Apontamentos de apoio para a disciplina de Educação Física
2.1 BASQUETEBOL
2.1.1.HISTÓRIA DA MODALIDADE
A história do basquetebol tem praticamente origem com o aparecimento do homem na terra. A
sua sobrevivência resultou dos meios que dispunha: a caça e a pesca. Mas para o conseguir o homem
teve de correr, nadar e arremessar. Estes devem ter sido os primeiros exercícios físicos de natureza
individual, que através dos tempos se foram desenvolvendo e aperfeiçoando até chegarem às formas
colectivas, surgindo como uma forma de preparação na defesa das comunidades. A partir deste
momento terão aparecido os jogos (Albano, 1978).
Estudos realizados sobre os costumes dos índios norte-americanos revelaram que os Mayas
(séc. VII a.c) jogavam um jogo parecido com o basquetebol, o “Pok-ta-pok”. O campo de jogo, tinha a
limitá-lo paredes que nos topos dispunham de uma argola de pedra colocada na posição vertical a
determinada altura do solo. O jogo consistia em fazer passar através dessas argolas um objecto com a
forma de uma bola.
Também o “Tchalatchli” Asteca apresentava alguns aspectos parecidos com o basquetebol
(Adelino, 1994).
Foi nos Estados Unidos, no Instituto Técnico de Springfield, que em 1891 surgiu o basquetebol.
Situada numa zona muito fria, Springfield, encontra-se coberta a maior parte do ano por gelo e neve,
tendo a prática dos desportos ao ar livre restrita a um curto período de verão. Com o objectivo de
ultrapassar esse inconveniente, e porque notava que os alunos do seu Instituto sentiam pouca
predisposição para os trabalhos de ginásio, o director da secção de
educação física deste estabelecimento Dr. Luther Halsey
Gulick, recomendou aos seus colaboradores que
tomassem uma providência para solucionar o problema.
O novo desporto a ser criado deveria servir para um
grande número de alunos, constituir um exercício
completo, atraente e com a capacidade de se adaptar a qualquer
espaço.
Coube ao Dr. James A. Naismith, professor da cadeira de Anatomia do Internacional “Young
Men’s Cristian Association College”, depois de grandes estudos, solucionar o problema.
Depois de uma pesquisa sobre diversos jogos, Naismith chegou às seguintes conclusões:
- Para um novo jogo, a bola deveria ser grande e leve, de modo a que não pudesse ser
escondida pelos jogadores;
- O jogo deveria ser praticado durante o Inverno, entre o Futebol Americano e o Basebol;
Deveria ser um jogo de espírito colectivo e de grande poder emocional, mas evitando
simultaneamente a violência;
- O jogo deveria ser de inspiração puramente americana, isto é, corresponder ao espírito de
livre iniciativa (influenciado pela personalidade do homem da época do “pioneirismo”).
Os cinco princípios que implantaram um primeiro regulamento de jogo que, de alguma forma
permitiu a criação de condições para o desenvolvimento da modalidade, foram os seguintes:
1. A bola só podia ser jogada com as mãos;
2. Os jogadores podiam apoderar-se da bola em qualquer momento;
3. Não era permitido correr com a bola nas mãos;
4. As equipas jogam juntas no espaço de jogo, mas os contactos entre os jogadores eram
proibidos;
5. O alvo deveria estar na horizontal sobre um plano elevado (deveria ser de pequena
dimensão para privilegiar a precisão em detrimento da força e da potência).
A evolução das regras fez-se em função dos progressos técnicos dos próprios jogadores, dos
treinadores, da melhoria do material e também através de uma melhoria da forma de transmitir o
espectáculo. No entanto esta evolução preservou e respeitou os cinco princípios fundamentais
estabelecidos por James A. Naismith.
O primeiro jogo, em Dezembro de 1891, no Springfield
College nos Estados Unidos, foi um êxito. Este, tendo sido
arbitrado pelo seu próprio inventor, foi disputado com nove
homens de cada lado, com o objectivo de marcação de pontos
através do arremesso da bola sobre um cesto de pêssegos,
colocados um de cada lado do campo a uma altura de três
metros.
Um aluno, Frank Mahan, propôs ao Professor
James Naismith, o nome de “basketball”, pelo facto de ser jogado
com cestos e bola; tendo obtido a sua concordância.
