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Anti-sepsia cirúrgica das mãos – Jun/2012 - CIH/HNSC 1

PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR-HNSC NORMAS E ROTINAS TÉCNICO-OPERACIONAIS – CIH/HNSC/GHC

NRTO 04/2012 - CIH/HNSC

Anti-sepsia Cirúrgica das Mãos

Kátia Rosales – Enfermeira do CIH-HNSC Renato Cassol F. da Silva – Méd.Infect. e Coordenador CIH/HNSC

Controle de Infecção Hospitalar (CIH) Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC)

I – Introdução II – Finalidade III – Indicação IV – Insumos necessários V - Técnica VI – Observações VII – Outros aspectos da higienização de mãos VIII – Referências bibliográficas

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I - INTRODUÇÃO O preparo pré-operatório (anti-sepsia cirúrgica) das mãos é um procedimento de

comprovada eficácia para o controle de infecção cruzada. Visa à remoção da flora transitória e

diminuição da flora residente, através da ação química das substâncias degermantes anti-

sépticas e da ação mecânica ou escovação. A flora transitória é composta por todos os tipos de

germe, variando de um indivíduo para outro e sendo facilmente transmissível. A flora

permanente instala-se mais profundamente nos folículos pilosos, glândulas sebáceas e por isso

é de difícil remoção. A eficácia do procedimento depende do tempo de contato do anti-séptico

com as mãos, para obter o efeito desejado pela ação do produto e da técnica utilizada.

II - FINALIDADE Reduzir a presença de micro-organismos da pele, assim como o risco de

contaminação da ferida cirúrgica. Os agentes anti-sépticos utilizados na degermação devem

ter ação contra a flora residente e transitória, além de proporcionar efeito residual, mantendo

baixa a contagem microbiana da pele abaixo das luvas.

III - INDICAÇÃO

- Antes de qualquer procedimento cirúrgico e para toda a equipe cirúrgica;

- Antes da realização de procedimentos invasivos, ex: inserção de cateter intravascular

central, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias,

procedimentos hemodinâmicos, preparo de soluções parenteral e enteral, outros.

IV - INSUMOS NECESSÁRIOS

- Escovas embebidas em anti-séptico degermante (clorexidina);

- Lavabo cirúrgico;

- Água livre de contaminantes químicos e biológicos, com controle microbiológico

semestral;

- Torneiras cujo comando deve ocorrer com o cotovelo, pé, joelho ou célula fotoelétrica;

- Compressas estéreis.

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V – TÉCNICA

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VI – OBSERVAÇÕES

• As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser descartáveis, impregnadas

ou não com anti-sépticos. As cerdas devem ser macias e os movimentos de fricção suave,

para não lesionar a pele.

• Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos

para as cirurgias subseqüentes, desde que em continuidade, e que a cirurgia anterior não

tenha sido infectada. Neste caso, deve-se obedecer ao tempo de 5 minutos.

• Refazer a escovação sempre que houver contato acidental com superfícies contaminadas.

• O lavabo cirúrgico deve ser exclusivo para o preparo cirúrgico das mãos e antebraço.

Deve possuir profundidade suficiente que permita a lavagem do antebraço sem que o

mesmo toque no equipamento.

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VII - OUTROS ASPECTOS DA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS

• As unhas do profissional de saúde devem ser mantidas limpas, curtas e saudáveis;

• Não use unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes;

• Retire anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir ao paciente;

• Aplique creme hidratante nas mãos, diariamente, para evitar ressecamento da pele;

• Lesões de pele aumentam o risco de infecção tanto para o paciente quanto para a equipe

cirúrgica. Portanto, devem ser avaliadas quanto ao risco de exudação.

VIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/ANVISA – Brasília,

2007. - POSSARI, JF. Centro Cirúrgico – Planejamento, Organização e Gestão. Ed. Iátria, 3ª edição, São Paulo, 2007. - HINRICHSEN, SL. Biossegurança e Controle de Infecções – Risco Sanitário Hospitalar. Ed. Medsi, Rio de Janeiro,

2004. - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe

sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.


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