - realizar movimentos intercalados - 4 massagens cardíacas e uma respiração boca a boca

144 – O que fazer em caso de hipotermia (queda de um homem em água gelada)? R – aquecê-lo gradualmente.

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145 - Como se chama o ato de conter uma hemorragia? R – Hemostasia. 146 - Como conter uma hemorragia? R – compressão no local ou garroteamento (torniquete). 147 - O que significa a saída de um líquido branco de um ferimento no ouvido? R – fratura de crânio.

148 - O que fazer em caso de fratura do antebraço? R – imobilização com talas e tiras de pano, papelão ou jornal grosso. 149 – No caso de ingestão de substâncias corrosivas, cáusticos em geral e derivados de petróleo, diluir ou neutralizar essas substâncias pela ingestão de: R – água ou leite. 150 – O que deve ser feito num afogado que não esteja respirando? R – deitá-lo de lado, limpar sua boca de objetos que obstruam sua respiração e realizar a respiração boca a boca 151 - O que deve ser tentado no caso de parada cardíaca, e que às vezes funciona, de imediato? R – um murro forte no peito. 152 - Qual a freqüência ideal de compressão e descompressão do peito, na massagem cardíaca externa? R – 69 x minuto. 153 - Quando houver, ao mesmo tempo parada respiratória e parada cardíaca como se deve proceder? R - realizar movimentos intercalados 8 massagens cardíacas e uma respiração boca a boca. 154 – Como deixar a cabeça da vítima em respiração boca a boca? R – voltada para trás. 155– O que deve ser feito de imediato com vítimas de choque elétrico? R – afasta-lo da corrente com o uso de material isolante. 156 – O que não deve ser feito em grandes queimaduras? R – tirar a roupa da vítima. 157 – A sobrevivência do naufrago na água está diretamente relacionada a R – temperatura da água do mar. 158 – Qual o procedimento para vítima de parada cardíaca? R – massagem cardíaca externa. 159 – Qual a cor da pele de uma pessoa envenenada por gases?

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R – azulada. 160 – O que devo fazer com a vítima de um trauma se houver risco de incêndio ou explosão no local do acidente? R –primeiro removê-la do local de risco para depois tratá-la. 161 – O que fazer se a boca da vítima de parada respiratória estiver obstruída e não consigo aplicar respiração boca a boca? R – posso ventilar a vítima pelo nariz. 162 - Quando não for possível aplicar a respiração boca a boca por qualquer motivo podemos ventilar a vítima R - pelo nariz

CAPÍTULO 4

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COMBATE A INCÊNDIO

O fogo é o maior inimigo de seu barco e a melhor forma de combater um incêndio no seu barco é evitar que ele ocorra.

QUÍMICA DO FOGO

Par entendermos o fogo, precisamos conhecer inicialmente a combustão, que pode

ser definida como uma reação química simples, geralmente uma oxigenação, que caracteriza-se pela alta velocidade de reação e, principalmente, pelo grande desprendimento de luz e calor.

Além da combustão, precisamos também conhecer os métodos de transmissão de calor, que são:

- Irradiação: é a transmissão de calor que se processa sem a necessidade de continuidade molecular entre a fonte calorífica e o corpo que recebe o calor. Um bom exemplo desta transmissão de calor pode ser observado num incêndio em determinado combustível, que incendiará outro combustível localizado a alguns metros de distância mas que não há contato entre eles.

- Condução: é a transmissão de calor que se faz de molécula para molécula, através de

um movimento vibratório que se anima e se comunica de uma para outra. É o caso, por exemplo, de uma mecha de algodão se incendiando numa extremidade de uma vara metálica, que incendiará outra mecha de algodão na outra extremidade da vara. O calor se propagou pela vara metálica, através de suas moléculas continuadas.

- Convecção: é o método de transmissão de calor típico dos líquidos e gases. Os gases

aquecidos de um compartimento subirão e aquecerão outro compartimento, ocasionando novos incêndios. É este o motivo que explica um incêndio no 3º andar de um prédio, que acarretará, às vezes, outro incêndio no 8º andar do mesmo prédio, sem que haja fogo nos andares entre eles.

Antes de um combustível se incendiar, ele passará por três estágios (chamados de

pontos). Estes estágios são: - Ponto de fulgor – temperatura na qual um combustível desprende vapores

suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor mas não permanece inflamado se for retirada esta fonte externa de calor. Cada combustível possui o seu ponto de fulgor.

- Ponto de combustão – temperatura do combustível acima da qual ele desprende vapores em quantidade para serem inflamados por uma fonte externa de calor e continuar queimando, mesmo quando retirada esta fonte. Não é o mesmo ponto de fulgor e sempre será uma temperatura acima do ponto de fulgor.

- Ponto de ignição – temperatura necessária para auto inflamar os vapores que estejam se desprendendo do combustível. Não precisa de fonte externa de calor para se incendiar.

O fogo só existe se estiverem presentes no local do incêndio três elementos. Sem um

destes elementos, não existirá fogo. Estes elementos, juntos, formam o chamado triângulo do fogo. São eles:

- combustível – elemento natural capaz de queimar na presença do oxigênio - comburente – normalmente é o oxigênio, em níveis acima de 16% no ar.

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- temperatura de ignição – é a temperatura adequada a uma combustão. Cada combustível possui a sua temperatura de ignição.

Retirando-se um destes três elementos, extingue-se o fogo. Assim, diz-se que se você retirou o comburente, você apagou o incêndio por abafamento. Se você usou água e baixou a temperatura de ignição, você extinguiu o incêndio por resfriamento. Normalmente é muito difícil retirar o combustível, preferindo-se num combate a incêndio tentar retirar o comburente (abafar o incêndio) ou baixar a temperatura de ignição (resfriar o incêndio).

Alguns autores afirmam existir um quarto elemento, chamado de reação em cadeia, que seria a capacidade do fogo se manter aceso, passando de molécula para molécula, tornando o incêndio auto-sustentável. Quebrando-se esta reação em cadeia, também se extingue o fogo.

COMBUSTÍVEIS Os combustíveis podem ser classificados de acordo com seu estado físico. Assim, eles

podem ser sólidos, líquidos ou gasosos. No entanto, os combustíveis gasosos, antes de se inflamarem, passam primeiro para o estado líquido, tendo a parafina como melhor exemplo. Os combustíveis sólidos e líquidos, antes de entrarem em combustão, liberam gases capazes de se inflamar quando alcançam sua temperatura de ignição. São estes gases que realmente entram em combustão.

Um combustível, quando fragmentado em pedaços, se incendeia mais facilmente. O melhor exemplo pode ser verificado num grande pedaço de madeira em forma de tora. Esta tora vai demorar algum tempo para se incendiar, mas se incendeia rapidamente se fracionarmos esta tora em minúsculos pedaços.

Os combustíveis também são classificados de acordo com sua volatilidade, ou seja, sua capacidade de liberar gases em determinadas temperaturas. Assim, existem os chamados combustíveis voláteis (aqueles que liberam gases à temperatura ambiente como éter e benzina) e não voláteis (aqueles que para liberarem gases precisam estar numa temperatura acima da temperatura ambiente).

COMBURENTE É o elemento químico que se mistura com o combustível, proporcionando a combustão

e normalmente é o oxigênio, que é encontrado no ar atmosférico em cerca de 21%. Para que haja um incêndio, é necessário que na atmosfera haja um mínimo de 16% de

oxigênio no ar. Portanto, não é necessário retirar todo comburente, basta reduzir seus níveis para abaixo de 16% necessários à combustão, ou seja, abafar o incêndio.

TEMPERATURA DE IGNIÇÃO Como já foi citado antes, cada combustível possui uma temperatura específica que

permite a existência e manutenção da combustão. Exemplo: óleo diesel marítimo – precisa estar em 66º C para se inflamar. Se durante um incêndio conseguirmos baixar esta temperatura, extingue-se o fogo.

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TIPOS DE INCÊNDIOS E SEUS AGENTES EXTINTORES Para que possamos usar corretamente o extintor adequado para cada incêndio é

necessário classificar os incêndios. Os incêndios são classificados em quatro classes. Conhecendo as quatro classes de incêndio, saberemos qual o mais correto agente extintor a ser usado. Veja a tabela abaixo:

Atenção com esta tabela na prova. Afirmo que o entendimento desta

tabela permitirá que na prova da Marinha você responda corretamente de 2 a 6 questões. Muita atenção com ela !!!

OUTRAS RECOMENDAÇÕES Não se deve usar água em incêndios da classe B e C, pois a água irá espalhar ainda mais o

combustível que está queimando e quando se tratar de incêndio classe C a água é ótima condutora de eletricidade e poderá causar choque também em quem está tentando combater o incêndio. Só utilize água em incêndio classe C após desalimentar os locais que estão em chamas da rede elétrica.

EXTINTORES PORTÁTEIS Numa pequena embarcação de lazer, às vezes o único recurso para combater o incêndio

é o extintor portátil. Acostume-se a ler as instruções existentes nas embalagens de seus extintores de incêndio. Eles identificam em letras grandes para quais tipos de incêndios são adequados, de acordo com a tabela anterior e são os únicos equipamentos existentes a bordo das pequenas embarcações de esporte e recreio para combate a incêndio.

Normalmente todos os extintores trazem na sua embalagem, além da letra que identifica a classe de incêndio a que se destinam, também as instruções de uso dos mesmos. Mas na hora de uma emergência, você não terá nem tempo de ler as instruções de seu extintor. Assim, é necessário que você saiba que:

- extintores de água devem ser utilizados em incêndios classe A. Para usá-lo, basta apertar o gatilho e direcionar o jato para a base do fogo, ou seja, para a base das chamas e jamais para a parte mais altas das chamas;

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- os extintores de espuma são indicados para incêndios classe B (líquidos inflamáveis). Para usá-lo, vire-o com a tampa para baixo e dirija o jato para a base das chamas, cobrindo o líquido inflamado com um colchão desta espuma expelida pelo extintor;

- os extintores de CO2 são indicados para incêndios classe C (material energizado). Para usá-lo, retira-se o pino de segurança e aponte a mangueira difusora, apertando o gatilho em direção a base das chamas.

DADOS COMPLEMENTARES SOBRE O ASSUNTO COMBATE A INCÊNDIO:

• Pirólise – decomposição química de uma matéria através da ação do calor. • Incêndio em Consoles e painéis de navegação – utilizar extintor de CO2 • Incêndio em Tanque de combustíveis – usar extintor de espuma

FIM DO CAPÍTULO 4

Veja a seguir uma série de questões que já foram abordadas anteriormente

nas provas da Marinha tratando sobre o assunto COMBATE A INCÊNDIO. Observe que estas questões contém apenas a resposta certa.

Na sua prova, além da resposta certa, aparecerão também 3 opções erradas para lhe confundir. Fique esperto(a)!!!