No ano de 1892 foram publicadas as treze primeiras regras do jogo. Este, conheceu
imediatamente um grande sucesso nos Estados Unidos e a maior parte das Universidades começou a
aderir à sua prática. Mais tarde invadiu a Europa e os outros Continentes.
A prática do basquetebol na Europa iniciou-se em 1893 quando os soldados americanos em
passagem por Paris fizeram uma demonstração deste jogo. Os raros espectadores presentes na rua de
Trévise descobriram os valores desportivos e morais deste jogo de bola.
Pierre de Cobertin, o renovador dos Jogos Olímpicos, conquistado por este desporto, aceitou
que em St. Louis (1904) o basquetebol se tornasse desporto de demonstração (ao mesmo tempo saiu
publicado o primeiro livrete de técnicas do jogo).
Muitas outras regras foram implantadas no basquetebol posteriormente, como por exemplo: a
participação obrigatória de cronometristas na equipa de arbitragem; o aparecimento do lance livre
executado pelo jogador que recebe a falta no acto do lançamento; a retirada da rede de protecção em
redor do campo; a dispensa da bola ao ar no centro do campo após cada cesto, sendo esta reposta em
jogo no fundo do campo. Desta maneira, o desporto foi sendo aperfeiçoado e conquistou um maior
número de adeptos para a sua prática.
Os encontros internacionais que opunham as várias Universidades eram constantemente
organizados. A vaga do basquetebol estendeu-se rapidamente tornando-se necessária a sua
universalização no sentido de unificar as regras com o objectivo de todos os países se poderem
defrontar.
Apesar desta rápida expansão do jogo, só em 18 de Julho de 1932 é fundada a F.I.B.A. no 1º
Congresso Internacional de Basquetebol realizado em Genebra. A F.I.B.A. impôs a pouco e pouco a
sua identidade. Em 1935 organizou em Genébra os primeiros campeonatos da Europa de basquetebol.
O seu reconhecimento traduziu-se por uma admissão do basquetebol nos Jogos Olímpicos de Berlim
de 1936.
Actualmente, é a F.I.B.A. que gere o basquetebol por todo o mundo. As grandes competições
internacionais antigamente reservadas apenas a amadores, são dirigidas, depois de 1992, também a
profissionais. Foi assim que a selecção americana que participou nos Jogos Olímpicos de Barcelona –
Dream Team -, constituída pelas grandes vedetas desse país, constituiu um factor essencial de explosão
do basquetebol por todo o mundo.
Em Portugal, o basquetebol foi introduzido em 1913 pela Associação Cristã da Mocidade.
Sendo um jogo de competição, foi aceite com entusiasmo e bem depressa os clubes e escolas o
integraram nos seus programas de Cultura Física. Porém, só em 1936 conseguiu alargar o âmbito
acanhado em que viveu, para o que muito contribuiu a fundação das Associações do Porto, Coimbra e
Lisboa. Esta organização ficou oficialmente constituída, com a fundação em 1927 da Federação
Portuguesa de Basquetebol.
Em 1933 teve lugar o primeiro campeonato de Portugal, de que saiu vencedor o Sport Clube
Conimbricense.
De então para cá, o basquetebol integrou-se definitivamente no quadro geral dos desportos
praticados no nosso País, sendo hoje em dia, após o futebol, o desporto que mais praticantes têm em
Portugal.
2.1.2. ESPAÇO DE JOGO E EQUIPAMENTOS
Espaço
O terreno de jogo é um rectângulo de 28 (26) m x 15 (14) m, circundado por uma zona livre de 5
(3) m de largura em todos os lados (no mínimo). O espaço livre de jogo encontra-se acima da área
de jogo livre com 7 m de altura a partir do solo
Linhas de Jogo
Todas as linhas têm 5 cm de largura e devem ser de cor clara e diferente da cor do solo e, das
restantes linhas existentes.
Linha limite: são aquelas que delimitam o terreno de jogo e estão traçadas no seu interior. São assim
duas linhas laterais e duas linhas de fundo.
Linha central e Circulo Central: o eixo da linha central divide o terreno de jogo em dois campos
iguais, esta estende-se 15cm para além das linhas laterais.
Linhas de Lançamento Livre e Áreas Restritivas:
- Área de Lançamento de Três Pontos;
- Área dos bancos das equipas
Cestos
Os cestos compreendem os aros e as redes.
