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CURRCULO BSICO

I. Estudo do meio ambiente, das condies de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo; II. Metodologia de investigao e anlise de acidentes e doenas do trabalho; III. Noes sobre acidentes e doenas do trabalho decorrente de exposio aos riscos existentes na empresa; IV. Noes sobre a sndrome da imunodeficincia Adquirida AIDS, e medidas de preveno; V. Noes sobre Legislao Trabalhista e Previdenciria relativas a segurana e sade no trabalho; VI. Princpios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; VII. Organizao da CIPA e outros assuntos necessrios ao exerccio das atribuies da Comisso.

I. CONCEITO E OBJETIVO DA CIPA5

1.1. ORIGEM DA CIPA Em 1921, a OIT Organizao Internacional do Trabalho, organizou uma comisso para pesquisar a situao da segurana e da higiene nas indstrias dos pases a ela filiados. Como parte das concluses dessa pesquisa, a comisso props que fossem criados comits de segurana no trabalho que teriam atribuies voltadas preveno de acidentes nas indstrias. Tendo origem a verso brasileira que a nossa tradicional CIPA - Comisso Interna de Preveno de Acidentes. A OIT expediu instruo aos governos dos pases membros para que legislassem sobre a criao de comits de segurana do trabalho, sugerindo que fossem tornados obrigatrios em indstrias com 25 ou mais empregados. Alguns pases adotaram os comits j nos anos vinte: outros s mais tarde. Criao da CIPA no Brasil: apenas em 1944 o governo brasileiro adotou a recomendao da OIT, atravs do decreto-lei n 7.036, de 10 de novembro, que trazia o seguinte enunciado:

Art. 82 - Os empregadores, cujo nmero de empregados seja superior a 100, devero providenciar a organizao, em seus estabelecimentos, de comisses internas com representantes dos empregados, para fim de estimular o interesse pelas questes de preveno de acidentes, apresentar sugestes quanto a orientao e fiscalizao das medidas de proteo ao trabalhador, realizar palestras instrutivas, propor a instituio de concursos e prmios e tomar outras providncias tendentes a educar o empregado na prtica de prevenir acidentes. Das alteraes que ocorreram no texto original a mais importante foi introduzida pela lei n 6.514 de 22.12.77, que assegurou a garantia provisria de emprego ao titular da representao dos empregados na CIPA (Comisso Interna de Preveno de Acidentes). A CIPA tem demonstrado que pode ser de grande utilidade na preveno dos acidentes do trabalho, no tanto pela sua existncia institucional, mas tambm pelo interesse das empresas e pela dedicao de seus membros junto aos empregados visando a segurana de todos

1.2. CONCEITO DA CIPA COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTESO significado da sigla CIPA Comisso Interna de preveno de Acidentes pode ser assim conceituada: Comisso: Grupo de pessoas que se renem para tratar de um determinado assunto, onde seus objetivos estejam sempre em primeiro plano. A Comisso tem a participao do empregador e dos empregados na preveno de acidentes. Interna: Seu campo de atuao est restrito prpria empresa. Preveno: Significa prever antes que venha a ocorrer. a atuao do Cipeiro quando se depara com alguma situao de risco capaz de provocar um acidente. Acidente: Qualquer ocorrncia inesperada que interfere no andamento normal do trabalho causando danos materiais, perda de tempo ou leso pessoa.

1.3. CONCEITOS DE ACIDENTES DO TRABALHOH trs aspectos a serem considerados quando nos referimos ao acidente: O Conceito Legal, Prevencionista e o Tcnico.

1. O conceito legal de acidente de trabalho definido pela Previdncia Social voltado para odireito do trabalhador a certos benefcios, quando acidentado. O seu enunciado, adiante descrito, no tem valor prtico na preveno de acidentes.

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Art. 19 Acidente de Trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa, ou pelo exerccio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11, esta lei, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda ou reduo, permanente ou temporria da capacidade para o trabalho. Lei8.213/91, regulamentada pelo Dec. n 3.048 de 06.05.99 Regulamento dos Benefcios da Previdncia Social.

2. O conceito prevencionistas de acidente do trabalho deve ser mais amplo, comoenunciado abaixo:Acidente do trabalho toda ocorrncia no programada que interfere no andamento normal do trabalho dos quais resultam, separadamente ou em conjunto, leses, danos materiais ou perda de tempo.

Acidentes do trabalho, portanto, no so somente aqueles que causam leses ao trabalhador, mas tambm outras ocorrncias que ocasionam algum outro dano como perda de tempo e danos materiais.

3. Conceito Tcnico: A Associao Brasileira de Normas Tcnicas define na norma NBR14.280, de fevereiro de 1999, acidente como sendo:Ocorrncia imprevista e indesejvel, instantnea ou no, relacionada com o exerccio do trabalho, que provoca leso pessoal ou de que decorre risco prximo ou remoto dessa leso.

1.3.1. Conseqncias de Acidentes: Humanas Mutilao Fsica Perda de Capacidade Inutilidade Morte 1.4. OBJETIVOS DA CIPA O objetivo fundamental da CIPA a preveno de acidentes, sendo que para um maior esclarecimento, devemos socorrer-nos da Norma Regulamentadora NR-5, da Portaria n 3.214 de 08 de junho de 1978, baixada pelo Ministrio do Trabalho, com o seguinte teor:5.1 A CIPA tem como objetivo a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentemente o trabalho com a preservao da vida e a promoo da sade do trabalhador.

Econmicas Desemprego Mendicncia Marginalizao Desagregao Familiar

1.5. O PAPEL DO CIPEIRO Cipeiro o empregado de um estabelecimento regularmente eleito por escrutnio secreto para representar os empregados, em uma gesto de um ano, perante a Comisso Interna de Preveno de Acidentes. cipeiro tambm o empregado de um estabelecimento escolhido pelo empregador para represent-lo na Comisso Interna de Preveno de Acidentes, j que a CIPA paritria, com representantes do empregador e dos empregados. A CIPA no pode existir apenas para cumprir exigncia legal, pois assim seus resultados nunca sero satisfatrios. Ela deve ser absorvida e aceita por todos como um rgo de objetivos to importantes quanto os de produo e financeiros. Suas propostas devem representar os interesses de toda a comunidade de trabalho e um desafio a ser vencido por todos. 1.6. RESPONSABILIDADES DA CIPA Na CLT Consolidao das Leis do Trabalho Captulo V, Ttulo II Art. 163: Ser obrigada a constituio de Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA), de conformidade com instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obras nela especificadas. Pargrafo nico: O Ministrio do Trabalho regulamentara atribuies, a composio e o funcionamento das CIPAs. as

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As obrigaes pela segurana estendem-se por outros dispositivos legais, que fazem parte desse captulo da CLT: Art. 157: Cabe s empresas: I - Cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e medicina do trabalho; II - Instruir os empregados, atravs de ordens de servio quanto s precaues a tornar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenas ocupacionais; III - Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo rgo regional competente; IV - Facilitar o exerccio da fiscalizao pela autoridade competente. Art. 158: Cabe aos empregados: I. Observar as normas de segurana e medicina do trabalho, inclusive as instrues que trata o item II do artigo anterior; II. Colaborar com a empresa na aplicao dos dispositivos deste captulo. Pargrafo nico: Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) observncia das instrues expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteo individual fornecidos pela empresa. Na Conveno Coletiva de Trabalho A organizao e o funcionamento da CIPA pode, hoje, sofrer algumas alteraes levadas a efeito por acordos entre empregados e empregadores nas Convenes coletivas de trabalho. Os dirigentes de empresa e mesmo a prpria CIPA devem ficar atentos aos dispositivos das Convenes que podem alterar alguma coisa, sem prejudicar a organizao e o funcionamento da CIPA.

Normas RegulamentadorasPortaria n 3.214, de 08 de junho de 1978, do Ministrio do Trabalho, que aprovou as Normas Regulamentadoras do Captulo V, Ttulo II da CLT. Nota: - Toda portaria tem funo reguladora de uma Lei ou Decreto Lei que, pelo ministrio correspondente, cria disposies regulamentares dentro da competncia determinada pela legislao. A Portaria, em resumo, tem carter disciplinador de ordem prtica. No caso da Portaria n 3.214, de 08.06.78, houve a decomposio em 28 Normas Regulamentadoras, em 1997 este nmero subiu para 29, com a entrada da NR Trabalho Porturio, sendo que todas relacionadas com aspecto de Segurana e Medicina do Trabalho. Entre elas encontramos a de n 5, que trata da CIPA. No captulo V, da CLT, encontramos outras referncias sobre Comisses de Preveno de Acidentes, conforme segue: NR 18 Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo. O item 18.3.3, desta norma, trata do dimensionamento e organizao de Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA, nas empresas da indstria da Construo. NR 29 Segurana e Sade no Trabalho Porturio. O item 9.2.2, desta norma, trata da organizao, dimensionamento, manuteno e funcionamento de uma Comisso de Preveno de Acidentes no Trabalho Porturio CPATP. Normas Regulamentadoras Rurais NR 3: Comisso Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho Rural CIPATR. Esta norma rural trata da organizao, dimensionamento, manuteno e funcionamento de uma Comisso Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho Rural CIPATR. 5

1.7. ALTERAES NA LEGISLAO No dia 23 de fevereiro de 1999 o Ministrio do Trabalho e Emprego, publicou no Dirio Oficial da Unio, trs portarias que tem uma relao direta com as Comisses Internas de Preveno de Acidentes CIPA. Estas portarias tratavam dos seguintes assuntos: Portaria 9: Dispe sobre a recepo de propostas de alterao de itens NR 5 CIPA, a partir de propostas formuladas por instncias bipartites; Portaria 8: Alterou a Norma Regulamentadora 5 CIPA; Portaria 82: Fixa prazos para anlise de denncias de irregularidades no processo eleitoral e no treinamento previstos na NR 5 CIPA.

