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CAD/AGC&DP Linguagem de Desenho Paramétrico

Manual de referência Sumário

1.1. A linguagem DP ................................................................................................ 1 1.2. Utilização do DP ............................................................................................... 2 1.3. Desenhos do DP ................................................................................................ 2 1.4. DP e o CAD/Formas ......................................................................................... 2 1.5. Organização do manual ..................................................................................... 3

2.1. Visão geral ........................................................................................................ 4 2.2. Codificação ....................................................................................................... 6 2.3. Processamento ................................................................................................... 6 2.4. Grupo de desenhos do projeto ........................................................................... 7 2.5. Unidades de desenho ......................................................................................... 8 2.6. Sistema de coordenadas .................................................................................... 8

2.6.1. Posição em relação à origem ..................................................................... 9 2.6.2. Direções ..................................................................................................... 9 2.6.3. Precisão ...................................................................................................... 9

2.7. Convenções de descrição da linguagem ............................................................ 9 2.8. Convenções de entrada de dados ..................................................................... 11

2.8.1. Formato de entrada .................................................................................. 11 2.8.2. Abreviações ............................................................................................. 12 2.8.3. Tamanho da linha de entrada ................................................................... 12 2.8.4. Comentários ............................................................................................. 13 2.8.5. Cópia de linha anterior ............................................................................. 13

2.9. Seções de programa......................................................................................... 14 2.10. Ordem de entrada de dados ........................................................................... 15 2.11. Organização de um arquivo .DP ................................................................... 15

3.1. Definição de valores numéricos ...................................................................... 16 3.1.1. Operações básicas .................................................................................... 16 3.1.2. Expressões aritméticas ............................................................................. 16 3.1.3. Funções .................................................................................................... 17 3.1.4. Operadores Geométricos ......................................................................... 17 3.1.5. Ângulos .................................................................................................... 18 3.1.6. Expressões lógicas e outras funções ........................................................ 18

3.2. Nós e coordenadas........................................................................................... 18

1. Introdução ............................................................................................................... 1

2. Conceitos e convenções ........................................................................................... 4

3. Locação Geométrica ............................................................................................. 16

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3.3. Modos de definição de nós .............................................................................. 19 3.4. Definição de coordenadas ............................................................................... 19

3.4.1. Coordenadas absolutas ............................................................................. 19 3.4.2. Coordenadas relativas .............................................................................. 20 3.4.3. Uso de expressões aritméticas ................................................................. 21 3.4.4. Abscissas e ordenadas de nós conhecidos ................................................ 21 3.4.5. Deslocamentos e distâncias entre nós ...................................................... 22 3.4.6. Ângulos entre nós .................................................................................... 23 3.4.7. Uso de funções trigonométricas ............................................................... 23 3.4.8. Uso de coordenadas ................................................................................. 24

3.5. OFFSET .......................................................................................................... 24 3.6. INTERSECÇÃO ............................................................................................. 25 3.7. PROJEÇÃO..................................................................................................... 25 3.8. Sistema local de coordenadas .......................................................................... 26 3.9. Geração de nós ................................................................................................ 27

3.9.1. Geração de nós em linha .......................................................................... 27 3.9.2. Geração de nós em malha ........................................................................ 28

4.1. Níveis de desenho ........................................................................................... 30 4.2. Associação de cores a níveis ........................................................................... 30 4.3. POLIGONAL .................................................................................................. 31

4.3.1. Lista de coordenadas ................................................................................ 31 4.4. LINHA ............................................................................................................ 32 4.5. CURVA ........................................................................................................... 32 4.6. CIRCULO ....................................................................................................... 33 4.7. ARCO .............................................................................................................. 34 4.8. TEXTO ............................................................................................................ 37

4.8.1. Sintaxe do comando TEXTO ................................................................... 38 4.8.2. Textos e a Escala ..................................................................................... 38

4.9. TFERRO ......................................................................................................... 39 4.10. Cortes ............................................................................................................ 40 4.11. BLOCOS ....................................................................................................... 40

4.11.1. Organização de blocos ........................................................................... 41 4.11.2. Criação de BLOCOS ............................................................................. 42 4.11.3. INSERE blocos ...................................................................................... 42 4.11.4. Inserção de blocos externos ................................................................... 43 4.11.5. Base de um bloco externo ...................................................................... 44 4.11.6. Inclusão e Subprogramas ....................................................................... 45 4.11.7. Blocos de comprimento unitário ............................................................ 45

4.12. MISTURA de Desenhos ................................................................................ 45 4.13. COTAGEM ................................................................................................... 46

4. Desenho .................................................................................................................. 30

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4.13.1. Entrada manual do texto de cotagem ..................................................... 48 4.13.2. Tamanho do texto de cotagem ............................................................... 49 4.13.3. Controle da linha de chamada ................................................................ 49 4.13.4. Extensão das linhas de cotagem ............................................................. 49 4.13.5. Níveis de cotagem.................................................................................. 49 4.13.6. Multiplicador de comprimentos ............................................................. 50 4.13.7. Precisão de cotagem .............................................................................. 50 4.13.8. Marca de cotagem .................................................................................. 51

4.14. EIXOS ........................................................................................................... 52 4.14.1. Coordenadas a partir de eixos ................................................................ 53

4.15. Sistema e Sub-Sistema .................................................................................. 53 4.16. Semente de desenho ...................................................................................... 53 4.17. Desenho: Exemplo ....................................................................................... 54

5.1. Atribuição de valores a variáveis numéricas ................................................... 59 5.2. Macro-substituição de variáveis numéricas .................................................... 60 5.3. Precisão da macro-substituição ....................................................................... 60 5.4. Atribuição de variáveis alfanuméricas ............................................................ 61 5.5. Macro-substituição de variáveis alfanuméricas............................................... 62 5.6. Outros usos para variáveis alfanuméricas ....................................................... 63 5.7. Manipulação de cadeias de caracteres ............................................................. 63

5.7.1. Concatenação ........................................................................................... 63 5.7.2. Extração de sub-cadeias ........................................................................... 63 5.7.3. Pesquisa de posição ................................................................................. 64 5.7.4. Comprimento de uma cadeia de caracteres .............................................. 66 5.7.5. Comparação de duas cadeias ................................................................... 66

5.8. Atribuição de coordenadas .............................................................................. 66 5.9. Macro-substituição de coordenadas ................................................................ 67 5.10. Nós e variáveis tipo coordenadas .................................................................. 67 5.11. Caractere nulo ............................................................................................... 68 5.12. Dupla Substituição ........................................................................................ 68 5.13. Variáveis do sistema ..................................................................................... 69 5.14. Variáveis e macro substituição: Exemplo .................................................... 72 5.15. Listagem de saída .......................................................................................... 73

6.1. Inclusão de arquivos - INCLUI ....................................................................... 75 6.1.1. Biblioteca de Inclusão.............................................................................. 77 6.1.2. Arquivo de Critérios ................................................................................ 78

6.2. Subprogramas DPS - Comando DP ................................................................ 78 6.2.1. Variáveis locais e globais ........................................................................ 79 6.2.2. Declaração de variáveis locais ................................................................. 79

5. Variáveis e macro-substituição ............................................................................ 59

6. Inclusões e subprogramas .................................................................................... 75

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6.2.3. Declaração de variáveis globais ............................................................... 80 6.2.4. Chamada de um subprograma .................................................................. 81 6.2.5. Declaração de Parâmetros ........................................................................ 82 6.2.6. Sistema de coordenadas DPS ................................................................... 84 6.2.7. ORIGEM de um Subprograma ................................................................ 86 6.2.8. Bibliotecas de subprogramas ................................................................... 87 6.2.9. Listagem do arquivo DPS ........................................................................ 87

7.1. Comando SE.................................................................................................... 88 7.2. Expressões lógicas e aritméticas ..................................................................... 89 7.3. Expressões lógicas com cadeias de caracteres ................................................ 90 7.4. SENAO ........................................................................................................... 90 7.5. Aninhamento de SEs ....................................................................................... 91 7.6. SENAO SE ...................................................................................................... 91 7.7. REPETE .......................................................................................................... 92 7.8. ENQUANTO................................................................................................... 94 7.9. QUEBRA ........................................................................................................ 94 7.10. CONTINUA .................................................................................................. 95 7.11. SAÍDA .......................................................................................................... 95 7.12. Aninhamento de SE, REPETE, ENQUANTO .............................................. 96

8.1. Substituição de variáveis ................................................................................. 97 8.2. Lógica de substituição de variáveis ................................................................. 98

9.1. PROJETO ...................................................................................................... 100 9.2. MENSAGEM ................................................................................................ 101 9.3. AVISO .......................................................................................................... 101 9.4. ERRO ............................................................................................................ 102 9.5. LISTAR ......................................................................................................... 102

9.5.1. Listagem de nós ..................................................................................... 103 9.5.2. LISTAR DIStancia ................................................................................ 103 9.5.3. LISTAR Distância de ponto a RETA .................................................... 103 9.5.4. LISTAR VARIÁVEIS ........................................................................... 104 9.5.5. LISTAR TUDO ..................................................................................... 104 9.5.6. LISTAR EXPRESSÃO.......................................................................... 104

9.6. DEFINE ........................................................................................................ 104 9.6.1. DEFINE LISTA / NLISTA .................................................................... 104 9.6.2. DEFINE ERROS num ........................................................................... 105 9.6.3. DEFINE ESCALA valor ....................................................................... 105 9.6.4. DEFINE TABPLT 'nome' ...................................................................... 106 9.6.5. DEFINE IAPLIC num ........................................................................... 106

7. Controle de fluxo................................................................................................... 88

8. Máscaras de desenho ............................................................................................ 97

9. Outros Comandos ............................................................................................... 100

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9.6.6. DEFINE ISUBAPLIC num ................................................................... 107 9.6.7. DEFINE TAMTTX valor ...................................................................... 107 9.6.8. DEFINE TAMTEI valor ........................................................................ 107 9.6.9. DEFINE NÍVEL num ............................................................................ 107 9.6.10. DEFINE NIVCOR ............................................................................... 108 9.6.11. Parâmetros de cotagem ........................................................................ 108 9.6.12. Definição de Bibliotecas ...................................................................... 108 9.6.13. DEFINE SEMENTE 'nome' ................................................................ 109

9.7. DOS 'comando' .............................................................................................. 109

10.1. Operação ..................................................................................................... 110 10.2. Tela de entrada de dados ............................................................................. 113

B.1. Organização por bibliotecas ......................................................................... 122 B.2. Documentação de uma biblioteca ................................................................. 122

B.2.1. Exemplo processado ............................................................................. 122 B.2.2. Parâmetros anotados no desenho .......................................................... 123 B.2.3. Descrição de parâmetros e nome do programa ..................................... 123 B.2.4. Níveis de Desenho ................................................................................ 123 B.2.5. Modo de Operação ................................................................................ 123 B.2.6. Utilização de Escalas ............................................................................ 123 B.2.7. Blocos Parametrizados .......................................................................... 124 B.2.8. Geração de Plantas ................................................................................ 124 B.2.9. Outras Normas e Procedimentos ........................................................... 124

B.3. Exemplo Simples .......................................................................................... 124

C.1. Tornando um programa legível .................................................................... 128 C.2. Identamento de comandos ............................................................................ 129 C.3. Comentários.................................................................................................. 130 C.4. Variáveis Usadas .......................................................................................... 131

C.4.1. Documentação de Parâmetros ............................................................... 131 C.4.2. Documentação de variáveis locais ........................................................ 131

C.5. Independência de Escala ............................................................................... 132 C.6. Documentação de Programas de Biblioteca ................................................. 132

D.1. DP e a LDF................................................................................................... 140 D.2. Plotagem ....................................................................................................... 141

D.2.1. Sistema e Subsistema ............................................................................ 141 D.2.2. Edição de plantas .................................................................................. 142 D.2.3. Plotagem em impressora ....................................................................... 142

10. Digitação de dados de desenho ........................................................................ 110

Apêndice A. Resumo da linguagem ....................................................................... 114 Apêndice B. Documentação de programas ........................................................... 122

Apêndice C. Codificação de programas DP ......................................................... 128

Apêndice D. Compatibilidade com os CAD/TQS ................................................. 140

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D.2.4. Plotagem de desenhos de armação ........................................................ 142 D.2.5. Plotagem Inteligente ............................................................................. 143

D.3. Geração de desenhos de armação de concreto .............................................. 143

11. Índice remissivo ........................................................ Erro! Indicador não definido.

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Introdução 1

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1. Introdução O sistema DP tem por objetivo a geração automática de desenhos repetitivos, a partir

de parâmetros fornecidos pelo projetista.

Para usar o DP, o projetista escolhe os tipos de desenho que se repetem na sua área de

projeto e que possam ser definidos por uma quantidade fixa de parâmetros. Através da

linguagem de programação DP, construirá o desenho de modo parametrizado; a partir

daí, o desenho poderá ser gerado quantas vezes forem necessárias, apenas com a defi-

nição de seus parâmetros.

O desenho gerado de forma automática pode ser editado iterativamente através de uso

do editor gráfico EAG. Todos os desenhos são plotados em impressora ou plotter na

escala escolhida, em composição com outros desenhos através do uso do editor de

plantas.

Com o uso prolongado do DP, o projetista poderá montar um acervo de desenhos

parametrizados. O DP incentiva e facilita a criação de bibliotecas.

O DP gera desenhos compatíveis com outros sistemas CAD/TQS. Como exemplo,

desenhos de armação gerados pelo DP podem ser plotados junto com desenhos de

armação gerados por outros sistemas, tendo sua tabela de ferros extraída automatica-

mente.

1.1. A linguagem DP

A definição do desenho paramétrico é feita através de uma linguagem orientada, que

tem 3 componentes:

Um módulo de locação geométrica e desenho, derivado da linguagem LDF

do sistema CAD/Formas e do editor gráfico EAG;

Um módulo de programação, que atua sobre o módulo de desenho, com re-

cursos de:

o Expressões aritméticas e lógicas;

o Variáveis numéricas, alfanuméricas e coordenadas;

o Macro-substituição de variáveis;

o Variáveis de escopo local e global;

o Chamada de subprogramas com passagem de parâmetros;

o Controle de fluxo de programa através de expressões condicionais e

laços (SE / SENAO / REPETE / ENQUANTO).

Um módulo de tratamento de máscaras de desenho, que permite definir parte

do desenho paramétrico de forma interativa através do editor gráfico. Um

programa DP pode ler e alterar textos de uma máscara de desenho.

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1.2. Utilização do DP

O projetista que gera desenhos através do DP não precisa necessariamente saber codi-

ficar um programa DP; para isto foi desenvolvido um módulo auxiliar de entrada de

dados, que isola o projetista dos detalhes da linguagem.

Este módulo carrega na memória um programa DP e pede os parâmetros necessários

para a geração de um determinado desenho.

Existem 2 usuários principais do sistema: o primeiro, é o projetista que entende do

projeto e conhece a linguagem de programação DP (o programador). Ele adapta o DP

aos poucos à atividade produtiva de projeto. O segundo é o projetista que usa o DP (o

usuário propriamente dito), não tendo necessariamente nenhum conhecimento da

linguagem.

É o segundo tipo de usuário que fará projetos usando o sistema. Para que possa usar o

DP, apenas a leitura do manual “Comandos e Funções CAD/AGC&DP”. Também

para usar os programas DP é necessário que estejam muito bem documentados e ar-

quivados, e que esta documentação esteja disponível a todo o pessoal de projeto. A

boa documentação é também importante para que os programas não sejam usados

exclusivamente por um projetista.

1.3. Desenhos do DP

O DP é integrado ao núcleo gráfico dos sistemas CAD/TQS. Com isto, desenhos

gerados pelo DP podem:

Ser editados graficamente para receber um acabamento final;

Ser plotados em impressora, em qualquer escala;

Ser montados em uma planta através do editor de plantas;

Ser plotados em plotter;

Ter a tabela de ferros extraída automaticamente, no caso de desenhos de ar-

mação.

1.4. DP e o CAD/Formas

A linguagem de locação geométrica do DP é compatível com a locação de nós e de

elementos de desenho da linguagem LDF. Arquivos LDF (um subconjunto da lingua-

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Introdução 3

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gem) podem ser INCluidos dentro de um programa DP, e desenhos de formas podem

ser completados através da linguagem.

1.5. Organização do manual

Os capítulos foram organizados de modo a introduzir gradativamente os conceitos da

linguagem, permitindo a codificação de exemplos desde o início. Os tópicos tratados

são:

Conceitos da linguagem e convenções;

Locação geométrica;

Desenho;

Variáveis e macro-substituição;

Inclusões e Subprogramas;

Controle de fluxo de programa;

Máscaras de desenho;

Outros comandos

Digitação de dados de desenho

Por último, os apêndices tratam de:

Resumo da linguagem;

Documentação de desenhos paramétricos;

Codificação e documentação de programas;

Compatibilidade com sistemas CAD/TQS;

Saindo um pouco da leitura linear do manual, se o projetista quiser testar os exemplos

na medida em que lê o manual, poderá ler primeiro o manual “Comandos e Funções

CAD/AGC&DP”. Os exemplos mostrados no manual são distribuídos junto com o

sistema, copiados na instalação do sistema dentro da subpasta \dp\exemplos sob a

pasta de critérios (\tqsw\suporte).

O DP funciona dentro do ambiente CAD/TQS. Para usar todas as funções do DP é

necessária ainda a leitura dos manuais "CAD/TQS – EAG – Editor de Aplicações

gráficas" (para operação do editor gráfico) e "CAD/TQS – Manual de Edição de

Plantas e Plotagem" (para operação de plotagem, editor de plantas e tabela de fer-

ros).

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2. Conceitos e convenções Neste capítulo descreveremos alguns conceitos do DP e as convenções adotadas no

manual para a descrição da linguagem.

2.1. Visão geral

Vamos mostrar o esquema de processamento de arquivos DP usando a notação:

O DP é um interpretador de linguagem de programação, que lê um arquivo de co-

mandos com tipo .DP (programa DP) e gera desenhos. Usualmente temos a geração

de um desenho por arquivo .DP:

O desenho gerado pode ser modificado ou completado através do editor gráfico EAG.

Quando um programa DP tem erros de codificação, estes erros serão acusados e mos-

trados na listagem do processamento.

Para maior modularidade, o DP permite a divisão de programas em subprogramas

(também chamados de subrotinas ou procedimentos), que são codificados em arqui-

vos .DPS. Os arquivos .DPS são interpretados da mesma maneira que os DP. Por

convenção, a interpretação de linguagem começa em um programa .DP e pode ou não

ser desviada para subprogramas .DPS:

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Conceitos e convenções 5

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Na prática, organiza-se os programas DP da seguinte maneira:

Arquivos de programa tipo .DP são usados exclusivamente para a entrada de

dados de desenho; o programa .DP chama então um subprograma .DPS para

processamento do desenho;

Um desenho paramétrico é inteiramente definido por subprogramas tipo

.DPS. O nome do programa de desenho paramétrico é o nome do primeiro

subprograma executado para processar o desenho;

Programas de desenho paramétrico (arquivos .DPS) são armazenados em bi-

bliotecas (pastas) que podem ser acessadas por todos os projetistas;

Em um pasta de projeto, codifica-se dados em um arquivo tipo .DP, que

chama um subprograma .DPS e gera um desenho. Assim, o pasta de projeto

terá apenas dados e desenhos.

Em linguagens de programação usuais, a programação da entrada de dados consome

mais de 60% do tempo de programação. Isto não ocorre na linguagem DP, pois:

A entrada de dados é feita por um programa de digitação de dados de dese-

nho. A partir do nome do subprograma de desenho DPS fornecido pelo pro-

jetista, o programa automaticamente monta telas de entrada de dados que de-

vem ser preenchidas.

O resultado da digitação de dados é um arquivo .DP com a definição dos pa-

râmetros de desenho e com uma chamada ao subprograma que fará o dese-

nho. Este programa DP é então processado.

O esquema de processamento fica assim:

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O projetista que usa o DP para fazer desenhos terá uma rotina do seguinte tipo:

Digitar dados associados a um determinado desenho paramétrico;

Processar estes dados;

Editar graficamente para dar acabamento ao desenho;

Imprimir e plotar o resultado.

2.2. Codificação

Os arquivos .DP, usualmente são codificados diretamente pelo programa de digitação

de dados de desenho. Arquivos .DP e .DPS podem ser editados por qualquer editor de

textos, tal como o EDITW, tendo nomes de até 8 caracteres, conforme a convenção

do MS-DOS, e tipo .DP ou .DPS.

A programação se faz com o uso de palavras chaves análogas a adjetivos / advérbios.

Comandos como "LISTAR TODAS VARIAVEIS" são um exemplo do tipo de codi-

ficação aceita na linguagem.

2.3. Processamento

O acionamento dos programas é feito através do gerenciador, chamado pelo ícone do

CAD/AGC&DP, usando uma pasta integrada de um edifício ou uma pasta qualquer

como pasta de projeto:

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Conceitos e convenções 7

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O menu "Editar" "Desenho Paramétrico"

"Criar novo arquivo DP" tem o comando

para digitação de dados de desenho. Este

comando abrirá um quadro que pedirá os

dados em uma tela e gerará o arquivo .DP

correspondente. Este arquivo por sua vez é

processado dentro do menu "Processar"

"Desenho Paramétrico"

Como resultado teremos um desenho, que

poderá ser editado graficamente através

do editor gráfico do AGC&DP, ou pela

terceira janela do gerenciador:

O manual de comandos e funções do CAD/AGC & DP mostra com mais detalhes a

operação de todo o sistema.

2.4. Grupo de desenhos do projeto

Para facilitar o agrupamento de desenhos, existe o conceito de "Projeto". Projeto é um

grupo de desenhos identificados por um número de 4 dígitos, ou "Número de Proje-

to". O uso do número de projeto é semelhante ao de outros sistemas CAD/TQS.

Por convenção, associa-se uma pasta do disco a um número de projeto, e agrupa-se

desenhos dentro desta pasta. O gerenciador facilita a criação automática de pastas do

edifício.

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Com a utilização de projeto, é possível de uma vez só carregar um grupo de desenhos

no editor de plantas ou plotar desenhos na impressora.

2.5. Unidades de desenho

Independentemente da unidade de trabalho escolhida, o desenho é (por convenção)

sempre armazenado na escala 1:1. A transformação de escala é efetuada somente

quando o desenho precisa ser transferido para o plotter ou impressora. Na verdade, a

escala precisa ser previamente escolhida, para que os textos colocados no desenho

saiam do tamanho esperado.

Os tamanhos de texto colocados no desenho, são sempre definidos em centímetros. O

programa ajusta o texto em relação ao resto do desenho, a partir de um fator de escala.

Por convenção:

Uma unidade de desenho dividida pelo fator de escala resulta no número de centíme-

tros que esta unidade representa no papel

Por esta convenção, o fator de escala depende da unidade de desenho. A tabela abaixo

exemplifica os fatores de escala usados para a plotagem de um desenho em escala

1:50:

Unidade de

desenho

Escala

desejada

Fator de

escala

Centímetros de plotagem

por unidade de desenho

metros 1:50 0.50 2.0000

centímetros 1:50 50.00 0.0200

polegadas 1:50 19.68 0.0508

Durante a plotagem, todas as medidas são divididas pelo fator de escala. Os textos são

multiplicados pela escala durante o desenho e divididos por ela durante a plotagem,

ficando com a dimensão estabelecida pelo projetista no início da codificação.

Uma vez definida a escala, esta é associada ao desenho e usada automaticamente pelo

editor gráfico e programas de plotagem. Por default, o fator de escala vale 50.

2.6. Sistema de coordenadas

Todo o desenho é feito num plano X-Y, com origem no ponto (0,0). O DP permite a

definição de sistemas locais em qualquer posição e ângulo, para a definição de qual-

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quer parte do desenho; no entanto, internamente as coordenadas são sempre armaze-

nadas no sistema global.

2.6.1. Posição em relação à origem

O desenho pode estar em qualquer lugar em relação à origem (0,0). Esta posição não

tem influência na hora de posicionar o desenho no papel para plotagem. Na verdade, o

posicionamento efetuado pelo editor de plantas leva em consideração apenas um

retângulo envolvente imaginário sobre o desenho.

2.6.2. Direções

Ângulos são positivos no sentido anti-horário, medidos em relação ao eixo X global.

Alguns modos de entrada de pontos permitem também a entrada de um ângulo relati-

vo a outro já existente. Distâncias quando fornecidas em relação a uma direção são

positivas à direita da direção e negativas à esquerda (estas distâncias são chamadas

aqui de Offsets).

2.6.3. Precisão

Todas as coordenadas e valores armazenados pelo programa tem 15 dígitos significa-

tivos (precisão dupla). Números com mais de 15 dígitos perderão a precisão (a exem-

plo de coordenadas UTM).

2.7. Convenções de descrição da linguagem

O manual descreve a linguagem DP através de um conjunto de convenções:

Palavras em letra de impressora correspondem a dados codificados

pelo projetista e saídas de tela.

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10

Palavras em letras maiúsculas são rótulos que o projetista fornece ao pro-

grama. A parte sublinhada de cada rótulo corresponde a abreviação mínima

do rótulo. Por exemplo:

DESENHO

Apenas as 3 primeiras letras são necessárias para descrever o comando; no

entanto, a codificação de modo não abreviado torna a entrada de dados mais

"clara".

Por via de regra, todas as palavras chaves usadas no programa são abreviá-

veis pelas 3 primeiras letras; a única exceção se aplica às palavras chaves uti-

lizadas no comando DEFINE, onde são usadas as 6 primeiras letras.

Palavras em letra minúscula: correspondem a uma informação que o projetis-

ta deve fornecer ao programa. Por exemplo:

DISTANCIA nno1 nno2

A palavra DISTANCIA está em letra maiúscula, fazendo parte da descrição;

"nno1" e "nno2" neste caso representam números de nós, que devem ser

codificados nesta posição. Por exemplo, são codificações válidas:

DISTANCIA 10 20

DIStancia 4 32

DIST 7 20

Não devemos confundir a descrição do comando com o comando em si; as

palavras chaves podem ser escritas em letra minúscula ou maiúscula sem

distinção.

Algumas palavras em letra minúscula são usadas consistentemente ao longo

do manual. Por exemplo, "valor", "ângulo", "coord" são descritos na medida

em que aparecem no manual.

Palavras entre colchetes [ ]: é informação que pode ser codificada ou não, a

critério do projetista. Por exemplo, na definição de um novo sistema local de

coordenadas:

ORIGEM [coord] [ANG angulo]

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A sintaxe acima significa: codificar a palavra ORIGEM, seguida opcional-

mente por um par de coordenadas, e seguida opcionalmente pela palavra

ANG. Se ANG for codificado, então o fornecimento de um ângulo a seguir se-

rá obrigatório. São definições válidas:

ORIGEM

ORI 0,0 ANG 45

ORI 100,100

ORIGEM ANG 30

Note que os colchetes usados na descrição do comando não são codificados.