Os aros serão construídos do seguinte modo: de ferro maciço com 45 cm de diâmetro interior
pintados de cor de laranja; o metal dos aros terá um diâmetro mínimo de 17 mm e máximo de 20mm
com a adição de ganchos de pequeno calibre sob o bordo inferior, ou outro dispositivo semelhante para
segurar as redes.
Serão solidamente fixados às tabelas num plano horizontal a 3.05 metros do solo, a igual
distância dos dois bordos verticais da tabela. O ponto mais próximo do bordo interior do aro estará a
15 cm da face da tabela.
Tabelas e suportes
As duas tabelas devem ser construídas de um
material transparente adequado de uma peça única e
com o mesmo grau de dureza das que são feitas de
madeira dura com três cm de espessura. Também
podem ser construídas em madeira dura com três cm de
espessura e pintadas de branco.
As dimensões das tabelas devem ser de 1.80
metros horizontalmente e 1.05 metros
verticalmente, ficando os seus bordos inferiores a
2.90 metros do solo.
A entidade adequada da F.I.B.A. tal como a comissão de zona no caso de competições de zonas
ou continentais ou a Federação nacional para as competições locais tem autorização para aprovar
também as dimensões das tabelas com 1.80 metros horizontalmente e 1.20 metros verticalmente,
ficando os seus bordos inferiores a 2.75 metros do solo.
A Bola
É esférica, de cabedal, borracha ou material sintético. O peso situa-se entre 567 e 650g e o
perímetro deve estar compreendido entre os 75cm e 0s 78cm.
Terá de ser cheia com uma pressão de ar tal que, quando deixada cair no chão de uma altura de
1.80 metros, medida da parte inferior, ressalte a uma altura que, medida da parte superior da bola, não
seja menor que 1.20 metros nem maior que 1.40 metros
Equipamento técnico
Deverá ser colocada á disposição dos árbitros e seus auxiliares pela equipa visitada o seguinte
equipamento técnico:
Um cronómetro de jogo e um de desconto de tempo;
Aparelho dos 30 segundos;
Sinais;
Marcador;
Boletim de jogo;
Indicadores de faltas dos jogadores (placas numeradas);
Marcadores de faltas da equipa;
Indicadores de faltas da equipa.
2.1.3 REGRAS DE JOGO
Número de jogadores
Cada equipa é constituída por 5 jogadores titulares e 5 jogadores suplentes. Cada jogador,
conforme a zona do campo e as funções que ocupa, tem uma designação:
1. Base
2. Extremo alto
3. Extremo alto
4. Poste
5. Poste
Duração do jogo
Uma partida de basquetebol tem a duração de 40 minutos divididos por 4 períodos de 10
minutos. O cronómetro só avança quando a bola se encontra em jogo, isto é, sempre que o árbitro
interrompe o jogo, o tempo é parado de imediato. Entre o 1º e o 2º período e entre o 3º e 4º período
existe uma paragem de 2 minutos. Ao meio do jogo existe um intervalo de 10 minutos.
Inicio do jogo
O jogo inicia-se com um lançamento de bola ao ar, realizado pelo árbitro, no círculo central,
entre dois jogadores adversários que, saltando, tentam tocar a bola para os companheiros de equipa.
Nota:
A bola só pode ser tocada depois de atingir o ponto mais alto;
Nenhum dos saltadores pode agarrar a bola;
Os restantes jogadores têm que estar fora do círculo central.
Pontuação
Os pontos são obtidos através de lançamentos de campo e de lances livres. Os lançamentos de
campo são os que se efectuam no decorrer normal do jogo e em qualquer parte do campo, enquanto
que os lances livres são executados na linha de lance livre, com o jogo parado.
A bola tem de entrar no cesto pela sua parte superior, passando através da rede.
Nota:
Lançamento convertido de qualquer local à trás da linha de 6,25 m – 3 pontos;
Lançamento convertido de qualquer local à frente da linha de 6,25 m–2 pontos;
Lance livre convertido – 1 ponto.
Como se pode jogar a bola
A bola é jogada exclusivamente com as mãos, podendo ser passada ou driblada em
qualquer direcção, excepto do meio campo ofensivo para o meio campo defensivo.
Não é permitido socar a bola.
Com a bola segura nas mãos, apenas é permitido realizar dois apoios.
