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Abelhas Nativas Sem Ferro:

Abelhas nativas sem ferro.

Caio Henrique Padilha da Silva. Abelha-jataTetragonisca angustula

Nome Cientfico:Tetragonisca angustulaFamlia:Apidea Subfamlia MeliponinaeOrdem:HymenopteraDistribuio:Ocorrem na Amrica do Sul, Amrica Central, sia, Ilhas do Pacfico, Austrlia, Nova Guin e frica.Habitat:Se adaptam a vrios ambientes, vivendo em buracos de muros, de pedras, troncos, ocos de rvores, caixa de luz, entre outros.Alimentao:A maioria das abelhas se alimenta de produtos obtidos nas flores (sobretudo o plen na fase adulta).Reproduo:A rainha responsvel pela postura dos ovos, processo feito em uma clula construda com cerume (e que depois se transformam em larvas e pupa, at virar a abelha em si). A rainha d origem s fmeas (sejam elas rainhas ou operrias) e tambm parte dos machos (que em diversas espcies so filhos das operrias).A identificao de uma abelha-jata tem uma sequncia bsica. Para comear, este inseto pertence ordem dos Himenpteros ( qual ainda esto includas as vespas e as formigas). No caso da jata, ela faz parte do grupo de abelhas indgenas sem ferro (leia-se a subfamlia Meliponinae, pertencente tribo Trigonini).O sem ferro, neste caso, porque ele atrofiado. Outra curiosidade: todas as espcies Meliponinae so consideradas eusociais. Ou seja, vivem em colnia formada por muitas operrias, responsveis no s por sua construo e manuteno, mas tambm pela coleta e processamento do alimento. Isso sem falar da defesa do territrio e do cuidado com a prole.E para isso tudo, h uma rainha que reina soberana (embora em algumas poucas espcies elas possam ser encontradas at o nmero de cinco no poder). Aos machos cabem algumas tarefas dentro da colnia, alm, claro, de fecundarem a rainha. Assim que as crias nascem, eles so expulsos da colmeia. Abelha-IraNannotrigona testaceicornis

umaabelhasocial, da subfamlia dosmeliponneos, colorao geral preta com pilosidade grisalha, no medindo mais de 4mm de comprimento. De comportamento considerado como "tmido", exala cheiro agradvel e produz bommel, embora em quantidae muito pequena, tipicamente menos de um litro por ano. Tambm chamada de camuengo, jata-mosquito, jata-preta, jati-preta, mombuca, mumbuca, mumbuquinha, tui-mirim e tujumirim.Devido pequena produo de mel esta abelha no muito criada com este objetivo. Contudo, seu pequeno tamanho, comportamento manso e rusticidade a tornam uma boa opo para quem deseja empreg-las como agente polinizador em estufas ou pequenas plantaes, ou mesmo para quem tem interesse em manter um enxame apenas pelo contato com a natureza ou para decorao de uma varanda ou jardim. Uma caracterstica desta abelha que interessante neste caso que elas as operrias fecham a entrada da colmeia noite, e assim no so atradas pelas luzes artificiais da residncia.

Uruu Amarela -Melipona Rufiventris

AMelipona rufiventris uma abelha social brasileira, da tribo dos meliponneos. conhecida popularmente comoUruu-Amarela, Tujuba, Tujuva, Tiba, Tiva e Teba, nomes populares que tambm podem ser utilizados para outras espcies do mesmo gnero, como o caso da Melipona fasciculata, tambm chamada de Tiba no Estado do Maranho. Vive em colnias grandes, sendo pouco agressiva, cujo comportamento defensivo beliscar a pele. A sua raridade, tanto na natureza quanto na meliponicultura racional, tem elevado os custos de aquisio de novas matrizes, mas, mesmo assim, uma das espcies viveis com grandes possibilidades, principalmente para divulgao da atividade, pois sua beleza chama muito ateno.OcorrnciaAUruu-Amarela encontrada na Bahia, no Esprito Santo, em Gois, em Minas Gerais, no Paran, no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e em So Paulo.MorfologiaEssa espcie apresenta o tegumento com a colorao variando do negro ao ferrugneo, com o corpo coberto de pelos ferrugneos/amarelados.NinhoAscolnias da Uruu-Amarelapodem chegar a uma populao de 5 mil abelhas. Esta espcie nidifica preferencialmente em ocos de rvores. A entrada do ninho localizada no centro de raias convergentes de barro e permite que apenas uma abelha entre ou saia de cada vez. As clulas de cria so horizontais ou helicoidais, no ocorrendoclulas reais. O invlucro est presente e constitudo de vrias membranas de cerume. Os potes de alimento possuem cerca de 4 cm de altura.MelEmreas de boa florada, h grande capacidade produtiva da Uruu-Amarela, chegando facilmente na casa dos 10kg de mel/ano. Alm de ser um mel bastante procurado, pois muito saboroso.

