Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO
Ano Letivo 2013/2014
Equipa de Autoavaliação
Ana Morais
Ana Santos
Carlos Almeida
Dulce Campos
Élia Martins
José Marques
Rosário Marques
Vanda Cândido
Julho 2014
ii
Índice
OBJETIVOS, METODOLOGIA E PRINCIPAIS CONCLUSÕES ...................................................... 3
ENQUADRAMENTO DA AUTOAVALIAÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE
ANDRADE ..................................................................................................................................... 5
CONDUÇÃO DA AUTOAVALIAÇÃO............................................................................................ 8
Equipa de Autoavaliação ........................................................................................................... 8
Instrumentos Utilizados............................................................................................................. 8
Ação .......................................................................................................................................... 9
RESULTADOS DA AUTOAVALIAÇÃO....................................................................................... 11
Execução do Plano de Melhoria .............................................................................................. 11
Sugestões de Melhoria ............................................................................................................ 12
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................................................... 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 17
APÊNDICES ................................................................................................................................. 18
Apêndice A – Plano de Melhoria ............................................................................................ 19
Apêndice B - Modelo_ Síntese de Reunião............................................................................. 23
Apêndice C- Modelo _ Relatório de Reflexão Crítica. ........................................................... 24
Apêndice D – Modelo _ Grelha de Análise de Relatórios ...................................................... 25
Apêndice E - Quadro - Resumo_ Grelha de Verificação ........................................................ 26
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO 2013/14 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE
Equipa de Autoavaliação
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OBJETIVOS, METODOLOGIA E PRINCIPAIS CONCLUSÕES
«A dificuldade assenta em tornar visível o quotidiano.»
(Guerra, 2002, p.58)
O presente relatório tem como objetivo proceder à apresentação do processo de
autoavaliação no Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade (AEAA), realizado
durante o ano letivo 2013/2014.
Será aqui reportado o percurso efetuado face aos objetivos da autoavaliação no
AEAA, apresentadas as conclusões das análises realizadas e as
propostas/recomendações no sentido da melhoria.
O processo de autoavaliação decorre, naturalmente, no horizonte de um processo
de melhoria contínua em prol dos objetivos assumidos a nível do agrupamento e
expressos no seu Projeto Educativo1, das orientações da tutela e demais normativos em
vigor.
No início do seu trabalho, a equipa de autoavaliação fez um levantamento dos
documentos de gestão estratégica da escola e das recomendações constantes no relatório
da Avaliação Externa de Escolas - IGE, de 2012, tendo estabelecido como objetivo
prioritário a monitorização do Plano de Melhoria2, de modo a dotar a administração
educativa e a comunidade em geral de informação sobre a sua consecução.
Para a sua concretização, a recolha de dados foi efetuada a partir dos Relatórios de
Reflexão Crítica, enquanto balanços de final de ano letivo. A partir do recolhido,
identificaram-se aspetos ainda a alcançar e elaboraram-se algumas recomendações.
Da análise dos dados verificou-se que, em geral, foram implementadas medidas de
melhoria centradas nos três domínios: Resultados, Prestação de Serviço Educativo, e
Liderança e Gestão. Não está explícito, nestes documentos, a implementação de
1 Disponível em: http://www.anselmodeandrade.pt/cms/documentos/2013-14/PEA_2013_16.pdf?Itemid=473 2 Apêndice A – Plano de Melhoria
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medidas em todos os subdomínios previstos. As sugestões de melhoria visam, em geral,
o domínio da Liderança e Gestão, nos seus vários níveis.
Em sede de equipa de avaliação interna, concluiu-se ser necessário reanalisar, por
um lado, a estrutura dos relatórios de reflexão crítica e demais documentos de registo
utilizados, e, por outro, a estratégia de obtenção de dados, de modo a que se explicitem
os dados indispensáveis à monitorização do Plano de Melhoria.
