Download - ALFREDO COLENCI JR
APOSTILA C656e
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA AREA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ESTRUTURA DE CUSTOS APLICADA AO PROCESSO DE PRODUÇÃO
ALFREDO COLENCI JR.
SÃO CARLOS, 1989 PUBLICAÇÃO 003192
REIMPRESSÃO
Í n d i c e ----------------
Capitulo 1- A atividade empresarial ...................... l
l. 1 - Introdução . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
c.2- A organização e o controle econÔmico
1.3 - ImplicaçÕes econÔmicas na tecnologia
3
">
6 1.4- A natureza do trabalho
Capitulo 2- A estrutura de custos ........................ 8
2.1 Intro.dução ..................................... . 8
2.2- A contabilidade de custos ....................... 10
2.4
2.5
Conceito econÔmico-contábil do custo de produção.
Conceituação ..•....•.................•..........
2.5.1 Custo de produção .............•••.......
11
13
13
2.5.2- Custo de distribuição................... 14
2.5.3- Custo de administração .................. 14
2.5.4 Custo de venda ......................... . I 5
2.6 - Custos fixos e custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.7 Ponto de equilÍbrio ............................ .
2.8 - Centros de custo
15
16
2.9- Nomenclatura dos custos ....................•.... 17
2.10- Siste·mas de custos • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.10.1
2.10.2
Classificação 19
Contabilidade de custos por ordem de pr~
dução • . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.10.3 - O documento de controle por ordem de pr~
dução . . . . . . . . . . . . . . • • . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1
2.10.4- Registro de dados ...................... 24
2.11- Métod-os de cu.steio . . . . • . . . . . • . . . . . . . • . . . . . • . . . . . 26
Cap:l t:ulo 3 - Referências tecnolÓgicas para alocação dos in-
sumos relativos ao custo de produção ......... 30
3 .l - Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . 30
3.1.1- Custo do material direto................ 30
3.1.2- Custo das operaçoes .........••....•..... 32
3.1.2.1 - Tempo de ocupação do equipamen-
to 32
. i .
3.1.2.2 - Determinaçio do custo hora do
equipamento ou do centro de cus
to . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.1.2.2.1 - Determinaçio do cu~
to de mio-de-obra
direta
3.1. 2. 2. 2 - determinaçio dos cu~
tos indiretos de fa
36
bricaçio .......... 38
3.2 - Aplicaçio dos critérios apresentados para cálculo
do custo hora-máquina de uma prensa ............. 42
3.3 - Cálculo do custo de operaçao para forjamento a
frio de uma peça, na prensa (do item 3.2) 45
3.4- Casos de aplicaçio geral ........................ 48
Referências bibliográficas................................ 51
. i i.
CAPÍTULO 1
1 - A ATIVIDADE EMPRESARIAL
l.l. - Introdução
As açÕes empresariais decorrem de um referencial estabele
cido. As empresas vivem dentro de um contexto bastante complexo ca
racterizado por mudanças(l) e por uma multiplicidade de forças de na
turezas diversas e seu funcionamento tem um caráter eminentemente re
lativista e circunstancial( 2 ).
A administração industrial está sujeita a:
variaveis endÓgenas? de natureza interna à empress, tais como: es
trutura e comportamento organizacional, as tarefas, as pessoas, a
tecnologia utilizada, ~s objetivos empresariais, etc.;
vari,áveis exÓgena-s, de na-tureza externa à empresa, tais como: a so
ciedade onde está inserida, as demais organizações e empresas das
quais dependem para funcionar, como os clientes e consumidores, os
fornecedores, os concorrentes, as organizaç~es reguladoras que lhes
impÕe uma série de restriçÕes e obstáculos.
A partir do ambiente externo surgem as oportunidades e van
tagens que a empresa precisa aproveitar; as ameaças e coaçoes, que
precisa enfrentar e neutralizar; as contingências nem sea~pre previs~
veis, mas que devem ser atendidas. f no ambiente externo que a empr!
sa busca seus recursos materiais, financeiros, humanos .e mercadol6g!
cos; e, coloca os bens e serviços produzidos. É, igualmente, no am-
biente externo que a empresa identifica as novas necessidades a se-
rem atendidas pela tecnologia adquirida ou desenvolvida internamente.
Dessa forma, o emp-resário precisa considerar os fatores am
bientais como ponto de referência importante para avaliar as forças
e pressÕes externas que agem sobre as empresas, influenciando de ma-
neira marcante sua estrutura e funcionamento. Igualmente, e preciso
considerar a tecnologia ou as tecnologias utilizadas, ja que a estrC~
tura e o comportamento das empresas constituem, de certo modo, a ma
neira pela qual as empresas se organizam e se comportam para aplicar
suas t:ecnologia no processamento de seus recursos e na obtenção dos
resultados~ tal como concei tua o "impera ti v o tecnolÓgico·" da autora ( 3)
Woodward : a estrutura e o comportamento organizacional das empre-
sas sio determinados pela tecnologia utilizada, para com ela real i-
zar suas operaçoes.
.l.
As tecnologias repr~sentam o ponto mais intimo das empre-
sas, onde pulsam suas operaç.Ões e por meio das quais se produzem os
resultados tangÍveis em termos de produção de bens ou de serviços e
intangÍveis, em termos de confiabilidade e de qualidade.
Por outro lado, sobre a empresa age o espectro da estraté
gia empresarial - as opçÕes e as escolhas de que a empresa s.e serve
para atingir seus objetivos. Como os objetivos da empresa se situam
geralmente fora dela, ou seja, no ambiente ou em mercados especifi-
cos, a estratégia deve, em primeiro lugar, partir de uma análise am
biental, capaz de discernir as forças ambientais positivas (cportun_:!.
dades, mercado de recursos e mercado de consumidores) e as forças
ambientais negativas (restriçÕes quanto a recursos, concorrencia,co~
çÕes e ameaças externas) com a qual a empresa deverá
Em segundo lugar, a estratégia deve considerar ao lado
defrontar-se.
dos fatores
externos, as forças e as limitaçÕes internas da empresa. Em outros
termos, a empresa precisa analisar os seus pontos fortes e fracos,p~
r a melhor aproveitar aqueles e para fortalecer ou corrigir estes. A
opção estra.tégica da e111presa sempre está voltada para aproveitar as
forças ambientais pcsitiv:as e as forças internas positivas de
empresa dispÕe, principalmente as tecnologias que aprendeu a
que a
domi-
nar. A e.stratégia é o p·onto atravé.s do qual a empresa pretende ligar
sua tecn·ologia com o ambiente que a rodeia. Em outros termos, a es
trat.égia c·onsti tui a maneira pe.la qual a empre"Sa pretende atingir o!?_
jetivos, atuando no ambiente através de tecnol·ogias que lhe permitam
realizar suas operaçoes e produzir bens ou serviços.
Ambiente (Variável Exógena)
Empresa
el EndÕgena)
Figura 1 - O contexto em que a empresa opera: externamente: o ambiente; internamente: a tecnologia;ref.(2) .
• 2.
1.2 - A organizaçao e o controle economico
A administraçi6 industrial consiste basicamente em uma ati
vidade de produção de bens e de serviços. No presente caso, o produ
to obtido a partir da tecnologia de forjamento a frio e classificado
como um bem de consumo intermediário, podendo, ainda, a empresa es
tender sua ação na prestação de serviços tecnolÓgicos a terceiros na
forma de elaboração de projetos de produto e estudo de sua aplica-
ção, assistincda laboratorial, projeto e execução do ferramental e
dispositivos de controle, preparação de matéria-prima (tratamento su
perficial e tratamento térmico) e mesmo, o fornecimento de
mas forjadas.
pré-for-
O objetivo da atividade econÔmica, dentro do sistema capi-
talista e a obtenção do lucro, maximizado pela eficiincia do traba-
apoiado pelo talento lho e dos métodos de administração econÔmica e
empresarial e pela capacidade tecno1Ógica( 4 ). Tal eficiincia se con-
segue através das tris funçÕes básicas de administração:
definição dos objetivos e planejamento;
organização;
controle econÔmico.
Definir e planejar formam um binÔmio indispensável e prece-
dente de qualquer atitude ou ação administrativa, respondendo as
suas proposiçÕes fundamentais: o que fazer, como, onde, quando e qua~
to fazer; considerando-se os recursos disponiveis para se atender as
necessidades demandadas. De fato, é da maior importãncia que a admi
nistração saiba exatamente o que pretende realizar para a obtenção
do lucro desejado, fixando por antecipação, segundo as possibilida-
des reais da empresa e do mercado, o que vai produzir, seja em quan
tidade, seja em qualidade e como melhor utilizar as alternativas que
uma tecnologia permite. As respostas de ~~· quem e o que
implÍcitas na escolha da tecnologia.
acham-se
Definidos os objetivos da empresa, tarefa fundamental e na
da fácil, o planejamento é deles decorrente. Não é possivel obter-se
''efici~ncia administrativa'' ou ''maximizaçio de lucro'', sem o planej!
mente, qualquer que seja a dimensão da empresa ou a natureza do tra
balho.
A empresa que opera sem planejamento está sujeita a um de~
perdicio irrecuperável de tempo, de força de trabalho e de dinheiro,
causado pela falta de coordenação de trabalho e de atitudes adequa-
. 3.
-.·. das e da dificuldade de -se tomar decisÕes administrativas racionais.
DecisÕes tomadas com base em informaçÕes insuficientes e de baixa
qualidade, sio decis~es, no mfnimo, incorretas e inadequadas~
Planejando o administrador governa, em sentido amplo;
nao e governado pelos fatos. Atua com maior consistência diante de
variáveis endÓg.enas e exÓgenas à empresa. Traçando seus caminhos por
antecipação, torna-se mais fácil observar os desvios ocasionais, pe~
mitindo-se o uso das mais requintadas formas de controle econÕmico.
Dentre as formas de planejamento econ~mico sobressai-se a
do "controle orçamentárion ou do "planejamento orçamentário", tão
bem apresentado na obra de WELSCH( 5 ), de especial significação no es
tudo e aplicaçio da contabilidade de custos, uma vez que, atraves de
uma linguagem monetária, todos os fatos colocam-se por antecipação,
permitindo em sua realização um controle comparativo e uma avaliaçio
das variaçÕes verificadas quer em quantidade aplicada, quer em valor
monetário. Dessa maneira, o orçamento inclui todas as previs;es rel~
tivas à mio~de-obra, ao material e às despesas indiretas de fabrica
çao, assim como as previsÕes de receitas de vendas e de despesas op!
racionais, possibilitando o conhecimento prévio do equilibric ou dos
desvios resultantes, da margem de lucros e perdas, a tempo de se in
troduzirem nos programas futuros os corretivos cabiveis quando nece~
sarios, no prÓprio planejamento. E, como em Última análise,tudo qua~
to ocorre na empresa pode ser expresso em unidades monetárias, o pl!
no orçamentário reflete quase que integralmente a sua atividade ope
racional, para um determinado perÍodo de tempo.
À medida que se realiza o plano observando-lhe as diretri
zes, torna-se possivel estabelecer-se a comparaçao conseqüente a evi
d~ncia das variaçÕes ocasionais entre a previsio e a execuçao, reali
zando-se por esse processo, a mais transcendente forma de
administrativo e financeiro.
controle
Organizar consiste em se estabelecer a estrutura de traba-
lho dentro da qual as atividades requeridas sio, ou devem ser, desen
volvidas. Evidentemente cada empresa oferece uma variedade peculiar
de caracteres prÓprios aos quais se adaptam as linhas de organização.
Considerando-se uma departamentalizaçio funcional em torno
de:
PRODUÇÃO I VENDAS I ADMINISTRAÇÃO
ternos em cada área, urna especialização de trabalhos de maneira a bem
definir suas atribuiçÕes e obter melhor rendimento de suas
des.