1.7.1. Organizao e funcionamento da CIPA. Portaria n 08 de fevereiro de1999. (Norma Regulamentadora NR-5 CIPA) 5.1 A CIPA tem como objetivo a preveno de acidentes e doenas do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentemente o trabalho com a preservao da vida e a promoo da sade do trabalhador; 5.2 Devem constituir a CIPA, por estabelecimento, e mant-la em regular funcionamento s empresas privadas, pblicas, sociedade de economia mista, rgos da administrao direta e indireta, instituies beneficentes, associaes recreativas, cooperativas, bem como outras instituies que admitam trabalhadores empregados; 5.3 As disposies contidas nessa NR, aplicam-se no que couber, aos trabalhadores avulsos e s entidades que lhes tomem servios, observada as disposies estabelecidas em NR de setores econmicos especficos; 5.4 A empresa que possuir em um mesmo municpio dois ou mais estabelecimentos, dever garantir a integrao das CIPAS e dos designados, conforme o caso com o objetivo de harmonizar as polticas de segurana e sade no trabalho; 5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecero, atravs de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integrao com objetivos de promover o desenvolvimento de aes de preveno de acidentes e doenas decorrentes do ambiente e instalaes de uso coletivo, podendo contar com a participao da administrao do mesmo; 5.6 A CIPA ser composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no quadro I desta NR, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos para setores econmicos especficos;5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes sero por estes designados; 5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, sero eleitos em escrutnio secreto do qual participem, independentemente de filiao sindical, exclusivamente os empregados interessados; 5.6.3 O nmero de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos recebidos, observaro dimensionamento previsto no quadro I desta NR, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos de setores econmicos especficos; 5.6.4 Quando o estabelecimento no se enquadrar no quadro I, a empresa designar um responsvel pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participao dos empregados, atravs de negociao coletiva;

5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA ter a durao de um ano permitida a reeleio; 5.8 vedada a dispensa arbitrria ou sem justa causa do empregado eleito para o cargo de direo de Comisso Interna de Preveno de Acidentes desde o registro de usa candidatura at um ano aps o final de seu mandato; 5

5.9 Sero garantidas aos membros da CIPA condies eu no descaracterizem suas atividades normais na empresa sendo vedada a transferncia para outro estabelecimento sem a sua anuncia, ressalvando o disposto nos pargrafos primeiro e segundo do artigo 469 da CLT; 5.10 O empregador dever garantir que seus indicados tenham a representao necessria para a discusso e encaminhamento das solues de questes de segurana sade no trabalho analisadas na CIPA; 5.11 O empregador designar entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolhero entre os titulares o vice-presidente; 5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados sero empossados no primeiro dia til aps o mandato do trmino anterior; 5.13 Ser indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretrio e seu substituto, entre os componentes ou no da comisso, sendo neste caso, necessria a concordncia do empregador; 5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa dever protocolizar, em at dez dias, na unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho, cpias das atas de eleio e de posse e o calendrio anual das reunies ordinrias; 5.15 Protocolizada na unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego, a CIPA no poder ter seu nmero de representantes reduzido, bem como no poder ser desativada pelo empregador, antes do trmino do mandato de seus membros, ainda que haja reduo do nmero de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento; 5.16 A CIPA ter por atribuio:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participao do maior nmero de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ao preventiva na soluo de problemas de segurana e sade no trabalho; c) participar da implementao e do controle da qualidade das medidas de preveno necessrias, bem como da avaliao das prioridades de ao nos locais de trabalho; d) realizar, periodicamente, verificaes nos ambientes e condies de trabalho visando a identificao de situaes que venham a trazer riscos para a segurana e sade dos trabalhadores; e) realizar, a cada reunio, avaliao do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situaes de risco que foram identificadas; f) divulgar aos trabalhadores informaes relativas segurana e sade no trabalho; g) participar, com o SESMT, onde houver, das discusses promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alteraes no ambiente e processo de trabalho relacionados segurana e sade dos trabalhadores; h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisao de mquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente segurana e sade dos trabalhadores; i) colaborar no desenvolvimento e implementao do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados aa segurana e sade no trabalho; j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como clusulas de acordos e convenes coletivas de trabalho, relativas segurana e sade do trabalho; k) participar, em conjunto com SESMT, onde houver, ou com o empregador da anlise das causas das doenas e acidentes de trabalho e propor medidas de soluo dos problemas identificados; l) requisitar ao empregador e analisar as informaes sobre questes que tenham interferido na segurana e sade dos trabalhadores; m) requisitar as cpias do CAT emitidas; n) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de Preveno de Acidentes SIPAT; 5

o) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de campanha de preveno de AIDS. 5.17 Cabe ao empregador proporcionar os meios necessrios ao desempenho de suas atribuies, garantindo tempo suficiente para a realizao das tarefas constantes do plano de trabalho; 5.18 Cabe aos empregados:a) participar da eleio de seus representantes; b) colaborar com a gesto da CIPA; c) indicar CIPA e a SESMT e ao empregador situaes de risco e apresentar sugestes para melhoria das condies de trabalho; d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendaes quanto a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho.

5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:

a) convocar os membros para as reunies da CIPA; b) coordenar as reunies da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as decises da comisso; c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA; d) coordenar e supervisionar as atividades de secretria; e) delegar atribuies ao vice-presidente.

5.20 Cabe ao Vice-Presidente:

a) executar atribuies que lhe forem delegadas; b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporrios.

5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, tero as seguintes atribuies:a) cuidar para que a CIPA disponha de condies necessrias para o desenvolvimento de seus trabalhos; b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam alcanados; c) delegar atribuies aos membros da CIPA; d) promover o relacionamento da cia com o SESMT, quando houver; divulgar as decises da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento; e) encaminhar os pedidos de reconsiderao das decises da CIPA; f) constituir a comisso eleitoral.

5.22 O Secretrio da CIPA ter por atribuio:

a) acompanhar as reunies da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovao e assinatura dos membros presentes; b) preparar as correspondncias; e c) outras que lhe forem conferidas.

5.23 A CIPA ter reunies ordinrias mensais, de acordo com o calendrio preestabelecido; 5.24 - As reunies ordinrias da CIPA sero realizadas durante o expediente normal da empresa e em local apropriado; 5.25 As reunies da CIPA tero atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cpias para todos os membros; 5.26 As atas ficaro no estabelecimento disposio dos Agentes de Inspeo do Trabalho; a) houver denncia de situao de risco grave e iminente que determine aplicao de medidas corretivas de emergncia; b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; c) houver solicitao expressa de uma das representaes.

5.27 Reunies extraordinrias devero ser realizadas quando:

5.28 As decises da CIPA so preferencialmente por consenso;

5.28.1 No havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociao direta ou com mediao, ser instalado processo de votao, registrando-se a ocorrncia na ata da reunio.

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5.29 Das decises da CIPA caber pedido de reconsiderao, mediante requerimento justificado;5.29.1 O pedido de reconsiderao ser apresentado CIPA at a prxima reunio ordinria, quando ser analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessrios.

5.30 O membro titular perder o mandato, sendo substitudo por suplente, quando faltar a mais de quatro reunies ordinrias sem justificativa; 5.31 A vacncia definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, ser suprida por suplente, obedecida ordem de colocao decrescente registrada na ata de eleio, devendo o empregador comunicar unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego as alteraes e justificar os motivos;5.31.1 - No caso de afastamento definitivo do Presidente, o empregador indicar o substituto, em dois dias teis, preferencialmente entre os membros da CIPA; 5.31.2 No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros titulares da representao dos empregados, escolhero o substituto, entre seus titulares, em dois dias teis.

5.32 A empresa dever promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse;5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato ser realizado no prazo mximo de trinta dias, contados a partir da data da posse; 5.32.2 As empresas que no se enquadram no quadro I, promovero anualmente treinamento para o designado responsvel pelo cumprimento do objetivo desta NR.

5.33 O treinamento para CIPA dever contemplar, no mnimo, os seguintes itens:

a) estudo do ambiente, das condies de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo; b) metodologia de investigao e anlise de acidentes e doenas do trabalho; c) noes sobre acidentes e doenas do trabalho decorrentes de exposio aos riscos existentes na empresa; d) noes sobre a Sndrome da Imunodeficincia Adquirida AIDS, e medidas de preveno; e) noes sobre as legislaes trabalhista e previdenciria relativas segurana e sade no trabalho; f) princpios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; g) organizao da CIPA e outros assuntos necessrios ao exerccio das atribuies da comisso.

5.34 O treinamento ter carga horria de vinte horas, distribudas em no mximo oito horas dirias e ser realizado durante o expediente normal da empresa; 5.35 O treinamento poder ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados; 5.36 A CIPA ser ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto entidade ou profissional que o ministrar, constando sua manifestao em ata, cabendo empresa escolher a entidade ou profissional que o ministrar, constando sua manifestao em ata, cabendo empresa escolher a entidade profissional que ministrar o treinamento; 5.37 Quando comprovada a no observncia ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego, determinar a complementao ou a realizao do outro, que ser efetuado no prazo mximo de trinta dias, contados da data de cincia da empresa sobre a deciso; 5.38 Compete ao empregador convocar eleies para escolha dos representantes dos empregados na CIPA, at sessenta dias antes do trmino do mandato em curso;5.38.1 A empresa estabelecer mecanismos para comunicar, o incio do processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional;

5.39 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA constituiro dentre seus membros, com no mnimo 55 dias do incio do pleito, a Comisso Eleitoral CE, ser a responsvel pela organizao e acompanhamento do processo eleitoral; 5

5.39.1 Nos estabelecimentos onde no houver CIPA, a Comisso Eleitoral ser constituda pela empresa.

5.40 O processo eleitoral observar as seguintes condies:a) publicao e divulgao de edital, em locais de fcil acesso e visualizao, no mnimo 45 dias antes da data marcada para a eleio; b) inscrio e eleio individual, sendo que o perodo mnimo para inscrio de 15 dias; c) liberdade de inscrio para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante; d) garantia de emprego para todos os inscritos at a eleio; e) realizao da eleio no mnimo 30 dias antes do trmino do mandato da CIPA, quando houver;

f) realizao de eleio em dia normal de trabalho, respeitando os horrios de turnos e em horrio que possibilite a participao da maioria dos empregados; g) voto secreto; h) apurao dos votos, em horrio normal de trabalho, com acompanhamento de representante do empregador e dos empregados , em nmero a ser definido pela comisso eleitoral; i) faculdade de eleio por meios eletrnicos; j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos eleio, por um perodo mnimo de cinco anos.

5.41 Havendo participao inferior a cinqenta por cento dos empregados na votao, no haver a apurao dos votos e a comisso eleitoral dever organizar outra votao que ocorrer no prazo mximo de dez dias; 5.42 As denncias sobre o processo eleitoral devero ser protocolizadas na unidade descentralizada do M.T.E., at trinta dias aps a data da posse dos novos membros da CIPA;5.42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego, confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar sua correo ou proceder a anulao quando for o caso; 5.42.2 Em caso de anulao a empresa convocar nova eleio no prazo de cinco dias, a contar da data de cincia, garantidas as inscries anteriores; 5.42.3 Quando a anulao se der antes da posse dos membros da CIPA, ficar assegurada a prorrogao do mandato anterior, quando houver, at a complementao do processo eleitoral.

