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  • 19 a 21 de maio de 2016 Belo Horizonte/MG

    Anais

    Fonoaudiologia2 Congresso de

    C I N C I A E T E C N O L O G I A P A R A O D E S E N V O L V I M E N T O P R O F I S S I O N A L

  • Atendimento Publicitrio

    Desire Suzuki

    Guilherme Lacerda

    Projeto Grfico e Diagramao

    Las Petrina

    Comisso organizadora

    Profa. Ana Cristina Crtes Gama

    Profa. Erica de Arajo Brando Couto

    Profa. Izabel Cristina Campolina Miranda

    Profa. Luciana Macedo de Resende

    Profa. Patricia Cotta Mancini

    Profa. Sirley Alves da Silva Carvalho

    Coordenao

    Gilberto Boaventura

    Assessoria de Comunicao Social

  • APRESENTAO

    O 2 Congresso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG apresenta a temtica de Cincia e Tecnologia para o desenvolvimento profissional, dentro da perspectiva do desenvolvimento tecnolgico para a avaliao e terapia fonoaudiolgica, alm de propiciar, para estudantes e pesquisadores, o intercmbio de trabalhos cientficos realizados sob as premissas da inovao. Objetiva apresentar um diferencial de formao e evoluo do campo fonoaudiolgico, fundamental para as questes de qualidade de vida e ateno global sade e educao em todos os ciclos de vida.

    Foi includa na programao do evento a realizao de oficinas de todas as reas da fonoaudiologia, visando novas formas de transmisso e troca de conhecimentos dos tpicos relacionados tecnologia e cincia.

    O Curso de Fonoaudiologia da UFMG, que em 2016 completa 17 anos, destaca-se no cenrio nacional pela qualidade dos profissionais aqui formados, alcanando as maiores mdias nos exames do MEC e maiores ndices de aprovao nos concursos da rea em Minas Gerais. Seu bero, a Faculdade de Medicina da UFMG, uma instituio centenria que j formou em toda a sua histria mais de 17.0000 mdicos e 450 fonoaudilogos. Oferece trs cursos de graduao: Medicina, Fonoaudiologia e Tecnologia em Radiologia, com dez Programas de ps-graduao stricto sensu e sete cursos de especializao, dentre eles o Curso de Especializao em Fonoaudiologia e o Mestrado em Cincias Fonoaudiolgicas, ambos do Departamento de Fonoaudiologia. Os docentes do Departamento de Fonoaudiologia realizam pesquisas nas reas de tecnologia e inovao em parceria com as reas de Engenharia eltrica e biomecnica, Neurocincias, Letras e Medicina. As pesquisas e trabalhos interdisciplinares e de desenvolvimento tecnolgico que sero apresentadas durante o evento so inovadoras e tero tambm a funo de ampliar os horizontes profissionais dos participantes no evento.

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    REA TEMTICAAUDIO E EQUILBRIO

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    PAE001 - Influncia da fora de percusso dos instrumentos da bandinha para avaliao do comportamento auditivo infantil.

    Brbara Oliveira Souza, Thamara Suzi Santos, Jeferson Jhone da Silva, Luciana Macedo de Resende e Sirley Alves da Silva Carvalho

    OBJETIVO: Verificar a influncia da fora de percusso em relao intensidade sonora e o espectro frequencial produzido pelos instrumentos da bandinha. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional transversal aprovado pelo Comit de tica e Pesquisa da instituio de ensino sob o nmero 400.507. O material utilizado na pesquisa foi os instrumentos da bandinha audiolgica, como o black-black, agog (cnula maior e menor), coco, ganz, guizo, prato, reco-reco, xique-xique, sino e tambor. Para analisar a influncia da fora da percusso, trs avaliadores tocaram cada instrumento da bandinha com trs diferentes intensidades de percusso - fraca, mdia e forte - em uma cabina acstica. Para registrar e analisar as respostas de cada instrumento foi utilizado os programas FFT Analysis Software BZ-7230 e Tone Assessment Option BZ-7231. Para apresentao dos resultados foi realizada uma anlise descritiva dos dados e a mdia aritmtica das intensidades em funo da fora de percusso para as frequncias presentes no espectro de cada instrumento. RESULTADO: Observou-se grande variao da frequncia e da intensidade em funo da fora de percusso para todos os instrumentos da bandinha utilizados no estudo. No que se refere frequncia, 4 kHz foi a faixa frequencial em que a maioria dos instrumentos, como o black-black, xique-xique, guizo, coco, ganz e prato, apresentou maior amplitude nos espectros. Contudo, nota-se variao da frequncia de maior amplitude em relao ao instrumento utilizado, sendo o tambor (250 Hz) o instrumento de menor variao de frequncia e o reco-reco (2 kHz) o instrumento de maior variao frequencial. Em relao intensidade, observa-se grande variao da amplitude em funo da fora de percusso aplicada pelos trs avaliadores ao tocar quase todos os instrumentos. O instrumento que sofreu menor variao na amplitude foi o black-black, na qual a mdia da intensidade fraca foi de 80,8 dB e a forte de 86,66 dB, e o instrumento que sofreu maior variao, atingindo uma diferena de 20,16 dB, foi o prato, em que a intensidade fraca foi de 79,84 dB e a forte de 100 dB. CONCLUSO: Os resultados do presente estudo destacam a importncia e a necessidade de o profissional fonoaudilogo controlar sua prpria fora de percusso no momento da avaliao de observao do comportamento auditivo, j que as variaes de intensidades podem influenciar o espectro frequencial resultante bem como o desencadeamento das respostas comportamentais da criana.

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    PAE002 - Reabilitao Vestibular no caso de tumor Glmus jugulo-timpnico: Relato de caso.

    Marlon Ribeiro, Rosinelle Souza, Najila Burle, Juliana Rocha, Aline Castro, Aline Fontes, Daniele Fernandes e Patrcia Mancini

    M.A.O do sexo feminino, 73 anos, foi diagnosticada com o tumor do tipo glmus jugulo-timpnico direita, com acometimento do VIII par craniano no ano de 2004, os primeiros sintomas apresentados foram zumbido e perda auditiva. O tumor Glmus jugulo-timpnico uma neoplasia que pode ocorrer em vrias partes do corpo, sendo mais comum na orelha mdia e no osso temporal. Pode se instalar no bulbo da veia jugular e dentro do ouvido, com acometimento bilateral em 26% dos casos. So tumores de evoluo lenta, usualmente benignos. Seus principais sintomas iniciais so zumbido que pulstil, perda da audio e tontura. A paciente recebeu indicao cirrgica, mas devido aos riscos da cirurgia recusou-se a faz-la e recebeu tratamento paliativo com quimioterapia. Foi encaminhada para o Ambulatrio de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Minas Gerais no ano de 2012 pelo otorrinolaringologista com a queixa: sinto que estou caindo, tenho viso turva e zumbido constante na orelha direita. M.A.O fez teste para avaliao do incmodo do zumbido e tontura por meio de escala visual analgica, sendo constatado maior impacto referente intensidade da tontura e no realizou acufenometria. Apresentou perda auditiva mista severa direita e perda neurossensorial moderada esquerda com curva audiomtrica de configurao plana bilateralmente, timpanometria do tipo C direita e A esquerda com reflexos estapedianos contralaterais ausentes. O teste vestibular no pode ser realizado devido ao tumor. Em abril de 2013 de acordo com o laudo do ORL a paciente possui paralisia nos nervos VII e X. OBJETIVO: Avaliar a efetividade da reabilitao vestibular em uma paciente portadora do tumor Glmos jugulo-timpnico durantes os anos de 2012 at o primeiro semestre de 2015, atravs da aplicao do questionrio Dizziness Handicap Questionnaire (QHT) e da Berg Balance Scale. A reabilitao vestibular visa estimular as vias sensoriais da propriocepo e visual para compensar a alterao do labirinto. Trazendo habituao dos movimentos diminuindo a manifestao de tontura e melhorando assim a qualidade de vida do paciente. METODOLOGIA: A paciente iniciou a terapia no segundo semestre do ano de 2012, foram trabalhados na terapia exerccios de equilbrio esttico, dinmico, coordenao do equilbrio e exerccios oculomotor. Possui dificuldade de se lembrar dos exerccios propostos em terapia, assim para a forma correta de realizar os exerccios em casa, eles foram desenhados, gravados em um CD e tambm foram tiradas fotografias da paciente realizando os exerccios em terapia. Foram aplicados os questionrios QHT e Berg Balance Scale no incio da terapia e no segundo semestre do ano de 2015 para comparao dos valores. RESULTADO: Quando comparados os dados do ano de 2012 e 2015, a paciente mostrou uma melhora nas categorias: fsica 4%, funcional 4%, emocional 10%, totalizando 18% de melhora no questionrio QHT. Na escala de Berg a paciente tambm apresentou melhora de 16% nas provas. CONCLUSO: A reabilitao vestibular mostrou-se eficaz na compensao e habituao da tontura s atividades de vida diria da paciente, trazendo a ela uma melhor qualidade de vida.

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    PAE003 - Triagem otoneurolgica em operrios da construo civil que executam trabalho em altura.

    Marlon Ribeiro, Rosinelle Souza, Najila Burle, Juliana Rocha, Aline Castro, Aline Fontes e Daniele Fernandes, Patrcia Mancini

    O equilbrio corporal fundamental para a adoo de reaes posturais que permitam a realizao de movimentos harmoniosos, conforto fsico e mental, mantendo a postura ereta e evitando quedas. Para que ele seja mantido, faz-se necessria uma interao entre os sistemas vestibular, visual e proprioceptivo. Qualquer alterao na interao destes trs sistemas pode ser manifestada por meio da tontura. A tontura a sensao de perturbao do equilbrio corporal e pode ser definida como uma percepo errnea, iluso ou alucinao do movimento, sensao de desorientao espacial do tipo rotatrio (vertigem) ou no-rotatrio (instabilidade, flutuao, oscilaes). Desequilbrios constantes, leves ou intensos, podem levar o indivduo a uma incapacitao em vrios mbitos da vida, dentre eles o trabalho, podendo expor o trabalhador ao risco de queda. Operrios da construo civil que realizam trabalho em alturas, necessitam da integridade do sistema vestibular para no estarem expostos a quedas e acidentes graves. OBJETIVO: Avaliar a frequncia de sinais e sintomas otoneurolgicos em operrios da construo civil do campus Pampulha da Universidade de origem por meio de aplicao de triagem otoneurolgica. O Protocolo Ofcio de Gesto de Diagnsticos Otonoeurolgicos avalia os sinais e sintomas relacionados a alteraes do equilbrio em trabalhadores que necessitam de equilbrio adequado para exercer suas funes com segurana em alturas e/ou aquelas que possuem queixa de tontura. METODOLOGIA: Estudo observacional transversal analtico constitudo por 75 trabalhadores da construo civil que executam suas tarefas em ambientes acima de dois metros do nvel inferior, aprovado pelo Comit de tica e pesquisa da instituio de origem sob protocolo nmero 719.442. Inicialmente, os operrios foram convidados a participar de uma palestra para apresentao do projeto, seus objetivos e procedimentos a serem realizados. As avaliaes foram agendadas e todos os participantes que voluntariamente compareceram, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os atendimentos foram realizados no Laboratrio de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de origem. O indivduo foi submetido anamnese e as provas de Dix-Hallpike, Head ShakingInducedNystagmus, Index, Index-Naso, Diadocosinesia, Romberg, Untemberg e Prova dos pares cranianos. RESULTADO: Dos 75 participantes, 100% eram do gnero masculino. A mdia de idade foi de 40.5 anos, variando de 19 a 63 anos. Apenas a prova de Untemberg apresentou dois indivduos com alteraes, mas apenas um dos trabalhadores apresentou triagem otoneurolgica sugestiva de alterao devido queixa de desequilbrio e/ou zumbido. No foram encontradas alteraes na pesquisa do nistagmo de posio e posicionamento, provas de equilbrio esttico, dinmico, cerebelares, avaliao da dinmica vestibular e na investigao complementar dos pares cranianos de operrios da construo civil que executam trabalho em altura, e o nmero de queixas relacionadas ao equilbrio e zumbido no foi estatisticamente significativo. CONCLUSO: Sugere-se a realizao de triagem otoneurolgica nos exames admissional e peridicos nesses trabalhadores para que eles possam executar seu ofcio de forma mais segura.

