ANP realiza reuniões prévias à audiência pública de P,D&I
Com o objetivo de discutir de forma abrangente a
proposta do novo Regulamento Técnico que estabelece as
definições, diretrizes e normas para realização de
despesas em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
(P,D&I), a ANP está promovendo encontros com
associações, empresas petrolíferas, empresas fornecedoras
de bens e serviços e universidades antes da audiência
pública nº 10/2014, que acontecerá no próximo dia 25 de
agosto.
No dia 18 de julho, foi realizada uma reunião com
representantes da Anpei - Associação Nacional de
Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras,
CNI – Confederação Nacional da Indústria, Onip -
Organização Nacional da Indústria do Petróleo, e Sebrae -
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas.
Dando continuidade aos debates, em 21 de julho, a equipe
da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento
Tecnológico da ANP (SPD) se reuniu com representantes
do IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e
Biocombustíveis e das principais petrolíferas que atuam
no Brasil (Petrobras, Shell, BG Brasil, Statoil, Chevron e
Repsol Sinopec). Esta edição do boletim Petróleo e P&D
traz alguns comentários proferidos pelos representantes
das concessionárias sobre a minuta do Regulamento
Técnico.
As novas regras propostas pela ANP também foram
apresentadas pelo superintendente de Pesquisa e
Desenvolvimento Tecnológico, Elias Ramos de Souza,
durante sessão especial realizada no último dia 23 de
julho, dentro da programação da 66ª Reunião Anual da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Para dar início ao debate com universidades, foi realizada
uma reunião com a comunidade científica na
Coppe/UFRJ em 29 de julho, e estão programados para os
próximos dias encontros na Universidade de Campinas
(Unicamp), na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e
na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Desde a rodada zero de licitação de blocos, a ANP
introduziu nos contratos de concessão a obrigação de
investimentos em pesquisa e desenvolvimento
correspondentes a 1% do faturamento bruto nos campos
em que a participação especial é devida. Pelo menos 50%
do montante devem ser investidos em universidades e
instituições de pesquisa credenciadas pela ANP. E o
restante dos recursos pode ser investido nas instalações do
concessionário, suas afiliadas ou empresas contratadas.
Desde a implantação do Regulamento Técnico nº 5, em
2005, novos instrumentos foram assinados, destacando-se
o contrato de cessão onerosa, os contratos de concessão
das rodadas 11 e 12 e, mais recentemente, o contrato de
partilha de produção.
Considerando-se, portanto, a necessidade de ajustar a
regulamentação aos novos contratos celebrados, a
perspectiva de elevado volume de recursos gerado pela
obrigação de investimento em P,D&I para os próximos
anos, bem como o aprendizado adquirido ao longo dos
nove anos de aplicação do Regulamento Técnico nº
5/2005, torna-se de grande relevância a revisão das regras
atuais de aplicação dos recursos de P,D&I.
Dos principais aspectos propostos na nova regulamentação,
destaca-se o estabelecimento de aplicação de pelo menos
10% dos recursos referentes à obrigação de investimentos
em empresas brasileiras fornecedoras da cadeia de petróleo,
gás natural e biocombustíveis, como forma de ampliar a
capacidade de conteúdo nacional em bases competitivas.
Outra modificação é a previsão de que um Comitê
Técnico-Científico, com atribuições e composição
definida pela ANP, estabeleça diretrizes para a aplicação
dos recursos correspondentes aos mínimos obrigatórios de
50% nas instituições credenciadas e aos 10% nas
empresas brasileiras.
A consulta pública ficará aberta até 14 de agosto no sítio
da ANP em www.anp.gov.br em Página Principal >
Consultas e Audiências Públicas.
Regulamento Técnico de P,D&I:
representantes de concessionárias
comentam minuta p.3
Instituições Credenciadas: Novo sistema de
consulta é disponibilizado
p.10
EXPEDIENTE
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Diretora-geral Magda Maria de Regina Chambriard
Diretores Florival Rodrigues de Carvalho Helder Queiroz Pinto Junior José Gutman Waldyr Martins Barroso
Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Elias Ramos de Souza - Superintendente Tathiany Rodrigues Moreira de Camargo – Superintendente-adjunta Anália Francisca Ferreira – Assessora de Superintendência
Coordenação de Banco de Dados e Estatística José Lopes de Souza – Coordenador Victor Manuel Campos Gonçalo Denise Coutinho da Silva Márcio Bezerra de Assumpção Roberta Salomão Moraes da Silva
Coordenação de Estudos Estratégicos José Carlos Tigre – Coordenador Alice Kinue Jomori de Pinho Jacqueline Barboza Mariano Krongnon Wailamer de Souza Regueira Ney Mauricio Carneiro da Cunha Patricia Huguenin Baran
Coordenação de Formação e Capacitação Profissional Ana Maria Botelho M. da Cunha – Coordenadora Bruno Lopes Dinucci Diego Gabriel da Costa Mirian Reis de Vasconcelos Rafael Cruz Coutinho Ferreira
Coordenação de Pesquisa e Desenvolvimento Luciana Maria Souza de Mesquita – Coordenadora Marcos de Faria Asevedo Aelson Lomonaco Pereira
Alex de Jesus Augusto Abrantes Anderson Lopes Rodrigues de Lima Antônio José Valleriote Nascimento Claudio Jorge Martins de Souza Elson Meneses Correia Joana Duarte Ouro Alves Leonardo Pereira de Queiroz Luiz Antonio Sá Campos Maria Regina Horn Moacir Amaro dos Santos Filho
Elaboração Denise Coutinho da Silva Roberta Salomão Moraes da Silva Victor Manuel Campos Gonçalo
Edição nº 11 – Julho de 2014
3
Representantes de concessionárias comentam novo Regulamento Técnico
Com o intuito de debater amplamente a minuta do
Regulamento Técnico que estabelece novas regras para
realização de despesas em Pesquisa, Desenvolvimento e
Inovação (P,D&I), a ANP está promovendo reuniões
prévias à audiência pública do próximo dia 25 de agosto
com associações, empresas petrolíferas, empresas
fornecedoras e universidades.
