-
ANEXO DA RESOLUO NORMATIVA N 178, DE 10 DE NOVEMBRO 2008
FICHAS TCNICAS DOS INDICADORES DA TERCEIRA FASE DO
PROGRAMA DE QUALIFICAO DA SADE SUPLEMENTAR -
QUALIFICAO OPERADORAS, DA AGNCIA NACIONAL DE SADE
SUPLEMENTAR ANS
1- INDICADORES DA DIMENSO DA ATENO SADE
1.1- TAXA DE INTERNAO DE 0 A 5 ANOS POR CAUSAS SELECIONADAS
Conceituao
Nmero de internaes, por causas definidas, em crianas na faixa etria de 0 a
5 anos, em relao ao total de crianas na faixa etria de 0 a 5 anos com direito
a internao, na operadora, no perodo considerado.
Mtodo de Clculo*
Nmero de internaes de 0 a 5 anos de idade por causas selecionadas
Total de expostos para internao de 0 a 5 anos de idade
x 100
*Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta
ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula
simplificada pode ser representada pela seguinte equao:
Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de
ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).
id161793187 pdfMachine by Broadgun Software - a great PDF writer! - a great PDF creator! - http://www.pdfmachine.com http://www.broadgun.com
-
Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse
fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta
progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do
indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao
procedimento).
Definio de termos utilizados no Indicador
Numerador Nmero de internaes de crianas na faixa etria de 0 a 5 anos
de idade completos (5 anos, 11 meses e 29 dias) cujo cdigo do diagnstico
principal, registrado na alta hospitalar, est contido nos grupos de diagnstico
A00 a A09 do Captulo I (Algumas doenas infecciosas e parasitrias); E40 a E63
e E86 do Captulo IV (Doenas endcrinas, nutricionais e metablicas); J00 a
J22, J45 e J46 do Captulo X (Doenas do aparelho respiratrio) da CID-10.
Denominador Nmero total de crianas de 0 a 5 anos completos de idade (5
anos, 11 meses e 29 dias) com direito a serem internadas.
Interpretao do Indicador
Mede a participao relativa dos grupos de causas de internao no total de
internaes com causa definida.
A distribuio dos grupos de causas pode sugerir associaes com fatores
contribuintes ou determinantes das doenas. Por exemplo: propores elevadas
de internaes por doenas infecciosas e parasitrias refletem, em geral, baixas
condies socioeconmicas e sanitrias.
Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de aes de sade em todos
os nveis de ateno (educao e sade, promoo e preveno, diagnstico
precoce e tratamento) para sade infantil.
Usos
Contribuir para a anlise da situao epidemiolgica e dos nveis de sade da
populao beneficiria, identificando questes crticas a serem melhor
investigadas.
Contribuir para a avaliao das condies de prestao de servios de sade e
subsidiar processos de planejamento, gesto e avaliao da assistncia visando a
adoo de medidas para melhorar a qualidade da ateno bsica sade nessa
faixa etria.
-
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
As doenas diarricas e respiratrias persistem como graves problemas para a
criana e quando associadas desnutrio colocam em risco a sua vida.
As doenas respiratrias so o primeiro motivo de consulta em ambulatrios e
servios de urgncia, o que demanda capacitao das equipes de sade para
uma ateno qualificada, com continuidade, da assistncia at a resoluo
completa dos problemas, evitando-se internao hospitalar desnecessria e
finalmente a morte por esse motivo.
A pneumonia uma das principais doenas da infncia e a segunda causa de
morte em menores de 1 ano.
A asma e sua associao com a alergia e pneumonia merecem ateno especial,
seja por se tratar de uma das principais causas de internao e procura em
servios de urgncia, seja pela interferncia na qualidade de vida da criana.
As parasitoses intestinais seguem com prevalncia significativa na infncia,
interferindo no desenvolvimento adequado da criana, o que demanda,
conjuntamente com a doena diarrica, aes intersetoriais integradas e
promotoras de acesso gua tratada e esgotamento sanitrio, alm de
tratamento adequado.
Meta
Atingir um valor situado no intervalo entre a taxa do setor e 62% da taxa do
setor.
-
Pontuao
Resultado obtido pela operadora Pontuao
N de internaes por causas
selecionadas em crianas de 0 a 5 anos Valor de 0 a 1 Peso 2
S/ Informao ou resultado >= taxa do
setor x 1,6 ou taxa do setor x 0,3.e < taxa
do setor x 0,62. V1 (>0 e taxa do setor.e < taxa do
setor x 1,6. V2 (>0 e
-
Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importncia da preveno e
qualificao da assistncia.
Limitaes e vieses do indicador
O indicador influenciado pela contagem cumulativa de internaes de um
mesmo paciente, pela mesma causa, no perodo analisado.
O sistema de informao utilizado pode no detectar inconsistncias na
classificao de morbidade informada.
Referncias
BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar.
Qualificao da Sade Suplementar: uma nova perspectiva no processo
de regulao. Rio de Janeiro: ANS, 2004.
BRASIL. Ministrio da Sade. Agenda de Compromissos para a Sade
Integral da Criana e Reduo da Mortalidade Infantil. Srie A. Normas e
Manuais Tcnicos. Braslia: 2005.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica
Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.
So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para
classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.
-
1.2- TAXA DE CITOLOGIA ONCTICA DE COLO DE TERO
Conceituao
Nmero de exames citopatolgicos de colo de tero realizados pela primeira vez
em beneficirias na faixa etria de 25 a 59 anos em relao ao total de expostas
da operadora, na faixa etria de 25 a 59 anos, no ano considerado.
Mtodo de clculo
N de exames citopatolgicos de 1 vez expostas de 25 a 59 anos
N de expostas de 25 a 59 anos
x 100
Definio de termos utilizados no indicador
Numerador - Exame colpocitopatolgico de colo do tero de 1 vez o exame
Papanicolau realizado pela 1 vez no ano, desconsiderando os exames repetidos
na mesma beneficiria, na faixa etria de 25 a 59 anos completos de idade. o
colpocitopatolgico de esfregao de material do colo uterino para identificao de
clulas atpicas.
Denominador - Nmero de expostas para exame colpocitopatolgico de colo de
tero de 1 vez (25 a 59 anos) o nmero total de mulheres com direito a
realizar o exame colpocitopatolgico de colo de tero de 25 a 59 anos completos
de idade.
Interpretao do indicador
um indicador de captao anual que permite a obteno de cobertura do
exame Papanicolaou, ou seja, estima a freqncia relativa da populao
beneficiria que est realizando o exame em relao ao total que deveria realiz-
lo anualmente.
O indicador permite avaliar o alcance da mobilizao da populao beneficiria em
relao ao rastreamento citopatolgico num determinado perodo de tempo.
Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilizao para o rastreamento
do cncer de colo de tero por parte da operadora sobre profissionais de sade e
beneficirias, ou por dificuldades de acesso ao servio.
-
Usos
Estimar a cobertura deste procedimento para deteco precoce do cncer de colo
de tero.
Analisar a evoluo da cobertura do exame, por operadora, identificando
tendncias e situaes de desigualdade que possam demandar a realizao de
estudos especiais.
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
Segundo o Consenso do Seminrio Interno de Preveno e Controle do Cncer -
INCA (MS), publicado nas Normas e Recomendaes do INCA baseado nas
recomendaes do National Cancer Institute (www.cancer.gov), Canadian Task
Force, U.S. Task Force e American Cancer Society o exame deve ser oferecido
para mulheres com atividade sexual (MS, 2002). Entretanto, para garantir
comparao com outros dados obtidos do programa nacional, utilizaremos a
faixa etria de 25 a 59 anos.
Programas de rastreamento, realizados com 1 exame citopatolgico a cada 3
anos entre mulheres de 30 a 50 anos e a cada 6 anos entre 30 e 72 anos,
apresentaram reduo de 1/3 na taxa de mortalidade por cncer de colo de tero
(MS, 2000).
Considera-se grupo de risco todas as mulheres com vida sexual, na faixa etria
de 25 a 59 anos.
Mulheres em grupo de alto risco em funo de serem HIV positivas ou
imunodeprimidas devem realizar o rastreamento anualmente (MS, 2002).
A periodicidade de rastreamento recomendada um exame citopatolgico a cada 3
anos, aps 2 exames negativos em dois anos consecutivos, a partir do primeiro
exame, para 80% das mulheres sob risco e o rastreamento anual (01 exame
citopatolgico) para 100% das beneficirias dos grupos de alto risco (MS, 2002).
Segundo a Organizao Mundial de Sade, os nveis de cobertura adequados
para controle do cncer do colo de tero devem ser superiores a 80% na
populao alvo, em um determinado perodo de tempo (OMS, 2002).
A faixa etria de 25 a 59 anos definida como prioritria para programas de
rastreamento populacional. A definio de faixa etria de risco no impede a
realizao de exame citopatolgico do colo do tero fora da faixa etria
estabelecida pelo indicador.