QUESTIONÁRIO PREPARATÓRIO - COMBATE A INCÊNDIO

87 – O que é necessário para que haja incêndio (fogo) R - ocorrer a presença de três elementos do triângulo do fogo: o comburente, o combustível e

a temperatura de ignição.

88- O local onde devemos armazenar combustíveis a bordo é R – abaixo da linha dágua.

89 - Qual é a função da espuma no combate a incêndio? R – abafar e secundariamente também resfriar.

90 - Quais são os métodos de transmissão de calor? R – irradiação, condução e convecção. 91 – Como se combate um incêndio em locais de difícil acesso? R – sistemas fixos de agentes extintores. 92 – Qual é o comburente mais facilmente encontrado na natureza? R – oxigênio. 93 – Como é identificado um extintor utilizado em incêndios classe A?

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R – um triângulo verde. 94 – A decomposição química de uma matéria ou substância através do calor chama-se: R – pirólise. 95 – Cite uma providência imediata em caso de incêndio a bordo? R – remover para longe do fogo os combustíveis e resfriar a área ao redor do incêndio. 96 – O elemento da natureza capaz de queimar na presença do combustível é chamado de: R – combustível. 97 - Cite um exemplo de combustível sem comburente R – madeira.

98 - Durante um reabastecimento, o que deve ser feito? R – limpar imediatamente os derramamentos. 99 - Cite exemplos de combustíveis voláteis R – éter e benzina. 100 - Cite uma característica dos combustíveis sólidos? R- quanto mais fragmentado, maior será a velocidade da combustão. 101 - Qual o símbolo utilizado nos extintores para aqueles destinados a incêndios classes C e D? R – círculo azul – classe C Estrela amarela – classe D. 102 - Qual a razão da retirada do mercado dos extintores de incêndio com halon? R – destroem a camada de ozônio. 103 - O que torna uma queima auto sustentável? R – reação em cadeia. 104 - Porque não devemos usar água salgada em incêndio classe C ? R- conduz eletricidade.

105 - O que é combustão? R- uma reação química simples, geralmente uma oxigenação entre combustível e oxigênio (comburente).

106 - O que vem a ser Convecção? R – é um método de transferência de calor da matéria sem transferência da própria matéria.

107 - Qual o tipo de extintor ideal para uso em motores náuticos e praças de máquinas? R – extintor de espuma.

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108 – Qual é o tipo de extintor que deve ser virado com a tampa para baixo antes de ser acionado? R – extintor de espuma. 109– Quais os cuidados adicionais que devemos ter com os extintores de CO2? R - evitar o contato direto do jato com a pele e os olhos. 110 - Qual o extintor ideal para combate a incêndio nos consoles de navegação? R – extintor de CO2. 111 – O melhor método de combater incêndios é R – evitar que eles tenham início. 112 – Qual é o único inconveniente do extintor de CO2? R – podem asfixiar uma pessoa em ambientes não ventilados. 113 – O que pode ser improvisado para apagar incêndios na falta de extintor portátil? R – baldes com água. 114 – Qual o local ideal para se armazenar combustíveis? R – abaixo da linha dágua. 115 – Como são classificados os sensores de detecção de incêndio? R – detectores de combustão, chama e temperatura. 116 - Que outros cuidados precisamos ter com os extintores? R – Mantê-los com as revisões anuais dentro da validade

117– Num incêndio, a que níveis precisamos reduzir o oxigênio naquele local para que o fogo se extinga por abafamento? R – abaixo de 16% . 118 - Qual o mais eficiente método de combate a incêndio? R – evitar que ele tenha início. 119 - Como se chama o método de extinção de incêndio que visa baixar os níveis de oxigênio para menos de 16%? R – abafamento. 120 – Onde os extintores portáteis devem ser guardados (arrumados)? R – em local de fácil acesso e alto risco de incêndio. 121 – O agente extintor espuma tem como funções principal e secundária, respectivamente: R – abafar e resfriar.

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122 – O vapor de água também pode ser utilizado como agente extintor por R – abafamento. 123 – Por que não devemos utilizar a água salgada no combate a incêndio classe C? R – é boa condutora de eletricidade. 124 - O que vem a ser ponto de fulgor e ponto de combustão? R – Ponto de Fulgor - temperatura na qual um combustível desprende vapores suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor mas não permanece inflamado se for retirada esta fonte externa de calor Ponto de Combustão - temperatura do combustível acima da qual ele desprende vapores em quantidade para serem inflamados por uma fonte externa de calor e continuar queimando, mesmo quando retirada esta fonte.

CAPÍTULO 5

SOBREVIVÊNCIA DO NÁUFRAGO E MATERIAL DE SALVATAGEM

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As normas que você conhecerá neste capítulo são decorrentes da Convenção Internacional SOLAS, que contém normas internacionais para Material de Salvatagem para Barcos.

Os itens de salvatagem pode ser classificados de acordo com sua finalidade em: - material para salvamento individual - material para uso coletivo. Mas para melhor entendimento deste capítulo, vamos relembrar algo que você já viu

no capítulo 1. O mar está dividido em 3 áreas de navegação: - interior - costeira - oceânica. E as embarcações estão divididas em: - miúdas - médio porte - grande porte. Vamos então começar com os produtos para salvamento individual. Vamos começar

pelo Coletes Salva-vidas. Os coletes estão divididos em classes.

Vamos conhecer um colete classe I. É o mais completo dos coletes, veja tudo o que ele possui: Cor alaranjada, tirantes (para amarrar o colete ao corpo), Apito, Lâmpada e bateria, Fitas refletivas de luz e todos devem ser homologado pela Marinha.

Colete classe I colete classe II colete classe III colete classe V

Na navegação de lazer os coletes utilizados geralmente são os chamados coletes de

paina, das classes I, II, III e V. Devem ser guardados a bordo de sua lancha em local de fácil acesso, jamais em armários com chave.

OBS: Existe no mercado um colete inflável de boa qualidade, com dispositivo automático de enchimento, pouco utilizado na navegação amadora. Deve ser vestido vazio e só inflado após o náufrago já se encontrar na água.

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Numa emergência, vista-o com a parte flutuante para a frente e deve ser amarrado ao

corpo por cima das roupas. As regras para escolher o colete adequado para seu barco são as seguintes: - coletes classe V – para as embarcações miúdas e também para as médias (somente se

estas estiverem navegando em águas interiores) - colete classe III – para embarcações médias e grandes em águas interiores - colete classe II – para embarcações médias e grandes em águas costeiras - colete classe I – para embarcações médias e grandes em águas oceânicas. Outras normas para coletes:

• Deve haver a bordo um colete para cada pessoa da lotação • Deve ser vestido com a parte flutuante para a frente e ser amarrado ao corpo. • Não precisa estar vestido (exceto jet-ski) • Deve ser guardado em local de fácil acesso • Devem ser homologados (aprovados) pela Marinha (DPC) • Devem ser na cor padrão de salvatagem: alaranjado (exceto classe V).

BÓIAS CIRCULARES Excelente recurso para salvamento no mar, deve ser usada para se jogar para alguém

que caiu na água. Possui junto a ela um cabo (retinida) flutuante com uma alça em sua extremidade. Segura-se na alça e joga-se a bóia para aquele que se encontra na água.

Bóia classe III Bóia classe II Material para Salvamento Coletivo EPIRB

Equipamento que transmite sinais captados por satélites fornecendo a localização dos

náufragos. Deve ser levado com os náufragos. Dispensado na navegação em área interior. BALSA SALVA VIDAS AUTO INFLÁVEL • Vem de fábrica em um casulo de fibra fechado. • Para abrir a balsa basta dar um forte puxão com muita força em um cabo que sai de

dentro do casulo

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• Deve ser revisada a cada 18 meses e tem validade de 12 anos. •

As Balsas salva vidas auto inflável se dividem em 3 classes: • CLASSE I – para quem navega a mais de 60 milhas da costa • CLASSE II – para quem navega entre 20 e 60 milhas da costa • CLASSE III – para quem navega em águas interiores

Itens que vem de fábrica dentro da Balsa:

. Foguete Fumígeno – para pedir socorro diurno – abra a tampa e jogue na água • Foguete pirotécnico (socorro noturno) com paraquedas - Retire as tampas, aponte a seta

para cima e puxe uma haste metálica no lado de baixo • Âncora flutuante – em forma de biruta, feita de tecido, destina-se a evitar que a balsa seja

arrastada pelo mar ou vento. • Faca, kit de Primeiros Socorros, remos, kit de pesca, espelho sinalizador. • Refletor radar • Ração sólida e líquida • Lanterna que funciona por contato com a água do mar

Veja agora as imagens de alguns destes itens existentes na balsa.

Âncora flutuante da balsa salva-vidas EPIRB

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Refletor radar ração sólida e líquida das balsas

Foguete pirotécnico foguete

DADOS COMPLEMENTARES SOBRE O ASSUNTO MATERIAL DE SALVATAGEM:

• Barlavento – lado do barco por onde entra o vento. É o lado por onde se deve pular na água.

• Pula-se na água com as pernas esticadas e os pés juntos.• Bandeira Alfa – usada pelos barcos em operação de mergulho.

Quais os itens de salvatagem que meu barco precisa ter?Para responder esta pergunta, visite o link “O que preciso ter a bordo” no site

www.aprendendoanavegar.com.br

Veja a seguir uma série de questões que já foram abordadas anteriormente nas provas da Marinha tratando sobre o assunto MATERIAL DE SALVATAGEM.

Observe que estas questões contém apenas a resposta Na sua prova, além da resposta certa, aparecerão também 3 opções erradas

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Refletor radar ração sólida e líquida das balsas

Foguete pirotécnico foguete fumígeno

DADOS COMPLEMENTARES SOBRE O ASSUNTO MATERIAL DE SALVATAGEM:Muita atenção na prova !

lado do barco por onde entra o vento. É o lado por onde se deve pular na

se na água com as pernas esticadas e os pés juntos. usada pelos barcos em operação de mergulho.

Quais os itens de salvatagem que meu barco precisa ter? Para responder esta pergunta, visite o link “O que preciso ter a bordo” no site

www.aprendendoanavegar.com.br.

FIM DO CAPÍTULO 5

Veja a seguir uma série de questões que já foram abordadas anteriormente nas provas da Marinha tratando sobre o assunto MATERIAL DE SALVATAGEM.

Observe que estas questões contém apenas a resposta Na sua prova, além da resposta certa, aparecerão também 3 opções erradas

para lhe confundir. Fique esperto(a)!!!

VIEIRA

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Refletor radar ração sólida e líquida das balsas

fumígeno

DADOS COMPLEMENTARES SOBRE O ASSUNTO MATERIAL DE SALVATAGEM:

lado do barco por onde entra o vento. É o lado por onde se deve pular na

Para responder esta pergunta, visite o link “O que preciso ter a bordo” no site

Veja a seguir uma série de questões que já foram abordadas anteriormente nas provas da Marinha tratando sobre o assunto MATERIAL DE SALVATAGEM.