Após nove anos da criação das regras que tratam da
aplicação dos recursos a que se refere a Cláusula de
Pesquisa e Desenvolvimento estabelecidas na Resolução
ANP nº 33/2005 e no Regulamento Técnico ANP nº
5/2005, faz-se necessária sua revisão. Para isso, a ANP
está conversando com os agentes regulados sobre as
novas diretivas para o emprego dos recursos.
A fase de consulta pública tem a finalidade de: identificar
e debater os aspectos relevantes da matéria em discussão;
recolher subsídios, informações e dados para a decisão ou
o encaminhamento final do assunto; propiciar aos agentes
econômicos, usuários e consumidores, a possibilidade de
oferecerem comentários e sugestões sobre a matéria em
discussão; e dar publicidade e transparência às ações da
ANP.
A revisão do regulamento tem como objetivos:
Adequar a regulamentação aos contratos vigentes,
validando as diretrizes das Rodadas 11, 12 e Partilha
da Produção para os contratos anteriores;
Ampliar a atuação da ANP na definição da Agenda
de Investimentos em P,D&I;
Fortalecer a ampliação do Conteúdo Local,
estimulando a aplicação de recursos em micro,
pequenas e médias empresas industriais e de serviços
nacionais;
Consolidar regras mais claras e abrangentes,
principalmente sobre despesas admitidas,
procedimentos de fiscalização e ativos gerados.
Assim, espera-se que a partir do debate e da provocação
dos agentes externos através da consulta pública, o
conteúdo do Regulamento ainda possa ser aperfeiçoado.
Novas regras para aplicação dos recursos
As novas regras pretendem estimular a capacitação
tecnológica de empresas brasileiras da cadeia de
fornecedores do setor, como forma de ampliar o conteúdo
local em bases competitivas, estimulando a interação
entre instituições credenciadas e empresas no
desenvolvimento e implantação de novos produtos,
processos e serviços.
Para isso, foram redefinidos os percentuais para aplicação
dos recursos.
A partir da 11ª Rodada e na 1ª Rodada do Pré-Sal
(contratos de partilha), foi estabelecida a aplicação de
pelo menos 10% dos recursos referentes à obrigação de
investimentos em empresas brasileiras fornecedoras da
cadeia de petróleo, gás natural e biocombustíveis. O
objetivo é estimular o desenvolvimento tecnológico no
Brasil e evitar que o País seja mero absorvedor de
tecnologia estrangeira. Dessa maneira, o percentual
proposto para as empresas petrolíferas no novo
Regulamento é o seguinte:
Durante reunião realizada no dia 21 de julho com a equipe
da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento
Tecnológico da ANP, representantes do IBP e das
principais petrolíferas (Petrobras, Shell, BG Brasil, Statoil,
Chevron e Repsol Sinopec) fizeram comentários e
sugestões para o novo texto do Regulamento.
Richard Moore, Chief Technology Officer do BG Group,
comentou por e-mail em nome da empresa que “visando
garantir o alto nível de qualidade dos projetos de P&D,
por meio da atração de profissionais altamente
qualificados para trabalhar no Brasil, em atividades como
concepção, coordenação técnica e realização de tais
projetos, entendemos que o melhor caminho seja o de
preservar o conceito de realização das despesas nas
instalações do próprio concessionário, contemplando a
possibilidade de incluir a indispensável contribuição do
REGULAMENTO TÉCNICO DE P,D&I
Instituições de Ciência e Tecnologia Credenciadas:
aplicação de, no mínimo, 40% dos recursos;
Empresas fornecedoras nacionais: aplicação de 20%
dos recursos, prioritariamente em empresas de
pequeno porte (micro, pequenas, médias, incubadas e
start ups);
Instalações próprias das empresas petrolíferas
concessionárias: aplicação de até 40% dos recursos.
Edição nº 11 – Julho de 2014
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corpo técnico das empresas de exploração e produção
entre os gastos qualificáveis na cláusula de P&D”.
Na opinião de João Mariano, gerente de Tecnologia da
Shell Brasil, para que o País e não somente a indústria de
petróleo tire proveito da revisão do regulamento, as
visões dos diversos agentes devem ser ajustadas. Com
relação à proteção às empresas de pequeno porte no
texto, ele argumentou “Na Shell, nunca fazemos pesquisa
sem participação de pequenas empresas e laboratórios. O
processo flui melhor sem essa preocupação em proteger
os pequenos”.
Propriedade Intelectual
A proposta do novo Regulamento Técnico é que a
propriedade intelectual seja atribuída a quem
desenvolveu a tecnologia e não à empresa que transferiu
os recursos financeiros para o projeto. Dessa maneira, os
direitos de propriedade serão integralmente das
instituições ou empresas que efetivamente executaram as
atividades de P,D&I, e nos casos em que haja parceria, os
direitos serão compartilhados. A co-titularidade da
empresa petrolífera será em percentual correspondente à
sua participação no desenvolvimento da pesquisa.
Alguns representantes de empresas petrolíferas
comentaram sobre esse tema:
“Nós não só pagamos os pesquisadores, simplesmente.
Participamos efetivamente das pesquisas, levando
algum conhecimento já desenvolvido dentro de casa,
algum estudo já em andamento para aplicar os
recursos da melhor maneira possível, e com isto, trazer
resultados práticos para nossas empresas. Se não
pudermos também deter a propriedade intelectual,
não teremos interesse em desenvolver tecnologia no
Brasil”, João Mariano, Gerente de Tecnologia da Shell
Brasil.
“Acreditamos que a iniciativa de disciplinar a alocação
da propriedade intelectual cumpre as diretrizes da Lei
da Inovação, cujo regime privilegia a co-propriedade
dos resultados e garante a flexibilidade necessária para
a estratégia de proteção. Do contrário, pode-se criar
obstáculos da integração desses resultados na cadeia
produtiva e, consequentemente, prejudicar a tradução
da pesquisa em inovação“, Richard Moore, Chief
Technology Officer do BG Group.