-
Meta
A meta anual de 28% de exames de citologia onctica de primeira vez nas
mulheres na faixa etria de 25 a 59 anos (Realizao de exame de citologia
onctica em 80% das mulheres nessa faixa etria, no perodo de trs anos).
Pontuao
Os valores para pontuao estabelecidos para este indicador foram obtidos a
partir das diretrizes da poltica nacional de controle do cncer.
Resultado obtido pela operadora Pontuao
N de exames de citologia onctica em
cada 100 expostas de 50 a 69 anos Valor de 0 a 1 Peso 3
S/ Informao ou resultado = 0 0 0
Resultado >0 e < 28 v (>0 e ou = 28 1 3
V= (Resultado >0 e < 28) /28
Fonte de dados
Numerador: Anexo IV - Sistema de Informao de Produtos (SIP)
Denominador: Anexo IV - Sistema de Informao de Produtos (SIP)
Aes esperadas para causar impacto no indicador
Capacitar os profissionais de sade no sentido de assegurar o exame citolgico
(Papanicolaou) durante a consulta ginecolgica, seguindo protocolo previamente
definido pelo Ministrio da Sade.
Incentivar a divulgao de informaes a respeito do cncer de colo uterino e sua
ocorrncia nas diversas faixas etrias da populao feminina, dos fatores de risco -
como a infeco por HPV -, garantindo orientao adequada quanto forma de
preveno desta doena s mulheres atendidas nos servios de sade.
Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importncia do processo de
preveno e qualificao da assistncia.
-
Construir sistema de informaes que permita a definio do perfil
epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da
populao beneficiria.
Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de servio.
Para as operadoras que no conseguem identificar seus beneficirios de acordo
com os critrios estabelecidos pelo indicador, a expectativa que organizem o
seu sistema de informao.
Limitaes e vieses
O nmero de expostas, no perodo sob anlise, pode ser influenciado pelo tempo
de exposio, ou seja, do perodo de tempo em que aquela beneficiria tem o
direito de usufruir aquele procedimento naquela operadora em questo,
considerando a possibilidade da influncia de outros fatores sobre o tempo de
exposio.
A utilizao do nmero de procedimentos de 1 vez como numerador no clculo
deste indicador, em lugar de utilizar o nmero de expostas que realizaram o
exame, visa reduzir a possibilidade de superestimao do mesmo, o que
ocorreria com a incluso de beneficirias que realizaram mais de um exame num
mesmo perodo.
A utilizao do nmero de procedimentos de primeira vez como numerador na
frmula deste indicador permite identificar a quantidade de mulheres, conferindo
maior fidedignidade aos resultados.
Considerando as informaes mencionadas anteriormente acerca do uso deste
indicador e que este serve para estimar a freqncia de utilizao deste
procedimento, o mesmo no deve ser utilizado como nico instrumento de
avaliao da qualidade da assistncia prestada por uma determinada operadora.
Referncias
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Normas e
Recomendaes do Instituto Nacional do Cncer (INCA). Revista Bras. de
Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.
-
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Programa Nacional de
Preveno do Cncer. Falando sobre cncer de colo de tero. 2000.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Programa Nacional
de Controle do Cncer do Colo de tero Viva Mulher.
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio. Acesso e Utilizao de
Servios de Sade 2003. Rio de janeiro 2005
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. National Cancer Control Programs,
Policies and managerial guidelines. 2nd
Edition. Genebra: 2002.
ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade no
Brasil: conceitos e aplicaes. Rede Interagencial de Informaes para a Sade -
Ripsa - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.
-
1.3- TAXA DE MAMOGRAFIA
Conceituao
Nmero de mamografias realizadas pela 1 vez em beneficirias na faixa etria
de 50 a 69 anos em relao ao total de beneficirias expostas, na faixa etria de
50 a 69 anos, no ano considerado.
Mtodo de clculo
Mulheres na faixa etria de 50 a 69 anos que realizaram
exames de mamografia
N de mulheres expostas para o exame de mamografia na faixa etria
de 50 a 69 anos
x 100
Definio de termos utilizados no indicador
Numerador Nmero de mulheres que realizaram exame de mamografia pela
1 vez no ano, desconsiderando os exames repetidos na mesma beneficiria, na
faixa etria de 50 a 69 anos completos de idade. o exame radiolgico para a
deteco de alteraes do tecido mamrio que serve ao rastreamento do cncer
de mama.
Denominador Nmero total de mulheres com direito a realizar o exame de
mamografia, de 50 a 69 anos completos de idade.
Interpretao do indicador
um indicador de cobertura que estima a proporo de mulheres que realizaram
exame mamogrfico na populao beneficiria.
O indicador permite avaliar indiretamente o alcance da mobilizao da populao
beneficiria em relao ao rastreamento da doena num determinado perodo de
tempo.
Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilizao e captao da
populao beneficiria para o rastreamento de cncer de mama ou dificuldades
de acesso ao servio.
-
Usos
Avaliar a cobertura deste procedimento para deteco do cncer de mama.
Analisar a evoluo da cobertura do exame, por operadora, identificando
tendncias e situaes de desigualdade que possam demandar a realizao de
estudos especiais.
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
A sensibilidade da mamografia para deteco do cncer de mama varia entre
46% e 88% e dependente dos seguintes fatores: tamanho e localizao da
leso, densidade do tecido mamrio, idade da paciente, qualidade do exame e
habilidade de interpretao do radiologista (MS, 2002)
Mulheres de alto risco para cncer de mama so aquelas que:
tm um ou mais parentes de 1 grau (me, irm ou filha) com cncer de
mama antes de 50 anos;
tm um ou mais parentes de 1 grau (me, irm, ou filha) com cncer de
mama bilateral ou cncer de ovrio;
apresentam histria familiar de cncer de mama masculina;
apresentam leso mamria proliferativa com atipia comprovada em bipsia.
Mulheres com risco elevado de cncer de mama devem ser submetidas
mamografia, anualmente, a partir dos 35 anos de idade (MS, 2004).
Recomenda-se realizar uma mamografia, pelo menos a cada 2 anos, em
mulheres de 50 a 69 anos de idade (MS, 2004).
Ensaios clnicos sugerem reduo de 15% na mortalidade por cncer de mama
em mulheres de 50 a 69 anos, rastreada pela mamografia combinada com
exame clnico (MS, 2002).
A faixa etria de 50 a 69 anos definida como prioritria para programas
organizados de rastreamento populacional, para esse exame. A definio de faixa
etria de risco no impede a realizao de mamografia fora da faixa etria
estabelecida pelo indicador.
Meta
Realizao de exame mamogrfico em 60% das mulheres na faixa etria de 50 a
69 anos.
-
Pontuao
Os valores para pontuao estabelecidos para este indicador foram obtidos a
partir das diretrizes da poltica nacional de controle do cncer.
Resultado obtido pela operadora Pontuao
Nmero de exames em cada 100
expostas de 50 a 69 anos Valor de 0 a 1 Peso 3
S/ Informao ou resultado = 0 0 0
Resultado >0 e < 60 v (>0 e = 60 1 3
V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60
Fonte de dados
Numerador: Item 2.1.2 (n de expostos) do Anexo IV - Sistema de Informao
de Produtos (SIP)
Denominador: Itens 2.1.2 (quantidade) do Anexo IV - Sistema de Informao
de Produtos (SIP)
Aes esperadas para causar impacto no indicador
Incentivar o exame mamogrfico para rastreamento do cncer de mama em
mulheres de 50 a 69 anos e na populao de risco elevado.
Incentivar o exame clnico de mamas em todas as consultas ginecolgicas, pelo
menos uma vez ao ano, em especial na populao nas faixas etrias de risco
para a doena.
Incentivar a divulgao de informaes a respeito do cncer de mama e sua
ocorrncia nas diversas faixas etrias da populao feminina dos fatores de risco
histria familiar, obesidade, fumo, exposio radiao ionizante,
nuliparidade, etc. - garantindo s mulheres atendidas uma orientao adequada
quanto forma de preveno desta doena.
Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importncia do processo de
preveno e qualificao da assistncia.
-
Construir sistema de informaes que permita a definio do perfil
epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da
populao beneficiria.
Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de servio.
Para as operadoras que no conseguem identificar seus beneficirios de acordo
com os critrios estabelecidos pelo indicador, a expectativa que organizem o
seu sistema de informao.
Limitaes e vieses
O nmero de expostas, no perodo sob anlise, pode ser influenciado pelo tempo
de exposio, ou seja, do perodo de tempo que aquela beneficiria tem o
direito de usufruir aquele procedimento naquela operadora em questo,
considerando a possibilidade da influncia de outros fatores sobre o tempo de
exposio.