. 4.
a ti vida-
O controle economico das três funçÕes básicas da adminis-
tração acima citadas e o processo pelo qual se apura a conformidade
dos fatos realizados com os planos pri-estabelecidos,operando-se des
si forma o fechamento do ciclo administrativo. A instrumentação do
controle se manifesta atravis de tudo quanto direta ou indiretamente
se presta à elaboração dos p·lanos e à verificação dos fatos e dos re
sultados alcançados.
A constituição do instrumental adequado permitirá ao empre
sari·o a obtenção das informaçÕes adequadas para uma adequada decisão.
1.3 - ImplicaçÕes econÕmicas na tecnologia
O tecnÓlogo (pesquisador, engenheiro, ticnico ou inventor)
deve reconhecer que o marco, a libra, o yen, o d~lar, o cruzado no
vo são unidades de medida tão importantes quando o quiloforça, o me
tro e o segundo. Apesar do grande desenvolvimento das ciências econo
micas e das ticnicas de contabilidade de custos, o assunto se apre-
senta nebuloso quando comparado com
xemplo, ciênc~as mecãnicas( 6). Para
ciências mais amplas, como por ~
desenvolver uma análise de pro-
cesso e necessário ter conhecimentos tecnolÓgicos mas as decisÕes f!
nais certamente decorrerão da análise dos custos envolvidos; em ge-
ral, torna-se necessário responder mais questÕes de dinheiro
questões ticnicas.
do que
Para melhor entender os aspectos econÕmicos da fabricação ( 6)
e essencial ent·ender que "custo é a medida do esforço humano" . Is
so concorre com a conceituação objetiva da teoria de valor proposta
por Marx(?), referindo-se à "força de trabalho" como critirio para a
tribuição de valor a um bem.
O principio implÍcito da fabricação economica e a economia
de esforços.
O prÓprio objeto e concebido com um custo relativo: geral
mente um objetivo deve ser alcançado e aquele que projeta precisa ob
tê-lo da forma mais econÕmica.
O reconhecimento do problema e a habilidade de analisar os
quesitos para a es.pecificação de um produto ou processo sao especia!_
mente importantes no projeto econÕmico. A metodologia contida na Análise de Valor, proposta por Mi
les(B) facilita em muito alcançar esses objetivo .
. 5.
1.4 - A natureza do trabalho
Este trabalho pretende abordar diversos aspectos economi-
cos concernentes a .um processo de fabricaç;o. Para melhor exemplifi
car sera considerada a tecnologia de forjamento a frio, de peças.
Não se refere aos conceitos relativos a estudos de viabi-
lida:de economica de investimentos concen-trando-se na investigação
dos conceitos econ;micos concernentes a uma maior produtividade dos
insumos aplicados no processo. N;o se aprofunda no conhecimento tec
nol6gico do processo, visto ser mat~ria espe~ifica.
As fibricas diferem entre si; generalizaç;es e estimativas
grosseiras devem ser abandonadas; a politica de fixaç;o de preços com
base penas no preço do concorrente,. apoiado na decisão
preços'' ~ suicida.
de 11 Cortar
Em um regime concorrencial, de alta velocidade de· inovaç;o
tecnol6gica, de tecnologia de capital intensivo que caracter~za de
maneira unica, a tecnologia de forjamento a frio somente uma adequa
da estrutura de levantamento de informaç;es economicas e uma anilise
de valor, sistematicamente aplicada aos insumos de custo poder;o le
var aos melhores resultados.
A fabricação econ;mica de peças em serie al~m de atender a
severas exigências de qualidade requer a utilização de materiais de
partida de qualidade compativel, adequados ~s altas solicitaç;es de
conformaç;o; al~m disso, devem permitir tamb~m, o emprego de maqui-
nas que associem altas velocidades de produção com o grau de acuraci
dade requerida pelas peças fabricadas.
Isso significa alto rendimento e rigidez suficientes para
garantir seu funcionamento continuo. Ligado a isso esti associada a
exigência de um processo que opere com um mínimo consumo de mate-
rial, o que equivale a dizer, com um minimo de desperdicio e que po~
sa ser atendido com exigências de qualidade ao nivel menor, o que re
presenta, por conseguinte, materiais de baixo custo.
Aliado ao desempenho t~cnico do proceiso, o desempenho ad
ministrativo e comercial merecem uma atenç;o adequada, pois irão con
tribuir, de forma decisiva, com o desempenho econ;mico de toda a em
presa. Para tanto, deve-se ter em conta que sistematicamente se deve
proceder, em primeiro lugar, a uma determinação tão exata quanto po~
s.f.vel, dos custos, pa·ra caracterizar com precisão, as diferentes in
fluências dos fatores, segundo seu grau de importância.
Quando se disp;e de dados suficientes obtidos com base em
diretrizes uniformes, estabelecidas criteriosamente, torna-se possi-
o 6 o
vel informar sobre a rentabilidade de produtos ou lin~a de produtos
agrupados, atravis dos lucros correspondentes: Por outro lado, pode
-se contar com a possibilidade de comparar diversos processos de pr2
duçio, bem como analisar o aspecto de dimensionamento econ~mico dos
lotes.
O cálculos e análise dos custos permitem estabelecer urna
sirie de referências para tornar as medidas adequadas, capazes de pe~
rnitir a redução de custos e obter uma melhoria econÔmica. Pode-se ve
rificar,tamb~m, em que ponto se di uma maior incid~ncia de custos e
a partir dos pontos mais significativos estabelecer-se o programa de
em menos tempo. ataque para chegar-se aos resultados mais palpáveis
Miles(B) ressalta que os fatores a serem abordados com preferência
sio aqueles que incidem em maior porcentagem nos custos de produçio.
Pequenas reduçÕes dos custos obtidas nesses fatores acarretarão sig
nificativas reduçÕes no custo de produção.
Para tanto, o domÍnio do conhecimento contido na tecnolo-
gia do forjarnento a frio, o conhecimento, tanto quanto possivel das
vari~veis end6genas e exogenas que interagem na empresa, a capacida-
de de analisar as questões econÔmicas relacionadas, apoiados
mfnimo de organizaçio interna, levaria o empres~rio a decisÕes
quadas.
em um
a de-
Em sÍntese, a tecnologia deve ser denominada e explorada
sob todos os ângulos nos quais possa promover maiores ganhos,até que
novas tecnologias venham a substitui-las de modo a promover ganhos
ainda maiores, Não basta "saber fazer", é preciso obter lucros maxi
mizados com o que se ''sabe fazer''.
. 7 .
CAPÍTULO 2
2 - A ESTRUTURA DE CUSTOS
2.1 - Intro<iução
Aqui será apresentada uma caracterização da estrutura de
custos capaz de suprir com um referencial consistente os dadc•s e as
bases para um estudo comparativo, aplicável às empresas que a utili-
zam.
2.2 A contabilidade de custos
O objetivo da empresa, mercantil ou industrial, e o lucro,
que e uma função da Receita Total e da Despesa Total, onde:
( 1 )
Essa e, em sintese, a formulação matemática que rege todo
sistema empresarial. Através dessa aparente simplicidade, se coloca
toda uma id-eologia o Capitalismo.
Todos os princípios da técnica administrativa visam, em Úl
tima aná:lise, a o-timização do lucro, o que pode ser alcançado pelo
talen-to empresarial em se aplicando os métodosde administraçã_o e as
eficientes formas de controle econÔmico para obter um aumente da re
ceita e/ou uma redução das despesas.
Na empresa indu-strial, e de maneira especial nas e-mpresas
que utilizam a tecnologia do forjamento a frio, a técnica geral de
produção apresenta-se com uma complexidad-e tÍpica, a qual, sc,b o as
pecto financeiro se traduz pela necessidade de se exercer um contro
le não apenas sobre as "despesas totais", como também, e principal
mente sobre as "despesas de produção". Essa contingência impÕe à in
dÚstria a indispensabilidade de manter um sistema peculiar de contr~
les com a fina:lidade básica de se governar a formação dos custos in
dustriais como etapa preliminar para a sua integração no sistema fi
nanceiro de vendas. A esse conjunto de controles denomina-se: Conta
bilidade de Custos, a qual por definição consiste nos principies e
nos métodos que presidem _à preparação dos planos orçamentários e ao
controle de sua execução, à determinação dos fatores financeiros do
custo e de sua final evidência, e, às análises econÔmicas da produ
çao e da venda, que devem informar e orientar as decisÕes administra
tivas sobre a- estratégia de empresa •
• B.
Quaisquer que sejam os diferentes aspectos sob os quais
se considera os objetivos e a utilidade da contabilidade de cus-
tos, resulta afinal que ela se apresenta como instrumento
e de controle, indispensável a:
determinaç~o dos custos pr~vios ou hist~ricos;
técnico
obtenção de dados para orçamentos e análise de processos alterna
tivos;
controle operacional dos fatores de produção e da execuçao orça
mentária;
fixação dos preços de venda;
decis~es administrativas, atravis da análise dos custos
vendas.
e das
As deci~~es administrativas decorrentes, por sua vez, es
tendem-se a:
fabricar ou comprar de fornecedores externos: materiais ou unida
des produzidas, atendendo-se às conveniências de custos, de in
vestimentos necessários, de oportunidades ou de outra caracteris
tica em particular;
aumentar a linha de fabricação, adicionando-se um novo produto
ou reduzi-la, mediante a eliminação seletiva de algum de seus pr!:?_
dutos;
promover ampliaç;es da fábrica, atravis de aquisiçao de novos e
quipamentos, ampliação predial ou manter a atual capacidade;
manter ou modificar o processo de produção, alterando o equipa-
men·to, os métodos, amatéria-prima, a polÍtica salarial, a locali
zaçao da indÚstria e outros elementos que possam concorrer para
redução de custos e/ou aumento da receita, sempre almejando o au
menta do lucro.
O simples enunciado de tais possibilidades poe em relevo
a importância de se implementar na empresa, a contabilidade de cus
tos, c~jos informativos, utilizados com a técnica recomendável em
cada caso, permitem à administração da empresa adotar as medidas !:?_
portunas e cabiveis ao atingirnento do·s objetivos da empresa. A fi
nalidade da contabilidade de custos i suprir a administração com
informaç~es organizadas para que ela possa tomar decis~es racio
nais. A eficácia da contabilidade de custos pode ser medida em ter
mos da utilidade que tem a informação por ela gerada para a admi-
nistração e conta, por sua vez, com o talento da administração em
• 9.
saber explorar da melhor maneira possivel as oportunidades ofereci
das pelos dado·s coletados.
Nem todos os sistemas de contabilidade de custos estão
preparados para atender a todas essas finalidades. Em mui tc·s ca
sos, o Único us~ do sistema de custos é para fornecer o valor dos
inventirios, o que seria aceitivel se fossem insignificantes ou s~
existissem outros métodos complementares. Na avaliação de qualquer
sistema de custos as quest~es seguintes devem ser formuladas:
1 - o que o sistema de contabilidade de custos se propoe a execu
tar?
2 - O sistema que ela deve, supostamente,
to é, é abrangente? É consistente?
-executar e bem feito, is
3 - Poderia ser melhor executado? (Por exemplo, se ele nao fornece
informaç~es para o controle de custos, quem poderia fazi-lo?).
4 - O sistema executa aquilo que lhe é devido, tão eficientemente
quanto possivel?
A qualidade das respostas obtidas certamente
nas medidas a adotar.
2.3 - A estrutura de custos
V~mos na equação (1) que:
orientará
Considerando-se um Único produto, ou uma linha de produ
tos devidamente agrupada, individualizaremos a expressao para:
onde:
P = CT + L (2)
P = preço individualizado por produto;
CT= custo total, também por produto;
L = lucro.