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ENQUADRAMENTO DA AUTOAVALIAÇÃO NO AGRUPAMENTO DE
ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE
«... os pontos de partida são sempre e também pontos de chegada.»
(Simões, 2013, p. 30)
O projeto de autoavaliação decorre desde 2002, tendo sido a sua consolidação já
reconhecida pela Inspeção Geral da Educação e Ciência, com denominação anterior
IGE, no relatório de avaliação externa correspondente ao 2º ciclo de avaliação (Relatório
de Avaliação Externa, 2012, p.9).
O início do processo formal de implementação de mecanismos conducentes a uma
autoavaliação efetiva deu-se com a então Escola Secundária com 3º ciclo Anselmo de
Andrade, antecipando-se ao caráter obrigatório decorrente da publicação da Lei nº
31/2002, de 20 de dezembro (“Lei do Sistema de Avaliação da Educação e do Ensino
Não Superior”), e é reforçado ao voluntariar-se a escola, em 2006, para a intervenção no
âmbito da Avaliação Externa (Relatório de Avaliação Externa, 2007).
Em 2007, ano da constituição de Agrupamento de Escolas, a autoavaliação
centrou-se no diagnóstico e caracterização do agrupamento para atualização do Projeto
Educativo. Procedeu-se ainda à recolha e divulgação de dados dos resultados escolares,
indisciplina, visitas de estudo e projetos, e promoveram-se processos de identificação de
aspetos a melhorar e propostas de medidas de melhoria.
No ano 2009 e seguinte, trabalhou-se a indisciplina e o sucesso escolar,
identificados no Projeto Educativo como áreas prioritárias.
A partir de 2011, no sentido da sistematização das práticas de autoavaliação,
houve a oportunidade de formação3 e implementação do modelo CAF- Educação.4
Apesar das virtualidades deste modelo, reconhecidas por todos, e dos dados
fundamentais que a sua aplicação permitiu recolher, enfrentaram-se diversas
dificuldades de ajustamento decorrentes das dinâmicas próprias da realidade escolar.
3 A Autoavaliação nos Estabelecimentos de Ensino Não Superior: Recurso ao modelo CAF., Curso de Formação Contínua, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. 4 Relatório de Autoavaliação, 2010/11.
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Assim, ao investimento nessa orientação, seguiram-se outras práticas de autoavaliação
de acordo com as necessidades e possibilidades de concretização.
A avaliação das escolas, conforme já referido em relatório do AEAA, é uma
dinâmica que se vai impondo a partir do final dos anos 80, inicialmente enquanto
participação de todos os implicados no processo educativo, tal como é vinculado no
ponto 2, do artigo 49º, da Lei nº46/86, de 14 de outubro (Lei de Bases do Sistema
Educativo). Desde então, registam-se diversas tentativas de avaliação, interna e externa,
- Observatório da Qualidade da Escola; Projeto Qualidade XXI; Programa AVES;
Projeto “Melhorar a Qualidade!”; A Avaliação Integrada das Escolas - IGE, etc.
No desenvolvimento do preconizado pela Lei de Bases, a Lei n.º 31/2002, de 20 de
dezembro, (Lei do Sistema do Avaliação da Educação e do Ensino Não Superior), define
a estrutura da avaliação centrada na autoavaliação de cada escola e na avaliação externa
(art.º 5º), determinando o caráter obrigatório da autoavaliação (art.º 6º) e o grau de
abrangência e complementaridade da avaliação externa (art.º 8º).
A necessidade expressa de avaliação interna das escolas contemplada na
legislação, através do Parecer n.º 5/2008, emitido pelo Conselho Nacional da Educação,
não tutela um modelo específico de autoavaliação, permitindo o acolhimento de diversas
experiências, nacionais e internacionais, tais como, a metodologia proposta pela EFQM
(European Foundation for Quality Management) (Curado, 2010, p.21-32). O modelo
CAF (Common Assessment Framework), que se apresenta como um sistema de
avaliação da qualidade de estrutura semelhante ao modelo EFQM, mais simples e
adaptado a organizações públicas (faz parte do Modelo Integrado de Avaliação de
Desempenho na Administração Pública - SIADAP), foi a opção do AEAA a partir de
2011, como já referido acima.
