Download - Apostila 29º Encontro Espírita sobre A Vida e a Obra de Léon Denis

Tema:

“O Mundo Invisível”

25 de março de 2016

Léon Denis

29o Encontro Espírita

sobre A Vida e a

Obra de

Informações Gerais: Centros Participantes Centro Espírita Bairro Data da Realização C.E. Antonio de Aquino Mallett 25 de março C.E. Abigail Santa Cruz 3 de abril C.E. Ismael Magalhães Bastos 3 de abril N.E. Rabi da Galileia Santa Cruz 3 de abril C.E. Bezerra de Menezes Duque de Caxias 24 de abril C.E. Casa do Caminho Taquara 24 de abril C.E. Irmão Clarêncio Vila da Penha 24 de abril N.E. Antonio de Aquino Bangu 24 de abril N.E. Léon Denis Campo Grande 24 de abril C.E. Léon Denis Cabo Frio 22 de maio Coordenação Geral: Luzia Helena Mathias Organização do conteúdo: Equipe de estudo do Encontro Diagramação e Finalização: Setor Editorial do CELD

29o Encontro Espírita sobre A Vida e a Obra de Léon Denis — EEVOLD

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O MUNDO INVISÍVEL

Tal é a tarefa do espírito humano e a sua recompensa: pelos seus longos trabalhos, habituar-se com novos sentidos, de uma delicadeza e de um poder sem limites; dominar as suas paixões brutais, fazer do espesso envoltório primitivo uma forma diáfana, resplandecente de luz. Eis a obra determinada para todos, e que todos devem perseguir através das etapas inumeráveis, na estrada maravilhosa que os mundos desenvolvem sob seus passos.

Léon Denis

APRESENTAÇÃO

Amigo encontrista, seja muito bem-vindo ao nosso 29o Encontro Espírita sobre A Vida e a Obra de Léon Denis!

Este ano estamos dando prosseguimento ao estudo do livro Depois da Morte, iniciado há dois anos com base em suas primeiras partes: “A Crise Moral” e “Os Grandes Problemas”, nos quais fomos apresentados, ou tivemos em nós reforçado, o papel que o Espiritismo é chamado a representar no teatro das revoluções porque passa a humanidade rumo à sua felicidade.

Em “A Crise Moral”, vimos que os fundamentos da Doutrina sempre estiveram presentes nas diferentes tradições religiosas, todavia ela se mostra capaz de fazer frente ao progresso do pensamento, atendendo ao raciocínio, dando-nos elementos para enfrentar a crise moral decorrente da defasagem entre tal progresso e a ausência de autoridade moral das religiões que mantêm seus princípios baseados em mistérios e práticas exteriores.

Ao estudar os grandes problemas fomos apresentados às respostas dadas pela Doutrina Espírita, as magnas questões da filosofia, que representam a busca do ser humano por si mesmo: Quem somos, de onde viemos e para onde vamos.

Tais perguntas encontram no Espiritismo respostas capazes de, uma vez consolidadas na alma, acalmar nossa angústia diante dos desafios existenciais dando-nos meios de vencê-los com aproveitamento para o espírito que, sendo imortal, prossegue em sua jornada infinita rumo à felicidade.

Uma vez apresentados aos fundamentos históricos e filosóficos da Doutrina Espírita, estamos prontos este ano para nos aproximarmos um pouco mais do Mundo Invisível.

Segue pois Denis, em sua obra a mesma proposta de divulgação adotada pelos Espíritos que ditaram a Kardec primeiro O Livro dos Espíritos e depois O Livro dos Médiuns.

Seguimos assim, conforme a orientação da espiritualidade dirigente do CELD, a trilha de Léon Denis para que tenhamos o conhecimento, o aprofundamento do conhecimento e a vivência pessoal dos postulados espíritas, que contribuem para uma tomada crescente de consciência de nosso papel no teatro da existência. Se por


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um lado ela aumenta a nossa responsabilidade, por outro se mostra eficazmente consoladora, sem que tenhamos que abrir mão da razão, pelo contrário, a razão torna-se ferramenta a ser manejada por todo aquele que busca a compreensão e a prática de seus ensinos.

É pois, com tal proposta que abordaremos o tema: o uso da razão para a construção de uma convicção cada vez mais robusta e que possa efetivamente consolar e fortalecer o ser humano diante das dores e vicissitudes da existência. Para isso, torna-se indispensável que nos tornemos capazes de perceber o mundo espiritual, nossa origem, destino e verdadeira pátria, para além das limitações dos sentidos materiais. O que é, como se verá, perfeitamente possível.

Passemos então ao estudo da Terceira Parte do livro Depois da Morte: “O Mundo Invisível”.


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CAPÍTULO 1 NOSSOS OBJETIVOS

1.a – OBJETIVO GERAL DO EEVOLD

Nosso objetivo geral tem sido divulgar a vida e a obra de Léon Denis, facili-tando a todos os interessados um entendimento mais aprofundado dos textos e uma aproximação de seus eventos biográficos com vistas ao aproveitamento de seus exemplos de vida.

No curto espaço de tempo do EEVOLD priorizamos o estudo da temática, em detrimento dos eventos biográficos do patrono. Tais eventos já foram sobejamente estudados ao longo destes quase 30 anos de Encontros. Eventualmente na sala o dinamizador poderá optar por uma breve apresentação biográfica ou à recomendação da leitura das obras que tratam da vida de Léon Denis, sendo a principal Léon Denis, o Apóstolo do Espiritismo de Gaston Luce.

No que diz respeito ao tema abordado este ano diremos que o contato com o Mundo Invisível está presente em toda a vida de Léon Denis. Tendo ele mesmo sido médium, fez parte de grupos de estudo e experimentação em sua cidade, Tours, na França. Foi assistido de perto em sua missão pelos Espíritos Jerônimo de Praga e Joana d’Arc, que através de médiuns diversos ou pelos canais da intuição, com ele se comunicaram initerruptamente.

Assim o contato com o Mundo Invisível foi uma constante na vida de Léon Denis e a tal contato, sem esquecer naturalmente o estudo incansável, se atribui sua firmeza e coragem diante das lutas da existência.

1.b – SOBRE O OBJETIVO DO 29o EEVOLD

Este ano buscaremos entender a necessidade e a possibilidade de se construir através de estudos, reflexões e vivências do Mundo Invisível, ALICERCES sobre os quais o ser encarnado possa estender PONTES para atravessar os abismos – momentos graves – da existência, atendendo ao aspecto Consolador da Doutrina Espírita.

No estudo, ao abordar a escrita e o lançamento do livro Depois da Morte por Léon Denis, será dado destaque ao objetivo do próprio Denis: levar a consolação a seus leitores, através da argumentação científica e filosófica em torno do Mundo Invisível e as consequências morais deste conhecimento.

