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MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 042 /2011

NOME DA INSTITUIÇÃO: AES ELETROPAULO E AES SUL

TEXTO/ANEEL TEXTO/INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA/INSTITUIÇÃO

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Minuta de Resolução

Art. 4º

Faturamento de unidade consumidora do Grupo

A

Art. 5º

Faturamento de unidade consumidora do Grupo

B

1. Faturamento do grupo A: entendemos que o consumidor do

grupo A deverá contratar junto à distribuidora o maior valor de

demanda entre consumo e geração, de forma a remunerar os

custos pelo uso do sistema de distribuição.

2. Faturamento do grupo B: como não existe o conceito de

demanda contratada para o grupo B, a distribuidora deverá ser

remunerada pelo uso do sistema de distribuição,

especificamente pelos seus custos operacionais. Desta forma,

sugerimos a cobrança da componente TUSD Fio B sobre a

energia injetada na rede além do custo da disponibilidade.

3. Deve ser prevista cobrança por ultrapassagem de potência

injetada no sistema superior a 100 kW, para microgeração e

1.000 kW para minigeração.

4. Considerando a aplicação do conceito de autoprodução para

unidades consumidoras com geração própria de até 1 MW e

carga em pontos distintos, notamos ausência de

regulamentação sobre os encargos setoriais incidentes sobre a

parcela de geração própria (ESS, CCC, CDE, PROINFA,

EER).

5. Incidência de ICMS: apesar da Nota Técnica nº 0025/2011-

SRD-SRC-SRG-SCG-SEM-SRE-SPE/ANEEL ressaltar que o

sistema de compensação de energia não envolve circulação

de dinheiro, apenas promove a troca de energia entre

consumidor com geração distribuída e a distribuidora, devendo

eventuais saldos positivos serem utilizados para abatimento de

faturamentos futuros, há que se considerar a incidência de

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ICMS sobre esta operação para a qual deverá haver

regulamentação específica perante o CONFAZ, de forma a não

prejudicar a distribuidora.

6. A compensação entre a energia consumida e gerada por

instalações do grupo A deve ser feita por posto horário assim

como o crédito gerado.

7. Com relação à utilização dos créditos em unidades

consumidoras localizadas em diferentes pontos da área de

concessão, que tenham o mesmo titular, solicitamos

esclarecimento a respeito da distribuição entre as unidades,

inclusive sobre o responsável pela informação à distribuidora

bem como o critério para faturamento das unidades.

Art. 8º

“Art. 3-Aº Para a fonte solar, fica estipulado o

desconto de 80% (oitenta por cento), aplicável

nos 10 (dez) primeiros anos de operação da

usina, nas tarifas de uso dos sistemas elétricos

de transmissão e de distribuição, incidindo na

produção e no consumo da energia

comercializada.

Parágrafo único.

O desconto de que trata o caput, será reduzido

para 50% (cinqüenta por cento) após o referido

prazo.”

O Artigo 8º da minuta da resolução amplia a incidência do

desconto na TUSD estipulado pela REN 77/2004 para a

energia elétrica gerada de fonte solar.

Sob este aspecto sugere-se que seja previsto mecanismo de

compensação do referido desconto para a distribuidora, cuja

forma mais adequada seria a de um componente financeiro a

ser considerado nos processos de reajuste e revisões

tarifárias.

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Art. 12

As distribuidoras deverão elaborar ou revisar

normas técnicas para tratar do acesso de

minigeração e microgeração distribuída

incentivada, utilizando como referência o

PRODIST, as normas técnicas brasileiras e, de

forma complementar, as normas internacionais.

Parágrafo único.

O prazo para a publicação das normas de que

trata o caput em sua página na rede mundial de

computadores é de 180 (cento e oitenta) dias,

contados a partir da publicação desta

Resolução.

Parágrafo único.

O prazo para a publicação das normas de que trata

o caput em sua página na rede mundial de

computadores é de 180 (cento e oitenta) 360 (trezentos e sessenta) dias, contados a partir da

publicação desta Resolução.

