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Apostila em Libras

Língua Brasileira de Sinais

Prof.ª Fernanda Martins de Brito

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SUMÁRIO

1. O que é Libras? ................................................................................................................................. 3

2. O que é surdez? ..................................................................................................................................... 3

CARACTERIZANDO A SURDEZ.................................................................................................................... 5

3. Língua de Sinais ......................................................................................................................................... 7

4. A língua de sinais é língua ......................................................................................................................... 8

4.1. Língua ou linguagem? ........................................................................................................................ 8

4.1.1. Linguagem: .................................................................................................................................. 8

4.1.2. Língua .......................................................................................................................................... 9

5. Estudos da Língua de Sinais ...................................................................................................................... 9

5.1 Datilologia ......................................................................................................................................... 10

5.2 Variações Linguísticas ....................................................................................................................... 10

5.3 Mudanças Históricas ......................................................................................................................... 11

5.4 Iconicidade e Abitrariedade .............................................................................................................. 12

6. LEI ESTADUAL DO PARANÁ 12.095 – 11 DE MARÇO DE 1998 .............................................. 14

7. LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. .................................................................................... 16

8. DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005. ................................................................ 17

9. EXPRESSÃO FACIAL ........................................................................................................................ 31

ALFABETO MANUAL ............................................................................................................................. 35

NÚMEROS ................................................................................................................................................. 35

QUANTIDADES ........................................................................................................................................ 36

IDENTICAÇÃO PESSOAL ...................................................................................................................... 37

CORES ....................................................................................................................................................... 39

FRUTA ....................................................................................................................................................... 40

FAMÍLIA ..................................................................................................................................................... 42

LAR ............................................................................................................................................................. 44

MÓVEIS ..................................................................................................................................................... 46

OBJETO ..................................................................................................................................................... 47

ELETRODOMÉSTICOS .......................................................................................................................... 48

ALIMENTOS .............................................................................................................................................. 49

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BEBIDAS ................................................................................................................................................... 54

ANIMAIS DOMÉSTICOS ......................................................................................................................... 55

ANIMAIS SELVAGENS ........................................................................................................................... 56

AVES .......................................................................................................................................................... 58

INSETOS.................................................................................................................................................... 59

TEMPO ....................................................................................................................................................... 60

ESTADOS DO TEMPO ............................................................................................................................ 60

PONTOS CORDEAIS/ ESTAÇÕES DE ANO ...................................................................................... 61

PROFISSÃO .............................................................................................................................................. 62

LUGARES PÚBLICOS ............................................................................................................................ 64

ESCOLA .................................................................................................................................................... 65

POLÍTICAS ................................................................................................................................................ 68

DIVERSÃO ................................................................................................................................................ 71

MEIOS DE TRANSPORTES ................................................................................................................... 72

ESPORTE .................................................................................................................................................. 73

MEIOS DE COMUNICAÇÃO .................................................................................................................. 74

CIDADES E ESTADOS BRASILEIROS ............................................................................................... 76

PAÍSES ...................................................................................................................................................... 78

CALENDÁRIO........................................................................................................................................... 80

DATAS DE COMEMORATIVAS ............................................................................................................ 82

CORPO HUMANO / SAÚDE................................................................................................................... 84

HIGIENE ..................................................................................................................................................... 87

VESTUÁRIO / ACESSÓRIOS ................................................................................................................ 88

ECONOMIA ............................................................................................................................................... 90

PERSONALIDADE ................................................................................................................................... 91

RELIGIÃO .................................................................................................................................................. 94

ETIQUETA / BOAS MANEIRAS ............................................................................................................ 96

ATITUDES / SENTIMENTOS ............................................................................................................... 102

VERBO ..................................................................................................................................................... 105

PERGUNTAS .......................................................................................................................................... 121

DIVERSOS .............................................................................................................................................. 121

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................... 123

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1. O que é Libras?

A sigla LIBRAS significa Língua Brasileira de Sinais. É a língua materna do surdo

usada e difundida nas comunidades surdas e afins, como dispõe no decreto nº.5626/05,

que regulamenta a Lei nº. 10.436. Possui estrutura gramatical própria que não está

vinculada a língua oral, no nosso caso a língua portuguesa.

2. O que é surdez?

Surdez é o nome dado à impossibilidade e dificuldade de ouvir, podendo ter como

causa vários fatores que podem ocorrer antes, durante ou após o nascimento. A

deficiência auditiva pode variar de um grau leve a profunda, ou seja, a criança pode não

ouvir apenas os sons mais fracos ou até mesmo não ouvir som algum.

SURDO – pessoa que não escuta. Embora associado ao termo “mudo”, muitas vezes é

usado no senso-comum para designar os surdos que têm a habilidade da fala oral. Não

é utilizado para designar pessoas que são surdas somente de um ouvido.

SURDO-MUDO – Há muitos séculos aplicados aos surdos, é um termo controverso, pois

está relacionado ao estigma social que o surdo suscita ao não usar a comunicação oral.

No entanto, deveria ser utilizado para se referir ás pessoas que têm algum impedimento

orgânico no aparelho fonoarticulatório.

MUDO – Segundo Aurélio (2001) mudo implica ser privado do uso da palavra por defeito

orgânico, ou causa psíquica.

MUDINHO – Pessoa que não fala. No entanto, o conceito do senso comum não envolve

neste termo a idéia de uma deficiência na fala, e sim é atributo de quem não se

comunica. Não é atributo de quem não se expressa através da oralidade. Mudo então,

não é quem não possui oralidade, quem não consegue emitir sons que formam palavras,

é quem não se comunica, de alguma forma. Os surdos querem ser chamados apenas de

surdos, e não surdos-mudos, como na maioria das vezes são chamados.

O termo Surdo-Mudo é repudiado na comunidade surda porque os surdos

entendem que a expressão da LIBRAS é uma forma legítima da “Fala”, ainda que não

seja oral, é a forma de comunicação utilizada pelos surdos, é sua língua ,materna.