Definição em várias linhas: são opções que o projetista pode escolher para

uma determinada entrada. Por exemplo:

nno coord

OFFSET valor coord1 coord2

INTERSECCAO linha1 linha2

PROJECAO coord1 coord2 coord3

A sintaxe acima descreve as formas alternativas de definição de um nó. Por

exemplo:

15 0,0

27 OFF 12.5 1 2

39 INTERSECCAO 1 10 20 3

... significa que um item de dados pode ser repetido. Por exemplo:

POLIGONAL coord1; coord2; ...

Estamos descrevendo uma poligonal; ela é construída a partir de 2 ou mais

nós, separados pelo sinal ";".

2.8. Convenções de entrada de dados

2.8.1. Formato de entrada

Todas as informações codificadas pelo usuário são fornecidas em formato livre, isto é,

em qualquer coluna da linha de entrada, separadas por um ou mais brancos ou carac-

teres de tabulação. Letras maiúsculas e minúsculas podem ser usadas livremente e

sem distinção. Os comandos a seguir têm todos o mesmo significado:

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12

100 5@%DISTAN<DIR20 30-45

100 5 @ %DISTAN < DIR 20 30 - 45

100 5 @ %DISTAN < DIR 20 30 - 45

Em geral, a boa prática de codificação é alinhar itens correlatos em linhas diferentes,

pois isto facilita a leitura. Para isto, pode-se usar o caractere de tabulação para avan-

çar o cursor. Por exemplo, a codificação:

100 5@%DISTAN<DIR20 30-45

101 100@%DISTAN<DIR5 6

se tornaria mais legível numa listagem, se estivesse na forma:

100 5 @ %DISTAN < DIR 20 30 - 45

101 100 @ %DISTAN < DIR 5 6

2.8.2. Abreviações

Como foi dito anteriormente, todas as palavras chaves usadas pelo programa são

abreviáveis pelas 3 primeiras letras, com exceção das palavras usadas pelo comando

DEFINE.

2.8.3. Tamanho da linha de entrada

O programa lê até os primeiros 80 caracteres de cada linha de entrada. Se o projetista

tiver necessidade de fornecer mais dados do que cabem numa linha, poderá continuar

na linha seguinte desde que coloque um sinal de "-" como último caractere da linha

atual. Por exemplo:

POL 2 3 22 35 25 -

23 16 14 13 10 -

7 29

O comando poligonal deve ser definido numa única linha. Neste exemplo, escolheu-

se dividir o comando em 3 linhas diferentes, colocando-se o sinal de continuação

entre uma linha e outra.

O sinal de "-" pode ser colocado em qualquer coluna, desde que seja o último elemen-

to codificado na linha.

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2.8.4. Comentários

Em qualquer parte da codificação podem ser colocados comentários. Comentários não

são interpretados pelo DP, mas servem para documentar o arquivo e orientar o usuário

na análise e verificação da codificação.

Comentários são definidos pelo caractere "$"; quando o DP encontra um "$" numa

linha de comando, todo o resto da linha passa a ser considerada como comentário.

Faz parte da boa prática de codificação colocar comentários em pontos importantes.

Por exemplo, no desenho de uma peça com cortes A-A e B-B:

$

$ Corte A-A

$

(definição de desenho)

$

$ Corte B-B

$

(definição de desenho)

Nem sempre é visível ou trivial descobrir o que se está desenhando dentro de um

arquivo DP (principalmente quando é necessário alterar um arquivo). A colocação de

comentários pode ajudar a analisar o conteúdo do arquivo.

2.8.5. Cópia de linha anterior

O sistema de entrada de dados do DP permite alguns "truques", que podem ser usados

para acelerar a codificação: trata-se de um sistema que permite copiar partes da linha

anterior para atual. Por exemplo:

INSERE 'X' 10 ESC 1

" " 20 " 2

" " 30 " 3

Na primeira linha definiu-se a inserção do bloco 'X' no nó 10 e escala 1. Nas linhas

seguintes inseriu-se o mesmo bloco, mas em nós e escalas diferentes. O caractere de

aspas (") copia o elemento da linha acima.

Outra possibilidade para copiar elementos da linha anterior:

INSERE 'X' 10 ESX 1 ESY 2 ANG 45

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14

INSERE 'Y' ...

INSERE 'Z' ...

Na primeira linha foi definida a inserção do bloco 'X' em um certo nó, escalas X e Y

e ângulo de rotação. Nas duas linhas seguintes, foram colocados 2 outros blocos, na

mesma posição e escala; o resto da linha, a partir dos "..." foram copiados da linha

de cima.

2.9. Seções de programa

Todos os comandos são agrupados logicamente em "Seções de Programa" terminadas

pela palavra FIM. Por exemplo:

DESENHO 'nome'

(comandos de definição de desenho)

FIM

O comando DESENHO define o início da descrição de um desenho. Esta descrição

forma uma seção de programa terminada pela palavra FIM.

Seções de programa podem conter outras seções dentro. Por exemplo, dentro da seção

de desenho, para definirmos um conjunto de variáveis globais:

DESENHO 'nome'

GLOBAIS

(definição de variaveis globais)

FIM

(comandos de definição de desenho)

FIM

Neste exemplo, a primeira palavra FIM encontrada marca o fim da seção de variáveis

globais do desenho 'nome', e não a seção de DESENHO. Existem muitos outros

casos onde se pode definir seções de programa. Como regra geral, a palavra FIM

fecha a seção aberta mais recentemente.

O próprio programa DP pode ser considerado como uma seção de programa; a pala-

vra FIM, quando não fecha nenhuma outra seção, fecha o programa e termina o pro-

cessamento do desenho.

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2.10. Ordem de entrada de dados

Não existe uma ordem pré-estabelecida para a entrada de dados. O DP interpreta

comandos do projetista na medida que os lê. A única restrição é que quando um ele-

mento referencia outro, o outro precisa ser criado primeiro. Por exemplo, para a defi-

nição de uma linha entre 2 nós é necessário definir os 2 nós primeiro.

2.11. Organização de um arquivo .DP

O arquivo .DP contém a descrição de um ou mais desenhos. A seção de programa

DESENHO delimita o início e o fim da descrição de cada desenho:

DESENHO ['nome']

...

FIM

Entre a palavra DESENHO e FIM é feita a descrição do desenho de nome 'nome'

(entre apóstrofes, até 8 caracteres). Se o nome do desenho for omitido, 'TMP' é as-

sumido. Um típico arquivo .DP teria a seguinte organização:

DESENHO 'nome1'

(definição dos elementos do desenho 'nome1')

FIM

DESENHO 'nome2'

(definição dos elementos do desenho 'nome2')

FIM

.....

Assim, "n" desenhos podem ser descritos dentro de um arquivo .DP. Existem muitos

modos para se definir um desenho, sendo o mais importante o de chamada de subpro-

gramas com a passagem de parâmetros.

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3. Locação Geométrica Trataremos neste capítulo da construção de coordenadas, que permitirão mais tarde

locar elementos gráficos sobre o desenho.

Tanto a locação geométrica de coordenadas quanto o desenho de elementos básicos

(linhas, textos, etc) seguem um esquema semelhante ao usado no CAD/Formas.

3.1. Definição de valores numéricos

Valores numéricos são usados em coordenadas, distâncias, ângulos, dimensões, etc. O

sistema permite a construção de expressões aritméticas sempre em lugares onde valo-

res numéricos sejam esperados.

3.1.1. Operações básicas

Os seguintes símbolos são usados para expressar as operações aritméticas básicas:

+ Mais

- Menos

* Vezes

/ Dividido

** Elevado

( ) Parênteses

3.1.2. Expressões aritméticas

O sistema interpreta expressões aritméticas de uma forma simplificada: sempre da

esquerda para a direita, sem consideração da precedência algébrica dos operadores.

Por exemplo:

3 + 4 resulta em 7, enquanto que

3 + 4 * 5 resulta em 35 e não em 23, pois o programa efetua a

soma de 3 com 4 primeiro.

Para compensar, o DP permite o uso de parênteses. Na expressão anterior, para multi-

plicar 4 por 5 primeiro, fazemos:

3 + (4 * 5)

Parênteses podem ser aninhados:

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Locação Geométrica 17

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( (3 ** 2) + (4 ** 2) ) ** 0.5 resulta em 5

3.1.3. Funções

Além dos operadores aritméticos básicos, existem funções que podem ser usadas

dentro de expressões aritméticas. Uma função é chamada pelo nome, seguida de ar-

gumentos entre parênteses:

SEN (x) Seno de um ângulo em graus

COS (x) Coseno

TAN (x) Tangente

ASEN (x) Arco em graus cujo seno vale x

ACOS (x) Arcoseno

ATAN (x) Arcotangente

RAIZ (x) Raiz quadrada de um número

FIX (x) Parte inteira de um número

FRAC (x) Parte fracionária de um número

ABS (x) Valor positivo de um número

A função SEN pode ser chamada também de SIN, e a função RAIZ de SQRT. Exem-

plo de expressão aritmética com tangente:

(90 + 12) / TAN (60)

3.1.4. Operadores Geométricos

Além das funções mostradas acima, existem operadores geométricos, que serão mos-

trados em detalhe adiante. Estes operadores trabalham sobre nós, e retornam um valor

que pode ser usado normalmente dentro de uma expressão aritmética:

DIS nno1 nno2 Distância entre 2 nós

DX nno1 nno2 Delta X entre 2 nós

DY nno1 nno2 Delta Y entre 2 nós

X nno X de um nó

Y nno Y de um nó

DIR nno1 nno2 Direção de 2 nós

Por exemplo, DIS 5 6 representa a distância entre os nós 5 e 6 e X10 a abscissa do

nó 10. O conceito de nós será visto logo adiante.

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3.1.5. Ângulos

Ângulos são valores numéricos, que podem ser formados por qualquer tipo de expres-

são aritmética. Todos os ângulos definidos na entrada de dados são em graus deci-

mais.

Ângulos podem ser definidos também em graus, minutos e segundos. A sintaxe é:

graus ^ minutos segundos

O caractere (^) avisa ao sistema que a seguir seguem medidas angulares em minutos e

segundos. Por exemplo,

30 ^ 10 20

significa 30, 10 minutos e 20 segundos. O mesmo valor decimal vale 30.1722.

3.1.6. Expressões lógicas e outras funções

Expressões lógicas, usadas em comandos condicionais podem fazer parte de expres-

sões numéricas. O seu uso será visto no capítulo Controle de fluxo.

Funções de manipulação de valores alfanuméricos (cadeias de caracteres) também

podem fazer parte de expressões numéricas, e seu uso será visto no capítulo Variá-

veis e macro-substituição.

3.2. Nós e coordenadas

Todos os elementos gráficos são armazenados em função de suas coordenadas XY.

Nós são coordenadas que recebem um número de identificação (número entre 1 e

30.000). A vantagem de se construir nós é que uma vez definidas suas coordenadas,

estas podem ser reutilizadas qualquer número de vezes, apenas referenciando-se o

número do nó. Outras aplicações, tais como o CAD/Formas usam nós também como

base para definição de todos os outros elementos.

Nós são definidos através de um par de coordenadas, mas um par de coordenadas

também pode ser definido em função de outros nós existentes. Vamos então mostrar a

construção de coordenadas e de nós gradativamente.

Nós e outros elementos de desenho são construídos dentro da seção de DESENHO.

Para testar os exemplos a seguir, é necessário abrir primeiro esta seção.

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Locação Geométrica 19

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3.3. Modos de definição de nós

Nós podem ser definidos de 4 modos:

nno coord

OFFSET valor coord1 coord2

INTERSECCAO linha linha

PROJECAO coord1 coord2 coord3

onde:

nno número de um nó

valor valor numérico

coord um par de coordenadas

linha duas coordenadas ou um par de coordenadas e um ângulo

No primeiro caso, define-se o nó por suas coordenadas. Por exemplo:

15 300, 10

significa: Nó 15, nas coordenadas (300, 10). A definição completa do que podem ser

coordenadas será vista logo a seguir.

Nos casos de OFFSET, INTERSECÇÃO e PROJEÇÃO são feitas construções geomé-

tricas que resultam nas coordenadas de um nó; nos 3 casos, usa-se a definição de

coordenadas.

3.4. Definição de coordenadas

Coordenadas podem ser absolutas ou relativas a nós existentes, e os valores X, Y (ou

distância e ângulo) podem ser compostos por expressões aritméticas.

3.4.1. Coordenadas absolutas

A forma mais simples de definição de um par de coordenadas é pelo seu valor:

x,y

Assim, em:

15 300,10

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20

definimos as coordenadas (300,10) como sendo do nó 15. Uma segunda alternati-

va para a definição do valor das coordenadas é pelo formato polar:

distância < ângulo

Por exemplo, em:

20 100 < 45

temos o nó 20 à distância 100 cm da origem (0,0), formando um ângulo de 45 em

relação ao eixo X (coordenadas (70.7, 70.7)).

3.4.2. Coordenadas relativas

Pode-se definir um par de coordenadas a partir de outro par, de um nó existente. As

variações possíveis são:

nno

nno @ dx, dy

nno @ dist < ângulo

No primeiro caso, as coordenadas resultantes são as coordenada do nó de número

nno. Isto significa que sempre no lugar de um par de coordenadas podemos fornecer

o número de um nó.

No segundo caso, são as coordenadas do nó fornecido mais um deslocamento

(dx,dy).

No terceiro caso, são as coordenadas do nó fornecido, mais uma distância e um certo

ângulo em relação ao eixo X. Por exemplo:

Na figura temos:

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Locação Geométrica 21

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O nó 15 nas coordenadas (10,50).

O nó 20, nas coordenadas do nó 15, mais 86.6 de deslocamento na direção X

e 50 de deslocamento na direção Y.

O mesmo nó 20, definido de forma diferente: está à distância 100 do nó 15,

formando a direção 15-20 um ângulo de 30 em relação ao eixo X.

3.4.3. Uso de expressões aritméticas

Quando codificamos coordenadas X,Y fornecemos 2 valores: um para X e um para Y.

No lugar de valores numéricos, o sistema permite o fornecimento de expressões arit-

méticas, com funções e operadores geométricos vistos anteriormente.

A principal vantagem da interpretação de expressões aritméticas é que em vez do

projetista calcular as coordenadas exatas de cada nó fazendo as contas manualmente,

ele pode especificar diretamente quais foram às operações que o levaram a um deter-

minado par de coordenadas. Com isto, ficam autodocumentadas as construções geo-

métricas e aritméticas que levaram a locação de cada nó; mais tarde, se houver um

erro qualquer na definição do desenho, será muito mais fácil a verificação da posição

de cada nó.

No exemplo a seguir, vemos dois modos de construção do nó 33 a partir do nó 17,

compondo medidas com expressões aritméticas. O segundo modo será explicado logo

a seguir.

3.4.4. Abscissas e ordenadas de nós conhecidos

Quando usamos o caractere @ para a entrada de valores relativos a um nó, estamos

tomando como valor inicial o X e o Y do mesmo nó. Existe um modo de tomarmos

ordenadas e abscissas de nós diferentes para a definição de um outro nó. Para isto são

usados os operadores:

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X nno

Y nno

Onde nno é o número do nó do qual estamos tomando a abscissas X ou ordenada Y.

É importante lembrar que para o programa, X nno e Y nno se comportam como

valores simples, e como tais podem ser combinados a outros por meio de operações

aritméticas. No exemplo a seguir, definimos os nós 11 e 13 do canto de um retângulo

em função do X e Y dos nós 15 e 20 já definidos (os exemplos com DX e DY serão

explicados a seguir).

No próximo exemplo, os nós 25 e 35 são colocados no ponto médio entre os nós 10 e

30, e 20 e 40.

3.4.5. Deslocamentos e distâncias entre nós

Outra opção para a entrada de valores são os operadores

DX nno1 nno2

DY nno1 nno2

DISTANCIA nno1 nno2

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Locação Geométrica 23

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No primeiro caso, o valor resultante é a diferença entre o X do nó nno2 e o X do nó

nno1. O segundo caso é semelhante, mas os valores tomados são de Y. A entrada de

DX e DY geralmente é feita em definições relativas a nós, no formato deltax, deltay.

No terceiro caso, a resultante é a distância entre os nós nno1 e nno2. Este tipo de

definição é geralmente utilizada em definições relativas a nós, no formato distân-

cia < ângulo.

3.4.6. Ângulos entre nós

Muitas vezes, a direção formada por 2 nós é paralela a direção de outros 2 nós já

definidos. Em outros casos, a direção formada por 2 nós forma um ângulo conhecido

em relação a outra direção conhecida que não o eixo X. Para isto, existe um modo de

definição de ângulos, que retorna uma direção conhecida. Esta direção então pode ser

alterada para formar a direção desejada.

DIRECAO nno1 nno2

Onde nno1 e nno2 são números de nós já definidos. Não devemos esquecer que

ângulos são positivos sempre no sentido anti-horário. Na figura a seguir, o nó 32 (a

ser definido) forma com o nó 21 um ângulo de 30 no sentido horário (negativo) em

relação à direção dos nós 13 e 21.

3.4.7. Uso de funções trigonométricas

O modo polar de entrada de coordenadas (distância < ângulo) resolve os

casos onde são conhecidos um ângulo e uma hipotenusa de um triângulo retângulo.

Para resolvermos problemas onde são conhecidos apenas um ângulo e um cateto, é

necessário o uso de funções trigonométricas, tal como no exemplo seguinte. Vamos

determinar as coordenadas do nó 20 a partir do nó 10:

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20 10 @ (90 + 12)/TAN (60), -(20 + 90 + 12)

3.4.8. Uso de coordenadas

Comandos de desenho tais como POLIGONAL para traçado de linhas conectadas tem

uma sintaxe que exige a entrada de coordenadas. Por exemplo:

POLIGONAL coord1; coord2; ....

Resumindo o que vimos, um par de coordenadas pode ser:

x , y

dist < ang

nno

nno @ dx , dy

nno @ dist < ang

onde cada um dos valores numéricos pode ser dado por uma expressão aritmética.

3.5. OFFSET

Um nó pode ser definido por um offset em relação a uma reta:

nno OFFSET valor coord1 coord2

O comando OFFSET permite uma forma simplificada de se definir nós que formam

um ângulo de 90 com uma determinada direção. O nó resultante está a uma distância

fornecida dos pontos 1-2, na altura do ponto 2, e a direita da direção 1-2 se a distância

for positiva.

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Locação Geométrica 25

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Note que o comando OFFSET pode ser substituído (com um pouco mais de trabalho)

por uma definição de coordenada relativa.

3.6. INTERSECÇÃO

O comando INTERSECÇÃO determina as coordenadas de um nó resultante da inter-

secção de duas linhas:

nno INTERSECCAO linha1 linha2

Cada uma das linhas pode ser definida por duas coordenadas ou pelo par: coordena-

das e um ângulo:

coord1 coord2

coord ANG angulo

Numa das figuras anteriores nós vimos uma intersecção realizada pelo fornecimento

de 4 pontos, cada 2 definindo uma linha. Na figura abaixo uma intersecção entre faces

de pilares é feita com duas linhas definidas por ponto e ângulo:

3.7. PROJEÇÃO

O comando PROJEÇÃO projeta ortogonalmente as coordenadas coord1 sobre uma

reta formada pelas coordenadas coord2 e coord3:

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nno PROJECAO coord1 coord2 coord3

No exemplo a seguir, os nós 1, 2, 3 e 4 já estão definidos; os nós 6 e 7 são obtidos por

meio de projeção.

3.8. Sistema local de coordenadas

É muito comum encontrarmos desenhos onde grandes quantidades de linhas sejam

paralelas a direções diferentes dos eixos X e Y do sistema global de coordenadas. A

definição destas linhas seria muito trabalhosa pela entrada de distâncias e ângulos.

Para cobrir estes casos, o sistema permite definir a qualquer momento um sistema

local de coordenadas, transladado e girado em relação ao sistema global. No início do

processamento, o chamado Sistema Local Atual coincide com o sistema global, com

origem (0,0) e ângulo de rotação de zero grau.

Todas as entradas de ângulos, distâncias e deltas são sempre medidas em relação ao

sistema local atual de coordenadas. O comando LISTAR (pág. 102) também mostra a

coordenadas de nós pelo sistema local atual.

A sintaxe é:

ORIGEM [coord] [ANGULO angulo]

coord são as coordenadas do sistema local medidas em relação ao sistema global de

coordenadas. Se estas coordenadas não forem fornecidas serão assumidas (0,0).

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ângulo é o ângulo de rotação do sistema em relação ao eixo X do sistema global. Se

o ângulo não for fornecido, será adotado zero (e, portanto somente a palavra ORIGEM

é suficiente para retornar o sistema de coordenadas para o global).

Todas as coordenadas são armazenadas internamente pelo sistema global de coorde-

nadas. A plotagem do desenho é feita sempre com o eixo X global paralelo ao papel, e

é independente da posição do desenho em relação aos eixos globais.

3.9. Geração de nós

Para a definição de nós em desenhos de geometria uniforme, existem comandos de

geração em linha e em malha.

3.9.1. Geração de nós em linha

Nós podem ser gerados ao longo de uma linha, com espaçamento e numeração uni-

forme. A sintaxe para definição desta geração consiste numa extensão do comando de

definição de nós. Após a definição do nó (por coordenadas ou construção geométrica)

define-se opcionalmente os dados de geração, conforme mostra a figura seguinte:

10 10,50 A 35 PASSO 5 15,5

Aqui vemos o nó 10 definido nas coordenadas (10,50). Foram gerados a partir do nó

10, os nós 15 a 35, com numeração aumentando de 5 em 5 e incremento de coordena-

das delta-x de 15 cm e delta-y de 5 cm. A sintaxe completa do comando é:

nno coord [A nno2 [PASSO num ] coord2 ]

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Este comando define os nós nno até nno2, com incremento de numeração num e

incremento de coordenadas coord2 a partir de coord. O passo de incremento de

número de nó é opcional, e quando não fornecido é assumido 1.

A geração de nós em linha na verdade pode ser feita a partir de qualquer definição de

nó, incluindo os comandos de construção geométrica, como por exemplo:

50 PRO 40 21 22 A 60 10,10

Neste comando, o nó 50 foi criado a partir da projeção do nó 40 sobre a reta 21-22.

Os nós 51 a 60 foram criados então, com incrementos de coordenadas de (10,10), a

partir do nó 50.

3.9.2. Geração de nós em malha

Na geração de nós em malha, pode-se gerar um conjunto de nós de numeração uni-

forme, mas de espaçamento irregular. A geração consiste em interceptar dois conjun-

tos de retas em duas direções diferentes, cada reta definida por um nó e uma direção.

Para poder fazer uso da geração em malha, é necessário antes planejar uma numera-

ção uniforme dos nós da malha. A figura seguinte mostra um exemplo típico de gera-

ção de uma malha de nós:

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Nesta figura foram interceptados dois conjuntos de retas: o conjunto dos nós 11 a 14

(passo 1 default), com ângulo de 90 (default) e o conjunto dos nós 20 a 50 (passo 10)

com ângulo de zero graus (default). Os nós resultantes das intersecções foram nume-

rados a partir do segundo conjunto, com o incremento de numeração do primeiro

conjunto. Note que:

Os nós 11, 12, 13 e 14 foram previamente criados, e não tem espaçamento

necessariamente regular.

Os nós 20, 30, 40 e 50 foram previamente criados, e também não tem espa-

çamento necessariamente regular.

As retas passando pelos nós 11 a 14 tem um ângulo de 90.

As retas passando pelos nós 20 a 50 tem um ângulo de zero grau.

A numeração de cada nó gerado é feita por linha, usando-se o número do nó

a esquerda, incrementado pelo passo de numeração do conjunto 1 de nós.

A numeração dos nós 11 a 14 e 20 a 50 foi planejada para ser regular, e não

criar "choques" de numeração dos nós gerados.

A sintaxe completa do comando de geração é:

MALHA conjunto-1 conjunto-2

onde conjunto refere-se a um conjunto de linhas formadas por um nó e uma dire-

ção. Cada conjunto é codificado da seguinte forma:

nno1 A nno2 [PASSO num] [ANG angulo]

O passo de numeração de nós é opcional, e se não fornecido é adotado 1. O ângulo

opcional define a direção de intersecção das retas do conjunto. O default deste ângulo

é de 90 para o conjunto 1 e de zero graus para o conjunto 2.

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4. Desenho Neste capítulo trataremos de todos os comandos necessários para a geração de dese-

nhos. Gerar desenhos pelo DP equivale a gerar pelo EAG de forma alfanumérica.

4.1. Níveis de desenho

Os desenhos gerados pelo DP são compatíveis com o EAG e seguem a mesma con-

venção de níveis de desenho. Até 256 níveis (000 - 255) podem ser gerados. Por de-

fault, o nível usado é o zero.

Todos os comandos de geração de elementos permitem especificar em qual nível deve

cair o elemento gráfico. Quando este nível não for especificado, o elemento cairá no

nível default. O comando que define o nível default é:

DEFINE NIVEL num

4.2. Associação de cores a níveis

No editor gráfico EAG, cores são associadas a níveis, e todos os elementos dentro de

um nível têm a mesma cor. Quando um desenho novo é criado, os níveis têm as cores

padrões do sistema e subsistema (veja adiante). Você pode reatribuir cores a níveis

com o comando:

DEFINE NIVCOR nível cor

Onde a cor corresponde a um código de 1 a 15, conforme a tabela:

Vermelho brilhante 1

Amarelo brilhante 2

Verde brilhante 3

Azul claro brilhante 4

Azul escuro brilhante 5

Roxo brilhante 6

Branco brilhante 7

Cinza 8

Vermelho 9

Marrom 10

Verde 11

Azul claro 12

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Desenho 31

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Azul escuro 13

Roxo 14

Branco 15

4.3. POLIGONAL

O comando POLIGONAL gera linhas conectadas (chamadas no EAG de linhas múlti-

plas) por uma série de coordenadas fornecidas. A sintaxe do comando é:

POLIGONAL lista-de-coord [NVD nível] [[OFFSET valor]

[NVD nível]]

O nível definido opcionalmente em NVD é um nível diferente do default. OFFSET e o

segundo NVD definem uma linha paralela a linha original, opcionalmente num nível

diferente. O exemplo abaixo ilustra o desenho de um balcão, usado os nós de contor-

no 10, 11, 12, 13, 14 e 15 pré-definidos.

POLIGONAL 10; 11; 12; 13; 14; 15; OFFSET 12

4.3.1. Lista de coordenadas

A lista de coordenadas esperada pelo comando POLIGONAL é usada em vários outros

comandos. Trata-se de um conjunto de coordenadas, definido de modo absoluto ou

relativo entre si. A lista de coordenadas pode ter um dos dois formatos:

coord1; coord2; coord3; ...

coord1 @ coord2 @ coord3 ...

