O sódio é essencial para regular os fl uidos
intra e extracelulares do corpo, atuando
para manter a pressão arterial e o volume
sanguíneo. Também é essencial para regular
o equilíbrio hídrico do organismo e para a
transmissão dos impulsos nervosos, além de
ajudar no relaxamento muscular. O consumo
excessivo pode causar aumento da pressão
arterial, por isso o Ministério da Saúde, a
Organização Mundial da Saúde (OMS), bem
como as Sociedades Brasileiras de Cardiologia,
Hipertensão e Nefrologia, recomendam que os
indivíduos saudáveis consumam menos que
2.000 mg de sódio por dia (o que representa
menos de 5 g de sal de cozinha/dia).
Por isso, é importante estarmos atentos
à quantidade de sódio ingerida na dieta.
POR QUE FALAR SOBRE
SÓDIO?
Portanto, a maior parte do sódio na nossa
dieta é proveniente da adição de sal
durante o processamento ou preparo dos
alimentos. Diversos estudos demonstram
que a ingestão de sódio na dieta varia muito
em função de fatores sociais e culturais,
situando-se entre 1.800 a 5.000 mg/dia.
O FDA nos EUA, por exemplo, encontrou
evidências de que os americanos consomem
em média cerca de 3.000 mg de sódio
todos os dias. Esse quadro não é diferente
no Brasil e, por isso, é tão importante que
seja implementada uma grande campanha
nacional para redução do sal de mesa e
do sal de preparo, que são utilizados sem
medida e sem controle.
O consumo elevado de sal de preparação
é uma característica da culinária brasileira,
vinda dos primórdios da nossa cozinha,
com a grande utilização de alimentos muito
salgados, para conservação, como a carne-
seca, a carne de sol e os peixes e aves em
crosta de sal. As preparações que mais
contribuem com sódio na dieta são o arroz
e o feijão, devido à frequência e quantidade
consumidas. Além disso, o sal também é
utilizado para temperar pratos prontos como
saladas e batata frita.
SÓDIO NA ALIMENTAÇÃO
DO BRASILEIRO
O sódio também está presente naturalmente
na composição de diversos alimentos e na
água. Na água potável, o teor de sódio pode
variar entre <1 a 200 mg/L. Águas de fontes
subterrâneas ou minerais tipicamente contêm
maiores concentrações de minerais e sais que
as águas superfi ciais. O leite humano e
o leite de vaca contêm 180 mg/L e 770 mg/L,
respectivamente. Frutas frescas e vegetais
podem conter concentrações de sódio variando
entre <10 a 1.000 mg/kg; cereais e queijo
podem conter entre 10.000 a 20.000 mg/kg.
Assim, pode-se afi rmar que a maior parte do
sódio que grande parte das pessoas ingere é
proveniente dos alimentos e não da água. A
contribuição do sódio proveniente da água
potável da torneira ou engarrafada de fonte
mineral é usualmente muito pequena, em geral
<5% do total de sódio ingerido.
Nesse contexto, a água potável da torneira
ou engarrafada de fonte mineral não deve
se constituir em preocupação quanto à sua
contribuição para o total de sódio consumido.
Na dieta brasileira habitual, as bebidas não
alcoólicas, incluindo as águas minerais ou
engarrafadas, contribuem com
1,5% do total de sódio ingerido.
VOCÊ SABIA?Que o sal comum (cloreto de sódio) é a
maior fonte de sódio na dieta? O sal contêm
40% de sódio e é utilizado, geralmente,
durante a preparação das refeições (sal
de preparação) e adicionado a alimentos
prontos como saladas e batata frita (sal de
mesa). Dados da Pesquisa de Orçamentos
Familiares (POF) apontam que o consumo
de sal de preparação é responsável por
71,5% do sódio ingerido no país.
A água mineral é composta naturalmente
por diversos minerais, tais como fl úor, ferro,
magnésio, potássio e sódio. O perfi l e a
concentração desses minerais dependem de
uma série de fatores, entre os quais estão
a profundidade do poço, a composição do
solo e o perfi l de drenagem da região. No
Brasil, as águas minerais naturais, em sua
grande maioria, são de baixa mineralização.
Por isso, as águas brasileiras não são fonte
relevante de minerais para o organismo.