Por sua vez, o custo total tem seus insumos classificados em tris
are as:
( 3 )
o que resulta em:
( 4)
Para um determinado periodo, administrativo ou fiscal, a
.lO.
empresa, apos a fixação de seus objetivos se organiza e estabelece
- dentro do seu planejamento estratégico - o lucro desejado. As
sim, entenderemos o lucro como um valor-objetivo, previamente esta
belecido pela empresa, o que para esse dado perÍodo,
entendido como um valor constante.
passa a ser
De ma-neira semelhante, se estende o raciocinio aos valo-
res do Cu·sto de Administração (C ) A
e aos Custos de Distribuição e
Vendas ( c0 ).
D-es-sa forma, o Preço (P) para um produto ou linha de va-
leres agrupados, do ponto de vista endÓgeno, passa a ser função do
Custo de Produção (CP):
ou
( 6)
onde:
K·= :f"ator de multiplicação que engloba a soma dos valo
res tidos como constantes e pré-determinados para:
Kl = L.
K2 = CD
K3 = CA
ou seja:
(7)
O multiplicador K pode variar em função do tipo de prod~
to e de sua condição frente ao consumidor, da maior pressão de co~
corrência, da maior facili.dade disponivel para execução de determ~
nada linha de produtos (.adequação tecnolÓgica), da capacidade de
produção disponÍvel. ·Ou melhor dizendo, a empresa pode aplicar mul
tiplicadores diferenciados (Ki) para diferentes linhas de produ
tos.
Dess.a maneira, pode-se determinar um preço-objetivo (P),
fixado com base em ~nfluências internas e que a partir da sensibi
lidade de marketing será ajustada à realidade do mercado.
2.4 - Conceito e.conÔmico-contábil do Custo de produção
O conceito econÔmicos-contábil do custo de produção (CP)
decorre da relação nec~ssár~a entre o valor do produto acabado e a
.11.
receita· obtida na sua venda. O custo, em Última análise, é o inves
timento ·feito pela empresa através do emprego dos fatores de produ
çao contidos na mão-de-obra direta, no material direto e nas desp~
sas indiretas de fabricação. Adquirindo e aplicando na fabricação
·t~is insumos, elementos que se consideram como''d~spesa industrial''
chega-se ao produto acabado, cujo valor, por oposição, constitui a
''receita industrial". Uma vez vendido esse produto inverte-se a
sua função econÔmica, uma vez que o respectivo custo (antes da re-.
ceita'') ~assa a ser uma ''despesa comercial'', que se contrapÕe a
''receita de vendas" para a determinação do lucro (seja positivo ou
negativo), conforme mostra a figura (2).
Despesa
M.D.
M.O.D.
D. I. F
FATORES DO CUSTO
Materiais diretos (M.D.)
Mão-de-obra direta ·(M.O.D.)
Despesas indiretas de fabricação ( D . I • F. )
Receita Despesa Receita I Custo Custo Preço
do do da
Produto acabado Produto vendido Venda
LUCRO OU PERDA
Figura (2) - O custo de produção no seu
aspecto econÔmico (4).
O custo do produto atua, portanto, como fator negativo
na receita da venda. Em decorrincia, o esforço administrativo se e
xerce em duas direçÕes opostas que tendem a minimizar o custo e a
maximizar a ~eceita, a·fim de aumentar tanto quanto possÍvel a mar
gem do resultado econÔmico.
O p~oblema da redução de custos envolve, em sentido am
plo, toda a capacidade empresarial e toda a capacidade tecnolÓgica
disponivel.
.12.
Nas emp.resas que operam com a tecnologia de forjamento a
frio isso se torna imprescindfvel pois tal tecnologia se classifi
ca como de "capital intensivo" exigindo uma afinada organização, com
patf vel com a velocidade de inovação tecnol.Ógic.a do setor.
À contabilidade de custos cabe papel fundamental quanto
ao alcance dos objetivos.
2.5 - Conceituação
2.5.1 - Custo de produção
Produzir é transformar. Produzir e agregar valor. O pro
duto final é uma integração sucessiva de diferentes fatores mate
riais e força de trabalho humano suscetfveis de serem avaliados ou
traduzido em dinheiro, porque constituem valores, em sentido econ2
mico. O custo de produção é a soma total dos valores dispendidos
para se obter o produto em todas as suas fases de transformação i~
dustrial. De um modo geral, os fatores básicos do custo industrial
se agrupam em três categorias distintas e que são:
Materiais Diretos (CMD);
Mão-de-Obra Direta (CMOD);
Despesas Indiretas de Fabricação (CDIF);
ou,
( 8)
Dessa maneira, tais fatores revelam desde logo o seu tra
ço distintivo: além da espécie ou natureza de cada um está coloca
da sua condiç;es de participação direta ou indireta no processo in
tegrativo de custo.
As implicaçÕes dessas duas condiçÕes -sao de suma impor-
tãncia para o entendimento de toda a teoria geral e dos prÓprios
métodos de formação dos custos industriais, pois e precisamente d~
vide à incidência dos chamados fatores indiretos que se torna com
plexa a sua apuraçao e ·a respectiva evid;ncia.
Custo de Material Direto (CMD): compreende todos os cus
tos dos materiais diretamente empregados no produto, sendo clara
mente identificada sua aplicação. Há uma correspondência direta e~
tre a quantidade de material direto aplicado e a quantidade de pr~
duto acabado obtida.
.13.
-Custo de Mio-de-Obra Direta (CMOD): compreende os cus
tos correspondentes i quantidade de força de trabalho diretamente
aplicada na fabricaçio de um produto.Há uma identidade clara entre
a quantidade de mio-de-obra diretamente aplicada e a quantidade de
produto acabado obtida.
-Custo das Despesas Indiretas de Fabricaçio (CDIF): com
preende os custos correspondentes a todos os demais fatores que
nao sendo mio-de-obra direta nem material direto, incidem no prod~
to, sejam de natureza humana ou material. Nio existe uma_ identida
de evide·nte entre a quantidade de despesas indiretas de fabricaçio
por unidade de produto obtida.
2.5.2 - Custo de Distribuiçio (CD)
Compreende todos os gastos efetuados com a vendi, exped!
çao e distribuiçio do produto. Verificam-se no setor comercial e
nao no setor industrial e como conseqülncia incidem sobre o produ
to acabado e vendido.
2.5.3 - Custo de Administraçio (CA)
Tanto o custo de produçio quanto o custo de distribuiçio
constituem fatores diretamente relacionados a quantidades especif!
cas de produtos, ou seja, representam uma variável direta no siste
ma econ~mico da e~presa. Esta, entretanto, assegura seu funciona
mento continuo através de uma organizaçio administrativa qu•~ deve
ser mantida independentemente mesmo da relaçio básica:
CUSTO / VOLUME / LUCRO
Os gastos necessários a tal administraçio, considerada a
referida caracterlstica de independ;ncia concorrem para a formaçio
de um custo cuja natureza indireta atinge a forma mais transcenden
te e expressiva ..
Seu caráter e basicamente financeiro e, como tal, tem
mais afinidade com o resultado econ;mico geral da empresa, do que
propriamente com a relaçio custo/volume/venda. Contudo, como esta
relaçio governa à vida das instituiçÕes econ;micas e independa do
volume de produçio e de venda, e ainda, sendo indispensável, torna
-se Útil estabelecer-se a medida do "custo de administraçio" por u
nidade de produto fabricado e negociado, principalmente porque es
sa medida ~ de sensfvel alcance no sistema de previs~es e das an~
lises econÔmico-financeiras .
. 14.
2.5.4 Custo de Venda (ou Custo Total) (CT)
É a soma de todos os custos dedutiveis da receita ou da
venda, ou receita total (RT).
2.6 - Custos Fixos e Custos Variáveis
o Custo Total de Produção (CP), conforme ja apresentado,
-e a soma dos custos diretos e dos custos indiretos, compreendendo
os tr~s fatores b~sicos que sao a mio-de-obra direta,
direto e as despesas indiretas de fabricação.
o material
De uma maneira mais ampla, pode-se observar que:
1 - certos fatores de custo são proporcionalmente variáveis em fun
çio da quantidade produzida. Portanto, representam ''custos va-
riáveis";
2 - outros fatores sao independentes em relação a quantidade prod~
zida, permanecendo inalterados ou constantes, para um determi
nado perÍodo.
Portanto, representam ''custos fixos''. Assim sendo:
( 9 )
A produção desenvolvida por uma empresa independente
da estrutura do mercado em que se situa - é decorrência dos recur
sos que ela está apta a mobilizar.
2.7 Ponto de equilÍbrio
Define-se o ''ponto de equilibrio'' (PE) da empresa de um
modo geral ou de um produto ou linha de produtos, de maneira res
trita, a situação econÔmica na qual, sendo o lucro igual a zero,se
verifica um nivelamento dos custos totais (CT) e da receita total
( RT) . -De maneira simples, corresponde a quantidade mínima (q
0)
a partir da qual se produzida e vendida, a empresa obterá um lucro
maior que zero.
O gráfico da Figura (3), mostra essa situação:
q ( 10)
( 9 )
Sendo:
( 11)
.15.
onde:
RECEITA
p = preço unitário do produto;
q = quantidade produzida e vendida;
c = custo variável médio por unidade; v
CF = constante, para um perfodo, pois independe da quan
tida~e produzida ou vendida.
PONTO DE RT
CT
MÍNiMA ~ --·-·-· -·-· -· --· --CR: p.qo)
SUPORTÁVEL
qo
CV
< j > LUCRO NEGATIVO LUCRO POSITIVO
<----- qo OUA N n OAOE.......;;:.
Figura (3) - Representação da composição de custos
e receita com destaque para o
de equilÍbrio".
"ponto
Observe-se que para um custo total· ( CT) < ( CT) , para uma
mesma receita, o q0
pode as-sumir um valor
lucro a niveis mais baixos. Aumentando-se
menor q' . Pode-se .obter o
o preço (p), para uma
mesma q,uantidade, ter-se-á maior receita (R' T) > (RT).
2.8 - Centros de Custo (CC)
~s centros de custo (CC), também chamados centros de pr~
dução (Cp) são o result~do de uma clas~ificação dos diversos seto
res da empresa.confor~e suas caracteristicas individualizadas de
consumo ou de produção. A través dessa class·ificação pode ser feita
.16.
a localização individualizada das despesas que ocorrem em um deter
mina<l.o periodo, o que facilitará a coleta de informaçÕes.
Diversos critérios de classificação e diversos sistemas
de codificação po,dem set- utilizados.
Como exemplo, o sistema de codificação pode ser composto
de quatro algarismos divididos em dois grupo,s: 00-00. ci par de al
garismos da esquerda representando o setor em si, isto é, a area
ou o grupo de máquinas. O par de algaris,mos da direita, represen
tando o sub-s'e'tor, ligado ao setor-chave, ou da determinada máqui
na, p,ertencente ao grupo-chave. Vejamos:
ou
20-00 Manutenção
20-01 Manutenção Elétrica
20-02 Manutenção Mecânica
20-03 Manutenção Predial
60-00 Prensas Hidráulicas
60-01 Prensa Hidráulica lOOt Jonas a
60-02 Prensa Hidráulica 200t - Ciola.
Dessa maneira, to<ios os apontamentos feitos por centro
de custo, através de ordens de serviço de manutenção, ordens de pr~
dução ou requisiçÕes de materiais ou de compras, são alocados e
classificados de maneira direta, pela Contabilidade de Custos.