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    PAE004 - VEMP com estimulao galvnica: uma ferramenta auxiliar no diagnstico precoce da mielopatia associada ao HTLV-1.

    Ludimila Labanca, Jlia Fonseca de Morais Caporali, Joo Luiz Cioglia Pereira Diniz, Brbara Oliveira Souza, Ana Lucia Borges Starling, Sirley Alves da Silva Carvalho, Jos Roberto Lambertucci, Denise Utsch Gonalves

    O Vrus Linfotrfico Humano de Clulas T tipo 1 (HTLV-1) um retrovrus da mesma famlia do Vrus da Imunodeficincia Humana (HIV), que infecta a clula T humana, importante para o sistema de defesa do organismo. Uma das consequncias da infeco pelo HTLV-1 a Mielopatia associada ao HTLV-1/ Paraparesia espstica tropical (HAM/TSP), caracterizada pelas alteraes inflamatrias em todo o sistema nervoso central, incluindo a medula. O potencial evocado miognico vestibular com estimulao galvnica (G-VEMP) reflete uma resposta postural relacionada ao trato vestbulo-espinhal. O estmulo galvnico descende por tratos medulares responsveis por conduzir respostas vestibulares gerando o potencial em msculos engajados na manuteno do equilbrio corporal e a captao da resposta pode ser realizada em membros inferiores. Assim o G-VEMP til para avaliao de todo o neuroeixo e acredita-se que possa ser uma ferramenta complementar no diagnstico da HAM/TSP. OBJETIVO: Avaliar a resposta postural relacionada ao trato vestbulo-espinhal por meio do G-VEMP em indivduos infectados pelo HTLV-1 em diferentes nveis de progresso da doena. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional comparativo de corte transversal aprovado pelos Comits de tica em Pesquisa da UFMG (n 0732/12) e da Fundao Hemominas (n 342/12). Os participantes do estudo foram submetidos avaliao sorolgica, avaliao clnica, neurolgica e otoneurolgica. Todos os participantes que preencheram os critrios de incluso foram submetidos ao G-VEMP. A casustica consistiu em 93 indivduos, sendo 26 controles, sem a infeco pelo HTLV-1, e 67 com a infeco. Do grupo infectado, 25 eram assintomticos, 26 com possvel mielopatia associada ao HTLV-1 e 16 com HAM/TSP. As variveis de interesse utilizadas no estudo foram as ondas de curta latncia (CL) e mdia latncia (ML) geradas a partir do G-VEMP. Os resultados foram avaliados por dois pesquisadores de forma cega, havendo forte correlao entre as medidas da resposta de CL e ML dos examinadores (r=0,812; p

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    PAE005 - P-300: um exame auxiliar na identificao precoce de alteraes cognitivas relacionadas infeco pelo HTLV-1.

    Ludimila Labanca, Jlia Fonseca de Morais Caporali, Joo Luiz Cioglia Pereira Diniz, Brbara Oliveira Souza, Ana Lucia Borges Starling, Sirley Alves da Silva Carvalho, Jos Roberto Lambertucci, Denise Utsch Gonalves

    A infeco pelo Vrus Linfotrpico de Clulas T tipo-1 (HTLV-1) pode causar leses em todos os nveis do Sistema Nervoso Central, como medula espinhal, substncia branca subcortical e cortical. Dessa forma, avaliar se alteraes na cognio podem acompanhar o quadro da infeco pelo HTLV-1 muito importante para uma melhor compreenso dos mecanismos dos danos causados pelo vrus. OBJETIVO: Avaliar a cognio de indivduos infectados pelo HTLV-1 em diferentes nveis de progresso da doena, por meio do potencial evocado auditivo de longa latncia - P300 e testes neuropsicolgicos. METODOLOGIA: O estudo foi aprovado pelos Comits de tica em Pesquisas da UFMG (n 0732/12) e da Fundao Hemominas (n 342/12). Todos os participantes do estudo foram submetidos avaliao sorolgica, clnica, neurolgica e a audiometria tonal, sendo excludos queles com perda auditiva, histrico de depresso, demncia ou acidente vascular enceflico. Posteriormente, os participantes realizaram a avaliao do Potencial Evocado Auditivo de Longa Latncia, na qua lforam mensuradas a latncia das ondas N1, P2 e N2 e P300 e a amplitude do complexo N2-P300. A avaliao neuropsicolgica foi realizada por meio de testes que avaliam a inteligncia geral (RAVEN), funo executiva (FAB), memria e aprendizagem (RAVLT), capacidade motora e ateno (Nine-Hole) e capacidade cognitiva geral (IHDS). Utilizou-se os testes qui-quadrado, teste t e Mann-Whitney para comparar o desempenho de cada grupo em cada avaliao. A correlao entre latncia do P300 e testes neuropsicolgicos foi realizada por meio do teste de Pearson. RESULTADO: A casustica consistiu em 113 participantes, sendo 40 sem a infeco pelo HTLV-1 e 73 com a infeco pelo HTLV-1, desses, 27 eram assintomticos, 26 com possvel HAM/TSP e 20 com HAM/TSP definida. Os grupos foram semelhante sem relao ao sexo (p=0,302), idade (p=0,229), escolaridade (p=0,151), horas de sono na noite anterior ao exame (p=0,964) e situao scio econmica (p=0,091). O P-300 apresentou latncia aumentada no grupo de assintomticos (35037), com HAM/TSP (36425) e com possvel HAM/TSP (35328) quando comparados ao grupo controle (32824) (p

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    PAE006 - Treinamento auditivo acusticamente controlado em pacientes com neurofibromatose tipo 1.

    Pollyanna Barros Batista, Sara Lisboa Marques, Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues, Nilton Alves de Rezende

    Indivduos com a neurofibromatose tipo 1 (NF1) frequentemente apresentam dficits no processamento auditivo (PA) que esto relacionadas aos distrbios de linguagem e aprendizagem. O treinamento auditivo acusticamente controlado (TAAC) pode, potencialmente, atenuar estes dficits por meio de melhoras no PA. OBJETIVO: Verificar a eficcia do TAAC em pacientes com NF1 com distrbio do processamento auditivo (DPA) e verificar a manuteno das habilidades auditivas treinadas aps um ano do trmino da interveno nesta populao. METODOLOGIA: Trata-se de um ensaio clnico no controlado, realizado no Centro de Referncia em Neurofibromatoses (CRNF MG) do Hospital das Clnicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa desta instituio, conforme parecer nmero CAAE 07067412.4.0000.5149. Para avaliar a eficcia do TAAC em indivduos com NF1, testes comportamentais (fala com rudo FR, dictico de disslabos alternados SSW, padro de durao sonora PD e gaps in noise GIN) foram coletados de dois grupos (G1 indivduos com NF1 e G2 indivduos sem NF1) que completaram 8 semanas de TAAC e que foram reavaliados aps 12 semanas da avaliao inicial. O G1 tambm foi acompanhado e reavaliado aps um ano do termino do TAAC a fim de avaliar a manuteno das habilidades auditivas treinadas. Este grupo foi chamado de G3. A anlise estatstica foi realizada por meio do teste de Mann-Whitney para comparar as diferenas inter-grupos no pr e ps treinamento e o teste de Wilcoxon para verificar diferenas intra-grupos. A significncia estatstica foi fixada com o valor de p 0,05. RESULTADO: Os grupos G1, G2 e G3 foram compostos por 22, 11 e 13 indivduos, respectivamente. Todos os participantes apresentaram PA perifrico normal, mas com alteraes no PA central. Comparaes realizadas entre as avaliaes pr e ps TAAC revelaram significncia estatstica no G1 para os resultados encontrados nos testes FR orelha direita (OD) (p = 0,000), FR orelha esquerda (OE) (p = 0,004), SSW OD (p = 0,001), SSW OE (p = 0,000), GIN OD (p = 0,027) e GIN OE (p = 0,038) sugestivos de melhora nas habilidades de fechamento auditivo, figura-fundo e resoluo temporal, respectivamente. No foram observadas melhoras significativas no teste PD murmrio (p = 0,073) e PD nomeao (p = 0,572) no G1. Comparaes entre o G1 e o G2 revelam que os grupos eram semelhantes antes do incio da interveno e permaneceram parecidos aps TAAC, com exceo para o teste PD murmrio (p = 0,013). Observou-se no G3 que as habilidades auditivas treinadas se mantiveram aps um ano do trmino do TAAC. CONCLUSO: Estes resultados apontam para a eficcia do TAAC na melhora das habilidades de fechamento auditivo, figura-fundo e resoluo temporal nos indivduos com NF1, e que estes benefcios se mantm aps um ano do trmino do TAAC.- Agncias de fomento: CAPES, CNPq e FAPEMIG.

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    PAE008 - Implementaode um programa de triagem auditiva e de linguagem: Estudo piloto.

    Elisngela de Ftima Pereira Pedra, Sheila Maria de Melo, Ana Luiza Machado Lisboa, Mrden Cardoso Miranda Hott, Erika Maria Parlato Oliveira, Luciana Macedo de Resende, Sirley Alves da Silva Carvalho, Paul Avan

    OBJETIVO: Descrever os resultados de um estudo piloto de implementao de triagem auditiva e de linguagem em uma escola de educao infantil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo piloto do tipo observacional transversal, desenvolvido em instituio de educao infantil e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Instituio sob o parecer 931.831/CEP - UFMG. A amostra composta por 43 crianas com idades entre 20 e 52 meses e a mdia das idades foi de 37,4 meses. Foram excludas cinco crianas do estudo por no comparecerem na escola nos dias que os exames auditivos foram realizados. A triagem escolar foi constituda pela otoscopia, imitanciometria timpanometria, emisses otoacsticas evocadas transientes, audiometria condicionada ou avaliao do comportamento auditivo e avaliao de linguagem. As crianas foram divididas em quatro grupos de acordo com a idade. Os resultados foram submetidos anlise estatstica. RESULTADO: Das 33 crianas avaliadas pelo mdico otorrinolaringologista, 48,5% necessitaram de remoo do cermen. Foram submetidas avaliao auditiva 38 crianas e 33 participaram da avaliao de linguagem. A maioria das crianas passou na triagem auditiva (71%) e de linguagem (78%). Passaram na avaliao auditiva e falharam na linguagem 12,5% das crianas, e 15,6% passaram na linguagem e falharam na avaliao auditiva. Na anlise comparativa entre os resultados da triagem auditiva e de linguagem no foi observada diferena estatisticamente significante (p> 0,05). CONCLUSO: Os resultados evidenciam a necessidade da implantao de programas de promoo da sade, preveno, diagnstico e interveno em escolas, visando minimizar os possveis impactos que uma perda auditiva possa acarretar no adequado desenvolvimento da linguagem. Sugere-se a realizao de novas pesquisas com amostra mais expressiva e em outras escolas.