Comitê Técnico Científico
A criação de um Comitê Técnico Científico que estabeleça
diretrizes para aplicação dos recursos em Instituições de
Ciência e Tecnologia e empresas, defina áreas prioritárias,
atividades e projetos de interesse e fixe percentual mínimo
para aplicação de recursos em programas e projetos
específicos também gerou controvérsia durante a reunião.
As petrolíferas argumentaram que os representantes da
indústria deveriam ter participação em igual número aos
agentes do Governo no Comitê. Também foi sugerido que
empresas trabalhem junto com o Comitê na definição dos
temas e áreas prioritárias e que seu regimento seja
discutido em conjunto.
Aprovação Preliminar dos Projetos
Todos os projetos a serem executados por instituições de
ciência e tecnologia credenciadas e empresas
fornecedoras – o equivalente a até 60% dos recursos –
devem ser aprovados pela ANP.
Sobre isso, Moore, do BG Group, comentou por e-mail:
“Acreditamos que, uma vez assegurado um prazo
razoável de duração dos pedidos de autorização, a pré-
aprovação de projetos pela ANP será um avanço
significativo, pois garantirá aderência e relevância de
temas de pesquisa a serem desenvolvidos no Brasil e
também contribuirá para reduzir a exposição das
concessionárias ao risco de não qualificação dos
investimentos mandatórios da cláusula de P&D,
“A colaboração de um comitê técnico
científico pode ajudar a prover um
direcionamento dos temas estratégicos para o
desenvolvimento da indústria de O&G, e
capturar o máximo valor da contribuição da
indústria no setor. Esperamos que sua
atuação seja indicativa e não mandatória, em
linha com os preceitos norteadores da
atividade de fomento da ANP, com foco no
estabelecimento de indicadores estratégicos e
proposição de áreas-chave de pesquisa”,
Moore, BG Group.
“Acreditamos que o objetivo de estimular o
envolvimento de pequenas e médias empresas
no processo de inovação será atingido de
forma mais eficaz mediante a substituição das
limitações propostas aos investimentos em
projetos com grandes empresas pelo fomento
à cooperação e troca de conhecimento entre
fornecedores de portes diferentes” , Moore, BG
Group.
Edição nº 11 – Julho de 2014
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conferindo maior segurança para o cumprimento da
obrigação”.
Para concluir, Antonio Guimarães, do IBP, emitiu um
comunicado conjunto com as petrolíferas em que
afirmou: “As empresas têm papel fundamental para
impulsionar a inovação, a pesquisa e o
desenvolvimento. O setor produtivo conhece as
deficiências, gargalos e necessidades que precisa
superar para fomentar o crescimento com qualidade.
A indústria tem todo o interesse em participar da
construção de uma solução com vistas a esse
crescimento, além de contribuir para a capacitação e
o aumento contínuo da produtividade. Os recursos
para assegurar o investimento no fomento de novas
tecnologias são essenciais para produzir com
qualidade no Brasil, desenvolvendo o conteúdo
nacional”.
A consulta pública ficará aberta até 14 de agosto no sítio
da ANP em www.anp.gov.br em Página Principal >
Consultas e Audiências Públicas. Estão disponíveis para
leitura no sítio a minuta da Resolução que aprova o
Regulamento Técnico, a minuta do Regulamento Técnico
e a Nota Técnica SPD n° 6/2014.
É importante que os agentes externos enviem seus
comentários e sugestões através do formulário que
também está na página da ANP na Internet. Para
comparecer à audiência pública, no dia 25 de agosto,
basta preencher o formulário de inscrição e enviar para o
e-mail [email protected].
ANP autoriza R$ 32 milhões em investimentos em P,D&I em junho
Em junho de 2014, a ANP concedeu autorização prévia
para nove projetos de investimento em P,D&I, gerando
investimentos de cerca de R$ 32 milhões. Foram seis para
implantação de infraestrutura laboratorial – incluindo o
primeiro da concessionária Parnaíba Gás Natural, dois
para recursos humanos e um para pesquisa em energia,
conforme tabela a seguir.
Autorizações Prévias de Junho de 2014
Concessionária Projeto Instituição Executora
Valor Autorizado (R$)
BG Fomento à Formação de Recursos Humanos em Gestão das Águas Usando Nanotecnologia Aplicada à Indústria de Petróleo e Gás
UFSC 15.808.522,43
BG Estudo Integrado de Formação Mucuri da Bacia do Espírito Santo UFRGS 313.462,51
BG Análise de Risco para o Desenvolvimento e Gerenciamento de Campos de Petróleo e Potencial uso de Emuladores
UNICAMP 149.100,00
BP Fermentação Contínua Multifásico com Recuperação, Reativação e Reciclo de Fermento para Obtenção de Vinhos com Alto teor Alcoólico
CNPEM 230.000,00
Petrobras
Apoio a Infraestrutura do PEMM/COPPE para dar suporte aos Estudos do Efeito do Envelhecimento sob Atmosfera Rica em Hidrogênio em Aços 2,25 Cr1MO(V) e aos Estudos da Previsão de Vida Útil de Aços HP utilizados em Fornos de Reforma.
UFRJ 7.416.126,86
Petrobras Reologia e Hidratos PUC-Rio 426.643,90 Petrobras Construção de Anexo ao TPN para Simulador Marítimos de Manobras USP 596.358,71
Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em "Tecnologia de Construção Naval" por meio da continuidade do PRH-PB 04
UFPE 6.582.547,30
Parnaíba Gás Natural
Estudo e desenvolvimento de métodos de imageamento em profundidade a partir da superfície com topografia variável
UFRN 300.167,10
TOTAL 31.822.928,81
Fonte: SPD/ANP.
A Parnaíba Gás Natural recebeu autorização para
executar, em parceria com o Departamento de Física
Teórica e Experimental da UFRN, o desenvolvimento
e implementação, em 2D e 3D, de métodos de
imageamento em profundidade a partir de superfícies
com topografia variável.