Observe que estas questões contém apenas a resposta certa. Na sua prova, além da resposta certa, aparecerão também 3 opções erradas

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QUESTIONÁRIO PREPARATÓRIO - SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM

162 – Qual o equipamento de salvatagem armazenado em um casulo fechado e que destina-se a salvamento coletivo? R – balsa salva-vidas. 163 – Como se deve embarcar numa balsa salva-vidas? R – uma pessoa de cada lado, evitando peso de um só lado. 164 – Quando deve ser cortado o cabo que prende a balsa a embarcação? R – quando estiverem todos embarcados na balsa. 165 – Para reduzir a fadiga, o esgotamento e distúrbios mentais causados pela falta de água e comida a bordo de uma balsa devemos R – dormir e descansar o máximo possível. 166 – A falta alimentação no organismo causará no náufrago R – falta de funcionamento no intestino. 167 - A balsa com dispositivo de iluminação automática é alimentada por R – bateria ativada pela água salgada. 168 – Como se abre uma balsa salva-vidas? R – lançar o casulo ao mar, colher o cabo até encontrar uma certa resistência, dar um forte puxão, que liberará uma descarga de CO2 que inflará a balsa em 30 seg. 169 - Por onde devemos pular na água, numa faina de abandono? R – por barlavento (lado do barco onde está entrando o vento). 170 – Como se chamam os dispositivos para se pedir socorro à noite? R – foguete pirotécnico. 171 – Num abandono de uma embarcação, o que a pessoa deve levar? R – roupas adequadas e material de salvatagem. 172 – O que significa a bandeira Alfa hasteada numa embarcação? R – operação de mergulho. 173 - Para pularmos na água de colete devemos R- pernas esticadas e pés juntos. 174 - O que determina o tempo que uma embarcação leva para afundar? R – reserva de flutuabilidade e extensão dos danos (avarias).

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175 - O que o náufrago deve usar, durante o dia, para chamar a atenção? R – dispositivo fumígeno. 176 - Quanto um náufrago numa balsa deve beber de água, por dia? R – 700ml por dia/homem (duas latas de 350ml). 177 – Onde deve ser presa a bóia circular? R – em local de fácil retirada. 178 - Qual deve ser a quantidade de coletes a bordo? R – ao limite máximo de pessoas permitidas a bordo. 179 - As rações sólidas modernas são basicamente constituídas de R – açúcar. 180 - Numa balsa salva vidas na água, havendo revezamento, que pode ser feito para maior conforto dos náufragos? R – as roupas deverão ser trocadas para que os da balsa permaneçam com roupas sempre secas. 181 – O que nunca deve ser permitido a bordo? R – excesso de passageiros.

182 – Qual a classe de balsa salva-vidas para barcos que operam em águas além de 60 milhas da costa e até 60 milhas da costa, respectivamente? R – classe 1 (mais de 60 milhas) e classe 2 (até 60 milhas).

183 – Qual a vida útil de uma balsa salva vidas e quando ela deve sofrer revisões periódicas? R – vida útil de 12 anos e deve ser revisada a cada 18 meses.

184 - Para um náufrago na água, o que pode afetar a temperatura ambiente? R – a velocidade do vento. 185 – Quantas bóias circulares deve ter uma embarcação com menos de 12m de comprimento? R - uma bóia com retinida flutuante e dispositivo automático de iluminação. 186 - O que deve vir de fábrica, amarrada à bóia circular? R – uma retinida flutuante (cabo fino) com alça. 187 - Na hora de abandonar uma embarcação, havendo óleo na água, como proceder? R – pular na água contra a correnteza, com os pés juntos e as pernas esticadas. 188 – O excesso de peso em partes altas de um barco ou sua má distribuição a bordo prejudica R – a estabilidade do barco. 189 - Durante um abandono de um barco devemos pular na água por

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R – barlavento (lado que entra o vento). 190 - Qual a finalidade da âncora flutuante existente dentro da balsa salva-vidas? R – evitar a velocidade de deriva causada pelo vento e evitar que a embarcação atravesse ao mar. 191 – Os coletes da classe III são exigidos a bordo de embarcações de lazer R – na navegação interior. 192 – Como se veste um colete salva-vidas? R – com a parte flutuante para a frente e amarrado ao corpo. 193 – O dispositivo de iluminação automática das balsas, quando houver, é alimentado por R – lanternas de antepara existentes na balsa. 194 - O colete salva-vidas deve ser vestido R - com a parte flutuante para a frente, por cima das roupas e amarrado ao corpo 195 - Deve-se pular de uma embarcação naufragando R - de pé, com a mão esquerda segurando o nariz e mão direita sobre o ombro esquerdo

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CAPITULO 6

RIPEAM

Esta abreviatura significa Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar. É fruto de uma convenção internacional da qual o Brasil é signatário. A finalidade do RIPEAM é estabelecer regras para condução de embarcações e informar através de sinais sonoros e marcas, de nossas intenções de manobra, a fim de evitar acidentes, como colisões e abalroamentos. O RIPEAM em vigor possui 38 regras e algumas isenções.

Inicialmente, vamos nos familiarizar com algumas expressões utilizadas pelo RIPEAM. Estas expressões serão constantemente utilizadas de agora em diante.

- embarcação – é qualquer tipo de embarcação, inclusive sem calado, naves de vôo rasante e hidroaviões capazes de serem utilizados como meio de transporte sobre a água.

- Embarcação de propulsão mecânica – é qualquer embarcação movimentada por meio de máquinas ou motores.

- Embarcação a vela – qualquer barco sob vela desde que sua máquina de propulsão, caso haja, não esteja em uso.

- Embarcação engajada na pesca – qualquer barco pescando com redes, linhas, etc, que esteja com sua capacidade de manobra restrita.

- Hidroavião – qualquer aeronave projetada para manobras sobre a água. - Embarcação sem governo – qualquer barco, que por algum motivo se encontra

incapacitado de manobrar (desviar, guinar) e que portanto está incapacitado de manter fora da rota de outro barco.

- Embarcação com capacidade de manobra restrita – qualquer barco que, devido à natureza de seus serviços ou seu excessivo calado, se encontra com restrições e dificuldades para manobrar (desviar de outro barco).

- Em movimento – qualquer embarcação que não se encontra fundeada, atracada ou encalhada.

- Velocidade de Segurança – uma velocidade segura, de forma que possibilite a ação apropriada e eficaz para evitar colisão, bem como ser parada a uma distância apropriada às circunstâncias do momento.

Possibilidade de Colisão Havendo possibilidade de colisão entre 2 barcos navegando, considera-se que haverá: • Barco manobrador (aquele que desvia) • Barco que tem preferência (aquele que não deve fazer nada, apenas manter seu

rumo e sua velocidade constantes). Sempre que você avaliar que há possibilidade de colisão com outro barco em

movimento, adote os seguintes procedimentos: - avalie quem deve manobrar (desviar) para evitar a colisão, conforme regras de

preferência que veremos a seguir; - se seu barco deve desviar, a manobra de desvio deve ser franca e positiva, de forma

que a outra embarcação perceba claramente que você está manobrando (desviando). Toda alteração de rumo e/ou velocidade deve ser ampla o bastante para ser percebida pelo outro barco.

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Imagine que neste momento 2 barcos em movimento estão com possibilidade de colisão. Agora pergunte-se: quem deve desviar?

O fator que vai determinar quem desvia ou quem tem preferência não é o comprimento dos barcos. É a situação atual dos barcos. Para tal, considera-se que entre barcos em movimento só existem cinco (5) situações possíveis: (situações que determinam a preferência, por ordem de preferência):

1) embarcação sem governo (tem preferência sobre todas as demais) 2) embarcação com capacidade de manobra restrita por motivo de calado ou por motivo de

serviços especiais (tem preferência sobre as situações seguintes) 3) embarcação engajada na pesca arrastando rede (tem preferência sobre as situações a

seguir) 4) embarcação à vela (tem preferência sobre a situação a seguir)

5) Demais embarcações motorizadas (entram em último lugar nesta relação de preferências). Você deve estar agora se perguntando: como os barcos indicam que estão com

problemas? Calma, veremos esta resposta daqui a pouco, no tópico LUZES ESPECIAIS E MARCAS DIURNAS.

Portanto, se seu barco está em movimento neste exato momento, certamente ele é um barco sem problemas e entrará na situação 5 anteriormente citada e deve desviar de todo barco que se encontrar nas situações 1, 2, 3 e 4, pois são barcos com algum tipo de problema para desviar.

Mas se ele estiver com possibilidade de colisão com outro barco na situação 5 (sem problemas), quem desviará?

Bom, os barcos na situação 5 (sem problemas) possuem três (3) regras próprias, como veremos a seguir.

REGRAS PARA BARCOS MOTORIZADOS NAVEGANDO SEM PROBLEMAS Regra 1 – Roda à Roda (possibilidade de colisão proa com proa) = ambos devem guinar

para boreste, cruzando-se bombordo com bombordo.

Regra 2 – rios e canais marítimos - Em rios e canais marítimos o maior terá preferência sobre o menor (o de menor

comprimento desvia). - Quem desce o rio tem preferência e deve navegar pelo centro do rio

Ambos guinam á BE

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- Quem sobe o rio contra a correnteza deve navegar mais próximo à sua margem de boreste (margem de boreste é aquela que está no lado boreste de um barco que desce o rio).

Regra 3 – Rumos Cruzados O que vier por boreste tem preferência (à noite, aquele que avista a luz vermelha do outro deve desviar, conforme normas de

LUZES DE NAVEGAÇÃO que veremos a seguir).

OUTRAS REGRAS PARA TODOS OS BARCOS Durante uma navegação em rios ou canais, quando há possibilidade de haver um outro

barco oculto por motivo de curva ou obstáculos, dê um apito longo antes da curva. Se ouvir um apito longo, responda com outro apito longo. Algumas regiões de grande fluxo de embarcações criam o que chamamos de esquemas de separação de tráfego, ou seja, de um lado do canal se navega numa direção e no outro lado se navega no sentido inverso. Caso você se depare com estas circunstâncias, evite cruzar uma zona de separação de tráfego, mas se for obrigado a fazê-lo, tome o rumo mais próximo possível da perpendicular à direção geral do fluxo do tráfego. LUZES DE NAVEGAÇÃO

Observe a figura a seguir. São as chamadas Luzes de Navegação de um barco com mais de 50m de comprimento. Existem apenas 5 Luzes de Navegação. Breve você verá que existem também as Luzes Especiais.

Acompanhe pela figura anterior que uma embarcação com mais 50m de comprimento

possui todas as 5 luzes de navegação: - Luz de mastro – cor branca, uma no mastro de ré, mais alta, e outra no mastro de

vante, mais baixa; - Luzes de bordos – verde a boreste e vermelha a bombordo.