Assim ele nos anuncia na Introdução do livro em estudo, e que aqui nos permi-timos transcrever, com vistas a deixar clara a nossa missão comum, sejamos trabalhadores ou encontristas, de tornando-nos mais fortes e perceptivos, podermos amparar e fortalecer aos nossos irmãos de caminhada.

Que a exemplo de Léon Denis o façamos movidos unicamente pelo Amor. “É essa doutrina que oferecemos aos pesquisadores de todas as ordens e todas

as classes. Ela já tem sido divulgada em numerosos volumes. Acreditamos nosso dever resumi-la nestas páginas, sob uma forma diferente, na intenção daqueles que


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estão cansados de viver como cegos, ignorando-se a si mesmos, daqueles que não se satisfazem mais com as obras de uma civilização material e inteiramente superficial, mas que aspiram a uma ordem de coisas mais elevada. É sobretudo para vós, filhos e filhas do povo, para quem a jornada é áspera, a existência difícil, para quem o céu é mais negro, mais frio o vento da adversidade; é para vós que este livro foi escrito. Não vos trará ele toda a ciência — que o cérebro humano não poderia conter — porém, será mais um degrau para a verdadeira luz. Provando-vos que a vida não é uma ironia da sorte nem o resultado de um acaso estúpido, mas a consequência de uma lei justa e equitativa, abrindo-vos as perspectivas radiosas do futuro, ele fornecerá um alvo mais nobre às vossas ações, fará luzir um raio de esperança na noite de vossas incertezas, aliviará o fardo de vossas provações, e ensinar-vos-á a não mais tremer diante da morte. Abri-o confiantemente; lede-o com atenção, porque emana de um homem que, acima de tudo, quer o vosso bem.”


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CAPÍTULO 2 ESTUDO DO MUNDO INVISÍVEL: UMA PONTE ENTRE DOIS MUN DOS

Estaremos adotando, no desenvolvimento do estudo, a metáfora da PONTE na abordagem dos textos a serem estudados, considerando-os como ALICERCES a serem criados, mantidos, fortalecidos com vistas a darem sustentação eficaz à travessia dos momentos difíceis da jornada, não só da presente encarnação, como da própria evolução do espírito como um todo.

Como já é sabido, este Encontro é o resultado de um ano de estudo pelo grupo que se reúne todos os sábados para leitura, aprofundamento e posteriormente cons-trução pedagógica da temática. Ao longo de todo um ano, na qualidade de espíritos encarnados em um mundo de provas e expiações, vimos, em alguns momentos, nossa caminhada tranquila, na sequência natural dos dias, ser interrompida por valas, precipícios e mesmo abismos, sob a forma de mudanças, perdas, doenças, dificul-dades materiais ou conflitos. Tivemos assim a oportunidade de vivenciar a necessi-dade de construir alicerces sólidos sobre os quais pudéssemos estender pontes para atravessá-los, senão sem sofrimento, pelo menos sem desespero e desistência que apenas agravam as situações.

Assim a partir de uma inspiração e de vivências pessoais, elegemos esta metá-fora — a ponte luminosa — para a abordagem do tema proposto.

Vamos então, a seguir, explicá-la melhor. 2.a – O espírito reencarnado como CAMINHANTE entre dois mundos

Quando vamos caminhando por uma estrada, sem nos depararmos com bruscas interrupções ou abismos a serem atravessados não sentimos, obviamente a necessi-dade de pontes. Assim também caminhamos pela vida, despreocupados das questões mais graves da existência, sem pensar em seu significado nem prepararmo-nos para ultrapassá-las. Todavia, tais questões se nos impõem ao espírito por mais que se tente fugir delas, evitando-se refletir sobre o sentido que possam ter em nossa vida, aturdindo-nos com intermináveis situações de menor significado, como se tudo fosse permanecer imutável para sempre: o corpo, as pessoas à nossa volta, os papéis desempenhados na sociedade, o trabalho profissional ou na casa espírita, os relacio-namentos, a situação socioeconômica, etc.

Sem tomar consciência de que é o CAMINHANTE de uma estrada imprevisível e mutante, o ser vai seguindo acreditando que tudo está sob controle, empurrando a reflexão sobre as coisas mais difíceis para mais tarde, distraindo-se com o que Léon Denis chamou de “banalidades cotidianas”.

Muitos são os que se aturdem com vícios e comportamentos próximos da loucura, destroem o corpo prematuramente e anulam qualquer possibilidade de com-preensão do verdadeiro sentido da vida, de descobrirem quem são e o que fazem aqui, consumindo em angústia o tempo que deveria estar sendo empregado para a construção da própria felicidade.


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Existem, sem dúvida, aqueles que se encontram matriculados nas mais rudes escolas de sofrimento, em processo mais intenso de transformação o que, em verdade, aguarda a todos que se desviam por demais da rota ou se demoram estacionários nos abismos do orgulho e do egoísmo, contrariando sua destinação evolutiva. Tais caminhos são comparáveis, não a estradas, mas a escaladas, a desafiarem a herança divina latente em todos os espíritos e o despertar do amor, da solidariedade, da coragem nos corações.

Quando surgem na estrada os precipícios abruptos, interrupções de percurso, situações que se apresentam de forma que não podem ser ignoradas, contornadas, caso não haja uma PONTE, ainda que precária, mas funcional, o caminhante não poderá atravessá-los e terá que descer ao vale e escalar a outra margem para poder continuar sua viagem; uma vez que ela não existe para o caminhante espiritual, não há a possibilidade de permanecer estacionário indefinidamente nem retroceder sobre os próprios passos.

A caminhada da maioria de nós, prisioneiros do que nos é VISÍVEL, reclama de nossa parte um esforço evolutivo, inspirados no exemplo daqueles que já conso-lidaram PONTES firmes e seguras, pelas quais atravessam as situações mais comple-xas que se abrem a seus pés. Tais missionários demonstram para a Humanidade que o espírito pode caminhar com segurança e produtividade, quando dilatando suas percepções penetra o Mundo Invisível, ao qual pertence e do qual nunca se ausenta.

É tudo uma questão de, como nos diz Denis, o espírito pelos seus longos traba-lhos, habituar-se com novos sentidos, de uma delicadeza e de um poder sem limites, tomar consciência de sua verdadeira natureza, cuja porção visível é a menos impor-tante e significativa.

Colocando esta ideia sob a forma de perguntas, podemos dizer que o 29o EEVOLD buscará responder:

— Qual a PONTE capaz de fazer com que o caminhante atravesse o(s)

precipício(s) existenciais, diminuindo o risco de despencar na tristeza, na de-pressão, na paralisação, nas quedas que o obrigariam a subir penosamente a escarpa do outro lado para poder prosseguir sua jornada?