2.9 - Nomenclatura de custos
A caracterização do aspecto da administração industrial
nos mostra que a atividade da empresa se desenvolve em três setores
funcionamento distintos (Figura 4):
1 Produção;
2 Distribuição e Vendas;
3 - Administração.
A produção consiste em transformar os meios
em produtos e serviços sucetiveis de serem consumidos.
econÔmicos
A distribuição é o amplo processo comercial da venda des
ses produtos e serviços.
A administração compreende os serviços internos da ernpr!
sa, pertinentes às. açÕes e ao controle geral de suas operaçÕes.
A operacionalização dessas atividades, corno dito ante-
riormente, implica em dispêndio, que se classifica como: custo de
.17.
produção (CP) ; custo de distribuição (CD) e custo de administração
(CA), conforme a· equaçao ( 3) .
Tai.s custos se compoem de gastos distintos facilmente i
dentificados segundó a natureza e a destinação respectivas. De ma
neira·siffiples, assim se classificam:
1 - Custos de produção
1.1 -Material Direto (CMD)
1.1.1 - matérias-prima
1.1.2 semi-acabadós
1.1.3 - sub-montagens
1.2 - Mão-de-Obra Direta (CMOD)
1.2.1 - salários
1.2.2 - encargos sociais
1.3 - Despesas Indiretas d• Fabricação (CDIF)
1.3.1 - materiais indiretos
l. 3. 2 mão-de-obra indireta
1.3.3 - depreciação do equipamento
l. 3.4 ferramental
1.3.5 - energia
1.3.6 - aluguel
l. 3. 7 seguros
1.3.8 - impostos
1.3.9 - encargos sociais (sobre a mão-de-obra indi
reta) .
2 - Custos de ~istribuição
2.1 -Despesas de expedição
2.1.1 - fretes e carretos
2.1.2 - combustíveis e lubrificantes
2.1.3 - manutenção de veiculas
2 .1.4 depreciação de veiculas
2.1.5- salários
2.1.6 - seguros de transportes
2.1.7 - embalagens
2.2 - Despesas de Vendas
~.2.1 - salários e comissoes de vendedores
2.2.2 - impostos sobre vendas
2.2.3 - propaganda
2.2.4 - amostras
2.2.5 - despesas de viagem
.18.
2.2~6
2.2.7
2.2.$
2.2.9
2.2.];0
2.2.];1
material de expediente
comunicaçoes: telefone e telex
comunicaçÕes: correios e telégrafos
salários do pessoal de escritÓrio
aluguel de escritÓrios regionais
material de divulgação tecnolÓgica e co
mercial.
3 - Custos de Administração
3.1 Honorários
3.2 Salários e ordenados
3.3 Encargos sociais
3.4 Material de expediente
3. 5 Impostos e taxas
3 •. 6 aluguéis
3.7 comunicaçoes: telefone e telex
3.8 comunicaçÕes: correios e telégrafos
despesas legais 3.9
3.10 despesas financeiras e juros dos investimentos.
2 .lO - Sistemas de Custos
2.10.1 - Classifica.ção
Os sistemas de contabilidade de custos correspondem aos
critérios adotados para o lançamento contábil das despesas e a sua
classificação. Normalmente os sistemas se classificam em:
custo por ordem de produção;
custo por processo;
custo padrão.
Para.as empresas que operam com a tecnologia de forja
mente a frio, dadas as cara·cter!sticas de mercado e de produção, o
sistema de custos por ordem de produção é o que melhor se adapta.
Em um estágio de maior refinamento poderá haver a combinação deste
com c sistema de custo padrão, o que conduziri a uma aferição atr!
vés da medida de variação
dos frente aos padrÕes de
de gerencial.
- em valor e em quantidade dos resulta
custo, permitindo uma medida de capacid!
2.10.2 - Contabilidade de custos por ordem de produção
Um sistema de custos por ordem de produção tem as se
guintes caracteristicas:
.19.
• ~
---
[J
rcgfro--, IAQ.l!!.S.!J\1~
l', I ',
'
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x
reusrõ- -, , o~ 1
19!1.!~~ / I
PRODUÇÃO --
C!JSTO$
/i r 1 r---:---,
: ' "''-"~ ~~.I!.L .J I /'
-, I ., ,. L-'i-----<_ , r ---~ ' ,,
--~r-------, I ... L~O I I L _____ _
I I I I I I I I '--------~
* ,------_,X._------, /.CUSTO DE PRODUÇAO ', / cusrõs -DE MMtNlS-TRÃçÃÕ',,
cUS.TOJ Df ADMINISTRMÃQ
,...--- ---- _/ '-- -------' /CUS TOS DE DISTRIBUIÇAO ·,
. UATIRI.U PltUUI { .
lU,TJIIAII OIIITU lltu -ACAtADO
PAIIITII PAitA N<II4TAUN
WÁO DI OUA IIUIITA { PO LHA OI PAUNUITO I r A UI OA l
, (~IPARUHINTOI OI t<YI~OI • {o u u• JU I II'TOI OI f'ltODVCAO PAOOIJÇAO
DUPESAS INDIRETAS
I
~ I I 1,
NATlltiAII IHOIItiTOI ,.,(o OI OIAA INOIIUTA ALUI UI li UI POITOI .. OlPUOIA9AO NAttUTIN9AO IIIUIIOI
ULÜIOI NONOiitiOI DA OUITOitU.
fiATUIA!. OI IX"OiiNTI ALVIVIIII OIPIIIOIAOÃO OI IOUirANUUOI TILIPONU I TILIOIAPO YIA,IUfl INPotTOI OIII'IUI IIUU
Figura (4) -Diagrama de custo (4).
c UUOS PC ENTRfllA PIITII I OAitJII TOt OIPIIOIA9l0 001 ltxiii"ANINTOI OOWIVI tfV\11 I LUUitiOAMTII
- .. AMUTUCIAO ulo OI o·uA IULÁIIIOII AAUAZIMAIIU IIIUAOI
CU ITO DE VENDA rlltO',At"ANOA IAL.-,11101 I OONIIdll ANOHIIIAI YIAIIf.a OI tUOI,AOlo 00 I.UIMNINTO ALU.UIII , TILI,OMia I TILIIivr.fOI UATUIIAL DI lllfll OlfMU UU'OITOI OI t r I I AI I IIU li
{
OII'AAYANIMfO OI 1(11'/lfO 11 VIM~ - I'IOPA IANOA ,_ I'IONOflo OI YUDU - OOMTAIILIOAOl fA VUIN
OIYttÃo TIHITOitU
VIKOIIOIII PIOOUfOI OOMfAI OI OLUMTU
1. O processo de produçio ~ estabelecido com base em um numero dis
tinto de ordem de produçio (OP);
2. A cada ordem de produçio ~ dado um numero codificado que a indi
vidualiza e um documento contábil ~ estabelecido para cada or-
de.m;
3. Todo o material direto e mio-de-obra direta, aplicadas ao pro
cesso, sao d-esignados· como aplicados a uma ordem especifica e
compilados em um Único documento de controle de ordens de prod~
çio ( cartio· de controle), operaçio que pode ser feita
de computador;
através
4. Os custos indiretos sio alocados a cada ordem de produção:
utilizando-se como base o valor relativo da mão-de-o-
bra direta, ou,
- por lançamento direto dos valores de custo por insumo
indir·eto distribuÍdos por perÍodo por centro de custo e lançados na
ordem de produçio.
5. O valo·r do Inventário de Produtos em Processo é igual a soma
dc•s valores das ordens de produçio nio concluÍdas_ Figura ( 5).
2.10.3 - O documento de controle da Ordem de Produção
O documento de controle pode ter uma grande variedade
de formatos e conter grande quantidade de informaçÕes. O modelo in
dicado para o processo de forjamento a frio, reúne uma sÍntese dos
dados necessários e tal como se apresenta pode ter mais de uma fun
çio. A nÍvel de informaçÕes tecnol6gicas do processo vale como a
FOLHA DE PROCESSOS, documento de orientaçio de grande aplicação na
área industrial com informaçÕes de:
como fazer (seqüência e método de fabricação);
onde fazer (centro de custo);
quanto fazer (quantidade a produzir e duraçio da operação);
corn que fazer (matéria-prima, ferramental, dispositivos);
e vale com<> ORDEM·DE PRoDUÇÃO, de grande aplicaçio na área de con
troles,. pois permitirá o controle de produção (uma das funçÕes do
planejamento) e o co·ntrole de custos (uma das funçÕes da contabili
dade de custos) .
A esse documento de funçio combinada dá-se o nome de
FOLHA DE PROCESSO MESTRE- Figura (6), que é elaborado para cada
prod·uto ou famÍlia de produtos agrupados. A Folha de Processo Mes-
. 21.
{\) {\)
CUSTOS HISTÓRICOS CUSTOS PADRÕU
' CUSTO HISTORICO
~:o le~.., ~ ... ____ .r
. ' _ __,. • o .. , . "
o .. ' o o .. .. .. Q ~! ~ -- --- h I ~ = ·~
o o " o 1-----------------·- -->1+-1-l ~ ~ ---1
Figura (5)
o Q o"' 11 u lir u
.... ---- L' ~~."' li
I li L I I CUSTO PAOOÃO I t'~ .. o I I e· IdO" c J
~--- ~~',. ">-+ IVAIIIIA•Ó;;- -----~
u o O o cu no 1- fi 7. .. ::-,::-•. ~. :r.-.-•. -. • I w. -- -<"' ou I '"
u •• O. I. f.
••• O, I, r,
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I -I I
. . I L~~,.~~~~~~ ~~~c~~J
Diagrama de formação de custos
o • . " I • >
r-> I rli++JI
. I I, I I 11 I I I I CUSTO PAOOÁO I L' l)ocrr I c=-t::~ c,, 1
...--=:..:::. - -- ---~ +I • T ...... ~
I OIIPOII!Ã ' I ---- -~D~I-:-:A~~~~C_..!A.!_ .J
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custo histÓrico e custo padrão (~)
{\) w
Qv.a .... Peóo1l'l I Pe-ç<'
~o(Peçal
ceWNAÇC€s COO. EOUIP PARTIDA
OI MA. I.I.P. LA MINADA OURElA APOs TRH
COt.<PR _DO PINO
CO!JPR 00 BLM<K
ÜO NO CENTRO,COÓ DE O...'STO 0o.
........ --f-------·.
-------
,,
FOLHA DE PROCESSO MESTRE N2 ---- I
O í no 1 Quooo '"'"" 1 0-~~~·-~":·~ _ O•r·-·--.1..,-~e~u pratOS Ptal'lf"l am P~$0 AorQo111d0 001 o .ar• I fQih.l N.!)
I -- I Cloertte ~N.o tCI!<!ntel I uurna Oata ~ev M. P E.soecai~J O•Mié "- P. ( Pa arõoi
Usaoo1
G flU PQ ~ 0:
~ ' 2 '
P1ev.sra
•• 0.,4
8h
tkó<lo ,C. VI$ c ....... ' N~IOOOoçs Peso Total ·evan•.Barra.S ,.t<Q/.1000p;~ Suo
Lo H! LO! f ···-···-·•K9 ••••••.••• Kg.
I '-"" PAORAO I Per<J c Kq. (%i
MM 1,~.1
§. PiaM L. I I ,g
d <
I 1 .o >~ EOQ. PIO(i:.
- CESCROÇ-Ãci DA oPE"-'9-0 M AO. NO FCLHA I DESENHO OE I Prf:Q,' I PÇS ou~f E.A.I HS,UAO. I tiOMEM I DE MET. RE;E RENCIA H. Mao. I<G /HORA % 1000 oçs IPAAT.t H S. 1000
______ ._": ____________________________ ,. __ . ___ -- l··-·-------t----·--··· -------. ... ; ... · .. ••U••••••-I••'''
····--- -·-- -·------ -~--- --- ..... ··1--··---···---------·--·-··1-··· ..... -............ --.......... --. ---- .. --.... -- --- ..... - . - - -- .... -. -. --- --J- - ....... -.--- -. --- --~- .... -- .•...... -.. -.
