AMÉRICA COLONIAL
XVI-XIX
COLONIZAÇÃO ESPANHOLA
Professor Hudson de Oliveira e
Silva.
A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA
1- Colonialismo no século XVI: liderança ibérica.
• Gêneros tropicais.
• Metais preciosos.
• Mercantilismo – Exclusivo Comercial.
• Liderança do Estado – Absolutismo.
• Levar a “fé aos infiéis”.
• América.
2- A Conquista.
• Realizada até a primeira metade do
século XVI.
• Realizada por particulares: via
Capitulações e depois Adelantados.
• Provocou o início do “Genocídio
Americano”.
3- A Administração Colonial.
3.1- Características:
• Centralização do poder.
• Montagem de uma grande máquina
administrativa.
• Fundação de muitas cidades.
• Importante participação da Igreja Católica:
forneceu a ideologia justificadora –
“Salvacionista” e “Civilizadora”.
3.2- Órgãos Administrativos Metropolitanos.
• Conselho Real das Índias (1509): responsável pela administração das colônias – Madri / Aragão.
• Casa de Contratação (1503): controlava o comércio colonial – Sevilha / Castela. Este regime de Porto Único foi transferido para Cádiz,em 1680. Em 1717 a Casa de Contratação, também, foi transferida para esta cidade.
3.3- Órgãos Administrativos Coloniais:
“Obedeço mas não cumpro”.
• Vice-Reinados: representavam o rei na
América.
– Vice-Reinado da Nova Espanha.
– Vice-Reinado de Nova Granada.
– Vice-Reinado do Peru.
– Vice- Reinado do Rio da Prata.
• Capitanias Gerais: subordinadas aos
Vice-Reinados. Locais onde o domínio
espanhol era frágil.
– Guatemala.
– Flórida.
– Cuba.
– Venezuela.
– Chile.
• Audiências: tribunais que, além das funções judiciárias, também tinham funções administrativas e fiscalizavam os Vice-Reinados.
• Cabildos (ayuntamientos): câmaras municipais formadas pelas elites locais, eram o menor órgão da administração colonial. O poder era local, único órgão administrativo ao qual os Criollos tinham acesso. Fonte de atritos com poder central.
4- Economia.
4.1- Atividade principal: mineração.
4.2- Atividades acessórias: agricultura e pecuária – observar que este quadro é alterado quando a mineração estagna.
4.3- Mão-de-obra principal: indígena.
4.4- Formas de exploração da mão-de-obra indígena:
• Mita (mineração): trabalho compulsório, temporário e remunerado.
• Encomienda (agricultura, Haciendas): trabalho compulsório e temporário.
Atrocidades cometidas contra indígenas, no México – relato de
Bartolomé de Las Casas
Minas de
prata de
Potosi
4.5- Mão de obra escrava negra africana:
utilizada no plantio de cana-de-açúcar nas
Antilhas (principalmente) – sistema de
Plantation.
4.6- Asiento (1517): direito concedido pelo
governo espanhol a comerciantes
portugueses para venderem, com
exclusividade, escravos africanos na
América espanhola.
Gravura inglesa representando a captura de negros na África, 1845.
4.7- Sistema de Comboio: a região das Antilhas estava cheia de bucaneiros, corsários e piratas de outras nações, que atacavam os galeões espanhóis carregados de ouro e prata. Desta forma, os navios só poderiam sair de determinados portos em determinados dias, com um determinado número de navios.
4.8- Sistema de Porto Único:
• Espanha: Sevilha, depois Cádiz.
• América: Vera Cruz (México), Porto Belo (Panamá), Havana (Cuba) e Cartagena (Colômbia).
5- Sociedade Colonial.
• Chapetones.
• Criollos.
• Mestiços.
• Indígenas.
• Escravos.
AMÉRICA COLONIAL
XVI-XIX
COLONIZAÇÃO INGLESA
Professor: Hudson de Oliveira e
Silva.
Navegações inglesas:
• Se concentraram no Atlântico Norte.
• Possibilitaram a exploração e a
ocupação da América do Norte,
permitiram o desenvolvimento da
pirataria marítima.
• A Inglaterra chegou a oficializar a
pirataria através da Carta de Corso.
Navegadores:
• 1497: Giovanni Caboto, atinge a
América do Norte, na região do
Canadá.
• 1577: Francis Drake, corsário inglês,
empreende a segunda
circunavegação.
• 1585: Walter Raleigh, fundou a
primeira colônia na América – Virgínia.
1 – A Fundação das Treze Colônias
Americanas
1.1- Em 1620, a bordo do navio
Mayflower, um grupo de puritanos
chegou ao Cabo Cod, no nordeste dos
atuais Estados Unidos, onde fundaram
a colônia de Massachusetts.
1.2- Os puritanos eram calvinistas
ingleses perseguidos pelo Estado
Absolutista e pela Igreja Anglicana.