Abelha-Limo (Lestrimelitta limao)

ALestrimelitta limao popularmente conhecida como Iraxim, Iratim, Arancim, Aratim, Canudo, Sete-Portas, Limo, Limo-Canudo e Abelha-Limo (por exalar um notvel cheiro de limo). uma abelha social da subfamlia dos meliponneos. Constri um grande ninho de barro, preso entre os galhos, com entrada tubiforme. umaespcie pilhadora, vivendo exclusivamente do saque a outros ninhos. A Abelha-Limo s sobrevive em reas onde haja grande densidade de ninhos de outras espcies.O sucesso no ataque a outrascolniasd-se por liberao de terpenoides volteis, das secrees ceflicas (das glndulas mandibulares), que provocam a disperso dos indivduos da colnia hospedeira e a consequente pilhagem. Por isso, o cheiro semelhante a limo que estas abelhas exalam, que a faz receber o nome popular de Abelha-Limo.OcorrnciaAAbelha-Limo encontrada na Bahia, em Minas Gerais e em So Paulo.MorfologiaA espcie mede cerca de 7 mm de comprimento, tem o corpo ligeiramente alongado e a colorao pardo-escura.NinhoA entrada doninho da Abelha-Limoapresenta protuberncias de cerume, que so abertas pelas operrias, no perodo da manh, e fechadas, ao anoitecer. Na sada do ninho, h vrios pitos, em forma de dedos, mas apenas um est ativo. Esta uma ttica de defesa contra predadores, como formigas, entre outros. Se o pito de sada desta abelha for destrudo, logo em seguida outro comea a surgir, pois a Abelha-Limo gosta de vrias opes de sada. Como esta abelha vive do roubo, os pitos alternativos so um indcio de que ela realmente uma ladra, pois so um meio de fuga.MelO mel produzido pelaLestrimelitta limao considerado txico e perigoso, se consumido pelo homem, em razo das secrees txicas das glndulas mandibulares dessa abelha.Comportamento cleptobiticoALestrimelitta limao considerada uma abelha pilhadora ou cleptobitica, ou seja, saqueia os ninhos de outras espcies para retiraro mel, o plen e a cera, armazenados nas colmeias alheias. Isso porque as operrias da Abelha-Limo no possuem corbcula, rgo localizado na tbia posterior para o transporte de plen e de outros materiais utilizados na estrutura do ninho. Ao saquear outras colmeias, essas operrias liberam substncias volteis, produzidas por suas glndulas mandibulares, que confundem a comunicao entre asabelhas da colmeiahospedeira, provocando a sua disperso. Assim, as pilhadoras conseguem saquear os ninhos, levando o produto do saque, nos seus papos, at os seus prprios ninhos.

Jata-da-Terra (Paratrigona subnuda)