Na acção de drible não é permitido:
1. Bater a bola com as duas mãos simultaneamente.
2. Driblar, controlar a bola com as duas mãos e voltar a driblar.
3. Acompanhar a bola com a mão, no momento do drible (transporte).
Bola Fora
As linhas que delimitam o campo não fazem parte deste.
A bola está fora quando:
Toca as linhas laterais, finais ou o solo para além delas;
Um jogador de posse de bola pisa as linhas limite do campo.
Faltas
Um jogador não pode agarrar, empurrar, nem impedir o movimento de um adversário com
os braços ou com as pernas.
Quando existe uma falta sobre um jogador que não está em acto de lançamento, o jogo
recomeça com reposição de bola na linha mais próxima do local de falta, seja na linha
lateral ou na final, excepto directamente atrás da tabela.
Quando existe uma falta cometida sobre um jogador que está em acto de lançamento:
1. E o cesto foi convertido, este é válido, e o jogador que sofreu a falta tem direito
a um lance livre.
2. Quando o cesto não foi convertido, o jogador que sofreu a falta tem direito a
efectuar dois ou três lances livres, conforme se trate, respectivamente, de uma tentativa de
lançamento de dois ou três pontos.
Faltas Pessoais
É a infracção que um jogador comete sobre um adversário, contacto pessoal. Verifica-se
quando um jogador:
Faz obstrução, impedindo a progressão de um adversário que está na posse da bola;
Segura um adversário, não permitindo a sua liberdade de movimentos;
Entra em contacto, com qualquer parte do corpo (toca, empurra, agarra), impedindo a
progressão do jogador adversário com a bola.
Faltas Técnicas
Um jogador não deve ter atitudes anti-desportivas ou desprezar as advertências dos árbitros,
tais como:
Dirigir-se desrespeitosamente aos árbitros ou tocar-lhes, utilizando linguagem ou gestos
que possam constituir ofensa;
Não levantar imediatamente o braço quando lhe é marcada uma falta pessoal.
Estas faltas dão origem à marcação de 2 lances livres contra a equipa do jogador faltoso, mais a
posse de bola.
Faltas anti-desportivas
É a falta cometida por um jogador deliberadamente, tendo carácter notoriamente anti
desportivo.
Nota: O jogador que cometer cinco faltas pessoais ou técnicas tem de abandonar o jogo
(podendo ser substituído por um companheiro). Quando uma equipa atinge cinco faltas, pessoais ou
técnicas, em cada período, todas as faltas seguintes dos seus jogadores serão penalizadas com dois
lançamentos livres, executados pela equipa adversária.
Regra dos 10 segundos
A zona de ataque de uma equipa compreende o cesto do adversário, a parte da tabela no
interior do campo e a parte deste limitada pela linha final atrás do cesto do adversário, as
linhas laterais e o bordo da linha central mais próximo do cesto do adversário;
A zona de defesa é a outra parte do campo, incluindo a linha central, cesto da equipa e a
parte da tabela no interior do campo;
Sempre que um jogador tenha a posse da bola viva na sua zona de defesa, a sua equipa
deve, dentro de 10 segundos, fazer passar a bola para a zona de ataque;
A bola é considerada passada para a zona de ataque de uma equipa quando tocar a
mesma, ou quando um jogador que tenha parte do seu corpo em contacto com a zona de
ataque.
Uma infracção deste artigo é uma violação.
Regra dos 5 segundos
O atacante não pode permanecer mais de 5 segundos com a bola na mão sem a driblar,
senão perde a bola para a equipa adversária.
Regra dos 3 segundos
Enquanto a sua equipa está com a posse de bola, um jogador não pode permanecer mais
do que 3 segundos dentro da área restritiva do adversário;
As linhas que limitam a área restritiva fazem parte da mesma e um jogador em contacto
com uma dessas linhas está na área restritiva;
A regra dos 3 segundos aplica-se em todas as situações de fora de campo.
A contagem começará no momento em que o jogador que vai repor a bola em jogo está
fora do campo e tem a mesma à sua disposição (bola em jogo);
A restrição dos 3 segundos não se aplica quando a bola está no ar durante um lançamento
ao cesto, um ressalto ou quando a bola está morta;
Pode admitir-se tolerância a um jogador que, estando na área restritiva menos do que 3
segundos, drible nela para lançar ao cesto.