A utilizao do nmero de expostas que realizaram o exame em lugar de utilizar
o nmero procedimentos como numerador no clculo deste indicador visa
conferir maior fidedignidade ao resultado. Ou seja, uma medida de avaliao
da freqncia relativa da populao beneficiria que est realizando o exame.
Destarte, o mesmo no deve ser utilizado como nico instrumento de avaliao
da qualidade da assistncia prestada por uma determinada operadora.
Referncias
ALBERTA MEDICAL ASSOCIATION Canadian Guideline for The Early
Detection of Breast Cancer. Reviewed, 2002.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Consenso para o
Controle do Cncer de Mama. 2004. 39 pp.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Normas e
Recomendaes do Instituto Nacional do Cncer (INCA). Revista Bras. de
Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.
FEDERAO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRCIA; SOCIEDADE
BRASILEIRA DE MASTOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA;
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA. Projeto Diretrizes. 2002.
-
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio. Acesso e Utilizao de
Servios de Sade 2003. Rio de janeiro 2005.
ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade
no Brasil: conceitos e aplicaes / Rede Interagencial de Informaes para a
Sade - RIPSA - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.
-
1.4- PROPORO DE PARTO CESREO
Conceituao
Percentual de partos cesreos realizados em beneficirias, de uma operadora, no
ano considerado.
Mtodo de Clculo
Nmero de partos cesreos
Total de partos (normais + cesreos)
x 100
Definio de termos utilizados no Indicador
Numerador: Parto cesreo o procedimento cirrgico no qual o concepto
extrado mediante inciso das paredes abdominal e uterina.
Denominador: Parto normal o procedimento no qual o concepto nasce por via
vaginal.
Interpretao do Indicador
Mede a ocorrncia de partos cesreos em relao ao total de partos realizados
em uma determinada operadora no perodo considerado.
Permite avaliar a qualidade da assistncia prestada, uma vez que o aumento
excessivo de partos cesreos, acima do padro de 15% definido pela
Organizao Mundial de Sade - OMS, pode refletir um acompanhamento pr-
natal inadequado e/ou indicaes equivocadas do parto cirrgico em detrimento
do parto normal.Em geral, entre 70 e 80% de todas as gestantes podem ser
consideradas de baixo risco no incio do trabalho de parto (OMS, 1996).
Usos
Avaliar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistncia pr-natal e ao
parto, supondo que uma boa assistncia diminua o valor do indicador.
Analisar as variaes do indicador, por operadora, identificando tendncias e
situaes de desigualdade que possam demandar a realizao de estudos
especiais.
-
Subsidiar a elaborao e avaliao de polticas e aes de sade voltadas para a
ateno materno-infantil e a assistncia mdico-hospitalar prestada aos
beneficirios de planos de sade.
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
A OMS preconiza que o total de partos cesreos em relao ao nmero total de
partos realizados em um servio de sade seja de at 15%. Esta determinao
est fundamentada no conhecimento emprico de que apenas 15% do total de
partos apresentam indicao precisa de cesariana, ou seja, existe uma situao
real onde fundamental para preservao da sade materna e/ou fetal que
aquele procedimento seja realizado cirurgicamente e no por via natural (OMS,
1996).
A cesariana um procedimento cirrgico com indicaes bem estabelecidas, o
que no justifica o seu aumento alarmante. Assumindo que as cesarianas que
ultrapassam a taxa recomendada pela OMS no teriam indicao mdica,
milhes de cirurgias no justificadas estariam sendo realizadas anualmente,
trazendo risco para a me e, principalmente, para o recm-nascido.
Entre os potenciais riscos associados cesariana, particularmente a cirurgia
eletiva, est o nascimento prematuro. A prematuridade reconhecida como um
dos principais determinantes da morbimortalidade infantil, mesmo entre aqueles
recm-natos quase a termo.
Embora os nascimentos pr-termo espontneos, sem complicaes maternas,
respondam por 60% dos casos de prematuridade, a induo do trabalho de parto
e a cesrea eletiva vm respondendo por parcelas crescentes dos casos de
partos prematuros, apresentando um crescimento importante nos ltimos 20
anos.
Alm da prematuridade limtrofe, alguns autores tm apontado para o maior
risco de morbidade respiratria em crianas nascidas a termo por cesrea
eletiva. Fetos com 37 a 38 semanas de gestao, quando comparados a fetos de
39 a 40 semanas, possuem 120 vezes mais chances de necessitarem suporte
ventilatrio. Assim, o nascimento antes de 39 semanas deve ser realizado
somente por fortes razes mdicas.
As normas nacionais estabelecem limites percentuais, por estado, para a
realizao de partos cesreos, bem como critrios progressivos para o alcance do
valor mximo de 25% para todos os estados brasileiros (Portaria Tcnica/GM no.
-
466 de 14 de maio de 2000). Percentuais elevados podem significar, entre outros
fatores, a concentrao de partos considerados de alto risco, em municpios onde
existem unidades de referncia para a assistncia ao parto.
A proporo de partos cesreos pagos pelo SUS passou de 23,92 em 2000 para
31,68, em 2007.
Proporo de partos cesreos pagos pelo SUS (Brasil 2000 a 2007)
Ano Indicador
2000 23,92
2001 25,06
2002 25,19
2003 26,41
2004 27,53
2005 28,61
2006 30,14
2007 31,68
Fonte: DATASUS
A anlise deste indicador evidenciou que a parto cirrgico predomina no mercado
privado de planos de sade no Brasil. Foram identificadas altas taxas de
cesariana, variando de 64,30% em 2003 a 80,72% em 2006, valores muito
acima dos 15% recomendados pela OMS. O impacto negativo desta taxa, nos
dados nacionais, expressivo, pois a proporo de cesarianas no Setor de Sade
Suplementar cerca de trs vezes maior que a proporo encontrada no SUS e
duas vezes maior que a mdia nacional.
Comparada s taxas mundiais, observa-se que os valores do setor suplementar
so os mais elevados: nos pases que compem a OECD (Organization for
Economic Cooperation and Development), a variao nas taxas de cesarianas foi
desde taxas baixas de 14-18% na Holanda, Repblica Tcheca, Eslovquia,
Noruega e Sucia, at taxas consideradas muito altas como as encontradas na
Coria, Itlia e Mxico (39 a 33%). As taxas tambm foram muito mais altas que
a mdia nos Estados Unidos, Portugal e Austrlia (variando de 26 a 30%).
-
Meta
A meta atingir um mximo de 32% de partos cesreos.
Pontuao
Resultado obtido pela operadora Pontuao
% de partos cesreos Valor de 0 a 1 Peso 3
S/ Informao ou resultado = 100% 0 0
Resultado > 32% e < 100 % v (>0 e 32% e
-
Limitaes e Vieses
Os dados so coletados por perodo de competncia contbil, ou seja, ms e ano
em que a operadora recebe a cobrana do evento, o que nem sempre equivale
data de sua ocorrncia.
As variaes geogrficas desse indicador s se aplicam para o SUS onde
possvel relacionar o tipo de parto ao local de residncia da parturiente.
Referncias
BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar.
Programa de Qualificao da Sade Suplementar. Rio de Janeiro: ANS,
2005.
BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de
Aes Programticas Estratgicas. rea Tcnica de Sade da Mulher. Pr-natal
e Puerprio: ateno qualificada e humanizada - manual
tcnico/Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade,
Departamento de Aes Programticas Estratgicas Braslia: Ministrio
da Sade, 2005. 158 p.
BRASIL. Ministrio da Sade/DATASUS, Sistema de Informaes Hospitalares,
disponvel em http//www.datasus.gov.br, acessado em abril de 2007.
ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Health at
a Glance: OECD Indicators 2005. OECD, Paris, 2005.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. Assistncia ao parto normal: um guia
prtico. Genebra. 1996.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. Assistncia ao parto normal: um guia
prtico. Genebra: 1996.
-
1.5- PROPORO DE MULHERES SUBMETIDAS A PROCEDIMENTOS
SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE MAMA
Conceituao
Percentual de mulheres com cncer de mama internadas para a realizao de
procedimentos selecionados, em relao ao nmero total de mulheres com
cncer de mama internadas, no ano considerado.
Mtodo de clculo*
Nmero de mulheres com cncer de mama submetidas a
procedimentos selecionados
Nmero de mulheres internadas por cncer de mama
x 100
*Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta
ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula
simplificada pode ser representada pela seguinte equao:
Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de
ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).
Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse
fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta
progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do
indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao
procedimento).
Definio de termos utilizados no indicador
Numerador Nmero de mulheres que realizaram pela 1 vez no ano um dos
procedimentos selecionados: Quadrantectomia ou Mastectomia simples ou
Mastectomia radical ou Mastectomia radical modificada (com ou sem
Linfadenectomia Axilar) para tratamento de cncer de mama, cuja definio
compreende os grupos de diagnstico C50 e D05 do Captulo II (Neoplasias) da
CID 10, desconsiderando os procedimentos repetidos na mesma beneficiria.