No primeiro caso, as coordenadas são absolutas. No segundo, apenas as primeiras

coordenadas são absolutas; as demais são relativas às coordenadas anteriores.

Existe um problema de ambigüidade no comando, quando se usa coordenadas no

formato:

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nno @ dx, dy

este caso, o programa não sabe dizer se existem uma ou duas coordenadas. Isto pode

ser resolvido com o uso da palavra REL para diferenciar duas coordenadas, em vez da

@. O exemplo abaixo mostra formas alternativas de uso do comando POLIGONAL.

4.4. LINHA

O comando LINHA tem funcionamento idêntico ao do comando POLIGONAL, a

menos que as linhas geradas são independentes, não conectadas.

LINHA lista-de-coord [NVD nível] [[OFFSET valor] [NVD

nível]]

4.5. CURVA

O comando CURVA permite definir uma curva suavizada através de pontos de con-

trole:

CURVA lista-de-coord [NVD nível] [[OFFSET valor] [NVD

nível]]

A opção OFFSET, assim como no comando POLIGONAL permite desenhar uma

curva paralela a partir da distância fornecida; NVD especifica o nível em que a curva

será desenhada.

A figura seguinte mostra um exemplo de construção deste tipo de curva:

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Desenho 33

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CURVA 10; 11; 12; 13; 14; 15; 16 OFF -10

4.6. CIRCULO

O comando CIRCULO permite fazer 4 construções geométricas de círculo: por 2 ou 3

pontos, centro e raio e centro e diâmetro. A sintaxe do comando é:

CIRCULO [ C coord] -

[ R valor] -

[ DIAM valor] -

[ PI coord] -

[ PF coord] -

[ PM coord] -

[ NVD nível ] [OFFSET valor [NVD nível]]

O projetista deve codificar apenas os dados suficientes para que o círculo possa ser

construído. Os comandos NVD e OFFSET funcionam de forma análoga ao comando

POLIGONAL (no caso do círculo, o offset positivo causa um círculo de raio maior). O

significado de cada palavra chave é:

C coord Centro

R valor Raio

DIAM valor Diâmetro

PI coord Ponto inicial

PF coord Ponto final

PM coord Ponto intermediário

As figuras abaixo ilustram o uso deste comando.

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4.7. ARCO

Arcos podem ser desenhados através de 8 tipos de construções geométricas:

Centro, Raio, Ângulo inicial e final;

Ponto inicial, Centro, Ponto final;

Ponto inicial, Centro, Ângulo interno;

Ponto inicial, Centro, Corda;

Ponto inicial, Ponto final, Ângulo interno;

Ponto inicial, Ponto final, Raio;

Ponto inicial, Ponto final, Direção inicial;

3 Pontos.

O projetista fornece os dados necessários para a construção do arco através de pala-

vras chaves; o sistema determina se a construção é possível ou não. A sintaxe do

comando é:

ARCO [C coord ]

[R valor ]

[CORDA valor ]

[PI coord ]

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Desenho 35

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[PF coord ]

[PM coord ]

[ANA angulo ]

[ANI angulo ]

[ANF angulo ]

[DIR angulo ]

[NVD nível ] [OFFSET valor [NVD nível]]

Assim como no círculo, OFFSETs positivos geram arcos paralelos de raio maior.

Todas as construções de arco são feitas no sentido anti-horário. Isto significa que

pontos fornecidos em ordem errada gerarão um arco complementar. O significado de

cada palavra chave acima é:

C coord Centro

R valor Raio

CORDA valor Corda

PI coord Ponto inicial

PF coord Ponto final

PM coord Ponto intermediário

ANA angulo Ângulo interno

ANI angulo Ângulo inicial

ANF angulo Ângulo final

DIR angulo Direção inicial

As figuras seguintes ilustram as possíveis construções de arcos:

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Desenho 37

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4.8. TEXTO

O comando TEXTO permite colocar anotações no desenho, em qualquer nível, coor-

denada ou tamanho.

Existem 2 modos de definição de textos:

TEXTO 10 'Formas do Pavimento Tipo'

TEXTO 500,0 NLIN 5

Pilar Carga (tf)

===== ==========

P1 40.5

P2 60.3

P3 65.7

No primeiro modo, definimos um texto nas coordenadas do nó 10, cujo conteúdo é:

'Formas do Pavimento Tipo'.

No segundo modo, definimos uma tabela de 5 linhas (NLIN 5), nas coordenadas

500,0, e cujo conteúdo é mostrado nas 5 linhas seguintes. Este modo é interessante

para a entrada de tabelas no desenho.

Em ambos os casos, os textos foram desenhados a zero grau, no nível default e no

tamanho default do comando TEXTO.

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4.8.1. Sintaxe do comando TEXTO

A sintaxe completa do comando TEXTO é:

TEXTO coord [opções] 'texto'

NLIN num

As opções disponíveis são:

[HTEX valor] [NVD nível] [ANG angulo] [NLIN num] [CENTRADO]

A palavra HTEX define opcionalmente o tamanho do texto, em cm. Se HTEX não for

definido, será adotado o tamanho default de texto do comando TEXTO. Este tamanho

é definido pelo comando:

DEFINE TAMTTX valor

cujo default é de 0.24 cm.

A palavra NVD define o nível de desenho do texto. Se NVD não for definido, o texto

será desenhado no nível default de elementos gráficos.

A palavra ANG define o ângulo de desenho de texto. Se ANG não for definido, o texto

será desenhado com ângulo zero.

A palavra NLIN define o número de linhas de texto a serem desenhadas; estas linhas

são lidas a seguir. Se NLIN não for fornecido, então apenas um texto será definido,

entre apóstrofes, na mesma linha do comando.

Normalmente o ponto de colocação do texto é alinhado a esquerda do texto. Para que

o texto seja centrado no ponto, usa-se a palavra CENTRADO.

4.8.2. Textos e a Escala

O tamanho de texto definido em HTEX ou em DEFINE TAMTTX é em centímetros

medidos no papel (diferente da unidade de desenho, que é qualquer). A proporção

entre o texto e o desenho é definida pelo fator de escala:

DEFINE ESCALA valor

Este fator tem que ser previamente definido. Conforme comentamos, o fator de escala

divide todas as medidas do desenho, resultando em um valor em centímetros equiva-

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Desenho 39

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lente a unidade de desenho convertida na escala. Por exemplo, para um desenho com

unidades em metros e escala 1:50, nós definiremos:

DEFINE ESCALA 0.5

pois cada metro em unidade de desenho dividido por 0.5 resultará em 2 cm no papel.

Em um desenho com unidades em centímetros na escala 1:50 este fator valeria 50.

Se o fator de escala não for definido, 50 será assumido. É muito perigoso esquecer a

definição da escala: neste caso todos os textos sairão desproporcionais ao desenho, e

todo o trabalho já efetuado com o editor gráfico sobre o desenho poderá ser perdido.

4.9. TFERRO

O comando TFERRO permite colocar textos de ferros em desenhos de armação. As

convenções e detalhes para que os ferros possam ser contabilizados e extraídos na

tabela de ferros se encontra no capítulo Geração de desenhos de armação de con-

creto (pág. 143).

A sintaxe do comando TFERRO é a mesma do comando TEXTO, com algumas im-

plementações:

Decodifica o texto como um texto de ferro: separa posição, quantidade e

comprimento.

Considera parâmetros lidos do arquivo DESARM.DAT – Veja sua documen-

tação no manual: CAD/AGC&DP Manual de critérios de projetos.

Coloca o texto, separando cada componente em uma entidade de texto inde-

pendente.

Coloca o número da posição antes ou depois da quantidade de ferros con-

forme indicado no arquivo DESRAM.DAT.

Ressalta a posição com ou sem circunferência conforme DESARM.DAT.

Importante: A identificação do ferro sempre deve ser a letra ‘P’ para que o DP possa

altera-lo de acordo com os critérios de desenho de armação (DESARM.DAT).

Como exemplo, o seguinte comando:

TFERRO 100,0 NVD 3 ‘5 P3 { 12.5 c/15 c=467’

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Tendo o arquivo DESARM.DAT definido o ressalto da posição com circunferência,

número da posição antes da quantidade de ferro e identificação da posição ‘N’, gerará

o seguinte desenho:

4.10. Cortes

Para uma representação simples de cortes use o comando:

CORTE 'letra' coord1 coord2 [NVD nivel]

por exemplo, o comando:

CORTE 'A' 100,0 200,0

gerará o desenho:

4.11. BLOCOS

BLOCOs são conjuntos de elementos gráficos, agrupados sob um nome. Depois de

definidos, poderão ser inseridos no desenho qualquer número de vezes, em qualquer

posição, ângulo e escala. Algumas utilizações importantes de blocos:

Quando detalhes precisam ser repetidamente desenhados em partes diferen-

tes de um desenho;

Quando um tipo de detalhe é usado em muitos desenhos;

Construção de bibliotecas de símbolos orientadas para um determinado tra-

balho. Estas bibliotecas funcionam como um tipo de "Gabarito" de desenho.

O uso de blocos racionaliza o espaço gasto no arquivo de desenho; cada bloco é ar-

mazenado uma única vez e a inserção de um bloco no desenho apenas referencia o

bloco, não o redefine. Se redefinirmos um bloco, todas as ocorrências deste bloco no

desenho serão corrigidas automaticamente. A figura a seguir mostra um exemplo de

utilização de blocos:

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Desenho 41

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4.11.1. Organização de blocos

O modo de organização de blocos é idêntico ao do EAG. Vários tipos de organização

são possíveis e o projetista deve decidir qual a melhor forma de armazenar blocos em

bibliotecas. As regras de definição de blocos são:

Chamamos de "Criação" de um bloco, a sua definição. Um bloco criado não

aparece no desenho; o bloco só aparecerá quando for "Inserido". Fazendo

uma analogia com um gabarito de desenho a mão, criar um bloco é o mesmo

que criar um gabarito; inserir um bloco é usar o gabarito para traçar o dese-

nho.

Todo desenho tem uma Biblioteca Interna de Blocos. Nesta biblioteca são

armazenados todos os blocos que podem ser inseridos em um determinado

desenho. Um bloco só pode ser inserido se estiver na biblioteca interna.

O comando de criação de blocos (BLOCO) permite criar novos blocos, que

são armazenados na biblioteca interna de desenho.

O comando de inserção insere um bloco com nome fornecido pelo usuário.

Se o bloco não estiver na biblioteca interna, o EAG procurará no disco um

arquivo de desenho com o mesmo nome do bloco. Se encontrar, o arquivo de

desenho será carregado na memória e transformado em bloco. Este bloco

entra na biblioteca interna e pode ser inserido. O arquivo de desenho externo

não pode ter blocos em sua biblioteca interna.

Para facilitar a organização de bibliotecas, além de procurar blocos na pasta

atual, o sistema procura nas pastas de Pesquisa de Blocos. Um pasta conten-

do um conjunto de blocos organizados, destinados a uma aplicação é chama-

do de Biblioteca Externa de Blocos, ou simplesmente Biblioteca de Blocos.

Page 48: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

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Completando a organização de bibliotecas, o sistema permite misturar 2 ar-

quivos. Neste caso, as bibliotecas internas de blocos dos 2 arquivos são tam-

bém misturadas.

Todo bloco tem um ponto chamado de Base de Inserção. Quando o bloco é

inserido no desenho, a base de inserção coincide com o ponto de inserção.

Blocos internos tem a sua base definida no comando BLOCO, enquanto que

os externos têm a base definida pelo comando BASE.

Existem duas maneiras principais de se definir um bloco: a primeira, para uso interno

no arquivo de desenho com o comando BLOCO; e a segunda, para uso em diversos

arquivos de desenho, como um desenho comum que poderá ser lido dentro de outros

desenhos. Existe também uma terceira maneira, por inclusão de arquivos de lingua-

gem ou chamada de subprograma; neste caso, o bloco é definido dinamicamente pelo

subprograma.

4.11.2. Criação de BLOCOS

Blocos são criados na biblioteca interna pelo comando:

BLOCO 'nome' [coord]

(definição de elementos gráficos do bloco)

....

FBL

onde nome é o nome do bloco com até 8 caracteres e coord, a base de inserção.

Estas coordenadas quando não fornecidas são assumidas (0,0).

Todo bloco tem uma base. A base do bloco funciona como a origem de um sistema

local de coordenadas. Quando o bloco for inserido no desenho, as coordenadas de

inserção coincidirão com a base do bloco. Veremos a seguir como definir e inserir um

bloco no desenho.

4.11.3. INSERE blocos

Para inserir um bloco no desenho usamos o comando:

INSERE 'nome' lista-de-coordenadas -

[ESX val] [ESY val] [ESC val] [ANG ang]

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Desenho 43

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O comando de inserção de blocos insere o bloco desejado em cada coordenada da

lista (no mínimo uma), com escala 1.00 e ângulo zero. A escala e ângulo de rotação

podem ser opcionalmente definidos, com os comandos:

ESX val Escala X

ESY val Escala Y

ESC val Escala X e Y

ANG ang Ângulo de rotação

A figura abaixo ilustra a definição de um retângulo com um X, e sua inserção no

desenho.

BLOCO 'RET' 0,0

POL -10,-10 @20,0 @0,20 @-20,0 @0,-20

POL -10,-10 @20,20

POL 10,-10 @-20,20

FBL

INSERE 'RET' 10 20 30

INSERE 'RET' 40 ESC 0.5 ANG 45

Existe atualmente uma restrição importante na criação de blocos: o sistema não per-

mite que novos blocos sejam inseridos dentro da definição de outro bloco.

4.11.4. Inserção de blocos externos

Quando um comando INSERE referencia um bloco que não foi previamente criado, o

sistema fará as seguintes operações:

Procurará um desenho .DWG com o nome do bloco, na pasta atual. Se não

achar,

Procurará um desenho .DWG com o nome do bloco em cada uma das Pastas

de pesquisa de blocos. Se não achar emitirá um erro.

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Achando o arquivo de desenho, este é transformado em um bloco, definido

na biblioteca interna e inserido no desenho.

O objetivo de manter pastas de pesquisa de blocos é agrupar blocos de um determina-

do tipo de aplicação dentro de uma mesma pasta. Assim, um pasta de blocos poderá

ser considerado uma Biblioteca Externa, análoga a um gabarito de desenho.

As pastas padrão do CAD/TQS são as pastas definidas sob a pasta

\TQSW\SUPORTE\BLOCOS. A pesquisa se dá em todas as subpastas, exceto quando se

define as pastas de pesquisa.

A definição das pastas de pesquisa é feita através do comando:

DEFINE BIBBLO 'pastas'

onde pastas são paths que seguem a convenção do MS-DOS. Mais de uma pasta

pode ser definida, separada da anterior por ponto e vírgula; neste caso, a pesquisa será

feita de acordo com a ordem de definição. Por exemplo, dado:

DEFINE BIBBLO '\DP\BLOCOS;\DP\ESTACAS'

Ao INSERIR um bloco não definido, o sistema procurará:

Na pasta atual. Se não achar,

Na pasta \DP\BLOCOS. Se não achar,

Na pasta \DP\ESTACAS. Se não achar, emitirá mensagem de erro.

Para que a definição das pastas de pesquisa não tenha que ser repetida em todo arqui-

vo .DP, o sistema permite a definição destas pastas dentro do arquivo de critérios

(assim como qualquer outro parâmetro). Arquivos de critérios serão discutidos mais

tarde, junto com o comando INCLUI.

4.11.5. Base de um bloco externo

Um bloco externo nada mais é que um desenho comum, que não pode ter outros blo-

cos inseridos dentro. Todo bloco tem uma base de inserção; a base do bloco externo é

definida do seguinte modo:

Se não for definida, será (0,0).

Pode ser definida explicitamente, chamando o desenho pelo EAG e acionan-

do o comando “Blocos” “Base de inserção” “Definir”.

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Desenho 45

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Se o bloco externo for gerado como um desenho comum pelo DP, sua base

poderá ser definida pelo comando:

BASE coord

Neste caso, estas coordenadas serão usadas como base, quando o desenho gerado for

usado como bloco em outro desenho.

4.11.6. Inclusão e Subprogramas

A última maneira de se definir blocos é através de inclusão de arquivos DP e de sub-

programas (o que será tratado em detalhes em no capítulo Inclusões e subprogramas

pág. 75). Tratam-se de alternativas com vantagens e desvantagens. Blocos armazena-

dos como arquivos de desenhos são processados de forma mais eficiente. Blocos

mantidos em arquivo de linguagem, no entanto são mais fáceis de serem modificados,

e os blocos definidos em subprograma podem adotar uma forma diferente a cada

chamada, de acordo com os parâmetros passados ao subprograma.

4.11.7. Blocos de comprimento unitário

Um artifício muito usado em desenho é definir blocos com uma unidade de largura

por uma unidade de altura. Este tipo de bloco facilita o desenho de famílias de ele-

mentos que crescem proporcionalmente em uma ou duas direções, usando-se o fator

de escala X e Y (ESX e ESY) para definir estas direções.

Por exemplo, um bloco na forma de um quadrado de 1 por 1 cm, de nome 'QUADR',

será desenhado como um retângulo de 100 por 200 cm com o comando:

INSERE 'QUADR' 0,0 ESX 100 ESY 200

4.12. MISTURA de Desenhos

Desenhos podem ser misturados de maneira simples:

MISTURA 'nome' [coord]

O comando MISTURA lê um desenho externo e adiciona ao desenho atual sendo

criado. As coordenadas, opcionais, definem qual será a posição da origem de coorde-

nadas do desenho lido em relação ao (0,0) do desenho atual. Se não forem fornecidas,

os desenhos serão sobrepostos segundo o mesmo sistema de coordenadas.

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A posição do desenho misturado definida pelas coordenadas fornecidas, corresponde

à origem definida pelo comando BASE. Se a origem não for definida, a coordenada

(0,0) será adotada.

Um exemplo interessante de mistura é a complementação de desenhos gerados pelo

CAD/Formas. Suponha por exemplo que desejemos colocar o bloco 'SAP1' sobre

os nós 100, 101, 102 e 103 no desenho de formas do projeto 1000. A codificação

seria:

DESENHO 'FOR1000'

MISTURA 'FOR1000'

INCLUI '1000N.LDF'

INSERE 'SAP1' 100 101 102 103

FIM

O primeiro comando abre um arquivo de desenho para gravação, o 'FOR1000'. O

segundo comando, mistura o 'FOR1000' já existente no disco com o desenho aberto

atual, que está vazio. O terceiro comando inclui um arquivo de definição de nós de

formas, o que torna os nós 100 a 103 conhecidos para o DP. Por último, inserimos o

bloco 'SAP1' sobre os nós desejados e fechamos o desenho com FIM.

4.13. COTAGEM

O comando de COTAGEM permite fazer cotagens lineares em qualquer direção, a

partir de pontos fornecidos. A sintaxe do comando é:

COTAGEM HOR coor1 coor2 coor3 [lista-de-coord]

VER coor1 coor2 coor3 [lista-de-coord]

ALI coor1 coor2 coor3 [lista-de-coord]

INC angulo coor1 coor2 coor3 [lista-de-

coord]

CON [lista-de-coord]

As palavras chaves significam:

HOR Horizontal

VER Vertical

ALI Alinhada

INC Inclinada

CON Contínua

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Desenho 47

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A distância entre as duas primeiras coordenadas é medida e projetada em uma dire-

ção; a linha de cotagem passa pelo terceiro ponto. Pontos adicionais, se fornecidos

(lista de coordenadas) causarão uma continuação de cotagem. O modo de cotagem

CONtínua permite continuar a última cotagem feita, através de pontos adicionais.

A direção horizontal projeta as medidas em um eixo paralelo ao X; a direção vertical

paralela ao Y e a alinhada paralela aos 2 primeiros pontos fornecidos. A direção incli-

nada é explicitamente definida pelo usuário através de um ângulo. As figuras seguin-

tes ilustram o uso do comando:

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Quando criamos uma cota, os parâmetros não definidos são usados do arquivo

DESCOT.DAT. Podemos editar este arquivo através do seguinte menu do gerencia-

dor: “Arquivo” “Critérios gerais” “Critérios de cotagem”. Os parâmetros configu-

ráveis do DP estão listados a seguir:

4.13.1. Entrada manual do texto de cotagem

O valor calculado da dimensão de cotagem pode ser substituído por um texto qual-

quer. Para isto, basta incluir o texto entre apóstrofes, precedido da palavra TEXTO,

entre duas coordenadas quaisquer. Por exemplo:

COTAGEM HOR 0,0 TEX 'A' 100,0 0,50 TEX 'B' 200,0 TEX 'C' 300,0

Neste exemplo, cotou-se 3 distâncias por 4 pontos, e os textos de dimensão foram

substituídos por 'A', 'B' e 'C'. A sintaxe completa de cotagem com texto é:

COTAGEM HOR coor1 [TEXTO 'texto'] coor2 coor3 [lista-de-coord]

VER coor1 [TEXTO 'texto'] coor2 coor3 [lista-de-coord]

ALI coor1 [TEXTO 'texto'] coor2 coor3 [lista-de-coord]

INC ang coor1 [TEXTO 'texto'] coor2 coor3 [lista-de-coord]

CON [lista-de-coord]

Onde a lista-de-coord é uma lista de coordenadas no formato:

coord1 [TEXTO 'texto'] ; coord2 ...

coord1 [TEXTO 'texto'] @ coord2 ...

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Desenho 49

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4.13.2. Tamanho do texto de cotagem

Todos os textos de cotagem são colocados com o tamanho default de 0.22 cm. Este

tamanho pode ser redefinido pelo comando:

DEFINE TAMTCO valor

4.13.3. Controle da linha de chamada

Normalmente linhas de chamadas são puxadas até a linha de cotagem, a partir dos

pontos onde se está cotando. Estas linhas podem ser desligadas pelo comando

DEFINE NCOTLCH

e ligadas novamente pelo comando

DEFINE COTLCH

4.13.4. Extensão das linhas de cotagem

Para controlar a extensão das linhas de cotagem e chamada use os parâmetros:

DEFINE COTEXE val Extensão da linha de chamada

DEFINE COTEXO val Gap da linha de chamada

DEFINE COTTSZ val Tamanho da marca da linha de cotagem

DEFINE COTDLE val Extensão da linha de cotagem

4.13.5. Níveis de cotagem

Você pode tornar a linha de cotagem tracejada, ou ainda mudar a sua cor. Os seguin-

tes parâmetros controlam os níveis de cotagem:

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DEFINE COTNIV ival Nível geral de cotagem

DEFINE COTNIC ival Nível da linha de cotagem

DEFINE COTNIL ival Nível das linhas de chamada

A cotagem é composta pela linha de cotagem, linha de chamada, marca de cotagem e

texto. Normalmente todos são colocados no nível COTNIV. Os parâmetros COTNIC e

COTNIL permitem atribuir níveis diferentes à linha de chamada e de cotagem. Por

default eles valem -1, fazendo com que o nível usado seja COTNIV.

4.13.6. Multiplicador de comprimentos

Normalmente as unidades são em escala 1:1, isto é, o valor da cota é determinado

diretamente pela distância entre os pontos medidos. Alguns desenhos, entretanto,

misturam escalas diferentes. Por exemplo, em um desenho de vigas a seção longitudi-

nal está em escala 1:50 e a transversal em 1:25. Cada cm medido na seção longitudi-

nal vale 1 cm, mas cada cm medido na seção transversal vale apenas 0.5 cm no mun-

do real.

Para cotar a seção transversal, definiremos um multiplicador de comprimentos de 0.5,

através do parâmetro:

DEFINE COTMUL val

4.13.7. Precisão de cotagem

Um parâmetro de precisão controla o número de casas depois da vírgula mostradas

pela cotagem:

DEFINE COTPRC ival

O número pode ser positivo ou negativo - se for positivo os zeros redundantes à direi-

ta da vírgula são eliminados. Veja a figura:

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Desenho 51

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4.13.8. Marca de cotagem

A marca de cotagem pode ser redefinida pelo parâmetro:

DEFINE COTBLO 'nome'

Onde nome é o nome de um bloco de cotagem. Três marcas padrão são geradas com

os nomes TICK (default), DOT e ARROW:

Você pode criar a sua própria marca de cotagem, criando um bloco da seguinte ma-

neira:

O nome do bloco deve ser atribuído ao parâmetro COTBLO.

O bloco é um desenho criado na pasta de pesquisa de blocos. Esta pasta é de-

finida pelo comando

DEFINE BIBBLO 'nome'

que é o mesmo usado pelo comando de inserção de blocos. O arquivo INSTAL.LDF é

distribuído com BIBBLO valendo %_SUPORTE\BLOCOS\GERAIS, onde

%_SUPORTE é a pasta dos arquivos de critérios.

O bloco de cotagem deve ter tamanho unitário, sendo escalado pelo parâme-

tro COTTSZ;

A base de inserção do bloco deve coincidir com a ponta da linha de cotagem.

A marca deve apontar para o lado direito, de modo que em uma cotagem ho-

rizontal ela é inserida a zero grau do lado direito, e a 180 do lado esquerdo.

Os elementos do bloco de cotagem devem preferencialmente estar no nível

de cotagem default, 221.

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4.14. EIXOS

É muito comum a locação geométrica de uma obra através de eixos. O comando

EIXOS permite definir eixos horizontais e verticais. O projetista fornece as abscissas

dos eixos verticais e as ordenadas dos eixos horizontais. A sintaxe do comando é:

EIXOS HORIZONTAL ['A'] y1 y2... VERTICAL ['1'] x1 x2 ...

Normalmente os eixos horizontais são rotulados com letras começando em "A" e os

verticais com números, começando em "1". Isto pode ser alterado, fornecendo-se logo

após a palavra HORIZONTAL ou VERTICAL a letra/número inicial para rotulação,

entre apóstrofes.

Os eixos são rotulados na mesma ordem de fornecimento das abscissas e ordenadas.

Não existe nenhuma restrição quanto à ordem de fornecimento ou espaçamento entre

eixos.

Note que o comando prevê a posição, mas não a extensão de cada eixo. O DP deter-

mina as coordenadas mínimas e máximas de todos os nós definidos até o comando

EIXOS, usando no mínimo as coordenadas dos eixos; eixos são posicionados de for-

ma a "cercar" o desenho. Havendo necessidade de estender mais ou menos os eixos,

isto poderá ser feito através do Editor Gráfico.

Os eixos são rotulados com letras de tamanho default 0.4 cm. Este tamanho pode ser

alterado pelo comando:

DEFINE TAMTEI valor

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Desenho 53

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4.14.1. Coordenadas a partir de eixos

Coordenadas podem ser definidas sobre intersecções de eixos. O sistema aceita como

coordenadas válidas uma expressão do tipo:

'E2'

que significa as coordenadas da intersecção do eixo 'E' com o eixo '2'. Em todos

os lugares da linguagem onde se permite a entrada de coordenadas, pode-se usar uma

intersecção de eixos. Por exemplo:

1 'E2' @ 100,0

Significa: definição do nó 1, 100 centímetros a direita da intersecção dos eixos 'E' e

'2'.

