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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS
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Organizador dos Anais
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Revisão Metodológica
Prof.MSc.Delander da Silva Neiva
Revisão Ortográfica
Prof.Clarecí Nunes Siqueira Silva
Capa
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
SUMÁRIO
1 USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL............................................................................08
Flavio Moura Borges
2 A JORNADA DE TRABALHO NO SISTEMA DE BANCO DE HORAS NO
BRASIL...........................................................................................................................08
Leilane Pereira Carvalho
3 RETIFICAÇÃO TABULAR COM ALTERAÇÃO DE ÁREA SOB A ÓTICA DA LEI
10931/04 .........................................................................................................................09
Jandra Rabelo de Sá Nogueira
4 ABORTO DE FETO ANENCEFÁLICO...................................................................10
Poliana Graciele Silva Ferreira
5 PODER INVESTIGATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO INQUÉRITO
POLICIAL ......................................................................................................................11
Divino Vander Pereira dos Santos
6 A EFICÁCIA DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS IMPOSTAS AO
ADOLESCENTE INFRATOR SEGUNDO O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE.............................................................................................................12
Aline de Alcântara Nunes
7 O DANO MORAL DO MENOR, A PARTIR DO ABANDONO PATERNO........ 13
Katiuscia Correa Brant
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
8 DA FALTA DISCIPLINAR À SINDICÂNCIA E O PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR PREVISTOS NA LEI 8.112 DE 1990 – OS ERROS E ACERTOS DA
ADMINISTRAÇÃO NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
........................................................................................................................13
Miguel Francisco do Sêrro
9 PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE E RESSOCIALIZAÇÃO...........................14
Rafaela Hayashida de Araújo
10 A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA
ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA ........................16
Luciana Ulhoa Monteiro
11 INVESTIGAÇÃO CRIMINAL DIRETA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO..........16
Rafael Ferreira da Silva Júnior
12 ASSÉDIO MORAL NA RELAÇÃO DE EMPREGO.............................................18
Mariana Rabelo Cunha
13 INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS ....................................................................18
Paulo Henrique Lousada
14 TRABALHO INFANTIL DOMÉSTICO: UMA REALIDADE IGNORADA......19
Samamm Fernanda Dantas de Oliveira Melo
15 A LEI DE BIOSSEGURANÇA E SUA INTERFACE COM O INSTITUTO DA
RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL ..........................................................20
Milton Neiva Menezes
16 ASPECTOS EVOLUTIVOS E DOUTRINÁRIOS DO DIVÓRCIO
ADMINISTRATIVO ....................................................................................................21
Vívian Cruz Barboza do Carmo
17 O SEGURO-DESEMPREGO PERANTE O TRABALHADOR ..........................22
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
Rodrigo da Cruz Tolentino
18 PROPAGANDA POLÍTICA E SUA REGULAMENTAÇÃO .............................23
Tiago Martins da Silva
19 ADOÇÃO NO DIREITO BRASILEIRO................................................................23
Bruno Braz Machado
20 AS POLÊMICAS ACERCA DA IDADE PENAL ESTIPULADA NO
ORDENAMETO JURÍDICO BRASILEIRO .............................................................24
Vinícius Ulhoa Almeida
21 A UTILIZAÇÃO JURÍDICA DO DANO MORAL PELA POPULAÇÃO
BRASILEIRA ...............................................................................................................25
Mazurkiewicz Ferreira da Silva
22 RESSOCILIZAÇÃO DOS CONDENADOS NA ATUALIDADE ......................26
Dorcas Gonçalves Ribeiro
23 DA PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL EM GERAL A LUZ DO
ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO............................................................27
Genelúcio Fabio Alves Carneiro Vieira
24 AS DIARISTAS E SUA POSIÇÃO PERANTE A LEGISLAÇÃO ATUAL:
EMPREGADA DOMÉSTICA, TRABALHADORA AUTÔNOMA OU
EVENTUAL?.................................................................................................................28
Débora de Barros Tavares
25 O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE E A ADMISSIBILIDADE DAS
PROVAS ILÍCITAS .....................................................................................................29
Maria Aparecida Rocha
26 A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL DOMÉSTICO.........................30
Mariane Caldeira Leão
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
27 RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA NOS CRIMES
AMBIENTAIS...............................................................................................................31
Camila Andrade Soares
28 REQUISITOS PARA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE URBANA POR MEIO DA
USUCAPIÃO ................................................................................................................31
Rosilmar Targino Trede
29 SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, ART.89 DA LEI 9.099/95.....32
Renê Issamu Lopes Fukuhara
30 A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR COM BASE NO BINÔMIO
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE E O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. .....................................................................33
Ana Paula Mendonça
31 ABORTAMENTO HUMANITÁRIO PERANTE A JURISPRUDÊNCIA..............34
Charlon Mendes dos Santos1
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
APRESENTAÇÃO
As publicações de anais de monografia têm como objetivo principal divulgar e
fomentar a produção científica da Faculdade Atenas, proporcionando complementar os
conhecimentos jurídicos adquiridos em aulas teóricas e práticas, por meio da
indispensável pesquisa doutrinária sob o enfoque e perspectivas dos diversos temas
presentes no ordenamento jurídico. Estas publicações contribuirão para o aprimoramento
da cultura jurídica no meio acadêmico, bem como, propiciar uma leitura fácil e agradável
de vários temas relacionados ao curso do Direito.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
1 USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL
Flávio Moura Borges1
Atualmente, uma das questões que mais preocupa a população de uma forma
geral são questões relacionadas à moradia e a produção de alimentos, para abastecer a
demanda do mercado mundial e erradicar a fome. O Brasil é um país extenso, e com todos
os meios para amenizar partes destes problemas. A questão proposta é a melhor utilização
das terras pertencentes à União e aos Estados membros desta, ou seja, as terras
denominadas como terras devolutas, usando neste caso o instituto da Usucapião Especial
Rural ou pro labore, que é uma modalidade prevista na Constituição Federal que foi
promulgada em 1988. É uma modalidade que busca fixar o homem no campo pelo seu
trabalho, onde este poderá exercer ali sua moradia e na terra laborando por cinco anos
consecutivos, que este já apto para requerer este instituto. Mas o grande problema de
aplicação da Usucapião Especial Rural é uma previsão que a vigente Constituição Federal
traz no parágrafo único do seu artigo 191, que é a proibição de incidência deste instituto
nas terras públicas. Adentraremos nas questões requisitos pertinentes para ser beneficiado
pela Usucapião pro labore, abordando aspectos históricos tais como os referentes às terras
devolutas, e aspectos finais tal como a propriedade e sua função social. Enfim serão
abordadas várias questões envolvendo o tema.
Palavras-chave: Propriedade. Posse. Terras Devolutas. Usucapião Especial
Rural.
2 A JORNADA DE TRABALHO NO SISTEMA DE BANCO DE HORAS NO
BRASIL
Leilane Pereira Carvalho2
O Direito do Trabalho é o ramo da Ciência do Direito que tem por objeto as
normas, as instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as relações de trabalho
1 Aluno do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
2 Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
individuais e coletivas, visando equilibrar capital e trabalho, a fim de assegurar positiva
formação das relações de trabalho e evitar tensões sociais decorrentes das situações de
arbítrio e abuso dos empregadores. Atualmente, as relações laborais sofreram vários
reflexos do fenômeno da flexibilização do Direito Trabalhista, dentre as quais pode se
destacar a criação do banco de horas, em que a jornada de trabalho por mais que seja
tutelada na legislação, pode ser negociada através da negociação coletiva entre
empregadores, sindicatos patronais e sindicatos de empregados. Portanto, pode se ressaltar
a importância da flexibilização nas relações de trabalho, a qual é um instrumento
caracterizado pela adaptação constante das normas jurídicas à realidade econômica, social
e institucional, mediante intensa participação de trabalhadores e empregadores, para eficaz
regulação do mercado de trabalho, tendo como objetivos o desenvolvimento econômico e
o progresso social. A realidade é que através deste método, o direito do trabalho irá
promover a segurança e o bem estar do empregado e conseqüentemente o equilíbrio entre
ambas as partes, adequando as normas aos novos e atuais sistemas de tecnologia, podendo
ser mais uma forma de solucionar o problema do alto índice de desemprego.