-
Denominador Nmero de mulheres com internaes em qualquer clnica pela
1 vez no ano, desconsiderando as internaes repetidas para a mesma
beneficiria, cujo cdigo do diagnstico principal, registrado na alta hospitalar,
est contido nos grupos de diagnstico C50 e D05 do captulo II (Neoplasias) da
CID-10.
Interpretao do indicador
Esse indicador permite avaliar o quanto das internaes por neoplasia maligna de
colo de tero foram motivadas para a realizao dos procedimentos selecionados
que so indicados como possibilidade de tratamento dessa patologia.
De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doena est sendo
diagnosticada e tratada oportunamente.
Permite medir a participao relativa das internaes por neoplasia maligna de
mama em relao populao exposta da operadora no ano considerado.
Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de aes bsicas de
preveno e controle (diagnstico precoce, tratamento e educao para a sade)
de neoplasia maligna de mama.
A distribuio das causas de internao no caso, a neoplasia maligna de mama
reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, condicionada
pela oferta de servios da operadora.
Usos
Identificar os casos de cncer de mama na populao beneficiria e orientar a
adoo de medidas de controle.
Analisar a evoluo, por operadora, das internaes hospitalares de neoplasia
maligna de mama, identificando situaes de desequilbrio que possam merecer
ateno especial.
Contribuir na realizao de anlises comparativas da concentrao de recursos
mdico-hospitalares disponveis para tratamento da neoplasia maligna de mama,
para a populao beneficiria da operadora.
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internaes hospitalares na
populao feminina no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de colo de
-
tero correspondeu quarta causa de internao (9%) por neoplasia na
populao feminina, no mesmo perodo.
A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em
2003, foi de 18,32/100.000 mulheres.
No foi publicada estimativa para o ano de 2004.
A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em
2005, foi de 22/100.000 mulheres.
A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em
2006, foi de 20/100.000 mulheres.
Conforme descrito no National Cancer Control Programmes Policies and
managerial guidelines espera-se que:
das beneficirias (populao feminina) com suspeita de doena de colo de
tero, mais de 70% recebam tratamento de acordo com protocolo
nacional e/ou internacional estabelecido para a doena; e
das beneficirias (populao feminina) com diagnstico de neoplasia de
colo de tero, mais de 20% recebam tratamento para a doena de acordo
com o estadiamento.
A taxa de internao hospitalar por neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil,
no SUS, no perodo entre 2000 e 2006 variou de 2,67 e 2,87 por 10.000
mulheres.
Meta
A meta das internaes por neoplasia de mama para procedimentos especficos
deve corresponder a 60% dos casos das internaes por esta patologia.
-
Pontuao
Resultado obtido pela operadora Pontuao
% Mulheres com CA de Mama submetidas
a procedimentos selecionados entre todas
internadas com CA de Mama
Valor de 0 a 1 Peso 0,25
S/ Informao ou resultado = 0 0 0
Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e 60 % 1 0,25
V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60
Fonte de dados
Numerador: Item 2.2.5.1 (Mulheres com cncer de mama submetidas a
procedimentos selecionados) do Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.
Denominador: Item 2.2.5 (Mulheres internadas por cncer de mama) do Anexo
IV Sistema de Informao de Produtos.
Aes esperadas para causar impacto positivo no indicador
Acompanhamento sistemtico dos casos identificados, no sentido de controle da
doena e aumento da sobrevida dos beneficirios.
Pactuao e sensibilizao dos prestadores sobre a importncia do processo de
preveno e qualificao da assistncia.
Divulgao dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de servio.
Constituio de sistema de informaes que permita a definio do perfil
epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da
populao beneficiria.
-
Limitaes e vieses do indicador
Tendo em vista que a causa da internao nem sempre corretamente
registrada, a informao a respeito das causas de morbidade pode ser
mascarada pela presena de co-morbidades.
O indicador deve ser analisado em funo da faixa etria da populao
masculina.
Esse indicador construdo a partir dos dados informados pelo SIP, que tem
envio trimestral. A operadora dever estar atenta para computar a 1 internao
do homem relacionada ao cncer de prstata.
Referncias
BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,
2002d. Disponvel em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Cncer no Brasil:
Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de
incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2003.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Consenso para o
Controle do Cncer de Mama. 2004. 39 pp.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica
Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.
So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para
classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. National Cancer Control Programs,
Policies and managerial guidelines. 2nd
Edition. Genebra: 2002.
ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade
no Brasil: conceitos e aplicaes / Rede Interagencial de Informaes para a
Sade - Ripsa - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htmhttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm
-
1.6- PROPORO DE MULHERES SUBMETIDAS A PROCEDIMENTOS
SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE COLO DE TERO
Conceituao
Percentual de mulheres com cncer de colo de tero internadas para a realizao
de procedimentos selecionados, em relao ao nmero total de mulheres com
cncer de colo de tero internadas, no ano considerado.
Mtodo de clculo*
Nmero de mulheres com cncer de colo de tero submetidas a
procedimentos selecionados
Nmero de mulheres internadas por cncer de colo de tero
x 100
*Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta
ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula
simplificada pode ser representada pela seguinte equao:
Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de
ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).
Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse
fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta
progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do
indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao
procedimento).
Definio de termos utilizados no indicador
Numerador Nmero de mulheres que realizaram pela 1 vez no ano um dos
procedimentos selecionados: histerectomia total (via alta ou baixa),
Histerectomia total ampliada (via alta ou baixa), Histerectomia total com
anexectomia uni ou bilateral (via alta ou baixa) e Traquelectomia (via alta ou
baixa) para tratamento de cncer de colo de tero, cuja definio compreende os
grupos de diagnstico C53 e D06 do Captulo II (Neoplasias) da CIC 10,
desconsiderando os procedimentos repetidos na mesma beneficiria.
-
Denominador Nmero de mulheres com internaes em qualquer clnica pela
1 vez no ano, desconsiderando as internaes repetidas para a mesma
beneficiria, cujo diagnstico principal, registrado na alta hospitalar, est contido
nos grupos de diagnstico C53 e D06 do Captulo II (Neoplasias) da CID 10.
Interpretao do indicador
Esse indicador permite avaliar o quanto das internaes por neoplasia maligna de
colo de tero foram motivadas para a realizao dos procedimentos selecionados
que so indicados como possibilidade de tratamento dessa patologia.
De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doena est sendo
diagnosticada e tratada oportunamente.
O denominador conter os procedimentos do numerador e outros, considerando as
mulheres internadas com a doena.
Quanto maior o denominador em relao ao numerador maior o volume de
procedimentos realizados para tratamento de doena avanada e complicaes.
Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de aes bsicas de
preveno e controle (diagnstico precoce, tratamento e educao para a sade)
de neoplasia maligna de colo de tero.
A distribuio das causas de internao no caso, a neoplasia maligna de colo
de tero reflete uma demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez,
condicionada pela oferta de servios pela operadora.
Usos
Identificar os casos na populao beneficiria e orientar a adoo de medidas de
controle.
Analisar a evoluo, por operadora, das internaes hospitalares de neoplasia
maligna de colo de tero, identificando situaes de desequilbrio que possam
merecer ateno especial.
Contribuir na realizao de anlises comparativas da concentrao de recursos
mdico-hospitalares disponveis para tratamento da neoplasia maligna de colo de
tero, para a populao beneficiria da operadora.
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internaes hospitalares na
populao feminina no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de colo de
-
tero correspondeu quarta causa de internao (9%) por neoplasia na
populao feminina, no mesmo perodo.
A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em
2003, foi de 18,32/100.000 mulheres.
No foi publicada estimativa para o ano de 2004.
A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em
2005, foi de 22/100.000 mulheres.
A estimativa de incidncia de neoplasia maligna de colo de tero, no Brasil, em
2006, foi de 20/100.000 mulheres.
Conforme descrito no National Cancer Control Programmes Policies and
managerial guidelines espera-se que:
das beneficirias (populao feminina) com suspeita de doena de colo de
tero, mais de 70% recebam tratamento de acordo com protocolo
nacional e/ou internacional estabelecido para a doena; e
das beneficirias (populao feminina) com diagnstico de neoplasia de
colo de tero, mais de 20% recebam tratamento para a doena de acordo
com o estadiamento.
A taxa de internao hospitalar por neoplasia maligna de colo de
tero, no Brasil, no SUS, no perodo entre 2000 e 2006 variou de 2,67
e 2,87 por 10.000 mulheres.
Meta
A meta das internaes por neoplasia de colo de tero para procedimentos
especficos deve corresponder a 60% dos casos das internaes por esta
patologia.