A embarcação quevier por BE, terá o direito de passagem

A embarcação que vier por BE, terá o direito de passagem

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- Luz de alcançado – cor branca, na popa.

Uma embarcação menor de 50m terá as mesmas luzes, exceto a luz do mastro de vante. Numa embarcação miúda, não existe a obrigatoriedade da existência de luzes de navegação, mas em contrapartida ela também não poderá navegar à noite. Se desejar navegar à noite, deve instalar no mínimo uma luz branca, na parte mais alta, visível em um ângulo de 360º.

Analisando ainda a última figura, observe que cada luz possui um ângulo ou setor de visibilidade e um certo alcance, ou seja, as luzes não são vistas de todos os ângulos. Assim, vejamos como as luzes são colocadas a bordo e por quais ângulos e distâncias em que elas podem ser vistas:

- Luzes de mastro – ângulo de 225º a partir da proa por ambos os bordos – alcance de 6 milhas (5 milhas para menores que 50m e 3 milhas para menores que 20m)

- Luzes de bordo – visíveis por um ângulo de 112,5º a partir da proa em direção a seu bordo – alcance de 3 milhas (2 milhas para menores que 50m).

- Luz de alcançado – visível a partir de 135º a partir da popa, por ambos os bordos – alcance de 3 milhas (2 milhas para menores que 50m).

Observe bem o desenho das luzes para melhor memorizar estas luzes. Verifique que, à

noite, avistando uma luz verde e outra branca mais alta, sabe-se que você está vendo o boreste de uma embarcação menor que 50 metros e sabe, portanto, em que direção ela está indo. As luzes verde e vermelha instaladas nos bordos (boreste e bombordo), quando acesas, indicam que a embarcação está em movimento. Devem ser apagadas tão logo a embarcação para de se movimentar.

As luzes citadas anteriormente são aquelas que uma embarcação exibe em situação normal, quando está navegando. Quando atracada, não necessita usar luzes de navegação.

LUZES ESPECIAIS E MARCAS Os barcos indicam seus problemas e situações de duas formas: - de noite – através de Luzes Especiais - de dia – através de Marcas Diurnas. Além das 5 Luzes de Navegação que você já conheceu, as embarcações podem possuir

nos mastros outras luzes, chamadas de Luzes Especiais, que poderão ser acesas à noite para indicar seus problemas e situações no período noturno, em certas ocasiões. Vejamos:

- reboque inferior a 200m – luzes de bordo no rebocado e duas luzes brancas a mais no rebocador, no tope do mastro, no sentido vertical

- reboque superior a 200m – luzes de bordo no rebocado e tres luzes brancas a mais no rebocador, no tope do mastro, no sentido vertical

- embarcação sem governo – 2 luzes vermelhas no mastro, sentido vertical (se estiver em movimento, exibe também luzes normais de navegação);

- embarcação com capacidade de manobra restrita pelo seu calado – 3 luzes vermelhas no mastro, sentido vertical

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- embarcação fundeada maior de 50m ou somente uma luz branca no mastro para menores de 50m, onde melhor possa ser vista.

- embarcação encalhada vermelhas no mastro, sentido vertical.

- Embarcação conduzindo carga perigosa durante a noite (

- Embarcação engajada em varredura de minas triângulo

- Luz intermitente amarela Dependendo da finalidade especial do barco, ele poderá ter ainda

especiais: - Luz de reboque - Luz circular – luz visível em 360º- Luz intermitente

por minuto. As luzes devem ser acionadas à noite (do por ao nascer do sol) e também quando

navegando em baixa visibilidade (neblina, mau tempo, etc). Estão dispensadas do u

menores de 5 metros de comprimento (miúdas), sem propulsão mecânica, quando fundeadas, fora de canais, vias de acesso e fundeadouros.

Veja algumas imagens de Luzes Especiais.

Na seqüência: sem governo, fundeado (+de 50m), em varredura

MARCAS DIURNAS Vimos anteriormente que à noite as embarcações definem suas situações através de

Luzes de Navegação e Luzes Especiais. Durante o dia as situações sãoDIURNAS. O que é isto?

Marcas de alumínio, pretas, em forma de: balão, cone, cesto e 2 cones. As marcas são peças de alumínio pintadas de preto

cilindro ou cones, de cor preta, fabricadas geral(pendurados) nos mastros ou em outro local visível, indicam, durante o dia, algumas situações, conforme abaixo:

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embarcação fundeada – uma luz branca em cada extremidade de proa e popa para maior de 50m ou somente uma luz branca no mastro para menores de 50m, onde melhor possa ser vista. embarcação encalhada – usa-se as luzes de embarcação fundeada mais duas luvermelhas no mastro, sentido vertical. Embarcação conduzindo carga perigosa – uma luz vermelha no alto do mastro durante a noite (ou a bandeira Bravo durante o dia). Embarcação engajada em varredura de minas – 3 luzes verdes, formando um

intermitente amarela – embarcação tipo hovercraft (colchão de ar).

Dependendo da finalidade especial do barco, ele poderá ter ainda

Luz de reboque – amarela, na popa luz visível em 360º

Luz intermitente – luz com lampejos em freqüência igual ou superior a 120 lampejos

As luzes devem ser acionadas à noite (do por ao nascer do sol) e também quando navegando em baixa visibilidade (neblina, mau tempo, etc).

Estão dispensadas do uso de luzes e marcas apenas as embarcações atracadas e as menores de 5 metros de comprimento (miúdas), sem propulsão mecânica, quando fundeadas, fora de canais, vias de acesso e fundeadouros.

Veja algumas imagens de Luzes Especiais.

seqüência: sem governo, fundeado (+de 50m), em varredura

de minas e rebocando (+de 200m)

MARCAS DIURNAS

Vimos anteriormente que à noite as embarcações definem suas situações através de avegação e Luzes Especiais. Durante o dia as situações são definidas através de MARCAS

Marcas de alumínio, pretas, em forma de: balão, cone, cesto e 2 cones.

peças de alumínio pintadas de preto em forma de balões (esferas), cilindro ou cones, de cor preta, fabricadas geralmente em alumínio, que quando içados (pendurados) nos mastros ou em outro local visível, indicam, durante o dia, algumas situações,

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uma luz branca em cada extremidade de proa e popa para maior de 50m ou somente uma luz branca no mastro para menores de 50m, onde

se as luzes de embarcação fundeada mais duas luzes

uma luz vermelha no alto do mastro

3 luzes verdes, formando um

embarcação tipo hovercraft (colchão de ar).

Dependendo da finalidade especial do barco, ele poderá ter ainda outras luzes

luz com lampejos em freqüência igual ou superior a 120 lampejos

As luzes devem ser acionadas à noite (do por ao nascer do sol) e também quando

so de luzes e marcas apenas as embarcações atracadas e as menores de 5 metros de comprimento (miúdas), sem propulsão mecânica, quando fundeadas,

seqüência: sem governo, fundeado (+de 50m), em varredura

Vimos anteriormente que à noite as embarcações definem suas situações através de definidas através de MARCAS

Marcas de alumínio, pretas, em forma de: balão, cone, cesto e 2 cones.

em forma de balões (esferas), mente em alumínio, que quando içados

(pendurados) nos mastros ou em outro local visível, indicam, durante o dia, algumas situações,

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- um balão – embarcação fundeada - dois balões – embarcação sem governo - três balões – embarcação encalhada - um balão sobre dois cones e outro balão no sentido vertical – embarcação com

capacidade de manobra restrita - um cilindro preto – embarcação com capacidade de manobra restrita devido seu

calado - dois cones unidos pela base – embarcação rebocando. - um cone com o vértice voltado para baixo – barco à vela utilizando seu motor.

Veja a próxima foto, que situação excelente para explicar as MARCAS DIURNAS. Olhe bem para o mastro deste navio!!!

Veja a foto de um navio utilizando Marcas Diurnas (3 balões)

para indicar que está encalhado. SINAIS SONOROS (apito ou buzina) Toda embarcação deve possuir buzina ou apito e esta buzina não pode ser acionada de

qualquer forma. No botão de acionamento da buzina ou apito só existem 2 tipos de toques: - apito curto – duração de um (1) segundo - apito longo – duração de 4 a 6 segundos. Os apitos deverão ser utilizados durante as seguintes situações: a) MANOBRAS – é como se fosse a seta de um barco para indicar o lado (bordo) para o

qual desejamos nos dirigir. Este código de manobras é o seguinte: 1 apito curto – vou guinar para boreste 2 apitos curtos – vou guinar para bombordo 3 apitos curtos – vou dar máquinas a ré.

b) ULTRAPASSAGENS

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Por onde devo ultrapassar? Por boreste ou por bombordo?

Por qualquer bordo, desde que haja águas seguras pelo bordo desejado e desde que você indique, por apitos, por qual bordo vai fazer a ultrapassagem.

Lembre-se, no entanto, que numa ultrapassagem toda a manobra deve ser feita pela embarcação de maior velocidade (ultrapassador). A embarcação mais lenta, ou seja, aquela que vai ser ultrapassada, não deve fazer absolutamente nada. Deve manter seu rumo e velocidade constante enquanto está sendo ultrapassada. Não diminua ou aumente sua velocidade enquanto está sendo ultrapassado e também não altere seu rumo e se você vai ultrapassar outro barco, indique para ele sua intenção com os seguintes apitos:

- 2 apitos longos + 1 apito curto - vou ultrapassar por boreste - 2 apitos longos + 2 apitos curtos – vou ultrapassar por bombordo. c) ADVERTÊNCIA – usado quando queremos advertir outra embarcação e dizer para ela

que não concordo com suas intenções, não entendi suas intenções e o código para advertência é: - 5 apitos curtos (ou mais de 5)

d) BAIXA VISIBILIDADE (neblina, cerração, chuva, etc) – utilizado quando estamos navegando com baixa visibilidade e nada avistamos em face da neblina. Neste caso, os toques de apitos que você verá a seguir deverão ser repetidos a cada 2 minutos e o código de apito para esta situação será o seguinte:

- 1 apito longo de 2 em 2 minutos – embarcação a motor em movimento - 2 apitos longos de 2 em 2 minutos – embarcações paradas, não atracadas. - 1 apito longo e 2 apitos curtos – embarcações sem governo, capacidade de manobra

restrita, à vela, pescando, rebocando ou empurrando - 1 apito curto, 1 longo e 1 curto – embarcação fundeada quando outra se aproxima. - 1 apito longo e 3 curtos – embarcação rebocada.