Palavras-Chave: Banco de Horas. Flexibilização. Jornada de Trabalho.
3 RETIFICAÇÃO TABULAR COM ALTERAÇÃO DE ÁREA SOB A ÓTICA DA
LEI 10931/04
Jandra Rabelo de Sá Nogueira3
Com o advento da Lei 10.931/04, que alterou os artigos 212 ao 214 da lei dos
Registros Públicos, a Lei 6.015/73 tornou o procedimento da descrição tabular de imóvel
mais célere e simples, em contrapartida trouxe uma responsabilidade muito grande para o
registrador, pois caber-lhe-á decidir, com seu livre convencimento, se o procedimento é
cabível ou não. O direito imobiliário tem como elemento intrínseco a natureza
constitutiva, devendo a constituição, transferência e modificações dos direitos reais, em
geral, devem constar no registro, a fim de que possamos ter exatas informações a respeito
do estado dos bens de raiz e suas alterações. O procedimento de retificação dos
3 Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
atos registrados no Serviço Registral é o ato correto e cabível para que o proprietário de
imóvel, ou quem de direito, possa ter corrigido o assento imobiliário referente à sua
propriedade. Em razão da imutabilidade do registro, o legislador procurou através do texto
legal, facultar à parte propor através de pedido e ou ação de retificação a correção de
quaisquer assentos constantes do Registro Imobiliário, seja nome, descrição das divisas,
da área e etc, logicamente obedecendo aos procedimentos cabíveis. Cabe à parte verificar
se o erro se faz presente no ato ou no instrumento, sendo assim necessária a correção,
materializando-se na viabilidade proporcionada pelas alterações sofridas pela L.R.P. Neste
contexto, verificamos vários procedimentos a serem seguidos, sejam eles administrativo
ou contencioso, cabendo não só à parte como ao profissional legalmente habilitado para os
serviços de medição do imóvel, procurarem diferenciar os institutos cabíveis naquele caso
especifico, seja ele retificação de área, usucapião, inventário e outros.
Palavras-Chave: Registro. Retificação. Administrativa. Intramuros.
Extramuros.
4 ABORTO DE FETO ANENCEFÁLICO
Poliana Graciele Silva Ferreira4
Atualmente, temos vivido uma verdadeira revolução no que diz respeito à
medicina, sabemos que não somente ela, mas o que nos interessa são propriamente as
descobertas poporcionadas pelo avanço tecnológico em relação à saúde. Quando se trata
de feto, ou seja, de um bebê em formação é possível diagnosticar com muita precisão
qualquer anormalidade que possa estar ocorrendo com o feto, e quando é possível tratar,
como é o caso de operações que se faz com o bebê ainda no ventre da mãe, mas há casos
em que o feto está comprometido e não é possível fazer nada, não tendo nenhuma chance
de vida após o nascimento, como é no caso de bebês diagnosticados com anencefalia, é
neste sentido que este trabalho será explanado. Pois, este estudo tem a finalidade de
formular, revelar e esclarecer a questão do aborto de fetos com anencefalia, tendo em vista
4 Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
a grande relevância acerca do tema perante o direito atual. Enfim, serão abordadas várias
questões envolvendo o tema estudado.
Palavras- Chave: Aborto. Anencefalia. Vida. Religião.
5 PODER INVESTIGATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO INQUÉRITOTOO
POLICIAL
Divino Vander Pereira dos Santos5
Cometida uma infração penal, nasce para o Estado o direito de punir, pois é o
titular do jus puniendi, quando se verifica uma infração, o titular do direito de punir, quer
dizer, o Estado desenvolve, inicialmente, uma agitada atividade por meio de órgãos
próprios, atividade essa que visa a colher informações sobre o fato tido como infracional e
a respectiva autoria. No que tange esta circunspeção, o tema em voga tem por desígnio
sopesar a compatibilidade entre as funções e a natureza do Ministério Público e a
atividade de investigação criminal, segundo o modelo adotado pela Constituição Federal
de 1988, norteado pelos contornos constitucionais desenvolvidos na Persecução Penal,
como ato meramente administrativo e inquisitivo, na elucidação do crime mostrando sua
autoria e materialidade. Neste contexto surge o questionamento, até que ponto o Sistema
Processual Penal Brasileiro e os direitos fundamentais constitucionais vedam a atuação
investigatória do Ministério Público na Persecução Penal? Tradicionalmente a
investigação foi sempre levada a efeito pelas Policias (Federal, Civil e Militar) e a
Constituição de 1988, reafirmou tal legitimidade no artigo 144. De outro lado, o Órgão
Ministerial é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbido-lhe a defesa da ordem jurídica, do Regime Democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis (Redação do artigo 127 da Constituição Federal),
partindo-se desta premissa extrai-se a hermenêutica do Poder Investigatório do Ministério
Público no Inquérito Policial. Porém ao mesmo tempo em que a Carta Magna de 1998 dá
legitimidade ao Poder Investigatório do Órgão Ministerial no Inquérito Policial, traz
restrições formais e materiais no tríduo legal do artigo 129, inciso IX, restringindo-o
5 Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
excepcionalmente pelas cláusulas de reserva jurisdicional, considerado cada fato em
específico, com relação à investigação exclusiva a ser realizada na situação concreta,
observados os princípios concernentes ao Processo do Direito Coercitivo.
Palavras-chave: Investigação Criminal. Instrução Preliminar. Inquérito
Policial. Polícia Civil. Ministério Público.
6 A EFICÁCIA DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS IMPOSTAS AO
ADOLESCENTE INFRATOR SEGUNDO O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Aline de Alcântara Nunes6
As medidas socioeducativas, impostas ao adolescente, são meios de
responsabilização aplicáveis aos que cometem ato infracional, estando elencados no
Estatuto da Criança e do Adolescente. O presente trabalho trata do exercício dos ditames
preconizados pela Política de Proteção Integral, que veio extinguir preceitos anteriores
destinados a crianças e adolescentes. A nova política de atendimento considera a infância
e juventude como sendo indivíduos em condição peculiar, merecedoras de prioridade na
efetividade de seus direitos, prega o desenvolvimento de ações pedagógicas,
ressocializadoras no sistema socioeducativo, a aplicação de meios que observem a sua
condição de desenvolvimento, bem como a determinação de medidas de punição
diferenciadas dos adultos. O Estado, a sociedade e a família são responsáveis pela garantia
dos direitos à vida, à educação, à saúde, à profissão, à cultura, ao lazer, ao convívio
familiar à criança e ao adolescente, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela
Proteção Integral, fundamentada no art. 227 da Constituição Federal. Os regimes
socioeducativos, em meio fechado e aberto, produzem ações punitivas, educativas e
fortalecem vínculos sociais de forma diferenciada.
Palavras-chave: Medida Socioeducativa. Política de Proteção
Integral. Criança e Adolescente. Adolescente Infrator.
7 O DANO MORAL DO MENOR, A PARTIR DO ABANDONO PATERNO
6
Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
Katiuscia Correa Brant7
Abordaremos neste trabalho a possibilidade de pedido judicial de indenização
por falta de afetividade, isto é, a possibilidade e razoabilidade da criança “abandonada”
requerer indenização de seu pai por negligência afetiva e moral. A discussão sobre o
assunto é recente, porém, já é muito estudada pelos operadores do direito. Neste trabalho
procuramos abordar, dentre outros temas,a evolução do instituto da família ao longo dos
tempos, fazendo um paralelo entre a Carta Magna de 1988 e a família nacional no direito,
bem como as diversas funções exercidas por esta. Ademais, abordamos o afeto dentro da
formação da personalidade dentro ao ambiente familiar. Em seqüência estudamos a
convivência familiar, dando ênfase aos diversos direitos, bem como obrigações
decorrentes desta. De igual maneira, discorremos sobre o descumprimento do dever de
convivência e suas possíveis conseqüências à formação da personalidade do filho. No
mesmo sentido e dentro da linha de pensamento, estudamos o instituto da responsabilidade
civil, destacando seus requisitos e sua aplicabilidade dentro do assunto proposto.