5.43 Em caso de empate, assumir aquele que tiver, maior tempo de servio no estabelecimento; 5.44 Os candidatos votados e no eleitos sero relacionados na ata de eleio e apurao, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeao posterior, em caso e vacncia de suplentes; 5.45 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de servios, considerase estabelecimento, para fins de aplicao desta NR, o local em que seus empregados estiverem exercendo suas atividades; 5.46 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante dever, em conjunto com as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integrao e de participao de todos os trabalhadores em relao s decises das CIPAS existentes no estabelecimento; 5.47 A contratante e as contratadas, que atuem no mesmo estabelecimento, devero implementar, de forma integrada, medidas de preveno de acidentes e doenas do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nvel de proteo em matria de segurana e sade a todos os trabalhadores do estabelecimento; 5.48 A empresa contratante adotar medidas necessrias para que as empresas contratadas, suas CIPAS, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam as informaes sobre os riscos presentes no ambiente de trabalho, bem como sobre as medidas de proteo adequadas;

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5.49 A empresa contratante adotar as providncias necessrias para acompanhar o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas de segurana e sade no trabalho; 5.50 Esta norma poder ser aprimorada mediante negociao, nos termos de portaria especfica.

Quadro I: Dimensionamento de CIPAGrupos N de empregados no estabelecimento N de membros Da CIPA Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos 0 a 19 20 30 a a 29 50 51 a 80 81 a 100 101 a 120 121 a 140 141 a 300 301 a 500 501 a 1000 1001 a 2500 2501 a 5000 5001 a 10.000 Acima de 10.000 para cada grupo de 2.500 acrescentar 2 2 2 2 2 1 2 2 1 1 1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 2 1 1

C-1 C-1 A C-2 C-3 C-3 A C-4 C-5 C-5 A C-6 C-7 C-7 A C-8 C-9 C-10 C-11 C-12 C-13 C-14 C-14 A C-15 C-16 C-17 C-18 C-18 A C-19 C-20 C-21

1 1 1 1 1 1 1 1

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3 3 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 3 3 2 2 1 1 3 3 2 2 2 2 2 2 3 3 1 1 1 1 1

3 3 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 3 3 1 1 3 3 1 1 2 2 2 2 1 1 2 2 3 3 3 3 3 3 2 2 1 1 3 3 3 3 2 2 2 2 3 3 1 1 3 3 1

4 3 4 3 3 3 3 3 2 2 1 1 3 3 2 2 3 3 2 2 3 3 3 3 1 1 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 4 3 3 3 4 3 4 3 4 3 2 2 3 3 2

4 3 4 3 4 3 3 3 2 2 1 1 4 3 2 2 4 3 2 2 3 3 3 3 2 2 3 3 4 3 4 3 3 3 4 3 2 2 4 3 3 3 4 3 4 3 4 3 2 2 3 3 2

4 3 4 3 4 4 4 4 2 2 2 2 4 4 2 2 5 4 2 2 4 3 4 3 2 2 4 3 4 3 4 3 4 3 4 4 2 2 4 3 4 3 4 3 4 3 4 3 2 2 3 3 2

4 3 4 3 5 4 5 4 3 3 2 2 4 4 3 3 5 4 2 2 5 4 5 4 2 2 4 4 5 4 5 4 5 4 5 4 3 3 5 4 5 4 4 4 4 4 4 4 3 3 4 3 3

6 4 6 5 6 5 6 5 3 3 2 2 6 5 3 3 6 4 3 3 6 5 6 4 3 3 5 4 6 4 7 6 6 5 6 5 3 3 6 4 6 4 6 5 6 5 6 5 3 3 5 4 3

9 7 9 8 7 6 7 6 4 3 3 3 9 7 4 3 8 6 4 3 8 7 7 5 5 4 8 6 9 7 8 6 9 7 9 7 4 3 8 6 8 6 8 7 8 7 9 7 4 3 5 4 4

12 9 12 9 1 7 10 8 5 4 5 4 9 7 6 4 10 8 5 4 9 8 8 6 6 4 9 7 10 8 9 7 11 8 11 9 5 4 10 8 10 7 10 8 10 8 12 9 5 4 6 5 5

15 12 15 12 11 9 10 8 6 5 6 4 11 9 7 5 12 10 6 4 10 8 10 8 7 5 10 8 12 10 10 8 13 10 11 9 6 4 12 10 12 9 12 10 12 10 15 12 6 4 8 6 6

5

C-22 C-23 C-24 C-24 A C-24 B C-25 C-26 C-27 C-28 C-29 C-30 C-31 C-32 C-33 C-34 C-35

Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes Efetivos Suplentes

1 1

1 1

1 1

1 1

1 1

1 1

1 2 2 1 1 2 2 1 1 3 3 1 1

1 2 2 1 1 2 2 1 1 3 3 1 1

2 3 3 2 2 4 3 2 2 4 3 2 2

2 3 3 2 2 4 3 2 2 4 3 2 2

2 4 3 2 2 4 4 2 2 4 3 2 2

1 1 1 1

1 1 1 1

2 2 2 2

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1 1 1 1 1 1

2 2 1 1 1 1

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1 1

2 2 1 1

2 2 1 1

4 3 2 2 2 2 1 1 4 3 2 2

4 3 2 2 2 2 1 1 4 3 2 2

4 4 2 2 2 2 1 1 4 3 2 2

3 4 3 2 2 4 4 2 2 4 3 2 2 1 1 3 3 3 3 1 1 5 4 3 3 3 3 1 1 4 4 2 2

3 6 5 3 3 6 5 3 3 6 4 3 3 2 2 4 3 4 4 2 2 7 6 3 3 3 3 2 2 6 5 3 3

3 8 6 4 3 8 7 4 3 9 7 4 3 3 3 5 4 5 5 3 3 8 7 4 3 4 3 3 3 8 7 4 3

4 10 8 5 4 10 8 5 4 12 9 5 4 4 3 6 5 6 5 4 3 9 9 5 4 5 4 4 3 10 8 5 4

5 12 9 6 5 12 10 6 4 15 12 6 5 5 4 6 6 6 5 5 4 10 9 6 5 6 5 5 4 12 9 6 5

1 2 2 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1

Obs.: Os membros efetivos e suplentes tero representantes dos Empregadores e dos Empregados. As atividades econmicas integrantes dos grupos esto especificadas por CNAE nos Quadros II e III. 1.8. CONCLUSO A preveno de acidentes o caminho para melhoria da qualidade de vida do trabalhador. preciso trabalhar com convico de que pode ser alcanada com boa vontade, por parte de todas as pessoas envolvidas e persistncias nos objetivos.

II. LEGISLAO PREVIDENCIRIA2.1. LEGISLAO PREVIDENCIRIA

O Decreto n 3.048 de 06/05/99, que regulamentou a lei n 8.213/91, baixando o novo Regulamento dos Benefcios da Previdncia Social. O R.B.P.S., bastante extenso, apresentaremos somente os artigos que esto relacionados com a segurana e sade no trabalho. Desde 1991, pela lei 8.213, que a nossa Legislao classifica o acidente do trabalho como:

A T T p i c o T

c id e n t e r a b a l h o

d

e

r a j e t o D T

o e n a D d o oe n a r a b a l P h ro o f i s s i o

n

a

l

2.1.1. Lei n 8.213 de 1991 Artigos que foram referendados pelo Decreto 3.048/99. 5

Art. 19: Define Acidente do Trabalho (j citado no incio da apostila). Art. 20: Consideram-se acidente de trabalho, nos termos do artigo 131, as seguintes: I. Doena Profissional: assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo Ministrio Social; II. Doena do Trabalho: assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relao mencionada no inciso I. 1 No sero considerados como doenas do trabalho: a) A doena degenerativa; b) A inerente a grupo etrio; c) A que no produz incapacidade laborativa; d) A doena endmica adquirida por segurados habitantes de regio em que ela se desenvolva, salvo comprovao que resultou de exposio ou contato direto determinado pela natureza do trabalho; 2 Em caso excepcional, constando-se que a doena no includa na relao prevista nos incisos I e II, deste artigo resultou de condies especiais em que o trabalho executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdncia Social deve equipar-la a acidente do trabalho. Art. 21: Equiparam-se tambm ao acidente de trabalho, para efeito desta lei: I. O acidente ligado ao trabalho que, embora IV. O acidente sofrido, ainda que fora do local e no tenha sido a causa nica, haja horrio de trabalho: contribudo diretamente para a morte do a) Na execuo de ordem ou na realizao de servios sob a autoridade da empresa; segurado, para perda ou reduo da sua capacidade para o trabalho, ou produzido b) Na prestao espontnea de qualquer servio empresa para lhe evitar prejuzo ou leso que exija ateno mdica para a sua proporcionar proveito; recuperao. c) Em viagem a servio da empresa, inclusive II. O acidente sofrido pelo empregado no local e horrio de trabalho, em conseqncia de:a) Ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) Ofensa fsica internacional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho; c) O ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro, ou de companheiro de trabalho; d) Ato de pessoa privada do uso da razo; e) Desabamento, inundao, incndio e outros casos fortuitos decorrentes de fora maior. para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitao da mo de obra, independente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do segurado; d) No percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio e locomoo, inclusive veculo de propriedade do segurado, desde que no haja alterao ou interrupes por motivo alheio ao trabalho. 1 Nos perodos destinados refeio ou descanso, ou por ocasio da satisfao de outras necessidades fisiolgicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado considerado no exerccio do trabalho. 2 No considerada agravao ou complicao de acidente do trabalho a leso que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha s conseqncias do anterior.

III. A doena proveniente de contaminao acidental do empregado no exerccio de sua atividade;

Art. 23: Considerar-se- como dia do acidente, no caso de doena profissional ou do trabalho, a data de incio da incapacidade laborativa para o exerccio da atividade habitual ou o dia da segregao compulsria, ou o dia em que for realizado o diagnstico, valendo para esse efeito o que ocorrer em primeiro lugar. 2.1.2. Artigos do Decreto 3.048/99. Art. 25: O Regime Geral da Previdncia Social compreende as seguintes prestaes, expressas em benefcios e servios: 5

a) a) b) c) d) e)

