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ApiculturaApicultura

Prof. Juliano H. HashimotoProf. Juliano H. Hashimoto


Abelhas sem ferrãoAbelhas sem ferrão

Família: Família: MeliponidaeMeliponidae

Sub família: Sub família: MeliponinaeMeliponinae (abelhas sem ferrão)(abelhas sem ferrão)

Tribos:Tribos:

MeliponiniMeliponini ((meliponasmeliponas): ): uruçuuruçu, , jandaírajandaíra..MeliponiniMeliponini ((meliponasmeliponas): ): uruçuuruçu, , jandaírajandaíra..

TrigoniniTrigonini ((trigonastrigonas): jataí, mirim.): jataí, mirim.

UruçuUruçu

Abelhas sem ferrãoAbelhas sem ferrão

JataiJatai

UruçuUruçu JandairaJandaira

MirimMirim

O que é apicultura??O que é apicultura??

“Manejo“Manejo racionalracional dede abelhasabelhas ApisApis melliferamellifera,,visandovisando aa maximizaçãomaximização dada produçãoprodução dede mel,mel,pólen,pólen, própolis,própolis, cera,cera, geléiageléia realreal ee outrosoutrosprodutosprodutos..

�� ProdutividadeProdutividade apícolaapícola-- manejomanejo-- comportamentocomportamento-- equipamentosequipamentos

Classificação zoológicaClassificação zoológica

Reino: animalReino: animal

Classe: Classe: InsectaInsecta

Ordem: Ordem: HymenopteraHymenoptera (insetos sociais, ex.: formigas, (insetos sociais, ex.: formigas,

vespas, abelhas)vespas, abelhas)vespas, abelhas)vespas, abelhas)

Família: Família: ApidaeApidae

Gênero: Gênero: ApisApis

SpSp.: .: ApisApis melliferamellifera

Classificação zoológicaClassificação zoológica

Apis melliferaApis koschevnikoviApis koschevnikovi

Apis nigrocincta

Apis ceranaApis dorsata

Apis florea

Apis andreniformis

Ramo A: abelhas Ramo A: abelhas africanasafricanas

Ramo M: abelhas do Ramo M: abelhas do norte da Europa, norte da Europa, Espanha, Portugal e Espanha, Portugal e

Linha evolutiva da Linha evolutiva da ApisApis melliferamellifera

Espanha, Portugal e Espanha, Portugal e norte da Áfricanorte da África

Ramo C: subRamo C: sub--espécies espécies da Itáliada Itália

Ramo O: grupo basal Ramo O: grupo basal das espécies de das espécies de abelhas.abelhas.

Fonte: Le traité rustica de l´apiculture (2004)

HistóricoHistórico

�� HindusHindus:: 60006000 anosanos AA..CC.:.: usouso dede própolisprópolis comocomo

cicatrizantecicatrizante

�� EgípciosEgípcios:: potespotes dede barrobarro =>=> 24002400 anosanos AA..CC..

(primeiros(primeiros “apicultores”)“apicultores”)(primeiros(primeiros “apicultores”)“apicultores”)

�� BrasilBrasil:: JesuítasJesuítas séculoséculo XVIIIXVIII

�� BrasilBrasil:: 18391839 (Padre(Padre AntônioAntônio Carneiro)Carneiro):: conseguiuconseguiu

autorizaçãoautorização dede DD.. PedroPedro IIII parapara importarimportar parapara oo RioRio

dede JaneiroJaneiro abelhasabelhas ApisApis melliferamellifera melliferamellifera


�� 18651865 (Lorenzo(Lorenzo LorrainLorrain LangstrothLangstroth)):: pastor,pastor,

matemáticomatemático ee apicultor,apicultor, descobriudescobriu oo espaçoespaço--abelha,abelha,

inventorinventor dada colméiacolméia LangstrothLangstroth

�� 18731873 ((MosesMoses QimbyQimby)):: desenvolveudesenvolveu nosnos USA,USA, oo�� 18731873 ((MosesMoses QimbyQimby)):: desenvolveudesenvolveu nosnos USA,USA, oo

primeiroprimeiro fumegadorfumegador dede folefole

�� 18791879 (Frederico(Frederico AA.. HanemannHanemann)):: importouimportou abelhasabelhas

italianasitalianas ((ApisApis melliferamellifera ligusticaligustica)) parapara oo Brasil,Brasil, tendotendo

chegadochegado aoao paíspaís pelopelo portoporto dede RioRio GrandeGrande -- RSRS


�� 19061906 (Emílio(Emílio SchenkSchenk)):: foifoi oo grandegrande pioneiropioneiro dada

apiculturaapicultura nono SulSul dodo Brasil,Brasil, desenvolveudesenvolveu umum modelomodelo

dede colméiacolméia batizadobatizado comcom seuseu sobrenome,sobrenome, escreveuescreveu oo

livrolivro OO apicultorapicultor brasileiro,brasileiro, crioucriou oo ParqueParque apícolaapícola dedelivrolivro OO apicultorapicultor brasileiro,brasileiro, crioucriou oo ParqueParque apícolaapícola dede

TaquariTaquari (RS)(RS) ee trabalhoutrabalhou comocomo extensionistaextensionista,,

difundindodifundindo aa apiculturaapicultura..