Uma infracção deste artigo é uma violação.
Substituições
Qualquer jogador pode ser substituído ou substituir um companheiro de equipa, em qualquer
período do jogo. No entanto, a substituição só poderá realizar-se quando o jogo estiver interrompido
(bola ”morta”) e com conhecimento dos árbitros.
Reposição da bola na linha lateral ou final
O jogador não pode pisar as linhas durante a reposição da bola. Ao repor a bola pela linha
final ou lateral, após violação ou falta, não pode deslocar-se ao longo desta e dispõe de 5 segundos
para efectuar a reposição. Na reposição pela linha final, após cesto convertido, o jogador pode
movimentar-se sem restrições.
2.1.4. GESTOS DE ARBITRAGEM
3. Aspectos Técnico-Tácticos
3.1.1 TÉCNICA INDIVIDUAL
Posição Base Ofensiva (tripla ameaça)
Componentes Críticas Erros mais comuns Pés à largura dos ombros, com um pé ligeiramente
avançado em relação ao outro e com pontas dos pés viradas para a frente
Bola entre a cintura e o peito colocada lateralmente em relação ao tronco
M.I. ligeiramente flectidos Mudança do lado da bola feita por baixo Utilização do pé eixo Tronco direito Cabeça levantada
Dedos pouco afastados
Cotovelos afastados do corpo
Palmas da mão a segurarem a bola
É utilizada: para iniciar qualquer situação de ataque, quer seja passar, lançar ao cesto ou seguir em drible, aí a sua designação de posição de tripla ameaça.
Pega da Bola
Componentes Críticas Erros mais comuns A bola é agarrada com ambas as mãos em forma de
concha, ligeiramente recuada e na metade posterior da bola;
As palmas das mãos não tocam na bola (o contacto é feito com os dedos);
Dedos bem afastados, com os polegares atrás da bola;
Polegares e indicadores desenham um “W”.
Pega da bola com as palmas das mãos;
Dedos unidos; Agarrar a bola pelos
hemisférios laterais.
Objectivo: possibilita a execução de qualquer gesto técnico, é utilizada sempre que o jogador na posse de bola necessita de realizar qualquer gesto técnico.
Posição Base Defensiva
Componentes Críticas Erros mais comuns Pés afastados um pouco mais do que a largura dos
ombros Peso do corpo igualmente distribuído pelos dois pés Pressão sobre o solo realizada pela parte anterior dos
pés Flexão das pernas ao nível dos joelhos Tronco na vertical Cabeça levantada Cotovelos junto ao tronco Braços flectidos pelos cotovelos e orientados para a
frente Palmas das mãos orientadas para cima
extensão das pernas cabeça em baixo tronco inclinado à
frente
Objectivo: permite reagir de uma forma rápida e eficaz, realizando a acção mais correcta em cada situação de jogo; é utilizada para uma deslocação rápida no terreno de jogo, para receber a bola de um colega, para saltar (ressalto), etc.
Passe de Peito
Componentes Críticas Erros mais comuns
Partir da posição básica ofensiva, com olhar fixo para onde se vai passar a bola;
Bola segura com as duas mãos; Cotovelos colocados naturalmente ao lado
do corpo; Bola à altura do peito, dedos para cima,
polegares na parte posterior da bola; Extensão dos M.S. na direcção do alvo e
rotação externa dos pulsos (terminar com as palmas das mãos viradas para fora e os polegares a apontar para dentro e para baixo);
Avanço de um dos apoios na direcção do passe;
Trajectória da bola tensa, dirigida ao alvo.
Trajectória da bola alta; Extensão incompleta dos M.S ; Pega da bola demasiado
lateral; Ausência de rotação dos pulsos
no final do movimento; Afastamento exagerado dos
cotovelos; Abertura do ângulo tronco-
M.S; Não avançar na direcção do
passe; Saltar após o passe.
Objectivo: colocação da bola com as 2 mãos, ao nível do peito, tendo como alvo o corpo do colega de equipa; utiliza-se quando há espaço suficiente, e deve ser executado com rapidez para criar uma situação de vantagem.