Quanto ao segurado: Aposentadoria por invalidez (100% do salrio de benefcio); Aposentadoria por idade; Aposentadoria por tempo de contribuio; Aposentadoria especial (100% do salrio de benefcio); Auxlio doena (91% do salrio de benefcio. devido a partir do dcimo sexto dia do afastamento da atividade); f) Salrio famlia; g) Salrio maternidade; h) Auxlio acidente (50% do salrio do benefcio. Ser concedido a contar do dia seguinte ao d cessao do auxlio acidente do segurado, corrigido at o ms anterior ao do incio do auxlio acidente e ser devido at a vspera de incio de qualquer aposentadoria ou at a data do bito do segurado); b) Quanto ao dependente: a) Penso por morte, e b) Auxlio recluso (devido aos dependentes do segurado, corrigido at o ms anterior ao do incio do auxlio acidente e ser devido at a vspera de incio de qualquer aposentadoria ou at a data de bito do segurado); c) Quanto ao segurado e dependente: Reabilitao profissional. Art. 104: O auxlio acidente ser concedido, como indenizao, ao segurado Empregado, exceto o domstico, ao trabalhador avulso, ao segurado especial e ao Mdico residente quando, aps a consolidao das leses decorrentes de acidentes de qualquer natureza, resultar seqela definitiva que implique: I. Reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exijam maior esforo para o desempenho da mesma atividade que exerciam a poca do acidente; II. Reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exijam maior esforo para o desempenho da mesma atividade que exerciam poca do acidente; III. Impossibilidade de desempenho de atividade que exerciam poca do acidente, porm permita o desempenho de outra, aps processo reabilitao profissional, nos casos indicados pela percia mdica do INSS. Art. 336: Para fins estatsticos, a empresa dever comunicar Previdncia social o acidente que tratam os artigos 19, 20, 21, e 23 da Lei n 8.213 de 1991, ocorrido com o segurado empregado, exceto o domstico, o trabalhador avulso, o segurado especial e o mdico residente, at o primeiro dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imediato, autoridade competente, sob pena da multa aplicada e cobrada na forma do artigo 286.1 Da comunicao a que se refere esse artigo recebero cpia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria. 2 Na falta do cumprimento no disposto no caput, caber ao setor de benefcios do Instituto do Seguro Social comunicar a ocorrncia ao setor de fiscalizao, para a aplicao e cobrana da multa devida. 3 Na falta de comunicao por parte da empresa, podem formaliz-la o prprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o mdico que o assistiu ou qualquer autoridade pblica, no prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo. 4 A comunicao a que se refere o 3 no exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto, neste artigo. 5 A percia mdica do Instituto Nacional do Seguro Social poder autuar a empresa que descumprir o disposto no caput, aplicando a multa cabvel, sempre que tomar conhecimento da ocorrncia antes da autuao pelo setor de fiscalizao.

Art. 337: O acidente que trata o artigo anterior ser caracterizado tecnicamente pela percia mdica do Instituto Nacional do Seguro Social, que far o reconhecimento tcnico do nexo causal entre: a) O acidente leso; e ab) A doena e trabalho;

c) A causa mortis e o acidente.5

1 O setor de benefcios do Instituto Nacional do Seguro Social reconhecer o direito do segurado habilitao do benefcio acidentrio. 2 Ser considerado agravamento do acidente aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade da reabilitao profissional.

Art. 338: A empresa responsvel pela adoo e uso das medidas coletivas e individuais de proteo segurana e sade do trabalhador: Pargrafo nico: dever da empresa prestar informaes pormenorizadas sobre os riscos da operao a executar e do produto a manipular. Art. 339: O Ministrio do Trabalho e Emprego fiscalizar e os sindicatos e entidades representativas acompanharo o fiel cumprimento do disposto nos artigos 338 e 343. Art. 340: Por intermdio dos estabelecimentos de ensino, sindicatos, associaes de classe, Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho, rgos pblicos e outros meios, sero promovidas regularmente Instruo e formao com vistas a incrementar costumes e atitudes prevencionistas em matria de acidentes, especialmente daquele referido no artigo 336. Art. 341: Nos casos de negligncia quanto as normas de segurana e sade do trabalho indicadas para a proteo individual e coletiva, a Previdncia Social propor ao regressiva contra os responsveis. Art. 342: O pagamento pela previdncia Social das prestaes decorrentes do acidente a que se refere o artigo 336, no exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros. Art. 343: Constitui contraveno penal, punvel, com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurana e sade no trabalho. Art. 344: Os litgios e medidas cautelares relativos aos acidentes de que trata o artigo 336 sero apreciados: I. Na esfera administrativa, pelos rgos da Previdncia Social, segundo as regras e prazos aplicveis s demais prestaes, com prioridade para concluso; e II. Na via judicial, pela justia dos Estados e do Distrito Federal, segundo o rito Sumarssimo, inclusive durante as frias forenses, mediante petio instruda pela prova efetiva notificao do evento Previdncia Social, atravs da Comunicao de Acidente de Trabalho. Pargrafo nico: O procedimento judicial de que trata o inciso II isento do pagamento de quais quer custas e de verbas relativas sucumbncia. Art. 345: As aes referentes s prestaes decorrentes do acidente de que trata o artigo 347, contados da data: Do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporria, verificada esta em percia mdica a cargo da previdncia Social; ou Em que for reconhecida pela Previdncia Social a incapacidade permanente ou o agravamento das seqelas do acidente. Art. 346: O segurado que sofreu o acidente a que se refere o artigo 336, tem garantida, pelo prazo mnimo de doze meses, a manuteno de seu contrato de trabalho na empresa, aps a cessao do auxlio doena acidentrio, independentemente da percepo de auxlio acidente.

III . INSPEO DE SEGURANA3.1. INSPEO DE SEGURANA 3.1.1. Objetivo A inspeo de segurana tem por objetivo detectar as possveis causas que propiciem a ocorrncia de acidentes, visando a tomar ou a propor medidas que eliminem ou neutralizem os riscos de acidentes do trabalho. Desta forma, a inspeo de segurana uma prtica 5

contnua em busca de: o Mtodos de Trabalhos Inadequados; o Riscos Ambientais; o Verificao da eficcia das medias funcionamento.

preventivas

rotineiras

e

especiais

em

A legislao sobre segurana do trabalho trata sobre inspeo (verificao) nos ambientes de trabalhos na NR-5 Portaria 8/99, item 5.16, letra d. A base de toda a inspeo de segurana e anlise dos riscos sob os aspectos j citados deve envolver indivduos, grupos, operaes e processos para controlar ou neutralizar o risco. Isto muito mais importante do que simplesmente atribuir a culpa a este ou aquele fato ou pessoa. 3.1.2. Tipos de Inspeoregulares.

Inspees Gerais

Elaboradas em todos os setores da empresa. Devem ser repetidas em intervalos

Inspees Parciais Podem limitar-se s reas, sendo inspecionado apenas determinados setores da empresa ou certo tipo de atividades ou mquinas e equipamentos.manuteno.

Inspees de Rotina

Cabem aos encarregados dos setores, aos membros da CIPA e da

Inspees Peridicas Inspees Eventuais Inspees Oficiais Inspees Especais

Em atendimento a determinadas leis. Destinada equipamentos e peas mveis de maior uso e desgaste. No tem data ou perodo determinado. Destina-se aos controles especiais de problemas importantes dos diversos setores da empresa. Efetuadas por agentes dos rgos oficiais. Controle tcnico

3.1.3. Modelo de Inspeo Modelo simplificado de uma inspeo de segurana:Empresa: Setor: Data da ltima Inspeo: Data: S N

Cipeiros: Descrio: 1. Piso est irregular? 2. Luminrias esto sujas? 3. Existem lmpadas queimadas? 4. Os funcionrios usam benjamins? 5. Os funcionrios usam EPI? 6. Os dutos de ar condicionado so limpos regularmente? 7. Data da prxima inspeo: Visto do supervisor do setor:

Importante: Todo setor da empresa deve ter um Check List para as inspees, esta atribuio da CIPA, a cad reunio as no conformidades encontradas nas Inspees e estabelecer uma Ao Corretiva para o problema.

5

IV. INVESTIGAO DE ACIDENTES4.1. INVESTIGAO DE ACIDENTES A boa prtica prevencionista manda que, pelo menos, os acidentes do trabalho que causem algum tipo de ferimento em algum sejam submetidos a um processo de investigao, com a finalidade de levantar dados e fatos que levem apurao das causas da ocorrncia. Apuradas as causas e suas origens, o prximo passo estudar e selecionar as medidas corretivas que, aplicadas, corrigem as falhas que ocasionaram o acidente. Chega-se, assim, no objetivo da investigao, que o aproveitamento da experincia de um acidente em favor da preveno futura de casos semelhantes. O bom resultado das investigaes depende de um bom sistema 4.1.1. Passos Importantes na Investigao 1. Comear a investigar, o quanto antes possvel, aps a ocorrncia. 2. Comparecer ao cenrio do acidente antes que qualquer alterao tenha sido feita: colher no local o mximo de informaes, anotar vestgios e recolher amostras ou objetos que possam ser teis na elucidao da ocorrncia. 3. Entrevistar o acidentado, to logo seja possvel; testemunhas, o encarregado do acidentado ou do servio; outros, de acordo com a necessidade ou convenincia. 4. Registrar tudo para evitar disperso de raciocnio. 5. No se deixar levar pela primeira impresso ou informao, tudo deve ser bem observado e investigado com muito cuidado. 6. Repassar todos os pontos importantes na ocasio de selecionar as medidas corretivas que devero ser aplicadas. de comunicao das ocorrncias, a partir do interesse do prprio acidentado em comparecer ao ambulatrio mdico para receber tratamento. Uma das atribuies da CIPA analisar acidentes, portanto deve conhecer como as investigaes so feitas pelos profissionais do Servio de Segurana do Trabalho da empresa. Por quem quer que sejam feitas, as investigaes devem obedecer a alguns critrios e regras para se chegar ao melhor resultado que dela se espera.

Depois de um acidente, o que resta a fazer investig-lo corretamente e tirar alguma experincia que venha a servir de subsdio s atividades futuras da segurana do trabalho. 4.2. METODOLOGIA BSICA PARA INVESTIGAR ACIDENTES 4.2.1. Propsitos A investigao de acidentes uma atividade inerente s aes regulares das empresas e constitui a base para orientar a administrao do processo preventivo. N O T A Acidente: Todo evento indesejvel que causa dano corporal ou material. Incidente: Todo evento indesejvel que tem potencial para

4.2.2. Propsitos Bsicos Os propsitos bsicos da investigao deste tipo de evento correspondem a: Buscar oportunidades para melhorar e no culpados; Estabelecer as causas do acidente, o que ocorreu, como foram gerados os fatos e quem participou; 5

Obter informao completa e oportuna sobre os fatos relacionados com a ocorrncia dos acidentes; Aplicar os controles que evitem a repetio de tais tipos de acidentes.

4.2.3. Procedimento: Formao de Grupo Para a investigao de acidentes e doenas, a CIPA dever lidar com o grupo. Este grupo tem como princpio no procurar culpas ou responsabilidades, mas de forma objetiva chegar s causas reais do acidente e adoo de medidas preventivas adequadas e eficazes. Faro parte do grupo: Prprio acidentado se possvel; Pessoas que presenciaram o acidente; Chefes diretos (Gerentes, Chefes de Departamento, Chefes de Seo e Supervisores); SESMT Outras pessoas que conheam o processo que gerou o acidente.