Independentemente do modelo a implementar, considera-se que as práticas de
autoavaliação de escola, ao permitirem conjugar as duas dimensões, avaliação interna e
avaliação externa, deverão ser de tal modo que se revelem como efetivas oportunidades
de construção de projetos de mudança e processos de melhoria mobilizadores.
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Também, neste contexto, partilhamos a ideia de MacBeath e colegas de que “(...)
a autoavaliação não tem um princípio e também não tem um fim, porque está em
permanente crescimento e aperfeiçoamento. A tarefa da escola consiste em, de forma
continuada, procurar melhorar a autoavaliação, torná-la mais sistemática, mais assente
na reflexão e na evidência.” (2010, p. 175).
Os resultados da avaliação externa transmitidos ao AEAA estiveram subjacentes
aos processos de avaliação interna subsequentes. No entanto, foi assumido pela equipa
que a mudança interna não se enquadra numa avaliação interna tecnicista ou
administrativa, apenas sensível a determinações ou critérios das autoridades educativas,
e meramente informativa ou prestadora de contas. Com essa perspetiva, o processo de
avaliação interna foi desenvolvido com a recolha de informação, análise e redação deste
relatório, focado na mudança evidenciada e esperada, e enquanto contributo para
fundamentação de decisões e para o delinear de percursos de curto prazo.
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CONDUÇÃO DA AUTOAVALIAÇÃO
No sentido de clarificar o processo de autoavaliação que culminou com a produção deste
documento, procede-se em seguida à descrição do mesmo dando especial enfoque à constituição
e funcionamento da equipa de autoavaliação, aos instrumentos mobilizados e à ação
desenvolvida ao longo deste ano letivo.
Equipa de Autoavaliação
A equipa integra atualmente oito elementos, quatro professores designados pela
direção, e os restantes, três professores e a psicóloga do Serviço de Orientação (SPO),
que a integraram voluntariamente. A coordenação foi assumida por nomeação da
diretora. Foi convidado o Professor Doutor Natércio Afonso 5 enquanto amigo crítico,
que gentilmente aceitou colaborar.
Como estratégia de comunicação, privilegiou-se a comunicação por correio
eletrónico. Foi constituída uma pasta partilhada na plataforma digital Dropbox, com os
documentos disponíveis e úteis ao desenvolvimento do trabalho. Sempre que o recurso à
internet o permitiu, usaram-se os documentos em formato digital.
Privilegiando os princípios da transparência e do acesso à informação, não só entre
os elementos da equipa de autoavaliação assim como com a comunidade escolar, foi
introduzida a prática de elaboração e divulgação de sínteses das reuniões da equipa, em
modelo de ata simplificada6, afixadas na sala de professores e enviadas por correio
eletrónico à direção do Agrupamento.
Instrumentos Utilizados
Face às condições de trabalho efetivo da equipa de autoavaliação, foi consensual a
estratégia de focagem no objetivo prioritário, já referido no ponto 1., a saber, a
5 Investigador, com trabalho de reconhecido mérito na área. 6 Apêndice B – Modelo _ Síntese de Reunião
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monitorização do Plano de Melhoria, de modo a recolher informação sobre a sua
consecução.