— Quais os ALICERCES desta PONTE, como construí-los e mantê-los

fortes? Para responder a estas perguntas, com base no conteúdo dos capítulos da

Terceira Parte de Depois da Morte, os mesmos foram reunidos em três grandes grupos de temática comum, de modo a se constituírem em três ALICERCES, a serem construídos, ou reforçados, em nossos espíritos e compartilhados nos grupos de estudo.

2.b – Uma PONTE entre os dois mundos e seus ALICERCES

Como já foi dito, como encarnados, nosso caminho é no mundo material (VISÍVEL), mas a nossa natureza é espiritual, logo nunca deixamos de pertencer ao


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mundo espiritual (INVISÍVEL ) com o qual nos comunicamos de diferentes modos e cujos pontos de contato vão sendo cada vez mais estudados, tornados conhecidos e experimentados por cientistas, sensitivos e pessoas comuns em busca de respostas, como nós que nos debruçamos sobre a obra de Léon Denis, por exemplo.

A maioria de nós caminha distraída pelas situações materiais e não dá atenção à sua verdadeira natureza – espiritual – e destinação – a felicidade. Ocupa-se apenas do que é visível em sua caminhada. Sua verdadeira natureza é espiritual e portanto invisível, sua destinação segue para além da vida material, logo é também invisível, quando observada do ponto de vista atual.

Dar atenção a um assunto significa observá-lo cuidadosamente, estudá-lo; refletir sobre suas consequências e experimentá-lo pondo à prova suas premissas.

No caso específico do nosso estudo, que nos convida a dar toda a atenção possível ao mundo invisível, cumpre:

— ESTUDAR os fatos pesquisados, e que confirmam a natureza espiritual do

homem. — EXPERIMENTAR E VALORIZAR as ocorrências extrafísicas, mais ou

menos exuberantes, que ocorrem cotidianamente. — REFLETIR E APLICAR as consequências de tais conhecimentos e

experiências, às situações existenciais as quais se encontra submetido. Por tais processos, pretende-se aumentar, gradativamente a consciência do

encarnado da existência do Mundo Invisível ao qual pertence, fortalecendo sua convicção na própria natureza, destinação e da continuidade de sua caminhada, como espírito imortal.

Tal convicção se amplia com a percepção do fato de que sua caminhada nunca é solitária nem destituída de objetivo, estando suas companhias e alvos sublimes apenas invisíveis aos seus olhos materiais.

Logo o estudo, a atenção às experiências extrafísicas e a aplicação na vida diária de suas consequências morais acentuam a consciência da realidade do Mundo Invisível do qual o Mundo Material é apenas um reflexo.

Chamamos, pois, de alicerces ao conhecimento; as experiências pessoais do mundo invisível e as interferências de ambos conhecimento e experiência (aplica-ções) nos movimentos que fazemos no mundo corporal ou visível.

Neste EEVOLD iremos checar nossos alicerces, e de um modo geral, fortale-cer-lhes as estruturas, com vistas à sustentação de pontes, com as quais possamos atravessar os momentos de prova e de mudanças constantes, a serem percorridos por nós, espíritos imortais, a caminho da luz.


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CAPÍTULO 3. TEMÁRIO

Apresentamos a seguir, para que você tenha a visão geral do estudo, a distribuição didática a ser adotada no Encontro:

TEMA 1 – Checando o ALICERCE das EXPERIÊNCIAS com o MUNDO INVISÍVEL ,

espontâneas ou em trabalho mediúnico que tivemos até aqui. Incluem-se aqui sonhos, premonições, “coincidências” e insights criativos.

ATIVIDADE PROPOSTA: Troca de Experiências com breve apresentação

dos postulados básicos que as explicam. TEXTOS: Capítulos sobre “Os Fenômenos Espíritas”: XVIII; XXI; XXII

e XXIII Fenômenos Espíritas O Perispírito ou Corpo Fluídico Os Médiuns A Evolução Anímica e Perispiritual TEMA 2 – Checando o ALICERCE do CONHECIMENTO do MUNDO INVISÍVEL

adquirido até aqui. ATIVIDADE PROPOSTA: Visita à Linha do Tempo — Uma breve história

da pesquisa em torno dos fenômenos que comprovam a existência do Mundo Invisível.

Textos: Capítulos sobre abordagens científicas do estudo de O MUNDO

INVISÍVEL A Natureza e a Ciência. CAP. XV; XVI; XVII A Natureza e a Ciência Matéria e Força. Princípio Único das Coisas Os Fluidos. O Magnetismo Histórico da Pesquisa do Fenômeno Espírita (XIX; XX; XXV) Testemunhos Científicos O Espiritismo na França O Espiritismo e a Ciência TEMA 3 – Checando o ALICERCE das APLICAÇÕES no mundo visível dos

CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS com o Mundo Invisível. ATIVIDADE PROPOSTA: Rodas Filosóficas


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Textos: Capítulos sobre as consequências Filosóficas e Morais (XXIV;

XXVI; XXVII; XXVIII) Consequências Filosóficas e Morais Perigos do Espiritismo Charlatanismo e Venalidade Utilidade dos Estudos Psicológicos


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CAPÍTULO 4 DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA

Esta apostila será usada nos momentos de leitura, a pedido do dinamizador, devendo-se evitar ficar lendo ao longo do Encontro, para poderem aproveitar melhor a ambiência, as trocas de experiências, e a oportunidade de abrir seu pensamento às aplicações práticas do aprendizado, ou seja, as suas próprias situações existenciais.

Caso tenha ficado alguma dúvida da leitura prévia da apostila, pede-se que a mesma seja trazida ao dinamizador, ou à coordenação, nos intervalos do estudo, e, em sendo necessário, este fará o esclarecimento para os demais.

TEMA 1 – Checando o ALICERCE das EXPERIÊNCIAS com o MUNDO INVISÍVEL ,

espontâneas ou em trabalho mediúnico que tivemos até aqui. Incluem-se aqui sonhos, premonições, “coincidências” e insights criativos.

O trabalho será desenvolvido em dois momentos: troca de experiência e consolidação dos princípios doutrinários nelas envolvidos.

Você já pode ir fazendo um trabalho de resgate das próprias experiências, anotá-las num caderno, trazer as que achar mais significativas para compartilhar, ou apenas lembrá-las, sejam recentes ou remotas.

Será que tem procurado compreender cada fenômeno vivenciado, seja uma comunicação, uma intuição, uma vidência, uma cura, etc., à luz da Doutrina Espírita? Este resgate e esta compreensão fizeram diferença em sua vida?