AUTORIZAÇÕES PRÉVIAS
Edição nº 11 – Julho de 2014
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A BP recebeu um aditivo ao seu projeto de pesquisa
em bioetanol. Esse incremento irá proporcionar o
aumento das atividades de operação da unidade piloto
por um período superior a 30 dias e a realização de
projeto mecânico. Esse projeto, que já está na Fase 2,
tem como objetivo desenvolver um processo em
fermentação contínua multiestágio com recuperação,
reativação e reciclo do fermento para obter vinhos de
alto teor alcoólico, com vistas a aumentar a
produtividade do produto, além da disseminação da
tecnologia obtida.
Os projetos autorizados para a BG somaram mais de
R$ 16 milhões e incluem dois de infraestrutura
laboratorial e um de recursos humanos. Este último
faz parte do programa que visa à estruturação, na
UFSC, de um centro de referência em pesquisa de
classe mundial no Brasil em tratamento e gestão das
águas no setor de petróleo e gás usando
nanotecnologia. O projeto prevê intercâmbio
acadêmico entre a UFSC e a Universidade RICE, de
Houston, EUA, contando com a participação de 25
professores e 60 estudantes.
No Instituto de Geociências da UFRGS, a BG
executará projeto que visa estabelecer um arcabouço
estratigráfico sequencial de alta resolução, integrando
perfis faciológicos de testemunhos, perfis litológicos
compostos de poços, perfis elétricos e radioativos, e
dados sísmicos, para o intervalo estratigráfico que
compreende a formação Mucuri, na Bacia do Espírito
Santo.
No outro projeto de infraestrutura laboratorial, a BG
terá como principal meta verificar a potencial
aplicação de procedimentos de emuladores em
simulação numérica de reservatórios, com o objetivo
de comparar e verificar os resultados do simulador
comercial e, eventualmente, de outros metamodelos.
Já a Petrobras, recebeu autorização para seu programa
de recursos humanos de nível superior. É um programa
já existente e servirá para a concessão e manutenção de
bolsas de estudo, além de manutenção e melhoria das
atividades necessárias ao desenvolvimento da
programação acadêmica – a taxa de bancada.
Além desse, a concessionária irá executar mais de R$
7 milhões em um projeto no Programa de Engenharia
Metalúrgica e de Materiais (PEMM/COPPE) da
UFRJ. Serão realizadas melhorias na infraestrutura de
ensaios mecânicos e de caracterização microestrutural,
através da construção e equipagem de um Laboratório
de Fluência e Tratamentos Térmicos/Hidrogênio e da
instalação de equipamentos e dos sistemas elétrico e
de climatização no Laboratório de Microscopia já
existente, para possibilitar o estudo da metodologia
não destrutiva na previsão da vida útil dos aços HP
utilizados em fornos de reforma.
Em outro projeto, a Petrobras promoverá a criação das
condições apropriadas à implantação de uma grande
linha de pesquisa sobre o fenômeno da formação de
hidratos e os seus impactos na indústria do petróleo,
utilizando ferramentas da reologia. Estas condições
incluem a formação de pessoal e a instalação de
infraestrutura.
Na USP, a Petrobras desenvolverá sistemas de
simulação em tempo real, com o refinamento dos
modelos de manobra e navegação, inclusão de
modelos de colisão, capacitação e construção de um
sistema do tipo full-bridge contendo as mais modernas
tecnologias com arquitetura de hardware flexível e
que permita múltiplos usuários. Consiste no
desenvolvimento de software e hardware para o
sistema completo de realidade virtual imersivo para a
simulação de embarcações em ambiente portuário,
offshore e fluviais. O projeto autorizado tem como
objetivo construir o centro de simulação, no prédio do
Tanque de Provas Númerico-USP em uma área de 326
m2, que terá a correta adequação dos espaços físicos
para abrigar os simuladores.
De 2006 a junho de 2014, a ANP concedeu 1.218
autorizações prévias, gerando investimentos em várias
instituições e beneficiando diversos estados, conforme
as tabelas a seguir.
Errata: Na edição anterior, 1 (um) projeto de alteração
de escopo foi contabilizado, equivocadamente, como
uma autorização prévia. Além deste, foi corrigido o
valor autorizado para um projeto da Petrobras. Dessa
forma, até o mês de maio o número de autorizações
era de 1.209, com montante de R$ 3.860.065.554.
Edição nº 11 – Julho de 2014
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* O projeto PNQP/Prominp foi somado no número de projetos de SP por ser a sede administrativa, mas os recursos foram distribuídos pelas UFs de
acordo com a destinação prevista no projeto.
** Estão incluídos três projetos Ciência Sem Fronteiras de participação nacional (R$336.764.378,20), o Programa INCT/MCT (R$15.186.253,80), o
primeiro projeto de apoio ao PRH (R$8.122.564,80), o projeto para apoio à elaboração de projetos executivos relacionados à implantação de
infraestrutura laboratorial (R$20.000.000,00) e os três poços estratigráficos perfurados pela Petrobras (R$ 298.684.561,00).
Recursos por Instituição
Instituição Nº de Autorizações Recursos (R$) % Recursos
UFRJ 231 487.235.926 12,52% UFPE 35 158.143.374 4,06% PUC-Rio 47 135.189.822 3,47% UNICAMP 66 118.786.530 3,05% UFSC 39 116.464.750 2,99% UFRN 67 105.260.862 2,70% UFRGS 64 100.018.609 2,57% USP 60 87.046.340 2,24% UFF 26 78.008.458 2,00% IEAPM/ Marinha do Brasil 2 73.877.740 1,90% UFS 20 57.779.629 1,48% UFES 17 53.758.117 1,38% UFSCar 18 50.403.080 1,30% UFBA 33 50.279.438 1,29% IPT-SP 16 49.392.281 1,27% UERJ 26 49.001.073 1,26% CIABA/ Marinha do Brasil 1 47.881.369 1,23% INT 14 42.252.639 1,09% CIAGA/ Marinha do Brasil 2 40.651.490 1,04% Instituições Diversas 431 1.641.734.174 42,18% PNQP/PROMINP* 3 348.722.780 8,96%
Total 1.218 3.891.888.483 100,00%
Fonte: SPD/ANP.