DECORÉBA – MUITO IMPORTANTE PARA A PROVA:

1 curto Vou guinar para boreste

2 curtos Vou guinar para bombordo

3 curtos Vou dar máquinas à ré

5 curtos Não entendi, não concordo

2 longos + 1 curto Vou ultrapassar por boreste

2 longos + 2 curtos Vou ultrapassar por bombordo

1 longo a cada 2 min. Barco motorizado em movimento em meio

a baixa visibilidade

2 longos a cada 2 min. Barco parado sob máquinas em meio a

baixa visibilidade

1 curto, 1 longo e 1 curto Barco fundeado em baixa visibilidade

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Atenção na prova também com as seguintes normas complementares: • Barco com carga perigosa – uma luz vermelha no alto do mastro • Antes de uma curva de rio – soar um apito longo • Situação de baixa visibilidade – quem avistar o outro primeiro deve desviar, mesmo que

tenha a preferência. • Gongo e sino – utilizado somente por navios fundeados em baixa visibilidade • Holofote – utilizado para indicar perigo para outra embarcação

FIM DO CAPÍTULO 6

Veja a seguir uma série de questões que já foram abordadas anteriormente

nas provas da Marinha tratando sobre o assunto RIPEAM. Observe que estas questões contém apenas a resposta certa.

Na sua prova, além da resposta certa, aparecerão também 3 opções erradas para lhe confundir. Fique esperto(a)!!!

QUESTIONÁRIO PREPARATQUESTIONÁRIO PREPARATQUESTIONÁRIO PREPARATQUESTIONÁRIO PREPARATÓÓÓÓRIORIORIORIO ---- RIPEAMRIPEAMRIPEAMRIPEAM

194 – Qual a finalidade do RIPEAM? R - evitar o abalroamento no mar, utilizando-se regras internacionais de navegação, luzes e marcas e ainda sinais sonoros. 195 – Como as embarcações devem manobrar na situação de roda à roda (proa com proa)? R – ambas guinam para boreste. 196 – Quem deve desviar (manobrar) numa situação de rumos cruzados? R – aquela que avista a lado bombordo da outra durante o dia ou a luz encarnada da outra durante a noite. 197 - Na situação de “roda a roda”, ou seja, _______com _______ as embarcações deverão manobrar da seguinte forma: R – proa com proa, as duas guinam para boreste. 198 – Como devem se comportar as embarcações em canais estreitos? R - navegar pela margem mais próxima a seu boreste e sempre manobrar para boreste quando verificar o risco de colisão. 199 – Como uma embarcação de menos de 50m de comprimento indica que está fundeada à noite? R – uma luz branca, onde melhor possa ser vista. 200 –O que deve exibir, durante o dia, uma embarcação fundeada? R – um balão (esfera) preto no mastro.

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201 – Como procedem duas lanchas quando navegam em rumos oposto, dentro de um rio? R – a que vem a favor da corrente deve se posicionar no meio do rio e a outra na sua margem direita. A que vem a favor da corrente tem preferência. 202 – Numa ultrapassagem, quem deve manobrar? R – toda a manobra deve ser feita pela embarcação que está ultrapassando. A embarcação que está sendo ultrapassada tem preferência e não deve fazer nada. 203 - Uma embarcação a vela terá preferência sobre que tipo de embarcação? R – sobre as embarcações a motor. 204 – O que deve exibir, à noite, o rebocador de um reboque superior e inferior a 200m de comprimento? R – superior a 200m - 3 luzes brancas no mastro, no sentido vertical.

- inferior a 200m – 2 luzes brancas no mastro, no sentido vertical. 205 – De que forma são posicionadas as luzes de navegação de um barco? R – de forma setorizada, para melhor indicar o movimento da embarcação, à noite. 206 – Cinco apitos curtos significam: R – não entendi suas intenções de manobra. 207 – Que luzes deve exibir um barco com menos de 12m de comprimento, quando navegando, ao invés de todas as luzes prescritas? R – uma luz circular branca e luzes de bordo. 208 – O que significa 3 esferas dispostas em linha vertical quando içadas no mastro de um barco? R – embarcação encalhada. 209 – Na ausência do apito, o que pode ser utilizado? R – buzina ou sino para sinalizar suas intenções. 210 – Qual o alcance da luz de alcançado para uma embarcação menor que 12m? R – 2 milhas. 211 – Uma embarcação transportando carta perigosa deve indicar este fato, à noite, por? R – uma luz vermelha no alto do mastro. 212 – Que tipo de sinal sonoro devo fazer antes de dobrar a curva de um rio? R – um apito longo para chamar a atenção. 213 – Qual o ângulo ou setor de visibilidade em que pode ser vista a luz de alcançado na popa?

R – 135º (67,5º para a esquerda e para a direita). 214 – Qual o ângulo de visibilidade da luz de mastro? R - 225º desde a proa até 22,5º por ante-a-vante do través.

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215 – Em que período devem ser acesas as luzes determinadas pelo RIPEAM? R - deve ser exibidas durante períodos de visibilidade restrita e durante todo o período do por ao nascer do sol. 216 – Como devo indicar uma ultrapassagem por boreste? R – dois apitos longos e 1 curto (2+1) 217 – Numa situação de rumos cruzados entre uma lancha e um veleiro, quem deve manobrar para evitar a colisão? R – a lancha deve desviar, pois um veleiro tem preferência sobre embarcações motorizadas.

Muito importante para a prova!!!

Sinais de Apito 1 apito curto – vou guinar para boreste 2 apitos curtos vou guinar para bombordo 3 apitos curtos – vou dar máquinas à ré 5 ou mais apitos curtos – não entendi seus sinais

Ultrapassagem 2 longos e 1 curto – vou ultrapassar por boreste 2 longos e 2 curtos – vou ultrapassar por bombordo

Baixa visibilidade 1 apito longo a cada 2 minutos – embarcação a motor em movimento 2 apitos longos a cada 2 minutos – embarcação a motor sob máquinas, mas parada 1 longo seguido de 2 curtos a cada 2 minutos – embarcação sem governo ou com capacidade de manobra restrita, a vela, engajada na pesca ou rebocando 1 apito longo e 3 curtos – embarcação sendo rebocada.

218 - Uma embarcação, à noite, exibindo três luzes circulares verdes, formando um triângulo, será uma embarcação: R – em operações de remoção de minas (bombas). 219 – Qual é a sequência de situações que dão preferência de manobra para barcos navegando, por ordem de preferência? 1 – embarcação sem governo 2 – embarcação com capacidade de manobra restrita 3 – embarcação arrastando rede (engajada na pesca) 4 – embarcação à vela 5 – todas as demais embarcações motorizadas.

Muito importante – tente memorizar para a prova !!!

MARCAS DIURNAS

- 1 balão ou esfera preta – embarcação fundeada - 2 balões pretos – embarcação sem governo - dois cones pretos unidos pela base – embarcação rebocando - 3 balões pretos–embarcação encalhada

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- 1cilindro preto:barco c/capac. de manobra restrita por calado - um balão preto sobre dois cones pretos e outra esfera abaixo – barco c/capac. manobra restrita - um cone com o vértice voltado para baixo – barco à vela utilizando seu motor.

220- O que significa a expressão embarcação “em movimento”? R – todas as embarcações que não se encontram fundeadas, amarradas a terra ou encalhadas. 221- Num rio ou canal estreito, quando duas embarcações navegam em rumos opostos, devem: R – ambas devem manter-se próximos a margem de seu boreste. 222 – Uma embarcação que devido à natureza de seus serviços se encontre restrita em sua capacidade de manobrar é chamada de R – embarcação com capacidade de manobra restrita. 223 - Quando meu barco não precisa usar luzes de navegação ou sinais sonoros? R – quando está atracado. 224 - Qual a luz utilizada, à noite, por uma embarcação do tipo hovercraft (colchão de ar)? R – luz intermitente amarela. 225 – Numa situação de baixa visibilidade, a embarcação que detectar a presença de outra em situação de risco deve: R – manobrar, independente da manobra do outro. 226 – Um barco com mais de 100m quando fundeado em uma situação de baixa visibilidade deverá também soar: R – o sino a vante e o gongo a ré. 227 – Numa situação de visibilidade restrita, quem deve desviar? R – aquela que avistar a outra, mesmo que não tenha preferência. 228 – Em que situações usamos os sinais sonoros, emitidos por apito, sino ou buzina? R – manobra, risco de colisão e baixa visibilidade. 229 – Dois apitos longos repetidos a cada 2 minutos significa: R – embarcação parada em visibilidade restrita. 230 – Qual é a margem esquerda de um rio? R – é a margem do lado esquerdo de quem desce o rio. 231 – O que significam 3 apitos curtos? R – estou dando máquinas atrás. 232 – Como as embarcações se comportam em canais estreitos? R – devem navegar pela margem mais próxima de seu boreste e sempre manobrar para boreste quando houver risco de colisão.

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233 – Uma velocidade que possibilita uma ação apropriada e eficaz de evitar uma colisão e parar a embarcação a uma distância segura é chamada de R – velocidade de segurança. 234 – Quem tem preferência numa situação de rumos cruzados a noite? R- aquela que avista a luz verde da outra, ou seja, pelo seu bombordo. 235 – Como deve ser feita toda manobra para se evitar colisão entre barcos? R – de forma franca e positiva, com a devida antecedência. 236 – O que posso utilizar para indicar perigo para outra embarcação? R – o holofote. 237 – Na situação de proa com proa (roda a roda), como os barcos devem guinar para evitar a colisão? R – ambos guinam para boreste. 238 - Como ter certeza de que outra embarcação no meu visual está em rota de colisão com a minha? R – marcação constante e distância diminuindo. 239 - Um apito longo tem a duração de R - 4 a 6 segundos 240 - Na ausência de apito a embarcação poderá utilizar R - buzina ou sino para sinalizar suas intenções 241 - Qual o ângulo ou setor de visibilidade em que pode ser vista a luz de alcançado na popa?

R - 135º (67,5º para a esquerda e para a direita)

CAPÍTULO 7

BALIZAMENTO E SINALIZAÇÃO NÁUTICA

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Para entender este assunto, imagine que você está vindo do mar e vai entrar no porto existente no canto superior esquerdo da foto abaixo:

Agora, depois de analisar a foto, tente responder:

À medida que vou me aproximando de terra, as águas vão ficando mais rasas e mais perigosas. Será que vou encalhar na entrada do porto?

Será que saberei passar pelo canal profundo e seguro? Onde estão os perigos submersos nas imediações do porto?

Quem poderá me auxiliar? Visando responder as perguntas acima e uniformizar procedimentos de balizamento

náutico em todo o mundo, na Convenção de Paris, em 1982, o Brasil passou a adotar um sistema de balizamento chamado de IALA B, que pode ser resumido como um sistema que adota a cor vermelha como do lado boreste. Mas este sistema não é adotado em todos os países. Alguns deles adotam o sistema IALA A, com a cor vermelha significando lado bombordo.

Compete à Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil a implantação, supervisão e operação de todo o balizamento náutico em águas brasileiras.