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Antes de começarmos nossa caminhada para o aprendizado da Língua Brasileira

de Sinais é importantíssimo que você compreenda que esta língua não é a língua de um

país, mas, é a língua de um povo que se autodenomina de Povo Surdo. Os surdos

deste povo são pessoas que se reconhecem pela ótica cultural e não medicalizada

possuem uma organização política de vida em função de suas habilidades, neste caso a

principal é a habilidade visual, o que gera hábitos também visuais e uma língua também

visual.

Neste estudo quando nos referimos aos surdos, estamos nós referindo àqueles

que utilizam a Libras assim como você utiliza a Língua Portuguesa. Os surdos para

identificar aqueles que não são surdos costumam perguntar: _ Você é ouvinte?, Assim o

termo ouvinte é uma forma de reconhecer o não-surdo.

Talvez não tenha ficado claro o suficiente quem são os surdos e quem são os

ouvintes, mas com certeza gradativamente com o decorrer do estudo você

compreenderá o significado tais termos.

Os ouvidos, podendo dispor em grau de perda, desde a surdez leve até a

profunda. Termo comum no vocabulário médico e científico. Usado por alguns

fonoaudiólogos e documentos oficiais. Enquadra o surdo na categoria “Deficiência”.

Deficiente Auditivo – Pessoa que possui a deficiência em um ou ambos ouvidos,

podendo dispor em grau de perda, desde a surdez leve até a profunda. Termo comum

no vocabulário médico e científico. Usado por alguns fonoaudiólogos e documentos

oficiais. Enquadra o surdo na categoria “Deficiência”.

As pessoas surdas, que estão politicamente atuando para terem seus direitos de

cidadania e lingüísticos respeitados, fazem uma distinção entre “ser Surdo” e ser

“deficiente auditivo” A palavra “deficiente”, que não foi escolhida por elas para se

denominarem, estigmatiza a pessoa porque a mostra sempre pelo que ela não tem, em

relação ás outras e, não, o que ela pode ter de diferente e, por isso acrescentar às

outras pessoas.

Ser surdo é saber que pode falar com mãos e aprender uma língua oral-auditiva

através dessa, é conviver com pessoas que, em um universo de barulhos, depara-se

com pessoas que estão percebendo o mundo, principalmente pela visão, e isso faz com

que eles sejam diferentes e não necessariamente deficientes.

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A diferença está no modo de apreender o mundo, que gera valores,

comportamento comum compartilhado e tradições sócio-interativas, a este modus

vivendi está sendo denominado de “Cultura Surda”.

Em outra visão, a surdez, sendo de origem congênita, é quando se nasce surdo,

isto é, não se tem a capacidade de ouvir nenhum som. Por consequência, surge uma

série de dificuldades na aquisição da linguagem, bem como no desenvolvimento da

comunicação. Por sua vez, a deficiência auditiva é um déficit adquirido, ou seja, é

quando se nasce com uma audição perfeita e que, devido a lesões ou doenças, há

perda. Nestas situações, na maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a se

comunicar oralmente. Porém, ao adquirir esta deficiência, vai ter de aprender a

comunicar de outra forma. Em certos casos, pode-se recorrer ao uso de aparelhos

auditivos ou a intervenções cirúrgicas (dependendo do grau da deficiência auditiva) a fim

de minimizar ou corrigir o problema.

CARACTERIZANDO A SURDEZ

O conhecimento sobre as características da surdez permite àqueles que se

relacionam ou que pretendem desenvolver algum tipo de trabalho pedagógico com

pessoas surdas, a compreensão desse fenômeno, aumentando sua possibilidade de

atender às necessidades especiais constatadas.

Quanto ao período de aquisição, a surdez pode ser dividida em dois grandes

grupos:

Congênita: quando o indivíduo já nasceu surdo. “Nesse caso a surdez é pré-lingual”, ou

seja, ocorreu antes da aquisição da linguagem.

Adquirida: quando o indivíduo perde a audição no decorrer da sua vida. Nesse caso a

surdez poderá ser “pré ou pós-lingual”, dependendo da sua ocorrência ter se dado antes

e depois da aquisição da linguagem.

Quanto a etiologia (causas da surdez), ela se divide em:

Pré - natais: surdez provocada por fatores genéticos e hereditários, doenças adquiridas

pela mãe na época da gestação (rubéola, toxoplasmose, citomegalivírus) e exposição da

mãe a drogas ototóxicas ( medicamentos que podem afetar a audição)

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Peri – natais: surdez provocada mais frequentemente por parto prematuro, anóxia

cerebral (falta de oxigenação o cérebro logo após o nascimento) e trauma e parto (uso

inadequado de fórceps, parto excessivamente rápido, parto demorado).

Pós – natais: surdez provocada por doenças adquiridas pelo indivíduo ao longo da vida,

como: meningite, caxumba, sarampo. Além do uso de medicamento ototóxico, outros

fatores também tem relação com a surdez, como o avanço da idade e acidentes.

O audiômetro é um instrumento utilizado para medir a sensibilidade auditiva de um

indivíduo. O nível de intensidade é medido em decibel (dB).

Por meio desse instrumento faz-se necessário a realização de alguns testes,

obtendo-se uma classificação da surdez quando ao grau de comprometimento (grau

e/intensidade da perda auditiva), a qual será classificada em níveis, de acordo com a

sensibilidade auditiva do individuo:

Pode-se dividir a perda auditiva em 5 categorias + Anacusia.

(conforme Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999)

Surdez leve:

perda auditiva

entre 25db e

40db

Surdez

moderada:

perda

auditiva entre

41db e 55db

Surdez

acentuada:

perda auditiva

entre 56db e

70db

Surdez

severa:

perda

auditiva entre

71db e 90db

Surdez

profunda:

perda auditiva

acima de 91db

db = decibéis

Anacusia: este termo significa falta de audição, sendo diferente de surdez, onde

existem resíduos auditivos. Audição Considerada Normal - perda entre 0 a 24 db nível

de audição.

Surdez Leve: nesse caso a pessoa pode apresentar dificuldade para ouvir o som do tic-

tac do relógio, ou mesmo uma conversação silenciosa (cochicho).