Para garantir a eficcia do grupo, importante que haja um clima de confiana total entre os membros permitindo a participao e a emisso de opinio prpria sobre os acontecimentos em questo. Outro ponto importante eu as diferenas hierrquicas existentes devem ser deixadas de lado. No grupo, no deve haver hierarquia (para que exista imposio). 4.2.4 Aes Prvias Investigao As seguintes aes devem ser tomadas para que se garanta uma boa investigao: 1. Isolar o lugar do acidente; 2. Resgate e ateno s pessoas lesionadas ou em perigo; 3. Minimizar ou eliminar o risco de outros acidentes ou perdas adicionais; 4. Identificar e registrar os elementos de evidncia presentes na cena no momento do acidente; 5. Preservar as evidncias para um exame posterior ou de especialistas. 4.2.5. Realizao da Investigao Esta tcnica possui 4 fases principais: 1. Levantamento de Fatos: Identificar todos os fatos que contriburam para a ocorrncia do acidente. Pesquisa nos locais feita imediatamente aps o acidente, com a participao do envolvidos e de quem presenciou o acidente; 2. Atividades no Local do Acidente: Bater fotografias ou filmar o local, fazer uns croquis, analisar evidncias e indcios, avaliao preliminar das perdas; 3. Ordenao dos Fatos: Estabelecer ligaes entre fatos, realizar entrevistas, separar as causas bsicas das causas imediatas. Fazer uma verso individual, ou fazer uma reconstituio (se for o caso), checar informaes como hora extra, se os primeiros socorros foram realizados em tempo hbil, os treinamentos (operacionais e de segurana) que o acidentado fez. Determinar a falta de controle, verificar o sistema de comunicao e administrao das atividades. 4. Implantao das Medidas de Controle: A preocupao neste momento a de propor o maior nmero possvel de aes corretivas favorecendo a eliminao de todos s riscos e perigos levantados. 4.1. Priorizao das Medidas Preventivas (O grupo escolhe a ordem daquelas que devero ser adotadas). importante que a negociao das medidas obedeam aos seguintes critrios: 1. Que a medida tenha sua eficcia por longo tempo; 2. Que no se crie um novo risco; 3. Que no imponha grandes mudanas nos hbitos do operador; 4. Que possibilite a generalizao, e possa ser aplicada a outros setores; 5. Que o custo seja vivel; 5

6. Que o prazo de aplicao seja determinado; 7. Que a preveno esteja em conformidade com a lei. Exemplos dessas informaes: Quem ...foi acidentado? ... o chefe dele? ...mais estava presente no momento do acidente? ...fez isso ou aquilo de maneira errada? ...foi a leso? ...o dano material? ...era o estgio do trabalho quando aconteceu? ...a norma de segurana que foi transgredida? ...a idade, a funo, o tempo de funo, o tempo de casa, o treinamento, e outros dados que possam vir a ser importantes, do acidentado? ...aconteceu? (dia, hora, fase da operao, detalhe ou manobra do trabalho, etc.) ...aconteceu? (pavilho, seo, local exato na seo, mquina) ...aconteceu? verso do acidentado, do encarregado, de testemunhas, de outros e concluso do investigador com todos os dados conseguidos. ...foi esse tipo de ferimento? ...foi feito isso? ...deixou de ser feito assim? ...deixou de usar?

Qual

Quando Onde Como Porque

V. ANLISE DE ACIDENTES5.1. A ANLISE DO ACIDENTE 5.2. A cuidadosa investigao de um acidente oferece elementos valiosos para a anlise que deve ser feita, concluindo-se sobre suas causas e suas conseqncias. Tal trabalho provoca a adoo de uma srie de medidas ou providncias administrativas, tcnicas, psicolgicas ou educativas dentro da empresa. A CIPA deve participar dos vrios aspectos relacionados com o estudo dos acidentes, preocupando-se em analisa-los e elaborando relatrios, registros, comunicaes e sugestes entre outras providncias. A anlise do acidente corresponde a uma viso geral da ocorrncia, e as suas informaes devem ser elementos de estudo e no um simples registro burocrtico. O estudo dos acidentes no deve limitar-se queles considerados graves. Pequenos acidentes podem revelar riscos grandes; acidentes sem leso podem transformar-se em ocorrncias com vtimas. A CIPA deve investir na identificao de perigos que parecem sem gravidade mas que podero tornar-se fontes de acidentes graves. A anlise dos acidentes fornece dados que se acumulam e possibilitam uma viso mais correta sobre as condies de trabalho da empresa, com indicaes sobre os tipos de acidentes mais comuns, sobre as causas mais atuantes, medindo a gravidade das conseqncias e revelando os setores que necessitam de maior ateno da CIPA e do SESMT. Trata-se do estudo do acidente para a pesquisa de causas, circunstncias e conseqncias. Considerando-se a dimenso das conseqncias do acidente (Fsicas, econmicas, psicolgicas, sociais etc) para o trabalhador e analisando de forma real os benefcios devidos, os efetivados pela legislao, e a real perspectiva de reabilitao profissional, 5

reintegrao social e familiar, revela-se a necessidade de realizar com seriedade e competncia a investigao e anlise, como trabalho prevencionista. A anlise compe-se: Relatrio de Investigao e Anlise de Acidentes Registro da descrio, caractersticas e causas (vide anexo B, da NBR 14.280); Comunicao de Acidente do Trabalho CAT Comunicao de Acidente de Trabalho feito pela empresa. Ver a nova verso (26/02/99) da CAT no Anexo 1. Cadastro do acidentado Registro para elaborao de estatsticas junto ao INSS.

5.2. CAUSAS DO ACIDENTE Segundo a NBR 14.280 da ABNT, as causas do acidente do trabalho so as seguintes:

a) Fator Pessoal de Insegurana (fator pessoal): Causa relativa ao comportamento

humano, que pode levar a ocorrncia do acidente ou prtica do ato inseguro. Exemplos: deficincia auditiva; agressividade; distrbio emocional; fadiga; falta de conhecimento; etc;

b) Ato inseguro: Ao ou omisso que, contrariando preceito de segurana, pode causarou favorecer a ocorrncia do acidente. Exemplos: Bloquear, tampar, amarrar dispositivos de segurana, trabalhar ou operar com velocidade insegura; limpar; lubrificar ou regular equipamentos em movimento; manusear objeto de maneira errada; desrespeitar sinalizao; agredir pessoas; no manter distncia (trnsito); etc;

c) Condio Ambiente de Insegurana (Condio ambiente): Condio do meio quecausou o acidente ou contribuiu para sua ocorrncia. Exemplos: Empilhamento inadequado; piso escorregadio; emprego de ferramenta inadequada; falta do equipamento EPI; emprego de mtodo ou procedimento potencialmente perigoso; etc.

5.3. CONSEQNCIAS DO ACIDENTE Segundo a NBR 14.280 da ABNT, as conseqncias do acidente do trabalho so as seguintes: a) Leso Pessoal: Qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como conseqncia de acidente do trabalho; b) Natureza da Leso: Expresso que identifica a leso, segundo suas caractersticas principais. Exemplos: Escoriao, luxao, fratura, asfixia, distenso, queimadura, afogamento, estrangulamento, ferida, contuso, efeito imediato de radiao etc; c) Localizao da Leso: Indicao da sede da leso. Exemplos: cabea, olho, face, testa, tronco, ombro, membros superiores, dedo, mo, membros inferiores, joelho, perna, p etc; d) Leso Imediata: Leso que se manifesta no momento do acidente; e) Leso Mediata (leso tardia): Leso que se manifesta aps a circunstncia acidental da qual resultou; f) Doena do Trabalho: Doena decorrente do exerccio continuado ou intermitente de atividade laborativa, capaz de provocar leso por ao mediata; g) Doena Profissional: Doena do trabalho causada pelo exerccio de atividade laborativa, capaz de provocar leso por ao mediata; h) Morte: Cessao da capacidade de trabalho pela perda da vida, independente do tempo decorrido desde a leso.

VI. MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS6.1. MAPEAMENTO DE RISCO 5

O Mapeamento de Riscos consiste na representao grfica da avaliao dos riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho, inerentes ou no ao processo produtivo, de fcil visualizao e afixada em locais acessveis no ambiente de trabalho, para informao e orientao de todos que ali atuam e de outros que eventualmente transitem pelo local.

6.2. HIGIENE DO TRABALHO Para elaborao do Mapa de Riscos importante que o cipeiro tenha algumas noes de higiene do trabalho, as mais importantes so: 6.2.1. Conceitos e definies a) Higiene do Trabalho: A cincia e a arte devotadas antecipao, ao reconhecimento, avaliao e ao controle dos fatores ambientais e agentes tensores originados no ou do local de trabalho, as quais podem causar enfermidades, prejuzos sade e bem estar, ou significante desconforto e ineficincia entre os trabalhadores ou entre cidados da comunidade. b) Limite de Tolerncia: a concentrao ou intensidade mxima ou mnima, relacionada com a natureza e o tempo de exposio ao agente, que no causar dano sade do trabalhador, durante sua vida laboral. c) Insalubre: Que origina a doena, doentio. 6.2.2. Legislao Brasileira A Portaria n 3.214/78, trata na NR 15 das atividades e operaes insalubres, apresentando critrios para interpretaes a partir das avaliaes quantitativas (com limite de tolerncia para ser comparado) ou qualitativas (critrios adotados) nos seus 14 (quatorze) anexos, conforme segue:Anexo1: Rudo Contnuo e Intermitente; Anexo 2: Rudo de Impacto; Anexo 3: Calor; Anexo 4: Revogado (vago); Anexo 5: Radiaes Ionizantes; Anexo 6: Trabalho sobre condies hiperbricas Anexo 7: Radiaes no Ionizantes Anexo Anexo Anexo Anexo 8: Vibraes 9: Frio; 10: Umidade: 11: Agentes Qumicos

Anexo 12: Poeiras Minerais (amianto, slica, mangans) Anexo 13: Agentes Qumicos (Qualitativos) Anexo 14: Agentes Biolgicos

6.2.3. Representao Higiene x Medicina do Trabalho

Higiene do Trabalho

Fonte

Ambiente

Trabalhador

Sinais Clnicos

Doena

5

Medicina do Trabalho

6.3. OBJETIVOS O Mapa de Riscos tem como objetivos: a) Reunir informaes necessrias para estabelecer o diagnstico da situao de segurana e sade no trabalho na empresa; b) Possibilitar, durante a sua elaborao, a troca e divulgao de informaes entre os trabalhadores, bem como estimular sua participao nas atividades de preveno. 6.4. ETAPAS DE ELABORAO As etapas de elaborao so as seguintes:

a) Conhecer o processo de trabalho no local analisado:1. 2. 3. 4. Os trabalhadores: nmero, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurana e sade, jornada; Os instrumentos e materiais do trabalho; As atividades exercidas; O ambiente.

b) Identificar os riscos existentes no local analisado, de acordo com o grupo a que pertence vide tabela: Classificao dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com sua natureza e a padronizao das cores correspondentes.