Finalizando, integramos alguns julgados sobre do tema. Para a elaboração deste trabalho
utilizamos notadamente de pesquisa sobre diversas doutrinas, bem como da integração de
alguns julgados nacionais acerca do assunto.
Palavras-chave: Paternidade. Danos Morais. Responsabilidade Civil.
Reparação.
8 DA FALTA DISCIPLINAR À SINDICÂNCIA E O PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR PREVISTOS NA LEI 8.112 DE 1990 – OS
ERROS E ACERTOS DA ADMINISTRAÇÃO NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE
DIREITO
Miguel Francisco do Sêrro8
Foram desenvolvidos neste trabalho, relatos da convivência entre os servidores
públicos e os órgãos administrativos aos quais estão vinculados, das atitudes tomadas
pelos administradores e respectivas repartições, quando do surgimento de notícias e
7 Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
8 Aluno do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
indícios de faltas disciplinares ou desvios comportamentais dos prestadores de serviços,
anomalias que sem dúvida, afetam o bom andamento dos trabalhos de responsabilidade
dos entes públicos, da escassez de material existente relacionado ao tema, do pouco
amparo ou respaldo de que se valem os servidores quando se tornam alvo de notícias que
depreciam a imagem deles e dos órgãos onde prestem serviços, a importância e o emprego
prático dos capítulos da Lei 8.112/90 destinados a parte disciplinar, dos princípios
constitucionais que dão norte aos trabalhos dos processos, a fim de que não se tornem
nulos, o uso dos institutos sindicância nas suas duas modalidades e do processo
administrativo disciplinar, das comparações entre a sindicância e outros institutos do
direito pátrio, a abordagem das diferenças e semelhanças entre sindicância e inquérito na
seara criminal, dos efeitos e conseqüências advindos para os servidores processados, das
penalidades desde as mais brandas até aquelas pesadas punições, dos efeitos das
reincidências, as discussões doutrinárias, dos manifestos dos autores acerca das penas
oriundas das sindicâncias, das formas erradas para aplicação das punições herdadas dos
períodos de ditadura como a verdade sabida, onde o administrador age ao arrepio da lei,
sem obedecer qualquer limite, das notícias vazias ou anônimas, o manifesto dos
doutrinadores de como e quando lidar com estas notícias também chamadas de denuncias,
dos meios recursais ou instrumentos de revisão colocados à disposição dos administrados,
do encaminhamento e andamento processual destas ferramentas constitucionais que os
servidores podem utilizar, para reverterem eventuais penalidades ou tornarem nulas
injustiças que vierem a sofrer.
Palavras-Chave: Falta disciplinar. Sindicância. Processo administrativo.
9 PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE E RESSOCIALIZAÇÃO
Rafaela Hayashida de Araújo9
A justificativa do presente tema é mostrar e tentar analisar o Sistema Prisional
Brasileiro e suas falhas ao tentar reingressar o preso, que acontecem não por causa da lei
ser deficitária, mas sim pelo fato de sermos uma sociedade discriminatória. Mostrar que o
9
Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
propósito da prisão privativa de liberdade, muitas vezes está sendo deixada de lado no que
diz respeito à formação do individuo. Ao invés de ressocializar para a pessoa ter uma vida
melhor longe do crime, muitas vezes a prisão é considerada como “escola” de
aperfeiçoamento de delitos. Acontece que pena é a sanção inflitiva imposta pelo Estado,
mediante ação penal, ao autor de uma infração penal, como retribuição de seu ato ilícito,
consistente na diminuição de um bem jurídico, e cujo fim é evitar novos delitos. Apresenta
a característica de retribuição, de ameaça de um mal contra o autor de uma infração penal.
Tem finalidade preventiva, no sentido de evitar a prática de novas infrações. A prevenção
pode ser geral e especial. Na prevenção geral o fim intimidativo da pena dirige-se a todos
os destinatários da norma penal, visando a impedir que os membros da sociedade
pratiquem crimes. Na prevenção especial, a pena visa ao autor do delito, retirando-o do
meio social, impedindo-o de delinqüir e procurando corrigi-lo. Com isso o Brasil tem
enfrentado grandes dificuldades em seu sistema penitenciário, ensejando uma reflexão
mais profunda sobre uma filosofia de tratamento de preso diferente de tudo o que já se
observou no país e no estrangeiro. Essa nova filosofia denomina-se Apac (Associação de
Proteção e Assistência aos Condenados). A Apac
é uma entidade civil, com personalidade jurídica própria, que tem por finalidade recuperar
os condenados e proteger a sociedade. A filosofia implantada é a de matar o criminoso e
salvar o homem. Um aspecto fundamental no trabalho da Apac é de fazer dos membros da
entidade uma grande família, na qual, o reeducando pudesse se espelhar, buscando
exemplos de vida. Ela acolhe determinado preso, acompanhado-o, fazendo-o importante e
destinando a ele atenção que lhe carecia pela falta de uma família. O trabalho tem
fundamental importância no método da Apac, pois é visto como fator essencial à vida do
homem, desenvolvendo treinamento paulatino até que o preso assuma esse compromisso,
como condição para retornar ao convívio social. Convém lembrar que muitos presos
jamais trabalharam honestamente na vida, por isso a importância dessa etapa. O principio
de o preso ajudar o próprio preso, restaurando-lhe o sentimento de autoconfiança, por ser
útil e por demonstrar que alguém de fora do sistema acredita na sua recuperação. Enfim,
pelo principio do preso ajudando o preso
é que se obtém algum resultado pela solidariedade, ensinando a conviver
comunitariamente,não descuidando na recuperação de fatores como a saúde, educação,
ensino, cultura, religião, evitando a ociosidade a qualquer custo.
Palavras-chave: Pena Privativa de Liberdade. Ressocialização. APAC.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
10 A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
NA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA
Luciana Ulhoa Monteiro10
O direito tem criado instrumentos capazes de qualificar e quanto possível quantificar
antecipadamente o impacto ambiental ao se inserir um empreendimento no meio
ambiente. Hoje é impossível falar em proteção ambiental sem que se mencione um dos
instrumentos mais revolucionários em relação a prevenção e monitoramento dos danos
ambientais, o Estudo de Impacto Ambiental. Porém, para se tornar um instrumento eficaz
e voltado para a prevenção é necessário que o Estudo de Impacto Ambiental prime pela
veracidade, e por isso a obrigação de estar de acordo com a verdade. Assim, para que isso
ocorra é necessário principalmente, que aqueles que empreendem e subscrevem, ou seja, a
Equipe Técnica, os estudos necessários ao processo de licenciamento primem por esta
veracidade, pois estes, antes de mais nada, serão responsáveis por todas as informações
apresentadas, sujeitando-se as sanções impostas pela Lei. Tudo o que foi exposto será
abordado em três capítulos, a fim de entendermos mais a fundo o que significa o Estudo
de Impacto Ambiental, suas previsões legais e em especial, trazer à tona as
responsabilidades daqueles que elaboram o presente Estudo.
Palavras-Chave: Estudo de Impacto Ambiental. Equipe técnica. Responsabilidade
Ambiental.
