-
8/17/2019 Aproveitamento de Água Da Chuva_ o Que Considerar_ _ EcoCasa
1/1
Aproveitamento de água da chuva: o que considerar?
Assim como a estiagem por que passa a região Sudeste do Brasil, o aproveitamento da
água de chuva para diversos fins não potáveis é relativamente novo no Brasil, assim
sendo, quando as chuvas voltarem é extremamente relevante que uma parte deste
precioso recurso fique retido em nossas residências, de maneira que possa aliviar a
pressão nos já esgotados mananciais.
No entanto, cabe destacar que para ter efetividade, é necessário tomar alguns cuidados e
observar alguns itens fundamentais para o sucesso do projeto, não importando seutamanho e ou capacidade.
São eles:
Filtros para água de chuva: este importante equipamento deve ser instalado na
entrada da cisterna (reservatório), para que filtre as sujeiras carreadas desde o
telhado pela própria chuva, tais como; folhas, galhos, sacos plásticos, papel, etc.
Sujeiras estas que se forem armazenadas juntamente com a agua irão degrada‐la,
comprometendo sua qualidade e impedindo sua utilização.
Cisterna (reservatório): tão importante quanto o filtro a cisterna deve ser escolhida de forma a atender em volume os objetivos do projeto,
tanto no que tange a área de telhado, quanto as possibilidade de consumo, ou seja, quanto maior o telhado e maior as possibilidade de
consumo, maior a cisterna. Ela deve ser normalmente enterrada, para manter a água em temperatura mais baixa, o que contribuirá para a sua
preservação, deverá ainda ser totalmente fechada para evitar a entrada de luz e estruturalmente robusta, de forma que possa ser enterrada
com um mínimo de obras.
Freio d’água e Multisifão antibicho: O primeiro deverá ser instalado na entrada da agua na cisterna e evitar que a água seja lançada em forma
de cascata, favorecendo a decantação e trabalhando para a melhoria da qualidade e água coletada, já o multisifão deve ser instalado no tubo de
transbordamento da cisterna, possibilitando uma renovação constante da água durante as chuvas recorrentes e de ainda possuir um “design”
que não permita a entrada de pequenos animais e ou roedores, que se presentes na cisterna favorecerão a degradação da água reservada.
Conjunto Flutuante: Considerando que os dispositivos de filtragem foram instalados, este por sua vez é o dispositivo de consumo, pois irá
conectado à bomba que levará a água até os pontos de consumo e sua função é captar água ligeiramente abaixo da lamina, onde nenhum
material em suspensão possa estar, coletando, desta forma, a melhor fração de água reservada na cisterna.
Bomba de recalque: Este dispositivo é o responsável pelo consumo da água, nele estará conectado o conjunto flutuante e a tubulação de
recalque, ao longo da saída da cisterna, poderá estar instalado um dispositivo de automação, o pressostato, este será responsável por ligar e
desligar a bomba simplesmente ao comando de uma torneira ligada na rede de consumo da água de chuva, possibilitando assim maior conforto
na utilização do sistema.
Realimentador automático de água da rua: Na falta das chuvas, é fundamental que o sistema não gere desabastecimento, para isso, basta que
seja instalado um realimentador automático, que dever ser ajustado para garantir o suprimento mínimo de agua da rua, até que a chuva volte e
garanta o abastecimento pleno do sistema.
Serviços: Assim como bons equipamentos, o bom serviço é crucial para o desempenho do sistema, o interessado em implantar um sistema de
aproveitamento de água de chuva, deve procurar por empresas idôneas e com tradição neste tipo de projeto, que possuam mão de obra
especializada desde a engenharia até a montagem e manutenção dos equipamentos, de maneira que o projeto tenha pleno sucesso.
Segurança: Exija que o profissional contratado tenha experiência no assunto, e também que o projeto siga as diretrizes da Norma Técnica
Brasileira para o tema ( NBR 15527/2012) e certifique – se de que foram utilizados materiais de boa qualidade.
Faça da água de chuva uma importante aliada na preservação da água potável e por fim dos mananciais e da vida de uma forma geral, as atuais e as futuras.
Artigo publicado em 27 de Agosto de 20 14 por Marcio J. Pereira (Diretor Executivo EcoCasa)