TABELA I: RISCOS AMBIENTAISGrupo 1: Verde Riscos Fsicos Rudo Vibraes Calor Frio Radiaes Ionizantes Umidade Grupo 2: Vermelho Riscos Qumicos Poeiras Fumos Nvoas Neblinas Gazes Vapores Substncias, Compostos ou Produtos Qumicos em Geral Grupo 3: Marrom Riscos Biolgicos Vrus Bactrias Protozorios Fungos Parasitas Bacilos Grupo 4: Amarelo Riscos Ergonmicos Esforo Fsico Intenso Levantamento e Transporte Manual de Peso Exigncia de Postura Inadequada Controle Rgido de Produtividade Imposio de Ritmos Excessivos Grupo 5: Azul Riscos de Acidentes Arranjo Fsico Inadequado

Radiaes no Ionizantes Presses Anormais

Mquinas e Equipamentos sem Proteo Probabilidade de Incndio ou Exploso Matria Prima sem Especificao Iluminao Inadequada Ferramentas Trabalho em Turno Defeituosas ou e Noturno Inadequadas Outras Situaes de Outras Situaes Risco que Podero Causadoras de Contribuir para a Stress Fsico ou Ocorrncia de Psquico Acidentes Monotonia e Animais Repetitividade Peonhentos Jornada de Trabalho Eletricidade Prolongadas 5

EPI Inadequado Consideram-se riscos ambientais os agentes existentes nos ambientes de trabalho, cujas caractersticas possam causar dano integridade fsica ou sade dos trabalhadores. necessrio conhecer esses agentes para entender a preveno de acidentes. A segurana do trabalho, do ponto de vista ambiental, resume-se em prevenir ou eliminar a existncia dos agentes agressivos, sempre que possvel, ou aplicar medidas que neutralizem suas aes danosas. As conseqncias aos riscos ambientais so apresentadas na tabela 2: Tabela 2: Risco x Conseqncia Riscos Conseqncias Surdez, irritao, insnia etc (rudo); reduo do fluxo sanguneo, hipotermia, etc (frio); desidratao, cimbras de calor, choque trmico (calor); cncer, efeitos genticos, etc (radiaes ionizantes); efeito trmico, distrbios menstruais, etc (radiaes no ionizantes); ruptura de tmpano, ruptura e alvolos, etc (presses anormais); doena de Raynaud, vmitos etc (vibraes). Devido a diversidade das substncias qumicas as mais conhecidas so: irritao de pele (leos minerais); sistema nervoso (lcool metlico, mercrio); queimaduras (soda castica); cncer (amianto, benzeno); asfixiantes simples (acetileno, nitrognio); asfixiantes qumicos (monxido de carbono, cido sulfdrico). Doenas infecto-contagiosas.

Fsicos

Qumicos

Biolgicos

Ergonmico Stress, doenas osteomusculares relacionada ao trabalho DORT ou leses por s esforos repetitivos LER. Acidentes Queimaduras (incndio); choque eltrico (eletricidade) e acidentes generalizados devido lay out inadequado, ferramentas defeituosas etc.

c) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficcia: 1. Medidas de proteo coletiva; 2. Medidas de organizao do trabalho; 3. Medidas de proteo individual; 4. Medidas de higiene e conforto: banheiros, lavatrios, vestirios, armrios, bebedouro, refeitrio e rea de lazer. d) Identificar os indicadores de sade: 1. Queixas mais freqentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos; 2. Doenas profissionais diagnosticadas; 3. Causas mais freqentes de ausncia ao trabalho. e) Conhecer os levantamentos ambientais j realizados no local; f) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o lay-out da empresa, indicando, atravs de crculo: 1. O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela 1; 2. O nmero de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do crculo. 3. A especificao do agente (por exemplo: qumico: slica ou hexano ou cido clordrico; ou ergonmico; repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada dentro do crculo; 4. A intensidade do risco, de acordo com a percepo dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de crculos, conforme vemos: 5. O tamanho dos crculos varia de acordo com a intensidade do agente identificado e a cor com o tipo de risco. 5

3Risco Pequeno Grave Verde Azul

5 LerRisco Mdio

12 RudoRisco Amarelo

Para a realizao dos Mapas de Riscos, deve-se contar com a participao dos cipeiros e dos trabalhadores alm dos profissionais de segurana e medicina do trabalho. A realizao do mapeamento de risco uma atribuio da CIPA. 6.5. APROVAO DA CIPA Aps discutido e aprovado pela CIPA, o mapa de Riscos, completo ou setorial, dever ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visvel e de fcil acesso para os trabalhadores. 6.6. Variaes do Mapa No caso das empresas da indstria da construo, o Mapa de Riscos do estabelecimento dever ser realizado por etapa de execuo dos servios, devendo ser revisto sempre que um fato novo e superveniente, modificar a situao de riscos estabelecidos. Importante: No adianta fazer um Mapa de Riscos colorido e fixado em cada Setor, se por detrs de cada identificao dos riscos no existir os controles. Esta a real finalidade do Mapa de Riscos, necessrio que exista uma ao corretiva sobre o risco.

VII. EQUIPAMENTO DE PROTEO7.1. EQUIPAMENTOS DE PROTEO COLETIVA EPC Mquinas e outros tipos de equipamentos, instalaes de diversos tipos de energia, alguns pontos de edificaes, etc. possuem particularidades que pes em risco a integridade fsica das pessoas se no forem adotados determinados dispositivos ou meios de proteo. Esses dispositivos ou meios so conhecidos pela sigla EPC Equipamento Proteo Coletiva, trata-se de proteo ou sinalizao que qualquer pessoa, quer por necessidade de servio ou por outra razo se aproxime do risco, ou do ponto perigoso. Na rea da higiene do trabalho tambm so necessrios controles coletivos para que ao invs do uso de EPI, os trabalhadores possam usar controles para que os ambientes no fiquem to agressivos em funo da presena dos agentes ambientais. 7.1.1. Mquinas As mquinas, em particular, so portadoras de um sem nmero desses pontos perigosos que requerem algum tipo ou meio de proteo para as pessoas. A Norma Regulamentadora NR-12 Mquinas e Equipamentos, trata desse assunto. Trs pontos de riscos que exigem proteo nas mquinas: 5

A - transmisso de movimento;

B - ponto de operao; C - outras partes mveis.

As aberturas de proteo no devem permitir que a mo ou os dedos alcancem o pontoperigoso que est sendo isolado. Comando bi-manual indispensvel em certos tipos de mquinas, em particular em prensas. Pedais devem ter cobertura de proteo em ponto de operao de mquina. Parapeito: meio protetor nas beiradas de aberturas no piso em desnveis de piso. Gaiola (guarda-corpo): imprescindvel em escadas verticais. Corrimo: protetor indispensvel em escadas. Os pontos que recomendam dispositivos protetores so pontos de prensamento, de agarramento, de batida contra algo agressivo ou de batida por este, de contato com produtos ou energias perigosas, de queda da pessoa etc.

7.1.2. Controles de Higiene Industrial As medidas de controle relativas ao ambiente de trabalho mais comuns so: I. Controle na fonte: o Substituio de matria prima (ex.: solvente por outros com menor presso de vapor). o Substituio / modificao de processos e equipamentos (ex.: automao). o Mtodos midos (ex.: areia molhada em vez de areia seca). o Controle e manuteno de processos e equipamentos (ex.: programas de manuteno preventiva). II. Controle de Propagao o Sistemas de ventilao (ex.: geral diluidora e/ou local exaustora). o Isolamento O cipeiro pode colaborar na identificao desses pontos e para que os meios de proteo sejam usados corretamente e mantidos em boas condies. 7.2. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL EPI 7.2.1. Obrigaes do Empregador A Norma Regulamentadora NR-6, que trata de equipamentos de proteo individual, assim o define: a) sempre que as medidas de proteo coletiva forem tecnicamente inviveis ou no oferecerem completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenas profissionais. Nota: trata-se dos casos de uso de luvas para manuseio e de objetos de superfcie abrasiva, culos em trabalhos com esmeril etc. enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas: Nota: incluem-se, entre esses casos, o uso de botas impermeveis, enquanto no se elimina a umidade do piso; mscara respiratria, enquanto se instala a exausto etc. para atender as situaes de emergncia. Nota: casos de escape acidental de gs, vapor ou outro contaminante de ar, que requer uso de tipo especfico de mscara respiratria para efetuar o reparo; uso de botas impermeveis em casos de alagamento do piso etc. 5

b)

c)

A CLT, j citada em outras pginas, assim se expressa sobre o EPI: Art. 166: A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente equipamentos de proteo individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra os riscos de acidente e danos sade dos empregados. A Norma Regulamentadora NR-6 d uma dimenso maior s obrigaes da empresa prevista na CLT em relao aos EPIs, no: Item 6.6. Obrigao do Empregador. a) b) c) d) e) f) g) adquirir o tipo adequado atividade do empregado; fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTE; treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado; tornar obrigatrio o seu uso substitu-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado; responsabilizar-se pela sua higienizao e manuteno peridica; comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada no EPI adquirido.

7.2.2. Obrigaes dos Empregados A CLT estabelece obrigaes para a empresa e para os empregados, como mostrado em pginas anteriores. Vai aqui a repetio do que o artigo 158 fala sobre o uso de EPI. Art. 158 Cabe aos empregados: Pargrafo nico. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada ao uso de equipamentos de proteo individual fornecidos pela empresa. A NR-6 acrescenta algo mais nas obrigaes do empregado no: Item 6.7.1. Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a: 1. us-lo apenas para a finalidade a que e destina; 2. responsabilizar-se por sua guarda e conservao; 3. comunicar ao empregador qualquer alterao que o torne imprprio para uso. 7.2.3. Tipos, Qualidade e Certificado de Aprovao dos EPI Os tipos de EPIs so determinados pelas caractersticas dos materiais empregados na fabricao e pelo modelo adequado neutralizao das agressividades contra as quais vo ser usados.

Exemplos: luvas para o manuseio de objetos pesados e abrasivos devem ser de material impermevel; culos de segurana, alm de armao resistente, devem ter lentes que resistam a impactos especificados em norma etc. A qualidade dos EPIs est na adequao e qualificao dos materiais que compem o produto e na tecnologia da fabricao. Entre as obrigaes do empregador est a de fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTE. A aprovao pelo Ministrio do Trabalho e Emprego feita por meio de um documento conhecido pela sigla CA Certificado de Aprovao. S os EPIs portadores de CA podem ser comercializados e usados. Para solicitar o CA a empresa deve ter o Certificado de Registro de Fabricante CRF, ou o Certificado do Registro de Importador CRI (se for importador), que expedido pelo Ministrio do Trabalho, sendo essa uma exigncia da NR 6 EPI. O fabricante submete amostras de EPI a rgo tcnico credenciado pelo Ministrio do Trabalho que as submete a testes especficos segundo normas de ensaio existentes. Se aprovadas, o rgo emite em certificado de teste, aprovando as amostras, mediante o qual o MTE emite o CA, cuja validade de cinco anos. O CA garante, teoricamente, a qualidade do produto. Isto porque o certificado de teste s aprova as amostras, da para frente depende do critrio e da honestidade do fabricante. 5

A CIPA pode colaborar na avaliao da qualidade e do desempenho dos EPIs. Uma boa maneira especificar exatamente o que se quer comprar e descrever corretamente o EPI no pedido ou ordem de compra. Isso possibilita inspecionar o lote de EPI, quando entregue, comparando-o com a descrio sob a qual foi comprado. Em caso de dvida, quanto ao tipo ou a qualidade, solicitar ao fabricante a apresentao ou cpia dos documentos de aprovao nos testes e do Certificado de Aprovao.