*Programas de capacitação de recursos humanos que envolvem várias instituições no Brasil.
Recursos por Unidade Federativa
UF* Nº de Autorizações Recursos (R$) % Recursos
RJ 429 1.296.158.373 33,30% SP 215 500.746.068 12,87% PE 38 208.426.010 5,36% RS 110 191.351.429 4,92% RN 76 166.892.674 4,29% BA 49 136.564.630 3,51% SC 41 121.507.838 3,12% MG 66 113.950.974 2,93% SE 27 86.465.093 2,22% ES 18 74.537.360 1,92% PA 11 66.150.887 1,70% PR 30 60.211.539 1,55% CE 29 55.905.313 1,44% DF 22 38.174.084 0,98% MA 8 28.914.543 0,74% AL 6 19.508.135 0,50% AM 8 16.919.867 0,43% PB 17 14.585.928 0,37% GO 4 8.251.185 0,21% MS 2 7.694.684 0,20% PI 1 3.630.090 0,09% TO 1 973.944 0,03% MT 1 367.500 0,01% RO 0 144.630 0,00% Nacional** 9 673.855.705 17,31%
Total 1.218 3.891.888.483 100,00%
Edição nº 11 – Julho de 2014
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O quadro abaixo mostra uma divisão dos projetos por área temática.
Autorizações Prévias Concedidas pela ANP de 2006 a 2014 por Área
Área Nº de Autorizações Recursos (R$) % Recursos
Exploração 126 242.309.191 6,23%
Desenvolvimento e Produção 258 680.019.526 17,47%
Abastecimento 195 326.144.944 8,38%
Gás, Energia, Desenvolvimento Sustentável 194 281.695.935 7,24%
Gestão e Inovação 7 6.064.637 0,16%
Núcleos Regionais (multiáreas) 57 201.704.299 5,18%
Prominp* 6 437.255.639 11,24%
Projetos Avulsos (multiáreas) 155 484.347.166 12,45%
Recursos Humanos ** 195 563.847.120 14,49%
Ciência Sem Fronteiras 9 369.815.464 9,50%
Poço Estratigráfico 16 298.684.561 7,67%
Total 1.218 3.891.888.483 100,00%
Fonte: SPD/ANP.
* Inclui as despesas previstas nos projetos PNQP/Prominp, Ciaga/Marinha do Brasil e Ciaba/Marinha do Brasil e despesas de infraestrutura laboratorial no valor de R$ 66.388.520,60. ** Inclui despesas de infraestrutura laboratorial no valor de R$ 14.332.494,52.
A Figura abaixo mostra a distribuição dos recursos de P,D&I autorizados, por estado e região.
Fonte: SPD/ANP.
Edição nº 11 – Julho de 2014
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A tabela ao lado apresenta as concessionárias
que já receberam autorizações prévias para
realização de despesas obrigatórias. A
admissão destas despesas é regulamentada pela
Resolução ANP nº 33/2005 e pelo
Regulamento Técnico ANP nº 5/2005. Além de
avaliar e aprovar os projetos encaminhados
pelos concessionários, a ANP fiscaliza o
cumprimento das normas, reconhecendo ou
não a aplicação dos investimentos em P,D&I,
por meio de análise técnica dos relatórios
anuais encaminhados pelos concessionários e
por visitas técnicas aos projetos.
Em junho, 37 unidades de pesquisa credenciadasEm junho, 37 unidades de pesquisa foram
credenciadas, segundo a regulamentação vigente.
Dessa forma, até esse mês, 185 unidades de pesquisa
de 56 instituições foram credenciadas.
Para executar projetos de pesquisa, desenvolvimento e
inovação com recursos oriundos da Cláusula de
Investimento em P,D&I, as instituições interessadas
devem ser credenciadas pela ANP. O credenciamento é
o reconhecimento formal de que a instituição atua em
atividades de pesquisa e desenvolvimento em áreas de
relevante interesse para o setor de petróleo, gás natural e
biocombustíveis, e que possui infraestrutura e condições
técnicas e operacionais adequadas para seu desempenho.
Uma vez credenciada, a instituição se torna apta a
receber recursos provenientes da cláusula presente nos
contratos para exploração, desenvolvimento e produção
de petróleo e gás natural.
O credenciamento de instituições de P,D&I por parte da
ANP obedece as regras, as condições e os requisitos
técnicos estabelecidos pela Resolução ANP nº 47/2012 e
o respectivo Regulamento Técnico ANP nº 7/2012. O
processo de credenciamento consiste em quatro etapas:
cadastro de informações e envio da solicitação por
intermédio do Siped no sítio na ANP na internet;
protocolo, no escritório central da ANP, do documento
de solicitação gerado no sistema; avaliação da
solicitação, que consiste em análise técnica do pedido e,
a critério da ANP, em visita técnica à instituição
relevante; e emissão de parecer e formalização da
decisão do credenciamento.
A instituição interessada pode apresentar a solicitação de
credenciamento a qualquer tempo, pois o processo é
contínuo, não havendo data limite para seu
encerramento. Uma mesma instituição pode ter mais de
uma unidade de pesquisa credenciada, em função das
peculiaridades de sua estrutura organizacional e das
atividades de P,D&I por ela desenvolvidas nas diferentes
áreas do setor.
No sítio da ANP, no endereço www.anp.gov.br >>
Pesquisa e Desenvolvimento >> Credenciamento das
Instituições de P,D&I, podem ser acessados as Resoluções
ANP e o Regulamento Técnico ANP nº 7/2012, bem como
arquivo tutorial contendo instruções para acesso ao Siped e
preenchimento dos dados. Maiores esclarecimentos podem
ser obtidos pelo e-mail: credenciamentop&[email protected].