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    PAE009 - Seleo e adaptao da prtese auditiva em bebs.

    Joselli Barbosa Santos, Flvio Souza, Beatriz Oliveira

    A triagem auditiva neonatal universal vem permitindo a descoberta precoce de perdas auditivas e possibilitando terapia fonoaudiologia com uso do aparelho de amplificao sonora individual-AASI j em bebs. A audio tem papel chave na aquisio da linguagem verbal. Perdas auditivas, inclusive as de grau leve, podem trazer dificuldades ao desenvolvimento pleno da linguagem pela criana e, por conseguinte, dificultar sua aprendizagem e seu convvio social. Nesse sentido, a criana deve ser adaptada to logo seja realizado o diagnstico da surdez, coibindo assim a privao sensorial e os transtornos advindos desta. OBJETIVO: Sistematizar o conhecimento a respeito das etapas necessrias para a adaptao de prtese auditiva em bebs, enfocando suas caractersticas, importncia e procedimentos. METODOLOGIA: Realizou-se uma reviso integrativa da literatura por meio de pesquisa e seleo de artigos cientficos e livros especficos com contedo sobre amplificao sonora em bebs. Para tanto, foram utilizados os descritores: Triagem Auditiva Neonatal, Amplificao Sonora em Bebs e Reabilitao auditiva infantil, para consultar as bases de dados eletrnicas: Lilacs, Scielo, bem como no acervo institucional. Foram includos materiais publicados no perodo de 2010 a 2015. RESULTADO E DISCUSSO: A adaptao de AASI em bebs difere em inmeros aspectos das dos adultos e deve contemplar 4 etapas distintas e definidas classificadas como: avaliao, seleo , verificao e validao. A avaliao visa determinar o tipo o grau e a configurao da perda auditiva para tanto necessria a realizao de entrevista detalhada com a me a respeito do desenvolvimento motor, cognitivo, visual, social, lingustico, afetivo e auditivo do beb (Anamnese) para a escolha dos testes indicados segundo a idade do mesmo. A impresso e confeco do molde auricular devem ser realizados to logo se obtenha o diagnstico indicando a necessidade de AASI. A seleo leva do aparelho leva em considerao aspectos importantes para a faixa etria, assim , que para bebs, verifica-se o tamanho do meato acstico da criana, d-se nfase nos espectros de fala utilizando-se a regra prescritiva DesiredSensationLevel-DSL(i/o) objetivando fornecer som de fala amplificado, audvel, confortvel e sem distores. Para a verificao e validao do AASI infantil necessria a realizao de avaliaes que investigam a eficcia do aparelho a fim de proporcionar melhor ganho auditivo para o beb e facultando-lhe assim a aquisio de fala sem maiores dificuldades. O acompanhamento nos primeiros anos de uso da prtese auditiva deve acontecer de forma trimestral fundamental, aps o segundo ano deve acontecer no mnimo semestralmente. CONCLUSO: Para a grande maioria dos especialistas em reabilitao auditiva todo o processo de seleo e adaptao em bebs deve ser centrado no envolvimento familiar para que seja exitoso. Almeida e Santos (2003) enfatizaram que o sucesso da adaptao da prtese auditiva depende da interao dos seguintes fatores: quantidade e qualidade do processo teraputico, envolvimento dos pais e, principalmente, a qualidade da prtese auditiva a ser adaptada.

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    PAE010 - Relato de experincia acerca de aes desenvolvidas na comunidade surda por voluntrios do Projeto COMUNICA.

    BRAGA, A.; AZEVEDO, C.; GUERRA, L.; CARVALHO, S.; PARLATO OLIVEIRA, E.

    OBJETIVO: Relatar a experincia vivenciada por duas acadmicas do curso de Fonoaudiologia, voluntrias no projeto de extenso COMUNICA. METODOLOGIA: O projeto tem como objetivos desenvolver aes de promoo da sade na comunidade surda e promover estratgias de conscientizao dos estudantes da rea da sade sobre a importncia da lngua de sinais. A equipe do Comunica composta por acadmicos dos cursos de Fonoaudiologia e Medicina sob superviso de trs professoras. As aes do projeto so planejadas durante reunies semanais, nas quais grupos de estudo utilizam artigos e filmes para fundamentar e motivar a discusso sobre as dificuldades dos profissionais de sade para atender, com qualidade, a comunidade surda. As aes de promoo da sade so realizadas na Escola Estadual Francisco Sales, em Belo Horizonte, MG. Para levar conhecimento e atender a demanda da comunidade surda, so desenvolvidos palestras, teatros e dinmicas interativas sobre temas previamente discutidos com a coordenao da escola. Os materiais utilizados nessas intervenes so idealizados e confeccionados pelos participantes do projeto, o que contribui para o aprendizado e interao da equipe. RESULTADO: Durante a participao das acadmicas no projeto, no segundo semestre de 2015, foram realizadas seis aes cujos temas foram sexualidade, com foco em preveno de doenas sexualmente transmissveis, alimentao saudvel, aferio de presso arterial e triagem de hipertenso, comemorao do dia nacional do surdo e cncer de mama. As aes foram realizadas de forma interativa, com uso de imagens e objetos concretos, visando a maior participao do pblico. Um intrprete que trabalha na escola participou da ao, o que contribuiu para uma comunicao efetiva entre os participantes do projeto e os surdos. Cada ao alcanou cerca de 40 pessoas, adultos e crianas, surdos e ouvintes. Houve um retorno positivo por parte da escola, constatado pelas cartas de agradecimento e convites para aes futuras, o que pode indicar que essas informaes sobre sade no so comumente levadas ao indivduo surdo. CONCLUSO: O projeto de extenso Comunica tem beneficiado a comunidade surda por meio da divulgao de informaes sobre sade e bem-estar, visando a promoo de sade. Consideramos que mais resultados satisfatrios sero alcanados, visto que a comunidade se mostra receptiva e interessada nas aes que visam atender sua demanda por conhecimento apresentado de maneira clara e acessvel. A participao no projeto possibilita s graduandas aprimorarem seus conhecimentos sobre a surdez, a comunidade surda e a importncia de uma comunicao efetiva entre pacientes surdos e profissionais de sade, interferindo positivamente para a formao de profissionais aptos, reflexivos e atentos aos problemas da comunidade surda.

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    PAE011 - Avaliao audiolgica em operrios da construo civil.

    Francine Vieira Reis, Juliana Oliveira Rocha, Patrcia Cotta Mancini

    OBJETIVO: Identificar e quantificar a ocorrncia de alteraes auditivas sugestivas de PAINPSE em trabalhadores da construo civil no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio da avaliao audiolgica bsica e avaliar a intensidade do rudo ao qual esses trabalhadores esto expostos em seu ambiente de trabalho. METODOLOGIA: Trata-se de estudo observacional transversal analtico realizado no primeiro semestre de 2014, com amostra de convenincia, aprovado pelo comit de tica da UFMG, sob nmero 0541.0.203.000-11. Para compor a amostragem foram convidados todos os trabalhadores do campus. Foi realizada a audiometria tonal, sendo determinados os limiares de audibilidade por via area nas frequncias de 250 a 8000 Hz e ssea de 500 a 4000 Hz em ambas as orelhas. A classificao das audiometrias seguiu os critrios propostos por Biap que considera a mdia dos limiares areos nas frequncias de 500, 1000, 2000 e 4000 Hz. Para avaliar a intensidade de rudo a qual trabalhadores do estavam expostos, foi utilizado um decibelmetro e as medies foram feitas prximas ao pavilho auricular do trabalhador durante a utilizao dos seguintes equipamentos: betoneira, serra circular, serra mrmore, martelete, lixadeira e esmeril. Foram coletadas seis amostras com durao de 30 segundos de cada equipamento em funcionamento. RESULTADO: A amostra do estudo foi composta por 106 trabalhadores da construo civil do Campus Sade da UFMG, todos do gnero masculino, com idade compreendida entre 19 e 65 anos, com maior concentrao na faixa etria de at 51 anos (83%). Ao verificar os resultados dos exames por orelha, observou-se 14,2% das alteraes na orelha direita, enquanto na orelha esquerda 17,9% estavam alteradas. A comparao das mdias dos limiares areos de 250 a 8000 Hz evidenciou piora dos limiares nas frequncias de 3, 4 e 6 KHz, apresentando a frequncia de 6000 Hz uma mdia maior em ambas orelhas. Nos limiares sseos, a frequncia mais acometida foi a de 4 KHz. A configurao audiomtrica dos trabalhadores revelou um entalhe em direo s altas frequncias, demonstrando um perfil audiolgico caracterstico de PAINPSE. Dentre os equipamentos avaliados, a serra mrmore foi a mquina que apresentou maior rudo (104,3 dB), seguida do esmeril (101,2 dB), martelete (96,7 dB), serra circular (96,0 dB), lixadeira (90,6 dB) e betoneira (89,5 dB). CONCLUSO: Os operrios da construo civil esto expostos a rudo ocupacional excessivo durante o trabalho e apresentam perdas auditivas neurossensoriais com piora dos limiares em direo s altas frequncias, com configurao audiolgica caracterstica de PAINPSE. Os achados evidenciam a necessidade da implantao de programas de conservao auditiva para essa populao.

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    PAE012 - Toxoplasmose adquirida experimental: efeitos da infeco sobre o sistema auditivo.

    Bianca Cristina Eugnio, Ricardo Wagner de Almeida Vtor, Sirley Alves da Silva Carvalho, Luciana Macedo de Resende

    OBJETIVO: Verificar e caracterizar os efeitos auditivos cocleares causados pela Toxoplasmose adquirida (cepa ME-49) em camundongos Balb/c. METODOLOGIA: Estudo experimental, realizado em quarenta fmeas de camundongos Balb/c, entre oito e dez semanas de idade. Os camundongos foram distribudos em quatro grupos, com dez animais em cada. Os grupos 1A e 1B constituram os grupos controles no infectados, das fases aguda e crnica, respectivamente. Os grupos 2C e 2D formaram os grupos experimentais das fases aguda e crnica respectivamente. Os grupos experimentais foram inoculados com a cepa ME-49 de Toxoplasma gondii. Foi realizado o exame auditivo Emisses Otoacsticas por Produto de Distoro em todos os camundongos antes da infeco pela cepa ME-49. Na fase aguda de toxoplasmose, o exame auditivo foi realizado apenas nos grupos 1A e 2C, e na fase de infeco crnica recente, nos grupos 1B e 2D. O equipamento utilizado foi AuDX Plus da marca Biologic. Foi aplicado protocolo dp-gram, quatro pontos por oitava, nas frequncias de 3 a 10 KHz, proporo f2/f1=1,22. A relao de intensidade foi L1=L2. A intensidade inicial foi 40 dBNPS, e final 70 dBNPS, Aps o trmino do experimento todos os camundongos foram eutanasiados e anticorpos IgGanti T. gondii foram pesquisados por Elisa. A anlise estatstica foi realizada no software SPSS, verso 19. Foi feita comparao das respostas intra-sujeitos em relao etapa de infeco (pr-infeco e infeco aguda, e pr-infeco e infeco crnica). Tambm foi realizada a comparao inter-sujeito com os grupos experimentais e o grupo controle correspondente. Para anlises dependentes, quando a distribuio da amostra foi normal, foi utilizado o Teste T de Student pareado para a mdia, e quando assimtrica foi utilizado o teste Wilcoxon. Para anlises independentes, em casos de distribuio normal da amostra, foi utilizado o teste T de Student para a mdia, e quando assimtrica, foi utilizado o teste Mann Whitney. Foi adotado como nvel de significncia o valor de 5% (p 0,05). RESULTADO: O Elisa confirmou o sucesso da infeco pela cepa ME-49 nos camundongos dos grupos experimentais. Na anlise intra-grupos no foi observada diferena estatisticamente significante nos limiares auditivos apresentados pelo grupo 2C antes e aps a infeco. Para o grupo 2D foi observado diferena estatisticamente significante nas frequncias de 8414 Hz (p=0,017) e 5953 Hz (p=0,027), estando os resultados melhores na fase de ps infeco crnica do que na pr-infeco. Este fato pode ser justificado pela maturao coclear. Na anlise entre os grupos 1A e 2C no foram encontradas diferenas com significncia estatstica. Para os grupos 1B e 2D houve diferena com significncia estatstica na frequncia 4195 Hz (p=0,042), estando o resultado pior no grupo experimental do que no grupo controle, entretanto esta diferena pode ser devido ao intervalo de confiana amplo e ao fato desta frequncia ser muito influenciada pela presena de artefatos. CONCLUSO: As frequncias pesquisadas no foram prejudicadas pela infeco com a cepa ME-49 de Toxoplasma gondii. Registro na Comisso de tica no Uso de Animais (CEUA-UFMG): 261/14. Agncia de fomento: CNPq, edital MCTI/CNPq, nmero 14/2014.

