Transcript
  • Curso de Engenharia Civil

    Alinhamento do Cais de Outeirinhos

    Portos e Hidrovias

    Alunos: Oberdan Nunes, Guilherme Weymar, Ezequiel Goia

    Luis Felipe Betemps e Ederson Weber

    Pelotas 2014

  • BREVE HISTRICO PORTURIO DO BRASIL

    Com a vinda da famlia real portuguesa para o Brasil, em janeiro de 1808, foi decretada

    a abertura dos portos s naes amigas por D. Joo VI. Essa abertura visava insero

    do Brasil no sistema econmico liberal internacional, com a facilitao do comrcio

    internacional e do trfego de escravos da frica. At o final desse sculo, no entanto,

    no existiam cais para atracao direta; isso significava que os navios tinham que

    ancorar ao largo e deles saam barcos de tamanho menor que ancoravam nos pequenos

    cais existentes.Ao longo do perodo subsequente, incontveis iniciativas foram feitas

    com o intuito de melhorar a infraestrutura porturia do pas. Em 1850, comeou-se a

    realizar estudos para a melhoria dos mesmos, fato evidenciado pela organizao das

    primeiras linhas 3 regulares de navegao entre Brasil e Europa. O governo do Imprio,

    por sua vez, buscava estimular a iniciativa privada, de forma a atrair investimentos para

    o setor.Em 1869, o governo imperial formulou a primeira lei de concesso explorao

    deportos pela iniciativa privada. Muitas outras concesses desejadas pelo governo

    nessapoca, no entanto, no lograram xito, devido falta de conhecimento tcnico e

    dedados satisfatrios.

    Com o insucesso das concesses mencionadas acima e de polticas nesse sentido que

    haviam sido tentadas no Rio de Janeiro, o governo resolveu investir mais fortemente na

    atrao da iniciativa privada para obras porturias, ainda que elas fossem estrangeiras.

    Dessa forma, em 1888 dava-se incio s operaes do primeiro porto organizado, com a

    concesso a uma empresa privada para a construo e administrao do Porto de Santos.

    Foram construdos 260 metros de cais, e esse foi o primeiro cais brasileiro a permitir a

    atrao de navios transocenicos.

    A concesso previa, inicialmente, a explorao do porto por 39 anos, mas em 1895,

    ocais j tinha mais de 2.300 metros construdos, e o crescente volume de negcios e

    transaes comerciais com o exterior era de tal grandeza, que o prazo previamente

    estipulado foi aumentado para 90 anos. Uma vez que o retorno do investimento

    realizado, na poca em questo, se realizava lentamente, tal medida visava viabilidade

    do retorno dos recursos investidos.

    luz desses acontecimentos, os Portos passam a ser considerados instituies

    extremamente importantes para o desenvolvimento econmico nacional. Prova disso

    foi a organizao em 1919, da primeira empresa nacional especializada em construes

    porturias e em fundaes a ar comprimido, a Companhia Nacional de Construes

    Civis e Hidrulicas, responsvel pelos estaleiros em Niteri e pela companhia Costeira

    de Navegao. Essa empresa foi responsvel por projetos importantes, como o

    prolongamento do cais do Porto do Rio de Janeiro. O reconhecimento da importncia

    dos portos na expanso econmica do pas, tendo a satisfatria privatizao do porto de

    Santos como um de seus marcos, carecia, no entanto, da formulao de uma poltica de

    desenvolvimento nacional mais contingente.

  • Isso ficou evidente pela falta de uma poltica de investimentos mais contnua, que

    atendesse interesses nacionais de desenvolvimento em detrimento da vontade de

    enriquecimento pessoal por parte dos proprietrios. O pas encontrava-se, assim,

    debilitado no que tange atividades porturias permanentes.

    A partir de 1930, no entanto, houve uma mudana no carter das polticas relativas ao

    setor, que comearam a no ser mais pensadas como atividades privadas de cunho

    pontual para o desenvolvimento. A confirmao desse novo vis podia ser demonstrada

    com a obteno pelo Estado de So Paulo, em 1934, da concesso federal para a

    construo do porto de So Sebastio.