-
Pontuao
Resultado obtido pela operadora Pontuao
% Mulheres com CA Colo de tero
submetidas a procedimentos selecionados
entre todas internadas com CA de Colo de
tero
Valor de 0 a 1 Peso 0,25
S/ Informao ou resultado = 0 0 0
Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e 60 % 1 0,25
V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60
Fonte
Numerador: Item 2.2.6.1 (Mulheres com cncer de colo de tero submetidas a
procedimentos selecionados) do Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.
Denominador: Item 2.2.6 (Mulheres internadas por cncer de colo de tero) do
Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.
Aes esperadas para causar impacto positivo no indicador
Acompanhamento sistemtico dos casos identificados, no sentido de controle da
doena e aumento da sobrevida dos beneficirios.
Pactuao e sensibilizao dos prestadores sobre a importncia do processo de
preveno e qualificao da assistncia.
Divulgao dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de servio.
Constituio de sistema de informaes que permita a definio do perfil
epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da
populao beneficiria.
Limitaes e vieses do indicador
Tendo em vista que a causa da internao nem sempre corretamente
registrada, a informao a respeito das causas de morbidade pode ser
mascarada pela presena de comorbidades.
-
O indicador influenciado pela contagem cumulativa de internaes de um
mesmo paciente, pela mesma causa, durante o perodo analisado.
O indicador deve ser analisado em funo da faixa etria da populao feminina.
Esse indicador construdo a partir dos dados informados pelo SIP, que tem
envio trimestral. A operadora dever estar atenta para computar a 1 internao
da mulher relacionada ao cncer de mama.
Referncias
BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,
2002d. Disponvel em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Cncer no Brasil:
Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de
incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2003.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Normas e
Recomendaes do Instituto Nacional do Cncer (INCA). Revista Bras. de
Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica
Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio. So
Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para classificao de
Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. National Cancer Control Programs, Policies
and managerial guidelines. 2nd
Edition. Genebra: 2002.
ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade no
Brasil: conceitos e aplicaes / Rede Interagencial de Informaes para a Sade
- Ripsa - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm
-
1.7- TAXA DE INTERNAO POR DIABETES MELLITUS
Conceituao
Nmero de internaes por Diabetes Mellitus, em relao ao total de expostos
para internao da operadora, no ano considerado.
Mtodo de clculo*
N de internaes por Diabetes Mellitus
Total de expostos para internao e outros atendimentos
hospitalares
x 10.000
*Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta
ser ajustada pela metodologia estatstica da Padronizao Indireta por Faixa
Etria e Sexo e pelo Bayes Emprico, cuja frmula simplificada pode ser
representada pela seguinte equao:
Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do
indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Emprico) X (Taxa da
populao de referncia).
RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Emprico = (RIE da operadora sem
ajuste X Fator de ajuste) + (RIE mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de
ajuste).
RIE = Razo Informados Esperados = (Nmero de eventos informados pela
operadora) / (Nmero de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as
mesmas taxas encontradas em cada faixa etria e sexo da populao de
referncia).
Razo Informados Esperados - RIE um correlato ao termo em ingls
Standardized Incidence Rate SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate
SMR.
Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse
fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta
progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do
-
indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao
procedimento).
Taxa da populao de referncia = Taxa mdia do evento na populao tomada
como referncia para a padronizao de faixa etria/sexo.
Definio de termos utilizados no indicador
Eventos - Internaes por diabetes mellitus corresponde ao nmero total de
internaes por diabetes mellitus, cujo cdigo do diagnstico principal, registrado
na alta hospitalar, est contido nos grupos de diagnstico E10 a E14, do Captulo
IV (Doenas endcrinas, nutricionais e metablicas) da CID-10. Inclui as
internaes para a realizao do procedimento de amputao de membros
inferiores (SIP - RN N 152/2007).
Expostos - Exposto para internaes e outros atendimentos hospitalares o
beneficirio que tem direito a usufruir dos atendimentos prestados a paciente
admitido para ocupar leito hospitalar em enfermaria, quarto, ou unidades de
curta permanncia, terapia intensiva ou semiintensiva (SIP - RN N 152/2007).
Interpretao do indicador
Estima a magnitude da ocorrncia de internaes por diabetes mellitus em
relao populao exposta da operadora para internao no ano considerado,
sendo uma medida de morbidade hospitalar.
Compreende casos de diabetes do grupo primrio: tipo 1 (insulino-dependente) e
tipo 2 (insulino no-dependente).
Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de aes de preveno,
controle, tratamento e educao da diabetes mellitus no mbito da operadora.
Usos
Subsidiar o processo de planejamento, gesto e avaliao de aes de ateno
sade para o diabetes mellitus.
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
Aproximadamente 30% dos pacientes com diabetes so hospitalizados duas ou
mais vezes no ano por complicaes associadas doena.
Mltiplas hospitalizaes de crianas com diabetes acontecem por condies
agudas da doena, enquanto nos adultos as internaes esto associadas s
-
complicaes crnicas, como doena cardiovascular e doena de membros
inferiores.
Em relao questo econmica, pacientes com diabetes que apresentam
mltiplas hospitalizaes no ano representam um custo trs vezes maior ao
sistema de sade, quando comparados com pacientes com diabetes que
apresentam uma nica internao no mesmo perodo.
Dados disponveis no Sistema de Informaes Hospitalares/Datasus e Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatstica:
Taxa de internaes por diabetes mellitus, por faixa etria e por sexo, na
populao no coberta por planos privados de assistncia hospitalar,
residente em municpios brasileiros selecionados (*) (x 10.000), no ano
de 2006
Idade Sexo masculino Sexo feminino
-
(*) municpios com menos de 10% de mortes com causa desconhecida e com capacidade
de realizar seis (06) ou mais internaes SUS por 100 habitantes sem plano privado
hospitalar
SETOR SUPLEMENTAR
Taxa de internaes por diabetes mellitus por 10.000 expostos
Brasil 2005 e 2006
Brasil 2005 2006
Total 18,30 15,29
Fonte de dados: MS/ANS Sistema de Informaes de Produtos (SIP)
QQuuaaddrroo 11.. AAnnlliissee ccoommppaarraattiivvaa ddaass ttaaxxaass ddee iinntteerrnnaaeess ppoorr ddiiaabbeetteess
mmeelllliittuuss eennttrree aass ooppeerraaddoorraass ccoomm ee sseemm PPrrooggrraammaass ddee PPrroommoooo ddaa
SSaaddee ee PPrreevveennoo ddee RRiissccooss ee DDooeennaass nnaa SSaaddee SSuupplleemmeennttaarr nneessttaa
rreeaa,, eemm 22000055 ee 22000066..
Indicador
Resultados das
operadoras com
Programas na rea
Resultados das
operadoras que no
apresentaram
Programas na rea
ano 2005 2006 2005 2006
Taxa de internaes por
diabetes mellitus 13,25 10,65 19,45 16,52
Fonte de dados: MS/ANS Sistema de Informaes de Produtos (SIP)
Meta
Atingir um valor situado no intervalo entre a taxa padronizada do setor e 62% da
taxa padronizada do setor.
-
Pontuao
Resultado obtido pela operadora Pontuao
N Internaes por Diabetes Mellitus
por 10.000 expostos Valor de 0 a 1 Peso 2
S/ Informao ou resultado >= taxa
padronizada do setor x 1,6 ou taxa padronizada do setor x
0,3.e < taxa padronizada do setor x 0,62. V1 (>0 e taxa padronizada do setor.e <
taxa padronizada do setor x 1,6. V2 (>0 e
-
Limitaes e vieses
O sub-registro de diagnsticos nas hospitalizaes, entre os quais o de diabetes,
um problema comum em diversos sistemas de sade. Anlises sobre o impacto
do Diabetes Mellitus devem considerar e manejar esta situao, o que tem sido
usualmente realizado em outros pases atravs da metodologia do risco
atribuvel.
O indicador influenciado pela contagem cumulativa de internaes de um
mesmo paciente, pela mesma causa, durante o perodo analisado.
A anlise do indicador em populaes muito pequenas ser corrigida por
metodologia estatstica especifica.
Referncias
BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar
Sistema de Informaes de Produtos - SIP.
BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar
Sistema de Informaes de Beneficirios - SIB.
BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria n 1101/GM. Disponvel em:
.
BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar. Manual
Tcnico de Promoo da Sade e Preveno de Riscos e Doenas na Sade
Suplementar. 2. ed. rev e atual. Rio de Janeiro: ANS, 2007. Disponvel em:
.
BRASIL. Ministrio da Sade. Coordenao de Hipertenso e Diabete. Programa de
Preveno de Doenas Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema nico
de Sade. Cadernos de Ateno Bsica Diabete Melito Sistema nico de
Sade. Braslia: Ministrio da Sade, 2006.
BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,
2002. Disponvel em: .
Acesso em 2008.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE. Disponvel em:
. Brasil. Acesso em 2008.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica
Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.