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    PAE013 - A comunicao do surdo no mbito familiar.

    Ana Luiza de Freitas Rezende, Brbara de Faria Morais Nogueira, Brbara Oliveira Souza, Izabel Cristina Campolina Miranda

    OBJETIVO: Analisar a comunicao dos surdos no mbito familiar, discutindo a concepo de surdez da famlia e a escolha da modalidade lingustica privilegiada na interao com o indivduo surdo. METODOLOGIA: Trata-se de uma reviso integrativa de literatura produzida com base em artigos relacionados aos eixos temticos: surdez e famlia. Foi realizada busca nas bases de dados: BVS e PubMed, utilizando-se os descritores: comunicao, educao, linguagem, linguagem de sinais, surdez, perda auditiva e famlia, de forma isolada e combinada. Foram considerados como critrios de incluso os artigos publicados em portugus e ingls, cujos textos estivessem disponveis na ntegra e publicados no perodo de 2005 a 2015. A busca inicial indicou 327 artigos, sendo 172 na base BVS e 155 na base PubMed. Aps a leitura dos ttulos e resumos, foram excludos 306 artigos. Assim, foram selecionados 21 artigos para a leitura na ntegra, sendo 13 na base BVS e 8 na base PubMed. Aps a leitura na ntegra, foram excludos 12 artigos que no responderam aos objetivos deste estudo, sendo selecionados para esta reviso de literatura 9 artigos. RESULTADO: Foram selecionados para compor a presente reviso de literatura 9 estudos, sendo a maioria deles de natureza qualitativa (67%). Os estudos mostraram que, geralmente, a concepo de surdez est relacionada modalidade lingustica utilizada pelo surdo. Como a maioria dos surdos de famlia ouvinte, ainda prevalece a concepo de surdez como deficincia e o desejo que o filho desenvolva a fala. Alguns estudos mostram que a lngua de sinais surge como elemento essencial para a concepo do surdo como diferente, sendo extremamente importante para o desenvolvimento do indivduo surdo e para melhor relacionamento familiar. CONCLUSO: Fica evidente a necessidade de estudos que abordem a qualidade da comunicao entre familiares ouvintes e filhos surdos e discutam estratgias para minimizar as dificuldades dos familiares em compreender e ser compreendido pelo indivduo surdo.

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    PAE015 - A perspectiva do paciente surdo acerca do atendimento sade.

    Regiane Ferreira Rezende, Leonor Bezerra Guerra, Brunna Luiza Suarez, Knia da Silva Costa, Flavia Arajo Brazes, Sirley Alves da Silva Carvalho

    OBJETIVO: Este trabalho trata conhecer as perspectivas do usurio surdo quanto melhoria no atendimento sade para esta populao. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional analtico transversal com anlises de base quantitativa e qualitativa, aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sob o parecer n 06950212.5.0000.5149. Utilizou como instrumento de coleta um questionrio elaborado pelas pesquisadoras, contendo questes de caracterizao da amostra, submetidas anlise quantitativa, e uma questo discursiva acerca da satisfao do surdo com o atendimento. Em relao questo discursiva, foram identificadas e selecionadas categorias para anlise de seu contedo. A amostra foi composta por 124 pessoas com deficincia auditiva, funcionrios ou frequentadores de duas instituies de apoio comunidade surda. RESULTADO: A populao estudada foi composta em sua maioria por mulheres, com idade entre 18 e 28 anos, bilngues ou usurios da Libras. Ao responder questo aberta quanto perspectiva do usurio sobre melhorias no atendimento de sade ao surdo, o participante optou por escrever ele prprio a resposta. Na anlise qualitativa das entrevistas, foram identificadas seis categorias temticas que caracterizam a percepo que o surdo tem sobre o atendimento sua sade: necessidade de melhorias, autonomia, barreiras de comunicao, legislao, conquistas e promoo sade. Destas, trs esto divididas em subcategorias, a saber: 1) necessidade de melhorias: tipos de melhorias, presena de intrprete, tecnologia assistiva; 2) barreiras de comunicao: dificuldade de comunicao, atitudes dos profissionais de sade; 3) promoo sade: capacitao dos profissionais, cursos e palestras para a comunidade surda. CONCLUSO: Considerando as percepes do usurio surdo e a necessidade de melhoria no atendimento sua sade, sugere-se a incluso do debate sobre comunicao entre usurios, profissionais de sade e gestores, a capacitao dos profissionais de sade por meio de educao continuada, a disponibilizao de profissionais da sade capacitados para se comunicar em lngua de sinais e a disponibilizao de intrpretes de lngua sinais colaborando para o atendimento integral, resolutivo e de boa qualidade a esta populao.

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    PAE016 - Necessidade das avaliaes auditivas em bebs e ciranas.

    Beatriz Oliveira, Flvio Souza, Joselli Barbosa

    Na atualidade , um nmero considervel de crianas so encaminhas o mais breve possvel para Avaliao Audiolgica, devido a existncia de triagem auditiva neonatal universal em berrios, nas creches, nas escolas alm da disseminao de mais informaes sobre o desenvolvimento normal, assim como o reconhecimento dos fatores de risco para deficincia auditiva entre profissionais da rea da sade e professores escolares. O encaminhamento das crianas de forma mais rpida contribui com a deteco de perdas auditivas precocemente, o que permite assim a reabilitao auditiva. Outra preocupao a preciso do diagnstico, ento so utilizados mtodos na avaliao audiolgica adequados s respostas que a criana possa apresentar, essas respostas se baseiam em fatores como: idade mental e cronolgica, estado neurolgico, nvel de audio, motivao para cooperar, experincia anterior e circunstncias do teste. OBJETIVO: Sistematizar o conhecimento a respeito de Triagem Auditiva Neonatal-TAN, e avaliaes auditivas em crianas enfocando suas caractersticas, importncia e procedimentos. METODOLOGIA: Realizou-se uma reviso integrativa da literatura por meio de pesquisa e seleo de artigos cientficos e livros especficos com contedo sobre Triagem Auditiva Neonatal. Para tanto, foram utilizados o descritor: Triagem Auditiva Neonatal, para consultar as bases de dados eletrnicas: Lilacs, Scielo, bem como no acervo institucional. Foram includos materiais publicados no perodo de 2008 a 2013. RESULTADO E DISCUSSO: As testagens auditivas devem ser simples, fceis e rpidas devendo ser realizadas visando um diagnstico precoce e preciso. Por isso muito importante a realizao da anamnese, a testagem instrumental automatizada, a avaliao comportamental, a observao a estmulos verbais, a audiometria com reforo visual, o uso das emisses otoacsticas evocadas e os potenciais evocados de tronco cerebral. Na faixa etria de 0 a 24 meses necessrio a utilizao de estmulos sonoros instrumentais, verbais e tom puro modulado em frequncia, a Audiometria de Observao Comportamental avalia crianas nessa idade, e so observadas mudanas de comportamento decorrentes da apresentao de um estimulo sonoro instrumental. A observao de respostas e estmulos verbais tambm observada em crianas de 0 a 24 meses de idade, o reconhecimento a comandos verbais tambm analisado, e por ltimo so realizada as medidas de imitncia acstica para identificar e classificar os distrbios de orelha mdia. CONCLUSO: Ressalta-se, assim, a importncia da avaliao infantil, assim como a escolha do mtodo mais adequado a cada situao, na busca de conscientizar os profissionais ligados rea, particularmente os fonoaudilogos, otorrinolaringologistas e principalmente, os pediatras e neonatologistas, que so os primeiros profissionais em contato com a criana. A ausncia de diagnstico e conseqente estimulao ainda nesta poca, podem gerar interferncias no desenvolvimento infantil principalmente no seio familiar, ocasionando futuramente problemas sociais, psicolgicos, cognitivos e emocionais para esse individuo. esse individuo.

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    PAE018 - Resultado dos potenciais evocados auditivos de tronco enceflico em bebs com toxoplasmose congnita.

    Aline Almeida Fontes, Nayara Caroline Barbosa da Silva, Ludmila Labanca, Amanda Gabriela Dias Matos, Luciana Macedo de Resende, Sirley Alves da Silva Carvalho

    OBJETIVO: investigar a audio de bebs de 1 a 3 meses de idade com toxoplasmose congnita atravs do PEATE, e comparar os resultados com os bebs de mesma faixa etria sem a infeco. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo comparativo, com amostra no probabilstica, aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da instituio de ensino sob o parecer 810.127. A amostra possui 100 bebs, distribudos em 2 grupos. O primeiro grupo foi composto por 47 bebs com o diagnstico de toxoplasmose congnita, confirmado pela presena de IgM e/ou IgA atravs da coleta de sangue a seco; e o segundo grupo foi composto por 53 bebs sem o diagnstico de toxoplasmose congnita. Os bebs com toxoplasmose congnita foram avaliados atravs do exame de imagem do Sistema Nervoso Central e receberam tratamento precoce. Todos os bebs foram submetidos aos procedimentos de avaliao auditiva: anamnese, EOAT, PEATE e PEATE automtico. Na anlise final, 76 crianas foram includas, sendo 37 (48,7%) com toxoplasmose e 39 (51,3%) sem toxoplasmose (controles). Dos 37 bebs com toxoplasmose, 21 (57%) eram do sexo feminino e 16 (43%) do sexo masculino. Entre os 39 bebs controles, 20 (51%) eram do sexo feminino e 19 (49%) do sexo masculino. A idade mdia e desvio padro (DP) foram de 1,87 anos (DP=0,92) para o grupo controle e 1,81 (DP=0,70) para o grupo com toxoplasmose. Os grupos foram semelhantes em relao idade (p=0,747) e gnero (p=0,653). Os bebs excludos no concluram pelo menos um dos exames realizados nesta pesquisa. RESULTADO: O nmero total de orelhas includas foi de 140, sendo 69 do grupo com toxoplasmose e 71 do grupo controle. Os grupos foram semelhantes em relao a idade e gnero. Foi realizado a comparao da latncia e interpicos das crianas com e sem toxoplasmose considerando as idades de 1 ms, 2 meses e 3 meses. Os resultados indicam que a mdia da latncia absoluta das ondas I,III e V diminuem a medida que aumenta a idade da criana. Dos 37 bebs com toxoplasmose, 3 apresentaram exame neurolgico alterado. Os resultados indicam que foram identificadas 2 orelhas alteradas no grupo sem toxoplasmose e 10 orelhas alteradas no grupo com toxoplasmose. A comparao da proporo de alteraes entre os grupos indicou diferena com relevncia estatstica (p=0,014) sendo que uma criana com toxoplasmose possui 5 vezes mais chance de ter um PEATE com alguma alterao no processo maturacional da via auditiva de tronco enceflico quando comparado a uma criana sem toxoplasmose. CONCLUSO: PEATE mostrou-se como uma ferramenta complementar na avaliao da audio de crianas com toxoplasmose. Verificou-se que 27% (n=10) das crianas foram identificadas com possvel alterao unilateral no PEATE e que crianas com toxoplasmose, entre 1 e 3 meses de idade, so 5 vezes mais propcias a apresentar alterao no PEATE do que crianas da mesma faixa de idade sem a infeco.