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Surdez Moderada: com esse grau de perda auditiva a pessoa pode apresentar alguma

dificuldade para ouvir uma voz fraca ou um canto de um passarinho.

Surdez acentuada: com esse grau de perda auditiva a pessoa poderá ter alguma

dificuldade para ouvir uma conversação normal.

Surdez severa: nesse caso a pessoa poderá ter dificuldades para ouvir o telefone

tocando ou ruído das máquinas de escrever num escritório.

Surdez profunda: nesse o ruído de caminhão, de discoteca, de uma maquina de serrar

madeira ou, ainda, o ruído de um avião decolando.

A surdez pode ser ainda, classificada como unilateral, quando se apresenta em apenas

um ouvido e bilateral, quando acomete ambos ouvidos.

3. Língua de Sinais

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais

As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das comunidades surdas.

Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais. As Línguas de Sinais Brasileira é a língua

natural da comunidade surda brasileira.

As línguas de sinais são denominadas línguas de modalidade gestual-visual (ou

espaço-visual), pois a informação linguística é recebida pelos olhos e produzida pelas

mãos.

A Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS define a

Língua Brasileira de Sinais – Libras como a língua materna dos surdos brasileiros e,

como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com

esta comunidade. Como língua, está composta de todos os componentes pertinentes às

línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos

preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerado instrumento

lingüístico de poder e força. Possui todos elementos classificatórios identificáveis numa

língua e demanda prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua. (...) É uma

língua viva e autônoma, reconhecida pela lingüística.

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Segundo Sánchez (1990:17) a comunicação humana “é essencialmente diferente

e superior a toda outra forma de comunicação conhecida. Todos os seres humanos

nascem com os mecanismos da linguagem específicos da espécie, e todos os

desenvolvem normalmente, independentes de qualquer fator racial, social ou cultural”.

Uma demonstração desta afirmação se evidencia nas línguas oral-auditivas (usadas

pelos ouvintes) e nas línguas viso-espacial (usadas pelos surdos). As duas modalidades

de línguas são sistemas abstratos com regras gramaticais.

Entretanto, da mesma forma que as línguas oral-auditivas não são iguais,

variando de lugar para lugar, de comunidade para comunidade a língua de sinais

também varia. Dito de outra forma: existe a língua de sinais americana, inglesa, francesa

e varias outras línguas de sinais em vários países, bem como a brasileira.

É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela lingüística. Pesquisas com filhos

surdos de pais surdos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais dentro

do lar é um benefício e que esta aquisição contribui para o aprendizado da língua oral

como Segunda língua para os surdos.

Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais apresenta

uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se organiza no

cérebro da mesma maneira que as línguas faladas.

A Língua de Sinais apresenta, por ser uma língua, um período crítico precoce

para sua aquisição, considerando-se que a forma de comunicação natural é aquela para

o qual o sujeito está mais bem preparado, levando-se em conta a noção de conforto

estabelecido diante de qualquer tipo de aquisição na tenra idade.

4. A língua de sinais é língua

4.1. Língua ou linguagem?

4.1.1. Linguagem

Linguagem é tudo que envolve significação, que pode ser humano (pintura,

música, cinema), animal (abelhas, golfinhos, baleias) ou artificial (linguagem de

computador, código Morse, código internacional de bandeiras). Ou seja, “sistema de

comunicação natural ou artificial, humana ou não” (Fernandes, 2002:16).

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LINGUAGEM

LÍNGUA ESCULTURA CINEMA PINTURA .

4.1.2. Língua

É um conjunto de palavras, sinais e expressões organizados a partir de regras,

sendo utilizado por um povo para sua interação. Sendo assim a língua seria uma forma

de linguagem: a linguagem verbal. As línguas estariam em uma posição de destaque

entre todas as linguagens, ou seja, podemos falar de todas as outras linguagens

utilizando as palavras ou os sinais. Assim como as línguas orais, as línguas de sinais se

organizam em diferentes níveis: semântico, sintático, morfológico e fonológico.

O temo utilizado corretamente é "língua" de sinais e não "linguagem" de sinais. E

isso porque, concordando com Oviedo (1996), "língua" designa um específico sistema

de signos que é utilizado por uma comunidade para se comunicarem. Já "linguagem"

está relacionada à capacidade da espécie humana para se comunicar através de um

sistema de signos; é a capacidade humana de criar e usar as línguas e que, conforme

Vygotsky tem papel essencial na organização das funções psicológicas superiores. Daí

que resulta ser inapropriado utilizar o termo "linguagem" para designar a língua de uma

comunidade; no caso a da comunidade surda, a Língua de Sinais.

5. Estudos da Língua de Sinais

Comumente quando conhecemos alguém lhes perguntamos logo o nome, como

se chama, para que todas as vezes que quisermos nos referir àquela pessoa temos um

signo que a representa. O nome que estamos falando é o que na Língua Brasileira de

Sinais denominamos de sinal pessoal ou somente sinal, costuma-se dizer que se trata

de um nome visual, um batismo, para dar início à participação na comunidade surda.

Um nome visual, como o próprio nome diz se trata de uma marca, um traço visual

próprio da pessoa. Quando tal pessoa ainda não tem um sinal (nome visual) usa-se o

alfabeto manual que compõe o quadro das configurações de mãos usadas na Libras. O

alfabeto manual teve origem pela necessidade de representar as letras de forma visual e

era usado principalmente para ensinar pessoas surdas a ler e escrever, na Libras o uso

do alfabeto manual é caracterizado como um Empréstimo Lingüístico.

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Assim como todas as línguas a Libras tem seu léxico criado a partir de unidades

mínimas que junto a outros parâmetros formam o sinal (vocábulo), estas unidades

mínimas denominamos de CONFIGURAÇÕES DE MÃOS, ou seja, são as formas

utilizadas para formação de sinais. Através de algumas dessas configurações de mãos é

possível representar o alfabeto de outras línguas orais como a língua portuguesa, por

exemplo.