As marcas que se dizem “mais saudáveis”
em relação ao sódio não o fazem
adequadamente, porque todas as águas
minerais brasileiras contêm baixo teor de
sódio e são consideradas fontes pouco
signifi cativas desse elemento.
A European Food Safety Authority (EFSA),
responsável pela aprovação de alegações
de saúde na União Europeia, não reconhece
nenhum benefício específi co para qualquer
marca de água mineral natural. Todas as
águas apresentam os mesmos benefícios,
entre eles, o da hidratação.
O sódio em nossas águas é de origem natural.
A legislação brasileira não permite a adição ou a
retirada de qualquer substância da água mineral:
o produto deve ser engarrafado com as mesmas
características encontradas na natureza. A variação
na concentração de sódio em nossos produtos
deve-se às características únicas de cada fonte,
as quais estão relacionadas, por exemplo, com
a composição do solo da região.
Importante ressaltar que todas as águas minerais
comercializadas pela Coca-Cola Brasil apresentam
teor de sódio comparável ao de alimentos classifi cados
como de baixo teor de sódio pela Anvisa.
A quantidade de sódio presente em nossas águas não
provoca qualquer retenção de líquido signifi cativa
no organismo de pessoas saudáveis ou aumento de
pressão arterial, e tampouco é capaz de aumentar a
sede. Pelo contrário, elas auxiliam na hidratação.
No caso das águas minerais naturais, seguindo as
orientações da Anvisa e do Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM), o teor de sódio é declarado
no rótulo em miligramas por litro (mg/L). Isso
pode causar confusão no momento de comparar a
concentração de sódio da água mineral com outros
produtos. Por isso, apresentamos ao lado o teor de
sódio em mg por 200 ml (um copo) de nossas
principais fontes de água.
O teor de sódio contido nas águas minerais
da Coca-Cola Brasil ou em qualquer outra água
mineral brasileira representa em média um
pequeno percentual do consumo diário
máximo recomendado.
SÓDIO NA ÁGUA MINERAL NATURAL
SÓDIO NAS ÁGUAS
MINERAIS NATURAIS DA
COCA-COLA BRASIL
FONTE SÓDIO (mg/200 ml)
IJUÍ CRYSTAL 20,7JOSÉ GREGÓRIO 3,2MINA DA LUA 0,3MONTE SIÃO 1,1SANTO ANTÔNIO 19,9SÃO BENTO AL 1,3YGUABA 7,7
TEOR DE SÓDIO NA ÁGUA MINERAL CRYSTAL
Mesmo com ampla variação, a água mineral natural
tende a apresentar valores de pH que vão de levemente
ácidos a levemente básicos, muito diferentes do pH
gástrico, essencialmente ácido. Ao ser ingerida,
a água chega rapidamente ao estômago, sendo
misturada ao suco gástrico e tornando-se ácida.
Isso faz parte de nosso metabolismo normal. Não há
vantagem ou desvantagem, portanto, em beber águas
mais básicas ou mais ácidas. Teríamos de ingerir, de
uma única vez, volumes inviáveis para que o equilíbrio
acidobásico do estômago e porções iniciais do duodeno
tivessem alterada sua qualidade ácida, que é essencial
para a digestão normal dos alimentos.
Aqui você pode encontrar algumas dicas
para ajudar na redução da ingestão de sal:
Reduzir aos poucos o sal usado nas
preparações caseiras. O paladar se adapta
à redução gradativa da quantidade de sal
nos alimentos, sem prejudicar a percepção
do sabor.
Usar ervas, pimenta, alho e suco de limão,
em substituição ao sal, para temperar
os alimentos. O sabor peculiar desses
ingredientes substitui uma boa parte do sal
utilizado na preparação.
Evitar o uso do saleiro na mesa da refeição.
Ler os rótulos dos alimentos para verifi car
a quantidade de sódio.
O consumo de alimentos ricos em sódio
(mais de 400 mg por 100 g) deve ser
moderado.
pH NAS ÁGUAS
MINERAIS NATURAIS
COMO AJUDAR SEUS PACIENTES
A REDUZIR A INGESTÃO
DE SAL?