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    PAE019 - Monitoring of children with risk indicators from Newborn Hearing Screening Program.

    Ana Luiza de Freitas Rezende, Gabriela Alves de Souza, Sirley Alves da Silva Carvalho, Luciana Macedo de Resende, Fabrice Giraudet, Paul Avan

    OBJECTIVE: The goal of this study is to evaluate the hearing and the language of children with risk indicators for hearing loss that passed in the Newborn Hearing Screening at a public Hospital program, further on verifying the correlation between hearing loss and risk indicators for the progressive hearing loss in the studied group. METHODOLOGY: It was a longitudinal study performed in two stages. The first one refers to the newborn hearing screening, where the following procedures are used: Click Otoacoustic Emissions, ABR Screening and hearing behaviour evaluation. The second stage refers to the monitoring at actual six months old in which was performed: Click Otoacoustic Emissions and Distortion Products , Automatic ABR, Hearing behaviour evaluation, Tympanometry. the data were stored and applied descriptive statistics. RESULT: The results, according to first stage, about the newborn hearing screening flowchart from March to November, 2015, reveal that: 165 babies were evaluated, in which 84 of them had risk indicators for progressive hearing disability. Among these babies at risk, 55 passed the screening and 29 failed. The great majority of those who failed didnt attend the retesting (22 babies). The other 7 that attended, 6 passed and were forwarded to the follow-up and one baby showed an alteration in the middle ear, was forwarded to ENT. Regarding the babies that passed in first stage, 60 were forwarded to follow-up. Among them, 13 didnt attend, 10 passed and one baby showed an alteration in the middle ear and 33 will yet be evaluated. The main risk indicator found in babies that performed the follow-up was the permanence in the ICU for longer than 48 hours (80%), followed by prematurity (60%), low weight (30%), family history (20%), hyperbilirubinaemia (20%), ototoxic medication (20%), syphilis (10%) and mechanical ventilation (10%). All of the participants were normal OAE and automatic ABR. Toward the hearing behaviour evaluation, all of them showed results within the normal standards and the best result was regarding the reception followed by the issuance, cognitive aspects and motor aspects of the language. CONCLUSION: It was observed in this study, 14,29% of the conductive hearing loss in the retests and 1,67% in the follow-up, highlighting the significance of the Newborn Hearing Screening Program for hearing loss identification and timely intervention, thus ensuring the social, cognitive, academic and speech/language development.

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    REA TEMTICADISFAGIA

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    PD001 - Avaliao da qualidade de vida em deglutio em pacientes oncolgicos em tratamento quimioterpico.

    Raquel de Santana Oliveira Marques, Agda Santana Costa, Silas Ricarti Moniz Pacheco Lima, Leila Guerreiro de Jesus, Monise Queiroz Cicchelli, Alena Ribeiro Alves Peixoto Medrado, Gabriela Botelho Martins, Hayana Ramos Lima, Manoela Martinez Carrera Pereira

    OBJETIVO: O estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida em deglutio de pacientes oncolgicos em tratamento quimioterpico usurios de um servio pblico de sade, assim como traar o perfil socioeconmico desta populao. METODOLOGIA: O estudo teve inicio aps aprovao pelo comit de tica em pesquisa da Escola Bahia na de Medicina e Sade Pblica pelo parecer de nmero 746.416, realizou-se um estudo clnico com 44 pacientes em tratamento quimioterpico. Foram aplicados os questionrios de Qualidade de Vida em Disfagia (SWAL-QOL) e socioeconmico. A pesquisa foi realizada com apoio da bolsa de iniciao cientifica da Fundao de Amparo Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). RESULTADO: Observou-se neste estudo predominncia de mulheres (75%) e o cncer de mama foi o mais prevalente nesta populao (27%). Dentre os homens, o cncer de prstata foi o mais encontrado (6%). As caractersticas socioeconmicas revelaram, em sua maioria, pacientes casados, com trs filhos ou mais, primeiro grau incompleto e renda familiar de at um salrio mnimo. A auto percepo de cor mais referida foi parda. Os domnios mais afetados na qualidade de vida em deglutio foram sono, durao da alimentao e fadiga, respectivamente. Grande parte dos participantes (95,4%) se alimentou por via oral e apenas 2 (4,6%) se alimentaram por sonda. Quanto consistncia do alimento e dos lquidos, 84,1% tinha uma dieta normal, com alimentos de texturas e consistncias variadas e 75% ingeriam lquidos tambm diversificados. Quanto percepo da sua sade, 48% a considerou boa e 39% a considerou satisfatria. CONCLUSO: Observou-se que a maioria dos pacientes obteve pouca ou nenhuma interferncia na qualidade de vida relacionada deglutio. Porm novos estudos com maior nmero de participantes e com maior durao so necessrios para monitorar e intervir, visando possibilitar uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

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    PD002 - Fatores preditivos para disfagia em pacientes internados na unidade de terapia intensiva.

    Kellen Cristine de Souza Borges, Naiany Nascimento Silva, Nathlia Ferreira Campos, Roseli Modesto Silva, urea Marques de Souza, rica de Arajo Brando Couto, Lalia Cristina Caseiro Vicente

    OBJETIVO: Identificar as caractersticas scio-demogrficas, clnicas e fonoaudiolgicas e os fatores preditivos de disfagia orofarngea em pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI). METODOLOGIA: Estudo de carter exploratrio, retrospectivo, com base na coleta de dados da avaliao fonoaudiolgica dos pacientes internados na UTI e unidade semi-intensiva de um hospital-escola localizado em Belo Horizonte. Foram coletadas informaes de pacientes atendidos pela equipe de fonoaudiologia no perodo de maro de 2014 a maro de 2015, sendo no total 399 pronturios eletrnicos analisados. O estudo inclui pacientes de ambos os gneros, com idades igual ou superior a 18 anos e que receberam a avaliao fonoaudiolgica na UTI ou unidade semi-intensiva, independente da hiptese diagnstica. Os critrios de excluso compreenderam: pacientes que apresentavam escore na Escala de Coma de Glasgow menor ou igual 8 no momento da avaliao fonoaudiolgica; queles cuja avaliao inicial foi inconclusiva por falta de dados; dependentes de ventilao mecnica e indivduos que foram submetidos a trs ou mais procedimentos de intubao orotraqueal. Estudo aprovado pelo Comit de tica e Pesquisa (COEP) da Universidade Federal de Minas Gerais sob parecer de CAAE - 49480115.2.0000.5149. RESULTADO: Participaram desse estudo 232 homens (58,1%) e 167 mulheres (41,9%), com a idade mdia em geral de 57,9 anos, sendo a idade mnima de 18 anos e mxima de 97 anos. Observou-se maior prevalncia das doenas neurolgicas (23,3%), respiratrias (15,5%), vasculares (12,3%) e trauma (11%). Quanto ao uso de intubao orotraqueal, 70,9% dos pacientes foram intubados, sendo que 43,4% destes receberam IOT por tempo prolongado, ou seja, superior a 48 horas. A disfonia esteve presente em 52,1% dos sujeitos, sendo a qualidade vocal mais encontrada rouca, seguida da qualidade vocal rouco-soprosa. A mobilidade e fora de OFAS, salivao, higiene oral, dentio e reflexo de tosse apresentaram padro de normalidade na maioria dos sujeitos. A prevalncia de disfagia nesse estudo foi de 47,4% e a fase da deglutio mais comumente comprometida foi a fase farngea. A idade, estado de alerta, uso e tempo de intubao orotraqueal, uso de traqueostomia, alm da mobilidade e fora dos rgos fonoarticulatrios foram preditivos para disfagia orofarngea. No houve relao estatstica entre o gnero e a doena de base para ocorrncia de disfagia orofarngea. CONCLUSO: Na UTI no h predomnio do gnero e doena de base entre os pacientes internados, contudo indivduos acima de 40 anos e idosos submetidos intubao orotraqueal e com tempo de IOT acima de 48 horas foram mais frequentes. Quanto ao perfil fonoaudiolgico o padro de normalidade foi o mais encontrado em vrios aspectos pesquisados, entretanto, observa-se alta ocorrncia de disfonia e disfagia nos pacientes internados na UTI. Os fatores preditivos para disfagia nos pacientes internados na unidade de terapia intensiva so: idade, estado de alerta, uso e tempo de intubao orotraqueal, uso de traqueostomia, alm da mobilidade e fora dos rgos fonoarticulatrios.

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    PD003 - Efeitos imediatos da eletroestimulao neuromuscular na deglutio de idosos com demncia do tipo Alzheimer.

    Eliene Giovanna Ribeiro Lalia Cristina Caseiro Vicente GidreBerretinFelix Mirlaine da Conceio Dias Andra Rodrigues Motta

    OBJETIVO: Conhecer os efeitos imediatos da eletroestimulao neuromuscular no deslocamento hioloarngeo e no tempo de trnsito farngeo em idosos com demncia do tipo Alzheimer. METODOLOGIA: Foi realizado ensaio clnico, aprovado pelo CEP da instituio (17403613.9.0000.5149), utilizando-se amostra no probabilstica composta por 30 pacientes avaliados em um Centro de Referncia do Idoso, com mdia de 82,79 anos, independente do estgio de evoluo da demncia e com elevao hiolarngea reduzida. Estes pacientes foram submetidos avaliao clnica por meio do protocolo de triagem clnica NorthwesternDysphagiaPatientCheckSheet (NDPCS), e em seguida videofluoroscopia da deglutio, durante a qual se aplicou eletroestimulao neuromuscular na regio submentual por meio do sistema porttil no invasivo de Terapia VitalStim de dois canais, nos nveis sensorial e motor de estmulo. Os parmetros aplicados foram de 3 mA para o nvel sensorial e de 9 mA para o nvel motor. Todos os participantes receberam alimentos nas consistncias slida, pudim e lquida. Modelos marginais lineares foram utilizados para a anlise de dados para a qual se adotou o nvel de significncia de 5%. RESULTADO: No houve impacto imediato da eletroestimulao neuromuscular sobre a escala de penetrao e aspirao, deslocamento hiolarngeo e tempo de trnsito farngeo. Entretanto, ao se analisar a interao pelas consistncias por meio do modelo de regresso ajustado, foi possvel observar associao entre a diminuio do deslocamento hiolarngeo e a aplicao do nvel motor de estmulo para deglutio de 10 ml de lquido e p-valor muito prximo ao ponto de corte para deglutio de pudim. No tempo de trnsito farngeo no houve diferena nas comparaes entre ausncia e presena da EENM em qualquer das consistncias avaliadas. Nas comparaes entre os nveis sensorial e motor no houve diferena significativa, mesmo considerando as consistncias, tanto para a escala de penetrao e aspirao quanto para o deslocamento hiolarngeo e o tempo de trnsito farngeo. - Este trabalho recebeu fomento do CNPq.