AParatrigona subnuda popularmente conhecida comoJata-da-Terra ou Mirim-sem-Brilho. uma espciemuito mansa, de fcil manejo, frequentemente encontrada nas flores. Constri seuninho subterrneo, ocupandopanelas abandonadas de savas, cujos ninhos foram destrudos. Para localizar o ninho no solo, preciso cavar cuidadosamente seguindo o tubo de entrada. As rainhas virgens andam livremente pela colmeia, sendo encontradas ocasionalmente em repouso nos potes de alimento vazios. J os machos formam grupos dentro da colmeia, muitas vezes, junto ao depsito de detritos da colnia.OcorrnciaA abelha Jata-da-Terra encontrada em Minas Gerais, no Paran, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em So Paulo.MorfologiaEsta espcie possui acabea negra e o corpo alaranjado, com asas maiores que a extenso corporal, o que comum nas meliponas.NinhoConforme j dito, o ninho daParatrigona subnuda subterrneo e pode estar desde 40cm da superfcie do solo at mais de 1m. Esta espcie abre a entrada do ninho, pela manh, e a fecha, ao anoitecer, quando terminam as suas atividades. O tubo de entrada do ninho construdo com cerume.No interior do ninho, as clulas de cria so construdas em baterias de at 26 clulas, nas colnias fortes. Os favos tm sempre a forma espiral. Em volta do favo, h alguns potes ovoides para o depsito de alimento (mel e plen), bem como um invlucro formado por vrias camadas de cerume. Na parte de baixo dos favos, h um depsito de detritos consistente, onde muitos machos ficam. Isso acontece, pois o lixo libera calor, temperatura preferida pelos machos, que vivem em grupos nos locais mais quentes dos ninhos.MelO mel da Jata-da Terra muitosaboroso e suave, alm de possuirpropriedades medicinais.

Boca-de-Sapo (Partamona helleri)

APartamona helleri uma abelha bastante agressiva. se sentir ameaada,enrosca nos cabelos e plos da vtima, alm de mordiscar a pele com suas mandbulas. conhecida popularmente comoBoca-de-Sapo, por construir aentrada do seu ninho em forma de uma boca grande de sapo, feita debarro com prpolis. A abelha Boca-de-Sapo no gosta dos ventos gelados e midos da regio serrana, preferindo sempre lugar mais seco e quente. uma espcie grandecoletadora de plen, visitando muitas espcies de plantas. Por isso, um inseto muito importante para a polinizao das rvores.OcorrnciaA abelha Boca-de-Sapo encontrada na Bahia, no Esprito Santo, em Minas Gerais, no Paran, no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e em So Paulo.MorfologiaAPartamona helleripossui a colorao do corpo negra e brilhante, com as asas maiores que a sua extenso corporal.NinhoABoca-de-Sapocostuma construir o seu ninho, no alto (areo), apoiado em superfcies como oco de arvores, vasos de plantas, postes, blocos de cimento, forro de casa, laje e cumeeira de telhado. A entrada do seu ninho tem a forma de uma boca grande de sapo, feita de barro com prpolis.MelO mel da Boca-de-Sapo aguado, masmuito saboroso. No entanto, sua produo mnima.Um hbito peculiarUm fator que deixa muitos com dvida em relao higiene da Boca-de-Sapo o seu hbito de usar excremento de animais, na parte externa de seu ninho, nos perodos de seca, j que falta o barro, elemento essencial para a construo dos ninhos

Irapu (Trigona spinipes)

ATrigona spinipes uma abelha social brasileira, da subfamlia dos meliponneos. Tambm conhecida pelos nomes deAbelha-Cachorro, Abelha-Irapu, Abelha-Irapu, Arapica, Arapu, Arapu, Arapu, Aripu, Axup, Caapu, Cabapu, Enrola-Cabelo, Guaxup, Irapu, Mel-de-Cachorro, Torce-Cabelo, Cupira, e Urapuca. Esta abelha um inseto que vive em colnias, compostas poroperrias, zanges e diversas rainhas, embora apenas uma seja responsvel pelas posturas. umaespcie agressivapodendo atacar outras abelhas sem ferro. Ela tentainvadir a colmeia, em busca de alimento, e acaba brigando com as defensoras, o que ocasiona muitas mortes, inclusive a da prpria colnia invadida, se essa for muito nova ou fraca.Alm dos ataques a outras abelhas, aIrapu destri os botes florais de algumas plantas. Para fazer seu ninho, esta utiliza as fibras de vegetais, atacando as flores e as folhas novas, at a casca do tronco da planta, para retirar resina. Quando as plantas esto em flor, o prejuzo ainda maior, pois a Irapu faz um orifcio nos botes florais, prejudicando a frutificao. O crescimento das plantas tambm retardado devido ao ataque destas abelhas. Alm dos citros a Irapu atacabananeiras, jabuticabeiras, jaqueiras, mangueiras, pinheiro-do-paran, entre outros.OcorrnciaA Irapu encontrada no Acre, no Amap, no Amazonas, no Cear, em Minas Gerais, no Mato Grosso, no Par, no Paran, em So Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.MorfologiaA abelha Irapu possuicolorao negrareluzente. Mede de 6,5 mm a 7 mm de comprimento, com pernas ocreadas e asas quase negras, na metade basal, e mais claras, na metade apical. No possui ferro, mas se enrosca agressivamente nos pelos e nos cabelos das vtimas. Isso acontece, pois seu corpo est normalmente coberto por resinas de rvores, como o pinus ou o eucalipto. Quando se sente ameaada, penetra orifcios das vtimas, como as orelhas e as narinas.NinhoO ninho da Irapu globoso, com meio metro de dimetro e colorao marrom, construdo entre os galhos das rvores. A entrada ampla e oval com lamelas internas de cerume. Em seu interior destaca-se a presena de uma consistente massa composta de materiais diversos, como restos de casulos, madeira apodrecida, excrementos e resinas. Para obter as resinas, a Irapu corta os tecidos vegetais com suas mandbulas, que so bem desenvolvidas, e recolhe as substncias que extravasam das plantas.MelO mel produzido pela Irapu armazenado na colmeia, em alvolos grandes, conhecidos como potes de cera. Este mel muito procurado, pois lhe so atribudas propriedades medicinais.