Para a concretização da monitorização, constituiu-se como material empírico os
documentos de balanço final do biénio 2012/14. Este balanço7 é uma prática já instituída
no AEAA, valorizada e integrada no processo avaliativo, e assumindo a forma de
relatório escrito8, elaborado e entregue à direção, pelos coordenadores/responsáveis de
cada departamento/serviço, nomeadamente:
Pré-escolar;
1º Ciclo;
Coordenação de Ciclo;
Departamentos curriculares;
SPO;
Educação Especial;
Biblioteca;
Projetos (os disponibilizados à data)
Ação
O trabalho da equipa decorreu ao longo do ano letivo em reuniões periódicas, na
componente não letiva do horário dos docentes (trabalho de estabelecimento ou
individual). Durante as mesmas, foi feita a programação, definição de estratégias e
distribuição das tarefas. O processo decorreu do seguinte modo:
a) Reunião da Equipa de Autoavaliação para planificação do trabalho a
desenvolver;
b) Definição da estratégia a seguir para a monitorização do Plano de Melhoria e
divisão de tarefas;
c) Elaboração de uma grelha de leitura dos balanços finais;
7 Percurso semelhante ao descrito por Simões (2013) 8 Apêndice C – Modelo _ Relatório de Reflexão Critica
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d) Aplicação da grelha de leitura aos balanços de 2012/13. Redefinição da
metodologia a seguir na análise dos balanços finais;
e) Reunião com amigo crítico;
f) Balanço e confirmação do planificado;
g) Aplicação da grelha de leitura aos balanços de 2013/14. Elaboração de
relatório de divulgação de dados;
h) Divulgação do trabalho realizado.
Para a sistematização das evidências, foi elaborada e aplicada uma grelha de
leitura9. Da sua aplicação, verificou-se que a estrutura dos relatórios críticos de 2012/13
não permitia a recolha de dados necessários à monitorização do Plano de Melhoria,
como anteriormente planeado. Foi, então, atualizado o último ponto do documento, para
preenchimento no final do ano letivo de 2013/14.
A análise destes documentos está, assim, focada no seu ponto 3., cujo campo
corresponde ao registo dos contributos na operacionalização do Plano de melhoria, nas
três áreas prioritárias, e ao registo das propostas de ação futura para a sua
operacionalização.
9 Apêndice D – Modelo _ Grelha de Análise de Relatórios
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RESULTADOS DA AUTOAVALIAÇÃO
Não tendo a intenção de se constituir como um documento de descrição exaustiva,
descrevem-se, em seguida, os principais resultados encontrados10.
Execução do Plano de Melhoria
A. A maior parte das medidas de melhoria implementadas estão centradas em duas
áreas prioritárias:
. Reforçar o trabalho intra e interdepartamental no sentido de promover a gestão
vertical do currículo e a sequencialidade das aprendizagens entre os vários níveis
de ensino;
. Implementar mecanismos e instrumentos uniformes de avaliação que permitam
aferir e conferir maior fiabilidade ao processo avaliativo.
B. os domínios mais trabalhados foram Resultados e Prestação do Serviço
Educativo.
C. os subdomínios mais focados foram:
quanto a Resultados:
. Aprofundamento do trabalho interdepartamental, desenvolvendo atividades e
projetos interdisciplinares, potenciadores da articulação horizontal e vertical dos
currículos, nomeadamente através da construção de matrizes de articulação
interdisciplinar;
. Promoção da autoavaliação reflexiva por parte dos alunos;
quanto a Prestação do Serviço Educativo:
10 Apêndice E – Quadro _ Resumo _ Grelha de Verificação
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. Reforçar a harmonização e articulação entre planificações de longo prazo,
critérios e instrumentos de avaliação;
. Construir matrizes e testes comuns ao nível disciplinar;
. Recorrer aos dispositivos de avaliação disponibilizados pela tutela (testes
intermédios).
D. o domínio em que se registam menos evidências é Liderança e Gestão.
E. Não foi feita qualquer referência ao subdomínio Melhorar a articulação do
trabalho entre os professores das AEC, os Departamentos de Expressões.