Pontos Importantes: Quem vai seleciona-los no deve deixar-se confundir pela variedade existente. A seleo do EPI apropriado de muita responsabilidade, pois est em jogo a integridade fsica e a sade do usurio. A seleo correta e a designao do uso tarefa para profissional capacitado. Quando a CIPA no contar com a ajuda de um tcnico de segurana, deve procurar a melhor maneira de agir para que os EPIs sejam de boa qualidade e adequados ao tipo de risco.

VIII. CAMPANHAS DE SEGURANA DO TRABALHO8.1. RECURSOS EDUCACIONAIS E PROMOCIONAIS A CIPA tem atribuies tambm no campo educacional e promocional da segurana do trabalho. Uma dessas atribuies sugerir a realizao de cursos, treinamentos e campanhas, com o objetivo de melhorar o desempenho dos empregados quanto segurana e sade no trabalho SST e divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras NR e clusulas coletivas de trabalho relativas SST. Para tanto importante que os cipeiros conheam as NR que devem ser cumpridas na sua empresa. Cursos e treinamentos de segurana devem ir alm do empregado produtivo. Tambm as pessoas de nvel administrativo e de atividades burocrticas devem ser preparadas para atuar em atividades da preveno de acidentes, segundo a responsabilidade de seu cargo ou funo. No campo promocional a CIPA tem atribuies de despertar o interesse dos empregados pela preveno de acidentes, participar junto ao Servio de Segurana e Medicina do Trabalho e participar de outras campanhas permanentes promovidas pela empresa. Eis alguns eventos em que a CIPA pode participar no campo promocional: CANPAT Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho um plano do Ministrio do Trabalho ao qual deve se subordinar todas as demais campanhas estaduais, regionais ou setoriais de preveno de acidente promovidas por rgos do Ministrio. Cartazes - tem a finalidade de levar aos trabalhadores mensagens motivadoras sobre preveno de acidentes. s vezes so mensagens com os companheiros de trabalho. Publicaes - Outros tipos de divulgao (por exemplo: folders, livretos etc) contendo mensagens motivadoras e instrutivas sobre preveno de acidentes. O cipeiro deve tambm ajudar na difuso dessas mensagens entre os colegas de trabalho.

IX. REUNIO DA CIPA9.1. CALENDRIO De acordo com a NR-5, compete aos membros da CIPA elaborar o calendrio anual das reunies. Uma boa oportunidade para isso a reunio de posse, que a primeira vez que os novos membros se encontram aps a eleio e o curso. Se puder ser feito antecipadamente, incluindo a prpria reunio de posse no calendrio, ser melhor ainda. 5

As reunies devem ser programadas at a segunda quinzena do ms, para dar tempo a todos os assuntos, inclusive os dados estatsticos de acidentados do ms anterior, possam ser includos na agenda. 9.2.ORGANIZAO Qualquer reunio deve ser organizada a partir das coisas elementares como a convocao dos participantes. Compete ao Presidente e ao Secretrio a organizao das reunies da Comisso. Muitas vezes eles contam com a participao do SESMT. A organizao deve passar pelo preparo da agenda e dos materiais e assuntos que sero discutidos. At a organizao dos materiais sobre a mesa dos trabalhos importante. 9.3. ATUAO DOS PARTICIPANTES A NR-5 prope um edital de convocao para as reunies. No deixa de ser interessante e pode servir de promoo a afixao do edital nos quadros de aviso de uma forma destacada. Mas, se a empresa possuir um sistema prprio para convocar reunies, a CIPA poder adota-lo, para evitar de ser vista como um rgo individualizado, dentro da empresa. O comparecimento s reunies um direito do membro eleito ou escolhido; ao mesmo tempo um dever como representante dos colegas.

Cada membro da CIPA, tanto do lado dos empregados como do empregador, deve fazer da participao nas reunies uma extenso do seu dia a dia a dia como membro da Comisso. O membro da CIPA deve encaminhar os assuntos de que trata a CIPA na medida que eles vo sendo levantados; se tudo for deixado para a reunio, haver uma agenda muito carregada, o que atrapalha quando se espera bom resultado da reunio. Lembre-se, voc cipeiro todo dia. Dinmica da Reunio discusso dos acidentes ocorridos no ms anterior; anlise dos acidentes ocorridos, discusso das estatsticas de acidentados; e assuntos gerais (SIPAT, AIDS, treinamentos etc). O encerramento tambm feito pelo presidente, aps o secretrio relatar os pontos que faro parte da ata. O Secretrio faz a leitura e obter as assinaturas da ata; anotar os pontos que sero registrados em ata e poder ter outras funes que no seja a participao das discusses.

O presidente quem abre a sesso e conduz os trabalhos cuja agenda deve incluir, pelo menos; leitura e discusso da ata (todos assinam e recebem uma cpia) da reunio anterior, acompanhamento das pendncias; retrospecto das recomendaes da CIPA e respectivos estgios de evoluo; elaborao ou acompanhamento do Mapa de Risco; elaborao ou acompanhamento mensal e avaliao do Plano de Trabalho; acompanhamento das aes do PPRA e PCMSO; discusso dos relatrios das Inspees; 9.4. OBJETIVO DA REUNIO

O objetivo da reunio da CIPA consolidar a atuao dos membros e da comisso como um todo, para gerar sempre mais subsdios para preveno de acidentes. 9.5. REUNIO SIMULADA O encerramento do curso ser uma reunio simulada, envolvendo todos os participantes, agendada com os assuntos que serviram de instrumentos de instruo nas aulas.

X. PLANO DE TRABALHO10.1. A IMPORTNCIA DO PLANO DE TRABALHO DAS CIPAS O papel destacado do homem nos processos produtivos, maximizando outros recursos como mquinas, equipamentos, matriaprima etc., torna implcita, ao trabalho, a necessidade da segurana. Dimensionadas as conseqncias dos acidentes de trabalho nos aspectos fsicos, econmicos, sociais e psicolgicos, revela-se a coincidncia das vantagens da preveno de acidentes para o trabalhador, empresa e sociedade. Uma das atribuies mais importantes da CIPA a elaborao do Plano de Trabalho. Inclusive o item 5.17 da NR-5 Portaria 08/99, 5

refora isso quando prev que o empregador tenha que ...garantindo tempo suficiente para a realizao das tarefas constantes do Plano de Trabalho. Conscientes dos malefcios do acidente de trabalho, devemos incrementar as diversas 10.2. PLANO DE TRABALHO

formas de preveno. PLANEJAR A AO DAS CIPAS constitui uma dessas formas eficientes. Desta forma a CIPA ao assumir o mandato deve identificar os problemas que ir se deparar, estabelecer prioridades e elaborar o Plano de Trabalho para o assunto que esteja levando acidentes e/ou doenas.

A abordagem parte de um roteiro que envolve os seguintes passos: I. II. III. Justificativa: onde explicaremos a importncia do Plano e os benefcios que ele vai trazer para a empresa. Objetivos: O que pretendemos atingir com o Plano de Trabalho (ex.: melhorar a iluminao, minimizar rudo etc). Estrutura: a) Responsabilidade CIPA: qual membro que vai ficar responsvel pelo acompanhamento do Plano de Trabalho. b) Metas: Devem ser quantitativas (ex.; 25% dos funcionrios treinados por ms). c) Cronograma: As aes devem ter um cronograma que facilite o acompanhamento. Aes a Serem Desenvolvidas: Listar todas as aes que o Plano de Trabalho vai exigir, tais como, treinamentos; construo de EPC; aquisio de EPI; enclausuramento de mquina etc. Avaliao: O responsvel definido entre os membros da CIPA, deve apresentar em toda a reunio um balano de como est sendo desenvolvido o Plano de Trabalho, se as metas esto sendo atingidas.

IV.

V.

10.3. ESTRATGIA DO PLANO DE TRABALHO Os membros da CIPA devem usar as seguintes estratgias: a) Procurar o SESMT para verificar se as aes propostas no esto previstas no PPRA, PCMSO ou outro programa. b) Procurar o SESMT para assessoria tcnica na indicao das aes corretivas e/ou preventivas. c) Preparao do plano de Trabalho e posterior aprovao em reunio da CIPA. d) Acompanhamento mensal do Plano de Trabalho e divulgao dos dados nas reunies da CIPA.

XI. AIDS SNDROME DA IMUNODEFICINCIA ADQUIRIDA11.1. AIDS - SNDROME DA IMUNODEFICINCIA ADQUIRIDA Desde que o primeiro caso de AIDS foi registrado, no final da dcada de 70, nos Estados Unidos, milhes de pessoas foram se contaminado em todo mundo. Hoje, a AIDS uma doena que chegou bem perto e cada vez se aproxima mais de todos ns. Por isso, a AIDS um problema da famlia, da empresa e de toda a sociedade. 11.2. O QUE : AIDS quer dizer Sndrome da Imunodeficincia Adquirida. Sndrome a associao de vrios sinais (sintomas) que permitem identificar uma doena; Imunodeficincia um enfraquecimento importante do sistema imunolgico. Significa que, fraca, a pessoa pode pegar uma doena. 5

Adquirida porque a pessoa no nasce com ela, mas pega ao entrar em contato com o vrus da AIDS, o HIV.