�� 19561956 (Warwick(Warwick EstevanEstevan KeerKeer)):: sobsob encomendaencomenda dodo

governogoverno federalfederal (Juscelino(Juscelino Kubitschek),Kubitschek), oo

pesquisadorpesquisador brasileirobrasileiro concordouconcordou emem auxiliarauxiliar nana

importaçãoimportação dede algumasalgumas famíliasfamílias dede abelhasabelhas africanasafricanasimportaçãoimportação dede algumasalgumas famíliasfamílias dede abelhasabelhas africanasafricanas

parapara pesquisaspesquisas genéticasgenéticas..

�� 19791979 (?)(?):: construçãoconstrução dodo fumigadorfumigador SCSC--Brasil,Brasil,

ganhadorganhador dada medalhamedalha dede ouroouro nono CongressoCongresso mundialmundial

dada APIMONDIA,APIMONDIA, nana GréciaGrécia..

Avanço da Avanço da dispersão das dispersão das


dispersão das dispersão das abelhas abelhas africanas africanas

Dispersão das abelhas africanizadasDispersão das abelhas africanizadas

�� MéxicoMéxico �� rotarota dede entradaentrada comcom aa GuatemalaGuatemala

-- 300300..000000 caixascaixas iscasiscas

-- manutençãomanutenção 3030..000000 caixascaixas iscasiscas


�� BrasilBrasil �� décdéc.. 5050 == 55..000000 tonton mel/anomel/ano

décdéc.. 8080 == “explosão“explosão doce”,doce”, 2727ºº parapara 77ºº

20092009 (FAO)(FAO) == 1010ºº -- 3838..765765 tonton melmel


Abelha africanizada Abelha européia

Ciclo de vida das operárias 18 – 19 dias 21 dias

Tamanho das células de operárias (10 células)

4,9 cm 5,2 cm

Tamanho e peso das operárias12,73 mm60 – 90 mg

13,89 mm80 – 120 mg

Peso das rainhas e postura<200 mg >200 mg

Peso das rainhas e postura<200 mg

2 a 4 mil ovos/dia>200 mg

2 a 3 mil ovos/dia

Comportamento enxameatório Frequente Raro

Atividade forrageira Início da manhã até o entardecer Período mais quente do dia

Defesa da colméiaIntensa (4x mais)

Mais sensíveis a odores e vibrações sonoras

Moderada

Resistência a doençasComportamento higiênico mais

eficiente

Importância econômicaImportância econômica

•• Pequena, média ou grande propriedade.Pequena, média ou grande propriedade.

•• Consumo per capita nacional de mel: 0,5 kgConsumo per capita nacional de mel: 0,5 kg

•• Produção média de mel: < 20 kg/colméia/anoProdução média de mel: < 20 kg/colméia/ano

Importância econômicaImportância econômica

•• SegundoSegundo oo IBGEIBGE ((20052005)):: cadeiacadeia produtivaprodutiva dada

apiculturaapicultura nono BrasilBrasil abrangeabrange 350350 milmil apicultores,apicultores,

geragera 1616 milmil empregosempregos diretosdiretos nono setorsetor industrial,industrial,

ondeonde:: 99 milmil nana indústriaindústria dede processamentoprocessamentoondeonde:: 99 milmil nana indústriaindústria dede processamentoprocessamento

(entrepostos)(entrepostos) ee 77 milmil nana indústriaindústria dede insumosinsumos

(máquinas(máquinas ee equipamentos)equipamentos)..

Importância econômica Importância econômica -- RSRS

�� Aproximadamente 400 mil colméiasAproximadamente 400 mil colméias

�� Cerca de 27 mil apicultoresCerca de 27 mil apicultores

�� Produtividade média em torno de 18 kg/colméiaProdutividade média em torno de 18 kg/colméia

�� 1º lugar na produção nacional 7.418 1º lugar na produção nacional 7.418 tonton (21%)(21%)�� 1º lugar na produção nacional 7.418 1º lugar na produção nacional 7.418 tonton (21%)(21%)

�� Consumo per capta no RS é 4X superior a média Consumo per capta no RS é 4X superior a média nacionalnacional


•• DicotomiaDicotomia entreentre pequenopequeno ee grandegrande apicultorapicultor(profissionalização(profissionalização ee qualidade)qualidade)

•• ManejoManejo inadequadoinadequado dodo pastopasto apícolaapícola

•• FaltaFalta dede padronizaçãopadronização nana difusãodifusão dede tecnologiastecnologias

•• PoucaPouca agregaçãoagregação dede valorvalor nana produção,produção, devidodevido aapoucapouca diferenciaçãodiferenciação dede produtosprodutos..