Agora que você já sabe o sistema de balizamento adotado no Brasil (e também nas Américas), vamos conhecer um pouco deste sistema, que lhe será extremamente útil em diversas circunstâncias.

Vejamos alguns conceitos referentes ao sistema de balizamento e sinalização náutica: SINALIZAÇÃO NÁUTICA – é o conjunto de sinais náuticos e sistemas de auxílio à

navegação, fixos ou flutuantes, visuais, sonoros ou radioelétricos destinados a contribuir para uma navegação segura.

BALIZAMENTO – é o conjunto de sinais náuticos estabelecidos em uma região ou área perfeitamente definidos.

SINAL NÁUTICO – estrutura fixa ou flutuante, com forma e cores determinados. Dotadas ou não de luz, som e artefatos visuais, com características definidas, destinados a marcar uma posição geográfica e transmitir uma informação específica ao navegante. Podem ser faróis, aerofaróis, barcas-farol, faroletes, bóias cegas ou luminosas, balizas e placas de sinalização.

CONVENÇÃO IALA

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Esta Convenção internacional de balizamento marítimo está dividida em duas partes: • IALA A – adotado na Europa, Ásia, África e Oceania • IALA B - adotado nas Américas

Você já viu uma destas bóias (sinais) antes? Para que servem?

SINAIS NÁUTICOS EM FORMA DE BÓIAS – PARA QUE SERVEM?

• São 11 bóias (fixas ou flutuantes), faroletes ou balizas. • Estão localizadas nas entradas dos portos do mundo todo. • Podem ser luminosas (que possuem luzes à noite) ou cegas (sem luzes à noite)

Se você está entrando num porto qualquer e encontrar algum destes Sinais Náuticos (bóias), adote as seguintes providências:

• Durante o dia observe sempre a cor do sinal e o formato de seu tope. Observe nas fotos e imagens a seguir que cada uma das 11 bóias possui na parte superior um tope diferente um do outro.

• Durante a noite observe sempre a cor da luz emitida pelo sinal e também o ritmo com que ela é emitida.

Vamos então conhecer todas as 11 bóias (Sinais Náuticos) e suas finalidades. Eles estão

divididos em SINAIS LATERAIS (4 bóias), SINAL DE PERIGO ISOLADO (1 bóia), SINAL DE ÁGUAS SEGURAS (1 bóia), SINAL ESPECIAL (1 bóia) e SINAIS CARDINAIS (4 bóias):

SINAIS LATERAIS – indicam o lado de bombordo e boreste num canal a ser seguido. Podem existir várias bóias laterais num canal de acesso e são numeradas sequencialmente a partir do início do canal. É o tipo de balizamento usado nos canais de acesso aos portos brasileiros. No Brasil a primeira bóia de um canal será sempre vermelha (diz-se encarnada) e será numerada com um número impar. Para quem está entrando no porto as bóias vermelhas devem ficar pelo seu boreste e as bóias verdes pelo seu bombordo.

a) Os sinais laterais são em número de 4 bóias e são chamados de: - sinal lateral bombordo – tem a cor verde e indica que devem ser deixados por

bombordo de seu barco quando entrando no porto. Veja a foto do navio entrando no porto e deixando a bóia verde pelo seu lado bombordo.

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- sinal lateral boreste – indicam que devem ser deixados por boreste de seu barco

quando entrando no porto. Tem a cor vermelha (encarnada – vide figura)

- sinal de canal preferencial a bombordo – indica ao navegante que o canal preferencial,

em uma bifurcação, está a bombordo (vide figura).

- sinal de canal preferencial a boreste – indica ao navegante que o canal preferencial, em

uma bifurcação, está a boreste (vide figura).

Estes 4 sinais laterais acima demarcam as margens laterais de um canal profundo que

devem ser seguido por um navegante e são numerados com números ou letras, em ordem crescente, a partir da entrada do canal.

b) SINAIS DE PERIGO ISOLADO – alertam sobre a existência de perigos a navegação, tais

como pedras, cascos de navios, etc, com águas navegáveis em toda sua volta. É como se fosse um sinal de um perigo dentro de uma área navegável (vide figura).

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c) SINAL DE ÁGUAS SEGURAS - indicam que toda área em volta do sinal pode-se navegar

livremente.

d) SINAL ESPECIAL – de cor amarela, indicam uma região com características especiais,

mencionados em documentos náuticos de importância para o navegador, emitindo a noite também luz amarela.

e) SINAIS CARDINAIS – subdivididos em 4 bóias Indicam o quadrante (norte, sul, leste ou oeste) por onde o navegante encontrará águas

seguras e profundas. São subdivididos em quatro bóias, todas nas cores amarelo e preto em diversas formas. Todos os topes destas bóias são em formato de 2 cones pretos, mas observe que:

- Bóia norte – 2 cones com vértices apontando para cima

- Bóia sul – 2 cones com vértices apontando para baixo

- Bóia oeste – 2 cones com vértices ponta a ponta

- Bóia leste – 2 cones com vértices base a base.

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Ao avistar esta bóia (bóia sul, 2 cones com vértices para baixo),

onde estão as águas profundas e seguras? Pelo lado sul da bóia, ou seja, pelo quadrante sul!

Veja a seguir uma tabela contendo os 11 Sinais Náuticos. Muita atenção com esta

tabela na prova da Marinha

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BALIZAMENTO DE RIOS E CANAIS INTERIORES Os países do Mercosul adotaram através de convenção que os rios e canais marítimos

de grande importância para a navegação (chamados de Hidrovias Interiores) deveriam ser sinalizados com postes nas margens, dentro dágua, nas pontes etc. Veja abaixo uma foto de uma destas placas nas margens do Rio Paraguai.

Os rios e canais marítimos de maior expressão para a navegação brasileira são balizados.

Mesmo que você só navegue em rios de pouca expressão ou não balizados, é muito importante que você conheça esta simbologia.

SINALIZAÇÃO COM PLACAS PARA HIDROVIAS INTERIORES (RIOS E CANAIS MARÍTIMOS)

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FIM DO CAPÍTULO 7

Veja a seguir uma série de questões que já foram abordadas anteriormente nas provas da Marinha tratando sobre o assunto SINALIZAÇÃO NÁUTICA E BALIZAMENTO.

Observe que estas questões contém apenas a resposta certa. Na sua prova, além da resposta certa, aparecerão também 3 opções erradas

para lhe confundir. Fique esperto(a)!!!

QUESTIONÁRIO PREPARATÓRIO - BALIZAMENTO E SINALIZAÇÃO NÁUTICA

238 - Como indicamos um perigo isolado, não registrado numa carta náutica?

R – balizamento dobrado, com dois sinais iguais. 239 - Quais os sistemas de balizamento existentes e qual a diferença entre eles? Qual o sistema adotado no Brasil e na América do Sul? R- sistemas IALA A e sistema IALA B. A diferença estão nas cores dos sinais laterais. No Brasil e na América do Sul adotamos o sistema IALA B, que significa que os sinais laterais (bóias laterais) terão cor verde a bombordo e vermelho (encarnado) a boreste para quem entra no porto. 240 - O que significa um sinal H, X e Y em placas de hidrovia interior respectivamente? R – seguir pelo meio do canal, trocar de margem e bifurcação de canal. 241 - Como o navegante deve proceder com o balizamento de interior de um porto? R – adotá-lo como uma rota a ser seguida, por qualquer embarcação. 242 - A marca de tope do sinal Cardinal sul é R - dois cones pretos, ambos com o vértice para baixo. 243 - O sinal de perigo isolado tem as cores___________ e sua marca de tope é:

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R – preta com faixas horizontais encarnadas – duas esferas pretas. 244 - Uma área de recreação náutica é definida a noite por uma bóia especial em forma de X e que emite uma luz de cor R – amarela 245 - O que significa uma bóia com cores branca e encarnadas em faixas verticais? R – águas seguras. 246 - Qual a cor da bóia e da luz que devo deixar pelo meu bombordo, quando entrando no porto? R – verde. 247 - Para que servem os sinais de perigo isolado? R – indicar perigos isolados de tamanho limitado, cercado por água navegável a sua volta.

248 - Para que servem os sinais cardinais? R – indicar que as águas profundas estão no quadrante designado, indicar o quadrante seguro para se navegar e delimitar a área em que o navegador de se limitar a passar. 249 – Qual a cor da luz das bóias de perigo isolado, águas seguras e sinais Cardinais? R – luz branca. 250 – Qual o significado de uma bóia nas cores encarnada (vermelha) e branca, em listas verticais? R – águas seguras. 251 – Qual a direção convencional de um balizamento? R – vindo do mar ou subindo o rio. 252 – Como são numeradas as bóias num balizamento de canal de acesso ao porto? R – em ordem numérica, a partir da entrada do canal. 253 – Qual a cor da luz das bóias de sinais especiais? R – amarela. 254 – Qual a cor da luz das bóias laterais bombordo e boreste? R – luz da mesma cor da bóia. 255 - O vão principal de uma ponte fixa, sob o qual deve ser conduzida a navegação, deve exibir no centro, sob a ponte: R - uma luz rápida branca 256- O que querem nos indicar os sinais laterais? R – os lados boreste e bombordo de uma rota a ser seguida de acordo com uma direção estipulada.

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257 - Qual a marca de tope do sinal de perigo isolado? R – duas esferas pretas. 258 - O que quer nos indicar os Sinais Especiais? R – indicar uma área ou peculiaridade mencionada em documentos náuticos. 259 – Qual a cor do balizamento que indica qual o quadrante que, a partir dele, temos águas seguras tem as cores: R – amarela e preta. 260 – Como se chama o dispositivo usado no balizamento que emite um sinal na tela do radar e que facilita a sua identificação? R – racon. 261 - Onde fica a margem direita de um rio? R – no lado boreste de um barco descendo o rio.

262 – Qual a marca de tope do sinal cardinal sul, oeste e norte respectivamente respectivamente? R – Sul – 2 cones pretos, um sobre o outro, com o vértice para baixo Oeste – dois cones pretos, um sobre o outro, ponta a ponta Norte – 2 cones pretos, um sobre o outro, com o vértice para cima. 263 – Como podem ser as bóias no tocante a luzes? R – cegas – sem luz no seu tope - luminosas – com luz no seu tope. 264 – O que significa o sinal “+” num balizamento de hidrovia interior? R – perigo. 265 – o balizamento em que os perigos indicados por bóias ou balizas posicionadas em relação aos 4 quadrantes chama-se R – cardinal. 266 – A marca de tope de um sinal especial será R – um X amarelo. 267 – Como um navegante identifica o balizamento, à noite? R – pelas cores das luzes e número de repetições. 268 – Como se chama o sistema que emite um sinal na tela do radar e que facilita a sua identificação? R – Racon.