11.3. HIV O VRUS O HIV o vrus que faz o corpo ficar fraco, possibilitando a ocorrncia de diversas doenas oportunistas (que se aproveitam da situao de fraqueza da pessoa). Ela pode ficar muito tempo dormindo, dentro de espcies de casinhas chamadas Linfcitos T4. Quando acorda, comea a se multiplicar at destruir a casinha (clula) e outra e outra e outra mais. O corpo fica sujeito a todo o tipo de doenas, inclusive aquelas que no causariam grandes problemas em pessoas sem o HIV, como por exemplo, o sapinho na boca, a diarria etc. 11.4. A TRANSMISSO Quando o vrus est fora do corpo humano, o vrus da AIDS morre logo, no sobrevive muito tempo. Ainda bem. Alm disso, preciso haver uma grande quantidade do vrus para contaminar uma pessoa sadia. O que s acontece quando o HIV entra em contato direto com o sangue, esperma (lquido que sai do pnis do homem na hora do gozo) ou secrees vaginais (lquidos da vagina das mulheres). A AIDS pode ser transmitida por: 1) Relao sexual com pessoas portadoras do HIV: Durante as relaes sexuais ocorrem ferimentos muito pequenos, to pequenos que no d para se olhar, por a que o vrus entra. Todo contato com sangue, esperma e lquidos vaginais contaminados perigoso. O sexo anal ainda mais arriscado, pois o nus o local ideal para o vrus se alojar. O sexo oral (a boca no pnis ou na vagina) tambm apresenta risco de contaminao, principalmente se houver 2) Transfuso ou recepo de sangue: A rede hospitalar no Brasil est consciente do perigo da transmisso da AIDS atravs de transfuses de sangue. Por isso, um nmero cada vez maior de hospitais est fazendo teste para descobrir possveis doadores contaminados. A recepo de sangue HIV pode acontecer tambm pelo uso de agulhas e seringas contaminadas. Os hospitais brasileiros s usam seringas descartveis, portanto, no h problema. O problema aparece entre os drogados que se utilizam de uma mesma agulha e seringa para passar a droga de um para outro. Se ficou uma gota de sangue ali, a contaminao certa. Exija o teste se voc precisar de alguma transfuso de sangue ejaculao (gozo) na boca ou, no caso da mulher, quando estiver no perodo de menstruao (regra, incmodo). Se um dos parceiros tiver algum tipo de ferimento na boca ou na gengiva, por exemplo, poder haver a contaminao. Nesse caso, ser novamente atravs do sangue, isto , o vrus entrar direto na corrente sangunea da pessoa.

3) De me para filho: A transmisso da me para filho pode acontecer durante o parto, pela amamentao ou via vertical (da me para o feto), durante a gravidez. No caso das mes portadoras do vrus da AIDS, a possibilidade de contaminao do feto demais ou menos 30%, isto , uma em cada trs crianas contaminada. Portanto, 70% dos bebs podem nascer sem o HIV, segundo as pesquisas. A criana pode ser amamentada e no doem seu leite.

O vrus da AIDS j foi encontrado na saliva, nas lgrimas, no suor, na urina e nas fezes, mas em pequenas quantidades. O risco de pegar AIDS em contato com esses lquidos muito pequeno. Beijar muito bom e no faz mal a ningum. S h a possibilidade de pegar AIDS se o beijo for profundo e se houver sangramento nas gengivas.

5

At hoje, no houve nenhum caso de transmisso por beijo, cientificamente provado. No se conhece transmisso por: mosquitos, pernilongos, animais domsticos, copos, alimentos, privadas, nibus, talheres, dinheiro, maanetas, piscinas, escolas, parques pblicos ou pelo ar. 11.5. FASES DE INFECO Estas so as fases de infeco pelo HIV: 1) Fase soro-positivo: Aparentemente, o indivduo saudvel, mas est contaminado. Tem o vrus e no apresenta nenhum sintoma da doena. Mesmo assim, pode transmitir a AIDS para outras pessoas sadias. 2) Fase Intermediria: quando aparecem e persistem sintomas como diarria, emagrecimento muito rpido, gnglios (caroos) inchados no pescoo ou debaixo dos braos. a fase mais grave, da AIDS propriamente dita. Aparecem doenas como pneumonia, meningite, tuberculose, herpes, que se aproveitam da fraqueza do corpo. So conhecidos, hoje, mais de 25 doenas oportunistas e alguns tipos de cncer, tumores. Exatamente porque o corpo est fraco, difcil tratar, pois os remdios no fazem muito efeito. importante lembrar que as fases 2 (intermediria) e 3 (da doena) podem se juntar uma na outra. Mais importante ainda saber que nas trs fases a pessoa infectada pode transmitir o vrus. No h motivo para pnico - Informe-se - Previna-se - Seja amigo de quem doente. 11.6. EMPRESAS: EDUCAR PARA PREVENIR A informao continua sendo o melhor remdio para a preveno da doena. A princpio havia os ento chamados grupos de risco. Isso no existe mais. Hoje, no importando o sexo, idade, raa, classe social, preferncia sexual ou profisso. Por isso, muito importante que as empresas tenham programas internos de combate AIDS. Alm do aspecto humano de assistncia mdica e psicolgica ao doente, a AIDS tem custos muito elevados. Um doente custa, diretamente no Brasil, cerca de 50 dlares por dia. um valor considervel. Mas, o custo indireto, para as empresas, muito maior. Ela investiu no seu funcionrio, oferecendo treinamentos, benefcios, plano de carreira etc. Provavelmente, este funcionrio est no auge de sua profisso, entre os 25 e 40 anos de idade. 11.7. COMO ABORDAR A QUESTO DA AIDS A problemtica da AIDS dentro da empresa e na sociedade como um todo envolve grandes fatores: tabus como sexo, drogas, discriminao social, entre outros. Tudo isso causa desconforto. Nos dois ambientes, trabalho e famlia, os infectados tm medo de procurar ajuda, pois, temem repreenses. Definir uma poltica e implementar aes de preveno da AIDS , sem dvida, uma obrigao da empresa, mesmo porque, custa menos prevenir do que tratar. A AIDS uma doena cara, pelo custo elevado do tratamento, a sociedade como um todo precisa investir na preveno. Apesar do nmero de bitos estar em declnio nos ltimos anos, principalmente devido ao coquetel de drogas, o nmero de pessoas infectadas continua crescendo e no Brasil a proporo de infectados de 54% so mulheres e 46% homens. Cabe a CIPA junto a direo da empresa manter uma campanha permanente de informao AIDS.

XII. ANEXO(Modelo de Comunicao de Acidente do Trabalho - CAT)

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XIII. PRINCPIOS BSICOS DA PREVENO DE INCNDIOS13.1. NORMAS BSICAS 13.1.1 A CIPA e a proteo contra incndio Uma das atribuies da Comisso Interna de Preveno de Acidentes a de estudar medidas de proteo contra incndio recomendando tais medidas ao empregador e aos Servios Especializados em Segurana e em Higiene e Medicina do Trabalho quando a empresa mantiver esses servios, cumprindo o que a lei estabelece. Essa importante atribuio ser entre vrias outras, tambm importantes, obrigaes que os membros da CIPA devem cumprir de acordo com o determinado na Portaria n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, do Ministrio do Trabalho. A proteo contra incndios procura evitar um dos graves problemas que prejudicam a segurana das pessoas, de mquinas, equipamentos e instalaes. Fazer a preveno de incndios, garantir sua proteo evitar que o fogo destruidor cause prejuzos de todas as espcies, comeando pelos mais graves que so a perda de vidas humanas ou a inutilizao de seres humanos para o trabalho. Evitar incndios , tambm, manter em funcionamento a empresa que produz artigos importantes para os consumidores, que proporcionam a muita gente a possibilidade de ter o seu sustento sem interrupes, na continuidade de uma vida normal de trabalho. O interesse de empregados e empregadores e isso pode ser notado na prpria organizao da CIPA que tem representantes do empregador e dos empregados em nmero igual. A proteo contra incndios comea nas medidas que a empresa e todos que nela trabalham tomam para evitar o aparecimento do fogo. Existem, tambm, outras importantes medidas que tm a finalidade de combat-lo logo no seu incio, evitando que ele se espalhe. A experincia dos que conviveram com o fogo j demonstrou uma verdade que deve ser aceita por todos. que a grande maioria dos incndios pode ser evitada. Controlada no seu incio. As pessoas certas, tomando providncias certas, no momento certo, evitam, impedem que um princpio de incndio se transforme em destruio completa. Pode-se concluir que a palavra de ordem prevenir e, sendo necessrio, combater o fogo com rapidez e com eficincia. Para obter os bons resultados nesse tipo de preveno preciso, antes de mais nada, ter mentalidade, ter esprito prevencionista. Isto significa ter a vontade de colaborar em defesa da prpria segurana, da segurana de outros seres humanos e de todas as instalaes onde est garantindo o trabalho de cada um. A solidariedade e o esprito de colaborao so importantes. Mas, para combater o fogo necessrio ter bons equipamentos de combate, indispensvel que se saiba como utiliz-los e preciso conhecer o inimigo que se pretende dominar, eliminar. 13.1.2 O FOGO Processos de extino Para que haja fogo devem atuar trs elementos. Combustvel aquilo que vai queimar e transforma-se; Calor que d inicio combusto; Oxignio um gs que existe no ar atmosfrico e que chamado de comburente. Esses trs elementos so denominados elementos essenciais do fogo. Isso quer dizer que, se faltar um deles, no haver fogo. Como so trs os elementos essenciais do fogo, se forem representados por trs pontos e se forem ligados ter-se- o que se chama tringulo do fogo.

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Eliminando um desses elementos, terminar a combusto, isto , a queima. Os incndios, em seu incio, so muito mais fceis de controlar e de extinguir. Quanto mais rpido o ataque s chamas, maiores sero as possibilidades de reduzi-las, de elimin-las. preciso conhecer, identificar bem o incndio que se vai combater para escolher o equipamento correto. Um erro na escolha de um extintor pode tornar intil o esforo de combater as chamas ou pode piorar a situao aumentando as chamas, espalhando-as ou criando novas causas de fogo.

13. 2. CLASSES DE INCNDIO Os incndios so divididos em quatro (4) classes:

1. CLASSE A Fogo em material combustvel slido (papel, madeira, tecidos, fibras, etc.); 2. CLASSE B Fogo em gases e lquidos inflamveis (leo, gasolina, gs liqefeito depetrleo, tinner, gs de rua, etc.);

3. CLASSE C Fogo em equipamentos eltricos energizados (com energia passando); 4. CLASSE D Fogo em metais pirofricos (magnsio, potssio, alumnio em p, etc...).FOGO CLASSE A So materiais que queimam em superfcie e profundidade. Neste tipo de fogo a melhor escolha est na retirada do calor, isto , no resfriamento. Este resfriamento se obtm com gua pura ou solues de gua com algum produto que ajude a combater as chamas. FOGO CLASSE B O fogo em lquidos inflamveis se desenvolve na superfcie dos mesmos. No h aquecimento abaixo da superfcie e no h formao de brasas. Deve-se fazer o abafamento da superfcie. Para isso, utilizam-se extintores de gs carbnico, p qumico ou espuma qumica que impedem o contato do oxignio do ar (comburente) com a superfcie em chamas. Afastando o comburente est rompido o tringulo do fogo e as chamas cessam. Em grandes tanques e em certos casos, utiliza-se espuma mecnica de equipamentos automticos ou manuais.

FOGO CLASSE C So incndios que atingem equipamentos eltricos energizados, isto , com a corrente ligada. No se pode usar qualquer tipo de produto extintor porque o operador pode ser, mesmo, eletrocutado. Estando a corrente ligada usam-se extintores de gs carbnico ou de p qumico seco. Com a corrente desligada esse incndio passa a ser combatido como se fosse das Classes A ou B, ex


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