Projetos e Recursos por Concessionária (2006 a 2014)
Concessionária Nº de
Autorizações Recursos (R$) % Recursos
Petrobras 1.147 3.667.270.866 94,23%
BG 25 147.213.501 3,78%
Shell 4 23.418.572 0,60%
Statoil 13 23.010.203 0,59%
Repsol 7 8.714.634 0,22%
Sinochem 7 8.656.499 0,22%
Chevron 8 6.273.776 0,16%
Frade Japão 1 3.157.523 0,08%
BP 2 2.321.858 0,06%
Queiroz Galvão 1 1.154.289 0,03%
ONGC 1 285.495 0,01%
Rio das Contas 1 111.101 0,00%
Parnaíba Gás Natural 1 300.167 0,01%
Total 1.218 3.891.888.483 100,00%
Fonte: SPD/ANP.
CREDENCIAMENTO EM P&D
Edição nº 11 – Julho de 2014
10
Novo sistema de consulta das Unidades de Pesquisa de Instituições Credenciadas
Neste mês foi disponibilizada nova plataforma para
consulta das unidades de pesquisa de instituições
credenciadas. Ela pode ser acessada no sítio da
ANP, no endereço www.anp.gov.br >> Pesquisa e
Desenvolvimento >> Instituições Credenciadas.
O novo sistema permite realizar consultas por
Unidade Federativa, Área de Pesquisa, Temas, ou
ainda, listar todas as unidades de pesquisa das
instituições credenciadas.
Além disso, estão disponibilizadas informações dos
coordenadores e equipe técnica de cada unidade de
pesquisa e a cópia da autorização publicada no
Diário Oficial da União com a relação de linhas de
pesquisa em que a unidade atua.
Com esse novo serviço a ANP espera tornar mais
fácil e rápido o contato entre as concessionárias e
as instituições credenciadas em P,D&I.
A figura a seguir mostra a localização regional das instituições credenciadas pela ANP até 30/06/2014, segundo
regulamentação vigente.
Fonte: SPD/ANP.
No que tange às áreas e aos temas em que atuam as
instituições credenciadas, a tabela a seguir relaciona
todas as instituições ao seu escopo de pesquisa. São
185 unidades de pesquisa credenciadas pela ANP,
habilitadas para atuar em 23 temas relacionados à
indústria de petróleo, gás natural e biocombustíveis.
Para mais informações sobre as unidades de pesquisa,
consulte o novo sistema no sitio da ANP.
Edição nº 11 – Julho de 2014
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Instituições Credenciadas, por Área e Tema
Área Tema Instituição
Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural – Onshore e Offshore
Exploração
Abendi, Ezute, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, UCL, Ufop, Unifei, UFSC, CNPEM, UERJ, USP, UFF, Unisinos, PUC-Rio, UFPR, ISDB, Unisanta, UENF, UFRJ, Unicamp, PUC-RS, ISDB, UFRGS, UFRN, UFPE, UNESP-RC
Produção
Abendi, CTI, CNEN, Ezute, Senai Cimatec, Senai Cetind, UFOP, UFU, UFSC, CNPEM, Unifei, PUC-Rio, USP, SATC, ISDB, Unisanta, UFRGS, UENF, UFRJ, ISDB, Unicamp, INT, UCP
Recuperação Avançada de Petróleo CNEN, CNPEM, UFSC, ISDB, UFRJ, PUC-Rio, UFBA, USP, Unicamp
Engenharia de Poço IEAv, Senai Cimatec, UFSC, UCL, CNPEM, ISDB, Unisanta, UFRJ, UFRGS, USP, Unicamp, PUC-Rio, UCP, Unisuam
Gás Natural
Produção e Processamento de Gás Natural Unisanta, UFRJ, USP, Unicamp
Movimentação e Armazenamento de Gás Natural Abendi, Senai Cimatec, UFSC, USP, UFRJ, PUC-Rio
Utilização de Gás Natural Unifei, UFPR, Senai Cimatec, CNPEM, PUC-Rio, ISDB, Unisanta, IPEN, INT, UFSC
Abastecimento
Refino Abendi, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, CNEN, Dnit, UFSC, CNPEM, CTEx, UFRJ, ISDB, Unisanta, PUC-Rio, UFRGS, UFBA, Unicamp, IPEN
Combustíveis e Lubrificantes UFMG, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, UFRJ, Unisanta, UFRGS, USP
Petroquímica de 1ª e 2ª Geração IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, UFSC, UFRGS, Unisanta, INT, UFRJ, UFBA, IPEN
Biocombustíveis
Biodiesel UFMG, Tecpar, IAC, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, Unimontes, Unesp, CNPEM, UFSC, UFRJ, Unisanta, UFRGS, UFSCar, UFBA, USP, PUC-Rio, UFJF, UCP
Bioetanol Unifei, IAC, IMT, Senai Cetind, CNPEM, UFRJ, UFSCar, Unicamp, UFRGS
Energia a partir de outras fontes de biomassa UFMG, Tecpar, IAC, IMT, Senai Cetind, Unimontes, Feevale, CNPEM, UFGD, SATC, UFRJ, UFRGS, UFBA, INT, PUC-Rio
Biocombustíveis Avançados (2ª, 3ª, 4ª geração) UFMG, IAC, IMT, Senai Cetind, CNPEM, UFRJ, UFRGS, INT, USP, Unicamp
Bioquerosene de Aviação IMT, Senai, Unesp, CNPEM, Unifei, UFRJ, INT, UFRGS
Outras Fontes de Energia
Hidrogênio Unesp, Senai Cetind, CNPEM, SATC, Unisanta, UFRGS, IPEN, INT, UFRJ, USP, PUC-Rio
Energia Solar UFSC, CNPEM, UFGD, UFRGS, Unisanta, PUC-Rio, UFRJ
Outras Fontes Alternativas IAC, Senai Cimatec, Unifei, PUC-Rio, ISDB, UFRJ, ITD
Temas Transversais
Materiais
UFMG, UFU, UFPR, Senai-RJ, Abendi, CTI, IEAv, Senai Cimatec, UFSC, Dnit, Certi, CNPEM, Unifei, UFRGS, INT, CTEx, ISDB, Unisanta, UFSCar, PUC-Rio, UFRJ, UFBA, Unicamp, UCP
Segurança e Meio Ambiente
UFBA, Tecpar, UFPR, CHM, IEAPM, JBRJ, Abendi, Ezute, IAC, IEAv, IMT, Senai Cetind, CNEN, Unimontes, Feevale, CNPEM, Unifei, IRT, UFGD, Unifap, UFSC, USP, UFRGS, Unisinos, ISDB, Unisanta, PUC-Rio, PUC-RS, UFMA, UFRJ, Unicamp, INT, UFSC, UCP, UFJF, UENF
Distribuição, Logística e Transporte Ezute, UFSC, CNPEM, USP, ISDB, Unisanta, Uenf, UFSCar, UFRJ, PUC-Rio
Avaliação da Conformidade, Monitoramento e Controle
UFPR, Abendi, CTI, IEAv, Dnit, Certi, UFSC, IRT, Senai-RJ, PUC-Rio, Unisanta, UFRGS, Unicamp, UFRJ, PUC-Rio, UCP
Regulação do Setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Aspectos Econômicos Unifei, Ezute, Certi, UFSC, PUC-Rio
Aspectos Jurídicos -
Fonte: SPD/ANP.