········---··t-·-····-. - -- . - _,-- -- - -. - -- -f- - - -- - ----·---·r···-
• - • - -- •• - < • - • - - - < • • • • • - - - • - - - • - - - - - - -- • l- - .. --- ... -1· - - -_- ;- ·_:_:_ - - - - -_,-- -- - .. -.- ... -. -...... - -· ... -- - -
FIG.( 6 1- Mooelo oe
--- -------·---- --·- ----------------------1---------- 1- -- • ' ~---------~----~- -- I -1------
1 -------·---__
1
. _____________ ------------ ---~------- _____________ ... ______ Folha de Pr~ces:so }------- •---
f j ~""'" I :-~::~~-r ~r~--~:-_::~:~---~_-_-_-_-_:-.:~-------~::~_-_-_-_~_-_·_~-_~---_- ~---~-~~ _- _-_ . _-_-_-_-_ ---- -----I-·. -.. t -_·_:_~--~r_-_--------1---
i_•,'EA;...-l.Gf;•.~ \s--es:.:~E Nç 1~-~::";;t,'C i"'.:):,: 1 c.~. r~ ' ·c~~~~
tre contém informaçÕes que correspondem a melhor alternativa de pr'?.
duçio ~ o método correto - adotada pela empresa em um dado momen-
t"o. o- conjunto das Folhas de Processo Mestre ficam sob controle da
E"ngenharia de Processos-ou. equivalente, sendo suas informaçÕes ar
mazenadas, hoje_em dia em memÓria de computador, ou junto à Conta
bilidade de ~ustos. ModificaçÕes na Folha de Processo Mestre devem
ser feitas formal e sistematicamente, das as implicaçÕes que acar
reta. Recomenda-se adotar uma freqüência trimestral para implanta
çao·das modificaçÕes inovadoras que devam ser introduzidas na Fo
lha de Processo Mestre.
2.10.4 - Registro de dados
O principio bisico e manter os registros de um sistema
de contabilidade de custos com um mÍnimo custo de pessoal. A im-
plantação de um sistema eficiente de pessoal para coletar e guar
dar os fatos bisicos da contabilidade de custos é um problema esp~
cial em processamento de dados. I bastante saudivel que a adminis
tração participe das fases de estabelecimento dos critérios de alo
caçao dos insumos e conheça os métodos de utilização dos dados,
pois, entendendo o seu significado poderi atuar de maneira decisi
va no refinamento do sistema e por outro lado, poderi usar de ma
neira consciente as informaçÕes para formulação das decisÕes. Reco
menda-se mesmo, com alguma insist;ncia, que elementos de formação
tecnolÓgica participem da equipe de contabilidade de custos.
O Ra2:cão de Custos é a chave de qualquer sistema de con-
tabilidade de custos porque determina a informação que o sistema
forneceri regularmente. Diversas contas no Razão permitirão class.:!:_
ficar as informaçÕes; em caso da não exist;ncia de determinada con
ta, a informaçio será generalizada perdendo a sua caracterização.
Por exemplo, se nio houver ·uma conta no Razio,na qual o ''custo do
refugo'' é acumulado, por prensa de forjamento a frio, essa informa
ção não.poderá ser obtida sistemática e contabi'lmente e
·de estud·o especial_ Figura (7).
As informaçÕes contidas no·Razão, seguem os
dependerá
critérios
contábeis estabelecidos. InformaçÕes de outras fontes Cestatisti-
cas, técnicas, etc.) seguem qualquer critério, portanto,
homogêneas necessariamente •
. 24.
na o sao
1\)
Ul
i ~------ ·----1
ALt.IOX. f-- -I MATERIAIS
I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I
OROEiiS PRODUÇÃO
PROD.
ACABADOS
------~
CO LIPRAS
ATIVO
11.1 O D.
LIAPA
O ERAL
9A8TOS I RAZÃO)
POSIÇÃO
MOV1 M ENTAÇÁO DOS
ESTOQUES
L - .. ·-·· --- - -· -·· --- ·-·- - -I
- _.[
·I)UPfSA$ C ONTÁB,
,.
~-~~ L--~---
Figura (7) - Fluxograma de custos.
I ~:NDAI-· I I
'
, -........___~
-·> RESULTADO ECONÔMICO
2.11 - Método de Custeio
2.11.1 Custeio Direto e Custeio por Absorçio
Custeio direto e o termo aplicado a um sistema de conta-
b~lidade de custos que aloca somente os custos variáveis de
çao ao produto- Figura (8).
produ-
Custeio de absorção e o termo aplicado a um sistema de
contabilidade de custos que aloca todos os custos de produçioaopr~
duto - Figura (9). O custeio de absorção é o tradicional. O C'Jsteio
direto, embora existiss• antes de 1930, somente na ~ltima década me
receu maior cons-ideração? passando a ••r adotado por algumas gran-
des empresas norte-americanas ( 4)
Existe ~ma área nebulosa quanto a escolha do melho~ sis
tema. A resposta a isso depende de uma dada situaçio especifica. O
caminho para decidir-se por· ~m dos sis,ema~ e o estudo das vanta
gens e das desvantagens aplicados· a cad·a caso especifico, e estas
estio relacionadas ao tipo. e qualidade de informaç;es que a adminis
traçio espera receber a partir dos dad~s contábeis e, em nao
suprida diretamente, dos dados analiticos.
Nenhum sistema contábil será 0 melhor para todas
tuaç;es e a pergunta as~~ respo~dida não e: ••é correto o
sendo
a , . .. si-
custeio
direto ou o de. absorção"? Mas, "é o cust_eio direto o melhor meio,
em uma dada sitüaçã.o, do que uma técnica de custeio alternativa"?
Muitas empresas, nas quais o sistema de custeio substi-
tuiu os sistemas de absorção tot~l estio operand~ eficaz e satisfa
toriamente. Isso nio deve apareritar que a escolha seja superficial
mente determinada. Por outro lado, há muitos sistemas de absorçio
total que dificilmente conseguiriam ser substituidos com varttagem
pelo custeio direto. Portanto,· a escolha deve ser criteriosa e ade
quada a cada caso.
Na maioria dos sistemas de informaçio, a adm in i s t:raçio
precisara tanto dos custos unitários quanto dos .custos totais. A d~
cisão para a adoçio de um sistema de custeio deve ser feita tendo
como base as vantagens de se ter os custos variáveis unitários em
confronto com os custos totais gerados pelo sistema contábil.
Para uma empresa que opera com forjamento a frio, c mate
rial direto e a mão-de-obra direta sio facilmente determinados.QuaE_
do às despesas indi-retas de fabricação, uma parte é fixa e uma par
te é variável. Recomenda-se considérar variável os insumos:
.26.
1\) -..:)
CUSTOS
O!
PR OOUÇAo
OESPfSAS
DE
A DIAINISTRAÇÃO
E
V fNDAS
IIÁTfRI A· PRIMA .. MÃO·OE -OBRA :; -~ -
O! RETA r~ ENEROIA I PARTE) ~ ;I
PRODUÇÃO EsTOQUE
DE CUSTOS DE EM
b PRODUTOS PRODUTO AN DAIAENTO A CABAOOS
IIÃo- oa •OBRA . INDIRHA
DEPRECIAÇÃO ~ .. f-.,o ALUGU!L "!! INEReiA (PARTE) '.) li;
.
t O ESPfSAS
I ~· I
ADMINISTRATIVAS )( n I ... I
~ CUSTOS !
DESPESAS 00
!! Pl R IODO bESPESAS DE "' .?( + VENDA 12 I ;I I I I I
~ I 'f
V! N DA ~] Figura (8) - Esquema de Custeio Direto.
(o ,)
IPE LA
VENDA
I R E S U L T A DO
V !N DAS
1-l D!IP. VAR, DE VENDA
~ 1-.1 e. P. v. r
I• ll.lAROEIA O! CONTRIB.
y, 1-1 e. '· Dr PRODUçÃO
,.. I- I DESP. ADMINISTRATIVAS
~ ·l-I O!SP. fiXAS DE VENDA
r----· I• I RESULTADO LIQUIDO
"' ())
OU 8 TOS
De
PROOUQÃO:
DESPESAS
DE
ADMINISTRAÇÃO
E
Y!NOAS
-~--. ~"' - f . MA TfR I A- PRI .. A
MÁO·DE·OBRA DIRETA !! f-""" E NERO IA I PARTEI o> >-")( .... , ..
PRODUÇÃO ESTOQUE "> CUSTOS DE EM
~ DE
PRODU TO PROO UTOS A NDAWENTO ACABADOS
MÃo- DE-ORlA INDIRETA
DEPRECIAÇÃO .. 1-o., ALUGUEL >-o .. ,. ENERGIA I PArTE) :>_
l.lb.
OE.SPE &AS
"' 1-1 ~ ADMINISTRATIVAS ;l I .. I
I f
O ESPESAS
I !l 00 DESPESAS Of ..
-~ f- PER IODO VENDA
1 a: !i!
-----
O ESPESAS OE ., .. -VENDA )(
ü:
Figura (9) - Esquema de Custeio por Absorção.
I PELA
VENDA!
RESULTAD4
VE NO A S
~ 1-1 C.P. V.
I" I RESULTADO BRUTO
1-1 DESP, ADMINISTRAT.
~ 1-) DES P. DE VENDA
1•1 RESULTADO LIQUIDO
'---
--
Depreciação
Ferramenta!
Energia (motriz)
Materiais auxiliares
Mão-de-obra direta (apenas a parte. relacionada diretamente com a
área industrial)
Gastos gerais (localizados na area industrial)
e fixos, os insumos:
Aluguel
Transporte in t·erno
Energia (iluminação)
Mão-de-obra indireta (serviços administrativos de Controle de Ou!
lidade, Manutenção e Engenharia).
Para se trabalhar com valores mais pr6ximos dos valores
efetivos, em função dos custos de produção (CP) o custeio por absor
ção é mais realistico.
.29.
CAPÍTULO 3
3 - REFERÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA ALOCAÇÃO DOS INSUMOS RELATIVOS AO
CUSTO DE PRODUÇÃO
3.1 - Introdução
Todo cilculo de custo tem uma finalidade concreta. Serve
para determinar um rendimento econÔmico, facilitando com isso medi
das eficazes para a racionalização industrial ou possibilitando a
comparação de processos alternativos ou mesmo, possibilitando a for
maçao adequada do preço.
Quanto à alocação dos insumos, devem ser ponderados os s~
guintes aspectos que associados aos critérios contábeis permitirão
uma adequada utilização.
3.1.1 Custo do Material Direto
O custo do material diretamente aplicado ao produto, en
tendido como custo da matéria-prima, é determinado pelo produto do
custo unitário da matéria-prima pela quantidade de material, em ·pe
so, necessaria para produzir urna peça e pela quantidade inicial (ou
de partida) em nÚmero de peças.
A quantidade em peso de material necessaria para se prod'::'_
zir uma peça é determinada acrescentando-se ao peso da peça acaba
da, a parcela correspondente ao sobremetal a ser removido em opera
çÕes de acabamento, mais a parcela correspondente às perdas por po~
tas de barras ou de bobinas. É fácil compreender que quanto maior
for a barra e mais propriamente ao forjamento a frio, a bobina, me
nor sera a incidência dessa Última parcela.