Informamos que está sendo criado um grupo de trabalho na

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, formado

pelas distribuidoras e agentes de outros setores interessados

para consolidação de norma técnica brasileira que trate dos

requisitos mínimos para conexão de mini e micro-geração

distribuída. Desta forma, sugerimos que para qualquer

definição sobre o tema sejam observadas estas normas.

Adicionalmente, sugerimos a dilação do prazo para publicação

das normas e conseqüentemente para implantação das

mesmas. Entendemos necessária definição de prazo

adequado para implementação de (1) melhorias no sistema de

faturamento tendo em vista a necessidade de um novo serviço

de medição que requer equipamentos capazes de efetuar

leituras e registros de fluxos de compra e venda de energia; (2)

novas regras de faturamento com a devida aplicação na forma

de apresentação das faturas e (3) capacitação de equipes de

atendimento principalmente call Center, pois essa nova

regulamentação altera significativamente a forma de utilização

de energia pelo consumidor.

Ademais, prevalecendo a proposta apresentada, deverá haver

um aumento de conexões de mini e micro geração à rede de

distribuição, elevando significativamente os custos da

distribuidora para implantação, operação e manutenção do

novo sistema. Desta forma, sugerimos a avaliação da

cobrança de encargo de conexão uma vez que a instalação de

sistemas de geração é opção do consumidor ou

reconhecimento pelo regulados, dos custos adicionais

comprovadamente arcados pela distribuidora.

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Minuta da PRODIST

6.1 A solicitação de acesso é o requerimento

formulado pelo acessante que, uma vez

entregue à acessada, implica a prioridade de

atendimento, de acordo com a ordem

cronológica de protocolo.

Isto implica em privilégio no atendimento. A conexão de mini e

micro-gerações devem ser consideradas como atendimento

normal, sendo os prazos de atendimento estabelecidos

conforme a regra atual.

7.2 Compete à distribuidora a realização de

todos os estudos para a integração de micro e

minigeração distribuída, devendo informar à

central geradora a relação de dados

necessários à elaboração dos referidos estudos

que devem ser apresentados quando da

solicitação de acesso, realizados sem ônus ao

acessante.

8.2.2 As centrais geradoras classificadas como

micro ou minigeração distribuída incentivada

estão dispensadas de realizar os estudos

descritos no item 5 da seção 3.2 os quais, caso

sejam necessários, deverão ser realizados pela

distribuidora, sem ônus para o acessante.

A responsabilidade técnica e financeira pela realização dos

estudos para integração de micro e minigeração distribuída,

pela proposta, são atribuídas à distribuidora. No entanto, não

há previsão de reconhecimento na tarifa destes custos que

deverão se elevar significativamente

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7.3 Para central geradora classificada como

microgeração distribuída incentivada, o parecer

de acesso deve ser encaminhado em até 15

(quinze) dias após o recebimento da solicitação

de acesso.

7.4 Para central geradora classificada como

minigeração distribuída incentivada, o parecer

de acesso deve ser encaminhado em até 30

(trinta) dias após o recebimento da solicitação

de acesso.

7.3 Para central geradora classificada como

microgeração distribuída incentivada, o parecer de

acesso deve ser encaminhado em até 15 30 (quinze

trinta) dias após o recebimento da solicitação de

acesso.

Compatibilizar ao texto da REN 414/2010 e do PRODIST

módulo 3 seção 3.1 sub item 2.3.2.2 e item 5.4.

Em função da quantidade de acessos poderá haver

necessidade de revisão deste prazo, dado o aumento de

atribuições para a distribuidora referentes à conexão desta

geração distribuída.

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9.3 Os valores de referência a serem adotados

para os indicadores: tensão em regime

permanente, fator de potência, distorção

harmônica, desequilíbrio de tensão, flutuação de

tensão e variação de freqüência são os

estabelecidos na Seção 8.1 do Módulo 8 –

Qualidade da Energia.