5.1 Datilologia

Alfabeto manual é usado somente para nomes de pessoas e lugares, rótulos, não

é uma representação direta do português e sim da ortografia. É uma sequência de letras

escritas do português.

5.2 Variações Linguísticas

Na maioria do mundo, há, pelo menos, uma língua de sinais usada amplamente

na comunidade surda de cada país, diferente daquela da língua falada utilizada na

mesma área geográfica. Isto se dá porque essas línguas são independentes das línguas

orais, pois foram produzidas dentro das comunidades surdas. A Língua de Sinais

Americana (ASL) é diferente da Língua de Sinais Britânica (BSL), que difere, por sua

vez, da Língua de Sinais Francesa (LSF).

NOME

ASL LIBRAS

Além disso, dentro de um mesmo país há as variações regionais. A LIBRAS

apresenta dialetos regionais, salientando assim, uma vez mais, o seu caráter de língua

natural.

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VARIAÇÃO REGIONAL: representa as variações de sinais de uma região para

outra, no mesmo país.

Ex.:

VERDE

Rio de Janeiro São Paulo Curitiba

VARIAÇÃO SOCIAL: refere-se a variações na configuração das mãos e/ou no

movimento, não modificando o sentido do sinal.

Ex:

AJUDAR

5.3 Mudanças Históricas

Com o passar do tempo, um sinal pode sofrer alterações decorrentes dos

costumes da geração que o utiliza.

Ex.:

AZUL

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5.4 Iconicidade e Abitrariedade

A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida e percebida

pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os sinais são o

“desenho” no ar do referente que representam. É claro que, por decorrência de sua

natureza lingüística, a realização de um sinal pode ser motivada pelas características do

dado da realidade a que se refere, mas isso não é uma regra. A grande maioria dos

sinais da LIBRAS são arbitrários, não mantendo relação de semelhança alguma com

seu referente. Vejamos alguns exemplos entre os sinais icônicos e arbitrários.

SINAIS ICÔNICOS

Uma foto é icônica porque reproduz a imagem do referente, isto é, a pessoa ou

coisa fotografada. Assim também são alguns sinais da LIBRAS, gestos que fazem

alusão à imagem do seu significado.

Ex.:

TELEFONE BORBOLETA

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Isso não significa que os sinais icônicos são iguais em todas as línguas. Cada

sociedade capta facetas diferentes do mesmo referente, representadas através de seus

próprios sinais, convencionalmente, (FERREIRA BRITO, 1993) conforme os exemplos

abaixo:

ÁRVORE

LIBRAS - representa o tronco usando o antebraço e a mão aberta, as folhas em

movimento. LSC (Língua de Sinais Chinesa) - representa apenas o tronco da árvore com

as duas mãos (os dedos indicador e polegar ficam abertos e curvos).

LIBRAS LSC

CASA

LIBRAS ASL

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SINAIS ARBITRÁRIOS

São aqueles que não mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade

que representam.

Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade existente entre

significante e referente. Durante muito tempo afirmou-se que as línguas de sinais não

eram línguas por serem icônicas, não representando, portanto, conceitos abstratos. Isto

não é verdade, pois em língua de sinais tais conceitos também podem ser

representados, em toda sua complexidade.

Ex.:

CONVERSAR DEPRESSA

6. LEI ESTADUAL DO PARANÁ 12.095 – 11 DE MARÇO DE 1998

Publicado no Diário Oficial no. 5219 de 27 de Março de 1998

Súmula: Reconhece oficialmente, pelo Estado do Paraná, a linguagem gestual

codificada na Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e outros recursos de expressão a ela

associados, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente.

A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º. Fica reconhecida oficialmente, pelo Estado do Paraná, a linguagem gestual

codificada na Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - e outros recursos de expressão a

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ela associados, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente. (Revogado pela

Lei 18419 de 07/01/2015)

Parágrafo único. Compreende-se como Língua Brasileira de Sinais o meio de

comunicação de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, oriunda de

comunidades de pessoas surdas. É a forma de expressão do surdo e sua língua natural.

(Revogado pela Lei 18419 de 07/01/2015)

Art. 2º. A rede pública de ensino, através da Secretaria de Estado da Educação, deverá

garantir acesso à educação bilingüe (libras e Língua Portuguesa) no processo ensino-

aprendizagem, desde a educação infantil até os níveis mais elevados do sistema

educacional, a todos os alunos portadores de deficiência auditiva.

Art. 3º. A Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, deverá ser incluída como conteúdo

obrigatório nos cursos de formação na área de surdez, em nível de 2º e 3º graus.

Parágrafo único. Fica incluída a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, no currículo da

rede pública de ensino e dos cursos de magistério de formação superior nas áreas das

ciências humanas, médicas e educacionais.

Art. 4º. A Administração Pública, direta, indireta e fundacional através da Secretaria de

Estado da Educação manterá em seus quadros funcionais profissionais surdos, bem

como intérpretes da Língua Brasileira de Sinais, no processo ensino-aprendizagem,

desde a educação infantil até os níveis mais elevados de ensino em suas instituições.

Art. 5º. A Administração Pública do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado

da Educação e seus órgãos, a esta Secretaria ligados, oferecerá através das entidades

públicas, diretas, indiretas e fundacionais, cursos para formação de intérpretes da

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.

Art. 6º. A Administração Pública do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado

da Educação e seus órgãos, a esta Secretaria ligados, oferecerá cursos periódicos de

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, em diferentes níveis, para surdos e seus

familiares, professores, professores de ensino regular e comunidades em geral.

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Art. 7º. A Administração Pública, direta, indireta e fundacional, manterá em suas

repartições públicas estaduais e municipais do Estado do Paraná, bem como nos

estabelecimentos bancários e hospitalares públicos, o atendimento aos surdos,

utilizando profissionais intérpretes da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.

Art. 8º. Para os propósitos desta lei e da Linguagem Brasileira de Sinais, os intérpretes

serão preferencialmente ouvintes e os instrutores, preferencialmente surdos.

Art. 9º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições

em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 11 de março de 1998.