É que no Encontro estaremos fazendo juntos e é o que você já pode ir pensando, enriquecendo o diálogo com suas experiências, contribuindo para a consolidação deste ALICERCE em todos os corações presentes, nos dois planos da vida.

PERGUNTA INSTIGADORA: Como você vivencia o Mundo Invisível?

Tem dado atenção a tais experiências? Tem elas influenciado sua percepção de si mesmo e dos acontecimentos de vida?

Como tais experiências se tornam possíveis? Os conceitos de PERISPÍRITO, FLUIDO, MAGNETISMO E MEDIUNIDADE servem à

compreensão dos fenômenos vivenciados e se encontram nos capítulos: “Fenômenos Espíritas”. “O Perispírito ou Corpo Fluídico”. “Os Médiuns”. A Evolução Anímica e Perispiritual dos quais selecionamos os seguintes trechos:

Perispírito:

Assim como dissemos precedentemente, durante a vida corporal como após a morte, a alma está constantemente revestida de um invólucro fluídico, mais ou menos sutil ou etéreo, que Allan Kardec chamou de perispírito, ou corpo espiritual.


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O perispírito serve de laço entre o corpo e a alma; transmite-lhe as impressões dos sentidos e comunica ao corpo as vontades do espírito. No momento da morte, des-prende-se da matéria tangível, abandona o corpo às decomposições do túmulo, mas, inseparável da alma, conserva a forma exterior de sua personalidade.

O perispírito é, pois, um organismo fluídico; é a forma preexistente e sobrevi-vente do ser humano, o substratum sobre o qual modela-se o envoltório carnal, como uma veste invisível, formada de uma matéria quintessenciada, que atravessa todos os corpos, por mais impenetráveis que nos pareçam.

O perispírito conserva todas as aquisições do ser vivo. É no cérebro desse corpo espiritualizado que os conhecimentos se armazenam e se imprimem em linhas fosforescentes e sobre ele é que se modela e se forma o cérebro da criança, na reencarnação. Assim, o bem intelectual e moral do espírito, longe de se perder, capi-taliza-se e se engrandece com suas existências. Daí, as aptidões extraordinárias que trazem, ao nascer, alguns seres precoces, particularmente dotados.

Fluido Cósmico Universal:

É através dos fluidos mais ou menos sutis que o perispírito se comunica com a alma e se religa ao corpo. Esses fluidos, embora invisíveis, são vínculos poderosos que o acorrentam à matéria, do nascimento até a morte, e mesmo, para os sensuais, até a dissolução do organismo.

O fluido vital, do qual o perispírito é a fonte, representa um papel considerável na economia. Sua existência, seu modo de ação podem explicar muitos problemas patológicos.

Ao mesmo tempo agente de transmissão das sensações externas e impressões íntimas é comparável ao fio telegráfico, que percorre uma corrente dupla.

Sonhos

Esse corpo espiritual é um verdadeiro reservatório de fluidos, que a alma coloca em ação pela vontade. É ele que, no sono comum, como no sono provocado, desliga-se do corpo material, transporta-se a distâncias consideráveis e, na obscuri-dade das noites como na claridade do dia, vê, observa, ouve coisas que o corpo não poderia conhecer (cap. XXI).

Mediunidade:

De igual modo, os espíritos ou almas desencarnadas podem, pela vontade, dirigir correntes magnéticas sobre alguns seres humanos, influenciar seus órgãos e, por seu intermédio, comunicar-se com os habitantes da Terra. Esses seres, especial-mente aptos, pela delicadeza e pela sensibilidade do seu sistema nervoso, na mani-festação dos espíritos, trazem o nome de médiuns. Suas aptidões são múltiplas e variadas.


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Os médiuns são os sensitivos, os clarividentes, aqueles cuja visão atravessa o nevoeiro opaco que nos esconde os mundos etéreos e que, através de um esclareci-mento, chegam a entrever alguma coisa da vida celeste. Há até aqueles que têm a faculdade de ver os espíritos, deles ouvir a revelação das leis superiores.

Somos todos médiuns, é verdade, mas em graus bem diferentes. Muitos o são e o ignoram. Não há homens sobre os quais a influência, boa ou má, dos espíritos, não aja. Vivemos no meio de uma multidão invisível que assiste, silenciosa, atenta, aos detalhes da nossa existência, participa pelo pensamento dos nossos trabalhos, das nossas alegrias, das nossas dores. Todos os escritores conhecem as horas de inspi-ração, em que seu pensamento ilumina-se com claridades inesperadas, onde as ideias correm como uma torrente sob sua pluma.

Qual de nós, nos momentos de tristeza, de abatimento, de desespero, não se sentiu reanimado, reconfortado por uma ação íntima e misteriosa? E os inventores, os pioneiros do progresso, todos aqueles que lutam para engrandecer o domínio e o poder da Humanidade, todos aqueles, não se beneficiaram do socorro invisível que nossos mais velhos sabem lhes trazer nas horas decisivas? Escritores subitamente inspirados, inventores frequentemente esclarecidos, são, igualmente, médiuns intuiti-vos e inconscientes.

Leis da Comunicação:

A existência do perispírito e das leis da mediunidade nos indicam com a ajuda de meios que se exerce, através das idades, a ação dos espíritos sobre os homens (cap. XXII).

Tema 2 – Iremos visitar a LINHA DO TEMPO , cujos marcos dão notícia da

busca do homem pela comprovação do Mundo Invisível, desde as irmãs Fox até os dias atuais.

Na nossa linha do tempo, poderemos relembrar eventos conhecidos, tomar

conhecimento de eventos de que não tínhamos notícia, fortalecendo o alicerce do conhecimento da Ciência, que de forma alguma é materialista, como afirma Sérgio Felipe de Almeida. O que é fato é que existem cientistas materialistas, como os há espíritas e espiritualistas em geral.

A busca da verdade jamais cessa e Léon Denis através da vasta pesquisa relatada nos capítulos XV as XXV de Depois da Morte nos dá notícia da necessidade de estarmos atentos a seus esforços e desenvolvimentos para construir um alicerce sólido à nossa convicção.

Seguem-se alguns desses marcos, aqui a título de ilustração e que se propõem à incentivar de nossa parte a contínua pesquisa e estudo da fenomenologia espírita.


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Ano: 1848 Evento: Nos Estados Unidos da América, manifestações espíritas atraíram a

atenção pública. Pancadas ecoam em várias residências, móveis deslocam-se sob a ação de uma força invisível, mesas agitam-se e golpeiam, ruidosamente, o solo. Combinando-se as letras do alfabeto com o número de pancadas, uma espécie de telegrafia espiritual estabeleceu-se e a força oculta, pôde conversar com os assistentes.