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INSTRUÇÕES FINAIS – DICAS DO AUTOR

Caro aluno Está encerrada sua preparação para a prova de arrais amador ou motonauta, mas antes

de se submeter à prova, tenha especial atenção com as informações abaixo, priorizando os seguintes assuntos:

1 – Questionários preparatórios existentes no final de cada capítulo. São questões já abordadas em prova da Marinha e algumas delas se repetirão em sua prova.

2 – Tabela de incêndios citada abaixo. Fatalmente haverá na sua prova algumas questões que serão extraídas desta tabela ou exigirão que você tenha completo domínio das informações nela contida.

3 – Tabela de bóias (sinais náuticos), tabela de sinais de rios (hidrovias interiores) e luzes

de navegação de um barco que está no capítulo 7. 4 – Tabela de períodos de suspensão da carteira abaixo:

Infração Período de suspensão da Carteira

Embriaguês no comando de um barco

120 dias

Trafegar no meio de banhistas 60 dias

Excesso de lotação 60 dias

Descumprir as regras do RIPEAM 30 dias

5- Tabela de apitos ou buzina:

1 curto Vou guinar para boreste

2 curtos Vou guinar para bombordo

3 curtos Vou dar máquinas à ré

5 curtos Não entendi, não concordo

2 longos + 1 curto Vou ultrapassar por boreste

2 longos + 2 curtos Vou ultrapassar por bombordo

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1 longo a cada 2 min. Barco motorizado em movimento em meio a

baixa visibilidade

2 longos a cada 2 min. Barco parado sob máquinas em meio a baixa

visibilidade

1 curto, 1 longo e 1 curto Barco fundeado em baixa visibilidade

1 apito longo deve ser usado antes de uma curva de rio

6 - Tabela de luzes e marcas

LUZES ESPECIAIS SIGNIFICADO

2 luzes vermelhas no mastro barco sem governo

3 luzes verdes no mastro barco caça minas

uma luz branca barco com -50m

fundeado

uma luz vermelha no mastro transporte de carga perigosa

2 luzes brancas no mastro barco rebocando reboque com-

200m

3 luzes brancas no mastro barco rebocando reboque com

+200m

MARCAS SIGNIFICADO

1 (um) balão preto barco fundeado

2 (dois) balões pretos barco sem governo

3(três) balões pretos barco encalhado

um cone com vértice para baixo barco a vela navegando a motor

7 – tabela de Primeiros Socorros abaixo

Trauma Medida a adotar Observações

Parada Cardíaca Massagem Cardíaca 69xmin.

Parada Respiratória Resp. Boca a Boca 10 a 15xmin, cabeça para

trás.

Parada Cardíaca e Parada Respiratória

simultânea

4 massagens cardíacas e um sopro (4x1)

Afogamento mesmo procedimento parada

respiratória corpo voltado para o lado

Fratura imobilizar com talas

Hemorragia Compressão no local ou

torniquete 6 litros de sangue no corpo

Queimaduras 1º. grau - superficial

2.grau - bolhas 3º. grau – destrói a epiderme

dar líquido e cobrir com um pano molhado

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Hipotermia aquecer de forma lenta e

gradual não aquecer rapidamente

Envenenamento dar água ou leite (diluir o

veneno) Pele azulada-respirou gases.

Vale também fazer vomitar (exceto ácidos)

GLOSSÁRIO DE TERMOS E PALAVRAS NÁUTICAS

Capítulo 1 – Legislação Náutica

IMO – (International Maritime Organization) – órgão que congrega todos os países membros desta Organização, tem sede em Londres e escritório no Rio de Janeiro. DPC – (Diretoria de Portos e Costas) – órgão da Marinha que regulamenta a navegação de lazer no Brasil. Tem sede no Rio de Janeiro e é representado nos estados pelas Capitanias dos Portos. DHN – (Diretoria de Hidrografia e Navegação) – órgão da Marinha responsável pela sinalização náutica em águas brasileiras. Amador – aquele que navega por prazer numa atividade náutica sem remuneração. Armador – pessoa física ou jurídica que em seu nome e sob sua responsabilidade apresta uma embarcação com fins comerciais. Linha Base – é a linha de arrebentação das ondas nas praias, ponto de partida de onde se mede a distância para um barco se aproximar dos banhistas. Termo de Responsabilidade – documento assinado pelo proprietário de um barco no momento da inscrição ou registro do mesmo. Plano de Navegação – documento que deve ser preenchido pelo Comandante de um barco antes de sair para um passeio de uma marina ou Iate Clube. LESTA – abreviatura do Lei 9.753/95 (Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário). RLESTA – abreviatura do Decreto 2.596/98, que regulamenta a segurança do tráfego aquaviário em águas nacionais.

Capítulo 2 – Marinharia Boreste – é o lado direito de um barco, visto por uma pessoa posicionada na popa do barco, olhando para a proa. Bombordo – é o lado esquerdo de um barco, visto por uma pessoa posicionada na popa do barco, olhando para a proa. Leme – peça situada na popa, de madeira ou metal, que quando movimentada pelo timão dá a direção desejada para o barco. Atracar – ato de amarrar uma embarcação ao cais, trapiche ou outro local adequado, através de cabos específicos chamados de espias. Desatracar – ato de soltar a embarcação do cais ou trapiche, o contrário de atracar.. Bóia de arinque – bóia de pequeno tamanho, normalmente cônica, destinada a assinalar onde foi jogada a âncora.

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Espia – cabo de fibra, náilon ou aço, usado para amarrar uma embarcação ao cais ou trapiche e também amarra-la a outra embarcação. Fundear – ato de prender a embarcação ao fundo do mar usando uma âncora. Barlavento – lado do barco por onde entra o vento Sotavento – lado do barco por onde sai o vento. Suspender – ato de arrancar a âncora do fundo do mar para iniciar nova viagem. Tença – tipo de fundo, para efeito de fundeio. Corrente de deriva – corrente formada apenas na superfície da água Deslocamento de um barco – é o peso da água que o barco desloca quando está flutuando. Correr com o tempo – pôr o mar pela alheta e navegar com velocidade reduzida para suportar um temporal. Curva de Boutakow – manobra que consiste em fazer o barco voltar no rumo inverso ao que navegava. Utilizada para recolher uma pessoa que caiu na água. A âncora está garrando - a âncora está sendo arrastada pelo fundo por força do vento ou correnteza.

Capítulo 4 – Combate a Incêndio Combustíveis voláteis -aqueles que liberam gases à temperatura ambiente como éter e benzina; Combustíveis não voláteis - aqueles que precisam estar acima da temperatura ambiente para liberar gases. Irradiação - é a transmissão de calor que se processa sem a necessidade de continuidade molecular entre a fonte calorífica e o corpo que recebe o calor. Condução: é a transmissão de calor que se faz de molécula para molécula, através de um movimento vibratório que se anima e se comunica de uma para outra. Convecção: é o método de transmissão de calor típico dos líquidos e gases. Os gases aquecidos de um compartimento subirão e aquecerão outro compartimento, ocasionando novos incêndios. Pirólise – decomposição química de uma matéria através da ação do calor.

Capítulo 5 – Material de Salvatagem

Balsa salva-vidas – equipamento de salvatagem coletivo armazenado em casulos, inflados por dispositivo especial, obrigatória para embarcações classificadas para alto mar. EPIRB - Equipamento que transmite sinais captados por satélites fornecendo a localização dos náufragos. Deve ser levado com os náufragos. Foguete Fumígeno – para pedir socorro diurno Foguete pirotécnico – para pedir socorro noturno (com para-quedas) Âncora flutuante – em forma de biruta, feita de tecido, destina-se a evitar que a balsa seja arrastada pelo mar ou vento. Bandeira Alfa – usada pelos barcos em operação de mergulho.

Capítulo 6 – RIPEAM RIPEAM – convenção internacional com regras de trânsito no mar. Luz de alcançado (ou luz de esteira) – é a luz da popa de uma embarcação, visível num ângulo de 135º pela popa.

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Barco manobrador – é aquele barco que deve desviar para evitar uma colisão. Barco que tem preferência – é aquele que não deve fazer nada, apenas manter seu rumo e sua velocidade constantes para evitar uma colisão. Barco sem governo (o leme não está funcionando)- tem preferência sobre todas as demais RODA À RODA - situação quando 2 barcos estão navegando proa com proa. Ambos guinam para boreste. Margem direita - é aquela que fica a boreste de quem desce o rio. Rumos Cruzados - à noite, aquele que avista a luz vermelha do outro deve desviar. Barco com carga perigosa – uma luz vermelha no alto do mastro Antes de uma curva de rio – soar um apito longo Situação de baixa visibilidade – quem avistar o outro primeiro deve desviar, mesmo que tenha a preferencia. Gongo e sino – utilizado somente por navios fundeados em baixa visibilidade Holofote – utilizado para indicar perigo para outra embarcação

Capítulo 7 – Sinalização Náutica IALA – convenção internacional com regras de sinalização náutica no mar. Balizamento – conjunto de sinais náuticos compostos de faróis, faroletes, bóias, balizas,

destinados a garantir uma navegação segura. IALA A – sistema de sinalização adotado na Europa, Ásia, África e Oceania IALA B – sistema de sinalização náutica adotado nas Américas Bóias luminosas – aquelas que possuem luzes à noite Bóias cegas – aquelas que não possuem luzes à noite. Racon – dispositivo de sinalização colocado sobre um novo perigo que emite um sinal de alerta na tela do radar dos barcos.

Após adotar estas medidas, certamente você estará muito bem preparado para se submeter á prova na Marinha e certamente será aprovado.

Boa sorte e boa prova. Sebastião Fernandes Capitão Amador Instrutor (47-9975.6691)

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PROVA SIMULADA - ARRAIS AMADOR

Esta prova simulada foi elaborada da mesma forma como aparece na prova da Marinha a que você se submeterá brevemente. Ela tem a finalidade de lhe familiarizar com o tipo

de prova que encontrará. Leia toda a prova antes de começar a responder. Responda primeiramente as questões

consideradas fáceis e durante a prova na Marinha não deixe nenhuma questão sem resposta, mesmo que não saiba a resposta correta. Nestes casos, elimine as opções

provavelmente erradas e a seguir responda a questão. No final desta prova você encontrará o gabarito da mesma.

Verifique quantas questões acertou. Se acertou mais de 70% desta prova, você está muito bem preparado para realizar a prova na Marinha.

1) Quem pode fixar os valores das multas anualmente?

A) Poder Legislativo B) Poder Executivo C) Autoridade Marítima D) Poder Judiciário.

2) – Para efeito da Lei Federal 9.537/97, como é classificada uma travessia (navegação) entre portos brasileiros, como Belém e Rio de Janeiro?

A) navegação de apoio marítimo B) navegação de apoio portuário C) navegação de cabotagem D) navegação de longo curso.

3) Qual a legislação que regulamenta a Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário em águas nacionais?