11 INVESTIGAÇÃO CRIMINAL DIRETA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO
Rafael Ferreira da Silva Júnior11
O trabalho terá como objetivo principal de estudo sobre a atuação do
Ministério Público na fase anterior à ação penal. Será analisada, a possibilidade jurídica
dos Promotores de Justiça e Procuradores da República, por iniciativa própria, iniciarem,
10
Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008. 11 Aluno do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008. 11
Aluno do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
conduzirem e concluírem, com autonomia e imparcialidade, a fase investigatória da
persecução penal, fundamental à colheita dos elementos mínimos necessários ao
oferecimento, e conseqüente, recebimento da denúncia em juízo. Fundamentada na
Constituição Federal e na Lei Complementar n.º 75 de 1993, tomaremos como base às
doutrinas positivistas, que não são permitidos a outras autoridades os atos típicos e
exclusivos da atividade de polícia judiciária. Não é defeso a elas, entretanto, a instauração
de procedimentos administrativos criminais que, no âmbito de suas atribuições, tenham
por objetivo a busca da verdade acerca das infrações penais e sua autoria. O resultado das
investigações, da policia ou de outros organismos, deverá ser submetido à apreciação do
Poder Judiciário, que, de sua feita, detêm o monopólio da Jurisdição e poderá dizer o
direito, com imparcialidade e independência. A própria disciplina da Constituição Federal
não confere qualquer exclusividade à policia Judiciária na busca da verdade real. O que
existe nela, e que se extrai da leitura do artigo 144, é a atribuição que o Estado brasileiro
dá à polícia judiciária, para apuração de infrações penais. Tal atribuição, orgânica, não
retira de outras autoridades a iniciativa das investigações, afirmação que, aliás, consta do
próprio Código de Processo Penal (art. 4º, parágrafo único). Ao Ministério Público, a
quem a Constituição Federal reservou relevante papel de defesa da sociedade, inclusive
garantindo a seus órgãos de execução proteção e iniciativa, no seu mister, contra o próprio
Estado, estão assegurados instrumentos de atuação, expressos ou implícitos, que
viabilizem a sua vocação, inclusive a investigação criminal independente como forma de
busca da verdade real a sustentar o exercício da ação penal em juízo. Dentro de teoria dos
poderes implícitos, estaria comprometida a atuação do Ministério Público se, para o
exercício da ação penal, devesse se submeter a juízo de outrem. Cabe-lhes, antes,
independência para buscar a prova, analisá–la, convencer–se ou não da sua realidade, para
só então, com ou sem o auxílio da polícia judiciária e de outros organismos, exercitar a
ação penal, ou, ao contrário, optar por postular o arquivamento do caso em juízo,
atribuições que decorrem da titularidade do poder de acusar. Portanto, são válidas e
oportunas as investigações independentes desenvolvidas pelo Ministério Público, cujo
trato não passa, ao contrário do que sustentam alguns, por ofensa ao ordenamento
constitucional.
Palavras chave: Poder. Investigatório. Ministério Público. Inquérito.
Possibilidade. Instauração.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
12 ASSÉDIO MORAL NA RELAÇÃO DE EMPREGO
Mariana Rabelo Cunha12
O assunto tratado na presente monografia foi escolhido em face da sua extrema
importância, não só para o mundo jurídico, mas também para todo o âmbito das relações
trabalhistas, envolvendo a sociedade como um todo. O assédio moral na relação de
emprego consiste numa conduta abusiva, cruel e humilhante, repugnada pela sociedade,
capaz de atentar contra a dignidade física, psíquica e emocional do trabalhador. A
pesquisa utilizará subsídios de vários ramos da ciência, dado seu caráter multidisciplinar.
Neste aspecto, o presente trabalho foi realizado através da pesquisa bibliográfica, em
artigos científicos, jurisprudências, projetos de lei, revistas. O assédio moral é um
problema que apesar de afligir os trabalhadores desde os primórdios das relações
trabalhistas, com graves repercussões sobre a dignidade da pessoa humana de milhares de
pessoas de todo o mundo, somente foi recentemente identificado. O Assédio Moral é um
instituto ainda em construção, sendo desconhecido pela grande maioria dos profissionais
envolvidos no mundo trabalhista, bem como no mundo jurídico, motivo pelo qual
objetivou-se fazer a sua análise, conceituando e definindo os seus contornos e limites,
decompondo-o em seus elementos essenciais, verificando como o mesmo se dá e quais são
as suas conseqüências jurídicas.
Palavras-Chave: Assédio moral. Trabalhador. Relação de emprego.
13 INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS
Paulo Henrique Lousada13
Quanto às interceptações telefônicas, a própria Constituição Federal, em seu
art. 5°, inciso XII, abriu a possibilidade de violação das comunicações telefônicas, desde
que regulamentada por leis. Assim, a Lei 9.296, de 24 de Julho de 1996, foi editada para
regulamentar o artigo supra citado, acabando com a discussão da possibilidade ou não
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Aluno do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
deste meio de prova, contudo, prevendo diversos requisitos para a sua autorização, dentre
eles, a autorização somente quando o fato investigado constituir infração penal punida
com reclusão. A Lei 9.296/96 adotou o sistema de verificação prévia da legalidade
condicionando a interceptação à autorização judicial, desde que presentes os requisitos de
admissibilidade. A interceptação telefônica somente será autorizada em casos
excepcionais, pois trata-se de medida que restringe um direito fundamental do cidadão, ou
seja, o direito à intimidade e liberdade de comunicação. Portanto, o juiz avaliará o caso
concreto e havendo outros meios de provas menos invasivos, optará por estes, indeferindo
a interceptação.
Palavras-Chave: Possibilidade de Interceptações Telefônicas.
14 TRABALHO INFANTIL DOMÉSTICO: UMA REALIDADE IGNORADA
Samamm Fernanda Dantas de Oliveira Melo14
O trabalho realizado por crianças ocorre desde os remotos tempos da Pré-
História, quando uma rudimentar divisão do trabalho já as inseriam como sendo sujeitos
deste processo. No entanto, nesse período o trabalho era compreendido como uma forma
de cooperação, envolvendo todos os membros da aldeia e a única forma de sustentá-la.
Concepção esta modificada ao longo do tempo, incorporando no curso dos anos, caráter de
religiosidade, de desprestígio social, de produtividade, de virtude e de problema social.
Com a Revolução Industrial ocorrida no século XVIII, essa prática se tornou massificada,
e seres tão fragilizados como as crianças passaram largamente a ser alvos de constantes
desrespeitos, frente às explorações impostas pelo sistema capitalista. Assim legislações
internacionais começaram a ser preocupar com o problema, e editar leis, concebendo o
trabalho infantil como um grave problema social. No entanto, o Brasil, apenas na década
de 80 passou a comungar desta concepção, já que concebia o trabalho infantil como uma
realidade imutável e intrínseca a vida em sociedade, atribuindo-lhe caráter de virtuosidade.
A modificação desta concepção foi consagrada com a promulgação da Constituição
Federal em 1988, adotando o princípio da proteção integral à criança. Em 1990 com a
promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, tal proteção foi agraciada com
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Aluna do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
mais um amparo legal, contudo, esse fato não foi capaz de acabar com tal forma de
exploração no país, nem tampouco capaz de modificar a concepção social acerca dessa
praxi o que contribui para sua perpetuação, principalmente no que tange ao trabalho
realizado no âmbito doméstico, que por se desenvolver longe da visão do poder estatal, e
contar com a total conivência social tende a ser maior, consubstanciando uma das maiores
ineficácias do poder estatal, frente ao intuito de coibir tal prática, em nada contribuindo
para validade dos Ordenamentos legais protetivos. A quantidade de trabalho infantil no
país diminuiu, no entanto se encontra longe do término. E nesse cenário insurge a
educação como meio transformador desta realidade.
Palavras-Chave: Trabalho infantil doméstico. Criança. Exploração.
conivência social.
15 A LEI DE BIOSSEGURANÇA E SUA INTERFACE COM O INSTITUTO DA
RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL
Milton Neiva Menezes15
Atualmente, verifica-se em sentido global, uma grande transformação das
atividades tecnológicas e científicas, levando a avanços em todas as áreas. Associado a
essa transformação técnico-científica, surgiu no campo das Biociências um novo ramo da
engenharia genética: a biotecnologia. Ela se dedica à manipulação de genes em
laboratórios, surgindo assim os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). Uma
das finalidades dos OGM é atender a demanda futura de consumo e seu fim econômico.