    Observou-se nessa obra, pela primeira vez no pas, a instituio de assistncia

    tecnolgica direta, atravs do Instituto de Pesquisas Tecnolgicas (IPT). A Tecnologia

    empregada nesse porto era avanada para a poca, e a Legislao favorvel propiciou

    ainda que outros projetos se beneficiassem de uma expanso estrutural.

    Alm disso, outras assistncias foram solicitadas no perodo em questo, o que

    possibilitou um considervel desenvolvimento da geotecnia nacional, principalmente

    em relao fundaes sobre terrenos moles e conhecimentos das propriedades

    mecnicas das argilas moles das baixadas litorneas.

    A Partir de 1975 houve uma generalizao da utilizao dos contineres nos portos

    nacionais e uma conseqente expanso dos portos. Aliado ao aumento dos portos dos

    navios, era cada vez mais necessria a existncia de portos maiores e de melhores

    condies de operao. Essa iminente necessidade, concomitante cada vez maior

    presena do Estado na Economia, fizeram com que, nesse mesmo ano, fosse criada a 5

    Empresa de Portos do Brasil S/A PORTOBRAS, uma holding que representava o

    interesse do governo em centralizar atividades porturias.

    A supracitada presena cada vez maior do Estado na Economia acabava influenciando

    at mesmo as relaes entre trabalhadores e empresrios, que estavam sob controle total

    do Estado, o que dificultava o processo de modernizao das atividades porturias de

    forma mais completa. A legislao existente, por sua vez, ainda que progressos

    houvessem sido feitos, ainda deixava clara a inexistncia de um ambiente propiciador

    do desenvolvimento dos portos.

    A situao descrita acima era refletida no controle, pelo Conselho Superior do Trabalho

    Martimo, de todos os atos normativos para operao, inclusive das taxas porturias,

    fato responsvel pelos custos elevados nas operaes de carga e descarga, obrigando os

    contratantes de servios a incorrer em muitos custos com mo de obra.

    A partir de ento, os portos brasileiros passaram por um momento de grande

    ineficincia. A Portobrs era responsvel pela explorao dos portos atravs de suas

  • subsidirias, as chamadas Companhias Docas, alm de ser responsvel pela fiscalizao

    das concesses estaduais e pelos terminais privativos de empresas estatais e privadas,

    contribuindo para a elevao da burocracia nos portos.

    O processo de crise institucional pelo qual passava os portos brasileiros assistiu em

    1990, dissoluo da Portobrs, por meio da Lei n 8029/90, resultando em um

    desastroso vazio institucional; e culminou com a aprovao da Lei 8.630, de 25 de

    fevereiro de 1993, conhecida como Lei de Modernizao dos Portos Esta fase foi a

    mais difcil para o sistema porturio, a qual estabelecia uma regulamentao mais

    privatista nos portos, e criando novos organismos institucionais.

    ATUAL CENRIO DOS PORTOS BRASILEIROS

    O governo brasileiro vem dando cada vez mais importncia ao setor porturio nacional.

    Este setor movimenta anualmente mais de 700 milhes de toneladas das mais diversas

    mercadorias, chegando a representar aproximadamente 90% de todo o comercio exterior

    brasileiro.

    O Ministrio dos Transportes responsvel pela formulao de polticas referentes

    todos os tipos de transporte em mbito nacional. Para o transporte aquavirio, a Agncia

    Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ) e a Secretaria Especial de Portos (SEP)

    so os responsveis diretos pela gesto do setor porturio.

    A ANTAQ, instituda pela Lei no 10.233/2001, tem como finalidade programar, em sua

    esfera de atuao, as polticas formuladas pelo Ministrio dos Transportes e pelo

    Conselho Nacional de Integrao de Polticasde Transporte (CONIT), segundo os

    princpios e as diretrizes estabelecidos na sua lei de criao. Deve tambm regular,

    supervisionar e fiscalizar as atividadesde prestao de servios de transporte aquavirio

    e de explorao da infraestrutura porturia e aquaviria, exercida por terceiros, com

    vista agarantir a movimentao de pessoas e bens, em cumprimento a padres

    deeficincia, segurana, conforto, regularidade, pontualidade e modicidade nos fretes e

    nas tarifas; harmonizar os interesses dos usurios com os das empresas concessionrias,

    permissionrias, autorizadas e arrendatrias, e de entidades delegadas, preservando o

    interesse pblico; e arbitrar conflitos de interesse e impedir situaes que configurem

    competio imperfeita ou infrao contra a ordem econmica (IPEA, 2010).