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    PD004 - Comprometimentos da disfagia ps-AVE e o prognstico de paciente em uma clnica escola.

    Ana Carolina Martins de Oliveira, Lorena Pinheiro Sancio e Lalia Cristina Caseiro Vicente

    OBJETIVO: Verificar as fases da deglutio comprometidas e a evoluo dos pacientes com disfagia orofarngea decorrentes de Acidente Vascular Enceflico (AVE) de uma clnica escola. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo de anlise de pronturios de pacientes com disfagia orofarngea, aps AVE, de ambos os gneros, com idade entre 46 e 95 anos, atendidos em uma clnica escola de fonoaudiologia, no perodo de 10 anos. Foram excludos os casos com outras doenas associadas que poderiam causar disfagia. Este estudo foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG, sob parecer nmero 409/09. RESULTADO: Foram analisados 41 pronturios de pacientes com disfagia orofarngea aps AVE, com idade mnima de 46 anos e mxima de 95 anos, com mdia de 67,3 anos. Quanto ao gnero, 19 (46,3%) eram do masculino e 22 (53,7%) do feminino. Com relao s alteraes das fases da deglutio, 17 (41,5%) apresentaram disfagia em apenas uma fase, 15 (36,6%) em duas fases e 9 (22%) as trs fases alteradas. Destes, 19 (16,7%) apresentaram alterao em fase preparatria, 27 (65,8%) em fase oral e 28 (68,3%) em fase farngea. O tempo de fonoterapia foi no mnimo de um ms e no mximo de 79 meses, com mdia de 8,5 meses e mediana de quatro meses. Entre os pacientes, 14 (34,2%) apresentaram melhora da disfagia, 14 (34,2%) no obtiveram melhora e 13 (31,7%) no se tem informao. Destes que melhoram, 11 (78,6%) apresentaram melhora em fase oral, 9 (64,3%) em farngea, 7(50%) na fase preparatria. CONCLUSO: A partir dos resultados encontrados, conclui-se que a fase mais comprometida nos casos de disfagia ps-AVE foi a farngea, embora a fase oral tenha tido melhor resposta teraputica. O tempo de fonoterapia comumente ficou em torno de quatro meses. Alguns pacientes melhoram a disfagia, indicando que a terapia fonoaudiolgica essencial para a adequao dos mecanismos da deglutio, explorando ao mximo os potenciais funcionais individualmente. Contudo, outros no evoluiram, o que refora a necessidade de um programa teraputico que leve em considerao as limitaes neurolgicas e funcionais desses pacientes, a fim de determinar estratgias que tragam melhores resultados para a promoo de uma deglutio segura e eficiente.

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    REA TEMTICAENSINO

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    PE001 - Panorama da Prtica da Biossegurana na Fonoaudiologia no Brasil: Uma Reviso de Literatura.

    Antonio Marcos Oliveira de Lima, Graciele Fernandes da Silva, Vitria Carolina Morais Brazil, Inara Maria Monteiro Melo

    OBJETIVO: Realizar um panorama da prtica da Biossegurana na Fonoaudiologia no Brasil a partir do ano 2002. METODOLOGIA: Pesquisa de artigos publicados no perodo entre 2002 a 2015 nas bases de dados eletrnicas LILACS, SCIELO e MEDLINE. Foram selecionados os artigos que abordavam o tema biossegurana na fonoaudiologia e excludos os artigos publicados antes do perodo mencionado, assim como os encontrados em mais de uma base de dados. RESULTADO: Foram encontrados um total de 7 artigos que abordavam a prtica da biossegurana pelos profissionais da Fonoaudiologia, destes 3 foram excludos, pois foram encontrados em mais de uma base de dados. Verifica-se que a prtica da biossegurana na Fonoaudiologia ainda realizada de forma insuficiente e os estudos a respeito desse assunto pouco explorado na literatura nacional. CONCLUSO: Existem poucos estudos a respeito do tema, fazendo-se necessrio o ensino e discusso nas instituies para os cursos e suas vertentes, sejam de graduao e/ou especializaes, alm da fiscalizao eficaz para os profissionais que j esto atuando.

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    PE002 - Sem ttulo.

    Albuquerque, G.; Miilher, L. P.; Burini, B.M.; Siqueira, C. F.; Sopeletto, A. F.; Bernardino, E. D.; Dias, J. A. B.; Machado, L. M.; Oliveira, L. O. C.; Lira, T. C. S.; Bortolon, E. R.

    OBJETIVO GERAL: Facilitar e aprimorar a formao e a assistncia fonoaudiolgicas aos acadmicos de Fonoaudiologia da UFES na rea da linguagem. OBJETIVOS ESPECFICOS: Acompanhamento e suporte acadmico aos estudantes do curso de Fonoaudiologia durante o curso, na rea da Linguagem; Aumento do sucesso acadmico e do investimento nos estudos na rea da linguagem; Preparao dos estudantes do curso de fonoaudiologia para a atuao profissional na rea da linguagem oral e escrita. METODOLOGIA: Os alunos participantes do projeto de ensino atuaram ativamente na elaborao de materiais e recursos que facilitaram o aprendizado prprio e dos demais estudantes nas disciplinas relacionadas linguagem oral e linguagem escrita do curso de Fonoaudiologia da UFES, durante o segundo semestre do ano de 2015. Foram realizadas as seguintes aes: Ao de ensino 1 - Elaborao de pranchas de treinamento auditivo, visual e auditivo-visual para correlao letra-som (ou grafema-fonema). Ao de ensino 2 - Criao de mapas conceituais para tornar significante a aprendizagem do aluno, relacionando o novo conhecimento com os conceitos relevantes que ele j possui. Participantes: Participaram do projeto de ensino 8 alunos, 2 bolsistas UFES e 6 voluntrios selecionados aps a aprovao do projeto de ensino pela Pr Reitoria de Graduao da UFES (PROGRAD). Todos os participantes tinham 1 hora semanal dedicada orientao terico-prtica e superviso das aes junto s duas professoras orientadoras. RESULTADO: Cada ao foi desmembrada em 4subaes. Na primeira ao foram elaborados recursos teraputicos relacionados habilidade de conscincia fonolgica, converso grafema-fonema e fonema-grafema, ampliao lexical entre outros. Na ao 2 foram elaborados mapas mentais sobre linguagem oral, linguagem escrita, sintaxe, semntica, dislexia de desenvolvimento e fontica-fonologia. Os alunos responsveis pela criao dos materiais participaram das reunies de superviso, nas quais o material e o construto terico do mesmo era discutido. Alm desse benefcio direto em relao aos envolvidos, os demais alunos do curso foram indiretamente beneficiados. Os materiais criados na primeira ao de ensino foram apresentadas no estgio curricular e fazem parte do acervo de materiais e brinquedos do Curso de Fonoaudiologia, sendo utilizados nos atendimentos especializados oferecidos no Hospital Universitrio Cassiano Antnio Moraes. Os mapas mentais criados na segunda ao de ensino sero utilizados no prximo semestre acadmico nas disciplinas de linguagem no decorrer do curso. CONCLUSO: As duas aes implementadas desdobraram-se em 8 subaes. Considerando a quantidade de alunos e o perodo de efetivao, esse resultado foi extremamente satisfatrio. Todos os alunos elaboraram materiais cujo construto terico exigiu estudo para alm do exigido em seu perodo letivo. Ao invs de ser um dificultador, isso mostrou-se um elemento que oportunizou discusses e mobilizou os participantes a estudarem contedos prvios e contedos mais adiantados. A presena de integrantes com diferentes nveis de conhecimento possibilitou que surgisse um fluxo de discusso e colaborao. Esses resultados podem contribuir para a melhoria do ensino no curso de Fonoaudiologia da UFES e impactar na formao profissional dos estudantes.

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    PE003 - Participao de discentes de Fonoaudiologia no IV Percurso Discente Universitrio.

    Ana Cludia Pereira, Brbara de Faria Morais Nogueira, Caroline Azevedo Maciel e Letcia Caldas Teixeira

    OBJETIVO: Relatar a experincia de discentes do curso de Fonoaudiologia em Oficina de Apresentaes de Trabalhos Acadmicos. METODOLOGIA: A oficina de apresentao de trabalho cientfico faz parte de uma proposta para melhoria do percurso discente universitrio. Sendo ela, uma iniciativa da Pr-reitoria de graduao da universidade e existe desde 2012. O objetivo desta proposta fornece para os alunos de graduao autonomia na vida acadmica, de forma inovadora, por meio de prticas educativas flexveis, em diferentes reas de conhecimento. Para este fim so ofertadas sete oficinas gratuitas: criao de blogs, leitura e escrita acadmica, apresentaes de trabalhos acadmicos, produo de vdeos, mapas conceituais, gesto de tempo e organizao pessoal, e desenvolvimento de portflios, das quais os alunos devem optar por uma oficina. A carga horria da oficina escolhida contabiliza 45 horas sendo o certificado emitido se o aluno cumpre pelo menos 75% das atividades propostas. A realizao das atividades ocorre de modo semipresencial, com atividades online e dois encontros presenciais. Os pr-requisitos para participao no percurso incluem ser estudante regularmente matriculado na universidade e a realizao de inscrio, no site da instituio. Semanalmente, os alunos realizam atividades propostas com datas pr-definidas no cronograma. Os materiais utilizados no desenvolvimento das atividades constam de vdeos, imagens e udios relacionados ao tema da oficina. Para encerramento do percurso os discentes participam de um seminrio final. Neste encontro, discentes e tutores socializam e refletem sobre a trajetria e participao dos agentes no percurso. Ao final das atividades os discentes apresentam um resumo da prpria trajetria acadmica, utilizando uma mdia grfica. RESULTADO: As discentes adquiriram novas habilidades, associaram teoria e prtica a vida acadmica, aprimoraram seus conhecimentos na rea da comunicao, aprenderam a utilizar novos recursos audiovisuais e aliaram seus conhecimentos as disciplinas do curso. A utilizao da ferramenta online auxiliou as discentes durante a realizao das atividades propostas pelos tutores, especialmente por se tratar de uma plataforma interativa, de fcil acesso e que permitiu a interao mesmo sem encontros presenciais especficos. Como o percurso possui um cronograma de atividades definido, foi possvel observar que houve boa organizao das discentes, devido ao fato de conhecerem antecipadamente as etapas dos trabalhos e os objetivos a serem alcanados. Durante o percurso as atividades foram realizadas de forma ativa e satisfatria, superando as limitaes e aperfeioando os conhecimentos das discentes. CONCLUSO: A realizao da oficina de Apresentao de Trabalho Cientfico auxilia na potencializao das habilidades comunicativas, propicia o conhecimento de novos recursos audiovisuais, importantes para a formao discente. Por meio do Percurso Discente Universitrio possvel tambm aumentar a sua rede de relacionamentos e interagir com outros membros da comunidade acadmica.

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    PE004 - Percepes sobre o uso de recursos de biofeedback na terapia de motricidade orofacial.

