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Page 1: Apturismo no espaço rural

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“Tem montes que não deixam de crescer, videiras que ninguém pode contar, oliveiras que vivem a rezar, e um rio que não pára de correr”

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Introdução………………………………………………………………….….…3

  Enquadramento geográfico………………………………………………………4

  Caracterização da população duriense…………………………………….……15

Alojamento no espaço rural………………………………………………….…18

  Factos relevantes da actividade turística no Vale do Douro……………………21

Conclusão………………………………………………………………………24

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A 14 de Dezembro de 2001, a UNESCO considerou, por unanimidade, o Alto Douro Vinhateiro como uma “paisagem cultural, evolutiva e viva”, pois é um raro exemplo em que a intervenção humana na paisagem não a desvaloriza, antes a enobrece e em que uma tradição cultural antiga, baseada na vitivinicultura, se mantém e continua dinamicamente activa, sempre capaz de se adaptar ao evoluir dos tempos.

Esta região, particularmente, reúne características únicas, pois possui um solo xistoso, uma exposição solar privilegiada e um microclima que propiciam, juntamente com o trabalho árduo do homem, uma paisagem inigualável.

O Douro é o primeiro destino a nível mundial a receber a avaliação do Centro de Excelência dos Destinos da Organização Mundial do Turismo. Foi também eleito pela "National Geographic " como o sétimo melhor destino de turismo sustentável do mundo destacando-se com três produtos prioritários: o enoturismo, o turismo histórico-cultural e o turismo natureza.

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O pólo de desenvolvimento turístico do Douro foi criado com o Decreto -Lei n.º 67/2008, de 10 de Abril e está integrado na área regional de turismo correspondente à NUT II Norte.

O Douro representa um dos maiores pólos de desenvolvimento turístico do país, justificando a elaboração, em 2004, do Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro.

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A região do Douro tem uma área geográfica de 250 000 hectares, da qual fazem parte 22 municípios. Todavia, só um décimo dessa área, 25 mil hectares, ou seja, treze concelhos, foi classificado pela UNESCO como Património Mundial. Contudo, a zona classificada é representativa da diversidade do Douro, uma vez que inclui espaço do Baixo Corgo, do Cima Corgo e do Douro Superior.

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o Os treze concelhos que fazem parte da zona distinguida pela UNESCO são: Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Lamego, Mesão Frio, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Tabuaço, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real, estendendo-se ao longo das encostas do rio Douro e dos seus afluentes, Varosa, Corgo, Távora, Torto e Pinhão.

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O VINHO - região do Vinho do Porto, dos vinhos do Douro e das suas tradições;

 

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O RIO - um rio navegável e com águas abundantes;

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A PAISAGEM - a paisagem natural e a construída pela mão do Homem;

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A SEGURANÇA, TRANQUILIDADE e BEM ESTAR - o silêncio, o ambiente despoluído, o clima ameno, a gastronomia rica;

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A NATUREZA - região preservada pela vocação rural, dispondo, ainda, de locais em estado selvagem desconhecidos da mão humana;

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A HISTÓRIA E O PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO - a pré-história, a história do nascimento de dois países ibéricos, as tradições e o património arquitectónico;

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PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE - o Alto Douro Vinhateiro, o Centro Histórico do Porto, a Arte Rupestre do Vale do Côa;

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O espaço rural duriense, propriamente dito, inclui áreas de povoamento muito escasso, como acontece nos concelhos do trecho superior do Tâmega e em todos os outros para além do eixo Vila Real/Lamego.

Segundo o Censos 2001, verifica-se um forte decréscimo da população em todos os concelhos no Interior, respectivamente de 7,1%.

Migração para o litoral

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À medida que nos vamos aproximando do interior do território, verifica-se que nos concelhos do Douro, a proporção de idosos ultrapassa a média da Região Norte, situando-se, respectivamente, nos 20%. A quebra da natalidade, as migrações e a dispersão do povoamento têm levado a uma contínua e acentuada diminuição do número de crianças, o que gera problemas graves ao nível da eficiência e da qualidade do serviço educativo prestado.

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Em 2001, no grupo etário dos 25-29 anos, a percentagem da população residente com, pelo menos, o ensino secundário completo, é de 33% no Douro (as médias regional e nacional são, respectivamente de 34% e 43%).

Por outro lado, existe uma dificuldade de fixação da população jovem que detém formação mais elevada.

 

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As taxas de desemprego têm vindo a assumir valores elevados, em especial no Douro, sendo o concelho de Mesão Frio o que possui a taxa mais elevada a nível nacional. Particularmente o sistema de emprego e de formação na área do turismo tem revelado algumas fragilidades, apesar de algumas melhorias nos últimos anos, devido ao baixo nível de qualificação da mão-de-obra regional.

Apesar de tudo, regista-se como factor positivo a consolidação de uma rede de instituições de formação superior, como por exemplo, a Escola de Hotelaria e Turismo de Douro-Lamego; de investigação científica e tecnológica e de interface com as actividades económicas e sociais com realce para o desenvolvimento de algumas dinâmicas de excelência.