Jaime Lerner

Governador do Estado

Ramiro Wahrhaftig

Secretário de Estado da Educação

7. LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002.

Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais -

Libras e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e

eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua

Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de

comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com

estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias

e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

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Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas

concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e

difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de

utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.

Art. 3o As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de

assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores

de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.

Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais,

municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de

Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e

superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos

Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.

Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a

modalidade escrita da língua portuguesa.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de abril de 2002; 181o da Independência e 114o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Paulo Renato Souza

8. DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005.

Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril

de 2002, que dispõe sobre a Língua

Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da

Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,

inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.436, de 24 de abril de

2002, e no art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000,

DECRETA:

18

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art.

18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter

perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais,

manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.

Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou

total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências

de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

CAPÍTULO II

DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR

Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos

de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e

nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema

federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios.

§ 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o

curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso

de Educação Especial são considerados cursos de formação de professores e

profissionais da educação para o exercício do magistério.

§ 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de

educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste

Decreto.

CAPÍTULO III

DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LIBRAS E DO INSTRUTOR DE LIBRAS

19

Art. 4o A formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais do ensino

fundamental, no ensino médio e na educação superior deve ser realizada em nível

superior, em curso de graduação de licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras:

Libras/Língua Portuguesa como segunda língua.

Parágrafo único. As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação

previstos no caput.

Art. 5o A formação de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e nos

anos iniciais do ensino fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia ou curso

normal superior, em que Libras e Língua Portuguesa escrita tenham constituído línguas

de instrução, viabilizando a formação bilíngüe.

§ 1o Admite-se como formação mínima de docentes para o ensino de Libras na

educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, a formação ofertada em

nível médio na modalidade normal, que viabilizar a formação bilíngüe, referida no caput.

§ 2o As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos

no caput.

Art. 6o A formação de instrutor de Libras, em nível médio, deve ser realizada por

meio de:

I - cursos de educação profissional;

II - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior;

e

III - cursos de formação continuada promovidos por instituições credenciadas por

secretarias de educação.

§ 1o A formação do instrutor de Libras pode ser realizada também por

organizações da sociedade civil representativa da comunidade surda, desde que o

certificado seja convalidado por pelo menos uma das instituições referidas nos incisos II

e III.

20

§ 2o As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos

no caput.

Art. 7o Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não haja

docente com título de pós-graduação ou de graduação em Libras para o ensino dessa

disciplina em cursos de educação superior, ela poderá ser ministrada por profissionais

que apresentem pelo menos um dos seguintes perfis:

I - professor de Libras, usuário dessa língua com curso de pós-graduação ou com

formação superior e certificado de proficiência em Libras, obtido por meio de exame

promovido pelo Ministério da Educação;

II - instrutor de Libras, usuário dessa língua com formação de nível médio e com

certificado obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido pelo

Ministério da Educação;

III - professor ouvinte bilíngüe: Libras - Língua Portuguesa, com pós-graduação ou

formação superior e com certificado obtido por meio de exame de proficiência em Libras,

promovido pelo Ministério da Educação.

§ 1o Nos casos previstos nos incisos I e II, as pessoas surdas terão prioridade para

ministrar a disciplina de Libras.

§ 2o A partir de um ano da publicação deste Decreto, os sistemas e as instituições

de ensino da educação básica e as de educação superior devem incluir o professor de

Libras em seu quadro do magistério.

Art. 8o O exame de proficiência em Libras, referido no art. 7o, deve avaliar a

fluência no uso, o conhecimento e a competência para o ensino dessa língua.

§ 1o O exame de proficiência em Libras deve ser promovido, anualmente, pelo

Ministério da Educação e instituições de educação superior por ele credenciadas para

essa finalidade.

§ 2o A certificação de proficiência em Libras habilitará o instrutor ou o professor

para a função docente.

21

§ 3o O exame de proficiência em Libras deve ser realizado por banca examinadora

de amplo conhecimento em Libras, constituída por docentes surdos e lingüistas de

instituições de educação superior.

Art. 9o A partir da publicação deste Decreto, as instituições de ensino médio que

oferecem cursos de formação para o magistério na modalidade normal e as instituições

de educação superior que oferecem cursos de Fonoaudiologia ou de formação de

professores devem incluir Libras como disciplina curricular, nos seguintes prazos e

percentuais mínimos:

I - até três anos, em vinte por cento dos cursos da instituição;

II - até cinco anos, em sessenta por cento dos cursos da instituição;

III - até sete anos, em oitenta por cento dos cursos da instituição; e

IV - dez anos, em cem por cento dos cursos da instituição.

Parágrafo único. O processo de inclusão da Libras como disciplina curricular deve

iniciar-se nos cursos de Educação Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras,

ampliando-se progressivamente para as demais licenciaturas.

Art. 10. As instituições de educação superior devem incluir a Libras como objeto de

ensino, pesquisa e extensão nos cursos de formação de professores para a educação

básica, nos cursos de Fonoaudiologia e nos cursos de Tradução e Interpretação de

Libras - Língua Portuguesa.

Art. 11. O Ministério da Educação promoverá, a partir da publicação deste Decreto,

programas específicos para a criação de cursos de graduação:

I - para formação de professores surdos e ouvintes, para a educação infantil e anos

iniciais do ensino fundamental, que viabilize a educação bilíngüe: Libras - Língua

Portuguesa como segunda língua;

II - de licenciatura em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa, como

segunda língua para surdos;

22

III - de formação em Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa.

Art. 12. As instituições de educação superior, principalmente as que ofertam cursos

de Educação Especial, Pedagogia e Letras, devem viabilizar cursos de pós-graduação

para a formação de professores para o ensino de Libras e sua interpretação, a partir de

um ano da publicação deste Decreto.

Art. 13. O ensino da modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda

língua para pessoas surdas, deve ser incluído como disciplina curricular nos cursos de

formação de professores para a educação infantil e para os anos iniciais do ensino

fundamental, de nível médio e superior, bem como nos cursos de licenciatura em Letras

com habilitação em Língua Portuguesa.