Sugestões de Melhoria
De acordo com os dados recolhidos, verifica-se que a maior parte das medidas de
melhoria propostas:
a) estão centradas na terceira área prioritária, Melhorar os circuitos de
comunicação interna, de forma a facilitar e tornar célere a circulação da
informação.;
b) são do domínio da Liderança e Gestão, nos seus diversos níveis;
c) referem os subdomínios Potenciar os meios de comunicação existentes; e
Melhorar a manutenção dos equipamentos informáticos.
Destaca-se claramente, como preocupação comum e geral, Melhorar os circuitos
de comunicação interna, área que é focada quer nos aspetos trabalhados ao longo deste
ano letivo, quer nas propostas de melhoria.
É sistemática a referenciação aos problemas informáticos, nomeadamente à
necessidade de manutenção dos equipamentos e à garantia do eficaz acesso à rede, entre
outros aspetos. Em educação Especial, por exemplo, o seu deficiente funcionamento
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO 2013/14 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE
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compromete as atividades do apoio específico aos alunos, e no SPO a avaliação formal
da leitura e escrita. No 1º ciclo é referenciada a sua insuficiência.
No que diz respeito à circulação da informação, continua a carecer-se de
divulgação atempada, e geral, sobre iniciativas e projetos das diversas escolas do
AEAA.
Diversos departamentos assumem o compromisso de intensificação do recurso às
plataformas digitais, para além, por exemplo, da criação e continuidade de blogues de
turma, como meio de potenciar a utilização dos meios de comunicação existentes e
intensificar o uso das TIC. Foi considerado muito positivo o acesso pelos diretores de
turma aos computadores da sala multimédia.
Para melhorar a circulação da informação propõe-se, por exemplo, potenciar a
utilização do correio eletrónico, fazer o envio do correio a partir da primeira fonte,
afixar a informação em tempo útil nos locais de estilo e/ou replicar a estratégia usada na
atualização da agenda das visitas de estudo.
São identificados como fortes constrangimentos, adicionados à crescente
componente letiva e sobrecarga da não letiva, os tempos insuficientes afetos para
desenvolvimento de projetos, exercício de funções de coordenação, etc., assim como as
crescentes tarefas burocráticas, de caráter administrativo, na direção de turma. No
entanto, é expressa, em geral, a intenção de intensificar o trabalho colaborativo, aliada à
necessidade de serem garantidas as condições para um trabalho regular pela atribuição
de tempos comuns para reuniões das equipas.
Em Educação especial é referido o constrangimento relativo à sobreposição dos
horários entre os APA e o apoio específico para alunos com NEE, e expressa a
necessidade de se reservarem tempos semanais para articulação com os diretores de
turma. Quanto a estes, é considerada muito positivo o reforço de direção de turma na
componente não letiva.
Verificou-se que, na generalidade dos relatórios de projetos, não se estabeleceu
relação entre as atividades e as áreas do plano de melhoria e não foi adotado o mesmo
modelo de relatório.
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO 2013/14 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE
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Os balanços das atividades e dos diversos projetos evidenciam o seu valor
pedagógico, o impacto e envolvimento dos alunos e da comunidade e propõem a sua
continuidade. Os dados recolhidos revelam, em geral, uma forte articulação intra e
interdepartamental assim como o desenvolvimento de diversas parcerias com a
comunidade.
Foi identificada a necessidade de tornar mais eficaz a atuação ao nível da atitude
cívica dos alunos, nos vários ciclos de ensino, nomeadamente, pela uniformização de
procedimentos dos vários atores educativos e em trabalho de articulação com
encarregados de educação. É feita a proposta de criação de um Quadro de Valor que
reconheça e premeie as características humanitárias evidenciadas pelos alunos
(solidariedade, cooperação, respeito e disponibilidade, etc.).
Relativamente aos espaços físicos da escola, é identificada a necessidade de
melhorar as condições de atendimento aos encarregados de educação e garantir o acesso
ao telefone quando o espaço se encontra ocupado. Deveria haver a curto prazo uma
intervenção eficaz na melhoria das condições de conservação e higiene das instalações,
nas diversas escolas.