Recepção
Componentes Críticas Erros mais comuns
Assinalar a mão alvo a Ir ao encontro da bola Olhar dirigido para a bola; Receber a bola com as duas mãos em forma de
“concha”: dedos abertos, mãos firmes (sem estarem rígidas) e polegares virados um para o outro
Dirigir os braços em extensão na direcção da bola e no momento do contacto com a bola efectuar uma flexão dos mesmos (para amortecer melhor a bola)
Os dedos polegares funcionam como um “travão” da bola
Após a recepção, proteger a bola através da rotação do tronco
Fechar os olhos Recuar em vez de ir ao encontro
da bola Realizar a recepção apenas com
uma mão Não flectir os braços após a
recepção
Objectivo: recolher a bola da forma o mais rápida e segura possível; sempre que se pretende ficar na posse de bola após um passe.
Drible de Progressão
Componentes Críticas Erros mais comuns
Adaptar a posição de tripla ameaça Contacto com a bola realizado com os dedos Flexão do pulso Olhar não dirigido para a bola Extensão / flexão de todas as articulações do M.S.
(ombro, cotovelo e pulso) Altura do ressalto ligeiramente superior à cintura
pélvica O ressalto da bola deve ser ligeiramente ao lado e à
frente do M.S. recuado
Olhar para a bola Contacto da bola com a
palma da mão Batimentos muito altos
ou muito baixos Driblar com a mão do
lado do defensor
Objectivo: garantir a posse de bola, procurando chegar o mais rápido possível ao cesto adversário; utiliza-se para progredir no terreno de jogo, geralmente quando não existe oposição
Passe Picado
Componentes Críticas Erros mais comuns
Extensão completa e simultânea dos MS. para a frente e para baixo;
Agarrar a bola pelos lados com os dedos polegares colocados na parte posterior da bola;
Tronco ligeiramente inclinado à frente; Passe executado a partir do peito; Trajectória da bola tensa, dirigida para o chão,
para perto do colega; Efectuar um passo em frente (sem saltar); Palmas das mãos voltadas para fora e flexão
dos pulsos, após o passe; Cabeça levantada e olhar dirigido para a frente; Um pé ligeiramente avançado em relação ao
outro e afastados à largura dos ombros.
Movimentar apenas os
antebraços Trajectória da bola em arco Ausência da flexão dos pulsos Afastar exageradamente os
cotovelos Extensão incompleta dos M.S. Deficiente cálculo da zona de
ressalto da bola Palmas da mão viradas para
dentro após o passe Saltar após o passe
Objectivo: colocação da bola com as 2 mãos na mão do colega, após ressalto no solo; utiliza-se quando o defensor fecha a linha de passe directo, impedindo a execução de passe de peito.
Drible de Protecção
Componentes Críticas Erros mais comuns A bola deve ser controlada junto ao corpo, batida junto
da perna e nunca deve ultrapassar a linha do joelho Acentuada flexão do tronco e dos M.I. ; Colocação do braço livre e da perna contrária à mão
que dribla entre a bola e o defesa; Olhar dirigido para a frente; Driblar com a mão mais afastada do defensor; Altura do ressalto da bola abaixo da cintura
Olhar para a bola Contacto da bola com a
palma da mão Driblar com a mão do
lado do defensor M.S livre não protege a
bola Ressalto elevado da
bola
Objectivo: garantir a posse de bola e o domínio do drible e evitar o desarme; utiliza-se para proteger a bola do adversário, face a uma elevada pressão por parte da defesa ao jogador da bola
Lançamento em apoio
Componentes Críticas Erros mais comuns O lançamento é executado a partir da posição de tripla
ameaça Enquadrar com o cesto Pés à largura dos ombros, com o pé do lado da mão que
lança ligeiramente avançado Pega da bola: mão hábil por baixo da bola e dedos
afastados e a apontar para cima. A outra mão colocada ligeiramente ao lado e à frente
O antebraço do M.S que lança está na vertical sob a bola Flexão/extensão simultânea dos M.I. Lançamento da bola por cima e à frente da cabeça (ver o
cesto por baixo da bola) A bola sai da mão quando o M.S que a impulsiona atinge
a extensão completa Flexão completa do pulso e dos dedos (o que provoca
um efeito de back-spin na bola)
Desenquadramento com o cesto
Bola segura junto ao abdómen
Extensão incompleta dos segmentos
Pulso rígido (não flectido)
Lançar com as duas mãos
Objectivo: finalizar com sucesso (converter cesto) utiliza-se sobretudo nas situações de lance-livre (no decurso do jogo propriamente dito não é muito utilizado).