4.15. Sistema e Sub-Sistema

Os desenhos CAD/TQS têm propriedades internas. Algumas das propriedades que

dizem respeito ao padrão de desenho são o Sistema e o Sub-Sistema

As cores e níveis são dependentes da definição do sistema e sub-sistema dos dese-

nhos.

Os comandos DEFINE IAPLIC e DEFINE ISUBAPLIC definem, respectivamente

o sistema e o subsistema do desenho.

DEFINE IAPLIC val

DEFINE ISUBAPLIC val

Todos os níveis de desenho não definidos são criados automaticamente quando são

usados pelo DP.

Os valores das variáveis estão listados na tabela da página 69.

4.16. Semente de desenho

Os arquivos de desenho gerados pelo programa têm sempre como ponto de partida o

chamado arquivo semente de desenho. Quando nenhum arquivo é definido, o DP usa

a semente %_SUPORTE\NGE\SEED.DWG. Você pode alterar este desenho de acor-

do com suas necessidades tendo em mente que este desenho é a semente para TODOS

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os novos desenhos criados no CAD/TQS. Uma maneira melhor é criar novos arquivos

de semente e defini-los através dos comando:

DEFINE SEMENTE ‘nome’

onde ‘nome’ é o nome do arquivo semente, sem o tipo .DWG, entre apóstrofes, se-

guindo as convenções do MS-DOS.

Os níveis e cores do desenho, seguem o padrão definido pelo Sistema e Subsistema

descritos no capítulo 4.15 e são sobrepostos aos pré-definidos no arquivo semente.

4.17. Desenho: Exemplo

A título de exemplo, construiremos um desenho usando comandos vistos até aqui.

Seja um paralelepípedo, mostrado em planta e em duas vistas, como o da figura abai-

xo (todas as medidas em centímetros):

O paralelepípedo tem as suas principais medidas cotadas, e o título

"PARALELEPIPEDO" centrado na sua vista em planta. Para facilitar a locação do

desenho, vamos inicialmente numerar nós importantes. Embora isto não seja estrita-

mente necessário, quando se monta a geometria através de nós pode-se referenciar

novos nós em função dos já existentes, o que facilita o desenho. Os nós, de numera-

ção e posição arbitrariamente escolhida são mostrados na figura seguinte:

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Desenho 55

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O desenho será montado no arquivo EXEMPLO1.DP. Para digitar o arquivo, utilize

os seguintes comandos no gerenciador: “Editar” “Desenho Paramétrico” “Arquivo

.DP qualquer”:

O processamento do arquivo EXEMPLO1.DP gerará o desenho EXEMPLO1.DWG.

Escolheremos a escala 1:50. Através do editor de textos iniciamos a montagem do

arquivo, cujos primeiros comandos são:

DESENHO 'EXEMPLO1'

DEFINE ESCALA 50

Por default, o fator de escala adotado é 50; colocamos a definição de escala apenas

para lembrar que é importante planeja-la com antecedência.

Vamos agora construir os nós. Adotaremos um par de coordenadas arbitrário para o

nó 1 e construiremos inicialmente a vista em planta do paralelepípedo:

$

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$ Vista em Planta

$

1 0, 0

3 1 @ 400, 150

2 X3, Y1

4 X1, Y3

POLIGONAL 1 2 3 4 1

A vista em planta é formada por 4 pontos; o primeiro (1) recebeu as coordenadas

(0,0), o ponto 3 foi posicionado em relação ao ponto 1 e os pontos 2 e 4 tiveram as

suas coordenadas determinadas a partir dos pontos 1 e 3. Finalmente foi desenhada

uma poligonal, passando pelos 4 pontos e terminando novamente no primeiro. Os

comentários colocados no desenho (com o caractere $) não são necessários, mas a sua

colocação é importante para que mais tarde tenhamos alguma referência se for neces-

sário alterar o programa DP.

Façamos agora a vista frontal, com os nós 5, 6, 7 e 8. Colocaremos esta vista 1.3 cm

abaixo da vista em planta:

$

$ Vista frontal

$

8 1 @ 0, -1.3*50

6 8 @ 400, -100

5 X8, Y6

7 X6, Y8

POLIGONAL 5 6 7 8 5

O que significa o nó 8 abaixo do nó 1 em 1.3*50 ? O desenho está sendo construído

em centímetros em escala 1:1. Durante a plotagem, todas as medidas serão divididas

pelo fator de escala, que vale 50. Para obtermos o deslocamento de 1.3 cm no papel

do plotter, é necessário que multipliquemos este 1.3 cm por 50 no desenho, para que

mais tarde, a divisão por 50 resulte em 1.3 cm no papel.

Façamos agora a vista lateral, 2.5 cm à direita da vista em planta:

$

$ Vista lateral

$

9 2 @ 2.5*50, 0

11 9 @ 100, 150

10 X11, Y9

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Desenho 57

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12 X9, Y11

POLIGONAL 9 10 11 12 9

Faltam ainda as cotagens e o texto "PARALELEPIPEDO". Para estes, construiremos

os nós auxiliares 13, 14 e 15:

13 5 @ -1*50, 0

14 4 @ 0, 1*50

15 (X1 + X3)/2, (Y1 + Y3)/2

Os nós 13 e 14 foram afastados de 1 cm do resto do desenho. O nó 15 foi tomado

como a média dos nós 1 e 3. Para colocar as cotagens faremos:

$

$ Cotagens

$

COTAGEM VERTICAL 5 8 13

COTAGEM VERTICAL 1 4 13

COTAGEM HORIZONTAL 4 3 14

COTAGEM HORIZONTAL 12 11 14

Os 2 primeiros pontos de cotagem marcam a dimensão a cotar, enquanto que o tercei-

ro ponto define por onde passa a linha de cotagem. Pontos adicionais, quando coloca-

dos, continuam a cotagem. Por último, colocaremos o texto "PARALELEPIPEDO"

centrado no nó 15, usando a altura default de texto, que é 0.22:

$

$ Título do paralelepípedo, centrado

$

TEXTO 15 CENTRADO 'PARALELEPIPEDO'

Para terminar o desenho, colocamos:

FIM

e saímos do editor de textos. Para processar: “Processar” “Desenho Paramétrico”,

selecionando o arquivo EXEMPLO1.DP:

Page 64: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

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e, finalmente para visualizar a listagem, “Visualizar” “Processamento”:

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Variáveis e macro-substituição 59

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5. Variáveis e macro-substituição Nos capítulos anteriores vimos como é possível especificar um desenho completo por

meio da linguagem DP. Nosso objetivo agora é especificar desenhos em função de

parâmetros, e para isto é fundamental a introdução do conceito de variáveis.

Variáveis no DP são posições de memória que podem assumir qualquer valor. Os

tipos de valores reconhecidos pelo programa são:

Numéricos Valores em ponto flutuante com 15 dígitos significativos

Alfanuméricos Cadeias de até 80 caracteres

Coordenadas Par de valores numéricos

Variáveis podem ter nomes formados por até 8 caracteres ou números (caracteres

adicionais serão ignorados). Variáveis numéricas devem ter nome alfanumérico co-

meçando por uma letra; variáveis tipo coordenadas podem também ter um nome nu-

mérico.

5.1. Atribuição de valores a variáveis numéricas

O comando NUM permite atribuir um valor a uma variável numérica. A sintaxe é:

NUM nome [[=] valor]

A palavra NUM pode para maior comodidade ser abreviada para N. Por exemplo, para

atribuir o valor de 10 para a variável RAIO:

NUM RAIO = 10

O sinal de = é opcional, e serve somente de comentário. Outras formas aceitáveis para

o mesmo comando:

N RAIO = 10

N RAIO 10

Se o valor de uma variável numérica não for definido, zero será assumido. "valor",

como vimos no capítulo Locação Geométrica (pág. 16), pode ser qualquer expressão

aritmética que resulte em um número, incluindo funções e operadores geométricos.

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5.2. Macro-substituição de variáveis numéricas

Agora que já sabemos como definir uma variável numérica, vamos tentar usá-la. Co-

mo exemplo, definiremos um círculo de raio RAIO, nas coordenadas 0,0:

CIRCULO C 0,0 R RAIO

*

****** ERRO: Valor esperado

O programa não aceita a variável RAIO no lugar do valor do raio. O mesmo acontece

em toda a definição de geometria; se nomes de variáveis fossem aceitos em qualquer

lugar, interfeririam com as palavras chaves da linguagem geométrica (que não foi

alterada, para manter compatibilidade com outros programas).

A solução utilizada no DP foi o uso do recurso de macro-substituição: consiste em

trocar o nome da variável pelo seu valor, antes da linha de comando ser passada para

interpretação. A macro-substituição é feita colocando-se o sinal % antes do nome da

variável:

CIRCULO C 0,0 R %RAIO

Ao ler esta linha, a rotina de leitura verifica a existência de um sinal % e procura o

valor da variável RAIO, substituindo-a:

CIRCULO C 0,0 R 10

A linha obtida é finalmente enviada para interpretação, resultando no esperado: um

círculo de centro 0,0 e raio 10.

5.3. Precisão da macro-substituição

Variáveis numéricas são substituídas com a máxima precisão possível, limitada a 15

dígitos significativos. O programa automaticamente elimina zeros redundantes à direi-

ta da vírgula.

Nem sempre a substituição com a precisão máxima é interessante. O DP permite

controlar o número de casas depois da vírgula, com a notação:

%.Nnome

onde N é o número de casas fixadas depois da vírgula, com arredondamento da última

casa. N pode valer de 0 a 9. Por exemplo, atribuindo-se o valor

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Variáveis e macro-substituição 61

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N PI = 3.141593

teremos como resultado das substituições:

codificação resultado

----------- ---------

%PI 3.141593

%.0PI 3

%.3PI 3.142

%.4PI 3.1416

%.5PI 3.14159

Note que um número com zero casas depois da vírgula é arredondado para o inteiro

mais próximo, enquanto que a função FIX (num) trunca o número. Por exemplo:

N VAL 3.6

N A FIX (%VAL)

N B %.0VAL

resultará em A valendo 3 e B valendo 4. O sinal de (-) dentro da macro-substituição

permite fazer também com que os zeros não sejam suprimidos, e o número de dígitos

mostrado seja sempre exato. Por exemplo, se atribuirmos o valor 3.1 para a variável

"A":

N A 3.1

poderemos substituir "A" por:

codificação resultado

----------- ---------

%A 3.1

%.2A 3.1

%-.2A 3.10

%.6A 3.1

%-.6A 3.100000

5.4. Atribuição de variáveis alfanuméricas

Variáveis alfanuméricas armazenam cadeias de caracteres alfanuméricos. Cadeias de

caracteres são definidas sempre entre apóstrofes:

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A TESTE 'Teste Alfanumérico'

O comando acima define a variável TESTE com uma cadeia de caracteres. São defi-

nições aceitáveis também:

ALF TESTE 'Teste Alfanumerico'

ALF TESTE='Teste Alfanumerico'

A TESTE='Teste Alfanumerico'

Variáveis alfanuméricas são usadas em desenho principalmente para armazenar e

manipular textos, colocados com o comando TEXTO. A definição de uma variável

alfanumérica sem valor, tal como em:

A TESTE

faz com que a variável assuma valor nulo, isto é, uma cadeia com zero caracteres.

5.5. Macro-substituição de variáveis alfanuméricas

Variáveis alfanuméricas são substituídas da mesma forma que variáveis numéricas.

Um detalhe importante é que a macro-substituição não coloca apóstrofes; se necessá-

rios, devem ser colocados manualmente. Vamos por exemplo colocar o texto contido

na variável TESTE nas coordenadas (0,0) do desenho:

TEXTO 0,0 '%TESTE'

Durante a leitura, o DP substituirá o comando por:

TEXTO 0,0 'Teste Alfanumerico'

Note que se esquecêssemos os apóstrofes, resultaria em:

TEXTO 0,0 %TESTE

TEXTO 0,0 Teste Alfanumerico

Neste caso o DP acusaria erro na palavra Teste, que não faz parte da sintaxe do

comando TEXTO.

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Variáveis e macro-substituição 63

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5.6. Outros usos para variáveis alfanuméricas

Variáveis alfanuméricas não estão restritas ao comando TEXTO. Como a substituição

é sempre sem apóstrofes, pode-se usar uma variável alfanumérica para alterar a sinta-

xe de um comando. Por exemplo,

A TLIN 'POLIGONAL'

%TLIN 1 2 3 4

resultará em uma poligonal por 4 pontos, enquanto que

A TLIN 'CURVA'

%TLIN 1 2 3 4

resultará numa curva por 4 pontos.

5.7. Manipulação de cadeias de caracteres

Cadeias de caracteres podem ser manipuladas através de operações de concatenação,

extração de sub-cadeias e pesquisa de posição. Como decorrência, as variáveis alfa-

numéricas podem ser igualmente manipuladas.

5.7.1. Concatenação

Cadeias de caracteres podem ser concatenadas naturalmente pelo processo de macro-

substituição. Exemplo:

A VAR1 'C=1000'

A VAR2 'C/16'

A VAR3 '%VAR1 %VAR2'

resultará em VAR3 valendo 'C=1000 C/16'. O espaço entre %VAR1 e %VAR2 é

necessário, como veremos adiante. Qualquer tipo de variável pode ser usado na ma-

cro-substituição, e não apenas variáveis alfanuméricas.

5.7.2. Extração de sub-cadeias

As funções LEFT, RIGHT e MID permitem extrair um subconjunto de uma cadeia

de caracteres. Estas funções podem ser colocadas em qualquer lugar onde o programa

espere por uma cadeia de caracteres.

A função LEFT extrai os "n" primeiros caracteres de uma cadeia. Por exemplo,

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A VAR LEFT ('ABCDEFGH', 3)

resultará na variável VAR valendo 'ABC'. A função RIGHT extrai os últimos "n"

caracteres:

A CAD 'ABCDEFGH'

A VAR RIGHT ('%CAD', 3)

resultará na variável VAR valendo 'FGH'. Por último, a função MID extrai um sub-

conjunto de caracteres em qualquer posição de uma cadeia:

A VAR MID ('%CAD', 3, 2)

resultará na variável VAR valendo 'CD', isto é, 2 caracteres a partir da 3a posição da

cadeia original. A função MID pode ser chamada também sem o último parâmetro (o

número de caracteres). Neste caso, todos os caracteres a partir de uma determinada

posição serão tomados. Por exemplo,

A VAR MID ('%CAD', 3)

resultará no valor 'CDEFGH' para a variável VAR.

5.7.3. Pesquisa de posição

A função POS busca a posição de uma sub-cadeia dentro de uma cadeia maior de

caracteres. Por exemplo,

N IPOS POS ('ABCDEFGH', 'DEF')

resultará em IPOS valendo 4, pois a cadeia 'DEF' é uma sub-cadeia de

'ABCDEFGH' a partir da 4a posição, enquanto que:

N IPOS POS ('ABCDEFGH', 'XYZ')

resultará em IPOS igual a zero, pois a cadeia 'XYZ' não é um subconjunto de

'ABCDEFGH'. Façamos um exemplo mais complexo: dada a cadeia

'5 P7 { 6.3 C=200'

extrair o número que vem depois da letra 'P' na variável POSIC e o número que

vem depois das letras C= na variável COMPR:

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Variáveis e macro-substituição 65

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a) A CAD '5 P7 { 6.3 C=200'

b) N I POS ('%CAD', 'P')

c) A TMP MID ('%CAD', %I+1)

d) N I POS ('%TMP', ' ')

e) A TMP MID ('%TMP', 1, %I-1)

f) N POSIC %TMP

g) N I POS ('%CAD', 'C=')

h) A TMP MID ('%CAD', %I+1)

i) N COMPR %TMP

Neste exemplo:

a) A variável CAD recebeu a cadeia de caracteres original;

b) A variável numérica I tem a posição da letra 'P' na cadeia CAD;

c) A variável TMP tem todos os caracteres a direita da cadeia CAD;

d) A variável I agora tem a posição do espaço em branco após o número 7 (em

P7");

e) A variável TMP agora tem somente o número após a letra P, que começa no pri-

meiro caractere de TMP e vai até o próximo espaço em branco menos um caracte-

re;

f) Transportamos a variável TMP, alfanumérica para a variável POSIC, numérica;

g) Achamos agora a posição do 'C=' dentro da cadeia CAD;

h) TMP agora vale todos os caracteres à direita de C=; eles já são o número deseja-

do;

i) Transportamos finalmente o número obtido para a variável numérica COMPR.

Note que:

Embora os valores alfanuméricos tenham sido transportados para variáveis

numéricas, eles poderiam ter sido usados diretamente em expressões aritmé-

ticas; isto por que o que importa não é o conteúdo da variável, mas o resulta-

do da macro-substituição;

O DP não permite que o resultado das funções LEFT, RIGHT e MID sejam

atribuídos diretamente a variáveis numéricas;

Variáveis do lado direito são sempre precedidas do sinal "%", enquanto que

do lado esquerdo não.

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Foi criada uma variável de trabalho, I, que na verdade poderia ter sido elimi-

nada se tivéssemos colocado o resultado da função POS diretamente dentro

da função MID. O exemplo acima seria equivalente a:

A CAD '5 P7 { 6.3 C=200'

A TMP MID ('%CAD', POS ('%CAD', 'P')+1)

A TMP MID ('%TMP', 1, POS ('%TMP', ' ')-1)

N POSIC %TMP

A TMP MID ('%CAD', POS ('%CAD', 'C=')+1)

N COMPR %TMP

5.7.4. Comprimento de uma cadeia de caracteres

A função LEN retorna o número de caracteres de uma cadeia, e pode ser usada dentro

de uma expressão aritmética. Por exemplo:

N NC LEN ('ABCDEFGH')

fará com que a variável NC valha 8.

5.7.5. Comparação de duas cadeias

A função CMP compara duas cadeias de caracteres, retornando o valor 0 se as duas

forem iguais ou 1 se forem diferentes:

N A CMP ('ABC', 'ABC')

N B CMP ('ABC', 'DEF')

fará com que A valha 0 e B 1. A função CMP permite que cadeias de caracteres pos-

sam ser comparadas em expressões condicionais, a serem vistas em um capítulo pos-

terior.

5.8. Atribuição de coordenadas

O terceiro tipo de variável suportado pelo DP é o tipo coordenadas X,Y. Coordenadas

podem ser definidas do seguinte modo:

COORD VAR 100,50

que significa, variável VAR com coordenadas (100,50). São aceitáveis também:

COORD VAR = 100,50

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Variáveis e macro-substituição 67

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C VAR 100,50

C VAR = 100,50

Qualquer valor composto de coordenadas pode ser usado na definição de uma variá-

vel do tipo par de coordenadas. É aceitável, por exemplo:

C VAR 10 @ 100 + 20 + 20 < DIR 15 16 - 180

A definição de uma variável do tipo coordenadas é bastante semelhante à definição

geométrica de nós, vista anteriormente.

5.9. Macro-substituição de coordenadas

O processo de macro-substituição de coordenadas é idêntico ao dos outros tipos de

variáveis. Assim, os comandos:

C VAR 100,50

1 %VAR

resultarão no segundo comando sendo interpretado como

1 100,50

5.10. Nós e variáveis tipo coordenadas

A definição de nós vista no capítulo Locação Geométrica nada mais é do que a cria-

ção de variáveis tipo par de coordenadas, cujo nome é numérico. A macro-

substituição de coordenadas de nós é permitida, e o comando:

C VAR2 %1

será interpretada como

C VAR2 100,50

se o nó 1 valer 100,50. A criação de variáveis deste tipo e a sua manipulação são na

maioria dos casos mais vantajosa através da sintaxe vista no capítulo Locação Geo-

métrica. A extensão da linguagem DP para tratar nós como variáveis tem como obje-

tivo permitir a passagem de parâmetros tipo nós entre subprogramas DP, assunto a ser

tratado em outro capítulo.

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5.11. Caractere nulo

O nome de uma variável normalmente é delimitado por um caractere não alfabético,

tal como um espaço em branco. Suponha a seguinte construção:

A VAR1 'ABCD'

A VAR2 '%VAR1 EFGH'

VAR2 neste caso assumirá o valor 'ABCD EFGH'. Como fazemos para retirar o

espaço em branco entre a letra D e a letra E? Se fizermos:

A VAR2 '%VAR1EFGH'

resultará no DP acusando um erro de variável indefinida: VAR1EFGH. Para solucio-

nar o problema de encostar um texto do lado direito do nome de uma variável, usamos

dois caracteres %%. O DP, quando encontra um sinal de porcento seguido do outro,

joga os dois fora. Para resolvermos o problema anterior, faremos então:

A VAR2 '%VAR1%%EFGH'

que resultará em VAR2 valendo 'ABCDEFGH'. A seqüência %% é chamada aqui de

Caractere Nulo.

5.12. Dupla Substituição

O DP analisa de forma diferente duas variáveis "encostadas" uma na outra. Por exem-

plo,

A VAR %A%I

será interpretado da seguinte forma: primeiro, a variável "I" é substituída. O resulta-

do alterará o nome da variável "A", e a substituição final será feita sobre o nome

obtido. Por exemplo:

N I 1

A A1 'CA25'

A A2 'CA50A'

A A3 'CA50B'

A A4 'CA60B'

A VAR '%A%I'

Primeiro, a variável "I" será substituída, resultando em:

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Variáveis e macro-substituição 69

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A VAR '%A1'

O resultado será novamente substituído:

A VAR 'CA25'

A dupla substituição é muito útil para a manipulação de tabelas, principalmente den-

tro de laços de programa, como veremos adiante.

Quando a dupla substituição não é desejada, deve-se incluir o caractere nulo separan-

do as variáveis, tal como:

A VAR '%A%%%I'

onde o programa substituirá separadamente a variável "A" e a variável "I".

5.13. Variáveis do sistema

Existe um conjunto de variáveis que são sempre definidas pelo próprio DP. O objeti-

vo destas variáveis é permitir maior controle do programa. Todas as variáveis do

sistema começam pelo caractere traço "_" (também chamado de underscore). Abaixo

estão listadas as variáveis do sistema, seus tipos e seus defaults, considerando o

INSTAL.LDF distribuído com o DP:

Nome Tipo Default Significado

_IAPLIC N 9 Tipo de sistema:

(1) genérico

(2) CAD/Formas

(3) CAD/Lajes

(4) CAD/Fundações

(7) CAD/Vigas

(8) CAD/Pilar

(9) CAD/AGC&DP

(11) CAD/Madeira

(15) CORBAR

(16) CORMAD

(17) CAD/Alvest

_ISUBAPLIC N 1 Tipo de subsistema. Para cada sistema temos

vários subsistemas. Veja na tabela a seguir, a

correlação entre os sistemas e subsistemas

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_ERROS N 0 Numero de erros detectados

_ESCALA N 50 Escala atual

_TAMTTX N 0.24 Tamanho de texto, comando TEXTO

_TAMTEI N 0.4 Tamanho de texto para o comando EIXOS

_NIVEL N 0 Nível de desenho atual

_TAMTCO N 0.22 Tamanho do texto de cotagem

_COTNIV N 221 Nível de cotagem

_COTLCH N 1 Cotagem c/ linha de chamada (0) não (1) sim

_COTMUL N 1 Multiplicador de dimensões de cotagem

_COTBLO A 'TICK' Bloco de cotagem

_COTNIL N -1 Nível da linha de cotagem (-1=COTNIV)

_COTNIC N -1 Nível da linha de chamada (-1=COTNIV)

_TABPLT A ' ' Tabela de plotagem

_DATA A data atual Data do sistema

_HORA A hora atual Hora do sistema

_DIRET A pasta atual Pasta atual de trabalho

_BIBDP A '%_SUPORTE\DP\DPS' Biblioteca de subprogramas DPS

_BIBBLO A '%_SUPORTE\BLOCOS\

GERAIS'

Biblioteca de blocos

_BIBINC A '.' (PASTA ATUAL) Biblioteca de arquivos de inclusão

_SUPORTE A 'C:\TQSW\SUPORTE' Pasta de arquivos de critérios

Tabela de Sistemas e subsistemas:

Sistema (_IAPLIC) Subsistema

(_Isubaplic)

Descrição

(1) Genérico 1 Desenho qualquer

2 Moldura / Carimbo para plotagem

3 Tabela de ferros

4 Layout de plantas

5 Elementos extras sobre as plantas

6 Plotagem em desenho

7 Interpretação de plotagem

(2) CAD/Formas 1 Entrada gráfica de formas

2 Planta de formas

3 Verificação de formas

4 Visualização de Pórtico / Grelha

5 Entrada gráfica de grelha

6 Superposição de cargas em pilares

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Variáveis e macro-substituição 71

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7 Reações de pórtico em desenho

8 Esquema gráfico do edifício

9 Planta de locação de pilares

(3) CAD/Lajes 1 Armação positiva de lajes

2 Armação negativa de lajes

3 Esforços, processo simplificado

4 Armação de cisalhamento / punção

5 Diagrama do editor de esforços

6 Faixas do editor de esforços

7 Armação protendida

8 Tabela de Aço Protendido

9 Elevação de cabos de protensão

(4) CAD/Fundações 1 Armação de sapatas

2 Armação de blocos

(7) CAD/Vigas 1 Armação de vigas

2 Esquema gráfico de vigas

(8) CADPilar 1 Armação de pilares

2 Locação de pilares no piso

3 Seções de pilares

(9) CAD/AGC&DP 1 Desenho genérico de armaduras

2 Biblioteca de tipos de ferros

3 Lista de ferros desenhada

4 Detalhes de armação (sem tabela de ferros)

(11) CAD/Madeira 1 Desenho de formas de madeira

(15) CORBAR 1 Desenho genérico

(16) CORMAD 1 Desenho genérico

(17) CAD/Alvest 1 Desenho de alvenarias

As variáveis do sistema não podem ser modificadas diretamente pelo comando de

atribuição de variáveis NUM e ALF, mas a maioria é controlada por DEFINEs. Por

exemplo,

DEFINE ESCALA 20

faz com que imediatamente, a variável _ESCALA passe a valer 20. Para tornar um

desenho independente de escala, poderíamos multiplicar medidas pela escala atual, tal

como na definição do nó 8:

8 1 @ 0, -1.3*%_ESCALA

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5.14. Variáveis e macro substituição: Exemplo

Vamos agora refazer o exemplo visto no capítulo anterior, do desenho do paralelepí-

pedo. Desta vez, colocaremos os parâmetros do desenho nas seguintes variáveis:

COMPRIM Comprimento do paralelepípedo

LARGURA Largura

ALTURA Altura

TITULO Título do paralelepípedo

Para tornar o desenho independente da escala, usaremos a variável _ESCALA para

calcular as posições relativas das vistas e das cotagens em relação ao resto do dese-

nho. O resultado será o arquivo EXEMPLO2.DP, mostrado a seguir:

DESENHO 'EXEMPLO2'

DEFINE ESCALA 50

$

$ Definição dos parâmetros do desenho

$

N COMPRIM = 400

N LARGURA = 150

N ALTURA = 100

A TITULO = 'PARALELEPIPEDO'

$

$ Vista em Planta

$

1 0, 0

3 1 @ %COMPRIM, %LARGURA

2 X3, Y1

4 X1, Y3

POLIGONAL 1 2 3 4 1

$

$ Vista frontal

$

8 1 @ 0, -1.3*%_ESCALA

6 8 @ %COMPRIM, -%ALTURA

5 X8, Y6

7 X6, Y8

POLIGONAL 5 6 7 8 5

$

$ Vista lateral

$

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Variáveis e macro-substituição 73

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9 2 @ 2.5*%_ESCALA, 0

11 9 @ %ALTURA, %LARGURA

10 X11, Y9

12 X9, Y11

POLIGONAL 9 10 11 12 9

$

$ Nos auxiliares

$

13 5 @ -1*%_ESCALA, 0

14 4 @ 0, 1*%_ESCALA

15 (X1 + X3)/2, (Y1 + Y3)/2

$

$ Cotagens

$

COTAGEM VERTICAL 5 8 13

COTAGEM VERTICAL 1 4 13

COTAGEM HORIZONTAL 4 3 14

COTAGEM HORIZONTAL 12 11 14

$

$ Título do paralelepípedo, centrado

$

TEXTO 15 CENTRADO '%TITULO'

FIM

5.15. Listagem de saída

O processamento de um arquivo .DP resulta em outro arquivo, de mesmo nome e com

tipo .LST, que é chamado de listagem de saída. Este arquivo contém uma cópia do

arquivo .DP com as linhas numeradas e com a indicação de erros, se ocorrerem.