Produção de mel (Toneladas)

Estado/ Região 2007 2008 Variação (%)

Brasil 34.747 37.792 8,76

Sul 15.468 15.760 1,89


Fonte: IBGE (2008)Fonte: IBGE (2008)

Sul 15.468 15.760 1,89

Paraná 4.632 4.635 0,06

Santa Catarina 3.471 3.706 6,77

Rio grande do Sul 7.365 7.418 0,72

Participação (%) das Regiões na produção nacional d e mel

48.6

22.6

4.07 2


22.74

Sul Nordeste Sudeste Centro-Oeste Norte

Fonte: IBGE 2005

Estado Participação % Ordem

Rio Grande do Sul 23.1 1

Santa Catarina 13.9 2

Paraná 11.5 3

São Paulo 10.8 4


Piauí 8.3 5

Minas Gerais 8.2 6

Bahia 4.8 7

Ceará 4.6 8

Rio de Janeiro 2.4 9

Pernambuco 2.3 10 Fonte: IBGE (2005)

País Prod. (x mil ton) Participação % Ordem

China 276 23.1 1

EUA 82 13.9 2

Argentina 80 11.5 3


Turquia 75 10.8 4

México 55,9 8.3 5

Brasil 24,5 8.2 15

Fonte: FAOSTAT (2005)

•• Garantia de qualidadeGarantia de qualidade•• Inspeção e controle de sanidadeInspeção e controle de sanidade•• Registro nos órgãos competentesRegistro nos órgãos competentes•• EmbalagemEmbalagem•• Praticidade de compraPraticidade de compra

Exigências do mercadoExigências do mercado

•• Praticidade de compraPraticidade de compra•• Origem / Identificação de procedênciaOrigem / Identificação de procedência

•• Necessidade Necessidade de Segurança Alimentarde Segurança Alimentar

•• Produtos Produtos OrgânicosOrgânicos

•• RastreabilidadeRastreabilidade

•• Denominações de origemDenominações de origem

Tendências do melTendências do mel

•• Denominações de origemDenominações de origem

•• Alimentos Alimentos funcionaisfuncionais

•• Busca Busca do saudável e do saudável e práticoprático

•• Desenvolver e consolidar Desenvolver e consolidar marcas e denominações marcas e denominações de origemde origem


de origemde origem

Intensificar campanhas de propaganda, Intensificar campanhas de propaganda, unir segmentos para aumentar unir segmentos para aumentar exportações e ter maior exportações e ter maior representatividade.representatividade.


Criar ferramentas de gerenciamento da produção Criar ferramentas de gerenciamento da produção como como rastreabilidaderastreabilidade e administração da atividade.e administração da atividade.


Qualidade e quantidade Qualidade e quantidade

Importância botânicaImportância botânica

PolinizaçãoPolinizaçãoPolinizaçãoPolinização

Aumento na produção devido a melhor polinizaçãoAumento na produção devido a melhor polinização(1)(1)::

Espécie Incremento % Espécie Incremento %

Laranja 25 Pêssego 29

Café 77 Soja > 40


Café 77 Soja > 40Morango > 100 Colza > 30Abacate Exclus. Depend. Macieira 30 - 50

(1)(1)Dados obtidos em diferentes experimentos.Dados obtidos em diferentes experimentos.

Dependência de polinização por Dependência de polinização por ApisApis melliferamellifera


Espécie Dependência de polinização

entomófila (%)

Participação da abelha dentre os

insetos (%)

Abóbora 90 10

Girassol 100 90Girassol 100 90

Laranja 30 90

Maçã 100 90

Pêssego 60 80

Soja 10 50

Fonte: adaptado de MORSE & CALDERONE (2000).

““ColonyColony CollapseCollapse DisorderDisorder” ” -- CCDCCD


“Desaparecimento” das abelhas no Brasil“Desaparecimento” das abelhas no Brasil

FatoresFatores ambientaisambientais

ManejoManejo adotadoadotado

-- PoucosPoucos trocamtrocam rainhasrainhas


-- PoucosPoucos trocamtrocam rainhasrainhas

-- PoucosPoucos alimentamalimentam no no invernoinverno

-- PoucosPoucos trocamtrocam ceracera velhavelha

-- PoucosPoucos monitorammonitoram controlamcontrolam pragaspragas (ex: (ex: VarroaVarroa, ,

traçatraça).).

“Desaparecimento” das abelhas no Brasil“Desaparecimento” das abelhas no Brasil

Para pensar:Para pensar:

“Desaparecimento” de abelhas e falta de alimentos, “Desaparecimento” de abelhas e falta de alimentos,

qual sua opinião?qual sua opinião?


qual sua opinião?qual sua opinião?

“Deserto verde “Deserto verde –– Etanol e canaviaisEtanol e canaviais


217 Industrias em SP. 217 Industrias em SP. Mil enxames removidos/ano em Ribeirão Preto, SP.Mil enxames removidos/ano em Ribeirão Preto, SP.

Fonte: Prof. Fonte: Prof. AdemilsonAdemilson S. Soares (2010), comunicação pessoal.S. Soares (2010), comunicação pessoal.

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