Lançamento na passada
Componentes Críticas Erros mais comuns A corrida em drible é oblíqua em relação ao cesto O primeiro apoio é longo, sendo o segundo apoio
mais curto O lançamento é executado em suspensão O pé de impulsão é o pé correspondente ao 2º apoio Aquando do 2º apoio deve existir elevação do joelho
contrário O lançamento propriamente dito é realizado com a
mão oposta ao pé de impulsão O M.S lançador no final do lançamento encontra-se
em extensão O lançamento é realizado acima e à frente da cabeça Flexão do pulso no acto do lançamento.
Colocação errada dos apoios
Impulsão muito perto ou longe da tabela
Não há elevação do joelho
Não há flexão do pulso no acto de lançamento
Objectivo: converter o lançamento (marcar ponto); utiliza-se sempre que o jogador tem o caminho livre até ao cesto (não tem qualquer adversário que lhe faça oposição).
Lançamento em Suspensão
Componentes Críticas Erros mais comuns Enquadramento com o cesto; Pega da bola: mão hábil por baixo da bola e dedos
afastados e a apontar para cima. A outra mão colocada ligeiramente ao lado e à frente;
Pés à largura dos ombros, com o pé do lado da mão que lança ligeiramente avançado;
Impulsão vertical, com elevação dos M.S (em flexão pelo cotovelo) e com a bola fixada por alguns momentos numa posição de lançamento acima da cabeça;
Lançamento da bola ao cesto antes de se atingir o ponto mais alto da impulsão vertical;
A bola sai da mão quando o M.S que a impulsiona atinge a extensão completa;
Flexão completa do pulso e dos dedos (o que provoca um efeito de “back-spin” na bola);
Antes do lançamento, o antebraço do M.S que lança está na vertical sob a bola;
Lançamento da bola por cima e à frente da cabeça (ver o cesto por baixo da bola);
Após o lançamento, o M.S que lançou a bola segue a trajectória da bola, apontando na direcção do cesto.
Extensão incompleta dos segmentos;
Pulso rígido (não flectido);
Lançamento com as duas mãos;
Lançamento efectuado ao nível da cabeça;
Desenquadramento com o cesto.
Objectivo: finalizar com sucesso (converter cesto); é o tipo de lançamento que se utiliza mais durante o jogo.
Mudanças de Direcção com Drible pela Frente
Componentes Críticas Erros mais comuns Tem de haver uma mudança de ritmo de velocidade; Baixar um pouco o drible e o corpo; Colocar o pulso e os dedos lateralmente e puxar a bola,
de um lado do corpo para o outro, fazendo um drible à frente da linha dos pés;
O impulso transmitido à bola pela mão na execução desta mudança de direcção, é feito principalmente através de trabalho energético de pulso, não podendo haver “transporte” da bola;
Levar a mão que vai receber a bola perto do solo, entrando em contacto com ela logo a seguir ao seu ressalto no chão;
Garantir a continuidade do drible e a protecção da bola. Esta acção é acompanhada de um passo enérgico, levando o M.I. de impulsão para trás da defesa, impedindo com isso a sua recuperação.
Mudança de mão com drible alto;
Mão por baixo da bola - “Transporte” da bola;
Não há alteração no ritmo e na velocidade;
Não há recuperação da bola com a outra mão
Objectivo: ganhar uma posição de vantagem face ao defesa; utiliza-se para surpreender o adversário.
Paragem em Dois Tempos
Componentes Críticas Erros mais comuns
A travagem do movimento é feita alternadamente pelas duas pernas;
Um dos pés ligeiramente avançado em relação ao outro (o afastamento não deve ser muito pronunciado).
Apoios tocam simultaneamente o
solo; M.I. em extensão no momento da
recepção ao solo; Paragem feita com o terço
anterior do pé com consequente desequilíbrio;
Infracção à regra dos apoios.
Objectivo: adquirir a posição básica fundamental para uma melhor intervenção no jogo; utiliza-se para receber a bola ou driblar, quando a velocidade de deslocamento é elevada (maior risco de desequilíbrio).