Parágrafo único. O tema sobre a modalidade escrita da língua portuguesa para

surdos deve ser incluído como conteúdo nos cursos de Fonoaudiologia.

CAPÍTULO IV

DO USO E DA DIFUSÃO DA LIBRAS E DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA O

ACESSO DAS PESSOAS SURDAS À EDUCAÇÃO

Art. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às

pessoas surdas acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos

seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis,

etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até à superior.

§ 1o Para garantir o atendimento educacional especializado e o acesso previsto

no caput, as instituições federais de ensino devem:

I - promover cursos de formação de professores para:

a) o ensino e uso da Libras;

b) a tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa; e

c) o ensino da Língua Portuguesa, como segunda língua para pessoas surdas;

23

II - ofertar, obrigatoriamente, desde a educação infantil, o ensino da Libras e

também da Língua Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos;

III - prover as escolas com:

a) professor de Libras ou instrutor de Libras;

b) tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa;

c) professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para

pessoas surdas; e

d) professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade

lingüística manifestada pelos alunos surdos;

IV - garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos

surdos, desde a educação infantil, nas salas de aula e, também, em salas de recursos,

em turno contrário ao da escolarização;

V - apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras entre professores,

alunos, funcionários, direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de

cursos;

VI - adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda

língua, na correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e

reconhecendo a singularidade lingüística manifestada no aspecto formal da Língua

Portuguesa;

VII - desenvolver e adotar mecanismos alternativos para a avaliação de

conhecimentos expressos em Libras, desde que devidamente registrados em vídeo ou

em outros meios eletrônicos e tecnológicos;

VIII - disponibilizar equipamentos, acesso às novas tecnologias de informação e

comunicação, bem como recursos didáticos para apoiar a educação de alunos surdos ou

com deficiência auditiva.

24

§ 2o O professor da educação básica, bilíngüe, aprovado em exame de proficiência

em tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, pode exercer a função de

tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, cuja função é distinta da função de

professor docente.

§ 3o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal,

estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas

neste artigo como meio de assegurar atendimento educacional especializado aos alunos

surdos ou com deficiência auditiva.

Art. 15. Para complementar o currículo da base nacional comum, o ensino de

Libras e o ensino da modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda língua

para alunos surdos, devem ser ministrados em uma perspectiva dialógica, funcional e

instrumental, como:

I - atividades ou complementação curricular específica na educação infantil e anos

iniciais do ensino fundamental; e

II - áreas de conhecimento, como disciplinas curriculares, nos anos finais do ensino

fundamental, no ensino médio e na educação superior.

Art. 16. A modalidade oral da Língua Portuguesa, na educação básica, deve ser

ofertada aos alunos surdos ou com deficiência auditiva, preferencialmente em turno

distinto ao da escolarização, por meio de ações integradas entre as áreas da saúde e da

educação, resguardado o direito de opção da família ou do próprio aluno por essa

modalidade.

Parágrafo único. A definição de espaço para o desenvolvimento da modalidade

oral da Língua Portuguesa e a definição dos profissionais de Fonoaudiologia para

atuação com alunos da educação básica são de competência dos órgãos que possuam

estas atribuições nas unidades federadas.

CAPÍTULO V

DA FORMAÇÃO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LIBRAS - LÍNGUA

PORTUGUESA

25

Art. 17. A formação do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa deve

efetivar-se por meio de curso superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em

Libras - Língua Portuguesa.

Art. 18. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, a formação

de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser

realizada por meio de:

I - cursos de educação profissional;

II - cursos de extensão universitária; e

III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior

e instituições credenciadas por secretarias de educação.

Parágrafo único. A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada

por organizações da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o

certificado seja convalidado por uma das instituições referidas no inciso III.

Art. 19. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não

haja pessoas com a titulação exigida para o exercício da tradução e interpretação de

Libras - Língua Portuguesa, as instituições federais de ensino devem incluir, em seus

quadros, profissionais com o seguinte perfil:

I - profissional ouvinte, de nível superior, com competência e fluência em Libras

para realizar a interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e

com aprovação em exame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para

atuação em instituições de ensino médio e de educação superior;

II - profissional ouvinte, de nível médio, com competência e fluência em Libras para

realizar a interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com

aprovação em exame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para

atuação no ensino fundamental;

III - profissional surdo, com competência para realizar a interpretação de línguas de

sinais de outros países para a Libras, para atuação em cursos e eventos.

26

Parágrafo único. As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino

federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas

referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência

auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação.

Art. 20. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, o Ministério

da Educação ou instituições de ensino superior por ele credenciadas para essa

finalidade promoverão, anualmente, exame nacional de proficiência em tradução e

interpretação de Libras - Língua Portuguesa.

Parágrafo único. O exame de proficiência em tradução e interpretação de Libras -

Língua Portuguesa deve ser realizado por banca examinadora de amplo conhecimento

dessa função, constituída por docentes surdos, lingüistas e tradutores e intérpretes de

Libras de instituições de educação superior.

Art. 21. A partir de um ano da publicação deste Decreto, as instituições federais de

ensino da educação básica e da educação superior devem incluir, em seus quadros, em

todos os níveis, etapas e modalidades, o tradutor e intérprete de Libras - Língua

Portuguesa, para viabilizar o acesso à comunicação, à informação e à educação de

alunos surdos.

§ 1o O profissional a que se refere o caput atuará:

I - nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino;

II - nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e

conteúdos curriculares, em todas as atividades didático-pedagógicas; e

III - no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim da instituição de

ensino.

§ 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal,

estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas

neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o

acesso à comunicação, à informação e à educação.

CAPÍTULO VI

27

DA GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO DAS PESSOAS SURDAS OU

COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Art. 22. As instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica

devem garantir a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da

organização de:

I - escolas e classes de educação bilíngüe, abertas a alunos surdos e ouvintes, com

professores bilíngües, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;

II - escolas bilíngües ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a

alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou

educação profissional, com docentes das diferentes áreas do conhecimento, cientes da

singularidade lingüística dos alunos surdos, bem como com a presença de tradutores e

intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.