Um ponto interessante é que as linhas listadas não são as codificadas originalmente,

mas as resultantes do processo de macro-substituição. Por exemplo, a seqüência de

linhas:

N COMPRIM = 400

N LARGURA = 150

3 1 @ %COMPRIM, %LARGURA

aparecerá na listagem de saída como:

N COMPRIM = 400

N LARGURA = 150

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3 1 @ 400, 150

Isto facilita a correção de erros em programas DP, pois mostram claramente quando

uma linha não foi aceita por erro de substituição.

A listagem de saída pode ser suprimida a partir do comando

DEFINE NLISTA

e novamente habilitada pelo comando

DEFINE LISTA

O DP emite listagem de saída para o programa DP, mas não o faz nos subprogramas.

A este respeito trataremos no próximo capítulo.

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Inclusões e subprogramas 75

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6. Inclusões e subprogramas Nos capítulos anteriores vimos como construir um desenho em função de parâmetros;

aqui trataremos de recursos que permitem isolar a definição destes parâmetros do

programa que monta o desenho, separando claramente duas classes de arquivos: uma

de dados para desenho de um determinado projeto, e a outra de programas de dese-

nho, aplicáveis a qualquer número de projetos diferentes.

6.1. Inclusão de arquivos - INCLUI

A forma mais simples de montagem de um programa DP independente dos parâme-

tros usados é o comando INCLUI. Este comando desvia a execução de um arquivo

DP para outro, retornando no final do arquivo incluído para o arquivo original. Fisi-

camente, é como se um arquivo inteiro especificado pelo usuário fosse incluído em

uma única linha de programa, com o comando INCLUI. A sintaxe do comando é:

INCLUI 'arquivo' [ OPCIONAL ]

O 'arquivo' especificado entre apóstrofes segue as convenções do MS-DOS; se

não tiver tipo, será adotado .DP. O processamento será interrompido se o arquivo

incluído não existir, a menos que a palavra OPCIONAL seja fornecida.

Vamos a partir do EXEMPLO2.DP fazer o EXEMPLO3.DP. Agora, em vez de um

paralelepípedo vamos desenhar dois. O primeiro terá medidas 400x150x100 e o se-

gundo 200x200x200. O segundo paralelepípedo terá o título "SEGUNDO". O nome

do primeiro arquivo de desenho será EXEMPL3A e o segundo EXEMPL3B:

DEFINE ESCALA 50

DESENHO 'EXEMPL3A'

N COMPRIM = 400

N LARGURA = 150

N ALTURA = 100

A TITULO = 'PARALELEPIPEDO'

INCLUI 'PARALEL'

FIM

DESENHO 'EXEMPL3B'

N COMPRIM = 200

N LARGURA = 200

N ALTURA = 200

A TITULO = 'SEGUNDO'

INCLUI 'PARALEL'

FIM

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No EXEMPLO3.DP não há qualquer programação de desenho, apenas a indicação do

nome do desenho e dos parâmetros necessários para a sua montagem. Este arquivo

funciona assim como uma entrada de dados para um programa que processa dese-

nhos.

O comando INCLUI foi usado duas vezes neste exemplo. Em cada uma delas, o

arquivo PARALEL.DP foi inteiramente lido e processado, e no final do arquivo, o

controle voltou ao EXEMPLO3.DP.

Faltou mostrar o conteúdo do arquivo PARALEL.DP. Literalmente, é um pedaço do

EXEMPLO2.DP:

$ PARALEL.DP: Desenho de um paralelepipedo de lados

$ COMPRIM, LARGURA e ALTURA e titulo

$ TITULO

$

1 0, 0

3 1 @ %COMPRIM, %LARGURA

2 X3, Y1

4 X1, Y3

POLIGONAL 1 2 3 4 1

$

$ Vista frontal

$

8 1 @ 0, -1.3*%_ESCALA

6 8 @ %COMPRIM, -%ALTURA

5 X8, Y6

7 X6, Y8

POLIGONAL 5 6 7 8 5

$

$ Vista lateral

$

9 2 @ 2.5*%_ESCALA, 0

11 9 @ %ALTURA, %LARGURA

10 X11, Y9

12 X9, Y11

POLIGONAL 9 10 11 12 9

$

$ Nos auxiliares

$

13 5 @ -1*%_ESCALA, 0

14 4 @ 0, 1*%_ESCALA

15 (X1 + X3)/2, (Y1 + Y3)/2

$

$ Cotagens e titulo

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Inclusões e subprogramas 77

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$

COTAGEM VERTICAL 5 8 13

COTAGEM VERTICAL 1 4 13

COTAGEM HORIZONTAL 4 3 14

COTAGEM HORIZONTAL 12 11 14

TEXTO 15 CENTRADO '%TITULO'

Observe que o arquivo PARALEL.DP não tem o comando FIM, que termina o dese-

nho. Isto aconteceu pois escolheu-se (arbitrariamente) colocar o FIM do desenho no

arquivo DP original.

Arquivos de inclusão podem INCluir outros arquivos.

6.1.1. Biblioteca de Inclusão

Não é boa prática de programação misturar informações temporárias de projeto com

informações permanentes, tais como programas DP. O ideal é que programas DP

sejam colocados em uma pasta separada. Por exemplo, se o programa PARALEL.DP

estiver na pasta \DP\INCLUI, para inclui-lo faremos:

INCLUI '\DP\INCLUI\PARALEL'

para facilitar a separação de arquivos em bibliotecas (onde uma pasta independente

pode ser considerada uma biblioteca), existe o comando:

DEFINE BIBINC 'pasta(s)'

Este comando define o nome de uma ou mais pastas de pesquisa de inclusão, separa-

dos por ponto e vírgula. Suponha os comandos:

DEFINE BIBINC '\DP\INCLUI;\DP\SOLIDOS'

INCLUI 'PARALEL'

O DP fará as seguintes operações:

Incluirá o arquivo PARALEL.DP da pasta atual. Se não achar:

Incluirá o arquivo PARALEL.DP da pasta \DP\INCLUI. Se não achar:

Incluirá o arquivo PARALEL.DP da pasta \DP\SOLIDOS. Se não achar,

emitirá mensagem de erro.

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Definições tais como BIBINC podem ser permanentemente definidas através do uso

do arquivo de critérios do DP.

6.1.2. Arquivo de Critérios

Toda vez que um programa é executado, o DP aciona internamente o seguinte co-

mando, antes de qualquer outro:

INCLUI '%_SUPORTE\DP\INSTAL'

O comando acima não é listado. Se o arquivo INSTAL.DP na pasta

%_SUPORTE\DP\ for encontrado, será automaticamente incluído em todo processa-

mento. Este arquivo normalmente é usado para declaração de parâmetros com valores

diferentes do default do sistema. Por exemplo, poderia conter a definição anterior de

biblioteca de inclusão:

DEFINE BIBINC '\DP\INCLUI;\DP\SOLIDOS'

Como resultado, o projetista deixa de se preocupar com a localização física dos pro-

gramas, precisando conhecer apenas o seu nome. A TQS distribui o DP com o seguin-

te arquivo INSTAL.DP:

$------------------- %_SUPORTE\DP\INSTAL.DP ----------------------

$

DEFINE BIBDP '%_SUPORTE\DP\DPS' $ biblioteca DPS

DEFINE BIBBLO '%_SUPORTE\BLOCOS\GERAIS' $ biblioteca de blocos

$------------------- %_SUPORTE\DP\INSTAL.DP ----------------------

Note que após a variável ‘%_SUPORTE’ não temos %% como descrito no capítulo

Atribuição de variáveis alfanuméricas (pág. 61) pois o próximo caractere (\) não é

um caractere válido para nome de variável. Assim sendo, o DP ignora o restante do

texto para definir o nome da variável.

6.2. Subprogramas DPS - Comando DP

O comando INCLUI é uma forma simples de criação de programas, mas tem o in-

conveniente de não isolar as variáveis do programa incluído das do programa princi-

pal. Se mais de um programa for incluído para a geração de um mesmo desenho, o

risco aumenta, e problemas podem aparecer sem que o projetista perceba.

Subprogramas são um tipo especial de inclusão, onde os parâmetros de desenho são

passados para o arquivo de inclusão e as variáveis do arquivo incluído não interferem

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Inclusões e subprogramas 79

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de modo algum com outras variáveis definidas (incluindo nós). Estas variáveis são

chamadas de variáveis locais.

Subprogramas são codificados em arquivos com o tipo .DPS. O tipo diferente de

arquivo tem por objetivo separar os arquivos DP, normalmente de dados, dos arquivos

DPS, usados para codificação de programas.

Antes de entrarmos no conceito de subprogramas, vamos examinar o que são variá-

veis locais e globais.

6.2.1. Variáveis locais e globais

Variáveis locais a um programa são conhecidas exclusivamente dentro deste progra-

ma. Variáveis locais são criadas:

Dentro da seção DESENHO. Duas seções diferentes de desenho não interfe-

rem uma com a outra;

Dentro de subprogramas DPS.

Variáveis globais são variáveis conhecidas em qualquer lugar, dentro de uma seção de

DESENHO ou subprograma. Assim, uma variável global que assume um valor dentro

de um desenho, pode ser usada no desenho seguinte.

Um caso especial de variáveis globais são as variáveis do sistema, começadas pelo

sinal "_". Estas variáveis podem ser usadas a qualquer momento em qualquer lugar.

Variáveis globais podem ser declaradas no arquivo de critérios, estando então dispo-

níveis permanentemente.

6.2.2. Declaração de variáveis locais

Variáveis locais são criadas na primeira vez que são usadas. O DP permite também,

para efeito de melhor organizar um programa, que as variáveis locais sejam declara-

das separadamente numa seção de programa, com a sintaxe:

LOCAIS

(...declaração de variáveis...)

FIM

A declaração de uma variável é idêntica a um comando de atribuição:

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80

NUM nome [[=] valor ]

ALF nome [[=] 'texto' ]

COO nome [[=] coord ]

Variáveis declaradas podem receber um valor de inicialização. Variáveis não iniciali-

zadas recebem o valor nulo correspondente ao tipo. Um exemplo de codificação:

LOCAIS

N COMPRIM

N LARGURA

N ALTURA

A TITULO = 'PARALELEPIPEDO'

FIM

6.2.3. Declaração de variáveis globais

Variáveis declaradas fora da seção DESENHO são automaticamente globais. Dentro da

seção DESENHO e de subprogramas, variáveis globais podem ser declaradas na seção

GLOBAIS:

GLOBAIS

(...declaração de variáveis...)

FIM

A declaração de variáveis globais é idêntica a de locais. Existe um pequeno artifício

quanto a inicialização de variáveis globais: a inicialização só é executada se a variável

não estiver definida; no caso da declaração de uma variável que já existe, ela é igno-

rada.

Seja por exemplo o arquivo .DPS com os seguintes comandos:

GLOBAIS

A TEX = 'PRIMEIRA VEZ'

FIM

TEXTO 0,0 '%TEX'

A TEX = 'SEGUNDA VEZ'

Supondo a variável TEX indefinida, na primeira vez que este arquivo for executado, o

texto 'PRIMEIRA VEZ' será colocado no desenho; na segunda vez, o texto será

'SEGUNDA VEZ', pois a variável TEX já definida não será reinicializada.

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Inclusões e subprogramas 81

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6.2.4. Chamada de um subprograma

A chamada de um subprograma em um arquivo DPS é parecida com a INClusão de

um arquivo, a menos do fato que os parâmetros do subprograma são definidos durante

a chamada. A sintaxe é:

DP 'nome' [coord] [ANG angulo] (

parametro1=valor1, parametro2=valor2, ...)

Neste comando:

'nome' É o nome do subprograma com tipo .DPS, entre apóstrofes. O

tipo não precisa ser fornecido;

coord Coordenadas opcionais de inserção do desenho gerado pelo

subprograma;

ANG ângulo Ângulo opcional, que girará todos os elementos de desenho

gerados pelo subprograma.

Os parâmetros do subprograma são passados após a abertura de parênteses, terminan-

do com o fechamento de parênteses. Os parâmetros podem ser declarados na mesma

linha, separados (ou não) por vírgulas ou em mais de uma linha, sem sinal de continu-

ação. Subprogramas podem por sua vez chamar outros subprogramas.

Vamos criar o EXEMPLO4.DP a partir do EXEMPLO3.DP, mas agora, chamando o

subprograma PARADP.DPS em vez de incluir o arquivo. O EXEMPLO4.DP terá

seguinte forma:

DEFINE ESCALA 50

DESENHO 'EXEMPL4A'

DP 'PARADP' (

N COMPRIM = 400

N LARGURA = 150

N ALTURA = 100

A TITULO = 'PARALELEPIPEDO' )

FIM

DESENHO 'EXEMPL4B'

DP 'PARADP' (

N COMPRIM = 200

N LARGURA = 200

N ALTURA = 200

A TITULO = 'SEGUNDO' )

FIM

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A mudança em relação ao exemplo anterior foi aparentemente pequena, apenas na

sintaxe. O subprograma, no entanto, tem as suas próprias variáveis locais, e não corre

o risco de interferir com outros subprogramas.

Os parâmetros passados ao subprograma devem ser especialmente declarados dentro

do subprograma. Se forem passados parâmetros a menos, valores default serão assu-

midos.

6.2.5. Declaração de Parâmetros

A declaração de parâmetros dentro do subprograma é feita na seção PARAMETROS. A

seção PARAMETROS deve ser declarada antes de qualquer outra seção de programa.

O seu objetivo é de permitir que o DP verifique se foram declarados parâmetros que

não pertençam ao subprograma.

A sintaxe desta declaração é:

PARAMETROS

(...declaração de variáveis...)

FIM

A sintaxe de declaração de cada parâmetro é idêntica à das outras seções de declara-

ção, a menos da definição opcional de COMENTÁRIO:

NUM nome [[=] valor ] [ COM 'texto']

ALF nome [[=] 'texto' ] [ COM 'texto']

COO nome [[=] coord ] [ COM 'texto']

O comentário é um texto opcional que descreve sucintamente (até 40 caracteres) o

objetivo do parâmetro. Comentários são desprezados no processamento normal do

DP, mas são usados pelo gerador de programas para perguntar ao projetista o valor de

cada variável de forma interativa. A digitação de dados será analisado no capítulo

Digitação de dados de desenho.

Um ponto importante é que variáveis podem ser inicializadas na seção de parâmetros.

Se parâmetros deixarem de ser declarados na chamada de um subprograma, automati-

camente serão inicializados com o valor declarado nesta seção.

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Inclusões e subprogramas 83

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Parâmetros só podem passar do programa principal para um subprograma, não o con-

trário. A única forma de um programa usar um valor calculado no subprograma é

através da utilização de variáveis globais.

O programa PARALEL.DPS citado no exemplo anterior será parecido com o

PARALEL.DP, a menos da seção de PARÂMETROS no início e do comando FIM no

fim do arquivo:

$ PARADP.DPS - Desenho de um paralelepipedo de lados

$ COMPRIM, LARGURA e ALTURA e título TITULO

$

PARAMETROS

N COMPRIM COM 'Comprimento em cm'

N LARGURA COM 'Largura em cm'

N ALTURA COM 'Altura em cm'

A TITULO COM 'Titulo do paralelepipedo'

FIM

1 0, 0

3 1 @ %COMPRIM, %LARGURA

2 X3, Y1

4 X1, Y3

POLIGONAL 1 2 3 4 1

$

$ Vista frontal

$

8 1 @ 0, -1.3*%_ESCALA

6 8 @ %COMPRIM, -%ALTURA

5 X8, Y6

7 X6, Y8

POLIGONAL 5 6 7 8 5

$

$ Vista lateral

$

9 2 @ 2.5*%_ESCALA, 0

11 9 @ %ALTURA, %LARGURA

10 X11, Y9

12 X9, Y11

POLIGONAL 9 10 11 12 9

$

$ Nos auxiliares

$

13 5 @ -1*%_ESCALA, 0

14 4 @ 0, 1*%_ESCALA

15 (X1 + X3)/2, (Y1 + Y3)/2

$

$ Cotagens e titulo

$

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COTAGEM VERTICAL 5 8 13

COTAGEM VERTICAL 1 4 13

COTAGEM HORIZONTAL 4 3 14

COTAGEM HORIZONTAL 12 11 14

TEXTO 15 CENTRADO '%TITULO'

FIM

O comando FIM neste caso delimita o fim de um subprograma DPS, e não o fim do

desenho.

6.2.6. Sistema de coordenadas DPS

O DP permite que se especifique coordenadas e ângulo de rotação na chamada do

subprograma. Estes valores definem um ponto de inserção do desenho gerado pelo

subprograma, em relação ao seu próprio sistema local.

Tudo se passa como se o desenho gerado pelo subprograma fosse um bloco de dese-

nho com base (0,0), e a chamada do subprograma (comando DP) o comando de inser-

ção de blocos. Se as coordenadas de inserção e ângulo de rotação não forem defini-

dos, o sistema local do subprograma coincidirá com o sistema de coordenadas do

programa principal.

Como exemplo, faremos o desenho de uma sapata para ser inserida em um desenho

de formas em qualquer escala e ângulo. O ponto de inserção da sapata será o seu

centro, que obrigatoriamente terá coordenada (0,0). A figura abaixo mostra o esquema

da sapata:

Os parâmetros que definem a sapata são: B1/H1, as dimensões externas, B2/H2 as

dimensões do pilar sobre a sapata, e GRAV a largura da gravata. A sapata receberá

também um título, colocado no lado direito superior. Adotaremos 5 cm o default para

a gravata e permitiremos a definição da escala como parâmetro; o subprograma

SAPFOR.DPS será:

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Inclusões e subprogramas 85

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$

$ SAPFOR.DPS Forma de concreto para sapatas

$

PARAMETROS

A TITULO COM 'Titulo'

N B1 COM 'Comprimento da Sapata (cm)'

N H1 COM 'Largura da Sapata (cm)'

N B2 COM 'Comprimento do Pilar (cm)'

N H2 COM 'Largura do Pilar (cm)'

N GRAV = 5 COM 'Gravata (cm)'

N ESCALA = 50 COM 'Escala 1:x'

FIM

DEFINE ESCALA %ESCALA

1 -%B1/2, -%H1/2

2 1 @ %B1, 0

3 2 @ 0, %H1

4 3 @ -%B1, 0

POL 1 2 3 4 1

5 -((%B2/2) + %GRAV), -((%H2/2) + %GRAV)

6 5 @ %B2 + (2*%GRAV), 0

7 6 @ 0, %H2 + (2*%GRAV)

8 7 @ - (%B2 + (2*%GRAV)), 0

POL 5 6 7 8 5

POL 1 5

POL 2 6

POL 3 7

POL 4 8

9 5 @ %GRAV, %GRAV

POL 9 REL %B2,0 @ 0,%H2 @ -%B2,0 @ 0,-%H2

$

$ Titulo 0.5 cm a direita do no' 3

$

TEXTO 3 @ 0.5*%ESCALA,0 HTEX 0.4 '%TITULO'

FIM

Vamos agora inserir uma sapata 120 x 60 com pilar de 40 x 20 sobre os nós 5 e 6 da

forma com ângulo de zero graus e no nó 7 com ângulo de 90 (arquivo

EXEMPLO5.DP):

DP 'SAPFOR' 5 (A TITULO ='S1',

N B1 = 120, N H1 = 60,

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N B2 = 40, N H2 = 20)

DP 'SAPFOR' 6 (A TITULO ='S2',

N B1 = 120, N H1 = 60,

N B2 = 40, N H2 = 20)

DP 'SAPFOR' 7 ANG 90 (A TITULO ='S3',

N B1 = 120, N H1 = 60,

N B2 = 40, N H2 = 20)

O resultado será:

Uma observação interessante é que os nós 5, 6 e 7 definidos na forma, não têm ne-

nhuma relação com os usados internamente no subprograma DPS. Como dissemos

antes, os subprogramas tem as suas próprias variáveis locais, que não interferem com

as de outros programas.

Subprogramas podem funcionar como se fossem blocos de desenho, com a diferença

de que blocos podem ser apenas escalados, enquanto que subprogramas podem dese-

nhar peças em quaisquer proporções, títulos variáveis, etc.

Subprogramas podem também efetivamente gerar blocos de desenho. Você pode

definir a seção de blocos antes da chamada do subprograma ou mesmo dentro do

próprio.

6.2.7. ORIGEM de um Subprograma

Todos os elementos gráficos de um subprograma são colocados em um sistema local,

que pode ser transladado durante a chamada do subprograma. Na prática, o que ocorre

é que a origem do sistema local de coordenadas é alterada durante a chamada de um

subprograma; esta origem é a mesma definida pelo comando ORIGEM.

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Inclusões e subprogramas 87

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Por isto o comando ORIGEM não deve ser usado dentro de um subprograma para a

mudança de sistema local; se necessário, pode-se chamar outro subprograma mudan-

do o sistema durante a chamada.

Por outro lado, todas as coordenadas dentro de um subprograma estão dentro do sis-

tema local. Havendo necessidade de transportar estas variáveis para fora do subpro-

grama (por meio de variáveis globais), para passa-las ao sistema global é necessário

antes "desligar" o sistema local, através do comando origem:

ORIGEM 0,0 ANG 0

6.2.8. Bibliotecas de subprogramas

O que dissemos anteriormente a respeito de bibliotecas de inclusão vale também para

bibliotecas de subprogramas. Os subprogramas DPS devem ser isolados em um ou

mais pastas (bibliotecas) diferentes, e a definição das pastas é feita através do coman-

do:

DEFINE BIBDP 'pasta(s)'

Por exemplo, para tornar permanente a definição da biblioteca

%_SUPORTE\DP\DPS colocaremos no arquivo %_SUPORTE\DP\INSTAL.DP:

DEFINE BIBDP '%_SUPORTE\DP\DPS'

Quando um subprograma é chamado, o DP verifica se está na pasta atual, e depois,

em cada uma das pastas definidos em BIBDP.

6.2.9. Listagem do arquivo DPS

Por default, o DP não emite listagens no processamento de subprogramas; apenas

erros de sintaxe quando encontrados são mostrados. No entanto, durante a fase de

desenvolvimento de um subprograma pode ser interessante que seja listado para faci-

litar a eliminação de erros. Neste caso, o comando:

DEFINE LISTA

deve ser colocado no inicio do subprograma a listar. O comando

DEFINE NLISTA

tem efeito contrário, suprimido as listagens a partir do ponto onde for executado.

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7. Controle de fluxo Comandos de controle de fluxo de um programa servem para especificar a ordem em

que os comandos devem ser executados. Nos capítulos anteriores foi suposta a execu-

ção linear de todos os comandos de um programa; mostraremos comandos que permi-

tirão:

Executar condicionalmente um grupo de comandos;

Executar repetidamente um grupo de comandos conforme uma condição;

Executar repetidamente um grupo de comandos um certo número de vezes;

Abandonar um subprograma no meio da execução.

7.1. Comando SE

O comando SE executa um conjunto de comandos se o resultado de uma expressão

lógica for verdadeira. O formato do comando é:

SE expressão lógica

.... comandos.....

.....

FIM

A expressão lógica pode resultar em um valor verdadeiro ou falso; se for verdadeiro,

o conjunto de comandos encontrados até a palavra FIM será executado; caso contrário

não. Por exemplo:

SE %BITOLA = 0

N NBIT = 2

N BITOLA = 8

FIM

A variável BITOLA foi comparada com zero. Sendo igual, os 2 comandos seguintes

serão executados. Todo o comando SE termina numa palavra FIM.

A expressão lógica contém somente constantes, e por isto as variáveis envolvidas

precisam sempre ser substituídas por seu valor através do sinal "%". Os tipos de ex-

pressões lógicas possíveis são:

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Controle de fluxo 89

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= Igual a

<> Diferente de

> Maior que

< Menor que

>= Maior que ou igual a

<= Menor que ou igual a

O sinal != pode ser usado também no lugar de <>.

7.2. Expressões lógicas e aritméticas

O programa permite a construção de expressões lógicas bem mais complexas. Para

entender como isto é possível, é preciso conhecer as regras de interpretação de ex-

pressões lógicas:

A expressão lógica interpretada pelo comando SE na verdade é uma expres-

são aritmética, que resulta em valor numérico. Este valor será considerado

falso se valer zero e verdadeiro se diferente de zero.

Os operadores lógicos funcionam como operadores aritméticos, que atuam

sobre um ou mais operandos, e resultam no valor 1 quando a condição for

verdadeira ou 0 se falsa. Os operadores, assim como outros operadores arit-

méticos são interpretados da esquerda para a direita, a menos da precedência

dos parênteses.

Os operadores E, OU e NAO, podem ser usados em expressões lógicas, com

os seguintes resultados:

Operação Resultado

0 E 0 0

1 E 0 0

1 E 1 1

0 OU 0 0

1 OU 0 1

1 OU 1 1

NAO 0 1

NAO 1 0

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onde 0 representa um valor falso, e 1 verdadeiro. Como exemplo, suponha que uma

linha entre os pontos 1 e 2 deva ser desenhada se A e B forem não nulos ou se C e D

forem nulos:

SE ((%A <> 0) E (%B <> 0)) OU -

((%C = 0) E (%D = 0))

LINHA 1 2

FIM

Os parênteses usados são estritamente necessários; se não fossem utilizados, as ex-

pressões passariam a ser interpretadas da esquerda para a direita, o que resultaria em

um valor lógico incorreto.