    Keiner Oliveira Moraes, Aline Vargas Maia, Cintia Alves de Souza, Adriane Mesquita de Medeiros, Andra Rodrigues Motta, Renata Maria Moreira Moraes Furlan

    OBJETIVO: Relatar a motivao do uso do biofeedback na terapia de motricidade orofacial durante o estgio da graduao em Fonoaudiologia e a percepo da paciente e das estudantes quanto aos mtodos utilizados. METODOLOGIA: Paciente de 20 anos, sexo feminino, foi atendida no Ambulatrio de Fonoaudiologia de um Hospital de ensino no perodo de maro a junho de 2015. A queixa principal relacionava-se a uma paralisia facial do lado esquerdo em remisso espontnea, mas com presena de sequelas. A avaliao, entretanto, evidenciou alteraes importantes na lngua provavelmente anteriores paralisia, como incoordenao, diminuio de sensibilidade no pice, hipotonia grave e mais acentuada no pice, fadiga muscular em curto espao de tempo. O uso do biofeedback foi sugerido devido s alteraes identificadas na avaliao e pela dificuldade de evoluo do quadro da paciente nos semestres anteriores com o mtodo teraputico tradicional. A presso da lngua foi quantificada por meio do IOPI e a terapia realizada com recursos de biofeedback que incluram jogos computacionais acionados pela paciente com sua prpria lngua. Exerccios isomtricos foram orientados para serem realizados em casa. A reavaliao foi realizada na oitava e dcima segunda sesses. As opinies das alunas e da paciente foram coletadas e analisadas a fim de se construir um parecer favorvel ou no sobre o uso de tais tecnologias na prtica clnica. RESULTADO: De acordo com a percepo das alunas, os recursos utilizados para o caso proporcionaram uma nova viso da tradicional prtica fonoaudiolgica, sendo relatada a possvel aplicao futura dos mtodos na atuao profissional. Para elas, as atividades contemplaram a ampliao do conhecimento na rea de motricidade orofacial e anlise de dados referentes ao desempenho da paciente em tarefas com feedback quantitativo. Durante a terapia, foi possvel observar muitos benefcios trazidos pelas tecnologias. O IOPI permitiu quantificar precisamente a evoluo da paciente, consequentemente contribuindo para uma maior adeso desta ao tratamento. Os jogos permitiram a realizao dos exerccios com aumento progressivo da carga e do tempo de manuteno da contrao muscular, com feedback visual e ldico para a paciente. Contudo, as alunas identificam pontos a serem melhorados, como a dificuldade de posicionar o bulbo do IOPI na lngua e a falta de variedade na interface dos jogos, que inicialmente foram projetados para o pblico infantil. A opinio da paciente foi que os recursos utilizados contriburam muito para trabalhar as dificuldades mais pontuais e que no tinham apresentado melhora anteriormente, com a utilizao dos recursos convencionais. Alm disso, auxiliou-a tambm a ter uma melhor percepo dos movimentos realizados por sua lngua. CONCLUSO: Os recursos foram considerados pertinentes para mensurar objetivamente a evoluo do tratamento pelas alunas e para auxiliar na realizao e percepo dos movimentos pela paciente. A obteno de tais opinies foi importante para o aperfeioamento do mtodo e conhecimento das possibilidades na prtica clnica.

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    PE005 - Disciplina de Libras: relato de experincia de acadmicas do curso de Fonoaudiologia.

    Brbara Oliveira Souza, Brbara de Faria Morais Nogueira, Izabel Cristina Campolina Miranda

    OBJETIVO: Relatar a experincia de acadmicas matriculadas na primeira turma presencial da disciplina de Libras no curso de graduao em Fonoaudiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), bem como a importncia da disciplina na formao das discentes. METODOLOGIA: No primeiro semestre de 2015, a disciplina Lngua Brasileira de Sinais (Libras) foi oferecida presencialmente para os discentes do curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Minas Gerais, do sexto perodo da graduao, com carga horria total de 60 horas. A disciplina apresenta como objetivo promover o aprendizado bsico de Libras e desenvolver habilidades de comunicao do discente com o surdo atravs a lngua brasileira de sinais. Espera-se com a disciplina que os discentes conheam aspectos bsicos da estrutura da lngua brasileira de sinais, a histria da lngua de sinais no Brasil e no mundo, reflitam sobre as diferentes modalidades educacionais, iniciem conversao atravs da lngua de sinais com pessoas surdas e apliquem os conhecimentos em Libras na prtica fonoaudigica. Para alcanar os objetivos almejados, a disciplina abordou contedos tericos e prticos. A metodologia didtica foi promovida por meio de aulas expositivas intercaladas por prticas e conversao em lngua de sinais, leitura de textos, apresentao de trabalhos e dinmicas orientadas envolvendo o uso da Libras. RESULTADO: Foi possvel perceber que o ensino da Libras possibilitou as acadmicas adquirirem conhecimentos terico sobre o uso da Lngua de Sinais, bem como vivenciarem a prtica e terem a competncia de iniciar uma conversao com indivduos surdos. Dvidas referentes nomenclatura correta a ser utilizada (surdo ou deficiente auditivo, lngua ou linguagem de sinais, surdo-mudo ou apenas surdo), as diferentes concepes de surdez (scio-antropolgica e mdico-clnica), o papel do intrprete de Libras e as Leis hoje em vigor, foram sanadas e discutidas com toda a turma durante as aulas. O nmero pequeno de alunas integrantes na disciplina foi um fator benfico, pois lhes permitiu uma melhor interao com o professor e, consequentemente, um melhor aprendizado por parte delas. Outro ponto positivo foi uma aula em campo que oportunizou o contato das discentes com indivduos Surdos, permitindo que os sinais aprendidos em sala de aula fossem colocados em prtica. CONCLUSO: A disciplina de Libras muito importante para a formao do futuro fonoaudilogo, uma vez que prepara os discentes para melhor atendimento s pessoas com surdez, alm de desenvolver no aluno atitudes reflexivas e ticas diante do trabalho com o indivduo surdo.

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    PE006 - Relato de experincia de graduandas em fonoaudiologia em iniciao cientfica em grupo interdisciplinar em psicogeriatria.

    Urssula Aparecida Santos Leal Ribeiro, Keiner Oliveira Moraes, Llian Souto Miranda, Breno Diniz de Oliveira Satler

    OBJETIVO: Descrever e analisar a experincia de estudantes do curso de Fonoaudiologia em iniciao cientfica em grupo interdisciplinar de ateno sade do idoso. METODOLOGIA: Trata-se do relato de experincia de estudantes do stimo perodo da graduao em Fonoaudiologia inseridos em atividade de pesquisa articulado a um projeto de mestrado em um grupo de ateno multidisciplinar sade do idoso. As etapas do presente estudo foram: detalhamento das atividades desenvolvidas, instrumentalizao, reunies com equipe multidisciplinar, anlise de dados coletados, reflexo crtica da experincia e comentrios conclusivos a respeito das habilidades, comportamentos e competncias desenvolvidos. RESULTADO: A instrumentalizao constou de apresentao e discusso do projeto, detalhamento das atividades propostas e conhecimentos pertinentes rea de psicogeriatria, foram realizados cursos de capacitao para maior conhecimento e entendimento dos impactos do envelhecimento sobre o ponto de vista de diferentes reas, alm de reunies semanais com profissionais diversos para discusso de casos atendidos e artigos referentes a novas descobertas da rea e tecnologias desenvolvidas. Foram executadas atividades de anlise de dados de informaes relativas rea de Fonoaudiologia e reunies com o profissional de Fonoaudiologia para alinhamentos conceituais, discusso de temas abordados sobre o ponto de aspectos da profisso e anlise do desenvolvimento dos estudantes. O contato dos discentes com profissionais de diferentes reas de conhecimento contribuiu para a ampliao do olhar sobre as mudanas e patologias provenientes do envelhecimento, percebe-se que o tratamento do indivduo idoso deve ser universal e integral, englobando no s uma rea de conhecimento. CONCLUSO: O contato com outras reas de conhecimento voltadas para a ateno sade do idoso permitiu que os estudantes compreendessem melhor a necessidade de aes preventivas e tratamento deste pblico. Envolver estudantes em projetos de pesquisa uma forma de enriquecer o percurso curricular universitrio, estimula o interesse pela pesquisa e contribui para a aplicao destes conhecimentos no campo profissional.

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    PE007 - Relato de experincia: Uso da tecnologia na monitoria para disciplinas de distrbio fonolgico e fluncia.

    Ludmila Nascimento dos Reis Rabelo, Vanessa de Oliveira Martins Reis

    OBJETIVO: Descrever a experincia de monitoria com recursos tecnolgicos de comunicao e informao nas disciplinas terica e prtica dos distrbios fonolgico e da fluncia durante o ano letivo de 2015. METODOLOGIA: A disciplina terica dos distrbios fonolgico e da fluncia ofertada no quarto perodo do curso e o estgio realizado no stimo perodo. A monitoria planejada para dar suporte principalmente aos alunos que cursam as duas disciplinas, mas tambm deve contemplar alunos de todos os perodos com dvidas referentes ao contedo pelo qual a monitora responsvel. No incio do semestre, a monitora apresentada e estabelece com cada turma o horrio do planto presencial. Os horrios e locais dos plantes so afixados no Laboratrio de Fonoaudiologia da faculdade para que todos os alunos do curso tenham conhecimento. Para os plantes, os alunos levam as dvidas relativas s aulas, preenchimento e correo de protocolos ou em relao aos prximos atendimentos. A professora responsvel pelas disciplinas disponibiliza na plataforma Moodle um frum para comunicao entre estudantes monitorados e monitora. No frum os alunos tm espao para tirar suas dvidas, a monitora cria tpicos para informaes e comunicados gerais sobre atividades, dicas de bibliografia complementar, recursos teraputicos e pginas da internet com contedos relacionados. Os alunos tm a oportunidade de utilizar mdias sociais como Facebook, E-mail e WhatsApp para esclarecer dvidas emergenciais ou na impossibilidade de comparecer aos plantes. A monitora tambm est presente na disciplina terica e no estgio, para auxiliar em atividades prticas ou na organizao dos atendimentos e colabora na correo dos relatrios do estgio. Para controle da participao dos alunos, a aluna monitora preenche uma ficha com nome, perodo, dvida principal e o meio utilizado pelo aluno. RESULTADO: Como se esperava, verificou-se que a maioria dos alunos que procuraram a monitoria foram os alunos que cursaram as disciplinas do quarto e stimo perodos durante o ano, sendo 38,7% e 53,4%, respectivamente. O planto presencial ainda o meio mais utilizado pelos alunos (58,8%), seguido pelo uso dos fruns via Moodle (18,1%); mdias sociais (16,4%) e outras formas (6,7%). Na anlise por perodo observou-se que para os alunos do quarto e stimo perodos, o planto representa 66,3% e 60,3%, respectivamente de acesso. O contrrio foi observado nos demais perodos, em que as mdias sociais foram utilizadas por 63,2% como fonte de informao a cerca do contedo. CONCLUSO: Atualmente o uso de tecnologias de informao e comunicao na rea da educao favorecem a versatilidade, flexibilidade e interatividade de tempo e espao, como ferramentas extras que podem ser aproveitados para auxiliar no processo de aprendizado de alunos monitorados e monitores, mas no minimizam a importncia dos plantes presenciais que facilitam o contato e esclarecimentos de dvidas, principalmente prticas como demandam as atividades das disciplinas em questo.

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    PE008 - Residncia multiprofissional: uso do programa vocal cognitivo adaptado em paciente com sinais de presbifonia.

    COSTA, L. M. O.; SILVA, N. N.; CAMPOS, N. F. ; VICENTE, L. C. C.; COUTO, E. A. B.; MEDEIROS, A. M.