Ano 1853 Evento: O fenômeno das mesas girantes chega a Paris e invade os salões

aristocráticos. Ano: 1857 Evento: O Sr. Allan Kardec publica em Paris O Livro dos Espíritos:


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Ano: 1865 Evento: Russel Wallace investiga os fenômenos das mesas girantes tão em

voga na Europa; a mediunidade de Mr. Marshall, de Mr. Cuppy e outros e afirmam que as comunicações com espíritos "são inteiramente comprovadas tão bem como quaisquer fatos que são provados em outras ciências".

Ano 1874 Evento: William Crookes estudou os médiuns Kate Fox, Florence Cook, e

Daniel Dunglas Home e testemunhou fenômenos de movimento de corpos a distância, tiptologia, alteração de peso dos corpos, levitação, aparência de objetos luminosos, aparência de figuras fantasmagóricas, aparência de escrita sem intervenção humana e outras circunstâncias que "sugerem a atuação de uma inteligência externa.

29o Encontro Espírita sobre A Vida e a Obra de Léon Denis

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Ano 1887 Evento: Em 1887, o Dr. Paul Gibier, aluno de Pasteur

diretor do Instituto Antirrábico de Nova York, publicou duas obras: Faquirismo Ocidental e Análise das Coisas.

Ano 1891 Evento: No apartamento de Cesar Lombroso

pesquisadores, estudam os fenômenos espíritas através da mediunidade de Palladino.

Ano 1895 Evento: Morte de Louis Pasteur cientista e espiritualista.É lembrado por suas notáveis descobertas das causas e prevenções de doenças.

Entre seus feitos mais notáveis pode-se citar a redução da mortalidade e a criação da primeira vacina contra a raiva (antirrábica). Seus experimentos deram fundamento para a teoria microbiológica da doença.

É de Pasteur a frase “ pouca ciência nos afasta de Deus, muita ciência nos aproxima”.

A Vida e a Obra de Léon Denis — EEVOLD

Dr. Paul Gibier, aluno de Pasteur e que se tornou diretor do Instituto Antirrábico de Nova York, publicou duas obras: O Espiritismo ou

Cesar Lombroso, Ernesto Bozzano e outros pesquisadores, estudam os fenômenos espíritas através da mediunidade de Eusapia

cientista e espiritualista. É lembrado por suas notáveis descobertas das causas e prevenções de doenças.

se citar a redução da mortalidade e a criação da (antirrábica). Seus experimentos deram fundamento

É de Pasteur a frase “ pouca ciência nos afasta de Deus, muita ciência nos


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Ano 1905 Evento: Charles Robert Richet médico fisiologista francês, presidente da

Sociedade de Investigações Psíquicas de Londres propõe o nome de Metapsíquica ao conjunto de conhecimentos paranormais que vêm sendo pesquisados.

Ano: 1959 Evento: primeiro registro da Transcomunicação — ou Comunicação do

Mundo Invisível através de aparelhos eletrônicos. A obtenção de comunicações de Espíritos, através de um gravador de áudio,

teve início em Estocolmo, Suécia com Friedrich Jurgenson que costumava colecionar cantos de pássaros e acidentalmente gravou as primeiras comunicações espirituais.

Na atualidade são usados equipamentos de filmagem e computadores.

Ano 1975 Evento: Estudos Comprovatórios da Reencarnação 1 O Dr. Ian Stevenson, cientista e professor da Universidade da Virgínia começa

a publicar seus trabalhos sobre reencarnação, continuidade da personalidade após a morte e relacionamento mente-cérebro.


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Ano 1995 Evento: A teoria das cordas foi criada pelo físico nipo-americano Michio

Kaku. Sua teoria afirma que os blocos de construção essenciais de todas as matérias, bem como de todas as forças físicas do Universo — como a gravidade — existem em um nível subquântico. Esses blocos de construção lembrariam pequenas tiras de borracha — ou cordas — que formam os quarks (partículas quânticas) e, por vezes, os elétrons, átomos, células e assim por diante.


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Pesquisa científica atual e o Mundo Invisível O tipo de matéria que é criada pelas cordas e como tal matéria se comporta

depende da vibração dessas cordas. É dessa forma que todo nosso Universo é composto e, segundo a teoria das cordas, essa composição acontece por meio de 11 dimensões separadas.

Assim como a teoria dos Muitos Mundos, a teoria das cordas demonstra que existem universos paralelos. Segundo essa teoria, nosso próprio Universo é como uma bolha que existe lado a lado de universos paralelos semelhantes. Ao contrário da teoria dos Muitos Mundos, a teoria das cordas supõe que esses universos podem entrar em contato entre si. Ela afirma que a gravidade pode fluir entre esses universos paralelos. Quando esses universos interagem, acontece um Big Bang semelhante ao que criou nosso Universo.

Ano: 2000 (data aproximada) Evento: Estrutura física da Mediunidade Sérgio Felipe de Almeida realiza Estudos da Glândula Pineal e Mediunidade a

partir da obra de André Luiz. Afirma ele que desde seu ingresso na faculdade de Medicina, correu atrás das questões do espiritual, da alma e de como elas se integram ao corpo.


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Ano 2007 Evento: Publicado A Biologia da Crença de Bruce Lipton Nesta obra, o cientista norte-americano Bruce Lipton se propõe a explicar não

apenas como todas as células do corpo são influenciadas pelo pensamento, mas também pretende comprovar a reencarnação através das novas questões da epigenética.

Ano: 2010 Evento: Mais recente Experiência de Quase Morte Publicado o livro Uma Prova do Céu, escrito pelo Dr. Eben Alexander,

neurocirurgião de Harvard, que vivenciou experiências em outro plano de consciên-cia fora do corpo, estando em coma.

Ano 2010 Evento: Francisco de Biase propõe “A Mente Quântica” Graças às modernas pesquisas em Neurociências, Neuroimagem, Física

Quântico-Holográfica, Teoria da Informação Quântica, Psicologia Transpessoal, Inteligência Artificial, Auto-organização de Sistemas Complexos e Filosofia da Mente, a consciência se tornou um dos principais temas de estudo e discussão da Ciência contemporânea.


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Ano 2012 Evento: Do átomo ao Arcanjo tudo se Encadeia Phillip Low, pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts

Institute of Technology) e mais 25 pesquisadores entendem que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos também existem nos animais. A Declaração de Cambridge sobre a Consciência em animais não humanos foi proclamada publicamente em Cambridge, Reino Unido, em 7 de julho de 2012, na conclusão da Conferência, no Churchill College, Universidade de Cambridge.