Paralelamente ao surgimento dos OGMs, foi imperioso estabelecer um conjunto de
normas que garantisse que a prática da engenharia genética não acarretaria prejuízos a
terceiros ou ao meio ambiente. Há presença de riscos naquelas atividades? Pode haver um
efeito futuro indesejável relacionado aos OGMs? A resposta é afirmativa, pois, tais
atividades podem ter resultados desconhecidos e vir a ocasionar danos ao meio ambiente e
à saúde humana. O risco paira na incerteza da conseqüência futura. Em virtude disso, a
Lei 11.105 de 24 de março de 2005 estabeleceu critérios de biossegurança a fim de mitigar
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Aluno do 10º período do Curso de Direito noturno, turma Alfa, 2º semestre de 2008.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
os riscos existentes nas atividades por ela abrangidas. A biossegurança é um conjunto de
normas que visa evitar ou atenuar os riscos provenientes dos processos biotecnológicos,
mais precisamente na fabricação de OGMs. A Lei de Biossegurança estabelece normas e
critérios de segurança e fiscalização na construção, cultivo, produção, manipulação,
transporte, transferência, importação, exportação, armazenamento, pesquisa,
comercialização, consumo, liberação no meio ambiente e descarte de OGM e seus
derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço cientifico na área de biossegurança
e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal e a observância do
principio da precaução para a proteção do meio ambiente (art. 1º da referida lei). Diante
dos riscos existentes nesse tipo de prática cientifica, é preciso ater-se que o risco pode se
efetivar em um dano concreto, como por exemplo, o descarte irregular de um OGM no
ambiente que venha a provocar a degradação vegetal e atinja a saúde do homem. Entende-
se que essa afetação ao meio ambiente se caracteriza como um dano ou degradação
ambiental. Assim, o dano ambiental é a lesão causada contra o meio ambiente por um
terceiro que se vê obrigado a repará-lo. A reparação do dano sofrido se perfaz dentre dos
regimes das responsabilidades. A concretização do risco em um dano ambiental, o agente
causador da lesão tem o dever de repará-lo nas formas que a lei determina. A Lei de
Biossegurança, em seu art. 20, adotou o regime da responsabilidade civil objetiva. Ela
prevê que os causadores de danos ao meio ambiente e a terceiros responderão
solidariamente por sua indenização ou reparação integral através de condenação em ação
civil pública, independentemente da existência de culpa, sem prejuízo da responsabilidade
administrativa e criminal.
Palavras-Chave: Biossegurança. Risco. Dano. Responsabilidade.
16 ASPECTOS EVOLUTIVOS E DOUTRINÁRIOS DO DIVÓRCIO
ADMINISTRATIVO
Vívian Cruz Barboza do Carmo16
A Lei 11.441, que foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
autoriza a realização de inventários, partilhas, separações consensuais e divórcios
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
consensuais através da via administrativa. Para muitos, tal medida simula a evolução
concreta dos preceitos da Emenda Constitucional 45/2004, a Reforma do Judiciário. Ela
dará facilidade ao trâmite de inventários, partilhas e divórcios se as partes forem capazes e
concordes, podendo o inventário e a partilha serem feitos por escritura pública, sendo
título hábil para o registro imobiliário. Quem tiver interesse deve ter assistência de
advogado comum ou advogados de cada parte, cuja qualificação e assinatura constarão do
ato notarial.
Palavras-Chave: Divórcio. Responsabilidade. Evolução. Sociedade.
Alimentos. Família.
17 O SEGURO-DESEMPREGO PERANTE O TRABALHADOR
Rodrigo da Cruz Tolentino17
O presente trabalho monográfico tem por finalidade analisar o beneficio do
seguro-desemprego visando à orientação dos trabalhadores, e esclarecendo o beneficio.
Sendo que este beneficio está elencados no âmbito do Direito do Trabalho, e ainda no
Direito Previdenciário, com objetivo de trazer informações atuais e úteis não só aos
profissionais do Direito, mas também a todos os trabalhadores e a toda a sociedade como
um todo. É resguardado o benefício do seguro-desemprego sendo um segurança do
trabalhador está assegurado pelo desemprego involuntário, sendo auxilio na busca e
preservação do emprego, promovendo ações de recolocação e qualificação profissional
para o trabalhador. Com base nos dados em seu processo de evolução, assim como os
pressuspostos necessários para sua caracterização o programa do seguro-desemprego
prove assistência temporária aos trabalhadores desempregados.
Palavras-chave: Seguro-Desemprego. Assistência.Trabalhador.
18 PROPAGANDA POLÍTICA E SUA REGULAMENTAÇÃO
Tiago Martins da Silva18
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
Direito Eleitoral. Ramo do Direito Público, fundamentalmente ligado ao
Direito Constitucional, que estuda as normas reguladoras dos direitos políticos, o Sistema
Partidário e Eleitoral, abrangendo as garantias da escolha dos titulares dos mandatos
eletivos, preservando as instituições do Estado, coibindo o abuso de poder, a corrupção e a
fraude. Pertencentes a mesma família, a propaganda política, consectário do Direito
Eleitoral, confunde-se, por sua vez, com publicidade posto que ambas procuram criar,
transformar certas opiniões, empregando, em parte, meios que lhe são emprestados. De
forma diversa, ambas de distanciam por não visar a propaganda política, fins comerciais e
sim políticos. A publicidade suscita necessidades ou preferências visando a determinado
produto particular, enquanto a propaganda sugere ou impõe crenças e reflexos que,
amiúde, modificam o comportamento, o psiquismo e mesmo as convicções religiosas ou
filosóficas. Por conseguinte, a propaganda influencia a atitude fundamental do ser
humano.
Palavras chaves: Propaganda. Política. Publicidade. Estado. Poder.
19 ADOÇÃO NO DIREITO BRASILEIRO
Bruno Braz Machado19
Este trabalho tem por finalidade relatar sobre a adoção contemplada e analisada
em seus diversos aspectos, em suas múltiplas expressões, inserida na história da
humanidade e em sua evolução no Brasil, no antigo e no atual Código Civil e também no
Estatuto da Criança e do Adolescente. A adoção na antiguidade era tratada como uma
solução, “instituto pelo qual” as agências buscavam crianças que pudessem atender os
anseios de casais que não podiam ter filhos, hoje a Constituição Brasileira de 1988, o
Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei nº 8.069 de 13.07.1990 bem como o Código
Civil vigente, trazem modificações profundas quanto ao tema em análise, privilegiando a
criança, definindo que os programas de adoção devem buscar famílias para as crianças em
estado de abandono.Estes programas abrangentes analisam as possibilidades do retorno da
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
criança à família de origem, recorrendo, até, como último recurso, à adoção internacional,
reduzindo o número de crianças em abrigos, casas-lares e outras instituições. Com grande
conhecimento jurídico e profunda sensibilidade humana e social, é apresentada a luta
pelos direitos da criança, inclusive a criança abandonada, pois o abandono de criança
sempre esteve presente na história da humanidade. A adoção é uma maneira de acolher
uma criança abandonada ou abrigada. Finalmente foi tratado o processo de adoção no
Brasil e a problemática que ocorre desde o passado em relação ao abandono de crianças
em orfanatos e ruas.
Palavras-chave : Adoção. Código Civil. Estatuto da Criança e do Adolescente.
Criança Abandonada. Sensibilidade. Adotantes.