7.3. Expressões lógicas com cadeias de caracteres

O comando SE interpreta apenas expressões aritméticas. Para comparar cadeias de

caracteres, a função CMP retorna o valor (0) se duas cadeias de caracteres forem

iguais ou (1) se forem diferentes. Por exemplo, colocaremos o texto armazenado em

TITULO no desenho, a menos que seu valor seja 'INVALIDO':

SE CMP ('%TITULO', 'INVALIDO') <> 0

TEXTO 0,0 '%TITULO'

FIM

7.4. SENAO

O comando SE executa um conjunto de comandos a seguir se o resultado da expres-

são lógica for verdadeiro. A palavra SENAO colocada antes do FIM do comando SE

permite que um conjunto de comandos seja executado no caso da condição ser falsa.

Por exemplo:

SE %BITOLA = 0

N NBIT = 2

N BITOLA = 8

SENAO

N NBIT = 4

FIM

Resultará em NBIT=2 e BITOLA=8 se BITOLA valer zero, ou em NBIT=4 caso

contrário.

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Controle de fluxo 91

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7.5. Aninhamento de SEs

O comando SE permite que um conjunto de comandos seja executado condicional-

mente. Neste conjunto de comandos pode haver outros comandos SE, que poderão

executar outro conjunto e assim por diante. Independente da quantidade de SEs usa-

dos, cada um deles deverá terminar por um comando FIM. Por exemplo:

SE LEN ('%TITULO') > 0

SE LEN ('%TITULO') < 10

NUM HTEX 0.4

DEFINE NÍVEL 0

SENAO

NUM HTEX 0.2

DEFINE NÍVEL 1

FIM

TEXTO 100,200 HTEX %HTEX '%TITULO'

FIM

O primeiro SE executa um conjunto de comandos se o numero de caracteres da variá-

vel alfanumérica TITULO for maior que zero. Entre os comandos executados, existe

um outro SE, que define o tamanho de um texto e o nível de desenho, conforme o

número de caracteres de TITULO menor ou maior que 10.

Quando o DP encontra uma palavra FIM, ela se refere sempre ao último comando SE

"aberto" (ou ainda, ao ENQUANTO ou REPETE, que veremos adiante). Se não houver

SE aberto, então o FIM se referirá ao fim do subprograma ou desenho, que será ter-

minado.

Note também que na medida que os SE foram sendo abertos, fomos deslocando os

comandos agrupados sob o SE para a direita, de modo a deixar claro o seu agrupa-

mento. Esta medida tem o efeito meramente estético, mas é extremamente importante

para quem lê o programa, que enxerga como os comandos estão agrupados.

7.6. SENAO SE

Uma última variante do comando SE é o SENAO SE. Suponha que necessitemos

analisar uma série de hipóteses mutuamente exclusivas, como no exemplo:

SE %A = 1

A TIPO = 'Tijolo de maciço'

SENAO

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SE %A = 2

A TIPO = 'Tijolo cerâmico'

SENAO

SE %A = 3

A TIPO = 'Argamassa'

SENAO

SE %A = 4

A TIPO = 'Azulejo'

SENAO

A TIPO = 'INVALIDO'

FIM

FIM

FIM

FIM

O comando SENAO SE permite analisar casos deste tipo, sem aninhamento adicional

dos SEs. Quando o DP encontra um SENAO SE, o nível de aninhamento não é au-

mentado, e somente um FIM continua necessário. Usando este comando, o exemplo

acima ficaria:

SE %A = 1

A TIPO = 'Tijolo de maciço'

SENAO SE %A = 2

A TIPO = 'Tijolo cerâmico'

SENAO SE %A = 3

A TIPO = 'Argamassa'

SENAO SE %A = 4

A TIPO = 'Azulejo'

SENAO

A TIPO = 'INVALIDO'

FIM

7.7. REPETE

Este comando repete um conjunto de comandos um número determinado de vezes. A

repetição é controlada por uma variável, dita de controle, que tem o seu valor incre-

mentado ou decrementado após cada iteração. A sintaxe é:

REPETE nome [=] valor1 [A] valor2 [PASSO valor]

.... (comandos) ....

FIM

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Controle de fluxo 93

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nome se refere ao nome de uma variável numérica de controle, que não deve ser

macro-substituido; valor1 é o valor inicial assumido pela variável de controle e

valor2 o valor final; o incremento da variável de controle após cada repetição é de

1, a menos que um valor diferente seja especificado em PASSO. O sinal de "=" e a

letra "A" entre valor1 e valor2 são opcionais, e servem apenas de comentário.

O conjunto de comandos a ser repetido deve ser terminado pela palavra FIM. Como

exemplo, vamos determinar o peso médio de um conjunto de N tipos de elementos,

onde:

N Número de tipos de elementos

Pi Peso de cada elemento: P1, P2, ... Pn

Qi Quantidade de cada elemento: Q1, Q2, ... Qn

MEDIA Média ponderada

NTOT Número total de elementos

O programa será:

N MEDIA = 0

N NTOT = 0

REPETE I = 1 A %N

N MEDIA = %MEDIA + (%P%I * %Q%I)

N NTOT = %NTOT + %Q%I

FIM

N MEDIA = %MEDIA / %NTOT

A lógica do comando REPETE é:

a. Atribuir o valor inicial à variável de controle;

b. Verificar se a variável de controle é superior ao valor limite (se o passo for

negativo verifica se é inferior); se for, sair do comando;

c. Caso contrário, executar todos os comandos até o próximo fim;

d. Encontrando o FIM, somar o incremento à variável de controle e voltar para

(b).

O DP permite que a variável de controle seja alterada dentro do conjunto de coman-

dos em repetição; no entanto deve-se evitar este tipo de procedimento, que dificulta a

compreensão do programa.

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Entre os comandos que podem ser repetidos incluem-se outros comandos de repeti-

ção, SEs e ENQUANTOS.

7.8. ENQUANTO

Este comando repete um conjunto de comandos terminados por FIM, enquanto for

válida uma condição. A sintaxe é:

ENQUANTO expressão lógica

.... (comandos) ....

FIM

Por exemplo, suponha que devamos desenhar linhas entre os nós 1 e 2 até que a abs-

cissa X do nó 1 atinja 1000:

N DELTAX 50

1 0,0

2 0,200

ENQUANTO %X1 < 1000

POL 1 2

1 1 @ %DELTAX, 0

2 2 @ %DELTAX, 0

FIM

O DP verifica a validade da expressão antes de executar o conjunto de comandos; se

for verdadeira, os comandos serão executados, caso contrário não. Ao encontrar o

FIM correspondente, volta-se à expressão lógica e faz-se o teste novamente, e assim

por diante, até que a expressão se torne falsa.

Podem fazer parte do conjunto de comandos repetidos por este comando outros EN-

QUANTOs, SEs e REPETEs.

7.9. QUEBRA

É conveniente, às vezes, controlarmos a saída de um REPETE ou ENQUANTO de

outro modo além do teste feito no início. O comando QUEBRA permite uma saída

antecipada da repetição; ele termina imediatamente o laço mais interno.

Suponha que precisemos desenhar 10 linhas com incremento de coordenadas

DELTAX, DELTAY, mas a abscissa X do primeiro nó não pode ser superior a 1000:

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Controle de fluxo 95

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N DELTAX 150

N DELTAY 100

1 0,0

2 0,200

REPETE I = 1 A 10

SE X1 > 1000

QUEBRA

FIM

POL 1 2

1 1 @ %DELTAX, %DELTAY

2 1 @ %DELTAX, %DELTAY

FIM

7.10. CONTINUA

Este comando funciona de forma semelhante ao QUEBRA, iniciando imediatamente a

próxima iteração do REPETE ou ENQUANTO atual. Por exemplo, no problema de

cálculo da média ponderada, suponha que não desejemos que os valores de peso nega-

tivo entrem no cálculo:

N MEDIA = 0

N NTOT = 0

REPETE I = 1 A %N

SE %P%I < 0

CONTINUA

FIM

N MEDIA = %MEDIA + (%P%I * %Q%I)

N NTOT = %NTOT + %Q%I

FIM

N MEDIA = %MEDIA / %NTOT

7.11. SAÍDA

Em algumas situações é preciso abandonar o processamento de um subprograma

antes do seu fim. O comando SAÍDA termina imediatamente a execução. Por exem-

plo, se um subprograma não puder ser executado se a variável COMPR valer zero:

SE %COMPR = 0

SAIDA

FIM

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7.12. Aninhamento de SE, REPETE, ENQUANTO

Os comandos acima controlam a execução de um conjunto de comandos. Neste con-

junto pode haver outros comandos SE, REPETE e ENQUANTO, que controlarão ou-

tros conjuntos e assim por diante. As seguintes regras são válidas:

O comando FIM se aplica ao último SE, REPETE ou ENQUANTO executado;

Os comandos QUEBRA e CONTINUA se aplicam ao último REPETE ou

ENQUANTO executado.

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Máscaras de desenho 97

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8. Máscaras de desenho Máscaras são uma forma alternativa de produção de desenhos paramétricos. As más-

caras permitem passar parte da programação alfanumérica para o editor gráfico, onde

um desenho especialmente construído vai ser completado e alterado de acordo com os

parâmetros fornecidos. Normalmente, a especificação de desenho de modo alfanumé-

rico é misturada com a máscara.

O uso de máscaras é recomendado principalmente para desenhos que se alterem pou-

co em função dos parâmetros, como por exemplo, desenhos fora de escala ou inde-

pendentes da escala geral usada.

8.1. Substituição de variáveis

Mostraremos inicialmente o uso de máscaras através de um exemplo. Suponha o

desenho CARIMBO.DWG abaixo, produzido com o EAG:

Este desenho pode ser usado para a montagem de um carimbo. Note os diversos tex-

tos precedidos pelo sinal "%": eles definem nomes de variáveis, que serão substituídas

no processamento. Para trocar os nomes de variáveis pelo seu valor, basta atribuir

valor a estas variáveis dentro de um programa DP.

Vamos construir o programa EXEMPLO6.DP, que chamará o subprograma

CARIMBO.DPS para a montagem do carimbo:

$

$ EXEMPLO6.DP Geracao de um carimbo teste

$

DESENHO 'EXEMPLO6'

DP 'CARIMBO' (

A TITULO = 'FORMAS DO PAVIMENTO TIPO',

N PROJETO = 1000,

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A OBRA = 'SAINT ARGENT',

N FCK = 150,

A CLIENTE = 'OS16')

FIM

Definimos neste exemplo os parâmetros desejados para o carimbo. Para que o dese-

nho seja processado, CARIMBO.DPS deverá conter:

$

$ CARIMBO.DPS Interpreta máscara de desenho CARIMBO.DWG

$

PARAMETROS

A TITULO COM 'Titulo do projeto'

N PROJETO COM 'Numero do projeto'

A OBRA COM 'Nome da obra'

N FCK COM 'Fck'

A CLIENTE COM 'Ordem de serviço'

FIM

MASCARA 'CARIMBO'

A DATA '%_DATA'

A HORA '%_HORA'

FIM

Apenas as variáveis DATA e HORA foram definidas dentro do subprograma; as demais

vieram como parâmetros. O resultado final será o desenho EXEMPLO6.DWG:

8.2. Lógica de substituição de variáveis

O desenho de máscara é misturado com o desenho atual na memória. No final do

processamento do programa ou subprograma em execução, o DP verifica se existem

variáveis para serem substituídas na máscara; se houverem, a substituição é executa-

da. Tanto faz se as variáveis da máscara forem definidas antes ou depois do comando

MASCARA. A sintaxe do comando é:

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Máscaras de desenho 99

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MASCARA 'nome' [coord]

onde 'nome' é o nome da máscara, sem o tipo DWG. As coordenadas, se forneci-

das, realocarão todos os elementos da máscara, de forma que a BASE (ver capítulo 3)

de desenho da máscara coincida com as coordenadas fornecidas.

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9. Outros Comandos Descreveremos neste capítulo comandos não enquadrados em nenhum dos capítulos

anteriores. Isto inclui comandos para controle de projeto, listagem de variáveis, men-

sagens, definição de parâmetros de controle e acesso ao sistema operacional.

9.1. PROJETO

Dentro dos sistemas CAD/TQS, Projeto significa um lote de elementos para proces-

samento. Assim, um projeto de vigas contém um conjunto de vigas; um projeto de

formas contém todos os elementos que definem uma planta de formas. Projetos são

identificados por números de 4 dígitos, com zeros à esquerda se necessário.

No DP um projeto agrupa desenhos quaisquer. O comando PROJETO associa os

desenhos sendo gerados pelo programa DP atual a um número de projeto. Mais tarde,

a plotagem em impressora e em plotter poderá ser feita referenciando-se apenas o

número de projeto; todos os desenhos do projeto serão plotados.

Vários arquivos DP diferentes podem referenciar o mesmo número de projeto; neste

caso, os desenhos gerados em cada um destes arquivos farão parte do mesmo projeto.

A sintaxe do comando é:

PROJETO num

onde num é um número de até 4 dígitos. Vamos supor, por exemplo, que os arquivos

1000.DP, 1001.DP e 1002.DP gerem cada um 1 desenho, e que em todos seja decla-

rado

PROJETO 1000

Ao gerar plantas, utilize o botão “Projeto” para selecionar todos os desenhos do pro-

jeto:

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Outros Comandos 101

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O “Subprojeto” consiste num subconjunto de desenhos do projeto, que pode ser

montado através do programa gerenciador (veja no manual CAD/AGC&DP Manual

de comandos e funções).

9.2. MENSAGEM

O comando MENSAGEM emite mensagens na listagem de saída:

MENSAGEM 'texto'

onde 'texto' é a mensagem entre apóstrofes que será impressa. Por exemplo:

N RAIO = 10

N PI = 3.141593

N AREA = %PI * (%RAIO ** 2)

MENSAGEM 'Raio = %RAIO Area = %.1AREA'

resultará em:

Raio = 10 Area = 314.2

9.3. AVISO

Avisos são mensagens especiais, onde o projetista no final é advertido na tela sobre a

sua existência. Por exemplo,

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SE %BITOLA = 0

N BITOLA = 8

AVISO 'Bitola não fornecida, adotada 8 mm'

FIM

Se a variável BITOLA valer zero, na listagem aparecerá:

******01 AVISO: Bitola não fornecida, adotada 8 mm

Na tela do computador, no final do processamento aparecerá a mensagem:

ATENCAO: emitidos 1 aviso(s).

A vantagem do AVISO sobre a MENSAGEM é que nem sempre o projetista examina a

listagem de saída a procura de erros e avisos. O comando AVISO adverte o projetista

diretamente na tela.

9.4. ERRO

Funciona de forma análoga ao aviso. Por exemplo:

SE %BITOLA = 0

ERRO 'Bitola não fornecida'

SAIDA

FIM

Se a variável BITOLA valer zero, na listagem de saída aparecerá:

****** ERRO: Bitola não fornecida

e na tela do computador:

ATENCAO: Emitidos 1 erro(s)

9.5. LISTAR

Este comando permite listar nós, variáveis, distâncias e expressões aritméticas ou

lógicas. A sintaxe é:

LISTAR nno1 nno2 nno3 nno4 ....

nno1 A nno2 nno3 A nno4 ...

DISTANCIA nno1 nno2

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DRETA nno1 nno2 nno3

NOS

VARIAVEIS

TUDO

EXPRESSAO valor

9.5.1. Listagem de nós

Pode-se listar os nós desejados (e suas coordenadas) um a um ou uma faixa de nno1

A nno2.

A listagem é feita sempre pelo sistema de coordenadas locais atuais. No caso de ne-

cessidade de listagem pelo sistema global, é necessário antes voltar a este sistema

através do comando ORIGEM. Um exemplo de uso do comando:

LISTAR 1 10 15 20 A 30

Este comando lista os nós 1, 10, 15 e todos os existentes entre os números 20 e 30,

inclusive. Todos os nós existentes podem ser listados através do comando

LISTAR NOS

A listagem se refere sempre aos nós locais do programa ou subprograma que acionou

o comando. Nós (e outras variáveis) globais devem ser listados fora da seção

DESENHO.

9.5.2. LISTAR DIStancia

A listagem de distância entre os nós 100 e 200 pode ser obtida pelo comando:

LISTAR DIS 100 200

9.5.3. LISTAR Distância de ponto a RETA

A distância de um ponto a uma reta formada por 2 pontos é obtida por:

LISTAR DRETA nno1 nno2 nno3

A distância listada pelo programa se refere à distância do nó nno1 à reta formada

pelos nós nno2 e nno3.

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9.5.4. LISTAR VARIÁVEIS

Todas as variáveis numéricas e alfanuméricas locais são listadas por este comando. A

listagem de variáveis globais deve ser feita fora da seção DESENHO.

9.5.5. LISTAR TUDO

Este comando equivale a LISTAR NOS seguido de LISTAR VARIAVEIS.

9.5.6. LISTAR EXPRESSÃO

Permite listar valores numéricos resultantes de expressões aritméticas (o que inclui

expressões lógicas). Por exemplo:

LISTAR EXP (100 * SIN (30.5)) + (200 + 5)

LISTAR EXP CMP ('%TITULO', 'V101')

9.6. DEFINE

O comando DEFINE define parâmetros de controle do sistema. A maioria das defini-

ções possível já foi vista ao longo do manual.

9.6.1. DEFINE LISTA / NLISTA

Habilita ou desabilita a listagem de saída, gerada pelo programa. Se o arquivo proces-

sado for TESTE.DP, a listagem gerada, quando direcionada para o disco, será

TESTE.LST.

Normalmente o DP lista todas as linhas do arquivo .DP, após a macro-substituição; os

subprogramas tipo .DPS não são listados. As principais situações onde se habilita ou

desabilita a listagem são:

Quando comandos do tipo REPETE ou ENQUANTO são colocados no pro-

grama .DP, pode-se desabilitar a listagem antes do comando e reabilita-las

após o FIM, para que as iterações do laço não sejam todas listadas;

Quando a chamada de subprogramas é simplesmente simulada através de

INCLUIs, pode-se desabilitar a listagem no início do arquivo de inclusão e

reabilita-la no final;

Quando um subprograma .DPS está em fase de desenvolvimento, pode ser

interessante habilitar a listagem no início do subprograma, para facilitar o

exame dos erros encontrados.

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9.6.2. DEFINE ERROS num

Define o limite máximo de erros que podem ser encontrados antes do DP interromper

a execução de um programa. O limite existe, pois em linguagens interpretadas do tipo

DP os erros se propagam em uma reação em cadeia, e a partir de um certo ponto se

torna inútil a sua análise. Por exemplo:

2 1 @ DELTAX, DELTAY

*

****** ERRO: Coordenadas esperadas

3 2 @ 100, 0

****** ERRO: No' indefinido

No primeiro erro, o projetista esqueceu os sinais "%" para efetuar a substituição das

variáveis por seus valores. O DP acusou erro na interpretação das coordenadas. O

segundo erro decorreu do primeiro, não foi causado diretamente. Em programas nor-

mais estes erros tendem a se propagar; por default o limite de erros antes do DP inter-

romper a execução é de 15. O DEFINE ERROS modifica este limite, e o comando:

DEFINE ERROS 0

desliga este limite.

9.6.3. DEFINE ESCALA valor

Durante o processo de plotagem, o controlador de plotter divide todas as coordenadas

de desenho pelo chamado fator de escala, resultando em um valor em centímetros,

que a pena deverá se deslocar. As unidades de desenho, por convenção, são armaze-

nadas internamente na escala 1:1.

No DP os tamanhos de texto não são definidos em termos de unidades de desenho,

mas em centímetros plotados, o que é mais prático. Para que o tamanho dos textos

seja dividido pelo fator de escala durante a plotagem, é necessário que antes sejam

multiplicados pelo mesmo fator, para que tenham o tamanho em centímetros definido

pelo projetista.

Por default, o fator de escala vale 50. Para redefinir este valor para 1:20, em um dese-

nho em centímetros, fazemos:

DEFINE ESCALA 20

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Imediatamente após a definição da escala, a variável global _ESCALA assume o valor

definido.

9.6.4. DEFINE TABPLT 'nome'

No caso de plotagem inteligente, a tabela de plotagem pode ser definida por este co-

mando. O tipo da tabela deve ser sempre .DAT. Por exemplo, um subprograma pode

gerar um desenho que acessa a tabela PONTES.DAT na pasta \DP\PONTES com o

comando:

DEFINE TABPLT '\DP\PONTES\PONTES.DAT'

Toda vez que um desenho é gerado, internamente ele contém propriedades tais como:

sistema, subsistema fator de escala e, entre outros, o nome da tabela de plotagem

inteligente. Estas propriedades são lidas automaticamente pelo editor de plantas e

programas de plotagem.

Um recurso interessante é associar uma tabela de plotagem exclusiva para um deter-

minado tipo de desenho; o nome da tabela, as convenções seguidas, e a sua utilização

pode ser totalmente controlada pelo subprograma .DPS.

A variável global _TABPLT contém a última tabela de plotagem inteligente definida.

9.6.5. DEFINE IAPLIC num

O DP pode gerar desenhos de qualquer tipo de aplicação. Os programas de plotagem

e extração de tabelas de ferros CAD/TQS estão preparados para tomar ações automa-

ticamente conforme o tipo de sistema / subsistema. Por exemplo, o programa de plo-

tagem elimina a letra C de um texto se escrita em seguida a um número entre os ní-

veis 1 e 50 para desenhos de vigas. Este estranho procedimento apenas "limpa" o

desenho de símbolos identificadores de certos tipos de ferros, que aparecem na tela,

mas não na impressora ou plotter.

O parâmetro IAPLIC define o tipo de sistema associado a um desenho; o valor de-

fault é (9), que significa desenho genérico de armação de concreto. Os tipos de apli-

cação são:

Código Sistema

(1) Genérico

(2) CAD/Formas

(3) CAD/Lajes

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(4) CAD/Fundações

(7) CAD/Vigas

(8) CAD/Pilar

(9) CAD/AGC&DP

(11) CAD/Madeira

(15) CORBAR

(16) CORMAD

(17) CAD/Alvest

A variável global _IAPLIC tem o número da aplicação atual definida.

9.6.6. DEFINE ISUBAPLIC num

Como já foi dito no parágrafo anterior, conforme o tipo de sistema / subsistema, po-

demos ter ações distintas no momento da plotagem: desde a “eliminação” de letras

indicativas de dobras à escolha da tabela de plotagem.

Para cada sistema temos vários subsistemas. A tabela de correlação entre sistemas e

subsistemas está na tabela de Sistemas e Subsistemas da página 70.

A variável global _ISUBAPLIC tem o número da aplicação atual definida.

9.6.7. DEFINE TAMTTX valor

O comando TEXTO pode ser usado sem a definição do tamanho de texto; neste caso,

vale o definido por TAMTTX.

O tamanho default de texto é de 0.24 cm. A variável global _TAMTTX tem o tamanho

de texto atual.

9.6.8. DEFINE TAMTEI valor

O comando EIXOS rotula eixos por um tamanho fixo, definido por TAMTEI. Por

default, TAMTEI vale 0.4. A variável global _TAMTEI contém o valor da última

definição.

9.6.9. DEFINE NÍVEL num

Todos os elementos de desenho gerados pelo DP podem ter o seu nível explicitamente

declarado pela palavra NVD. Quando esta declaração não é feita, o elemento é gerado

com nível default, controlado pelo parâmetro NÍVEL. Por default, este nível vale

zero; a variável global _NIVEL contém a definição atual do nível default.

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9.6.10. DEFINE NIVCOR

O parâmetro NIVCOR atribui uma cor a um nível de desenho:

DEFINE NIVCOR nível cor

9.6.11. Parâmetros de cotagem

Os seguintes parâmetros controlam a cotagem feita pelo comando COTAGEM:

DEFINE TAMTCO valor Tamanho do texto de cotagem

DEFINE NCOTLCH Cotagem sem linha de chamada

DEFINE COTLCH Cotagem com linha de chamada

DEFINE COTEXE val Extensão da linha de chamada

DEFINE COTEXO val Gap da linha de chamada

DEFINE COTTSZ val Tamanho da marca da linha de cotagem

DEFINE COTDLE val Extensão da linha de cotagem

DEFINE COTNIV ival Nível de cotagem

DEFINE COTNIC ival Nível da linha de cotagem

DEFINE COTNIL ival Nível das linhas de chamada

DEFINE COTMUL val Multiplicador de dimensões

DEFINE COTPRC ival Precisão de cotagem, c/supressão de zeros

DEFINE COTBLO 'nome' Nome do bloco de marca cotagem

DEFINE BIBBLO 'nome' Biblioteca de blocos para bloco de marca

9.6.12. Definição de Bibliotecas

O termo "Biblioteca" no nosso caso designa um conjunto organizado de arquivos com

determinada finalidade. Do ponto de vista prático, o DP permite que arquivos de

subprogramas DPS, blocos de desenho e inclusões DP sejam separados em pastas,

onde possam ser organizados e documentados sem interferir fisicamente com as pas-

tas onde o projetista realiza seus projetos.

Quando em um processamento, um arquivo é referenciado, o DP pesquisa a localiza-

ção do arquivo nas várias bibliotecas declaradas. Por default, o arquivo INSTAL.DP

localizado na pasta %_SUPORTE\DP tem a declaração da localização da biblioteca

DPS (%_SUPORTE\DP\DPS) e da biblioteca de blocos

(%_SUPORTE\BLOCOS\GERAIS).

Os 3 tipos de biblioteca são definidos pelos comandos:

DEFINE BIBDP 'pasta(s)'

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DEFINE BIBBLO 'pasta(s)'

DEFINE BIBINC 'pasta(s)'

que definem respectivamente, as bibliotecas de subprogramas (DPS) e máscaras,

blocos de desenho e inclusões DP. A última definição é sempre armazenada nas vari-

áveis globais _BIBDP, _BIBBLO e _BIBINC.

As pastas declaradas entre apóstrofes devem seguir as convenções do MS-DOS, po-

dendo ser declarado mais de uma, separadas por ponto e vírgula, tal como:

DEFINE BIBDP '\DP\PROG;\DP\PROG\PONTES'

O modo mais prático de utilizar estes comandos é declarando as pastas de bibliotecas

no arquivo de critérios, %_SUPORTE\DP\INSTAL.DP. Assim, as definições serão

conhecidas automaticamente em todos os processamentos de programas DP.