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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Depois de apurados e analisados os balanços finais do Agrupamento de Escolas
Anselmo de Andrade, como conclusão, optou-se por destacar o seguinte:
o Constata-se que houve implementação do plano de melhoria.
o Os departamentos e serviços evidenciaram ter desenvolvido atividades que se
inscrevem na maior parte dos subdomínios do plano de melhoria.
o Para um dos subdomínios não foram apresentadas evidências.
Para clarificação deste último aspeto, foram consideradas possíveis causas,
nomeadamente, se os instrumentos utilizados, embora balanços de avaliação final, terão
sido suficientemente explícitos quanto às evidências; se os subdomínios se encontrarão
desajustados da realidade atual.
Considerou-se, ainda, ao nível do trabalho desenvolvido pela equipa, a pertinência
de:
rever a estratégia de obtenção de dados, nomeadamente, na reestruturação da
grelha de análise aplicada, e sua partilha;
planear de estratégias de atuação para um maior contributo e compromisso dos
diversos elementos da comunidade escolar nas práticas de auto avaliação.
Foram identificados alguns fatores críticos de sucesso, tais como:
a constituição e motivação da equipa de autoavaliação para desenvolvimento de
um trabalho regular e consequente, de modo a concretizar o processo;
a divulgação eficaz do processo de autoavaliação para um envolvimento da
comunidade educativa na melhoria da organização;
a articulação da estrutura dos documentos relevantes para a recolha de
informação;
a operacionalidade dos equipamentos de suporte, nomeadamente informáticos.
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO 2013/14 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE
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Consideram-se oportunas as seguintes recomendações:
reformulação do Plano de Melhoria, de modo a tornar os diversos subdomínios
mais equilibrados na sua abrangência e especificidade, e de modo a dotá-lo de
maior flexibilidade para incorporar novos subdomínios em função das propostas
de melhoria que vão surgindo;
implementação de estratégias, concertadas e eficazes, para garantir a articulação
entre os balanços e o Projeto Educativo de Agrupamento e o Plano de Melhoria;
atualização da identificação do agrupamento e escola sede nos diversos
documentos;
indicação da data de alteração da estrutura dos documentos que circulam nas
várias estruturas e serviços;
revisão da estrutura dos diversos relatórios de balanço, e outra documentação,
com vista à sua simplificação e evitando a duplicação de informações.
Há muito a concretizar, se assim o desejarmos, e também a celebrar pequenas
vitórias. “Um Plano de Melhoria (...) elemento obrigatório de melhoria organizacional,
associado à auto e hetero-avaliação de cada escola, tem de ser parte de uma cultura
organizacional que se vai construindo à medida que se implementa. (...) Em cada ano,
deveria celebrar-se, em cada Verão ou em cada reinício do ano escolar, a Festa da
Melhoria” (Azevedo, 2011, p. 261).
Continuamos a considerar importante incentivar a participação nas práticas de
autoavaliação de escolas e, claro, na celebração dos sucessos, na medida em que, tais
práticas, sendo “(...) tarefa sempre perfetível, sempre inacabada.” (Guerra, 2002, p.44),
devem ser encaradas como uma oportunidade de efetiva experiência democrática, o
exercício de um direito e de uma responsabilidade que é, e sempre, comum.
«No espelho da escola poderiam olhar-se não só os/as que
estão nela, mas também todos/as os/as que a contemplam.»
(Guerra, 2002, p.71)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Azevedo, J. (2011). Liberdade e Política Pública de Educação. Ensaio sobre um nono
compromisso social pela educação. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão.
Curado, I. (2010). Auto-Avaliação – “Um Estudo de Caso numa Escola Secundária”
(Dissertação de Mestrado em Ciências da Educação - Especialização em
Administração e Organização Educacional). Lisboa: Universidade de Lisboa -
Instituto de Educação
Guerra, M. (2002). Os Desafios da Participação. Desenvolver a Democracia na
escola. Porto: Porto Editora.