No retorno à Linha do Tempo, podemos tecer que comentários em torno do

que foi visto na exposição, propondo que este alicerce seja sempre reforçado pela atenção continuada das pesquisas que comprovam o Mundo Invisível.

Os recursos disponíveis para o reforço deste alicerce são publicações científicas, palestras, noticiários, livros, revistas, documentários, etc., à disposição daqueles que se apercebem da importância de se ter um conhecimento consistente que atenda à razão e ao pensamento em evolução.


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Checando o alicerce das APLICAÇÕES no mundo visível dos CONHECI -MENTOS E EXPERIÊNCIAS do Mundo Invisível realizados até aqui

Pergunta: O Conhecimento adquirido e as Experiências vividas do Mundo

Invisível têm feito alguma diferença em sua vida? Transcreveremos, aqui, textos selecionados dos capítulos já mencionados na

apresentação, para que você possa refletir sobre eles, antes e depois do Encontro, fortalecendo sua disposição à aplicação dos conhecimentos doutrinários.

A aplicação dos conhecimentos doutrinários no alternar das experiências da vida entre comuns, felizes ou tristes, nas quais eles se comprovam fortalecendo o alicerce da prática pessoal.

Do cap. XXVIII

“O papel do Espiritismo é grande e suas consequências morais são incalculá-veis. Ele data apenas de ontem; e, entretanto, quantos tesouros de consolação e de esperança já não espalhou no mundo! Quantos corações entristecidos, frios, não aqueceu, reconfortou! Quantos desesperados detidos à beira do suicídio! Seu ensino, bem compreendido, pode acalmar as aflições mais vivas, dar a todos a força da alma, a coragem na adversidade! O Espiritismo é, pois, ao mesmo tempo que uma síntese potente das leis físicas e morais do Universo, um meio de regeneração e de adiantamento; infelizmente, pouquíssimos homens interessam-se ainda pelo seu estudo. A vida da maioria é uma carreira frenética para os bens ilusórios. Apres-samo-nos, tememos perder nosso tempo com coisas que consideramos supérfluas; e perdemo-lo, realmente, prendendo-nos ao que é efêmero. Na sua cegueira, o homem desdenha o que o faria tão feliz quanto se pode ser nesse mundo, quer dizer, fazer o bem e criar em torno de si uma atmosfera de paz, de calma e de serenidade moral.”

Do cap. XXVII

“(...) inúmeros falsos médiuns, exploradores de todos os graus, procuraram no Espiritismo um meio de fazer dinheiro.”

“A produção dos fenômenos sendo devida à ação livre dos espíritos, não se

poderia contar com uma intervenção permanente e regular de sua parte. Espíritos elevados não poderiam prestar-se a fins interesseiros, e o menos que se pode temer, em caso semelhante, é de cair sob a influência de espíritos frívolos e zombadores. Uma tendência fatal levará o médium remunerado, na ausência de fenômenos reais, a simulá-los.”


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Do cap. XXVI

“Cada passo lembra ao homem seu pouco saber. Nossas conquistas científicas são apenas resumos provisórios, superiores à ciência de nossos pais, mas que subs-tituirão descobertas e novos conhecimentos. O tempo presente não é senão uma etapa na grande viagem da Humanidade, um ponto na história das gerações. A utopia da véspera torna-se a realidade do amanhã. Pode-se vangloriar de se ter contribuído para aumentar a bagagem intelectual do passado; não se deve nunca dizer: o que ignoro ficará sempre oculto. — Comparemos o modesto domínio da Ciência ao infinito das coisas, aos campos sem-limites do desconhecido que nos resta explorar. Essa comparação ensinar-nos-á a sermos mais circunspectos nos nossos julgamentos.”

Do cap. XXIII

“A Doutrina Espírita vem oferecer uma base sólida à fé, uma sanção à moral, um estimulante à virtude. Faz do progresso o próprio objetivo da vida e a lei superior do Universo. Põe um fim ao reinado da graça, do arbítrio e da superstição, mostrando na elevação dos seres, o resultado dos seus próprios esforços. Ensinando que uma igualdade absoluta e uma solidariedade estreita ligam os homens, através de suas vidas coletivas, dá um golpe vigoroso no orgulho e no egoísmo, esses dois monstros que nada, até então, tinham podido dominar ou reduzir.”


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DESPEDIDAS Ao longo do EEVOLD reforçamos nossos alicerces sobre os quais poderemos

lançar PONTES para atravessar os momentos mais difíceis da existência, que parecem abrir abismos sob os nossos pés, mas tal tarefa deve ser constante, fazendo com que a consciência do MUNDO INVISÍVEL se amplie e faça parte efetiva, do dia a dia, da nossa experiência reencarnatória.

Esperamos que você tenha tido um dia proveitoso, fazendo boas reflexões, e leve consigo, para o prosseguimento de sua trajetória espiritual, fazendo luz para seus companheiros de jornada.

Que fazendo, ou consolidando sua amizade com Léon Denis possa ter, nesse espírito forte e inspirado, um professor de confiança, em todos os momentos, principalmente naqueles de maior dificuldade.

Que todos tenham tido um bom estudo!


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ANEXO Textos para fechar as discussões. Eles serão aqui transcritos para, caso o dinamizador solicite, você possa

acompanhar e participar da leitura em sala. Tema 1 – Alicerce das Experiências Pessoais ou Troca de Experiências do

Mundo Invisível

“Mas não é necessário ser um sábio de primeira ordem para constatar a existência de fatos que caem sob os sentidos e são dessa forma sempre verificáveis. Qualquer um, com um pouco de perseverança e de sagacidade, colocando-se nas condições necessárias, poderá observá-los e formar sobre eles uma opinião esclare-cida (cap. XVIII).

Sabemos, todavia, que esse mundo oculto reage constantemente sobre o mundo corporal. Os mortos influenciam os vivos, guiam-nos, inspiram-nos à sua vontade. Os espíritos se atraem em razão de suas afinidades. Os que se despojaram da vestimenta de carne, assistem os que dela ainda estão revestidos.

Os espíritos superiores só se manifestam nos casos em que sua presença pode ser útil e facilitar nossa melhoria. Fogem das reuniões barulhentas e só se dirigem aos homens animados de puras intenções. Nossas regiões obscuras pouco lhes convêm. Desde que possam, voltam para os meios menos carregados de fluidos grosseiros, mas, apesar da distância, não cessam de velar pelos seus protegidos” (cap. XXVI).