-
So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para
classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Atualizao Brasileira sobre Diabetes,
2008. www.diabetes.org.br.
http://www.diabetes.org.br
-
1.8- TAXA DE INTERNAO POR DOENAS HIPERTENSIVAS
Conceituao
Nmero de internaes por Doenas Hipertensivas em expostos, em relao ao
total de expostos da operadora para internao, no ano considerado.
Mtodo de clculo*
Nmero de internaes por doena hipertensiva
Total de expostos para internao e outros atendimentos
hospitalares
x 10.000
*Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta
ser ajustada pela metodologia estatstica da Padronizao Indireta por Faixa
Etria e Sexo e pelo Bayes Emprico, cuja frmula simplificada pode ser
representada pela seguinte equao:
Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do
indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Emprico) X (Taxa da
populao de referncia).
RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Emprico = (RIE da operadora sem
ajuste X Fator de ajuste) + (RIE mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de
ajuste).
RIE = Razo Informados Esperados = (Nmero de eventos informados pela
operadora) / (Nmero de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as
mesmas taxas encontradas em cada faixa etria e sexo da populao de
referncia).
Razo Informados Esperados - RIE um correlato ao termo em ingls
Standardized Incidence Rate SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate
SMR.
Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse
fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta
progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do
-
indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao
procedimento).
Taxa da populao de referncia = Taxa mdia do evento na populao tomada
como referncia para a padronizao de faixa etria/sexo.
Definio de termos utilizados no indicador
Eventos - Internaes por doena hipertensiva corresponde ao nmero total de
internaes por doena hipertensiva, cujo cdigo do diagnstico principal,
registrado na alta hospitalar, est contido nos grupos de diagnstico I10 a I15 do
Captulo IX (Doenas do aparelho circulatrio) da CID-10.
Expostos - Exposto para internaes e outros atendimentos hospitalares o
beneficirio que tem direito a usufruir dos atendimentos prestados a paciente
admitido para ocupar leito hospitalar em enfermaria, quarto, ou unidades de
curta permanncia, terapia intensiva ou semiintensiva.
Interpretao do indicador
Estima a magnitude da ocorrncia de internaes por doena hipertensiva em
relao populao exposta para internao da operadora no ano considerado,
sendo uma medida de morbidade hospitalar na operadora.
Compreende os casos de doena cardaca e renal hipertensiva e hipertenso
secundria.
Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de aes de preveno,
controle, tratamento e educao dos casos de hipertenso arterial no mbito da
operadora.
Usos
Subsidiar o processo de planejamento, gesto e avaliao de aes de ateno
sade para a hipertenso arterial.
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
A elevao da presso arterial representa um fator de risco independente, linear
e contnuo para a doena cardiovascular. A hipertenso arterial apresenta custos
mdicos e socioeconmicos elevados, decorrentes principalmente das suas
complicaes, tais como: doena cerebrovascular, doena arterial coronariana,
-
insuficincia cardaca, insuficincia renal crnica e doena vascular de
extremidades.
Com o critrio atual de diagnstico de hipertenso arterial (PA> 140/90mmHg) a
prevalncia na populao urbana brasileira varia de 22,3% a 43,9%,
dependendo do municpio.
Dados disponveis no Sistema de Informaes Hospitalares/Datasus e Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatstica:
Taxa de internaes por doena hipertensiva, por faixa etria e por sexo,
na populao no coberta por planos privados de assistncia hospitalar,
residente em municpios brasileiros selecionados (*) (x 10.000), no ano
de 2006
Idade Sexo masculino Sexo feminino
-
(*) municpios com menos de 10% de mortes com causa desconhecida e com capacidade
de realizar seis (06) ou mais internaes SUS por 100 habitantes sem plano privado
hospitalar
Meta
Atingir um valor situado no intervalo entre a taxa padronizada do setor e 62% da
taxa padronizada do setor.
Pontuao
Resultado obtido pela operadora Pontuao
N Internaes por Doenas
Hipertensivas por 10.000 expostos Valor de 0 a 1 Peso 2
S/ Informao ou resultado >= taxa
padronizada do setor x 1,6 ou taxa padronizada do setor x
0,3.e < taxa padronizada do setor x 0,62. V1 (>0 e taxa padronizada do setor.e <
taxa padronizada do setor x 1,6.
V2 (>0 e
-
Denominador: Item 1.4. do Anexo II do Sistema de Informao de Produtos
SIP - (RN N 152/2007).
Aes esperadas para causar impacto no indicador
Reduo do nmero de internaes/ano por aes educativas para os
beneficirios e acompanhamento sistemtico ambulatorial dos casos identificados
de hipertenso arterial.
Limitaes e vieses do indicador
O indicador influenciado pela contagem cumulativa de internaes de um
mesmo paciente, pela mesma causa, durante o perodo analisado.
A anlise do indicador em populaes muito pequenas ser corrigida por
metodologia estatstica especifica.
Referncias
BRASIL, Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar Sistema
de Informaes de Produtos - SIP.
BRASIL, Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar Sistema
de Informaes de Beneficirios - SIB.
BRASIL, Ministrio da Sade. Portaria n 1101/GM. Disponvel em:
.
BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Sade Suplementar. Manual
Tcnico de Promoo da Sade e Preveno de Riscos e Doenas na Sade
Suplementar. 2. ed. rev e atual. Rio de Janeiro: ANS, 2007. Disponvel em:
.
BRASIL. Ministrio da Sade. Coordenao de Hipertenso e Diabete. Programa de
Preveno de Doenas Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema nico
de Sade. Cadernos de Ateno Bsica Hipertenso Arterial Sistmica.
Braslia: Ministrio da Sade, 2006.
BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,
2002. Disponvel em: .
Acesso em 2008.
-
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE. Disponvel em:
. Brasil. Acesso em 2008.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica
Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.
So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para
classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE
HIPERTENSO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. V Diretrizes
Brasileiras de Hipertenso Arterial. 2006.
-
1.9- PROPORO DE HOMENS SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS
SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE PRSTATA
Conceituao
Percentual de homens com cncer de prstata internados para realizao de
procedimentos selecionados, em relao ao nmero total de homens com cncer
de prstata internados, no ano considerado.
Mtodo de clculo*
Nmero de homens com cncer de prstata submetidos a
procedimentos selecionados
Nmero de homens internados por cncer de prstata
x 100
*Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta
ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula
simplificada pode ser representada pela seguinte equao:
Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de
ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).
Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse
fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta
progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do
indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao
procedimento).
Definio de termos utilizados no indicador
Numerador Nmero de homens que realizaram pela 1 vez no ano um dos
procedimentos selecionados: prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a
cu aberto para tratamento do cncer de prstata, cuja definio compreende o
grupo de diagnstico C61 do Captulo II (Neoplasias) da CID-10, desconsiderando
os procedimentos repetidos no mesmo beneficirio.
Denominador Nmero de homens com internaes em qualquer clnica pela 1
vez no ano, desconsiderando as internaes repetidas para o mesmo beneficirio,
-
cujo diagnstico principal, registrado na alta hospitalar, est contido no grupo de
diagnstico C61 do Captulo II (Neoplasias) da CID-10.
Interpretao do indicador
Esse indicador permite determinar o quanto das internaes por neoplasia maligna
de prstata foram motivadas para a realizao dos procedimentos selecionados
(prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a cu aberto), que so indicados
como possibilidade de tratamento da neoplasia maligna de prstata.
De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doena est sendo
diagnosticada e tratada oportunamente.
O procedimento que compe o numerador (prostatavesiculectomia radical
retropbica) o procedimento padro-ouro para o tratamento de cncer de
prstata localizado.
O denominador conter os procedimentos do numerador e outros, considerando os
homens internados com a doena.
Quanto maior o denominador em relao ao numerador maior o volume de
procedimentos realizados para tratamento de doena avanada e complicaes.
Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de aes bsicas de
preveno e controle (diagnstico, tratamento e educao para a sade) de
neoplasia maligna de prstata.
Usos
Identificar casos na populao beneficiria e orientar a adoo de medidas de
controle.
Analisar a evoluo por operadora das internaes hospitalares de neoplasia
maligna de prstata, identificando situaes de desequilbrio que possam
merecer ateno especial.
Contribuir para a realizao de anlises comparativas da concentrao de
recursos mdico-hospitalares disponveis para tratamento da neoplasia maligna
de prstata, para a populao beneficiria da operadora.
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internaes hospitalares na
populao masculina no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de
-
prstata correspondeu quinta causa de internao (5%) por neoplasia na
populao masculina, no mesmo perodo.
A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2003 no Brasil foi
de 40,5 /100.000 homens.
A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2005 no Brasil foi
de 51/100.000 homens.
A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2006 no Brasil foi
de 51 /100.000 homens.
A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2008 no Brasil de
52 / 100.000 homens.