MacBeath, J. et al (2005). A História de Serena. Viajando rumo a uma Escola melhor.
Porto: Edições ASA.
Simões, G. (2013). Autoavaliação da escola. Uma proposta de emancipação (1ed.).
Coimbra: Lápis de Memórias.
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APÊNDICES
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Apêndice A – Plano de Melhoria
Agrupamento Escolas Anselmo de Andrade
Plano de Melhoria 2012/13
Após leitura, análise e debate do relatório elaborado pela IGE, produziu-se o
contraditório elaborado por este Agrupamento. Com base nesses dois documentos,
realizaram-se várias reuniões e debates com vista à elaboração do presente Plano de
Melhoria. Essas reuniões ocorreram no âmbito dos Departamentos, dos Grupos de
Recrutamento, da equipa de Avaliação Interna e em grupos multidisciplinares. Como
resultado desse trabalho, levantou-se uma lista de itens com potencial para se
constituírem como medidas partilháveis.
O Plano de Melhoria reporta-se aos três domínios do quadro de referência da
avaliação externa, apresentando medidas com ele articuladas; e visa também dar
uma resposta direta aos aspetos que aí são indicados como áreas prioritárias de
melhoria; são eles:
- Reforçar o trabalho intra e interdepartamental no sentido de promover a
gestão vertical do currículo e a sequencialidade das aprendizagens entre os
vários níveis de educação e ensino;
- Implementar mecanismos e instrumentos uniformes de avaliação que
permitam aferir e conferir maior fiabilidade ao processo avaliativo;
- Melhorar os circuitos de comunicação interna, de forma a facilitar e tornar
célere a circulação da informação.
Conclui-se referindo uma lista de ameaças e constrangimentos, que se constituem
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como óbices à sua implementação. Resultados
Considerando que os resultados obtidos estão em linha com os esperados, dadas as
características dos alunos que frequentam o Agrupamento, mas almejando
resultados académicos mais elevados, melhor integração a nível social e maior
reconhecimento por parte da comunidade propõem-se as seguintes medidas:
- Aprofundamento do trabalho interdepartamental, desenvolvendo atividades e
projetos interdisciplinares, potenciadores da articulação horizontal e vertical dos
currículos, nomeadamente através da construção de matrizes de articulação
interdisciplinar.
- Melhorar a articulação do trabalho entre os professores das AEC e os
Departamentos de Expressões.
- Promoção da autoavaliação reflexiva por parte dos
alunos.
Prestação de serviço educativo:
Tendo como metas, por um lado um melhor planeamento, articulação e
monitorização das atividades que tenha consequências ao nível da melhoria das
práticas letivas, apresentam-se as seguintes medidas:
- Reforçar a harmonização e articulação entre: planificações de longo prazo,
critérios e instrumentos de avaliação.
- Construir matrizes e testes comuns ao nível disciplinar, em vários anos e
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO 2013/14 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE
Equipa de Autoavaliação
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ciclos, a fim de harmonizar instrumentos de avaliação. Sempre que possível,
tomar como referência as orientações para os exames nacionais e as metas
de aprendizagem.
- Intensificar o recurso às TIC, com a finalidade de motivar os alunos, aumentar
a interação no espaço da sala de aula, organizar e articular os seus
conhecimentos.
- Recorrer aos dispositivos de avaliação disponibilizados pela tutela (testes
intermédios), a fim de aferir mais objetivamente a prestação dos alunos.
Liderança e Gestão
- A fim de melhorar os circuitos de comunicação e informação interna,
potenciar a utilização dos meios de comunicação existentes (repositório de
documentos fundamentais plataforma moodle, melhorar a página Web do
Agrupamento, melhorar a base de dados do PAA, bem como os seus
mecanismos de acesso).
- Melhorar a manutenção dos equipamentos informáticos e adquirir software
específico de algumas disciplinas e cursos.