    Criada por medida provisria e referendada pela Lei no 11.518/2007,a SEP uma

  • instituio vinculada Presidncia da Repblica. Tem como atribuies e competncias

    a formulao de polticas e diretrizes para o fomento do setor, alm da execuo de

    medidas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da 7 infraestrutura

    porturia, com investimentos oramentrios e do Programa de Acelerao do

    Crescimento (PAC). Compete ainda SEP a participao no planejamento estratgico e

    a aprovao dos planos de outorgas, tudo isso visando garantir segurana e eficincia ao

    transporte aquavirio de cargas e de passageiros no pas.(IPEA, 2010).

    O setor porturio brasileiro sofreu recentemente uma significativa mudana com o

    advento da lei 12.815 de 5 de junho de 2013.Essa lei dispe sobre a explorao direta

    e indireta pela unio de portos e instalaes porturias e sobre as atividades

    desempenhadas pelos operadores porturios, tambm altera as leis 5.025 de 10 de junho

    de 1966, 10.233 de 5 de junho de 2001,10.683 de 28 de maio de 2003,9.719 de 27 de

    novembro de 1998,8.213 de 24 de julho de 1991; e revoga as leis 8.630 de 25 de

    fevereiro de 1993, 11.610 de 12 de dezembro de 2007, e dispositivos das leis 11.314 de

    3 de julho de 2006, 11.518 de 5 de setembro de 2007.

    Assim, a nova estrutura do sistema porturio brasileiro, no que diz respeito

    administrao, instituiu os seguintes atores:

    Operador Porturio: pessoa jurdica pr-qualificada para exercer as atividades de

    movimentao de passageiros ou movimentao e armazenagem de mercadorias,

    destinadas ou provenientes de transporte aquavirio, dentro da rea do porto organizado.

    Autoridade Porturia: administra o porto organizado, gera seu patrimnio econtrola as

    demais entidades pblicas e privadas atuantes no porto.

    Conselho da Autoridade Porturia: um rgo consultivo composto por:

    cinqenta por cento de representantes do poder pblico,vinte e cinco por cento de

    representantes da classe empresarial e vinte e cinco por cento de representantes da

    classe trabalhadora.8

    rgo de gesto de mo de obra do trabalho porturio: um rgo que tem a funo de

    administrar o fornecimento da mo de obra do trabalhador porturio e do trabalhador

    porturio avulso;manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador porturio e o

    registro do trabalhador porturio avulso;treinar ehabilitar profissionalmente o

    trabalhador porturio, inscrevendo-o no cadastro;selecionar e registrar o trabalhador

    porturio avulso; estabelecer o nmero de vagas, a forma e a periodicidade para acesso

    ao registro do trabalhador porturio avulso; expedir os documentos de identificao do

  • trabalhador porturio; arrecadar e repassar aos beneficirios os valores devidos pelos

    operadores porturios relativos remunerao do trabalhador porturio avulso e aos

    correspondentes encargos fiscais, sociais e previdencirios.

    rgo de gesto de mo de obra do trabalho porturio avulso: um rgo que tem a

    funo de aplicar normas disciplinares previstas em lei, contrato, conveno ou acordo

    coletivo de trabalho e promover a formao profissional do trabalhador porturio e do

    trabalhador porturio avulso, adequando-a aos modernos processos de movimentao de

    carga e de operao de aparelhos e equipamentos porturios; a criao de programas de

    realocao e de cancelamento do registro, sem nus para o trabalhador; arrecadar e

    repassar aos beneficirios contribuies destinadas a incentivar o cancelamento do

    registro e a aposentadoria voluntria; arrecadar as contribuies destinadas ao custeio

    do rgo; zelar pelas normas de sade, higiene e segurana no trabalho porturio avulso;

    submeter administrao do porto propostas para aprimoramento da operao porturia

    e valorizao econmica do porto.

    Existem tambm as Companhias Docas, empresas pblicas estaduais que, mediante

    delegao por parte do Ministrio dos Transportes, assumem o papel de autoridade

    porturia nos portos sob sua jurisdio.