9.6.13. DEFINE SEMENTE 'nome'

Conforme comentamos no capítulo 4.16. Semente de desenho, arquivos de desenho

gerados pelo programa tem sempre como ponto de partida o chamado arquivo semen-

te de desenho. Este arquivo tem pré-definido níveis de desenho a serem usados, cores,

etc, sendo sobrepostos pelos definidos pelo Sistema / Subsistema. Por default, a se-

mente de desenho é o arquivo %_SUPORTE\NGE\SEED.DWG. Havendo necessida-

de de mudar a semente, pode-se usar o comando acima, onde 'nome' é o nome da

semente, conforme as convenções do MS-DOS, mas sem o tipo ".DWG".

A definição de semente deve ser feita sempre antes do comando DESENHO. A variá-

vel global _SEMENTE contém o nome da última semente definida.

9.7. DOS 'comando'

O comando DOS aciona um comando do MS-DOS entre apóstrofes. Por exemplo,

suponha que o arquivo PRJ-0000.ING deva se copiado do pasta \DP\EXEC caso não

exista na pasta atual:

DOS 'IF NOT EXIST DESARM.DAT COPY \TQSW\SUPORTE\NGE\DESARM.DAT'

Este é um tipo de controle que pode ser feito pelo próprio subprograma. Outro exem-

plo: Apagar os arquivos FOR1000.DWG, FOR1001.DWG, ... até o FOR1010.DWG:

REPETE I = 1000 A 1010

DOS 'DEL FOR%I.DWG'

FIM

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10. Digitação de dados de desenho A codificação de arquivos .DP com dados de desenho e comandos para a chamada de

um subprograma não precisa ser feita manualmente. O projetista tem a opção “Edi-

tar” “Desenho paramétrico” “Criar novo arquivo DP” no menu do gerenciador,

que extrai os parâmetros de um subprograma de desenho paramétrico, monta telas de

digitação baseadas nestes parâmetros e grava o arquivo .DP para geração do desenho.

10.1. Operação

O programa é chamado pelo menu do gerenciador:

O primeiro quadro pede pelo nome do arquivo .DP com dados, o programa DPS que

pode ser escolhido na janela da direita e o número de projeto para agrupamento de

desenhos.

Para evitar confusões, o desenho gerado tem sempre o mesmo nome do arquivo .DP.

Vamos tomar como exemplo o subprograma SAPFOR.DPS, mostrado no capítulo

6.2.6:

Page 117: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

Digitação de dados de desenho 111

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O CAD/AGC&DP abre então o subprograma SAPFOR.DPS e extrai os seus parâme-

tros. A seguir aparece o quadro de digitação:

Page 118: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

CAD/AGC&DP – Linguagem de Desenho Paramétrico

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O resultado da digitação acima é o arquivo EXEMPLO.DP:

$------------------------------------------------------------------------------

$ Dados de programa DP - 02/08/2000 - 11:34:02

$ T Q S CAD / AGC & DP V8.1

$

$ T Q S INFORMATICA LTDA

$ USO EXCLUSIVO EM DEMONSTRACAO

$

$ Arquivo______ EXEMPLO.DP

$ Pasta________ C:\TQS\TESTEPLA\GERAIS

$ Programa_____ SAPFOR.DPS

$------------------------------------------------------------------------------

$

PROJETO 7003

DESENHO 'EXEMPLO'

DP 'SAPFOR' .000, .000 ANG .000000 (

A TITULO = 'S1' $ Titulo

N B1 = 120 $ Comprimento da Sapata (cm)

N H1 = 60 $ Largura da Sapata (cm)

N B2 = 40 $ Comprimento do Pilar (cm)

N H2 = 20 $ Largura do Pilar (cm)

N GRAV = 5 $ Gravata (cm)

N ESCALA = 50 $ Escala 1:x

)

FIM

FIM

que poderá ser processado:

e visualizado pelo editor gráfico, selecionando o desenho EXEMPLO.DWG na tercei-

ra janela do gerenciador:

Page 119: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

Digitação de dados de desenho 113

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10.2. Tela de entrada de dados

A tela de entrada de dados do programa de digitação é extraída da seção de parâme-

tros do subprograma DPS. O subprograma SAPFOR.DPS tem a seção de parâmetros:

$

$ SAPFOR.DPS Forma de concreto para sapatas

$

PARAMETROS

A TITULO COM 'Titulo'

N B1 COM 'Comprimento da Sapata (cm)'

N H1 COM 'Largura da Sapata (cm)'

N B2 COM 'Comprimento do Pilar (cm)'

N H2 COM 'Largura do Pilar (cm)'

N GRAV = 5 COM 'Gravata (cm)'

N ESCALA = 50 COM 'Escala 1:x'

FIM

Note na seção de parâmetros:

Os textos colocados após a palavra COM são os que vão para a tela de digita-

ção;

Os valores default das variáveis GRAV e ESCALA também são default para o

programa de digitação.

Page 120: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

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Apêndice A. Resumo da linguagem Mostraremos aqui todos os comandos disponíveis no DP, de acordo com as conven-

ções já mostradas no manual. As linhas precedidas por $ são comentários.

$

$ Operadores aritméticos e lógicos

$

+ Mais

- Menos

* Vezes

/ Dividido

** Elevado

( Parênteses esquerdo

) Parênteses direito

= igual a

<> ou != diferente de

> maior que

>= maior que ou igual a

< menor que

<= menor que ou igual a

E E lógico

OU Ou lógico

NAO Não lógico

$

$ Definição de ângulos em graus, minutos e segundos

$

graus ^ minutos segundos

$

$ Valores alfanuméricos

$

'texto'

$

$ Funções

$

SEN (x) Seno de um ângulo em graus

COS (x) Coseno

TAN (x) Tangente

ASEN (x) Arco em graus cujo seno vale x

ACOS (x) Arcoseno

ATAN (x) Arctangente

RAIZ (x) Raiz quadrada de um número

FIX (x) Parte inteira de um número

FRAC (x) Parte fracionária de um número

ABS (x) Valor positivo de um número

LEN ('tex') Comprimento de um alfanumérico

Page 121: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

Digitação de dados de desenho 115

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CMP ('tx1','tx2') Comparação de 2 alfanuméricos. Retorna

(0) se forem iguais, (1) se diferentes

LEFT ('tex', nc) nc caracteres a esquerda de 'tex'

RIGH ('tex', nc) nc caracteres a direita de 'tex'

MID ('tex', i, nc) nc caracteres de 'tex' a partir de i

POS ('tx1','tx2') Posição de 'tx2' dentro de 'tx1'. Re-

torna (0) se não estiver em 'tx1'

$

$ Definição de coordenadas

$

x,y coordenadas x,y

d<ang coordenadas polares distância/ângulo

nno coordenadas iguais às do nó nno

nno @ x,y coordenadas do nó nno mais deslocamento x,y

nno @ d<ang coordenadas do nó nno mais distância/ângulo

'eixo' coordenadas da intersecção de eixos

'eixo' @ x,y intersecção de eixos mais deslocamento x,y

'eixo' @ d<ang intersecção de eixos mais distância/ângulo

$

$ Construção geométrica de nós:

$ a - Por coordenadas

$ b - Offset com valor em relação a 2 pontos

$ c - Intersecção de duas retas

$ d - Projeção de um ponto sobre uma reta

$

nno coord

OFFSET valor coord1 coord2

INTERSECCAO linha1 linha1

PROJECAO coord1 coord2 coord3

$

$ onde "linha" pode ser:

$

$ coord1 coord2

$ coord ANG angulo

$

$ Operadores geométricos com nós

$

DIS nno1 nno2 Distância entre 2 nós

DX nno1 nno2 Delta X entre 2 nós

DY nno1 nno2 Delta Y entre 2 nós

X nno X de um nó

Y nno Y de um nó

DIR nno1 nno2 Direção de 2 nós

$

$ Sistema local de coordenadas

$

ORIGEM [coord] [ANGULO angulo]

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$

$ Geração de nós em linha

$

nno coord [ A nno2 [ PASSO num ] coord2 ]

$

$ Geração de nós em malha

$

nno1 A nno2 [PASSO num] [ANG angulo]

$

$ Lista de coordenadas

$

coord1; coord2; coord3; ...

coord1 @ coord2 @ coord3 ...

$

$ Elementos gráficos básicos

$

POLIGONAL lista-de-coord [NVD nivel] [[OFFSET valor][NVD nivel]]

LINHA lista-de-coord [NVD nivel] [[OFFSET valor][NVD nivel]]

CURVA lista-de-coord [NVD nivel] [[OFFSET valor][NVD nivel]]

CIRCULO [ C coord ] -

[ R valor ] -

[ DIAM valor ] -

[ PI coord ] -

[ PF coord ] -

[ PM coord ] -

[ NVD nivel ] [OFFSET valor [NVD nivel]]

ARCO [ C coord ] -

[ R valor ] -

[ CORDA valor ] -

[ PI coord ] -

[ PF coord ] -

[ PM coord ] -

[ ANA angulo ] -

[ ANI angulo ] -

[ ANF angulo ] -

[ DIR angulo ] -

[ NVD nivel ] [OFFSET valor [NVD nivel]]

TEXTO coord [HTEX valor] 'texto' [NLIN num] -

[NVD nivel] -

[ANG angulo]

TFERRO coord [HTEX valor] 'texto' [NLIN num] -

[NVD nivel] -

[ANG angulo]

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Digitação de dados de desenho 117

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$

$ Blocos de desenho

$

BLOCO 'nome' [coord]

(definição de elementos gráficos do bloco)

....

FBL

INSERE 'nome' lista-de-coordenadas

[ESX val] [ESY val] [ESC val] [ANG ang]

BASE coord

$

$ Mistura de desenhos e Máscaras

$

MISTURA 'nome' [coord]

MASCARA 'nome' [coord]

BASE coord

$

$ Cotagem

$

COTAGEM HOR coor1 [TEXTO 'texto'] coor2 coor3 [lista-de-coord]

VER coor1 [TEXTO 'texto'] coor2 coor3 [lista-de-coord]

ALI coor1 [TEXTO 'texto'] coor2 coor3 [lista-de-coord]

INC ang coor1 [TEXTO 'texto'] coor2 coor3 [lista-de-coord]

CON [lista-de-coord]

$

$ Eixos

$

EIXOS HORIZONTAL ['A'] y1 y2... VERTICAL ['1'] x1 x2 ...

$

$ Definição de variáveis

$ "nome" pode ter até 8 letras e/ou números

$

NUM nome [[=] valor ]

ALF nome [[=] 'texto']

COO nome [[=] coord ]

$

$ Macro-substituição de variáveis

$

$ a - Variáveis precedidas por % são substituidas por seu

$ valor, durante a fase de leitura de linhas.

$ b - Em %A%B, %B é substituido primeiro, alterando %A. Este

$ é o efeito de "Dupla Substituição".

$ c - Dois sinais % seguidos são automaticamente eliminados.

$ d - Em variáveis numéricas, %.5A significa: substituir A

$ com até 5 casas depois da vírgula

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$

$ Escopo de Variáveis

$

$ a - Dentro da seção de DESENHO e dos subprogramas, as

$ variáveis são locais.

$ b - Fora da seção de DESENHO, as variáveis são globais.

$ c - Variáveis locais são conhecidas somente na seção onde

$ foram declaradas. Variáveis globais são conhecidas em

$ qualquer parte do programa.

$ d - Variáveis podem ser explicitamente declaradas nas

$ seções LOCAIS, GLOBAIS e PARAMETROS.

$

GLOBAIS

declarações

FIM

LOCAIS

declarações

FIM

PARAMETROS

declarações

FIM

$

$ Declarações:

$

NUM nome [[=] valor ] [ COM 'texto']

ALF nome [[=] 'texto'] [ COM 'texto']

CÔO nome [[=] coord ] [ COM 'texto']

$

$ Chamada de Subprogramas e inclusões

$

DP 'nome' [ coord ] [ ANG angulo ] (

declaração, declaração, .... )

INCLUI 'nome' [ OPCIONAL ]

$

$ Controle de fluxo de programa

$

SE expressão lógica

.... comandos.....

[ SENAO ]

.... comandos.....

[ SENAO SE expressão lógica]

.... comandos.....

FIM

Page 125: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

Digitação de dados de desenho 119

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REPETE nome [=] valor1 [A] valor2 [PASSO valor]

.... comandos ....

FIM

ENQUANTO expressão lógica

.... comandos ....

FIM

QUEBRA

CONTINUA

SAÍDA

$

$ Definição de parâmetros de controle

$

DEFINE parâmetro [valor] ...

$

$ Parâmetros do comando DEFINE:

$

$Parametro Default Obs

$

IAPLIC N 9 Tipo de aplicação:

(1) Genérico

(2) CAD/Formas

(3) CAD/Lajes

(4) CAD/Fundações

(7) CAD/Vigas

(8) CAD/Pilares

(9) CAD/AGC&DP

(11) CAD/Madeira

(15) CORBAR

(16) CORMAD

(17) CAD/Alvest

ISUBAPLIC N 1 Tipo de subaplicação: veja na página 70.

LISTA Habilita listagens

NLISTA Desabilita listagens

ERROS num 15 Limite de erros (0) = ilimitado

ESCALA valor 50 Fator de escala

TABPLT 'nome' '' Nome da tabela de plotagem

TAMTTX valor 0.24 Tamanho default de texto

TAMTEI valor 0.4 Tamanho do texto de eixos

NÍVEL num 0 Nivel default de desenho

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NIVCOR nivel cor Cor associada a nível

BIBDP 'nome' '.' Pastas de subprogramas

BIBBLO 'nome' '.' Pastas de blocos

BIBINC 'nome' '.' Pastas de inclusão

SEMENTE 'nome' '%SUPORTE\NGE\seed' Semente de desenho

TAMTCO valor 0.22 Tamanho do texto de cotagem

NCOTLCH Cotagem sem linha de chamada

COTLCH Cotagem com linha de chamada

COTEXE val 0.4 Extensão da linha de chamada

COTEXO val 0.4 Gap da linha de chamada

COTTSZ val 0.25 Tamanho da marca da linha de cotagem

COTDLE val 0. Extensão da linha de cotagem

COTNIV ival 221 Nível de cotagem

COTNIC ival -1 Nível da linha de cotagem

COTNIL ival -1 Nível das linhas de chamada

COTMUL val 1.0 Multiplicador de dimensões

COTPRC ival 1 Precisão de cotagem , c/supressão de zeros

COTBLO 'nome' 'TICK' Nome do bloco de marca cotagem

PARDES 'nome' ival Parâmetro numérico para o .PAD

PARDES 'nome' 'texto' Parâmetro alfanumérico para o .PAD

$

$ Controle de projeto

$

PROJETO num

$

$ Mensagens

$

MENSAGEM 'texto'

AVISO 'texto'

ERRO 'texto'

$

$ Listagens de coordenadas e variáveis

$

LISTAR nno1 nno2 nno3 nno4 ....

nno1 A nno2 nno3 A nno4 ...

DISTANCIA nno1 nno2

DRETA nno1 nno2 nno3

NOS

VARIÁVEIS

TUDO

EXPRESSAO valor

$

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Digitação de dados de desenho 121

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$ Acesso ao MS-DOS

$

DOS 'comando'

$

$ Variáveis Globais do Sistema (pré-definidas)

$

$ Nome Tipo Observações

$

_IAPLIC N Tipo de sistema

_ISUBAPLIC N Tipo de subsistema

_ERROS N Numero de erros detectados

_ESCALA N Escala atual

_TAMTTX N Tamanho de texto, comando TEXTO

_TAMTEI N Tamanho de texto para o comando EIXOS

_NIVEL N Nível de desenho atual

_TAMTCO N Tamanho do texto de cotagem

_COTNIV N Nível de cotagem

_COTLCH N Cotagem c/ linha de chamada (0) não (1) sim

_COTMUL N Multiplicador de dimensões de cotagem

_COTBLO A Bloco de cotagem

_COTNIL N Nível da linha de cotagem

_COTNIC N Nível da linha de chamada

_TABPLT A Tabela de plotagem

_DATA A Data do sistema

_HORA A Hora do sistema

_DIRET A Pasta atual de trabalho

_BIBDP A Biblioteca de subprogramas DPS

_BIBBLO A Biblioteca de blocos

_BIBINC A Biblioteca de arquivos de inclusão

_SEMENTE A Semente de desenho

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Apêndice B. Documentação de programas Fazer programas não é o suficiente para que sejam usados. Para que um projetista

possa se decidir pela utilização de programas DP desenvolvidos dentro de um escritó-

rio de projeto, é desejável que:

Exista uma documentação, por tipo de aplicação, mostrando quais os dese-

nhos paramétricos que podem ser produzidos;

Para cada desenho paramétrico, sejam documentados os parâmetros que de-

vem ser definidos;

A documentação permita ao projetista adaptar o desenho paramétrico a no-

vos casos se necessário.

Neste capítulo sugerimos alguns procedimentos de documentação para facilitar o uso

dos programas DP.

B.1. Organização por bibliotecas

Deve-se dividir os programas por tipo de aplicação; cada aplicação consistirá numa

biblioteca. Por exemplo, em um escritório de cálculo estrutural poderão existir biblio-

tecas separadas para desenhos de armação de edifícios, pontes, túneis, etc. Cada bibli-

oteca deverá ter documentação própria.

A distribuição física dos programas DP no computador também deverá ser separada;

os programas de cada biblioteca devem estar em pastas separados, que podem ser

declarados através de DEFines no arquivo de critérios

%_SUPORTE\DP\INSTAL.DP.

B.2. Documentação de uma biblioteca

Cada biblioteca é composta por um ou mais desenhos paramétricos, cada um com

documentação independente. Descreveremos cada item que pode entrar na documen-

tação de um desenho.

B.2.1. Exemplo processado

Um exemplo processado e plotado na impressora é o primeiro elemento que o proje-

tista deve analisar para saber se o desenho serve ou não.

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Digitação de dados de desenho 123

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B.2.2. Parâmetros anotados no desenho

O mesmo desenho plotado inicialmente deve ser replotado com anotações dos parâ-

metros que definem o desenho. O projetista deve concluir a partir dai se o desenho é

adaptável no seu caso, ou se poderá ser usado até certo ponto para uma edição poste-

rior pelo editor gráfico.

B.2.3. Descrição de parâmetros e nome do programa

A descrição dos parâmetros, na mesma ordem em que são digitados possibilita ao

projetista confeccionar planilhas de codificação, que poderá preencher longe do com-

putador.

O nome do arquivo de desenho é o mesmo do programa DP de digitação: a partir do

nome é que os parâmetros são carregados na memória e o arquivo .DP é gerado para

processamento.

B.2.4. Níveis de Desenho

Mostrar a convenção de níveis usados pelo desenho quando for importante, e como os

níveis são usados em termos de:

Cores no editor gráfico;

Penas, espessuras, estilos de linhas e hachuras no caso de uso de tabela de

plotagem;

Convenções em desenhos de armação;

Outras convenções.

B.2.5. Modo de Operação

O desenho gerado pelo programa está completo ou precisa ser editado pelo EAG? O

que falta editar? Cotagens, títulos, anotações, etc talvez precisem ser colocados intera-

tivamente. A documentação deve mostrar até que ponto o desenho é gerado.

Os desenhos de armação poderão exigir também a presença do arquivo de critérios

DESARM.DAT na pasta atual, com as bitolas de projeto atualizadas. A documenta-

ção deverá citar o arquivo e dar uma idéia geral sobre as armaduras que podem ser

alteradas ou colocadas no desenho.

B.2.6. Utilização de Escalas

O desenho só pode ser feito numa escala ou qualquer escala é permitida? Deve-se

mostrar quais são os limites para variação da escala de desenho, se existirem.

Page 130: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

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B.2.7. Blocos Parametrizados

Muitas vezes um desenho paramétrico usa blocos de desenho que podem ser definidos

pelo próprio projetista. Quando isto acontece, deve-se plotar na impressora um exem-

plo de cada bloco que pode ser definido. Em cada bloco, deve-se mostrar claramente:

Dimensões usadas. Alguns blocos são feitos em escala real, outros são esca-

lados pelo subprograma que os inseriu.

Qual é o ponto base para inserção do bloco. Esta informação é fundamental

para o correto posicionamento do bloco no desenho.

Em que pasta deve ser criado o desenho do bloco. Se o bloco for criado na

pasta atual, será usado apenas neste projeto; se for criado na pasta da biblio-

teca de blocos poderá ser usado em outros projetos.

Se o projetista criar um bloco que puder ser usado em outros projetos, então será

importante que documente o bloco criado e anexe na documentação do desenho pa-

ramétrico que usa o bloco.

B.2.8. Geração de Plantas

Alguns tipos de desenhos são gerados com tamanhos exatos para alinhamento dentro

de uma planta (como por exemplo a moldura de um desenho ou o carimbo). A docu-

mentação deve explicar como agir com estes desenhos dentro do Editor de Plantas.

B.2.9. Outras Normas e Procedimentos

Se o tipo de desenho gerado for muito repetitivo, então pode ser interessante fixar na

própria documentação, normas para a atribuição de nomes aos desenhos e organiza-

ção de pastas em disco. Isto ajudará o projetista a se organizar, evitando que perca

tempo descobrindo aonde foram parar os desenhos que gerou.

B.3. Exemplo Simples

Nas páginas seguintes mostramos um exemplo de documentação de um programa

para o desenho de sapatas de concreto armado.

Page 131: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

Digitação de dados de desenho 125

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SAPATA.DPS

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PARÂMETROS DA SAPATA

Descrição dos parâmetros de desenho SAPATA

Título da sapata

Escala 1:x

Multiplicador do numero de sapatas

Comprimento X (cm)

Largura Y (cm)

Comprimento X do pilar (cm)

Largura Y do pilar (cm)

Tamanho da gravata (cm)

Altura 1 (cm)

Altura 2 (cm)

Bitola na direção X (mm)

Espacamento na direção X (cm)

Bitola na direção Y (mm)

Espacamento na direção Y (cm)

Recobrimento (cm)

Page 133: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

Digitação de dados de desenho 127

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Modo de Operação

O programa SAPATA gera um desenho de sapata retangular de concreto armado

sujeita apenas à carga centrada. O desenho sai completo, incluindo armaduras e cota-

gens.

A alteração e a colocação de novas armaduras devem ser feitas com o editor gráfico

de armação, se necessário. O desenho de armaduras segue as convenções dos sistemas

CAD/TQS.

Para maior facilidade, o nome do desenho da sapata deve coincidir com o nome do

arquivo DWG gerado. Uma sapata por arquivo DP deverá facilitar a correção de pa-

râmetros se necessário.

O arquivo DESARM.DAT contém as bitolas usadas no desenho de sapatas, e é neces-

sário para que a tabela de ferros possa ser extraída. O desenho de sapatas pode ser

feito em qualquer escala.

Para mais detalhes sobre o arquivo DESARM.DAT veja no manual CAD/AGC&DP

Manual de Critérios de Projeto.

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Apêndice C. Codificação de programas DP Em um ambiente de projeto, onde novos programas de desenho são desenvolvidos

diariamente por um ou mais projetistas, a falta de organização pode levar uma perda

de tempo excessiva na codificação e teste dos programas. A perda é maior ainda

quando há a necessidade de se alterar programas DP prontos ou adaptar um programa

DP para desenhos ligeiramente diferentes.

Para aumentar a organização dos programas DP desenvolvidos, é desejável que:

Os programas sejam codificados de uma forma legível;

Que tenham uma documentação que descreva as variáveis utilizadas (inclu-

indo nós);

Que tenham uma estrutura simples;

Que tenham uma documentação dos blocos usados e como gera-los, quando

for o caso.

O tempo adicional gasto para organizar programas DP é rapidamente recuperado

quando é preciso corrigir / alterar programas prontos. Sugerimos neste capítulo alguns

procedimentos de codificação e documentação de programas.

C.1. Tornando um programa legível

Compare os 2 trechos de programa listados a seguir e decida qual é mais fácil de ler:

PROGRAMA 1

DES'TMP'

INC'NOS'

34 31@0,-%GRAVATA

35 32@0,%GRAVATA

36 X34+(%ALT2-%ALT1),Y2

37 36@%ALT1,0

38 X37,Y3

39 X36,Y38

POL 36 37 38 39 36

POL 36 34 31

POL 39 35 32

FIM

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Digitação de dados de desenho 129

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PROGRAMA 2

DESENHO 'TMP'

INCLUI 'NOS'

34 31 @ 0, -%GRAVATA

35 32 @ 0, %GRAVATA

36 X34 + (%ALT2 - %ALT1), Y2

37 36 @ %ALT1, 0

38 X37, Y3

39 X36, Y38

POL 36 37 38 39 36

POL 36 34 31

POL 39 35 32

FIM

Ambos programas são válidos e equivalentes; o segundo programa é mais legível. O

DP permite o uso livre de espaços e linhas em branco, assim como o uso do caractere

de tabulação (rotulado no teclado como Tab ou duas flechas contrapostas). Para dei-

xar mais claro o programa:

Separamos definições diferentes (tais como nós e poligonais) por linhas em

branco;

Tabulamos os dados, deixando alinhados números de nós, coordenadas X, Y,

etc.

C.2. Identamento de comandos

Chama-se de "Identamento" ao deslocamento que se faz nos comandos para o lado

direito da linha, com o objetivo de diferenciar a seção de programa a que pertence

cada comando. O exemplo abaixo mostra um programa sem identamento e um com:

Sem identamento:

DESENHO 'TMP'

INCLUI 'NOS'

REPETE I = 1 A 10

NUM J = %I + 1

SE %J = 11

NUM J = 1

FIM

NUM K = %J + 1

SE %K = 11

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130

NUM K = 1

FIM

POLIGONAL %I %J %K

FIM

FIM

Com identamento:

DESENHO 'TMP'

INCLUI 'NOS'

REPETE I = 1 A 10

NUM J = %I + 1

SE %J = 11

NUM J = 1

FIM

NUM K = %J + 1

SE %K = 11

NUM K = 1

FIM

POLIGONAL %I %J %K

FIM

FIM

Neste exemplo, o comando REPETE controla um certo número de outros comandos.

No programa sem identamento não ficam claros quais são os comandos controlados

pelo REPETE (além disto, fica fácil esquecer de colocar um FIM no lugar certo). No

segundo programa identou-se:

Um nível para todos os comandos dentro da seção DESENHO;

Um nível para todos os comandos controlados pelo REPETE;

Um nível para os comandos controlados pelo SE.

Note que os níveis de identamento são acumulativos.

C.3. Comentários

Programas DP são altamente simbólicos, e um comando como:

POL 10 11 12 13 10

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Digitação de dados de desenho 131

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não representa nada para quem lê, além de uma poligonal que pode estar em qualquer

parte do desenho. Comentários devem ser livremente usados ao longo do programa

para mostrar o que o programa está fazendo. Por exemplo:

$

$ Contorno da vista em planta

$

POL 10 11 12 13 10 $ retangulo projetado

C.4. Variáveis Usadas

São 2 os tipos de variáveis usadas em um subprograma: os parâmetros e as outras

variáveis locais.