A) Decreto 2.596/98 – RLESTA B) NORMAM-03 – DPC C) Convenção SOLAS D) Lei Federal 9.965/98

4) Quem pode conduzir uma embarcação de lazer quando navegando em área oceânica (alto mar)? A) Capitão Amador B) Mestre amador C) Arrais Amador D) Motonauta

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5) - Qual o limite de aproximação máximo para praias para embarcações motorizadas navegando? A) 100m da linha base B) 150m da linha base C) 300m da linha base D) 200m da linha base.

6) Como se chama, para efeito da lei, a navegação realizada no interior dos portos e terminais?

A) navegação de apoio marítimo B) navegação de apoio portuário C) navegação de cabotagem D) navegação de longo curso.

7) Qual o tempo que um navegante tem para apresentar defesa de um Auto de Infração?

A) 15 dias B) 30 dias C) 45 dias D) 60 dias.

8) O que são espias e para que servem?

A) são cabos de amarração usados para atracar uma embarcação B) cabos usados para largar a âncora e fundear C) cabos usados para rebocar um barco D) cabos usados para rebocar esqui aquático.

9) O que vem a ser uma corrente de deriva?

A) É uma corrente no fundo causada pelas marés B) É uma corrente na superfície da água formada pelo vento C) É uma correnteza causada pelo vazamento do rio D) É uma corrente causada pelo movimento dos hélices.

10) – Uma pessoa posicionada na popa, olhando para a proa, terá a sua direita o bordo de? A) barlavento B) sotavento C) bombordo D) boreste.

11) – Num barco com 2 motores, como devemos proceder para que o barco gire em torno de si próprio, no sentido anti horário?

A) motor de boreste adiante e motor de bombordo atrás B) Motor de bombordo adiante e motor de boreste parado C) motor de boreste atrás e motor de bombordo adiante D) dois motores atrás e leme a meio

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12) A peça metálica ou de madeira situada na popa, que tem a finalidade de dar direção a embarcação e mantê-la no rumo escolhido é conhecida como

A) timão B) leme C) cachola D) quilha.

13) O que significa a expressão “correr com o tempo”?

A) por o mar pela proa e enfrentá-las de frente B) por o mar pela alheta e navegar com velocidade reduzida para suportar um temporal C) por o mar pela popa e enfrentar as ondas de trás D) aumentar a velocidade para ganhar tempo e fugir do temporal.

14) Qual o tamanho da amarra em caso de fundeio com bom tempo e mau tempo, respectivamente?

A) no mínimo 3 vezes a profundidade do local em bom tempo e 5 vezes a profundidade em mau tempo

B) no mínimo 5 vezes a profundidade do local em bom tempo e 7 vezes a profundidade em mau tempo

C) no mínimo 5 vezes a profundidade do local em bom tempo e 3 vezes a profundidade em mau tempo

D) no mínimo 2 vezes a profundidade do local em bom tempo e 6 vezes a profundidade em mau tempo

15) Qual é a função da espuma no combate a incêndio?

A) Eliminar a fumaça B) Resfriar e diminuir a temperatura de ignição C) abafar e secundariamente também resfriar D) cortar a reação em cadeia.

16) Qual a freqüência de respirações artificiais (boca a boca) que precisamos aplicar em uma vítima de parada respiratória?

A) 2 a 5 vezes/minuto B) 5 a 7 vezes/minuto C) 7 a 9 vezes/minuto D) 10 a 15 vezes/minuto.

17) Cite exemplos de combustíveis voláteis

A) éter e benzina B) madeira e papel C) diesel e plásticos D) roupas e gasolina.

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18) Num incêndio, a que níveis precisamos reduzir o oxigênio naquele local para que o fogo se extinga por abafamento?

A) abaixo de 21% B) abaixo de 16% C) abaixo de 12% D) abaixo de 8%.

19) Como se chama a linha de arrebentação das ondas, usada como referência para aproximação de embarcações das praias? A) linha de aproximação B) linha base C) linha de banhistas D) linha de perigo. 20) Como se chama o método de transmissão de calor que se processa sem necessidade de continuidade molecular entre a fonte calorífica e o corpo que recebe calor?

A) irradiação B) condução C) convecção D) combustão.

21) O que vem a ser hipotermia?

A) é quando o corpo humano perde calor mais rápido do que pode produzir B) o corpo humano está produzindo calor excessivo C) o corpo humano não consegue perder calor D) o corpo humano está excessivamente quente.

22) Qual o mais adequado extintor de combate a incêndio para uso em combustíveis líquidos e que precisa ser virado para baixo para ser utilizado?

A) extintor de pó químico B) extintor de gás carbônico C) extintor de água pressurizada D) extintor de espuma.

23) Qual o equipamento de salvatagem armazenado em um casulo fechado e que destina-se a salvamento coletivo?

A) colete salva vidas B) bóia circular C) bóia auto inflável D) balsa salva-vidas.

24) Qual é a cor padrão de alguns itens de salvatagem como bóias, coletes salva-vidas e teto da balsa salva-vidas?

A) amarelada

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B) alaranjada C) vermelha D) azulada.

25) Quanto um náufrago numa balsa deve beber de água, por dia?

A) 500ml por dia/homem (duas latas de 250ml) B) 200ml por dia/homem (duas latas de 100ml) C) 700ml por dia/homem (duas latas de 350ml) D) 1000ml por dia/homem (duas latas de 500ml).

26) Qual a classe da balsa salva vidas utilizada para embarcações que operam a mais de 60 milhas da costa?

A) Classe I B) Classe II C) Classe III D) Classe IV.

27) O que deve vir de fábrica, amarrada à bóia circular?

A) foguete fumígeno B) uma retinida flutuante (cabo fino) com alça C) uma retinida flutuante e sinalizador noturno D) foguete luminoso para uso noturno.

28) Entrando num porto qualquer, durante o período diurno, ao me deparar com uma bóia toda pintada na cor verde, devo

A) deixa-la no lado boreste do meu barco B) deixa-la no lado bombordo do meu barco C) guinar para boreste após passar pela bóia D) navegar pelo quadrante sul da bóia.

29) Como uma embarcação de menos de 50m de comprimento indica que está fundeada à noite?

A) um balão preto

B) duas luzes brancas no mastro

C) uma luz branca, onde melhor possa ser vista

D) uma luz amarela na popa.

30) Numa ultrapassagem, quem deve manobrar (desviar)?

A) toda a manobra deve ser feita pela embarcação que está ultrapassando. A embarcação que está sendo ultrapassada tem preferência e não deve fazer nada

B) a embarcação mais lenta deve ficar a direita e facilitar a ultrapassagem da mais rápida C) a embarcação mais rápida tem preferência D) toda a manobra deve ser feita pela embarcação que está sendo ultrapassada. A

embarcação que está ultrapassando tem preferência e não deve fazer nada.

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31) Qual o alcance da luz de alcançado para uma embarcação menor que 12m? A) uma milha B) duas milhas C) três milhas D) quatro milhas.

32) Como devo indicar uma ultrapassagem por boreste?

A) um apito curto B) dois apitos curtos e um longo (2+1) C) dois apitos longos e um curto (2+1) D) dois apitos curtos.

33) Qual o significado de uma bóia nas cores encarnada (vermelha) e branca, em listas verticais?

A) águas profundas B) águas perigosas C) perigo isolado D) águas seguras.

34) Onde fica a margem direita de um rio?

A) no lado bombordo de um barco descendo o rio B) no lado boreste de um barco descendo o rio C) no lado norte do rio (margem norte) D) no lado sul do rio (margem sul).

35) – Qual a cor da luz das bóias de perigo isolado, águas seguras e sinais Cardinais?

A) luz vermelha B) luz branca C) luz amarela D) luz verde.

36) O vapor de água também pode ser utilizado como agente extintor e apaga o fogo por

A) abafamento B) resfriamento C) ruptura molecular D) quebra da reação em cadeia.

37) Qual o período máximo que um certificado de habilitação (carteira) pode ser suspensa?

A) 90 dias B) Seis (6) meses C) Doze (12) meses D) Dezoito (18) meses.

38) A grande perda de sangue é chamada de

A) hemorragia

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B) hemostasia C) hemodiluição D) hemólise.

39) Como se deve embarcar numa balsa salva-vidas?

A) uma pessoa de cada lado, evitando peso de um só lado B) todos por um só lado C) um de cada vez D) segurando na escada, um de cada vez.

40) Num rio ou canal estreito, quando duas embarcações navegam em rumos opostos, devem:

A) ambas devem manter-se próximos a margem de seu boreste B) ambas devem manter-se junto à margem direita do rio C) ambas devem manter-se junto a margem de seu bombordo D) ambas devem navegar pelo centro do rio, aproveitando a correnteza.

BOA SORTE

G A B A R I T O

1 – B 9 – B 17 – A 25 – C 33 – D

2 – C 10 – D 18 – B 26 – A 34 – B

3 – A 11 – A 19 – B 27 – B 35 – B

4 – A 12 – B 20 – A 28 – B 36 – A

5 – D 13 – B 21 – A 29 – C 37 – C

6 – B 14 – A 22 – D 30 – A 38 – A

7 – A 15 – C 23 – D 31 – B 39 – A

8 – A 16 – D 24 - B 32 - C 40 - A

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APRENDENDO A NAVEGAR – MANUAL ARRAIS AMADOR

- Convenção Internacional para Evitar Abalroamento no Mar, 1972 – Londres,

incorporando as alterações adotadas pelas resoluções A-464-XII e A626-XV RIPEAM – Rio de Janeiro – Diretoria de Portos e Costas – 1989.

- Lei Federal nº 9.537/97 – Diário Oficial da União - Decreto nº 2.596/98 – Diário Oficial da União - ARTE NAVAL – Maurílio M. da Fonseca – 4ª ed. Rio de Janeiro – Serviço de Documentação

Geral da Marinha - NORMAM-03 – Normas da Autoridade Marítima nº 03 – publicada pela Portaria nº

0037/2003/DPC, DE 02 DE ABRIL DE 2003. Diretoria de Portos e Costas - Publicação DH-4504-3 – Diretoria de Hidrografia e Navegação – Marinha do Brasil - Carta 12.000 – Diretoria de Hidrografia e Navegação – 2ª ed. – 1995 - Tábua de Marés ano 2008 – Diretoria de Hidrografia e Navegação – Marinha do Brasil. - Navegação Eletrônica e em Condições Especiais – site da DHN - DESENHOS – Vivian Mendes da Silva e Jonas Aurélio da Silva - FOTOS – fotos do autor e arquivo da editora. - CAPA – Arte – Jonas Aurélio da Silva – - CONSULTA TÉCNICA - CARLOS CANTANHEDE – Engenheiro Naval - Revisores e colaboradores – CMG ANTONIO CARLOS FRADE CARNEIRO - Editoração – JONAS AURÉLIO DA SILVA

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