20 AS POLÊMICAS ACERCA DA IDADE PENAL ESTIPULADA NO
ORDENAMETO JURÍDICO BRASILEIRO
Vinícius Ulhoa Almeida20
O Estatuto da Criança e do Adolescente, criado no dia 13 de julho de 1990 pela
Lei n°.8.069, é considerado um micro-sistema jurídico, e foi fruto da necessidade da
concepção de uma Justiça especializada para os menores, em virtude de suas diferenças,
diferenciando-se daquela empregada para adultos, pois as crianças e os adolescentes,
como seres especiais, possuem a personalidade, o intelecto e o caráter ainda em
desenvolvimento, contudo, necessitam de proteção especializada e integral. O propósito
do Estatuto é o de julgar as infrações praticadas por crianças e adolescentes, que devido às
suas condições de pessoa em desenvolvimento, necessitam de estar sujeitos a uma
legislação especial, conforme previsto no artigo 60, § 4º, inciso IV da Constituição
Federal. Acontece que com o notável aumento da criminalidade no Brasil, principalmente
com relação às infrações envolvendo crianças e adolescentes, a eficácia das normas
previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente passou a ser fortemente questionada
pela sociedade. Impende ressaltar, que os defensores da redução da idade penal justificam
que os adolescentes infratores cometem crimes porque não são suficientemente punidos, e
consideram o ECA tolerante demais com a delinqüência, não cumprindo a função de
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
intimidar os que transgridem a lei. Ressaltam também, que se o legislador constituinte
reconheceu que os maiores de 16 anos e menores de 18 possuem total discernimento para
votar, e escolher seus representantes políticos, seria justo considerá-los imputáveis e
capazes de compreender o caráter ilícito de um fato.
Palavras-Chave: Idade Penal, Ato Infracional, Adolescente.
21 A UTILIZAÇÃO JURÍDICA DO DANO MORAL PELA POPULAÇÃO
BRASILEIRA
Mazurkiewicz Ferreira da Silva21
Dano depende de uma efetiva demonstração de prejuízo, e como a questão em
tela é o dano moral vem-se conceituá-lo como aquele que advém da dor, esta não tem
preço. O dano moral não corresponde à dor, mas ressalta efeitos maléficos marcados pelo
sofrimento. Para diminuir esse estado de melancolia, de desânimo, de sofrimento, há de se
proporcionar os meios adequados para a recuperação da vítima. Não se está pagando a dor
nem se lhe atribuindo um preço e sim aplacando o sofrimento desta, fazendo com que ela
se distraia, se ocupe e assim supere a sua crise. Todo prejuízo deve ser indenizado. Esse
dano encontra-se legitimado no Código Civil Brasileiro e recepcionado pela Constituição
Federal de 1988. O artigo 1.º da Constituição assegura certos direitos básicos,dentre eles,
o direito à dignidade. Além disso, determina o artigo 5.º, incisos V e X, da Constituição
Federal que é assegurada a reparação do dano moral junto com o material quando ocorre
ofensa à honra, à imagem ou à intimidade quando oriundo de ato ilícito de terceiros. Para
se calcular o valor do dano, não se leva em conta o grau de culpa. O cálculo da
indenização é feito com base na extensão do prejuízo. O dano deve ser certo e atual, ou
seja, não se pode indenizar o dano futuro e meramente hipotético. A indústria do dano, em
decorrência de seu subjetivismo, levou a sociedade a conspirar contra o mais supremo dos
valores buscados pela Justiça, qual seja, a segurança jurídica. Essa segurança consiste em
ser garantido a quem é de direito o que foi pleiteado no Poder Judiciário. Os cidadãos
estão superlotando o judiciário, desvirtuando a realidade fática, levando a pessoa comum
ao entendimento de que o cidadão é que está errado, ao tentar reaver seu direito usurpado
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
por terceiro, ilicitamente.O dano moral vem sofrendo devido à falta de informação de
quem procura o Judiciário para resolver seu litígio. Dano moral não é enriquecimento
ilícito é elemento essencial de justiça, mas deve ser utilizado de maneira prudente e pedido
sem a intenção de enriquecimento, vingança, ataque e sim como meio de compensação
pelo dano ocorrido, seja ele qual for. Com a banalização o dano moral acaba perdendo seu
principal objetivo que é de compensar um dano sofrido legalmente. O STF e o STJ têm
limitado a concessão de indenizações em razão do já explanado assunto, qual seja, a
intenção de enriquecer com uma indenização indevida. O simples fato da Constituição
Federal garantir a indenização, isto é, a compensação pelos danos morais sofridos,
constitui, de per si, fator de desestímulo aos causadores do dano. Isso porque, a sentença
condenatória cível que estipula uma indenização compensatória por danos morais
demonstra ao causador do dano que sua conduta, aos olhos do Estado, é indesejável e que,
portanto, não deverá mais se repetir. Assim, a própria compensação traz, em seu bojo, uma
sanção.
Palavras-Chave: Dano. Banalização. Responsabilidade.
22 RESSOCILIZAÇÃO DOS CONDENADOS NA ATUALIDADE
Dorcas Gonçalves Ribeiro22
As inquietações atuais sobre a pana privativa de liberdade traz o pressuposto
de que a liberdade do ser humano no todo, constitui uma das fundamentais funções na
sociedade; sendo a divisa entre o ser condenado e a sociedade. Sendo necessária a
consolidez frente ao problema que enfrentamos na atualidade, onde fica claro que a
necessidade de ressocializar está cada vez mais difícil frente ao grande problema social.
As penas devem ser necessárias e suficientes à reprovação e prevenção do crime. Assim,
de acordo com a nossa legislação penal, pode-se entender que a pena deve reprovar o mal
produzido pela conduta praticada pelo agente, bem como prevenir futuras infrações
penais.
Palavras-Chave: Responsabilidade. Sociedade. Liberdade. Ressocialização.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
23 DA PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL EM GERAL A LUZ DO
ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
Genelúcio Fábio Alves Carneiro Vieira23
O Direito Penal é um instituto que se desenvolveu junto com os costumes das
sociedades no decorrer dos tempos. Hoje em dia na maioria das sociedades, a lei é
considerada parte central de controle social, elemento material para prevenir, remediar ou
castigar os desvios das regras prescritas. A lei expressa a presença de um direito ordenado
na tradição e nas práticas costumeiras que mantêm a coesão social. A aplicação das penas
é um fato que visa tanto ao castigo do infrator como a um desestimulo para que outros não
venham a cometer os mesmos crimes. As penas na antiguidade eram violentas e
desumanas, desproporcionais aos delitos cometidos. Somente com o aparecimento da
escrita foi possível legislar e dar forma a um corpo de leis que pudessem ser conhecidas
por todos, dando um fim a vontade soberana de dizer o que era ou que não era crime, bem
como sua aplicação. Podemos diferenciar três fases bem distintas na evolução das penas, a
vingança privada, a vingança divina, e finalmente a vingança pública aplicada pelo
Estado. De 1750 a 1850 o Período Humanista se caracteriza por um protesto de juristas,
magistrados, filósofos, enfim a sociedade exigiu uma moderação na aplicação das penas,
logo após temos o Período Cientifico que se caracterizou por uma reforma mais voltada a
dignidade humana. Hoje ainda o tratamento dispensado aos condenados ainda é
inadequado, o resultado produzido pela privação da liberdade não é o que espera a
sociedade, a construção e a manutenção de estabelecimentos penais adequados ao
cumprimento de tais penas exigem gigantescos recursos que poderiam ser aplicados em
aparelhos que melhor serviriam. O primeiro tipo de normas jurídicas aplicadas no Brasil
adveio de Portugal, das Ordenações Manoelinas, que posteriormente foram substituídas
pelo Código de Dom Sebastião, que em seguida dava lugar às Filipinas. Essas legislações
eram resquícios, ainda, do Direito Medieval, embutido de uma religiosidade inenarrável.
O crime era confundido com o pecado, puniam-se os hereges, apóstatas, feiticeiros e
benzedores. As penas, severas e cruéis (açoites, degredo, mutilação, queimaduras etc.).
Além da larga cominação da pena de morte, executada pela forca, com tortura pelo fogo,
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
dentre outras, eram comuns as penas infamantes, o confisco e as galés. Atualmente, o
Sistema Progressivo de aplicação da pena e o cumprimento destas no Brasil ainda não
estão a altura do que a sociedade espera, geralmente os presídios não cumprem a indicação
do que a lei recomenda, infligindo verdadeiro flagelo ao condenado, necessitando de uma
severa reforma.