C.4.1. Documentação de Parâmetros

Praticamente não há meio de não documentar os parâmetros usados em um subpro-

grama. Existe uma palavra chave especial, COMENTÁRIO, que serve para descrever

um parâmetro. O gerador de programas DP procura esta descrição e usa para o proje-

tista digitar os parâmetros; sem a descrição a digitação de dados fica difícil.

C.4.2. Documentação de variáveis locais

As variáveis locais também podem ser divididas em duas categorias principais: os nós

e as demais variáveis.

A única documentação razoável para nós é gráfica; o melhor é plotar um exemplo do

desenho paramétrico e anotar a posição dos nós no desenho. Os parâmetros e outras

variáveis também podem ser marcados sobre o desenho.

No caso das variáveis locais criadas dentro do subprograma, o melhor é abrir uma

seção LOCAIS e declarar cada variável, comentando do lado. Por exemplo:

LOCAIS

N NBFLEX $ número de barras de flexão

N BITFLEX $ bitola de flexão

N NBCIS $ número de barras de cisalhamento

N BITCIS $ bitolas de cisalhamento

FIM

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132

C.5. Independência de Escala

Desenhos por computador seriam sempre independentes da escala usada se não exis-

tissem textos no desenho. Como isto normalmente não acontece, torna-se necessário

levar em consideração a escala quando se faz um programa.

O DP mantém um fator de escala atual do desenho (cujo default é 50), e multiplica os

tamanhos de textos por esta escala. Para quem programa isto facilita, pois o texto

sairá sempre proporcional a escala de desenho, para um único tamanho definido, em

centímetros de plotagem.

No entanto, apenas os tamanhos de texto são multiplicados automaticamente. Como

fazer para colocar um determinado nó 5 cm a direita do outro, na escala do papel? A

solução seria multiplicar 5 pela escala atual, tal como em:

2 1 @ 5*%_ESCALA, 0

TEXTO 1 @ 0, -1.5*%HTEX*%_ESCALA 'TEXTO'

Para facilitar o projetista, a escala de desenho, quando variável, deve ser parâmetro de

entrada do subprograma. Por exemplo:

PARAMETROS

...

N ESCALA = %_ESCALA COM 'Escala 1:x'

FIM

DEFINE ESCALA %ESCALA

A escala foi declarada como parâmetro, e o seu valor default é o mesmo da escala

atual do DP, normalmente 1:50. Logo no começo do programa nós reatribuimos o

valor da escala do DP, com o comando DEFINE ESCALA.

C.6. Documentação de Programas de Biblioteca

Assim como existe uma pasta de documentação de desenhos paramétricos para o

projetista, deve existir uma de documentação de programas, especialmente para os

projetistas-programadores. Esta pasta deve incluir um exemplo de um desenho pro-

cessado, um mapa dos nós sobre o desenho e a listagem, codificada como sugerimos.

Não há necessidade de documentação complementar quando o programa já é suficien-

temente documentado internamente. Nas páginas a seguir nós vemos o exemplo de

uma documentação deste tipo.

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Digitação de dados de desenho 133

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Subprograma SAPATA.DPS

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134

Documentação de NÓS

Listagem do SAPATA.DPS

$

$ Sapatas - todas as medidas em cm

$

PARÂMETROS

A TITULO COM 'Titulo da sapata'

N ESCALA = %_ESCALA COM 'Escala 1:x'

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Digitação de dados de desenho 135

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N MULTI = 1 COM 'Multiplicador do numero de sapatas'

N COMPRIM COM 'Comprimento X (cm)'

N LARGURA COM 'Largura Y (cm)'

N COMPIL COM 'Comprimento X do pilar (cm)'

N LARPIL COM 'Largura Y do pilar (cm)'

N GRAVATA COM 'Tamanho da gravata (cm)'

N ALT1 COM 'Altura 1 (cm)'

N ALT2 COM 'Altura 2 (cm)'

N BITX COM 'Bitola na direcao X (mm)'

N ESPX COM 'Espacamento na direcao X (cm)'

N BITY COM 'Bitola na direcao Y (mm)'

N ESPY COM 'Espacamento na direcao Y (cm)'

N DOBRA COM 'Comprimento da dobra (cm)'

N RECOBR = 1.5 COM 'Recobrimento (cm)'

FIM

$

$ Define tamanho de texto e escala de desenho

$

DEFINE TAMTTX 0.22

DEFINE ESCALA %ESCALA

LOCAIS

N NBX $ numero de barras, direcao X

N NBY $ numero de barras na direcao Y

N CMPX $ Comprimento do ferro, X

N CMPY $ Comprimento do ferro, Y

N DELTA $ deslocamento do gabarito do ferro

N HTEX = %_TAMTTX*%_ESCALA $ altura de texto de ferros

N HTEX1S = 0.7

N HTEX2S = 0.4

N HTEX1 = %HTEX1S*%_ESCALA $ altura de titulo

N HTEX2 = %HTEX2S*%_ESCALA $ altura de escala

FIM

$

$ Raio de desenho dos ferros, FI 25 para maior efeito

$

N RAIO = 1.25

$

$ Vista em Planta

$

1 0, 0

2 1 @ %COMPRIM, 0

3 2 @ 0, %LARGURA

4 X1, Y3

POL 1 2 3 4 1

5 1 @ (%COMPRIM - (%COMPIL + (2*%GRAVATA)))/2, -

(%LARGURA - (%LARPIL + (2*%GRAVATA)))/2

6 5 @ %COMPIL + (2*%GRAVATA), 0

7 6 @ 0, %LARPIL + (2*%GRAVATA)

8 X5, Y7

Page 142: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

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136

POL 5 6 7 8 5

SE %ALT2 <> %ALT1

POL 1 5

POL 2 6

POL 3 7

POL 4 8

FIM

9 5 @ %GRAVATA, %GRAVATA

10 6 @ -%GRAVATA, %GRAVATA

11 7 @ -%GRAVATA, -%GRAVATA

12 8 @ %GRAVATA, -%GRAVATA

POL 9 10 11 12 9

$

$ Projecao X

$

19 X9, Y1 - (1.5*%_ESCALA)

18 19 @ %COMPIL, 0

17 18 @ 0, -1.2*%_ESCALA

20 X19, Y17

POL 20 17 18 19 20

16 X1, Y20 - (%ALT2 - %ALT1)

13 16 @ 0, -%ALT1

14 X2, Y13

15 X14, Y16

22 20 @ -%GRAVATA, 0

21 17 @ %GRAVATA, 0

POL 13 14 15 16 13

POL 16 22 20

POL 15 21 17

23 13 @ %RECOBR, %RECOBR

24 23 @ 0, %DOBRA

25 14 @ -%RECOBR, %RECOBR

26 25 @ 0, %DOBRA

POL 24 23 25 26

N DELTA = %RECOBR + (0.5 * %_ESCALA) + %DOBRA

23 23 @ 0, -%DELTA

24 24 @ 0, -%DELTA

25 25 @ 0, -%DELTA

26 26 @ 0, -%DELTA

POL 24 23 25 26

N CMPX = %COMPRIM - (2*%RECOBR) + (2*%DOBRA)

N NBX = FIX ((%LARGURA - (2*%RECOBR))/ %ESPX) + 1

TEXTO (X23+X25)/2, Y23 - (1.5*%HTEX) NVD 1 CENTRADO -

'%NBX P1 { %BITX C/%ESPX C=%.0CMPX'

N CMPX = %CMPX - (2*%DOBRA)

TEXTO (X23+X25)/2, Y23 + (0.5*%HTEX) CENTRADO '%.0CMPX'

TEXTO 23 @ -(0.5*%HTEX), %HTEX ANG 90 NVD 1 'E%DOBRA'

TEXTO 25 @ (1.5*%HTEX), %HTEX ANG 90 NVD 1 'D%DOBRA'

$

$ Projecao Y

$

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Digitação de dados de desenho 137

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30 X2 + (1.5*%_ESCALA), Y10

31 30 @ (1.2*%_ESCALA), 0

32 X31, Y11

33 X30, Y32

POL 30 31 32 33 30

34 31 @ 0, -%GRAVATA

35 32 @ 0, %GRAVATA

36 X34 + (%ALT2 - %ALT1), Y2

37 36 @ %ALT1, 0

38 X37, Y3

39 X36, Y38

POL 36 37 38 39 36

POL 36 34 31

POL 39 35 32

41 37 @ -%RECOBR-(2*%RAIO), %RECOBR

40 41 @ -%DOBRA, 0

42 38 @ -%RECOBR-(2*%RAIO), -%RECOBR

43 X40, Y42

POL 40 41 42 43

N DELTA = %RECOBR + (0.5 * %_ESCALA) + %DOBRA

40 40 @ %DELTA, 0

41 41 @ %DELTA, 0

42 42 @ %DELTA, 0

43 43 @ %DELTA, 0

POL 40 41 42 43

N CMPY = %LARGURA - (2*%RECOBR) + (2*%DOBRA)

N NBY = FIX ((%COMPRIM -(2*%RECOBR))/ %ESPY) + 1

TEXTO X41 + (1.5*%HTEX), (Y41+Y42)/2 NVD 2 CENTRADO ANG 90 -

'%NBY P2 { %BITY C/%ESPY C=%.0CMPY'

N CMPY = %CMPY - (2*%DOBRA)

TEXTO X41 - (0.5*%HTEX), (Y41+Y42)/2 CENTRADO ANG 90 -

'%.0CMPY'

TEXTO 40 @ 0, -1.5*%HTEX NVD 2 'E%DOBRA'

TEXTO 43 @ 0, 0.5*%HTEX NVD 2 'D%DOBRA'

$

$ Titulo da sapata, escala, multiplicador

$

100 4 @ 0, 4*%_ESCALA

TEXTO 100 HTEX %HTEX1S NVD 222 -

'%TITULO'

SE ( %MULTI > 1)

101 100 @ (LEN ('%TITULO')+1)*%HTEX1, 0

TEXTO 101 HTEX %HTEX2S NVD 202 '%MULTI'

TEXTO 101 @2*%HTEX2,0 HTEX %HTEX2S 'x'

FIM

102 100 @ 0, -1.5*%HTEX2

TEXTO 102 HTEX %HTEX2S '(Esc 1:%_ESCALA)'

$

$ Cotagens - nivel 221 para nao interferir com a extracao de ferros

$

DEFINE COTNIV 221

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COT VER 1 4 1 @-1.6 *%_ESCALA,0

COT VER 1 X1, Y5 1 @-0.8 *%_ESCALA,0

COT COM X1, Y8 4

COT HOR 4 3 4 @0, 1.6*%_ESCALA

COT HOR 4 X8, Y4 4 @0, 0.8*%_ESCALA

COT COM X7, Y4 X3, Y4

COT HOR 19 18 19 @0, 0.8*%_ESCALA

COT VER 30 33 30 @-0.8 *%_ESCALA,0

SE %ALT1 <> %ALT2

COT VER 14 15 14 @0.8 *%_ESCALA,0

FIM

COT VER 14 X15, Y17 14 @1.6 *%_ESCALA,0

COT HOR 20 22 20 @0, 0.8*%_ESCALA

COT HOR 17 21 17 @0, 0.8*%_ESCALA

103 (X13+X14)/2, Y13

104 103 @ 0, %RECOBR

COT VER 103 104 103

$

$ Ferros nas secoes transversais - chamamos o DP DISTFER

$

23 13 @ %RECOBR , %RECOBR + %RAIO

25 14 @ -%RECOBR , %RECOBR + %RAIO

DP 'DISTFER' (C 1=23 C 2=25 N NELEM = %NBY N RAIO = %RAIO)

41 37 @ -%RECOBR - %RAIO, %RECOBR

42 38 @ -%RECOBR - %RAIO, -%RECOBR

DP 'DISTFER' (C 1=41 C 2=42 N NELEM = %NBX N RAIO = %RAIO)

FIM

Listagem do DISTFER.DPS $

$ DISTFER.DPS Desenho de ferros distribuidos entre 2 pontos

$

PARAMETROS

C 1 $ Coordenadas do primeiro ponto

C 2 $ Coordenadas do segundo ponto

N NELEM $ Numero de elementos inseridos

A ELEM = 'FERCOR' $ Nome do bloco unitario inserido

N RAIO $ Raio de desenho

FIM

LOCAIS

N DNO $ Distancia entre os nos

N VX $ Versores da reta

N VY $

N I $ contador

FIM

N DNO DIST 1 2 $ dist 1-2

N VX (X2 - X1) / %DNO $ versor X da reta

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Digitação de dados de desenho 139

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N VY (Y2 - Y1) / %DNO $ versor Y da reta

1 1 @ %VX * %RAIO, %VY * %RAIO $ 1 no centro do elem

2 2 @ -%VX * %RAIO, -%VY * %RAIO $ 2 no centro do elem

N VX (X2 - X1) / (%NELEM - 1) $ VX agora e' o incr

N VY (Y2 - Y1) / (%NELEM - 1) $ VY idem

REPETE I = 1 A %NELEM

INSERE '%ELEM' 1 ESC %RAIO

1 1 @ %VX, %VY

FIM

FIM

Page 146: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

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140

Apêndice D. Compatibilidade com os CAD/TQS Discutiremos os seguintes itens de compatibilidade:

Linguagem de locação geométrica e desenho, compatível com o

CAD/Formas;

Plotagem, edição de plantas, plotagem em plotter e impressora;

Geração de desenhos de armação de concreto;

D.1. DP e a LDF

A compatibilidade de linguagem geométrica entre o DP e o CAD/Formas permite que

elementos especiais de desenho sejam lançados sobre uma planta de formas. Especifi-

camente, são compatíveis:

Locação de nós e definição de coordenadas;

Desenho de elementos não estruturais: linhas, textos, blocos, etc, declarados

na seção de GEOMETRIA do CAD/Formas

Para mostrar um exemplo de aplicação, suponha que o subprograma ESCADA.DPS

gere uma escada, cuja base (0,0) deva coincidir com o nó 100 da planta de formas do

projeto 2000, já processado. Vamos inserir esta escada usando o DP:

PROJETO 2000

DESENHO 'FOR2000'

MISTURA 'FOR2000'

INCLUI '2000N.LDF'

DP 'ESCADA' 100 ( ....parâmetros.... )

FIM

Neste exemplo:

Declaramos o projeto 2000;

Abrimos para gravação o desenho FOR2000, que na verdade já existe, gera-

do pelo CAD/Formas;

Carregamos o desenho das formas do projeto 2000 na memória através do

comando MISTURA;

INCluímos o arquivo 2000N.LDF com a construção geométrica dos nós do

projeto 2000;

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Digitação de dados de desenho 141

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Finalmente, executamos o subprograma para desenho da escada, fornecendo

como ponto de inserção o nó 100, definido dentro do arquivo 2000N.LDF.

Como resultado, o desenho da planta de formas será completado com a esca-

da.

D.2. Plotagem

Dentro do CAD/TQS, desenhos gerados pelo DP podem ser editados graficamente,

plotados na impressora e plotter e ter o layout de plotagem preparado pelo editor de

plantas.

D.2.1. Sistema e Subsistema

Para cada desenho com um nome na forma "nome.DWG" gerado pelo DP, existem

propriedades que estão gravadas dentro do arquivo de desenho. Estas propriedades

são:

Sistema: indica a qual sistema o desenho pertence. Ex: CAD/Formas,

CAD/Pilar, etc.

Subsistema: Para cada Sistema, temos vários Subsistemas onde podemos in-

dicar a utilização do desenho. Ex: o desenho de Plantas de Formas é um sub-

sistema do CAD/Formas.

Tabela de plotagem: nesta propriedade temos duas opções:

o Tabela de plotagem padrão: para cada par Sistema / Subsistema,

temos uma tabela de plotagem default.

o Tabela de plotagem não padrão: se quisermos, por algum motivo,

plotar um desenho com uma tabela diferente da tabela padrão, po-

demos defini-la neste campo.

Fato de escala: é o valor que divide todas as medidas do desenho.

Multiplicador de dimensões: é o valor que multiplica as dimensões quando

vamos medir algum elemento.

O para Sistema / Subsistema além de definir a tabela de plotagem padrão define tam-

bém o menu default no editor gráfico e as cores e níveis padrão quando vamos criar

um novo desenho.

Conforme o tipo de Subsistema, certos procedimentos serão adotados durante a plota-

gem. Atualmente os desenhos de armação de concreto sofrem pequenas alterações

durante a plotagem.

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142

D.2.2. Edição de plantas

O número de Sistema e Subsistema definido no DP é utilizado pelo Editor de Plantas.

O editor de plantas pode selecionar os desenhos por sistema através das opções de

seleção de desenhos do editor.

A melhor forma de organizar desenhos gerados pelo DP para leitura no editor de

plantas é através da declaração de projeto. O editor de plantas lê automaticamente

todos os desenhos de um determinado projeto, extraindo a escala do desenho e tabela

de plotagem.

Para maiores informações sobre o Editor de plantas, consulte o manual CAD/TQS

Manual de edição de plantas e plotagem.

D.2.3. Plotagem em impressora

A plotagem em impressora pode ser feita por desenho, projeto, subprojeto ou por

planta.

Os desenhos podem ser emitidos em escala fixa ou variável. Se os desenhos não cou-

berem no papel, o CAD/TQS irá dividir o desenho em vários trechos do tamanho da

área imprimível do papel e fará a impressão de todos eles.

D.2.4. Plotagem de desenhos de armação

Em desenhos de armação de concreto, as seguintes operações são efetuadas durante a

plotagem, para textos entre os níveis 1 e 199:

São eliminados os prefixos GT, GL, D, DD, E, EE, identificadores de gram-

pos e dobras;

São eliminados os sufixos E, C e G, identificadores de armaduras especiais

de flexão e cisalhamento;

Elimina-se ou não a numeração de posições, conforme arquivo de instalação;

Os textos do tipo C=numV são trocados por C=VAR (armaduras de com-

primento variável), e os tipo C=numC para C=COR (ferro corrido);.

Substitue-se, conforme arquivo de critérios, as bitolas de milímetros para va-

lores pré-definidos.

Para que as operações acima sejam possíveis, é necessário que o arquivo

DESARM.DAT de critérios de armação exista na pasta atual, do edifício ou na pasta

de critérios gerais (%_SUPORTE\NGE), com critérios e bitolas de projeto. Este ar-

quivo é documentado no manual CAD/AGC Manual de critérios de projeto.

Page 149: Agc 04-linguagem de desenho paramétrico

Digitação de dados de desenho 143

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D.2.5. Plotagem Inteligente

Plotagem inteligente é um sistema de plotagem com hachuras, espessuras, estilos e

penas de desenhos controlados por uma tabela parametrizada, descrita no manual

"CAD/TQS Manual de edição de plantas e plotagem". A plotagem inteligente

permite diminuir o tamanho do arquivo de desenho e aumentar a velocidade de inte-

ração gráfica, apenas transferindo certas tarefas (tais como hachuras) para a etapa de

plotagem.O DP permite que cada tipo de desenho tenha a sua própria tabela de plota-

gem. Para que isto seja possível, é necessário declarar o Sistema e Subsistema.

Se você definir um Sistema e Subsistema que não tiver uma tabela de plotagem pa-

drão, o sistema usa o default, que é usar pena zero para todos os níveis. Mas, se quiser

utilizar uma tabela de plotagem diferente da padrão, defina nome da tabela através do

DEFINE TABPLT 'nome', onde 'nome' é o nome da tabela, que deve terminar

sempre com o tipo .DAT.

D.3. Geração de desenhos de armação de concreto

Desenhos de armação de concreto seguem uma determinada convenção para que a

tabela de ferros possa ser extraída dentro do editor gráfico e na etapa de edição de

plantas.

Cada um dos sistemas de armação CAD/TQS segue uma convenção parecida, com

pequenas variações de um sistema para outro. O sistema mais abrangente é o editor de

armaduras do CAD/AGC. O Manual do Editor gráfico de Armação Genérica de

Concreto Armado mostra quais as convenções que devem ser seguidas para desenho

de armaduras genéricas, e como o sistema de plotagem trata os desenhos de armação.

Embora o DP possa fazer desenhos de armação, é total responsabilidade do progra-

mador gerar o desenho conforme as convenções de desenhos deste tipo. A figura

seguinte mostra um detalhe típico:

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Os textos que descrevem um ferro podem estar juntos ou separados. Os tex-

tos mais comuns são:

num Número de ferros.

P num Posição. A letra P pode ser redefinida no arquivo de instalação.

{ val Bitola de valor val. O caractere { aparece como "" na tela gráfica e

na plotagem.

C/ val Espaçamento em centímetros.

C= val Comprimento total, em centímetros.

C= val V Comprimento médio de ferro variável (acrescentar a letra V após o

comprimento).

E val Valor val da dobra a esquerda.

EE val Valor val da dobra dupla a esquerda.

D val Valor val da dobra a direita.

DD val Valor val da dobra dupla à direita (OBS: se o ferro tiver somente

uma dobra, ela deverá ser precedida por "EE", mesmo a dobra estando

à direita).

D val A Valor val da dobra A,B,....

Os textos que descrevem um ferro devem estar em um nível de desenho de

número igual ao número da posição do ferro.

Os rótulos que antecedem o valor das dobras a esquerda e a direita (E, EE, D,

DD) são retirados do desenho na plotagem em plotter e impressora. O mesmo

vale para as dobras numeradas DnA, DnB, ...

Quando um comprimento total de ferro é terminado pela letra "V", o ferro

será colocado na tabela com comprimento unitário "Variável".

As posições possíveis de ferros são limitadas entre 1 e 199.

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Digitação de dados de desenho 145

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A linha do ferro deve estar no nível 220. É responsabilidade do programador

construir uma tabela de plotagem que plote as linhas deste nível com uma

espessura maior (ou usar a tabela TABPLTA.DAT da pasta

%_SUPORTE\NGE\TABPLT).

As linhas e textos de cotagem estão no nível 221; se forem tracejadas deve-

rão estar no nível 201. A tabela de plotagem deverá prever troca de pena para

o nível 221 (possibilitando a plotagem de cotagens com pena mais fina).

Um número colocado no nível 202 (na forma de texto) multiplica o número

de todos os ferros do desenho.

Um texto colocado no nível 222 será considerado como título do desenho e

aparecerá na tabela de ferros, se existir.

Todos os outros textos e linhas colocados no desenho deverão estar no nível

ZERO.

Textos de ferros, linhas e cotagens são automaticamente colocadas no nível correto

quando criadas através do menu de armaduras do CAD/AGC.

Um exemplo de programa DP que gera desenho de armação é o programa

SAPATA.DPS, mostrado neste manual.

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11. Índice remissivo ângulos, 18, 23

aninhamento, 91

arco, 34

aritiméricas

expressões, 89

arquivo

critérios, 78

DP - organização, 15

arquivos

inclusão, 75

biblioteca, 108

bibliotecas, 77

subprogramas, 87

blocos, 40

criação, 42

externo

base, 44

externos, 43

inserção, 42

CAD/Formas, 2

cadeias de caracteres, 63

caracteres

cadeia, 66

comparação, 66

concatenação, 63

manipulação, 63

nulo, 68

pesquisa de posição, 64

sub-cadeias, 63

círculo, 33

codificação, 6

comando

aninhamento, 96

aviso, 101

continua, 95

define, 104

bibblo, 108

cotblo, 108

cotdle, 108

cotexe, 108

cotexo, 108

cotlch, 108

cotmul, 108

cotnic, 108

cotnil, 108

cotniv, 108

cotprc, 108

cottsz, 108

erros, 105

escala, 105

iaplic, 106

isubaplic, 107

lista, 104

ncotlch, 108

nivcor, 108

nivel, 107

nlista, 104

semente, 109

tabplt, 106

tamtco, 108

tamtei, 107

tamttx, 107

dos, 109

enquanto, 94

erro, 102

listar, 102

distância, 103

ponto a reta, 103

dreta, 103

expressão, 104

nó, 103

tudo, 104

variáveis, 104

mensagem, 101

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projeto, 100

quebra, 94

repete, 92

resumo, 114

saida, 95

se, 88

senao, 90

senão se, 91

concatenação, 63

conceitos e convenções, 4

controle de fluxo, 88

convenções

abreviações, 12

comentário, 13

cópia da linha anterior, 13

descrição da linguagem, 9

entrada de dados, 11

formato de entrada, 11

tamanho da linha, 12

coordenadas, 18, 19, 67

a partir dos eixos, 53

absolutas, 19

dps, 84

relativas, 20

cortes, 40

cotagem, 46

extensão da linha de cotagem, 49

linha de chamada, 49

manual, 48

marca, 51

multiplicador de comprimentos, 50

níveis, 49

precisão, 50

texto, 49

critérios

arquivo, 78

curva, 32

dados

digitação, 110

operação, 110

ordem de entrada, 15

desenho, 30

direções, 9

do DP, 2

grupo, 7

máscaras, 97

mistura, 45

níveis, 30

cores, 30

semente, 53

deslocamentos

nós, 22

digitação

dados, 110

operação, 110

distâncias

nós, 22

documentação de programas, 122

dps, 78

coordenadas, 84

listagem, 87

eixos, 52

exemplo, 54, 72

expressões, 89

expressões aritméticas, 16, 21

função, 17

ângulo, 18

arco, 34

círculo, 33

cmp, 66, 90

cortes, 40

curva, 32

dp, 81

inclui, 75

left, 63

len, 66

linha, 32

mid, 63

offset, 24

poligonal, 31

pos, 64

resumo, 114

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right, 63

se

aninhamento, 91

texto, 37

tferro, 39

trigonométrica, 23

grupo de desenhos, 7

inclusão, 45

inclusões, 75

intersecção, 25

Introdução, 1

linguagem DP

introdução, 1

linha, 32

listagem, 87

listagem de saída, 73

Locação Geométrica, 16

lógicas

expressões, 89

macro-substituição, 59

alfanumérica, 62

coordenadas, 67

dupla substituição, 68

numérica, 60

precisão, 60

máscaras de desenho, 97

nós, 18

definição, 19

geração, 27

em linha, 27

em malha, 28

offset, 24

operadores geométricos, 17

organização do manual, 3

origem, 86

parâmetros, 82

declaração, 82

poligonal, 31

precisão, 9

processamento, 6

DP, 5

projeção, 25

saída

listagem, 73

seções de programa, 14

semente

desenho, 53

sistema, 53, 106

variáveis, 69

sistema de coordenadas, 8

sistema local, 26

subprogramas, 45, 75, 78

bibliotecas, 87

chamada, 81

origem, 86

subrotinas, 4

subsistema, 53, 107

substituição de variáveis, 97, 98

Tabela de plotagem, 106

texto, 37

tferro, 39

unidades de desenho, 8

utilização do DP

introdução, 2

valores numéricos

definição, 16

operações básicas, 16

variáveis, 59

alfanuméricas, 61, 62, 63

coordenadas, 66

globais, 79, 80

locais, 79

numéricas, 59, 60

sistema, 69

substituição, 97, 98

visão geral, 4

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