A quantidade inicial (ou de partida), expressa em -numero
de peças leva em conta a quantidade demandada mais as perdas por r~
fugo durante o processamento. são determinadas a partir de levanta
mentos histbricos, feitos pela Engenharia de Processos através dos
dados coletados pelo Controle da Produção. A determinação da quant!
dade perdida por operação está diretamente relacionada com estudos
a respeito da capacidade do processo (capability). Lotes menores, o
maior nÚmero de operaçÕes intermediárias ou a complexidade da peça,
percentualmente, apresentam maiores perdas.
O total referente as perdas se~~ acrescido a quantidade i
.30.
nicial e terá· influência direta no custo_ da matéria-prima e no cus
to das operaçÕes •. Por. exemplo·,· se para a fabricação de uma quantid~
de de 1.000 peças, o processo 6briga a ·se inc6rrer em 10% de per
das, a quantidade inicial de peças a ser processada seri:
1.000 0,90
Q. = l.lll peças: ). . .
A valorização do material direto se realiza ao preço do
dia e compreende ainda as despesas com ·frete, armazenagem, seguros,
que garantem a sua disponibilidade na ind~stria. Os custos de mate
rial direto podem variar largamente, confo~me o tipo e condiçÕes do
material de partida.
Para um ·mesmo material podem ser encontradas notiveis di
ferença~, o que permite in~meras possibilidades de redução de cus-
tos diante da escolha adequada; as exigincias de qualidade -na o de-
vem ser mantidas superiores às estritamente necessirias tendo-se em
conta as especificaçÕ-es requeridas para o produto for jade a frio.
Um _estudo. de reduÇão de custe referente a escolha adequa
da de materiais. de. partida para uma linha de parafusos de altares-
ponsabilidade· indi·cou a possibilidade de utilização do aço ABNT
5140, ae bore, em lugar do aço ABNT 4110. A simples eliminação dos
custos adi~ionais de matéria-prima devido a presenta de molibdinio,
trouxe para a empresa· uma. economia anual de CZ$1.300.000,00
total de 2.130 O'TN) , em 1980 •.
(ou o
Para se ter em conta os custos devidos a armazenagem e ao
transporte, pode-se calcular um suplementb de despesas gerais do ma
terial, o ·qúa.l se ·expressa em função dos custos do material direto·
e que, ·para ·cá.lculos aproximados é adotado como 3%. Sua determina
çãc e~ata, dependeri das condiçÕes operacionais' de cada empresa. O~
tros métodos de. custeie, entretante, podem considerar os custos de
vidos a armazenagem e ao transporte interno como despesas indiretas
de fabricação, de natureza fixa, a serem proporcionalmente distri
bui das por perio,do.
-Deve ser considerada, ainda, a determinação de resfduos a
·proveitiveis, o que pode·ser significativo em peças mais complexas.
Esse controle pede_ser feito por produto, permitindo a determinação
o 31.
de uma porcentagem sobre o peso da peça acabada, ou globalmente, por
perÍodo.
A Contabilidade de Custos, com base nos critérios de valo
rizaçao aqui apresentados elaborará uma tabela com as informaçÕes
de custo unitário de matéria-prima, por tipo de material, P•'r gama
de bitolas e levando em conta ainda a condição de fornecimento do
mesmo - laminado. tre:filado. bruto ou recozido; barras ou fio-máqui
na. Essa tabela ficará a dispo.sição da Engenharia de Processos, ou
setor equivalen-te e suas informaçÕes poderão ser armazenadas na me
moria do computador. Tabelas (8) e (9).
Por ocasião do cálculo de custo de um produto, a Engenha
ria de Processos determ~nará, levando em conta as dimensÕes da peça
acabada, as dimensÕes mfnimá do sobremetal necessário,as perdas por
refugo, as perdas residuais e o peso necessário de material por pe
ça. Apoiada nas leis básicas do forjamento, do volume constante, da
resist~ncia minima e do recalque livre, determinar~ as dimensÕes do
blanque e do material de partida.
O produto do custo unitário de material (conforme a alte~
nativa escolhida) pelo peso necessario e pela quantidade inicial Oi
dará o custo do material direto.
( 12)
3.1.2 - Custo de OperaçÕes
O custo de operaçÕes (C 0 ) refere-se a soma dos custos das
diversas operaçÕes necessárias para execução de uma peça.
Para se calcular o custo das operaçÕes das distintas fa
ses de trabalho,. multiplica-se o tempo de operação do equipamento·
onde se dá a operação, necessário para executar o lote de pe:ças, p~
lo custo hora máquina, determinado por centro de custo.
( 13)
3.1.2.1 - Tempo de Ocupação (T) do equipamento
O tempo de ocupação é determinado a partir dos dados ref~
renciados por um Estudo de Tempos e Métodos. Baseia-se em tempos P~
drÕes para operação ou para preparaçao de equipamentos, determina-
dos por cronometragem, por métodos que utilizam tempos pré-determi
nados (o MTM se ajusta muito bem) ou mesmo, em tempos estimados, co
mo a melhor expectativa de ocorrência .
• 32.
A determinação do temp,o padrão e feita a partir do estabe
lecimento do método, correto de traba,lho, que corresponde a melhor
alternativa, possi,vel ,' em um dado momento, e seg,undo as condiçÕes -a
dispos,ição,, para realizar uma preparação da máquina ( "set up") ou u
ma operação. Sem a garantia de realização, segundo oo método corre
to, nã,o há tempo padrão.
O tempo de preparação e considerado apenas uma vez por 12_
te a produzir, e,nquanto que o tempo de operação 'e determinado por
peça.
O tempo de preparaçao representa uma considerável influên
cia nos proces,sos de forjamento a frio e tem sido objeto de grande
atenção por ~arte dos empresários que se empenham na redução de cus
tos e aumen,to da produtividade. Paradas para troca e ajustagem do
ferramenta:L e para rea:L:i,mentação da matéria-prima significam uma peE:_
da sel"tsive:L na capaç:i,dai'le :real de produção e merecem um planejamen
to 'QaS1tante ç:ritei>io§o apl,içªvel já na programação da produção do ~
quipament<? e <;>l<tensive> ª-s eC>!l<iiçÕes teen<>lÓgicas de produção. o te!!'.
po de preparação costuma ser indiçado em sepa:rado, de modo a desta
qá .... lo~
sendo:
onde:
sendo:
'l' "' Tp + T,.. Op , , ._. ( 14)
Tp tempo de ~
('expresso horas lote) "' preparaçao em por
T = C,
tempo de corrida,
Te = Qi . T ( 15) e
Qi = quantidade inicial (expressa em mÚltiplo de mil pe
ças)
Te = tempo padrão para a operaçao (expresso em horas por
mil peças) •.
Esse conceito se aplica também a operaçÕes, tratamentos
superficiais e tratamentos,térmicos (recozimento ou têmpera e reve
nimen1;o). Entretan'to, nesse caso é mais comum expressar-se a quant~:.
dade em unidades de,peso por mil peças e o custo do equipamento em
unidades-,m,onetái:oias"p:o:r quilo.
Quando, não se dispuser de informaçÕes mais precisas, deve
-se lançar mão da melhor estimativa de tempo possivel, buscando:;-se
.33.
mu:i!tas vezes como :fonte de in:formaçÕes as operaç<Os análogas ja exe
cutadas na empresa.
O tempo de corrida em geral e :fornecido p-elo
do equipamento.
:fabricante
I Billigmann (9} apresenta os segu1ntes valores para o tem
po de preparação de p·rensas a f'rio. são valores orienta ti vos
prensas de diversos tipos e em :função do tamanho da máquina ..
Tabéla (1) -·Tempos de.preparação de prensas a
.:frio. Re:ferência (9).
Capacidade da máqu!· Tempo de pr~
Tipo de máquina na por bitola .de :fio paraçao (Tp) --maquina (mm) (min.)
Prensas a :frio 6 60
de. simP.l·es e :f e i a a -to 12 75
Prensas a :frio 6 90
de duplo e:fei- a a
to 12 105
Prensas a :frio .
mÚltipla (4 até 10 até 60 a
5 :fases de con .. 40 120 240 - ate a
:formação
Tabela (2) :- Tempos de preparaçao de prensas de·
fricção (.no caso de máquina com f'err~,
mentas .-de pré-f'ormar, acrescer 30 mi
nutos). Ref'erên~ia ( 9).
·Capacidade da máquina Tempo de preparaçac
Força (MP) Diâmetro do fuso (9mm) (min)
.Até é 100 Até 130' 35
de.,loo á 200. de 130 a 180 45
de 200 a 300 de 180 a 220 60
de 300 a 500 de 220 a 300 80
mai-s de 500 mai-s de 300 100
.34.
para
Tabela (3) - Tempos de preparaçao de prensas ver
ticais de forjar (prensas exc;ntri
cas). Refer;ncia (9). . .
Capacidade da maquina Tempo de preparaçao
força (MP) (min)
Até 100 50
de 100 até 200 60
de 200 até 300 75
de 300 até 500 100
de 500 até 3000 125
mais de 3000 150
Tabela (4) - Tempos de preparaçao de máquinas ho
rizontais de forjar utilizando duàs
o~ 3 ferramentas de recalcar. Refe
r;ncia (9)
Capacidade da maquina Tempo de preparaçao
força (MP) (min)
At~ 125 60
de 125 a 300 75
de 300 a 600 90
de 600 a 900 110
de 900 à 1200 130
de 1200 a 1500 150
mais de 1500 180
Obse~vaçio: l MP = 1.000 Kgf = lO kN
A valorização dos tempos pressupÕe uma correta estimativa
do g~au de rendimento, uma condiçio que se pode determinar somente
depois de um largo periodo de experi~ncia. Entre as dificuldades en
centradas nesse asp~cto situam-se as diferenças significativas en
contradas em fábricas distintas embora utilizando máquinas e prece~
sos semelhantes e. fabricando urna mesma linha de produtos.
O tempo de preparaçio compreende todos os trabalhos rela
cionados com a desmontagem do ferrarnental anterior e montagem do
·rerrame'ntal para uma nova peça·; o estudo pelo operador, das informa
çÕes técnicas correspondentes ao produto a fabricar - a leitura da
.35.
f·olha de processo e dos desenhos de processo e sua interpretação; o
preenchimento das fichas de apontamento da produção; a conf"rência
dos dados e o controle no recebimento da matéria-prima; a verifica
çao do ferramental e sua montagem na prensa com a fabricação de pe
ças em cada estigio; a ajustagem do ferramental e a fabricação das
primeiras amostras, bem comO do controle dimensional; o controle me
talÚrgico da deformação. OperaçÕes realizadas até que se obt<,nha a
aprovação que autorizari a execução do lote. Além disso, as paradas
para troca de ferramentas, gastas ou quebradas e as paradas para a
realimentação da prensa são incluidas nesse tempo.
O desenvolvimento de métodos mais acurados, de s:Lstemas
de ferramentas para troca-rápida, de bobinas de fio..:máquina de di
mensoes maiores, associados a um treinamento adequado.,· t·~m diminui
do consideravelmente o tempo de preparação, o que tem per~itido as
empresas converter diretamente tempo improdutivo:em tempo produti
vo, isto é, horas perdidas em peças faturáv~is.
Os ·dados indicados nas tabelas representam valores exper!
mentais, médios e não devem ser considerados de forma defini~iva.Va
riam de fábrica a fábrica em função da infra-estrutura organ:ézacio
nal existente.
3.1.2.2 - Determinação do custo hora do equipame~
to ou centro de custo
Da equaçao ( 8), temos o custo de produção dado por::
O remanejamento dos dados relativos ao custo de mão-de-o
bra direta e ao custo das despesas indiretas de fabricação, expres
sos em unidades monetárias por hora trabalhada permite conce~tuar o
custo hora do equipamento ou do centro de custo.