1.3- Os franceses já tinham ocupado a
região dos Grandes lagos e o extenso
vale do Rio Mississipi, a oeste.
1.4- Os holandeses, no centro da costa
atlântica, haviam fundado Nova
Amsterdã.
1.5- Na região mais meridional da costa
atlântica, atual Flórida, estavam os
espanhóis.
1.6- “Para os colonos não havia volta;
eram indesejáveis na Inglaterra, eles
não tinham vindo ‘fazer a América’.
Seu sonho era criar uma pátria de
liberdade, para adorar livremente seu
Deus. A denominação Nova Inglaterra
foi expressão do seu desejo.
1.7- As companhias comercias inglesas
criaram, a leste e ao sul da Virgínia, as
colônias de Maryland, Carolina do Norte,
Carolina do Sul e Geórgia.
1.8- Os indesejáveis do Velho Mundo
vinham tornar-se gente no Novo Mundo
da liberdade.
1.9- As guerras religiosas da Inglaterra e as
conseqüentes perseguições aceleraram o
processo de ocupação da América
Inglesa.
1.10- Os pobres do Velho Mundo
também buscavam a nova terra
prometida.
1.11- A Inglaterra não fez qualquer
tentativa de controlar a entrada de
pessoas nas Treze Colônias. “América:
lugar de desempregados e
sentenciados”
1.12- Os colonizadores perceberam que,
para aumentar as suas riquezas, as
suas terras, tinham que trazer
trabalhadores.
1.13- Propaganda, oferta de terras e
facilidades para o translado – surgiam,
na América, os “Servos de Contrato”.
2- A Organização Política das
Treze Colônias
2.1- A Inglaterra quase não exerceu
papel algum na organização das
colônias – “Negligência Salutar”.
2.2- Companhias colonizadoras e
Concessionários podiam governar e
legislar.
2.3- As Treze Colônias Inglesas
virtualmente se autogovernavam em
seus assuntos internos.
2.4- As Treze Colônias eram
independentes entre si. Cada uma
tinha um governador inglês,
representante do rei, e uma
assembléia eleita pelos proprietários.
2.5- A assembléia dos proprietários
votava os impostos e faziam leis, que
podiam ser vetadas pelo rei inglês.
3- A Economia Colonial
3.1- A mão de obra:
• Servidão branca – predominou nas
colônias do centro e do norte.
• Com o desenvolvimento das grandes
plantações nas colônias do sul, o
suprimento de servos brancos tornou-
se insuficiente.
• Nas Antilhas, na Flórida e na Luisiana,
franceses e espanhóis já utilizavam a
escravidão negra nas grandes
plantações.
• A oferta de negros era grande, sua
escravização durava toda a vida, sua
condição de escravo passava para
seus descendentes e, como pagão,
tinha sua servidão sancionada pelas
Igrejas Católica e Protestante.
3.2- Os dois tipos de colônia:
• Norte e Centro: Colônias de
Povoamento.
– Colonização feita por pessoas que fugiam
da metrópole em busca de um lar.
– Localizadas em zonas temperadas.
– Pequena propriedade e policultura.
– Trabalho livre e servo de contrato.
– Produção para o mercado interno.
– Desenvolvimento de manufaturas.
– Livre-comércio.
• Sul: Colônias de Exploração:
– Colonização baseada no Mercantilismo.
– Localizadas em zonas tropicais.
– Latifúndio e monocultura.
– Trabalho compulsório – escravo.
– Produção para exportação.
– Ausência de manufaturas.
– Submetidos ao “Pacto Colonial”.
4- A sociedade Colonial
• Brancos: grande mobilidade social.
• Índios: “massacrados”.
• Negros: “gado humano” – mercadorias
e pessoas.
5- A Cultura Colonial
• Liberdade religiosa. Predomínio do
Calvinismo: racionalismo, racismo,
utilitarismo, ética de valorização do
trabalho, expansionismo, moralismo,
progresso econômico e tecnológico.
• Pensamento político: racionalista,
pragmático, junção da razão e da
experiência, realista e esperançoso,
científico e humanista, respeitoso mas
secular.
• Influência africana: spirituals e work
songs – influência para blues, jazz e
rock.
6- A Colonização Inglesa no Caribe
No dizer de Eduardo Galeano:
“Uma pequena ilha do Caribe
era mais importante para a Inglaterra,
do ponto de vista econômico, do que
as treze colônias-matrizes dos Estados
Unidos” (As veias abertas da América
Latina)
Fontes:
CACERES, Florival. História da América. 2. ed. Atual. E ampl. São Paulo: Moderna, 1992.
COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo. São Paulo: Saraiva, 1994.
DEYON, Pierre. O Mercantilismo. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.
História Viva Grandes Temas, n. 4. São Paulo, Duetto, ago. 2006.
THEODORO, Janice. Pensadores, exploradores e mercadores. São Paulo: Scipione, 1994.