§ 1o São denominadas escolas ou classes de educação bilíngüe aquelas em que a

Libras e a modalidade escrita da Língua Portuguesa sejam línguas de instrução

utilizadas no desenvolvimento de todo o processo educativo.

§ 2o Os alunos têm o direito à escolarização em um turno diferenciado ao do

atendimento educacional especializado para o desenvolvimento de complementação

curricular, com utilização de equipamentos e tecnologias de informação.

§ 3o As mudanças decorrentes da implementação dos incisos I e II implicam a

formalização, pelos pais e pelos próprios alunos, de sua opção ou preferência pela

educação sem o uso de Libras.

§ 4o O disposto no § 2o deste artigo deve ser garantido também para os alunos não

usuários da Libras.

Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem

proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua

Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como

equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à

educação.

28

§ 1o Deve ser proporcionado aos professores acesso à literatura e informações

sobre a especificidade lingüística do aluno surdo.

§ 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal,

estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas

neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o

acesso à comunicação, à informação e à educação.

Art. 24. A programação visual dos cursos de nível médio e superior,

preferencialmente os de formação de professores, na modalidade de educação a

distância, deve dispor de sistemas de acesso à informação como janela com tradutor e

intérprete de Libras - Língua Portuguesa e subtitulação por meio do sistema de legenda

oculta, de modo a reproduzir as mensagens veiculadas às pessoas surdas, conforme

prevê o Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004.

CAPÍTULO VII

DA GARANTIA DO DIREITO À SAÚDE DAS PESSOAS SURDAS OU

COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Art. 25. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Sistema Único de

Saúde - SUS e as empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos

de assistência à saúde, na perspectiva da inclusão plena das pessoas surdas ou com

deficiência auditiva em todas as esferas da vida social, devem garantir, prioritariamente

aos alunos matriculados nas redes de ensino da educação básica, a atenção integral à

sua saúde, nos diversos níveis de complexidade e especialidades médicas, efetivando:

I - ações de prevenção e desenvolvimento de programas de saúde auditiva;

II - tratamento clínico e atendimento especializado, respeitando as especificidades

de cada caso;

III - realização de diagnóstico, atendimento precoce e do encaminhamento para a

área de educação;

29

IV - seleção, adaptação e fornecimento de prótese auditiva ou aparelho de

amplificação sonora, quando indicado;

V - acompanhamento médico e fonoaudiológico e terapia fonoaudiológica;

VI - atendimento em reabilitação por equipe multiprofissional;

VII - atendimento fonoaudiológico às crianças, adolescentes e jovens matriculados

na educação básica, por meio de ações integradas com a área da educação, de acordo

com as necessidades terapêuticas do aluno;

VIII - orientações à família sobre as implicações da surdez e sobre a importância

para a criança com perda auditiva ter, desde seu nascimento, acesso à Libras e à

Língua Portuguesa;

IX - atendimento às pessoas surdas ou com deficiência auditiva na rede de serviços

do SUS e das empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de

assistência à saúde, por profissionais capacitados para o uso de Libras ou para sua

tradução e interpretação; e

X - apoio à capacitação e formação de profissionais da rede de serviços do SUS

para o uso de Libras e sua tradução e interpretação.

§ 1o O disposto neste artigo deve ser garantido também para os alunos surdos ou

com deficiência auditiva não usuários da Libras.

§ 2o O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual, municipal, do

Distrito Federal e as empresas privadas que detêm autorização, concessão ou

permissão de serviços públicos de assistência à saúde buscarão implementar as

medidas referidas no art. 3o da Lei no 10.436, de 2002, como meio de assegurar,

prioritariamente, aos alunos surdos ou com deficiência auditiva matriculados nas redes

de ensino da educação básica, a atenção integral à sua saúde, nos diversos níveis de

complexidade e especialidades médicas.

CAPÍTULO VIII

30

DO PAPEL DO PODER PÚBLICO E DAS EMPRESAS QUE DETÊM CONCESSÃO OU

PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, NO APOIO AO USO E DIFUSÃO DA LIBRAS

Art. 26. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Poder Público, as

empresas concessionárias de serviços públicos e os órgãos da administração pública

federal, direta e indireta devem garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado,

por meio do uso e difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras - Língua

Portuguesa, realizados por servidores e empregados capacitados para essa função,

bem como o acesso às tecnologias de informação, conforme prevê o Decreto no 5.296,

de 2004.

§ 1o As instituições de que trata o caput devem dispor de, pelo menos, cinco por

cento de servidores, funcionários e empregados capacitados para o uso e interpretação

da Libras.

§ 2o O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual, municipal e do

Distrito Federal, e as empresas privadas que detêm concessão ou permissão de

serviços públicos buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de

assegurar às pessoas surdas ou com deficiência auditiva o tratamento diferenciado,

previsto no caput.

Art. 27. No âmbito da administração pública federal, direta e indireta, bem como

das empresas que detêm concessão e permissão de serviços públicos federais, os

serviços prestados por servidores e empregados capacitados para utilizar a Libras e

realizar a tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa estão sujeitos a

padrões de controle de atendimento e a avaliação da satisfação do usuário dos serviços

públicos, sob a coordenação da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão, em conformidade com o Decreto no 3.507, de 13 de junho de

2000.

Parágrafo único. Caberá à administração pública no âmbito estadual, municipal e

do Distrito Federal disciplinar, em regulamento próprio, os padrões de controle do

atendimento e avaliação da satisfação do usuário dos serviços públicos, referido

no caput.

CAPÍTULO IX

31

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 28. Os órgãos da administração pública federal, direta e indireta, devem incluir

em seus orçamentos anuais e plurianuais dotações destinadas a viabilizar ações

previstas neste Decreto, prioritariamente as relativas à formação, capacitação e

qualificação de professores, servidores e empregados para o uso e difusão da Libras e à

realização da tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, a partir de um ano

da publicação deste Decreto.