Seus valores são determinados pela Contabilidade de Cus-
tos e fornecidos i Engenharia de Processos ou postos em disponibil!
dade junto i mem6ria do computador.
A seguir acham-se expostos alguns critérios para determi
naçao dos valores que compõ·em o custo hora (ou custo por qui :Lo) do
equipamento ou dó centro de custo.
3.1.2.2.1 - Determinação do custo de
mão-de-obra direta
Com base na estrutura de custos já apresentada no Capit!:'_
.36.
lo 2 e observando-se o organ<>grarna da empresa (ou a sua folha de p~
garner.:tos) todas ·as despesas. de mão-de-obra que cor-respondem direta
mente a cada uma das fases de trabalho, acrescidas dos adicionais e
dos encargos sociais forárn o custo da mão-de-obra direta.
Cab~ri ao respónsivel pela contabilidade de custos de c i-
dir-se pelo critirio que estabelecer-i e ati que nivel hierirquico 'j'
sera considerado·''·direto''~ ,·.
A titulo de exemplo, considere-se urna ind~strik ~~e utili
ze o processo de forjamento a frio, estruturada hierar·Quicamen te
nos seguintes niveis, de acordo com a Tabela (5):
Tabela (5) - Estrutura hierárquica de uma empre
sa em linha decrescente direta.
NÚmero de elementos Nivel Cargos
na estrutura
A Diretor Presidente 1
B Diretor de Divisão 3
c Gerente de Departamento 6
D Encarregados 10
E Supervisor de Produção 40
F Operadores 400
A partir do nivel D e considerado, por exernpo, como ma o-
-de-obra direta. O custo hora relativo ã mão-de-obra direta de uma
prensa se compoe, proporcionalmente, conforme a amplitu.de de coman
do de cada cargo. Assim:
__ [10 (salário do)+ 40 . (salári~ do) ~00 encarregado 400 superv~sor
+ 1 (salário do)]. E 1 operador
onde E e o fator que engloba todos os adicionais relacionados
( 16)
como
encargos sociais, f~rias proporcionais, 132 sal~rio, adicional no
turno. A revista Conjuntura Econ3mica, da FGV, apresenta anualmente
os valores corresp<>ndentes a esse fator. Normalmente cor-respondem a
88,9% ou seja: E = 1,889.
O CMOD e expresso em unidades monetirias por hora.
Do nfvel gerencial para cima, as despesas com salár'ios e
hono1·irios da diretoria são considerados custos administrativos.
Os custos de mão-de-obra direta são custos variáveis.Pren
sas verticais manuais utilizam um operador por m~quina ou por cen-
.37.
tro de custo, por turno; prensas horizontais semi-automáticas de mÚl
tiplos estágios utilizam um operador para duas máquinas. Por exem
plo, prensas pe.quenas e médias, até 12 mm de bitola, podem utilizar
um operador para duas máquinas, na produção de peças padronizadas e
grandes lotes. Nesse caso, a amplitude de comando correspondente ao
operador será considerado na razão 1:2.
3.1.2.2.2 - Determinação dos custos di
retos de fabricação
Conforme ja apresentado no capitulo 2, as despesas indir~
tas de fabricação relacionam-se com despesas gerais que não são ma
teriais diretos ou de mão-de-obra direta. Parte dessas despesas re
lacionam-se com atividades de produção e parte com despesas purame~
te administrativas.
As despesas indiretas de caráter administrativo serao con
sideradas como c·usto administrativo, portanto, somados a essa pare~
la dos custos totais. As despesas indiretas de caráter produtivo se
rão apuradas e lançadas ao custo hora (ou custo quilo) do'centro de
custo. são eles os custos referentes a:
espaço (KR)
energia (KE)
depreciação (KAZ)
mão-de-obra indireta.CK1 )
materiais auxiliare.s (KM)
ferramentas (KF·e).
Para a sua determinação, sao considerados os critérios:
a) custos referentes ao espaço ocupado pelo equipamento
(KR)
produtivo
Cada equipamento produtivo ocupa uma area necessária ao
desenvolvimento do trabal.ho e tudo se passa como se essa área de tra
balho custe à empresa urna taxa de alug·uel que deve ser paga por ho
ra de trabalho, ou por peça produzida e vendida.
Assim sendo, o custo do espaço é dado pela area operacio
nal do equipamento: área ocupada pelo equipamento mais área da mat~
ria-prima a ser processada, mais a área do produto obtido, mais a ~
rea de movimentação do operador, multiplicada pelo fator de propor
cionalidade entre a área operacional e a área industrial total e P~
.38.
lo valor atribu:ido por metro quadro, correspondente ao aluguel.
b) Custos referentes ao consumo de energia (KE)
Cada equipamento produtivo consome uma quantidade de eneE:
gia. No Brasil,· a grande maioria dos equipamentos destinados ao foE:
jamento a frio e dos equipamentos periféricos a eles estão condicio
nados ao consumo de energia elétrica, dadas as facilidades aqui e
xistentes. O custo dessa energia é dado pelo produto da capacidade
insta.lada por equipamento, expresso em quilowatts; pelo valor uni tá
rio do custo da energia, expresso em unidades monetárias por quilo
watts por hora; pelo fator de utilização efetiva do equipamento.
c) Custos referentes i depreciação do equipamento (KAZ)
A parcela referente i depreciação do equipamento -e dada
pelo valor do equipamento no qual se inclui: preço de aquisição in
cluindo-se todos os opcionais e acess;rios adquiridos, frete, desp!
sas ele instalação e despesas financeiras com a aquisiçao, dividido
pela vida Útil, de modo a obter uma relação de unidades monetárias
por hora.
A legislação nao obriga a adoção de datas de depreciação o
ficiais para virias tipos de equipamentos; ~' ao empresario que ca
be determinar suas taxas reais de depreciação e fazi-las aceitas P!
la D~'legacia da Receita Federal. No estabelecimento da vida Útil do
equipamento leva-se em conta o desgaste, obsoletismo decorrente de
novo~; avanços da tecnologia, inadequação do processo produtivo, mu
dança de politica da empresa, baixo nivel de procura do produto. No
Brasi~l, a depreciação é regida pelo decreto n• 55.866, de 23 de mar
ço d" 1965.
Em 99% dos casos a contabilização da depreciação é feita
pelo método linear. A soma total depreciável é dividida em partes ~
guais e distribuida pela vida Útil estimada. É um método razoavel
mente preciso e extremamente simples. Sendo:
v = valor inicial
VR = valor residual
N = vida Útil
D = depreciação anual,
tem-se:
D = ( l 7 )
Se a partir de um determinado momento a velocidade de de-
.39.
preciação sofrer alteraÇÕ~s pode-se mudar a inclinação da reta; no
caso de uma reforma do equipamento, pode-se incorporar o valor da
reforma ao valor .residual naquele momento, mantendo ou prorrogando
a vida Útil.
A fixação da vida Útil depende dos empresários. Comparan-
do-se, entretanto, através de laudos técnicos competentes emitidos
por entidades oficiais de tecnologia, a sua validade. Legalmente é posslvel exercer-se uma correçao monetária do valor do ativo fixo,
conforme os Índices oficiais, ·de modo a manter, no caso, deflaciona
do o valor residual em cada periodo. Dessa forma, torna-se possivel
manter-se em niveis paritários cust"Os de equipamentos similares ad
quiridos em épocas diferentes.
No caso de equ.ipamentos utilizados mediante contratos de
''leasing'~, a taxa anual correspondente deve ser considerada como o
valor da depreciação anual. O valor ·(KAZ) e expresso em unidades mo
netárias por hora.
d) Custos referentes à mão-de-obra indireta (KI)
O valor correspondente a essa parcela é dado pela distri
buição propdrcional das despesas com pessoal indiretamente relacio
nado ao processo produtivo, tais como: inspetores de qualidade, of.!:_
ciais de manutenção elétrica ou mecanica, ·ajudantes gerais da prod~
çao, por centro de custo, em um dado peri.odo, acrescidos dos •encar
gos sociais e adicionais .. L·eva-se em conta o numero de turnos do tra
balho industrial. O valor KI é expresso ~~ unidades monetárias por
hora.
d) Custos referentes a materiais. auxl.liares (KM)
O valor correspondente é dado pela distribuição proporci2_
nal do total dispendido com materiais auxiliares, como: lubrifican
tes, materiais de manutenção corriqueira (rolamentos, parafusos,lâ~ . .
padas), lixàs, panos de limpeza, pequenas ferramentas, etc. ,p<)r cen
tro de c.usto, em um dado per:Í:odo.
Esse valor 'é individualizado.por centro de custo conforme
apontem as z:-equisiçÕes de materiais correspondentes.
f) Custos referentes ao ferramenta! (KFe I
O cust~ do ferramenta! pode ser considerado de duas manei
ras:
.40.
- classificado como parte dos custos dos materiais auxi-
l~ares, genericamente, ou
classificado como um item de custos especificamente con
trolado, de forma individualizada.
O segundo critério é o mais recomendado para o ferramen-
tal de prensas no processo de forjamento a frio, pois é um item de
valor bastante significativo nos custos e merece atenção
quando se procede a uma anilise econ;mica. Chega a ser
definição de processos alternativos de produção.
Quando se trata de um lote pequeno de peças a
especial
decisivo na
ser prod'::'_
zido em uma Única vez, o ferramental não de desgasta por completo.
Nessa situação, a individualização do custo do ferramental se faz
necessária, pois a sua incidência no preço do produto deverá ser dis
cutida com o cliente. De um modo geral, como a tecnologia de ferra-
mental é propriedade do fabricante e está diretamente relacionada
com os meios e os equipamentos de que disp~e, o ferramenta! na o e
cedido ao cliente, que deve arcar com o onus de sua utilização. As
sim, o ferramental tem valor de uso, .mas nao tem valor de troca.
No caso de peças complexas torna-se inevitável incorrer-
-se em custos de desenvolvimentos que poderão ser incorporados ao
custo do ferramental ou considerados em separado. Em cada caso, um
bom relacionamento comercial entre o fornecedor e o cliente defini
ra esse aspecto.
O custo do ferramental deve ser considerado por partes. E
xiste parte do ferramental que se desgasta, pois está diretamente
em contato com a peça-trabalho e submetida aos elevados esforços da
conformação; é a parte que desempenha a função principal
mental; existe outra parte que se compÕe das ferramentas
do ferra
estrutu-
rais, não sujeitas ao desgaste; e a parte que desempenha a função
suporte ou secundária do conjunto. A partir dessa consideração, de
ve-se dividir o valor do ferramental por valores distintos de vida
Útil, o que dará incidências diferenciadas na composição de custos.
Outra consideração cabivel refere-se a equipamentos que
combi:nam diversa_s operaçÕes como: alimentação da matéria-prima e cor
te do blanque; forjam~nto em estágios; apontamento e laminação de
roscas (quando parafusos), o custo do ferramental deve incidir no
custo da peça em conformidade com a efetiva utilização de cada esta
çao, de acordo com o seu emprego nb processo. Assim, se para uma p~
ça são utilizados: alimentação e corte, forjamento em três estaçÕes
.41.
-e a peça nao e apontada nem rosqueada na prensa, as parcelas refe--rentes ao ferramenta! de apontar e de laminar rosca nao devem ser
consideradas.
Infere-se do exposto que os custos indiretos de fabrica
çao representam a soma das parcelas correspondentes a cada insumo a
presentado, o que significa:
(18)
3.2 - Aplicação dos critérios apresentados para cálculo do cus
to hora máquina para uma prensa horizontal de cinco esta
çÕes, semi-automática
Consideremos os dados técnicos e econÔmicos do equipamen-
to:,
3.2.1 - Cálculo do custo das despesas indiretas de fabri-
caçao
3.2.1.1- Custo do espaço (KR)
- Dados:
-area ocupada pela maquina -area operacional
custo por metro quadrado por ano
horas trabalhadas por ano -fator de proporcionalidade da a-
36
100
2 m
2 m
$60.000,00
5.000
rea operacional: área total 0,10.