Alguns valores de referência que são aplicáveis à geração

distribuída através de sistemas fotovoltaicos não estão

presentes na Seção 8.1 do Módulo 8 – Qualidade da

Energia, como: distorção harmônica de corrente, injeção

máxima de corrente contínua, tempo máximo de ilhamento,

tempo de mínimo de reconexão após condições anormais da

rede, tempo máximo de desconexão em casos de sobre/ sub

tensão e valores de desconexão em caso de sobre/sub tensão.

Sugerimos ainda a homologação de equipamentos que serão

conectados ao sistema por órgão padronizador bem como

sistemas de proteção que isolem a instalação do sistema

elétrico da distribuidora no caso de geração de harmônicos

acima do permitido.

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13.2 Dispensa-se a assinatura dos contratos de

uso e conexão para a central geradora que

participe do sistema de compensação de

energia da distribuidora local, nos termos da

regulamentação específica, sendo suficiente a

celebração do Acordo Operativo, nos termos do

Anexo I da Seção 3.5.

No que se refere à possibilidade de dispensa de assinatura de

tais contratos, verifica-se que há risco jurídico e regulatório

para as distribuidoras de energia elétrica uma vez que tanto o

CUSD e CCD são instrumentos contratuais que regulam as

condições, direitos, obrigações e procedimentos tanto do

usuário (no caso pequenos geradores) como da detentora da

rede de distribuição.

Assim, a ausência de tal instrumento contratual ou até mesmo

a dispensa de assinatura (condição de validade e eficácia do

negócio jurídico) poderá ocasionar isenção de

responsabilidades entre as partes, inconsistências no uso e na

conexão do sistema de distribuição, desigualdade de

condições de uso e conexão da rede de distribuição entre os

consumidores livres/especiais/potencialmente livres e a

distribuidora.

Ademais, tal dispensa da assinatura e do instrumento

contratual enseja contrariedade à legislação aplicável e

vigente, dentre elas a Resolução Normativa ANEEL nº 281/99

que estabelece as condições de acesso e uso do sistema de

distribuição e a Resolução Normativa nº 414/2010, que

estabelece as condições gerais de fornecimento de energia

elétrica.

Portanto, a AES desconsidera a possibilidade de “dispensar a

assinatura de tais contratos em determinados casos” pelas

pelo risco jurídico e técnico envolvido para sistema de

distribuição, bem como pela atribuição da distribuição na

manutenção e operação de sua rede.

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Além disso, entendemos que para os consumidores com

microgeração/unidades geradoras de pequeno porte deve

haver uma simplificação dos contratos com a distribuidora,

bem como adaptação dos contratos de adesão/fornecimento.

Desta forma, devendo haver, regulamento da ANEEL

estabelecendo as condições especificas e fundamentais tanto

do microgeradores consumidores e dos consumidores com

geração distribuída com perfil de geração mais preponderante

no sistema.

De acordo, com a categorização detalhada destes perfis de

consumo e geração distribuída por meio do regulamento, a

distribuidora poderá instrumentalizar as regras e

procedimentos de acordo com a Resolução Específica.

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Inclusão de artigos

Recomendamos ainda:

(1) regramento claro para pedidos de aferições, pois estas não

podem ser solicitadas indiscriminadamente pelo consumidor

nesses casos, dada a própria característica desse serviço a

cobrança poderá gerar dúvidas recorrentes de nossos clientes;

(2) previsão de tratamento para aumento de carga de

unidades consumidoras do grupo B que sejam atendidas por

meio de sistemas individuais de geração de energia elétrica

com fontes intermitentes ou microssistemas de geração de

energia elétrica isolada, onde haja restrição na capacidade de

geração.

(3) Reconhecimento de exposição e sobrecontratação

involuntária dos montantes de energia referentes à micro e

minigeração distribuída, uma vez que se trata de fontes de

geração cujos combustíveis não são gerenciáveis (solar,

eólico, hidráulica sem reservatório). Neste caso, deve ser

assegurada à distribuidora a neutralidade no repasse dos

custos de aquisição de energia elétrica para atendimento

destes consumidores.


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