    Ao todo, so sete Companhias Docas, que administram diversos os seguintes portos:

    Companhia docas do Par(CDP)- Portos de Belm, Santarm e Vila do Conde.

    Companhia Docas do Cear (CDC)- Porto de Fortaleza.

    Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern)- Portos de Natal e

    Macei, alm do Terminal Salineiro de Areia Branca.

    Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba)- Portos de Salvador, Ilhus e Aratu.

    Companhia Docas do Esprito Santo (Codesa)- Portos de Vitria e Barra do

    Riacho.

    Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ)- Portos do Rio de Janeiro, Niteri,

    Angra dos Reis e Itagua.

    Companhia Docas do Estado de So Paulo (Codesp)- Porto de Santos.

  • CAIS: DEFINIO E CARACTERSTICAS

    Nesse captulo sero apresentadas as classificaes de um cais, bem como a sua

    definio.

    DEFINIO

    Os cais so estruturas contnuas, contguas ao litoral e a ele paralelas. So

    frequentemente encontrados formando uma sequncia de beros de atracao, podendo

    ou no ser utilizados para o mesmo tipo de carga. (GOES FILHO, 2008).

    CARACTERSTICAS

    Um cais uma estrutura acostvel, em geral, constitudo por um conjunto de vigas

    transversais, longitudinais, onde a mais importante a viga de paramento, viga essa

    que comporta as defensas, que recebem os esforos de impacto dos navios, quando os

    mesmos esto atracados. A estrutura do cais tambm composta de laje e estacas, que

    podem ser cravadas em terra ou em mar.

    TIPOS DE CAIS

    Uma estrutura acostvel pode ser classificada de acordo com diversos pontos de vistas.

    Podemos classific-las sob o ponto de vista da sua localizao, das condies de abrigo,

    da funo do cais, do sistema de carga e descarga dos navios e o tipo estrutural.

    LOCALIZAO

    De acordo com a localizao, um cais pode ser classificado como martimo, fluvial ou

    lacustre.

    CONDIES DE ABRIGOS

    Em relao s condies de abrigos, podemos definir como cais protegidos por abrigos

    naturais, ou protegidos por abrigos artificiais. No primeiro caso, so considerados cais

    protegidos por abrigos naturais, aqueles que esto localizados em baias ou em enseadas

    naturais. J no segundo caso, so aqueles que foram protegidos por obras de defesas e

    tranquilizao, como por exemplo,molhes e quebra mares.

  • FUNO DO CAIS

    Esse ponto de vista sem duvida o mais importante, porque atravs dele definimos

    para que o cais servir, quais so as cargas que ele receber e quais sos os tipos de

    navios que iro atracar nele.

    Os principais tipos de cais so para carga geral, terminais de granis slidos e lquidos,

    que podem ser classificados como terminais petroleiros, mineraleiros, fertilizantes e

    para cereais.

    SISTEMA DE CARGA E DESCARGA DOS NAVIOS

    O sistema de carga e descarga, tambm um importante ponto de vista para classificar

    um cais, pois atravs dele que identificamos o tamanho da rea a ser construda do

    cais.

    Os terminais de cargas e descargas podem ser, entre outros, do tipo roll-on roll-off oude

    contineres. Nos primeiros, o acesso das cargas aos navios direta, atravs de rampas

    de ligao com o cais. J no segundo caso, as cargas so transportadas embcontainers de

    modo a facilitar a armazenagem e transferncia, alm do transporte e distribuio.

    PORTO DE SANTOS

    O Porto de Santos um instrumento fundamental do comrcio exterior brasileiro e o

    maior porto de passageiros do pais:

    - 25% da balana comercial brasileiro em valor das cargas operada so movimentadas

    pelo complexo santista-maior porto do mundo em operao de acar, suco de laranja e

    caf, e o maior do Brasil em contineres e automveis;

    -A rea de influncia (hinterlndia) do porto concentra 55% da produo brasileira de

    riqueza (PIB);

    -Mais de 50% dos turistas do Brasil que fazem uma viajem de cruzeiro embarcam em

    Santos.

    Todas as pessoas e empresas que utilizam o Porto de Santos para comrcio esxterior e,

    mais recentemente, para lazer em navios de cruzeiro, fazem o complexo santista crescer

    continuamente em nmero de passageiros e movimentao de carga ano a ano.