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Até 2008 existiam 22 tipologias diferentes de empreendimentos turísticos, as quais, segundo o Decreto –Lei nº 228/2009, de 14 de Setembro, têm de ser reconvertidas nas 8 novas tipologias e categorias até 31 de Dezembro de 2010.

O objectivo é a promoção da qualificação da oferta, pois a classificação deixa de atender sobretudo aos requisitos físicos das instalações, como acontecia até agora, para passar a reflectir igualmente a qualidade dos serviços prestados.

O artigo 4º, ponto 1, enumera os tipos de empreendimentos turísticos legalmente possíveis:

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Tipologia dos Empreendimentos Turísticos:

Nº de Empreendimentos

Estabelecimentos Hoteleiros 12 : 2 de 2*; 4 de 3*; 4 de 4* e 2 de 5*

Aldeamentos Turísticos ----------

Apartamentos Turísticos 1

Conjuntos turísticos(Resorts) ----------

Empreendimentos de Turismo de Habitação 16

Empreendimentos de Turismo no Espaço Rural (TER)

44, dos quais:

Casas de Campo – 1 (turismo de aldeia)

Agro-turismo - ?

Hoteis rurais - 6

Parques de Campismo e de Caravanismo 1 de 4*(data prevista de abertura: Junho 2011)

Empreendimentos de Turismo de Natureza -----------

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No que respeita ao Vale do Douro, os principais mercados turísticos externos são a Espanha, com 9%, o Reino Unido com 6% e a Alemanha com 5%.

A Região Norte, em 2001, contribuiu com 11% do volume total de receitas dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal, sendo o Vale do Douro responsável por 57 % dessas receitas regionais.

O Vale do Douro concentra, “apenas” 6% do total da capacidade de alojamento (n.º de camas) nacional. Este valor indicia um número médio de camas por estabelecimento relativamente baixo; a taxa de ocupação nos estabelecimentos hoteleiros no Vale do Douro (26,3%) é inferior à média nacional e à média da Região Norte; A estada média dos turistas no Vale do Douro (1,5 dia) é, também, inferior à média nacional e à média da Região Norte;

A taxa de ocupação nos estabelecimentos hoteleiros no Vale do Douro (26,3%) é inferior à média nacional e à média da Região Norte;

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Dos clientes que visitam o Douro, 50% possuem diploma universitário e 42% exercem profissão intelectual ou científica. Relativamente às zonas de origem, 44% é oriunda da Grande Lisboa e 20% do Grande Porto.

De um modo geral, os clientes são jovens, salientando-se que os espanhóis são mais jovens do que os portugueses. No Douro, o escalão etário dominante situa-se entre os 35 e os 44 anos (44%) e apenas 21% tem menos de 35 anos.

Os clientes viajam em grupos de 3 a 5 pessoas e ficam 2 noites. 38% dos portugueses já estiveram alojados em estabelecimentos do género e 36% são estreantes.

O perfil etário e socioprofissional do cliente-tipo do turismo rural corresponde ao perfil dos maiores utilizadores da Internet como fonte de informação sobre destinos e viagens, bem como de comércio electrónico.

Quanto à escolha do destino, tudo aponta para a prevalência de motivações para conhecer ou ver melhor um território e uma paisagem que começam a ter elevado nível de notoriedade nos meios de comunicação social.

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O Vale do Douro evidencia uma atractividade geral baixa, determinada pelo médio volume de turistas que o visita, acompanhado por uma elevada sazonalidade. Detectam-se baixos níveis de sensibilização das populações para as oportunidades do Turismo e um nível de envelhecimento da população em conjunto com um declínio demográfico, sobretudo nos agrupamentos de concelhos transfronteiriços.

A dimensão da oferta turística terá que crescer, qualificando-se, designadamente no domínio do alojamento diversificado, tendo sempre em consideração a qualificação da oferta. Torna-se necessário reforçar a organização e articulação da oferta turística do Douro para que se criem novos produtos e serviços turísticos, designadamente, circuitos turísticos organizados, quintas visitáveis, provas, concursos e leilões de vinhos, turismo activo, visitas a parques, percursos e interpretação da natureza.

É de vital importância oferecer um bom serviço em termos de alojamento e de animação nas vertentes do turismo de natureza e cultural, do turismo gastronómico e enoturismo, mas também de turismo activo e de aventura e, na periferia do Vale do Douro, do turismo de saúde e bem-estar e do turismo de golfe.

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O nível de qualificação e profissionalismo dos recursos humanos deve reforçar o nível profissional dos trabalhadores das unidades de restauração e alojamento, assim como, a preparação dos empresários e dos agentes de animação.

Esta dinamização terá impacto na melhoria das condições de vida na região, bem como do crescimento da economia nacional, compensando, assim, o esforço público que lhe será atribuído nos próximos anos.

As expectativas da região são aumentar até às 600 mil dormidas até 2015, quatro vezes mais do que acontece actualmente. Para este território estão ainda previstos onze novos empreendimentos turísticos, o que corresponde a 39 milhões de euros de investimento privado.

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A abordagem líder na região norte


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