3.2.1.2- Custo de energia (KE)
capacidade in•talada
custo por quilowatt
taxa de utilização
Portanto:
KE = 103 X 1,0 x 30,00
KE = 3.090,00 ($/h) .
. 42.
103 Kw
30,00 ($/Kw.h)
100% (fator = 1,0)
Tabela (6) - Dados técnicos de um. equipamento
DADOS DA MÁQUINA
. AplicaçÕes tipicas:
. parafusos comerciai-s
. parafusos de alta resistência
. porcas hexagonais - DIN 934
. distância máxima entre faces (mm)
. peças de formas:
. diâmetro máximo (mm)
• comprimento máximo (mm)
. Força de compressao (MP)
. taxa de produção (peça/min)
• diâme·tro máximo do fio-máquina(mm)
. c-omprim·ento máximo do pin.o ( mm)
. per=so máximo do pino expúlsor (mm)
• potência do motor (Kw)
. rotaçã.o do motor ( rpm)
• espaço necessário (mxm)
. espaço de trabalho (mxm)
. peso liquido (kg)
. peso bruto (kg)
. fases de trabalho (incluindo o corte)
. numero de turnos
. horas Úteis por ano
. investimento ($)
14 - 32
14 - 26
Ml4 - 22
34
66
230
600
30 - 60
33
270
200
103
1000
9,4 X 3,8
10,0 X 10,0
80.000
89.000
5
2
5.000
30.000.000,00
3.2.1.3 - Custo de depreciação (KAzl
- Dados
:lnve.stimento inicial
valor resirlual
vida Útil
l~oras trabalhadas por ano
nÚmero de turnos
taxa rle utilização
.43.
$30.000.000,00
zero
10 anos
5.000
2
100%
Portanto:
so.o.oo.ooo~oo = ·ro-x 5.ooo
KAZ = 600,00 ($/h).
3.2.1.4 - Custo de mão-de-obra indireta (K1
)
Despesa média anual (para o centro de
cus to correspond-ente)
horas Úteis ano
6.000.000,00 5.000
KI = 1.200,00 ($/h).
$ 6.000.000,00
5.000
3.2.1.5 - Custo de materiais auxiliares (K~1 )
Despesa média anual (para o centro de
custo correspondente)
horas Úteis ano
= 3.000.000,00
5.000
= 6-00,00 ($/h) o
$ 3.000.000,00
5.000
3.2.1.6 - Custo do ferramenta!
Ferramenta! de desgaste:
custo
vida Útil
Ferramenta! estrutural:
$ 600.000,00
150.000 peças
custo $ 800.000,00
vida Útil 1.000.000 peças
600.000,00 150.000
800.000,00 + 1.000.000"
KFE = ~.ao ($/peça)
Cabe observar que o custo do ferramenta! acha-se expresso
em unidades monetárias por peça, e-nquanto nos demais insumos, o
custo é indicado em unidades monetárias por hora .
. 44.
3.2.2 - ci1cu1o dos custos diretos
O custo da mão-de-obra ·referente a este centro de custo,
calculado conforme os critérios estabelecidos, é dado por:
CMOD = 1.847,00 ($/h)
Portanto, a soma dos in·sumos contidos. em (1) e (2), permite det.ermi
nar o custo hora da prensa:
Considerando-se uma taxa de produção
t = 40 (peças/min), temos
CHM = 1.847,00 + (120,00+3090,00+600,00+1200,00+600,00) +
+ 4,80 (40 X 60)
CHM = 18.977,00 ($/h)
que e o valor do custo hora-miquina correspondente ao centrode cus
to da prensa em qu·estão.
3.3 - ci1c.u1o do custo de operaçao para forjamento a frio de u
ma pe.ça, na prensa acima
Peso liquido 25 (kg/1.000) - 48 (kg/1. 000) peso necessario
perdas na operaçao 10%
tempo de preparaçao 8 horas
tempo de corrida 40 peças/minuto
custo da matéria-'prima 1.000,00 ($/kg)
co = (CHM . Tp + CHM Te)
CMD. Qi PN cuMP 1.000 48 1.000,00 = . . = 0,9 X 1000 X
CMD. = 53.334,00 %/1000 peças
co = (CHM . Tp) + (CHM . Te)
co . 1000
= (18.977,00 X 8) + (l8 . 977 ,00 X 21
41
01
01)
. 1.000
.45.
co = 151,816 + 8.784,77
1000
co = 8.936,59 ($/1.000)
1000
CP = 53.334,00 + 8,936,59
CP= 62.270,59 ($/1.000).
Cabe observar que o custo do ferramenta! e cobrado inclusi
ve durante o tempo de preparação, como estando em uso normal. De cer
ta forma, isso vem cobrir o alto risco de quebra acidental nessa fa-
se.
Tabela (7) - Custo padrão do equipamento
lr1s. 01/04 Re!'eNneia; custo hora-máquina ($/b)
Validade; 01/04/84 a 30/06/84 1 DATA: 15/03/84
Centro de Cu.cto COIF
JlÁQUIN..A CÓl)IGO CXOD KR •• KAZ KI •• •, . CHM
Prensa Porca& 14 20.15 l-8-47 ,00 120,00 3.090,00 600,00 1.200,00 600,00 ll.520,00 18.977,00
Prensa Porcas 12 20.16 1.847,00 100,00 2.800,00 500,00 1.200,00 600,00 9.200,00 16.247,00
Dupla Ação l/4 30.12 4.600,00 100,00 2.000,00 500,00 1.200, 00 600,00 6.000,00
Dupla. Ação l/2 30.1
.
Tabela (8) - Custo padrão do material direto.
Referência: custo do material direto ($/kg) fls. 01/02
Validade: 01/04/84 a 30/06/84 Data:l5/3/84
Material Gama de Bitolas (mm) Condição CMD
51 B 35 16 - 12 RLB 1. 200 '00
12 - 8 RLB 1.280,00
- 8 - 6 RLB 1.320,00
51 B 40 25 - 19 RLB 1.060,00
19 - 16
Os valores de custo de preparaçao da matéria-prima, cor
respondendo .aos cus"tos d,e~ apontamento, es:feroidização, limpeza,
:fos:fatização, " l"ubrificação e tre:filação acham-se na tabela ( 9) a
baixo.
Quando se tratar de barras, acrescenta-se a operaçao de
endirei. tamente e seu re"spectivo custo:
Tab"ela: (9) - CUS"tO padrão de preparaçao por bitola.
Gams, de Bitolas" Re<iução Máxima JYOr Transformação CP
(mm) passe tipica ($/kg)
25 - 19 25% RL - RTE 180,00
1.9 - 1{;
16 - "12
12 - 8
8 - 6
25 "
De P"Osse dessas in:formaç"Ões poder-se-á desempenhar as fu~
çoes de Planejamento do Processo Produtivo de maneira eficaz, pois
os procedi"mentos ode decisão e controle terão um referencial .
. 47 ."
3.4 - Casos de àplicação geral
L
I
I
I
USINAGEM DE ACABAMENTO APÓS
. t!SOO I fOR.JAMENTO A QUEN.TE
...... I I ! I '\. -- t-J.. I I .,... - '\. I I i I .....
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' o S7 -' -12.5'1 G I ..
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.. o 1000 i " - Ir
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" 500 "
IÇ I ' Figura lO - Eixo.
SUCHA
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I 1 ......
I I I I
! US! NAGEM OE ACABAMENTO APÓS
i
I RJR.JAMENTO A FRIO
i I I
' j] 2 :S. 4 5 6 1 8 910 20 ~ 40 ~ so ~o 100
Q UANT104DE PRODUZ iDA ( X tO~)
li I I I
US!NAGE~.t. OE ACABAMENTO APÓS
EXTRUSMJ A QUENTE I .
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I li USINAGEJ\11. DE ACA:BAMEN TO APÓS .- I i I
FORJ AMENTO A F RI? I m I li ·li I I I I m
Q ~ . Z 3 4 S 6 "( S ~ 10 20 ~... 40 ~ GCS.::. !CO
' QUANTIDADE PRODUZJ.OA (X 10)
Figura ll - Desenvolvimento de peças segundo
Komatsu May Press (10) .
• 48.
FORJAMENTO A FRIO-SIMPLES-
qiJ! ~ OPERAÇÃoESIF.
jwsm'FIC. j LUBRIFIC.!
FORJAMENTO A .MÔRNO COM TRANSFÊRENClA
t"OPERAÇÁO PERFURAI!ÃO
OXH-63'0 PRENSA C/TRAHSF.
CUSTO DEUSlNAGEM PARA UMA CHAVE SOQUETE
200
-• ·rs·o Q
~ z ::>
~ 100 .. Q ... .. ~: 50.
'
..... I
. .
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I i : ' '!. ' I· .I USIN EreM A PARtiR. ., l; I: DO L MINAO O i l' I
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' I ~ : ' I I !
' .. ! I ~ FORJAo.tENTO A iiilõ
; ' .
E U~NAO~,,. I I I I' ' I.
,..__, ' I
I 1], ! 'i I ' ; ' : •i I. I ' I JJ . .J.f --!....:= -- --~ I i: '' FORJAMEN O A MORNO COM
. :! •T~fr:Ãa~~~~~ JE US!NAG~'-4-.I
' ' 'I i
i :1 rll I I . I ' 2: 3 4 5 678910 20 30 4050 -80100 200 «D 600 1000
PROOUÇÂO· NIENSAL X 1000 .
. Figura ('12) - Estudo comparativo (lO) .
. 49.
f' 2,5_
. ~· -<l.2
.. .. -..
.. .,.
Figura (13)- Eixo(lO) .
. 50.
o ..
..
:r .. ., <[ z
o 1-z .. :<o . -~ «-0: ... o .....
•
•
•
REFÉRÊNCIAS BI.BLIOGRÁFICAS
(1) ~ DRUCKER, P. F. Uma era de descontinuidade: orientação para
uma sociedade em mudança.
L·i vro.
São Paulo, E di tor'a Circulo do
(2) - CHIAVENATO, I. Administração de ·empresas: uma abordagem
coor1ti!'gencial . São Paulo, McGraw Hill do Brasil, 1982.
(3) - WOOtlWARD, J. Organização industrial: teoria e prática. S.
Paulo, Editora Atlas (tradução G~ni Garcia Goldschmidt) .
(4) - CAMPIGLIA, A. O. Curso de contabilidade de custos. S. Pau
lo, E di to r à da USP, 1964 (brochura).
(5) - WELSCH, G. A •. Drçamento empresarial: planejamento e contro
le do lucro. São Paulo, Editora Atlas, 1979, (tradução
A. z. Sanvicente).
(6) - BACK, N. Metodologia do ~rojet6 de produtos industriais.
Rio de Janeiro, Editora Guanabara Dois, 1983.
( 7) - MARX , K. Ma-nus cri tos ·econÔmico-:-fi loSó·ficos e outros textos
escolhido. São Paulo, Abril Cultural, 1978 (Os Pensado
res),(tradução J. C. Bruni).
(8) - COLENCI JR., A. Engenharia e ariálise4e valor. são C ar-
los, EESC-USP, apostila, 1989.
(9) - BILLIGMANN, J, & F~LDMAN, H. D. Estampado y prensad6 a ma-
quina. 2 ed., Barcelona, Reverté, 1979.
(lO) - COLENCl JR., .A. A~pectos econ~micos da tecnologia de forj!
manto a frio. são Carlos, EESC-USP., i9B4(di~sertação de
mestrado) .
. 51.