  • Para responder com eficcia a estas demandas da Soc. Brasileira, a Companhia Docas

    do Estado de So Paulo (CODESP), Autoridade Porturia de Santos, preparou o projeto

    de construo e adequao para alinhamento do cais de Outeirinhos.

    A obra um investimento do Programa de Acelerao do Crescimento (PAC) do

    Governo Federal.

    O NOVO CAIS E A COPA DE 2014

    O Cais de Outeirinhos foi construdo h quase um sculo, como parte deste grande

    empreendimento que o Porto de Santos. Hoje, a CODESP constri um cais totalmente

    novo e retilneo em gente ao atual, com tecnologias contemporneas e ambientadas

    corretas. O novo cais possibilitar que navios de cruzeiros, atracados ao porto de

    Santos, sejam usados como hotis flutuantes durante a Copa de 2014. No entanto, os

    benefcios do alinhamento do Cais de Outeirinhos suplantam o momento do evento

    esportivo. A nova infraestrutura trar mais conforto e agilidade para o turista que

    embarca e desembarca por aqui. Alm disso, possibilitar, em um contexto econmico

    favorvel, a consolidao de Santos como um dos maiores portos de passageiros do

    mundo.

    As operaes porturias de carga do local e da marinha do Brasil tambm seram

    beneficiadas. Com o cais finalizado, haver beros para atracao com profundidades

    compatveis com os padres internacionais de produtividade porturia.

    Sero meses de trabalho intenso, com ateno e controle constantes, por parte da

    Autoridade Porturia, sobre as atividades na construo e suas interferncias na

    comunidade e no meio de ambiente porturio.

    O CONTEXTO ATUAL DA REA DO CAIS DE OUTEIRINHOS

    1- At 3 navio de cruzeiro podem atracar sequencialmente, a partir do terminal de

    passageiros. Quando mais embarcaes atracam, algumas tm que ficar at 1,5

    Km distantes do terminal;

    2- Com a distncia, h grande deslocamento de veculos de transporte de

    passageiros, bagagens, suprimentos e taxis;

    3- Os deslocamentos geram desconforto para os passageiros e impacto nas

    operaes porturias;

    4- Os beros de atracao do terminal de passageiros, defronte as instalaes da

    Marinha do Brasil e dos terminais da regio, so pouco profundos para atingirem

    nveis internacionais de produtividade nas operaes porturias.

  • Hoje, as profundidades mnimas dos beros da regio so de 7,5 m, em frente ao

    Terminal de Passgeiros, e 4,5 m nas instalaes da capitania dos Portos do

    Brasil.

    A OBRA BENEFICIAR PASSAGEIROS E OPERAES DE

    CARGA

    - Com a finalizao dos servioes, ser possvel o numero de navios atracados

    na rea isso significa at 6 navios atracados sequencialmente em frente ao

    Terminal da Passageiros;

    - A obra prepara o Porto de Santos para receber navios que serviro como hotis

    flutuantes durante a Copa do Mundo de 2014, possibilitando 15.400 leitos em

    embarcaes durante o evento;

    - O novo cais trar mais agilidade e conforto para os turistas que utilizam os

    servioes do terminal de passageiros Giusfredo Santini.

    O nmero de de passageiros que escolhem o Porto de Santos para embarque

    subiu consistentemente nos ltimos anos.Houve um acrescimento de 45% no

    numero de passageiros que embarcam, desembarcam ou transitaram em Santos

    na temporada de 2008/2009 ( 769 mil pessoas);

    - Ser possvel oferer novos beros de atracao com 15 m de profundidade,

    compartibilizando a profundidade dos beros com a do canal de navegao

    aprofundade pela dragagem.

    A OBRA

    Sero 2 fases de execuo, sem pausas entre elas. Cada fase dividida em

    segmentos para a gesto mais eficiente dos trabalhos.

    O projeto do cais considerou, dentro de modelagem matemtica:

    - o tipo de solo ( rocha ou sedimento) onde sero cravadas as estacas

    - a estrutura do cais atual

    - a profundidade mxima dos futuros beros de atracao (15 metros)

    - diversos tipos de operao porturia no futuro cais

  • O novo cais ser construdo sobre estacas com 80 a 100 cm de dimetro. A escolha

    pelo estaqueamento beneficiara o meio ambiente em comparao com a tcnica de

    aterro, os impactos eventuais no estuaria e no solo so minimizados.