Embasamento Doutrinário Referente à Troca de Experiências: Perispírito:

“Assim como dissemos precedentemente, durante a vida corporal como após a morte, a alma está constantemente revestida de um invólucro fluídico, mais ou menos sutil ou etéreo, que Allan Kardec chamou de perispírito, ou corpo espiritual. O perispírito serve de laço entre o corpo e a alma; transmite-lhe as impressões dos sentidos e comunica ao corpo as vontades do espírito. No momento da morte, desprende-se da matéria tangível, abandona o corpo às decomposições do túmulo, mas, inseparável da alma, conserva a forma exterior de sua personalidade.

O perispírito é, pois, um organismo fluídico; é a forma preexistente e sobrevi-vente do ser humano, o substratum sobre o qual modela-se o envoltório carnal, como uma veste invisível, formada de uma matéria quintessenciada, que atravessa todos os corpos, por mais impenetráveis que nos pareçam.

O perispírito conserva todas as aquisições do ser vivo. É no cérebro desse corpo espiritualizado que os conhecimentos se armazenam e se imprimem em linhas fosforescentes e sobre ele é que se modela e se forma o cérebro da criança, na


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reencarnação. Assim, o bem intelectual e moral do espírito, longe de se perder, capitaliza-se e se engrandece com suas existências. Daí, as aptidões extraordinárias que trazem, ao nascer, alguns seres precoces, particularmente dotados.”

Fluido Cósmico Universal:

“É através dos fluidos mais ou menos sutis que o perispírito se comunica com a alma e se religa ao corpo. Esses fluidos, embora invisíveis, são vínculos poderosos que o acorrentam à matéria, do nascimento até a morte, e mesmo, para os sensuais, até a dissolução do organismo.

O fluido vital, do qual o perispírito é a fonte, representa um papel considerável na economia. Sua existência, seu modo de ação podem explicar muitos problemas patológicos.

Ao mesmo tempo agente de transmissão das sensações externas e impressões íntimas é comparável ao fio telegráfico, que percorre uma corrente dupla”.

Sonhos

“Esse corpo espiritual é um verdadeiro reservatório de fluidos, que a alma coloca em ação pela vontade. É ele que, no sono comum, como no sono provocado, desliga-se do corpo material, transporta-se a distâncias consideráveis e, na obscuri-dade das noites como na claridade do dia, vê, observa, ouve coisas que o corpo não poderia conhecer” (cap. XXI).

Mediunidade:

“De igual modo, os espíritos ou almas desencarnadas podem, pela vontade, dirigir correntes magnéticas sobre alguns seres humanos, influenciar seus órgãos e, por seu intermédio, comunicar-se com os habitantes da Terra. Esses seres, especial-mente aptos, pela delicadeza e pela sensibilidade do seu sistema nervoso, na mani-festação dos espíritos, trazem o nome de médiuns. Suas aptidões são múltiplas e variadas.

Os médiuns são os sensitivos, os clarividentes, aqueles cuja visão atravessa o nevoeiro opaco que nos esconde os mundos etéreos e que, através de um esclareci-mento, chegam a entrever alguma coisa da vida celeste. Há até aqueles que têm a faculdade de ver os espíritos, deles ouvir a revelação das leis superiores.”

“Somos todos médiuns, é verdade, mas em graus bem diferentes. Muitos o são e o ignoram. Não há homens sobre os quais a influência, boa ou má, dos espíritos, não ajam. Vivemos no meio de uma multidão invisível que assiste, silenciosa, atenta, aos detalhes da nossa existência, participa pelo pensamento dos nossos trabalhos, das nossas alegrias, das nossas dores. Todos os escritores conhecem as horas de inspiração, em que seu pensamento ilumina-se com claridades inesperadas, onde as ideias correm como uma torrente sob sua pluma.


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Qual de nós, nos momentos de tristeza, de abatimento, de desespero, não se sentiu reanimado, reconfortado por uma ação íntima e misteriosa? E os inventores, os pioneiros do progresso, todos aqueles que lutam para engrandecer o domínio e o poder da Humanidade, todos aqueles, não se beneficiaram do socorro invisível que nossos mais velhos sabem lhes trazer nas horas decisivas? Escritores subitamente inspirados, inventores frequentemente esclarecidos, são, igualmente, médiuns intuiti-vos e inconscientes.”

Leis da Comunicação:

“A existência do perispírito e das leis da mediunidade nos indicam com a ajuda de meios que se exerce, através das idades, a ação dos espíritos sobre os homens” (cap. XXII).

Tema 2 – Alicerce do Conhecimento ou Linha do Tempo TEORIA DO TUDO

“O espírito humano encaminha-se lentamente, às vezes, mesmo inconsciente-mente, para o conhecimento de um princípio único, fundamental, em que se unem a substância, a força e o pensamento, de uma Potência cuja grandeza e majestade o encherão, um dia, de surpresa e admiração (cap. XVI).

A Ciência do futuro explorará essas profundezas e aí encontrará a solução dos problemas da unidade de substância e das forças diretoras do Universo.” (cap. XVI).

SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO À MORTE CORPORAL

“As relações seculares dos homens e dos espíritos, confirmadas, explicadas através das recentes experiências do Espiritismo, demonstram a sobrevivência do ser sob uma forma fluídica mais perfeita” (cap. XXIII).

EVOLUÇÃO / REENCARNAÇÃO

“Essa forma indestrutível, companheira e serva da alma, testemunha de suas lutas e de seus sofrimentos, participa, como vimos, de suas peregrinações, eleva-se e purifica-se com ela. Formado nas regiões inferiores, o ser perispiritual escala lenta-mente a escada das existências. Primeiramente, não é, senão, um ser rudimentar, um esboço incompleto. Tendo chegado à humanidade, começa a refletir sentimentos mais elevados; o espírito irradia com mais poder, e o perispírito clareia-se com novas luzes. Vidas após vidas, à medida que suas faculdades se ampliam, que as aspirações se depuram, que o campo dos conhecimentos se engrandece, enriquece-se com novos


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sentidos. Cada vez que uma encarnação termina, como uma borboleta liberta-se de sua crisálida, o corpo espiritual desprende-se dos seus andrajos de carne.”

“A dúvida não é mais possível. O homem é imortal. A morte é apenas uma

mudança de estado. Desse fato e do ensino dos espíritos, destaca-se, ainda, a certeza da pluralidade das nossas existências terrestres. A evolução do ser, através de suas vidas de renascimentos, edificando ele próprio seu futuro, construindo pelos seus atos cada dia, tanto no seio da vida inferior, quanto nas humanidades felizes, a identidade de origem e fins para todos, o aperfeiçoamento gradual, fruto dos traba-lhos executados, das provas suportadas, tudo isso nos mostra os princípios eternos da justiça, de ordem, de progresso que reinam nos mundos, regulando o destino das almas, segundo leis sábias, profundas, universais” (cap. XXIV).