Palavra Chave: Lei, Condenado, Progressão Pena, Humanização.
24 AS DIARISTAS E SUA POSIÇÃO PERANTE A LEGISLAÇÃO ATUAL:
EMPREGADA DOMÉSTICA, TRABALHADORA AUTÔNOMA OU
EVENTUAL?
Débora de Barros Tavares24
O trabalho doméstico, talvez não com a mesma concepção atual, está
intrinsecamente ligado à história da família e isto pode ser comprovado pelo simples fato
de que esta tinha necessidades básicas que precisavam ser supridas e muitas delas o eram
através da realização dos trabalhos domésticos. Ressalta-se, no entanto, que esses
trabalhos não eram realizados exclusivamente pelos entes familiares. Ao contrário, eles
eram, também, prestados por pessoas estranhas aquela entidade, até mesmo porque, nos
primórdios das civilizações, o trabalho manual era considerado indigno, sendo, assim,
realizado pelos escravos, que nada recebiam por seus afazeres. Assim, muitos anos se
passaram, o mundo evoluiu, a escravidão foi abolida, mas, o trabalho doméstico continuou
a ser prestado, só que agora, sob um novo prisma, qual seja, através da relação de
emprego, que veio a ser regulamentada através da Lei n.º 5.859/72. Segundo esta lei,
empregado doméstico “é aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade
não lucrativa à pessoa ou família, no âmbito residencial destas”. Portanto, podem
enquadrar-se como tais, além da empregada doméstica, a babá, o mordomo, o jardineiro, o
motorista e todos aqueles que, de forma contínua, prestam serviços na dependência ou em
prolongamento da residência. Vale ressaltar, todavia, que a evolução do mundo gerou
mudanças também para o interior das famílias, e elas fizeram com que estas refletissem
sobre a real necessidade de terem, em seus lares, todos os dias, uma empregada doméstica.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
Assim, para suprir as novas necessidades, surgiu a figura da diarista, que é uma
trabalhadora que realiza os mesmos trabalhos que a empregada doméstica, só que de
forma descontínua, ou seja, ela vai até a residência da família uma ou algumas vezes por
semana, realizando todas as tarefas que lhe solicitam, e recebe por dia pela realização
daqueles serviços. E, como, geralmente, sobra-lhe tempo e dias disponíveis, acaba
acumulando a função em mais de uma residência. Contudo, o surgimento desta nova
espécie de empregada gerou algumas dúvidas: a diarista, com todas as suas características
e peculiaridades, se classifica como empregada doméstica ou como outra espécie de
trabalhadora? Este é um tipo de questionamento que, ainda nos dias atuais, continua sendo
gerador de controvérsias já que nem os doutrinadores nem a jurisprudência chegam a um
denominador comum quanto a esta questão. Assim, alguns entendem que a diarista é
trabalhadora autônoma ou eventual, sem o amparo, portanto, das normas estabelecidas na
Lei n.º 5.859/72, enquanto que outros refutam veementemente esta tese, afirmando que a
diarista é empregada doméstica sim, tendo direito, portanto, as mesmas benesses
concedidas àquelas. Importa observar, contudo que em meio a este emaranhado de
posicionamentos surgiu uma corrente majoritária que tem entendido que quando a diarista
trabalha três ou mais dias por semana para o mesmo empregador, caracteriza-se como
empregada doméstica; quando até duas vezes por semana, como trabalhadora autônoma e,
quando de forma esporádica, como trabalhadora eventual. Todavia, necessário se faz
repetir que este entendimento não é unânime, sendo passível, portanto, de receber
manifestação divergente.
Palavras-Chave: Tarefas Domésticas. Escravidão. Direitos dos Domésticos.
Diaristas. Divergências.
25 O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE E A ADMISSIBILIDADE DAS
PROVAS ILÍCITAS
Maria Aparecida Rocha25
O problema das provas ilícitas está entre os mais difíceis que a ciência jurídica
tem que resolver devido a dificuldade em se estabelecer a prioridade entre a dignidade da
pessoa humana e a defesa social. A lei se colocou a favor das liberdades individuais,
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
declarando como inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos. Mas existem
circunstâncias que exigem uma maior flexibilidade. A discussão é em torno do que deve
ser considerado como prova ilícita e quais são os limites da licitude probatória. A
aplicação na íntegra do dispositivo constitucional que proíbe as provas obtidas por meios
ilícitos não é um meio irracional de se operar o direito. A preservação da intimidade não é
mais uma prioridade em nosso sistema quando existem atividades ilícitas sendo realizadas.
Palavras-Chave: Provas. Ilícitas. Licitude. Discussão.Limites.
26 A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL DOMÉSTICO
Mariane Caldeira Leão26
O intuito deste trabalho é mostrar a realidade do trabalho infantil doméstico no
Brasil. O trabalho infantil doméstico é aquele realizado no domicílio de terceiros,
remunerado ou não, consistente, em geral, em fazer faxina na casa, lavar, passar, cozinhar
e cuidar dos filhos dos donos da casa. O trabalho infantil doméstico sempre foi
considerado pela sociedade como algo natural, é sabido que faz parte de um processo
educativo envolver os filhos na participação das tarefas domésticas. Essa modalidade de
serviço normalmente é realizada por meninas principalmente as oriundas das classes
menos favorecidas. As jornadas de trabalho dos trabalhadores domésticos infantis são tão
extensas quanto a dos adultos. Em conseqüência, essas crianças e adolescentes,
principalmente os que moram na casa dos patrões, não têm um bom desempenho e sucesso
escolar seja porque estão cansados demais no final do dia, seja porque têm que trabalhar
também durante a noite. Esses jovens que trabalham são privados de vários direitos
fundamentais, tais como, o direito ao convívio familiar, ao lazer, à escola, entre outros. A
exploração infantil não será eliminada enquanto as políticas públicas estiverem voltadas
apenas para a criança e fecharem os olhos para a família e a sociedade que valorizam o
trabalho infantil como forma de educar a criança para a vida profissional adulta e afastá-la
da ociosidade e da criminalidade.
Palavras-Chave: Criança. Exploração. Trabalho Infantil. Trabalho Infantil
Doméstico.
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ANAIS DE MONOGRAFIAS DA FACULDADE ATENAS TURMA ALFA NOTURNO 2º SEMESTRE 2008
27 RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA NOS CRIMES
AMBIENTAIS
Camila Andrade Soares27
A presente monografia refere-se à responsabilidade penal da pessoa jurídica
nos crimes ambientais, que analisa o bem jurídico tutelado. A seguir discute as
importantes teorias que explicam a pessoa jurídica como sujeito ativo nos crimes
ambientais. A responsabilidade penal da pessoa jurídica nos crimes ambientais entrou no
ordenamento jurídico, pela primeira vez, com a Constituição Federal de 1988, em seu
artigo 225, § 3º. Após dez anos, foi publicada a Lei 9.605/98, que regulamentou o instituto
no seu artigo 3º. Não obstante essas previsões existem posicionamentos doutrinários
contrários a responsabilidade penal da pessoa jurídica nos crimes ambientais. Em razão
disso, apresentaremos argumentos favoráveis e contrários à responsabilidade penal da
pessoa jurídica.
Palavras-Chave: Meio Ambiente. Pessoa Jurídica. Responsabilidade Penal.