Edição nº 11 – Julho de 2014
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PRH em números
Criado em 1999, fruto da preocupação da ANP com a
escassez de mão de obra especializada para o setor de
petróleo e gás natural, o PRH-ANP-MCTI abrange
hoje 55 programas institucionais, distribuídos em 32
instituições de ensino, em 16 estados do Brasil. Desde
1999, foram alocados mais de R$ 377 milhões para
concessão de 8.290 bolsas e para taxa de bancada.
Os critérios para a seleção dos bolsistas e a aplicação
dos recursos do PRH-ANP são definidos por comitês
gestores formados por docentes das instituições
participantes. Anualmente, o Programa é avaliado em
reuniões dos coordenadores e professores visitantes de
todas as instituições participantes, inclusive a ANP.
Outro encontro anual de avaliação é realizado com a
presença dos bolsistas, que apresentam os resultados
de seus trabalhos.
Em 30/6/2014, os PRHs mantinham 1.154 bolsas de
estudo ativas, além das 37 bolsas de coordenador e 35
de pesquisador visitante, totalizando 1.226 bolsas
ativas. Esses números incluem as bolsas concedidas
com recursos do CT-Petro e da Cláusula de P&D. A
tabela a seguir apresenta os programas e a quantidade
de bolsas de estudo em cada uma delas.
Relação dos Programas de Recursos Humanos da ANP e bolsas ativas em 30/06/2014
Programa Instituição Título do programa Gra MSc DScI DScII
PRH 01 UFRJ/RJ Químico de Petróleo 18 12 7 5
PRH 02 UFRJ/RJ Formação de Profissionais de Engenharia Civil para o Setor de Petróleo e Gás 9 10 7 5
PRH 03 UFRJ/RJ Sistemas Oceânicos e Tecnologia Submarina para Exploração de Petróleo e Gás em Águas Profundas
18 12 8 5
PRH 04 USP/SP Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia 2 4 2 2
PRH 05 UNESP/SP Programa de Recursos Humanos em Geologia e Ciências Ambientais Aplicadas ao Setor de Petróleo e Gás e de Biocombustíveis
17 9 4 1
PRH 06 UFPA/PA Geofísica Aplicada à Exploração e Desenvolvimento de Reservatórios de Petróleo e Gás
3 2 1 1
PRH 07 Puc-Rio/RJ Programa Interdepartamental em Petróleo e Gás 5 4 1 0
PRH 08 UFBA/BA Programa de Pós-Graduação e Graduação em Geofísica e Geologia para o Setor Petróleo e Gás
5 2 0 0
PRH 09 UFSC/SC Formação de Recursos Humanos em Engenharias Mecânica e Química com Ênfase em Petróleo e Gás (Mecpetro)
15 15 11 4
PRH 10 UTFPR/PR Planejamento e Otimização de Processos de Petróleo e Gás Natural 27 9 2 0
PRH 11 UFF/RJ Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geofísica Marinha 3 3 0 0
PRH 12 UFRGS/RS Geologia de Petróleo 13 6 1 1
PRH 13 UFRJ/RJ Programa Engenharia Química 40 26 6 3
PRH 14 UFRN/RN Engenharia de Processos em Plantas de Petróleo e Gás Natural- Núcleo de Pesquisa em Petróleo e Gás Natural – Nupeg
24 13 3 8
PRH 15 Unicamp/SP Ciências e Engenharia dos Recursos Naturais de Óleo e Gás 9 19 2 1
PRH 16 Unifei/MG Engenharia da Energia e do Petróleo 9 6 2 0
PRH 17 UERJ/RJ Formação de Profissionais Qualificados em Análise de Bacia Aplicada à Exploração de Petróleo e Gás Natural
0 7 1 0
PRH 18 UFRJ/RJ Capacitação de Recursos Humanos em Geologia do Petróleo 3 4 2 0
PRH 19 USP/SP Engenharia com Ênfase em Petróleo da EPUSP 18 6 5 3
PRH 20 UENF/RJ Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo 7 3 1 1
PRH 21 UFRJ/RJ Economia, Planejamento Energético e Engenharia de Produção na Indústria do Petróleo
22 19 16 1
PRH 22 UFRN/RN Formação em Geologia, Geofísica e Informática no Setor de Petróleo e Gás na UFRN 23 11 4 2
PRH 24 UFPR/PR Programa Interdisciplinar em Engenharia de Petróleo e Gás Natural 25 16 11 4
PRH 25 UFCG/PB Programa Interdepartamental de Tecnologia em Petróleo e Gás 10 3 0 2
PRH 26 UFPE/PE Arquitetura de Depósitos Sedimentares para Análogos de Reservatórios de Hidrocarbonetos; Impactos Ambientais e Avaliação de Perdas Decorrentes das Atividades da Indústria de Petróleo e Gás Natural
19 7 8 2
O PRH HOJE
Edição nº 11 – Julho de 2014
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Programa Instituição Título do programa Gra MSc DScI DScII
PRH 27 FURG/RS Estudos Ambientais em Áreas de Atuação da Indústria do Petróleo 12 14 5 1
PRH 28 UFPE/PE Engenharia do Processamento Químico do Petróleo 21 22 13 9