LEMBRANÇAS DE VIDAS PASSADAS

“A alma encontra-se, inteira e livre e, considerando o manto fluídico que a recobre, em seu aspecto esplêndido ou miserável, constata seu próprio estado de progresso.

Assim como o carvalho guarda em si a marca de seus desenvolvimentos anuais, o perispírito também conserva, sob suas aparências presentes, os vestígios das vidas anteriores, estados percorridos sucessivamente. Esses vestígios repousam em nós, muitas vezes esquecidos; mas desde que sejam evocadas, desperta-se a lembrança, reaparecem como outras tantas testemunhas, balizam a estrada longa e penosamente percorrida” (cap. XXIII).

“Cada passo lembra ao homem seu pouco saber. Nossas conquistas científicas são apenas resumos provisórios, superiores à ciência de nossos pais, mas que substituirão descobertas e novos conhecimentos. O tempo presente não é senão uma etapa na grande viagem da Humanidade, um ponto na história das gerações. A utopia da véspera torna-se a realidade do amanhã. Pode-se vangloriar de se ter contribuído para aumentar a bagagem intelectual do passado; não se deve nunca dizer: o que ignoro ficará sempre oculto.”

“Comparemos o modesto domínio da Ciência ao infinito das coisas, aos campos sem-limites do desconhecido que nos resta explorar. Essa comparação ensinar-nos-á a sermos mais circunspectos nos nossos julgamentos” (cap. XXV).

Tema 3 – O ALICERCE das APLICAÇÕES no mundo visível dos CONHE-

CIMENTOS E EXPERIÊNCIAS do Mundo Invisível realizados até aqui “Os fatos espíritas estão cheios de consequências filosóficas e morais. Trazem

a solução, tão clara quanto completa, dos maiores problemas que têm perturbado, através dos séculos, os sábios e pensadores de todos os países: o problema da nossa


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natureza íntima, tão misteriosa, tão pouco conhecida e o problema dos nossos destinos. A sobrevivência e a imortalidade, até então, simples esperanças, puras intuições da alma, aspirações a um estado melhor ou conceito da razão são, de agora em diante, provadas, assim como a comunhão dos vivos e dos mortos, que é a consequência lógica disso. A dúvida não é mais possível. O homem é imortal. A morte é apenas uma mudança de estado” (cap. XXIV).

“Tudo no Universo é regulado através das leis. Demonstrar a existência de um

fenômeno, é incluí-lo na ordem permanente das coisas, é submetê-lo à lei natural. No seio desse Universo onde tudo, seres e coisas, se encadeia e se liga numa estreita solidariedade, numa profunda e sublime harmonia, não há mais lugar nem para o sobrenatural nem para o milagre. Leis tão rigorosas, tão inflexíveis quanto as que governam a matéria, regem o mundo invisível. Para conhecer-lhe o funcionamento admirável, só há um meio: estudar.”

“Nada mais fecundo, aliás, do que esse estudo do mundo dos espíritos, apesar

das dificuldades que ele apresenta. Ele abre ao pensamento mil caminhos inexplo-rados; ensina-nos a nos conhecer a nós mesmos, a penetrar nas dobras mais íntimas do nosso ser, a analisar nossas sensações, a medir nossas faculdades e, por conse-guinte, a melhor regular o exercício. É esta, por excelência, a ciência da vida, da vida da alma, não somente no seu estado terrestre, mas nas suas transformações sucessivas através do tempo e do espaço.”

“O Espiritualismo Experimental pode tornar-se um meio de conciliação, um

traço de união entre esses dois sistemas inimigos: o Espiritualismo Metafísico e o Materialismo que, há tantos séculos, se combatem e se dilaceram, sem resultado. Ele adota os princípios do primeiro, esclarece-lhes e oferece-lhes uma base de certeza; dá satisfação ao segundo, procedendo segundo os métodos científicos, mostrando no perispírito, corpo fluídico semimaterial, a causa de numerosos fenômenos físicos e biológicos.”

“Faz mais: traz à Ciência a síntese filosófica e a concepção moral da qual

essa estava desprovida e sem as quais permanecia sem ação na vida social. A Ciência, ou melhor, as ciências, aplicam-se, sobretudo, ao estudo parcial e fragmen-tário da Natureza” (cap. XXVIII).

“(...) os trabalhos realizados, mais dignos de admiração; mas esses trabalhos

carecem de elos, de coesão, de unidade. Conhecendo apenas um lado da vida, o lado exterior, o mais grosseiro e, querendo sobre esses dados insuficientes regular o jogo das leis universais, a Ciência atual, seca e fria classificação dos fatos materiais, chega a uma teoria puramente mecânica do mundo, inconciliável com a ideia de


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justiça, já que, nas suas consequências lógicas, chega à conclusão de que, na Natureza, a força reina soberana.”

“É por isso que a Ciência ficou impotente para exercer uma influência salutar

e moralizadora. Privada, até aqui, de qualquer visão de conjunto, não tinha podido fazer jorrar dos seus trabalhos acumulados, essa concepção superior da vida que deve: fixar os destinos do homem, traçar seus deveres e fornecer-lhe um princípio de melhoramento individual e social. Ora, essa nova concepção, que coordena os co-nhecimentos particulares, solidariza os elementos esparsos, e essa lei moral indis-pensável à vida e ao progresso das sociedades, o Espiritismo trá-los-á Ciência com a síntese filosófica que deve centuplicar seu poder.”

“O papel do Espiritismo é grande e suas consequências morais são incalcu-

láveis. Ele data apenas de ontem; e, entretanto, quantos tesouros de consolação e de esperança já não espalhou no mundo! Quantos corações entristecidos, frios, não aqueceu, reconfortou! Quantos desesperados detidos à beira do suicídio! Seu ensino, bem compreendido, pode acalmar as aflições mais vivas, dar a todos a força da alma, a coragem na adversidade! O Espiritismo é, pois, ao mesmo tempo que uma síntese potente das leis físicas e morais do Universo, um meio de regeneração e de adiantamento; infelizmente, pouquíssimos homens interessam-se ainda pelo seu estudo. A vida da maioria é uma carreira frenética para os bens ilusórios. Apres-samo-nos, tememos perder nosso tempo com coisas que consideramos supérfluas; e perdemo-lo, realmente, prendendo-nos ao que é efêmero. Na sua cegueira, o homem desdenha o que o faria tão feliz quanto se pode ser nesse mundo, quer dizer, fazer o bem e criar em torno de si uma atmosfera de paz, de calma e de serenidade moral” (cap. XXVIII).

Download - Apostila 29º Encontro Espírita sobre A Vida e a Obra de Léon Denis

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