Conforme descrito no National Cancer Control Programs Policies and
managerial guidelines, espera-se que:
dos expostos com suspeita de neoplasia maligna de prstata, mais de 70%
recebam tratamento adequado de acordo com protocolo nacional
estabelecido para a doena; e
dos expostos com diagnstico de neoplasia maligna de prstata, mais de
20% recebam tratamento curativo adequado para a doena de acordo com
o estadiamento definido pela bipsia.
A taxa de internao hospitalar por neoplasia maligna de prstata, no Brasil, no
SUS, no perodo entre 2000 e 2007 variou de 0,74 a 1,55 por 10.000 homens.
Meta
A meta das internaes por neoplasia de prstata para procedimentos especficos
deve corresponder a 60% dos casos das internaes por esta patologia.
-
Pontuao
Resultado obtido pela operadora Pontuao
% de homens com CA Prstata submetidos
a procedimentos selecionados entre todos
internados com CA de Prstata
Valor de 0 a 1 Peso 0,25
S/ Informao ou resultado =0 0 0
Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e 60 % 1 0,25
V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60
Fonte de dados
Numerador: Item 3.2.6.1 (Homens com cncer de prstata submetidas a
procedimentos selecionados) do Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.
Denominador: Item 3.2.6 (Homens internados por cncer de prstata) do
Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.
Aes esperadas para causar impacto positivo no indicador
Acompanhamento sistemtico dos casos identificados, no sentido de controle da
doena e aumento da sobrevida dos beneficirios.
Pactuao e sensibilizao dos prestadores sobre a importncia do processo de
preveno e qualificao da assistncia.
Divulgao dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de servio.
Constituio de sistema de informaes que permita a definio do perfil
epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da
populao beneficiria.
Limitaes e vieses do indicador
Tendo em vista que a causa da internao nem sempre corretamente
registrada, a informao a respeito das causas de morbidade pode ser
mascarada pela presena de comorbidades.
-
O indicador deve ser analisado em funo da faixa etria da populao
masculina.
Esse indicador construdo a partir dos dados informados pelo SIP, que tem
envio trimestral. A operadora dever estar atenta para computar a 1 internao
do homem relacionada ao cncer de prstata.
Referncias
BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,
2002d. Disponvel em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Cncer no Brasil:
Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Programa Nacional
de Controle do Cncer da Prstata. Documento de Consenso. 2002.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de
incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2003.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de
incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2005.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de
incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2006.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica
Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.
So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para
classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. National Cancer Control Programs,
Policies and managerial guidelines. 2nd
Edition. Genebra: 2002.
ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade no
Brasil: conceitos e aplicaes/Rede Interagencial de Informaes para a Sade -
Ripsa - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm
-
1.10- PROPORO DE PESSOAS SUBMETIDAS A PROCEDIMENTOS
SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE CLON E RETO
Conceituao
Percentual de homens e mulheres com cncer de clon e reto internados para
realizao de procedimentos selecionados, em relao ao nmero total de
homens e mulheres com cncer de clon e reto internados, no ano considerado.
Mtodo de clculo
Nmero de homens e mulheres com cncer de clon e reto
submetidos a procedimentos selecionados
Nmero de homens e mulheres internados por cncer de clon e
reto
x 100
Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta
ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula
simplificada pode ser representada pela seguinte equao:
Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de
ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).
Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse
fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta
progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do
indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao
procedimento).
Definio de termos utilizados no indicador
Numerador Nmero de pessoas que realizaram pela 1 vez no ano um dos
procedimentos selecionados: amputao abdomino-perineal do reto (completa),
colectomia total com ileo-reto-anamastose, colectomia total com ileostomia,
proctocolectomia total, proctocolectomia total com reservatrio ileal e
retossigmoidectomia abdominal para tratamento de cncer de colon e reto, cuja
definio compreende os grupos de diagnstico C18 a C20 e D01.0 a D01.2 do
-
Captulo II (Neoplasias) da CID-10, desconsiderando os procedimentos repetidos
no mesmo beneficirio.
Denominador Nmero de pessoas com internaes em qualquer clnica pela
1 vez no ano, desconsiderando as internaes repetidas para os mesmos
beneficirios, cujo diagnstico principal, registrado na alta hospitalar, est
contido grupos de diagnstico C18 a C20 e D01.0 a D01.2 do Captulo II
(Neoplasias) da CID-10.
Interpretao do indicador
Esse indicador permite determinar o quanto das internaes por neoplasia maligna
de clon e reto foram motivadas para a realizao dos procedimentos selecionados
(prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a cu aberto), que so indicados
como possibilidade de tratamento da neoplasia maligna de prstata.
De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doena est sendo
diagnosticada e tratada oportunamente.
O denominador conter os procedimentos do numerador e outros, considerando as
pessoas internadas com a doena.
Quanto maior o denominador em relao ao numerador maior o volume de
procedimentos realizados para tratamento de doena avanada e complicaes.
Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de aes bsicas de
preveno e controle (diagnstico, tratamento e educao para a sade) de
neoplasia maligna de clon e reto.
Usos
Identificar casos na populao beneficiria e orientar a adoo de medidas de
controle.
Analisar a evoluo por operadora das internaes hospitalares de neoplasia
maligna de clon e reto, identificando situaes de desequilbrio que possam
merecer ateno especial.
Contribuir para a realizao de anlises comparativas da concentrao de
recursos mdico-hospitalares disponveis para tratamento da neoplasia maligna
de clon e reto, para a populao beneficiria da operadora.
-
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internaes hospitalares na
populao masculina no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de
prstata correspondeu quinta causa de internao (5%) por neoplasia na
populao masculina, no mesmo perodo.
A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2003 no Brasil foi
de 40,5 /100.000 homens.
A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2005 no Brasil foi
de 51/100.000 homens.
A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2006 no Brasil foi
de 51 /100.000 homens.
A incidncia estimada de neoplasia maligna de prstata para 2008 no Brasil de
52 / 100.000 homens.
Conforme descrito no National Cancer Control Programs Policies and
managerial guidelines, espera-se que:
dos expostos com suspeita de neoplasia maligna de prstata, mais de 70%
recebam tratamento adequado de acordo com protocolo nacional
estabelecido para a doena; e
dos expostos com diagnstico de neoplasia maligna de prstata, mais de
20% recebam tratamento curativo adequado para a doena de acordo com
o estadiamento definido pela bipsia.
A taxa de internao hospitalar por neoplasia maligna de prstata, no Brasil, no
SUS, no perodo entre 2000 e 2007 variou de 0,74 a 1,55 por 10.000 homens.
Meta
A meta das internaes por neoplasia de clon e reto para procedimentos
especficos deve corresponder a 60% dos casos das internaes por esta
patologia.
-
Pontuao
Resultado obtido pela operadora Pontuao
% de pessoas com CA Coln e Reto
submetidas a procedimentos Especficos
entre todas internadas com CA Coln e Reto
Valor de 0 a 1 Peso 0,25
S/ Informao ou resultado = 0 0 0
Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e 60 % 1 0,25
V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60
Fonte de dados
Numerador: Item 3.2.5.1 (Pessoas com cncer de clon e reto submetidas a
procedimentos selecionados) do Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.
Denominador: Item 3.2.5 (Pessoas internadas por cncer de clon e reto) do
Anexo IV Sistema de Informao de Produtos.
Aes esperadas para causar impacto positivo no indicador
Acompanhamento sistemtico dos casos identificados, no sentido de controle
da doena e aumento da sobrevida dos beneficirios.
Pactuao e sensibilizao dos prestadores sobre a importncia do processo de
preveno e qualificao da assistncia.
Divulgao dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de servio.
Constituio de sistema de informaes que permita a definio do perfil
epidemiolgico (demogrfico, de morbidade, de utilizao, entre outros) da
populao beneficiria.
Limitaes e vieses do indicador
Tendo em vista que a causa da internao nem sempre corretamente
registrada, a informao a respeito das causas de morbidade pode ser
mascarada pela presena de comorbidades.
-
O indicador deve ser analisado em funo da faixa etria da populao.
Esse indicador construdo a partir dos dados informados pelo SIP, que tem
envio trimestral. A operadora dever estar atenta para computar a 1 internao
da pessoa relacionada ao cncer de clon e reto.
Referncias
BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informaes Hospitalares. DATASUS. Braslia,
2002d. Disponvel em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Cncer no Brasil:
Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de
incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2003.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de
incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2005.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Estimativas de
incidncia e mortalidade de cncer no Brasil. 2006.
BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Falando sobre
cncer de intestino. 2003.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. CID-10: Classificao Estatstica
Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. 2a edio.
So Paulo: Centro Colaborador da Organizao Mundial da Sade para
classificao de Doenas em Portugus. EDUSP. 1997.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE. National Cancer Control Programs,
Policies and managerial guidelines. 2nd
Edition. Genebra: 2002.
ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Indicadores bsicos de sade no
Brasil: conceitos e aplicaes/Rede Interagencial de Informaes para a Sade -
Ripsa - Braslia, Publicao da OPAS, 2002.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htmhttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm
-
1.11- NMERO DE CONSULTAS ODONTOLGICAS INICIAIS POR
EXPOSTO
Conceituao
Nmero de consultas odontolgicas iniciais, realizadas em cada exposto da
operadora, no perodo considerado.
Mtodo de clculo*
Total de consultas odontolgicas iniciais
Total de expostos para consultas odontolgicas iniciais
*Observao: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta
ser ajustada pela metodologia estatstica do Bayes Emprico, cuja frmula
simplificada pode ser representada pela seguinte equao:
Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de
ajuste) + (Taxa mdia de todas as operadoras) X (1 Fator de ajuste).
Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse
fator depende da disperso dos valores das taxas entre operadoras e aumenta
progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do
indicador (nmero de beneficirios da operadora expostos ao evento ou ao
procedimento).
Definio de termos utilizados no indicador
Numerador - Total de consultas odontolgicas iniciais: total de atendimentos
com consultas odontolgicas destinadas ao exame e diagnstico para a
elaborao do plano de tratamento, incluindo anamnese, preenchimento de ficha
clnica odontolegal, diagnstico das doenas e anomalias bucais do paciente e
prognstico. Neste item no devem ser informadas as consultas de carter
emergencial ou pericial, a serem lanadas no item 1.9.7 Outros Procedimentos.
Denominador - Total de expostos para consultas odontolgicas iniciais: total de
beneficirios expostos e expostos no beneficirios sob responsabilidade da
-
operadora, que esto fora do perodo de carncia no item em questo (consulta
odontolgica inicial), no perodo considerado.
Interpretao do indicador
A ateno odontolgica em nvel individual uma importante estratgia para a
qualificao do acesso assistncia na medida em que possibilita a avaliao por
um profissional de sade, visando preveno das doenas bucais, avaliao dos
fatores de risco individuais, realizao de diagnstico precoce com reduo das
seqelas e limitao dos danos, contribuindo para a reduo dos custos com
tratamento odontolgico, melhora nas condies de sade bucal e aumento da
qualidade de vida dos indivduos.
Desta forma, este indicador estima o acesso da populao exposta assistncia
odontolgica individual, visando execuo de um plano preventivo-teraputico
estabelecido a partir de uma avaliao/ exame clnico, no mbito da ateno
suplementar sade.
Usos
Analisar o acesso e cobertura consulta odontolgica inicial, na ateno
suplementar sade, identificando variaes e tendncias que demandem a
implementao de aes para a ampliao do acesso qualificado ao servio
odontolgico.
Analisar a orientao dos modelos assistenciais praticados na assistncia
odontolgica suplementar.
Subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliao dos servios
odontolgicos prestados pela operadora.
Poder ser influenciado pela infra-estrutura da rede prestadora de servios e pelo
modelo operacional da operadora, quando existirem barreiras para o acesso s
consultas odontolgicas iniciais.
Parmetros, Dados Estatsticos e Recomendaes
Em 2003, o Ministrio da Sade concluiu a realizao de um levantamento
epidemiolgico, denominado Projeto SB Brasil: Condies de Sade Bucal da
Populao Brasileira, para avaliar os principais agravos bucais em diferentes
grupos etrios da populao brasileira. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi
recomendada pela Organizao Mundial da Sade (OMS), na quarta edio
-
(1997) da publicao Oral health surveys: basic methods, e sugere a composio
da amostra em determinadas idades-ndice e faixas etrias para verificar a
ocorrncia das doenas bucais ao longo da vida, uma vez que estas apresentam
forte correlao com a idade do indivduo.
O nmero de indivduos em cada faixa etria, ou idade-ndice, foi preconizado de
acordo com a prevalncia e severidade das doenas bucais, no havendo
correlao com a representatividade desses grupos etrios na populao
brasileira.
O SB Brasil constitui um marco na epidemiologia em sade bucal, representando
a mais ampla pesquisa j empreendida no pas, e gerou resultados importantes
para o incremento das aes de planejamento e avaliao na rea de sade
bucal coletiva. Os resultados do estudo foram referncia para a construo dos
parmetros dos indicadores odontolgicos do Programa de Qualificao da Sade
Suplementar.
O parmetro utilizado para o indicador Consultas Odontolgicas Iniciais baseou-
se na necessidade de tratamento, em nvel individual, das principais doenas
bucais. A distribuio da necessidade de tratamento para a crie dentria,
segundo os grupos etrios de 18 a 36 meses, 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35
a 44 anos, 65 a 74 anos e macrorregio do pas, foi medida pelas variveis
TRATA_1 necessidade de restaurao de 1 face, TRATA_2 necessidade de
restaurao de 2 ou mais faces, TRATA_3 necessidade de coroa, TRATA_4
necessidade de faceta esttica, TRATA_5 necessidade de tratamento pulpar e
restaurao, TRATA_6 necessidade de extrao e TRATA_8 necessidade de
selante; e a distribuio da necessidade de tratamento periodontal, dos
indivduos com ceo-d/ COP-D=0, foi medida pelas variveis MAXCPI_2 presena
de clculo, MAXCPI_3 presena de bolsa 4-5 mm, MAXCPI_4 presena de bolsa 6
mm e mais, de acordo com os resultados do Projeto SB Brasil: Condies de
Sade Bucal da Populao Brasileira Resultados Principais.
A Necessidade de tratamento para a crie dentria e a necessidade de
tratamento periodontal, em indivduos com ceo-d/ CPO-D=0, segundo faixa
etria, medidas pelas variveis descritas acima, esto demonstradas no quadro
abaixo:
-
Fonte: Projeto SB Brasil: Condies de Sade Bucal da Populao Brasileira
Resultados Principais.
Meta
De acordo com o parmetro nacional, estabelecido a partir dos resultados do
Projeto SB Brasil, a meta a realizao de 0,60 consulta inicial/exposto/ano,
ampliando o acesso assistncia odontolgica suplementar por meio da consulta
odontolgica inicial.
Faixa Etria Nmero de
indivduos
Nmero de
indivduos
com
necessidade
de tratamento
para crie
dentria
Nmero de
indivduos
com ceo-d/
CPO-D=0 e
necessidade
de tratamento
periodontal
Nmero de
indivduos
com
necessidade
de tratamento
odontolgico
individual/
100
indivduos
18 a 36 meses 12117 3344 - 27,60
5 anos 26641 14931 - 56,05
12 anos 34550 19738 3680 67,78
15 a 19 anos 16833 11139 1864 77,25
35 a 44 anos 13431 8450 3210 86,81
65 a 74 anos 5349 1670 393 38,57
Total 108921 59272 9147 62,82
-
Pontuao
A pontuao do indicador foi definida de acordo com o quadro abaixo:
Resultado obtido pela operadora Pontuao
Nmero de Consultas Odontolgicas
Iniciais por Exposto Valor de 0 a 1 Peso 3
S/ Informao ou resultado 0,10 e < 0,60 v (>0 e = 0,60 1 3
V = (Resultado > 0,10 e < 0,60) 0,10 / 0,50
Fonte
Numerador: Sistema de Informaes de Produtos (SIP) - Anexo II - Item 1.7
consultas odontolgicas iniciais (n de eventos)
Denominador: Sistema de Informaes de Produtos (SIP) - Anexo II - Item 1.7
consultas odontolgicas iniciais (n de expostos)
Aes esperadas para causar impacto no indicador
Conhecer o perfil epidemiolgico dos beneficirios, identificar os indivduos
acometidos pelas doenas crie e periodontal com necessidade de tratamento em
nvel individual, e adotar estratgias de busca ativa para a captao de expostos
e aumento da cobertura assistencial.
Desenvolver programas de promoo da sade e preveno de riscos e doenas
com enfoque multiprofissional, de modo a inserir a consulta odontolgica
individual nos cuidados bsicos de sade, visando a integralidade e a qualificao
da assistncia sade.
Limitaes e vieses
O indicador poder ser influenciado pela contagem cumulativa de consultas
odontolgicas iniciais, considerando a possibilidade de realizao e registro de
mais de uma consulta, no mesmo indivduo, durante o perodo analisado.
Podero ocorrer inconsistncias no registro das informaes referentes ao
numerador, por parte das operadoras, uma vez que no devem ser informadas
as consultas de carter pericial, emergencial, de reviso e/ou manuteno.
-
Referncias
BRASIL. Portaria MS n 493/GM, de 13 de maro de 2006. Aprova a Relao
de Indicadores da Ateno Bsica 2006. Disponvel em:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2006/portaria_493.pdf. Acesso em: 7
jan. 2008.
BRASIL. Portaria MS n 91/GM, de 10 de jan