PRH 29 UFES/ES Programa Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo em Petróleo e Gás 8 16 1 1
PRH 30 UFRN/RN Programa Multidisciplinar em Petróleo e Gás 3 4 2 0
PRH 31 UFC/CE Formação de Recursos Humanos em Engenharia e Ciências do Petróleo e Gás Natural 1 0 0 0
PRH 32 IMPA/RJ Computação Científica Aplicada à Indústria do Petróleo 0 3 1 4
PRH 33 UERJ/RJ Direito do Petróleo 1 2 1 0
PRH 34 UFSC/SC Formação de Engenheiros nas Áreas de Automação, Controle e Instrumentação para a Indústria do Petróleo e Gás
24 9 3 2
PRH 35 UFRJ/RJ Integridade Estrutural em Instalações da Indústria do Petróleo 32 11 4 5
PRH 36 UFRN/RN Recursos Humanos em Direito do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 21 8 0 0
PRH 37 UFRJ/RJ Engenharia Mecânica Para o Uso Eficiente de Biocombustíveis 8 5 2 1
PRH 38 UFRGS/RS Programa de Formação de Recursos Humanos em Eficiência Energética Aplicada ao Setor de Petróleo, Biodiesel e Gás Natural
7 3 1 1
PRH 39 UFMA/MA Programa Multidisciplinar de Recursos Humanos em Biocombustíveis e Energia 6 4 2 2
PRH 40 UFAL/AL Formação de Profissionais de Engenharia Civil e Química para atuação no Setor de Petróleo, Gás e Energia
11 2 0 0
PRH 41 UFRJ/RJ Engenharia Ambiental na Indústria de Petróleo, Gás e Biocombustíveis 8 6 1 1
PRH 42 UFCG/PB Formação de Engenheiros na Área de Eficiência Energética para o Setor de Petróleo 16 0 0 0
PRH 43 UFRN/RN Programa de Recursos Humanos em Engenharia de Petróleo 14 3 3 0
PRH 44 UFSCar/SP Programa “UFSCar/DEQ -Biocombustíveis”/Formação de Pessoal em Biocombustíveis 10 5 2 1
PRH 45 UFS/SE Programa Multidisciplinar em Tecnologia de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 9 6 0 0
PRH 46 UFMG/MG Programa de Formação de Recursos Humanos em Química de Biocombustíveis 8 2 2 1
PRH 47 UFPE/PE Gestão da Sustentabilidade para a Exploração e Produção de Petróleo na Banda Equatorial
0 0 1 0
PRH 48 UNESP/SP Programa Interdepartamental de Formação de Recursos Humanos com ênfase em Produção de Petróleo e Gás Natural em Campos Maduros e para Recursos Não Convencionais
0 0 0 0
PRH 49 UFBA/BA Programa de Recursos Humanos em Tecnologias Avançadas para Recuperação de Petróleo e Gás Natural em Campos Maduros
0 0 0 0
PRH 50 LNCC/RJ Modelagem Computacional Hidro-Geomecânica de Reservatório Não Convencionais 0 3 2 0
PRH 51 UFRN/RN Programa de formação de pessoal em Estudos e Monitoramento Ambiental da margem equatorial brasileira aplicados a atividades petrolíferas
0 3 2 0
PRH 52 UFBA/BA Programa de Recursos Humanos em Petróleo e Meio Ambiente 0 0 0 0
PRH 53 UNIFOR/CE Tecnologia de equipamentos para monitoramento ambiental na margem equatorial e em operações subsea offshore
0 0 0 0
PRH 54 UFPB/PB Formação de Recursos Humanos em Engenharias Química, Mecânica e Materiais com Ênfase em Engenharia de Petróleo
0 0 0 0
PRH 55 SENAI CIMATEC/BA
Especialização em Petróleo e Gás 0 0 0 0
PRH 56 UFERSA/RN Campos Maduros - Aumento do fator de recuperação de petróleo e gás natural, manipulação molecular in situ, captura e sequestro de carbono, manejo da água
15 4 0 0
Fonte: SPD/ANP.
Nota: Os PRHs 47 a 55 ainda estão em fase de implantação, o que pode gerar, em alguns casos, a inexistência de bolsas ativas.
Valor e Período de Concessão
Bolsa Valor da Bolsa (R$) Período
Graduação 600,00 até 2 anos
Mestrado 1.640,40 até 2 anos
Doutorado I 2.277,90 até 2 anos*
Doutorado II 2.819,10 até 3 anos*
Coordenador 2.800,00 até 2 anos
Pesquisador Visitante 6.136,00**
Fonte: SPD/ANP. * DSc I + DSc II máximo até 4 anos. ** Valor equivalente ao salário bruto pago pela instituição a pesquisador do mesmo nível, limitado a R$ 6.136,00.
Edição nº 11 – Julho de 2014
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O gráfico a seguir mostra a quantidade de bolsas por tipo em todos os PRHs em 30/06/2014.
Bolsas ativas em 30/06/2014 (tipo; número; % do total)
Fonte: SPD/ANP.
O mapa a seguir mostra a composição geográfica brasileira dos programas.
Localização dos PRHs no Brasil
Fonte: SPD/ANP.
Graduação; 567; 46%
Mestrado; 358; 29%
Doutorado I; 152; 13%
Doutorado II; 77; 6% Coordenador; 37;
3% Pesquisador
visitante; 35; 3%