FONTE pH
IJUÍ CRYSTAL 9,58JOSÉ GREGÓRIO 8,66MINA DA LUA 6,35MONTE SIÃO 6,49SANTO ANTÔNIO 7,76SÃO BENTO AL 5,40YGUABA 7,28
pH NA ÁGUA MINERAL CRYSTAL:
Todos os valores de pH das águas minerais da Coca-Cola Brasil são seguros.
Fonte: TACO/UNICAMP, 4. ed. 2011;Tabela de equivalências, Medidas Caseiras e Composição Química dos Alimentos, Manuela Pacheco. Ed. Rubio, 2. ed. 2011; Spinelli M G N, Kawashima L M, EGASHIRA, E M. Análise de sódio em preparações habitualmente consumidas em restaurantes self service. Alim. Nutr. 2011; 22(1):55-6; *Informações do mercado.
Toda água mineral brasileira é considerada fonte pouco signifi cativa
de sódio e outros minerais. A água mineral que possui mais de
200 mg/L de sódio deve conter o alerta de rotulagem ”CONTÊM
SÓDIO”. Diferenças no teor de sódio entre as diversas marcas
não são relevantes para o gerenciamento de seu consumo dentro
das recomendações diárias estabelecidas pela ANVISA e OMS.
ABIA. Cenário do consumo de sódio no Brasil. Estudo elaborado com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). Junho, 2013. http://www.abia.org.br/sodio/Sodio2.pdf
EFSA Panel on Dietetic Products, Nutrition and Allergies (NDA). Scientifi c Opinion on the substantiation of health claims related to water and maintenance of normal physical and cognitive function (ID 1102, 1209, 1294, 1331), maintenance of normal thermoregulation (ID 1208) and “basic requirement of all living things” (ID 1207) pursuant to Article 13(1) of Regulation (EC) No 1924/2006. EFSA Journal 2011; 9(4):2075; p. 16.
FDA. Helping Consumers Reduce Sodium Intake. 2012.
Institute of Medicine. Dietary reference intakes for water, potassium, sodium, chloride and sulfate. Washington, DC: National Academy Press, 2004.
Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. 2011.
Ministério de Minas e Energia. Água mineral. Relatório técnico 57, Perfi l de água mineral. 2009.
Mohan S, Campbell NR. Salt and high blood pressure. Clin Sci (Lond). 2009; 117(1): 1-11.
NEPA – UNICAMP. Tabela brasileira de composição de alimentos. 4 ed. 2011.
Spinelli M G N, Kawashima L M, EGASHIRA, E M. Análise de sódio em preparações habitualmente consumidas em restaurantes self service. Alim. Nutr. 2011; 22(1):55-61.
Tabela de equivalentes, medidas caseiras e composição química dos alimentos. Manuela Pacheco. Ed. Rubio, 2. ed., 2011.
WHO. Sodium in drinking water. Geneva, World Health Organization (WHO), 2003.
TEOR DE SÓDIO
EM ALIMENTOS E PREPARAÇÕES MAIS COMUNS
ALIMENTO POR PORÇÃO SÓDIO (mg)
Linguiça de frango grelhada 1 unid. (100 g) 1351
Bife grelhado 1 unid. (130 g) 719
Hambúrguer bovino grelhado 1 unid. (56 g) 610
Feijão pronto 1 concha (150 g) 521
Pastel de carne frito 1 unid. peq. (50 g) 520
Pão de queijo 1 unid. (50 g) 387
Pão francês 1 unid. (50 g) 324
Arroz pronto 4 colheres de sopa (100g) 322
Empada de frango 1 unid. peq. (50 g) 263
Biscoito água e sal 6 unid. (30 g) 256
Pão de forma integral 2 fatias (50 g) 253
Batata chips 1 xícara de chá (25 g) 152
Leite desnatado , UHT 1 copo (200 ml) 102
Maionese 1 colher de sopa (12 g) 94
Margarina com sal 1 colher de sopa (10 g) 56-89
Refrigerante de baixa caloria* 1 copo (200 ml) 10–46
Refrigerante adoçado* 1 copo (200 ml) 14- 8
Água Crystal Fonte Ijuí Cristal 1 copo (200 ml) 20
Água Mineral Natural* 1 copo (200 ml) 0-20
Referências e Recursos
Profi ssionais
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