Art. 29. O Distrito Federal, os Estados e os Municípios, no âmbito de suas

competências, definirão os instrumentos para a efetiva implantação e o controle do uso e

difusão de Libras e de sua tradução e interpretação, referidos nos dispositivos deste

Decreto.

Art. 30. Os órgãos da administração pública estadual, municipal e do Distrito

Federal, direta e indireta, viabilizarão as ações previstas neste Decreto com dotações

específicas em seus orçamentos anuais e plurianuais, prioritariamente as relativas à

formação, capacitação e qualificação de professores, servidores e empregados para o

uso e difusão da Libras e à realização da tradução e interpretação de Libras - Língua

Portuguesa, a partir de um ano da publicação deste Decreto.

Art. 31. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de dezembro de 2005; 184o da Independência e 117o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

9. EXPRESSÃO FACIAL

Expressões faciais “muitos sinais, além dos parâmetros mencionados acima, têm

como elemento diferenciador também a expressão facial e/ou corporal, traduzindo

sentimentos e dando mais sentido ao enunciado e em muitos casos determina o

significado do sinal” (SILVA, p. 55, 2002). Ou seja, podem expressar as diferenças entre

sentenças afirmativas, interrogativas, exclamativas e negativas.

32

Observe as expressões faciais abaixo e de significados para elas:

Expressões faciais são formas de comunicar algo, um sinal pode mudar

completamente seu significado em função da expressão facial utilizada. Quadros e

Pimenta (2006) explicam que existem dois tipos diferentes de expressões faciais: as

afetivas e as gramaticais (lexicais e sentenciais).

As afetivas são as expressões ligadas a sentimentos / emoções. Veja os

exemplos:

33

As expressões faciais gramaticais lexicais estão ligadas ao grau dos adjetivos:

E as expressões faciais gramaticais sentenciais estão ligadas às sentenças:

INTERROGATIVAS

34

AFIRMATIVAS / NEGATIVAS

EXCLAMATIVAS

35

ALFABETO MANUAL

Para as pessoas começarem a aprender a língua de sinais, a primeira coisa que

ensinamos é o Alfabeto Manual ou Datilologia em LIBRAS. Ele é produzido por

diferentes formatos das mãos que representam as letras do alfabeto escrito e é utilizado

para “escrever” no ar, ou melhor, soletrar no espaço neutro, o nome de pessoas, lugares

e outras palavras que ainda não possuem sinal.

NÚMEROS

36

Usando como código representativo é sinalizado da seguinte forma:

Exemplo: número do telefone, número da caixa portal, número da casa, número

da conta bancário...

QUANTIDADES

Usado para quantidades. Também são sinalizados sem adição de movimento,

porém há diferenças na configuração de mão e no posicionamento dos números de 1 a

4, observe:

Exemplo: quantidade de canetas na mesa, quantidade de pessoas presentes,

quantidade de ônibus...

37

IDENTICAÇÃO PESSOAL

Exemplo:

Qual o seu nome? Qual é o seu sinal?

Pronomes Pessoais:

Na Língua Brasileira de Sinais também há uma forma de representar pessoas no

discurso, ou seja, um sistema pronominal, para tanto se usa as seguintes configurações

de mão.

38

Singular – Todas as representações têm a mesma configuração, mudando somente a

orientação.

Plural – A configuração muda conforme o número de participantes, mudando também a

orientação conforme a pessoa do discurso.

Pronomes Possessivos:

Os pronomes possessivos em Libras estão relacionados às pessoas do discurso

e aos objetos de posse, também não possuem marca gênero. Mais uma vez a direção

do olhar e da mão são importantíssimos.

39

CORES

40

FRUTA

41

42

FAMÍLIA

43

44

LAR

45

46

MÓVEIS

47

OBJETO

48

ELETRODOMÉSTICOS

49

ALIMENTOS

50

51

52

53

54

BEBIDAS

55

ANIMAIS DOMÉSTICOS

56

ANIMAIS SELVAGENS

57

58

AVES

59

INSETOS

60

TEMPO

ESTADOS DO TEMPO

61

PONTOS CORDEAIS/ ESTAÇÕES DE ANO

62

PROFISSÃO

63

64

LUGARES PÚBLICOS

65

ESCOLA

66

67

68

POLÍTICAS

69

NATUREZA

70

71

DIVERSÃO

72

MEIOS DE TRANSPORTES

73

ESPORTE

74

MEIOS DE COMUNICAÇÃO

75

76

CIDADES E ESTADOS BRASILEIROS

77

78

PAÍSES

79

80

CALENDÁRIO

81

SEMANA

82

DATAS DE COMEMORATIVAS

83

84

CORPO HUMANO / SAÚDE

85

86

87

HIGIENE

88

VESTUÁRIO / ACESSÓRIOS

89

90

ECONOMIA

91

DEFICIÊNCIAS

PERSONALIDADE

92

93

94

RELIGIÃO

95

96

ETIQUETA / BOAS MANEIRAS

97

ANTÔNIMOS

98

99

100

101

102

ATITUDES / SENTIMENTOS

103

104

105

VERBO

106

107

108

109

110

111

112

113

114

115

116

117

118

119

120

121

PERGUNTAS

DIVERSOS

122

123

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Tempo Brasileiro: UFRJ, Departamento de Lingüística e Filologia, 1995.

FERREIRA, Aurélio Buarque Holanda. Mini Aurélio: o mini dicionário da língua

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http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/pesquisarAto.do?action=exibir&codAto=2626&

codItemAto=17854

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm

Lei Nº 10.436 - 24 de abril de 2002.

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OVIEDO, Alejandro. "Lengua de Señas", "Lenguaje de Signos", "Lenguaje Gestual",

"Lengua Manual" ? Razones para Escoger una Denominación. In: El Bilingüismo de los

Sordos. Ministério de Educaciona Nacional - Instituto Nacional para Sordos. 1996.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Especial.

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PIMENTA, Nelson; QUADROS, Ronice Muller de. Curso de Libras 1 . Rio de Janeiro :

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Sinais: pedagogia para surdos. Caderno Pedagógico I. Florianópolis: UDESC/CEAD,

2002.


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