28 REQUISITOS PARA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE URBANA POR MEIO
DA USUCAPIÃO
Rosilmar Targino Trede28
O objeto de pesquisa deste trabalho monográfico foram os requisitos para
aquisição da propriedade urbana pelas várias espécies de usucapião de imóveis que são:
Usucapião Extraordinária, Usucapião Ordinária, Usucapião Rural, Usucapião Coletiva e
Usucapião Urbana, bem como sua origem etimológica. Visando a uma melhor abordagem
e esclarecimento da matéria de usucapião, realiza-se uma breve explanação da usucapião
rural e também de seus requisitos, todavia salienta-se que este não é o foco principal do
trabalho. Também foi realizado um estudo das previsões legais desde suas origens e
evoluções, até os dias atuais. Este trabalho tem como foco principal um estudo dos
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requisitos exigidos para aquisição da propriedade urbana por meio da usucapião, como por
exemplo, a dimensão da área usucapida, quais bens podem ser usucapidos, e quem pode
usucapir, até chegar à sentença que declara tal situação, onde a partir de então dá origem a
aquisição da propriedade com o registro no cartório de imóveis.
Palavras chave: Usucapião. Possuidor. Proprietário. Propriedade. Requisitos.
29 SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, ART.89 DA LEI 9.099/95
Renê Issamu Lopes Fukuhara29
O escopo deste trabalho é apresentar a crise que o sistema carcerário vem
passando e a enorme quantidade de processos em andamentos e que ainda estão por vir
que, devido à pequena quantidade de comarcas, meio pelo qual é organizada a Justiça
Estadual, e de seções, subseções da Justiça Federal, vem afogando o Poder Judiciário
Brasileiro. Em decorrência destes fatores, surgiu a necessidade de criação de meios
capazes a solucionar o problema e, conseqüentemente, foi criado o instituto da Suspensão
Condicional do Processo, que é o tema a ser analisado aqui. A primeira vez que foi
exposta em público o sursis processual aconteceu no ano de 1.980, sendo esta feita pelo
Des. Weber Martins Batista e, em 1.981 ele apresentou o primeiro Projeto do Instituto da
Suspensão Condicional do Processo que, no entanto, só foi introduzido no Direito
Brasileiro no ano de 1.995, com advento da Lei dos Juizados Especiais nº 9.099 de 26 de
setembro de 1.995, tendo diversas diferenças do Projeto de Weber. Trata-se de uma
medida despenalizadora advinda da tendência contemporânea à desburocratização e
simplificação do processo, que beneficia tanto o acusado quanto a sociedade. Ao agente,
pois, desde que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão, cumpridas as
condições impostas, não terá seu direito de ir e vir restringido e, findo período de provas
sem que a suspensão condicional do processo seja revogada, extingue-se a punibilidade do
réu. Beneficia também à sociedade porque é ofertada, via de regra, juntamente com a
denúncia, ou seja, no início do processo, que se aceita pelo acusado e seu defensor, o Juiz
poderá suspender o processo o que evita gastos e, principalmente, pelo fato do processo
ficar suspenso, busca desafogar o Judiciário tornando-o mais célere, sendo, este instituto a
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via mais promissora dessa tão esperada desburocratização e despenalização na Justiça
Criminal. A toda Justiça Criminal porque, embora seja tratada pela Lei dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais, esta abrangeu o uso do instituto a toda área criminal, desde
que preenchidos os requisitos necessários, o tema foi tratado em apenas um artigo de Lei,
qual seja, o art. 89, incisos e parágrafos da Lei dos Juizados Especiais onde são
estabelecidos os requisitos necessários, período de provas, condições impostas ao acusado,
causas que poderão revogar o benefício obrigatória e facultativamente entre outros
aspectos. Caso o acusado não aceite o benefício, o processo prosseguirá normalmente,
assim como, no caso em que aceita e, após, a suspensão condicional do processo é
revogada. E, se aceita a proposta, cumprido o período da suspensão sem revogação, o Juiz
declarará extinta a punibilidade. Devido ao fato do tema ser tratado em apenas um artigo,
o legislador deixou várias lacunas em diversos pontos do instituto que são solucionadas
pelas doutrinas e jurisprudências. E, sempre que aceita, contribuirá e muito com a Justiça
Brasileira.
Palavras-Chave: Suspensão condicional do processo. Aceitação. Revogação.
Benefício. Condições.
30 A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR COM BASE NO BINÔMIO
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE E O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.
Ana Paula Mendonça30
O tema proposto aborda, inicialmente, noções gerais do Direito de Família,
notadamente ao que pertine ao tópico dos alimentos, e, por isso, enfatiza-se, claramente, o
conceito e as características dos alimentos, a obrigação mútua de prestá-los entre parentes,
cônjuges e companheiros, e a fixação dos mesmos em observância ao binômio
necessidade/possibilidade. Diante disso, importante asseverar, então, acerca da
importância fundamental dos alimentos na vida de todo e qualquer ser humano, vez que,
sobre o termo “alimentos”, pode-se atribuir diversos conceitos, uma vez que eles
correspondem além da acepção fisiológica, tudo que é necessário à manutenção individual
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de todo ser humano, ou seja, sustento, habitação, educação, vestuário, dentre outros. Dessa
forma, impõe-se aos parentes do alimentando ou pessoa a ele ligada por um elo civil de
obrigatoriedade, o dever de proporcionar-lhe as condições mínimas de vida, prestando-lhe
alimentos necessários a uma sobrevivência digna. Outrossim, necessário discorrer acerca
das importantes diretrizes traçadas na Lei 5.478/68, as quais, conferem rito especial e
célere à Ação de Alimentos e congêneres. Em último momento, este trabalho monográfico
frisa a importância que o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto do Idoso
dedicam ao tema, e, ainda, assevera como é primordial observar o binômio
necessidade/possibilidade no momento de estabelecer a verba alimentar a fim de manter a
igualdade entre as partes e a preservação da dignidade da pessoa humana.
Palavras chaves: Alimentos. Necessidade. Possibilidade. Dignidade. Direitos.
Deveres.
31 ABORTAMENTO HUMANITÁRIO PERANTE A JURISPRUDÊNCIA.
Charlon Mendes dos Santos31
A interrupção da gravidez, espontânea ou provocada, é denominada de aborto.
Quando esta interrupção é espontânea, ou provocada por motivos humanitários ou de
necessidade, os efeitos não chegam a ter, regra geral, reflexos na área jurídico-criminal.
Todavia, diferente é o que sucede quando o ato é provocado fora das situações
excepcionais, pois, então, incidem as sanções legais. Não obstante, desde os primórdios da
humanidade o aborto vem sendo praticado pelas gestantes que não almejam dar
continuidade a uma gravidez, tanto é assim que restou sendo criminalizado. Contudo, o
crescimento progressivo da prática do aborto provocado culminou constituindo-se num
problema de saúde pública, carecedor de medidas fortes e eficazes por parte das
autoridades governamentais no intuito preventivo. Os métodos empregados naquela
prática, geralmente caseiros, permaneceram impassíveis aos novos conhecimentos
médicos e científicos, e quando destes se valem, são realizados clandestinamente, sem
condições ambientais adequadas e oferecendo risco à saúde e vida das pacientes. Neste
ínterim, desencadeado pelo aumento dos índices de abortamento irregulares, difundiu-se a
idéia de sua descriminalização como meio indireto de combate aos procedimentos
inseguros. A proposta de descriminalização gerou grande discussão, acabando por se
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transformar na celeuma atual que tem maior abrangência nos ramos do conhecimento,
setores da sociedade e classes sociais, manifestando-se em ciclos impulsivos: conforme a
ocorrência de fatos referentes ela revive, insurge em cada conversa, embora longe do
consenso nos entendimentos e opiniões a seu respeito. O último fato a trazer à tona a
polêmica no Brasil foi a descriminalização da prática abortiva em Portugal, corroborada e
catalisada pela recente visita do Papa Bento XVI ao nosso país, que possui o maior
número de católicos do mundo e, por conseguinte, em tese, onde há o maior número de
pessoas que seguem a orientação católica de repúdio ao aborto. Logo, é neste contexto que
está inserta a problemática deste estudo: a postura do administrador público frente ao
aborto; como lidar com as pressões exercidas pelos favoráveis e pelos contrários à
descriminalização do aborto; e que medidas tomar para enfrentá-lo.
Palavras chaves: Aborto. Sentimental. Humanitário. Feto. Direitos. Mãe.