    FASE 1

    Segmentos: 1, 2, 3 e 4

    Extenso: 780 m

    Tempo de execuo esperado: 16 meses

    O obra ser iniciada pelos segmentos 1, 2 ( Marinha do Brasil) e 3. Enquanto o quarto

    segmento estiver em construo, a operao dos terminais Citrovita e T- Gro ocorrer

    nos segmentos 2 e em parte do 3.

    FASE 2

    Segmentos: 5,6 e 7

    Extenso: 540 m

    Tempo de execuo esperado: 10 meses

    Enquanto duram os trabalhos, a operao dos terminais T-Gro Citrovita e Terminal

    de Passageiros ocorrero nos segmentos concludos na fase1.

  • COMO SERO CRAVADAS AS ESTACAS

    TRECHOS 1 E 2

    Neste trecho, as estacas so cravadas no solo do estrio. Por isso, tero comprimento

    muito maior ( at 40 m ) que nos segmentos com perfurao em rocha.

  • TRECHOS 3 A 7

    Neste trecho o leito rochoso mais raso, havendo a necessidade de perfurao em

    rocha. As camisas sero apoiadas no topo da rocha, que ser perfurada em seguida. O

    cais construdo ser conectado atravs de viga de ligao at o bloco de estaca-raiz,

    inseridos no solo de cais antigo. Os bloco absorvem parte do esforo causado pela

    operao porturia do local.

  • Alguns trechos do cais recebero estacas-prancha, aliadas tcnica de jet grouting,

    como barreira de conteno do solo estuarino .A barreira permitira que o bero de

    atracao seja dragado a cota 15m.

    Com comprimento mdio de 8,5m, as estacas-prancha sero apoiadas no leito

    rochoso e combinadas com o jet grouting formam o sistema de conteno para a

    futura dragagem de aprofundamento dos beres. O nome jet grouting descreve a

    tcnica de injetar, alta presso, argamassa de alta resistncia(grout) no solo. Na

    obra, a tcnica moldara colunas consecutivas atrs das estacas-prancha, reforando a

    conteno do solo.

    ETAPAS DO ESTAQUEAMENTO

    1) Camisas metlicas perdidas serviro de frma para as estacas de

    concreto.Elas so tubos de ao cravados na profundidade em que ficar a

    estaca. So denominadas perdidas porque, aps recebem concreto, ficam

    no local.

  • 2) No trecho de solo, o sistema de Air lift expulsa o sedimento do interior da

    camisa, preparando-a para a concretagem. No leito rochoso , o Air Lift limpa

    a camisa para a perfuratriz, que perfura a rocha e coleta seus fragmentos.

    3) Aps colocao da armao, o concreto lanado na parte mais profunda da

    camisa, preenchendo-a de baixo para cima.Isso evita a mistura de concreto

    est completa depois da etapa.

  • 4) A laje do cais formada por pr-moldados que, aps lanados sobre as

    estacas, so concretados no local. Uma camada de asfalto finaliza os

    trabalhos de construo e alinhamento do cais de Outeirinhos.

  • Concluso

    Concluimos com o presente trabalho, que obras desse porte deve-se ter um grande

    cuidado do projetista para que consiga atender todas a exigncia necessrias sem

    prejudicar o meio ambiente. As obras tambm tm o objetivo de melhorar o

    atendimento na operao de cargas, principalmente para carga geral e carga de projeto,

    alm de melhores acomodaes para os navios da marinha. Os 1320 metros de cais

    demandaro cravao de 682 estacas. O alinhamento do porto em Outeirinhos a quinta

    de seis obras da Secretaria dos Portos que visaram melhoria dos portos do pas para a

    Copa do Mundo de 2014.

  • REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

    http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10007683.pdf

    pac-copa-folheto-tecnico.pdf

    http://www.novomilenio.inf.br/santos/bairro46.htm

    http://www.constran.com.br/contratodetalhes.php?idcontrato=97

  • ARQUIVO FOTOGRAFICO


Top Related