- Promover sessões de análise de legislação, a fim de permitir um trabalho
mais eficaz.
- Dada a especificidade e prioridade dos alunos utentes do Departamento de
Educação Especial, reservar tempos semanais, no horário dos respetivos
professores, para articulação com DT`s / PTT e outros professores envolvidos.
Tal decisão constitui-se como condição de possibilidade do adequado
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acompanhamento de alunos NEEcp.
Para finalizar, adaptando uma imagem criada por Piaget, pede-se hoje em dia à
Escola que tenha uma estrutura semelhante à do cristal, a fim de poder evidenciar
uma boa organização, apta a uma fácil perceção por parte de todos os utentes; mas,
simultaneamente que tenha uma flexibilidade próxima da do fogo, a fim de poder
dar respostas individualizadas, à medida das necessidades de cada um. Ora, tais
desideratos encontram-se ameaçados por variáveis não totalmente controláveis no
nosso nível de decisão, são elas:
- A saída quase compulsiva de professores com experiência e conhecimento,
de alta qualidade; mas que no atual contexto optam pela aposentação
antecipada, criando assim problemas quanto à manutenção da identidade e
coesão das organizações.
- A severa instabilidade permanentemente introduzida no sistema, levando os
professores a dispersarem a sua atenção profissional por temas e problemas
que extravasam o trabalho pedagógico.
- A cada vez maior precariedade da profissão, ameaçando lógicas de projeto,
que necessariamente implicam tempo.
- A qualidade das infraestruturas (nomeadamente as que servem de apoio à
atividade letiva) na escola sede do Agrupamento, com intervenções
sucessivamente adiadas, de tal modo que acabaram por transformar uma
instituição de qualidade referenciada da cidade, numa das escolas menos
bem equipada.
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO 2013/14 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE
Equipa de Autoavaliação
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Apêndice B - Modelo_ Síntese de Reunião
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Equipa de Autoavaliação
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Apêndice C- Modelo _ Relatório de Reflexão Crítica.
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO 2013/14 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE
Equipa de Autoavaliação
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Apêndice D – Modelo _ Grelha de Análise de Relatórios
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO 2013/14 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE
Equipa de Autoavaliação
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Apêndice E - Quadro - Resumo_ Grelha de Verificação
Mat. e C.
ExperimentaisLínguas
C. Sociais e
Humanas
Expressões
Artísticas
Ed. Física e
Desporto
Aprofundamento do trabalho
interdepartamental, desenvolvendo
atividades e projetos interdisciplinares,
potenciadores da articulação horizontal e
vertical dos currículos, nomeadamente
através da construção de matrizes de
articulação interdisciplinar.
√ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √
Melhorar a articulação do trabalho entre os
professores das AEC e os Departamentos de
Expressões
Promoção da autoavaliação reflexiva por
parte dos alunos √ √ √ √
Reforçar a harmonização e articulação
entre: planificações de longo prazo, critérios
e instrumentos de avaliação √ √ √ √ √ √ √
Construir matrizes e testes comuns ao nível
disciplinar √ √ √ √
Intensificar o recurso às TIC √ √ √ v √
Recorrer aos dispositivos de avaliação
disponibilizados pela tutela (testes
intermédios √ √ √ √
Potenciar a utilização dos meios de
comunicação existentes √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ v √
Melhorar a manutenção dos equipamentos
informáticos e adquirir software específico √ √
Promover sessões de análise de legislação √
Educação Especial, reservar tempos
semanais, no horário dos respetivos
professores, para articulação com DT`s /
PTT
√ √
Educação
EspecialDir ProjetosDOMÍNIO SUBDOMÍNIO
√ - foram encontradas evidências
Resultados
Liderança e Gestão
Prestação de Serviço
Educativo
Departamentos Curriculares
Pré Escolar 1º CEBCoordenação de
cicloBiblioteca SPO