    OBJETIVO: Relatar a atuao fonoaudiolgica em um caso clnico de paciente idosa, com sinais de presbifonia, tratada por meio de verso adaptada do Programa Vocal Cognitivo (PVC). METODOLOGIA: Trata-se de relato de experincia de alunas fonoaudilogas do Programa de Residncia Multiprofissional em Sade do Idoso de um Hospital de ensino na disciplina de Voz e Envelhecimento sobre o atendimento de uma paciente idosa, 87 anos de idade, com queixas vocais caractersticas de presbifonia. Durante a vivncia prtica realizou-se uma adaptao para o Programa de Sade Vocal Cognitivo (PVC), visando atender as demandas do ambulatrio da instituio (espao fsico disponvel, durao e frequncia das sesses). O programa foi elaborado para pacientes com alteraes vocais com presbifonia ou sinais de presbilaringe, com ou sem queixa vocal. Trata-se de uma proposta baseada na epistemologia gentica de Jean Piaget associada s tcnicas vocais na fonoterapia. A proposta apresenta exerccios que abordam aspectos respiratrios para melhor coordenao pneumofonoarticulatria, e exerccios de fonte e filtro no intuito de adquirir um melhor ajuste fonatrio. Realizou-se anamnese e avaliao vocal com os seguintes instrumentos: avaliao perceptivo-auditivo da voz com escala GRBASI, Questionrio Rastreamento de Alteraes Vocais no Idoso - RAVI, Protocolo Qualidade de Vida em Voz- QVV e Avaliao Acstica Vocal. O PVC teve durao de oito semanas, sendo uma sesso semanal. As atividades foram desenvolvidas da seguinte forma: uma sesso para anamnese/avaliao, seis de intervenocom durao de trinta minutos cada, e uma sesso para reavaliao fonoaudiolgica. Os exerccios foram recomendados para serem executados trs vezes por dia. RESULTADO: As aes desenvolvidas ao longo do semestre culminaram na implantao do Programa Vocal Cognitivo (PCV) - adaptado, no Ambulatrio de Fonoaudiologia. Os resultados preliminares apontaram perspectivas animadoras em relao proposta de atuao fonoaudiolgica. Na avaliao perceptivo-auditiva inicial, verificou-se qualidade vocal alterada, rouco-soprosa de grau moderado e G2R2B1A0S0I2 e o Tempo Mximo de Fonao (TMF) encontrou-se reduzido, indicando comprometimento do suporte respiratrio. Aps a terapia observou-se aumento no TMF (2 a 5 segundos) assim como resultado da relao S/Z dentro dos padres de normalidade. A paciente mencionou melhora na qualidade vocal, diminuio do cansao e instabilidade durante a fala. Nos resultados do RAVI observou-se que os impactos negativos na qualidade vocal reduziram significativamente com diferena importante na pontuao da escala. Tambm se observou melhora em todos os domnios do QVV, com destaque para o domnio scio-emocional, no qual se verificou reduo significativa do impacto na qualidade de vida. No se observou modificaes na escala GRBASI. Na Avaliao Acstica, com exceo da freqncia fundamental, todas as medidas encontraram-se alteradas. Aps o programa houve melhores resultados nas medidas acsticas, mas ainda sem alcanar os valores de normalidade. CONCLUSO: A adaptao do Programa Vocal Cognitivo, visando atender as demandas da instituio, evidenciou uma experincia positiva para a interveno fonoaudiolgica em pacientes com sinais de presbifonia e para o processo de aprendizado durante a Residncia Multiprofissional.

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    PE009 - O uso do biofeedback no Estgio em Motricidade Orofacial I: Relato de um caso.

    Aline Vargas Maia, Keiner Oliveira Moraes, Adriane Mesquita de Medeiros, Andra Rodrigues Motta, Renata Maria Moreira Moraes Furlan

    OBJETIVO: Relatar um caso clnico em que recursos de biofeedback foram empregados na mioterapia durante a disciplina Estgio em Motricidade Orofacial I. METODOLOGIA: Foi descrito o caso de uma paciente de 20 anos de idade, atendida por estudantes de Fonoaudiologia da UFMG no perodo de maro a junho de 2015, durante estgio curricular em motricidade orofacial. A avaliao miofuncional orofacial foi realizada por meio do Protocolo MBGR e com o uso do IOPI. Jogos computacionais desenvolvidos para o treinamento lingual foram usados no tratamento. RESULTADO: A avaliao evidenciou alteraes na lngua: incoordenao, diminuio de sensibilidade no pice, hipotonia grave e mais acentuada no pice e fadiga muscular. A quantificao da presso lingual foi realizada por meio do IOPI durante a elevao protruso e lateralizao, sendo obtidas trs medidas com intervalos de 30 s e considerado o maior valor. Verificou-se reduo nos valores obtidos em todas as direes medidas em comparao aos padres de normalidade. A presso das bochechas tambm foi avaliada com o instrumento para controle. Foram realizadas 12 sesses de terapia com frequncia semanal e buscando-se melhores resultados na terapia foram propostas estratgias de biofeedback. Em cada sesso a paciente jogava jogos computacionais acionados pela sua prpria lngua. Isso era possvel por meio de um instrumento encaixado na cavidade oral que funcionava como um joystick, sendo mtodo de entrada para jogos digitais especficos. Os jogos consistiam de alvos que apareciam em quatro regies da tela do computador (direita, esquerda, para cima e para baixo) e deviam ser alcanados quando a paciente realizava o movimento com lngua e o mantinha por alguns segundos. Nas primeiras cinco sesses para mover o joystick foi necessrio 0,5N de fora, na sexta e stima sesso, 1N de fora e, a partir da oitava sesso, 2N de fora. A durao da contrao muscular iniciava-se em 1s e era aumentada gradativamente at 5s para cada nvel de fora ao longo do tratamento. Os exerccios orientados para casa foram: presso de ponta de lngua contra esptula posicionada entre pr-molares superiores e inferiores, protruso e retrao exagerada de lngua. Aps oito sesses, em relao elevao de pice, houve uma melhora de 28,6%. J a elevao do dorso melhorou 7,1%. Quanto protruso, houve melhora de 123,5%. Nas medidas de lateralizao esquerda e direita, os valores aumentaram 53,8% e 7,4%, respectivamente. Aps doze sesses, percebeu-se melhora, em relao avaliao inicial, de 35,7%, 7,4%, 164%, 76,9% e 40,7%, para elevao de pice, de dorso, protruso, lateralizao esquerda e direita, respectivamente. Apesar do aumento, valores preconizados na literatura como normalidade para o sexo e idade no foram atingidos com 12 sesses. Houve melhora ntida no tempo de sustentao da contrao e a paciente conseguiu manter presso de pice no palato sem deformao, o que no era possvel antes. A presso das bochechas permaneceu constante ao longo das medies. CONCLUSO: Por meio de recursos inovadores que incluram biofeedback e jogos computacionais houve melhora na fora da lngua, perceptvel clinicamente e comprovada por meio da medio da presso por ela exercida.

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    REA TEMTICAFONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL

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    PE001 - Prevalncia do desvio fontico, fonolgico e fontico-fonolgico em crianas de Santa Maria (RS).

    Aurora dApolito (UFSM), Rosa Mazzone (UNIFG), Marieli Barichelo Gubiani (UFSM), Marizete Ilha Ceron (UFSM), Mrcia Keske Soares (UFSM)

    OBJETIVO: Verificar a prevalncia do desvio fontico, fonolgico e fontico-fonolgico por sexo, faixa etria e tipo de escola. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa transversal desenvolvida na Universidade Federal de Santa Maria. O estudo foi aprovado no Comit de tica em Pesquisa sob o protocolo 23081.005433/2011-65. Os pais assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e as crianas aceitaram a participar da atividade. A avaliao fonolgica foi realizada pelo INFONO por nomeao espontnea. Foram excludos participantes bilngues, crianas que apresentavam queixas ou suspeitas de perda auditiva, problema neurolgico e/ou psicolgico, dficits intelectuais, diagnstico de autismo, sndrome de Down, tratamento fonoaudiolgico anterior. Esses itens foram analisados considerando os questionrios respondidos pelos pai e professores; bem como, foram excludos os participantes que apresentavam alteraes como: suspeitas de dficits de linguagem e/ou vocabulrio, etc. Participaram do estudo 917 crianas monolngues do Portugus Brasileiro, divididas a partir de uma combinao quanto idade (3 a 8 anos), tipo de escola (n=414 provenientes de escolas pblicas e 503 de escolas privadas) e sexo (n=480 meninas e 437 meninos). 24% da amostra foi composta por crianas de 6 anos; 20,3% por crianas de 5 anos; 16,9% tinham 7 anos; 14,4% tinham 4 anos; 12,6% tinham 3 anos; 11,8% tinham 8 anos. RESULTADO: Aps anlise dos dados observa-se uma prevalncia alta (20,4%) de alteraes fonolgicas e/ou fonticas nas crianas avaliadas. Do total de crianas, 730 apresentaram desenvolvimento fonolgico normal e no apresentavam alteraes fonticas; O 14,4% da amostra apresentava desenvolvimento fonolgico atpico, isto , desvio fonolgico. A prevalncia foi maior nos meninos; nas faixas etrias 4, 5 e 6 anos; e, em crianas das escolas pblicas. O distrbio fontico (presente em 3,4% da amostra) foi mais frequente entre as crianas de 5 e 7 anos. A prevalncia no nvel fontico foi maior em meninas entre 5 e 6 anos e em vares de 6 e 7 anos; bem como levemente maior nas escolas particulares (no geral). Considerando por faixa etria e tipo de escola observa-se que este foi mais frequente nos alunos de escolas pblicas aos 5 anos e de escolas privadas de 7 anos. Somente o 2,6% da amostra apresentou desvio fontico-fonolgico, com maior frequncia nos meninos. Analisando os dados em relao faixa etria e sexo infere-se que tal dificuldade presenta-se sobretudo em meninas de 5 anos e meninos de 3, tanto de escolas pblicas como privadas. CONCLUSO: Os resultados mostraram uma alta prevalncia de alteraes na fala das crianas, principalmente desvio fonolgico, sendo este mais prevalente em meninos e em escolas pblicas. O desvio fontico ou fontico-fonolgico foi menos prevalente.

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    PFE002 - Fonoaudiologia Educacional na Performance Comunicativa de discentes do Ensino Superior: Relato de experincia de Workshop

    Aline C. de Almeida, Lorrany Correa Braga, Rebeca Muniz Eugenio, Wivianne Garcia Rosa, Marcia Emlia da Rocha Assis Eloi

    OBJETIVO: Aperfeioar a performance comunicativa de discentes do Ensino Superior. METODOLOGIA: Foi elaborado um roteiro de diagnstico institucional para avaliao de uma Universidade particular de Vila Velha, aps o diagnstico, foi realizada a construo do escopo da atuao em Fonoaudiologia Educacional no Ensino Superior com foco na Performance Comunicativa dos discentes. A pesquisa bibliogrfica para a construo do workshop baseou-se em livros, artigos e sites de agncias de comunicao. A construo foi realizada em conjunto por discentes do 4 perodo de Fonoaudiologia orientados por uma docente. O workshop foi realizado com discentes da rea da sade e contou com recursos de apresentao de slides, vdeos, dinmicas e protocolo de auto avaliao. Os assuntos abordados discorriam sobre a temtica performance comunicativa, linguagem verbal, linguagem no verbal, e empatia e em como utilizar esses recursos comunicativos na vida acadmica e no mercado de trabalho. RESULTADO: Participaram da interveno 15 discentes voluntrios da rea da sade, estes foram direcionados a sentarem em carteiras dispostas num formato de semicrculo favorecendo a interao do grupo para o desenvolvimento da primeira dinmica atravs de um jogo de duelo de discursos que teve por objetivo estabelecer um debate envolvendo dilemas ticos e morais, incitando boa desenvoltura lexical, sinttica, discursiva e prosdica. Tal dinmica f


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