Paragem a um Tempo
Componentes Críticas Erros mais comuns
Alternância natural dos apoios dos dois pés; Ligeiro salto; Travagem do movimento realizada pelas duas pernas
de forma a manter os pés paralelos; Flexão dos M.I. no momento de contacto com o solo; Corpo ligeiramente atrasado.
M.I. em extensão no momento da recepção ao solo;
Paragem feita com o terço anterior do pé com consequente desequilíbrio;
Apoios tocam alternadamente no solo;
infracção a regra dos apoios.
Objectivo: adquirir a posição básica fundamental para melhorar a intervenção na situação de jogo; utiliza-se para receber a bola quando a velocidade de deslocamento não é muito elevada.
Rotações
Componentes Críticas Erros mais comuns Determinação do pé eixo; Distribuição do peso do corporal sobre o pé eixo; Rodar sobre a parte anterior da planta do pé; O pé móvel não deve elevar-se muito acima do solo,
realizando rotações de pequena amplitude. Manter sempre a posição básica ofensiva;
Existem dois tipos de rotação: Rotação para a frente ou interna - o pé de propulsão
avança em relação ao pé eixo. Rotação para trás ou externa - o pé de propulsão recua
em relação ao pé eixo
Não estar na posição base fundamental, mas numa posição mais elevada;
Rodar sobre o calcanhar;
Elevação demasiado alta do pé móvel;
Distribuição do peso do corpo sobre o pé móvel;
Infracção da regra dos apoios.
Objectivo: sem bola - preparar a recepção, desmarcação, etc.; com bola - enquadramento com o cesto após recepção, melhorar a linha de passe, proteger a bola, arrancar em drible, mudar de direcção em drible, etc.; : utiliza-se tanto no ataque como na defesa, para desfazer de um bloqueio, dar um tempo de ajuda, executar o bloqueio defensivo, mudar de direcção para receber um passe, etc.;
3.1.1 TÁCTICA INDIVIDUAL
Desmarcação - Oferecer linhas de passe ao portador da bola
Aclaramento
- Jogador que vê um companheiro da sua equipa aproximar-se em drible da sua posição, deverá afastar-se da sua posição inicial mantendo o espaço livre para o seu colega de equipa.
Participação no ressalto ofensivo
- Procurar recuperar a bola sempre que há lançamento
Ofensiva
Bloqueio - Jogador impede a acção ao defesa de um
companheiro, de forma a libertá-lo para abrir linha de passe em condições favoráveis
Dificulta o drible, passe e o lançamento
- Coloca-se entre o jogador com bola e o cesto
Dificulta Abertura de linhas de passe
- Coloca-se entre o jogador sem bola e o cesto
Participação no ressalto defensivo
- Coloca-se entre o adversário e o cesto, quando há lançamento
Defensiva
Bloqueio - Aquando do ressalto defensivo, o defesa impede a
participação do adversário no ressalto
3.1.2 TÁCTICA COLECTIVA
2x1
- Desmarca- se para oferecer linha de passe ao portador da bola. - Jogador com bola liberta-se do defensor para finalizar ou passar a bola ao colega.
3x2
- Desmarca- se para oferecer linha de passe. - Ocupa racionalmente o espaço de jogo. - Jogador com bola liberta-se do defensor para finalizar ou passar a bola ao colega.
Ofensiva
3x3
- Desmarca- se para apoio ou para oferecer linha de passe. - Jogador com bola liberta-se do defensor para finalizar ou passar a bola ao colega - Ocupa racionalmente o espaço de jogo. - Lança, se tem ou consegue situação de lançamento. - Participa no ressalto ofensivo, procurando recuperar a posse de bola.
1x1
Assume de imediato atitude defensiva,
acompanhando o seu adversário directo (defesa
individual), procurando recuperar a posse de bola o
mais rápido possível:
-Dificultando o drible, o passe e o lançamento,
colocando-se entre o jogador e o cesto.
Defensiva
2x1;
3x2; 3x3
Assume de imediato atitude defensiva, acompanhando o
seu adversário directo (defesa individual), procurando
recuperar a posse de bola o mais rápido possível:
- Dificultando o drible, o passe e o lançamento,
colocando-se entre o jogador e o cesto (na defesa do
jogador com bola)
- Dificultando a abertura de linhas de passe, colocando-
se entre o jogador e a bola, na defesa do jogador sem
bola
- Participando no ressalto defensivo, colocando-se entre
o seu adversário e o cesto