Bor (Tetragona clavipes)

Abelha da famlia dosMelipondeos, seu nome original vem do Tupi Hebor, que significa: o que h de ter mel. J popularmente, aTetragona clavipes conhecida comoJataizo, Vor e Cola-Cola. Tambm conhecida pelos ndios da Reserva do Xingu, onde encontrada em abundncia. Os ndios Yudja a conhecem como Watawila; os Ikipeng ( Kticao), como Amputxigagem; os Sui, como Simbretx; e os Kaibi, como Tapemon. Diz a lenda que Bor uma substncia amarela e amarga encontrada nos ninhos dessa abelha, possivelmente por se notar grande quantidade de samora, sabur (plen), armazenada por estaabelha.ABor umaabelha sem ferrobastante agressiva, principalmente nas horas quentes do dia, quando se defende, valentemente, mordiscando a pele ou se enrolando nos cabelos de quem se atreve a chegar perto de sua colmeia. Apresenta deposio de prpolis como comportamento defensivo. Nidifica em ocos de rvores, de preferncia, vivas. Na regio do Rio Xingu e Sui missu, h grande quantidade de ninhos em Pequizeiros (Pequi).OcorrnciaAabelha Bor encontrada no Acre, no Amazonas, no Amap, na Bahia, no Esprito Santo, em Gois, no Maranho, em Minas Gerais, no Mato Grosso do Sul, no Mato Grosso, no Par, no Paran, no Rio de Janeiro e em So Paulo.MorfologiaOcorpo da abelha Bor alongado, com colorao marrom-escura. Possui as asas mais longas que a extenso do corpo. Lembra bastante a abelha Jata, s que maior. Da tambm receber o nome deJataizo.NinhoNo h canudo ou pito naentrada do ninhocomo ocorre com as outras meliponas. A entrada do ninho no muito grande e possui, em seu redor, camadas no muito espessas deprpolisendurecido. Ospotes de mel e plenso de tamanho mdio, em torno de 3 centmetros de altura. As clulas de cria encontram-se construdas, em forma helicoidal (caracol), e so revestidas com um invlucro de cerume, mais ou menos regular. uma espcie que possui clulas reais. Otamanho das colnias mdio ou grande.MelOmel da Bor bastante apreciado, embora seja um pouco azedo.

Guarupu (Melipona bicolor)

AGuarupu (Melipona bicolor) uma abelha social da subfamlia dos meliponneos, de ampla distribuio brasileira. Tambm conhecida pelos nomes deFura-Terra, Garapu, Graipu, Guaraipo, Guarapu e P-de-Pau. Essa espcie muito mansa, proporcionando um fcil manejo. A Guarupu apresenta poliginia, isto , mais de uma rainha no mesmo ninho, o que raro entre asabelhas sem ferro.Essaespcie muito rstica, mas com o fator feromonal em destaque. Necessita de lugares sombreados e alimentao, em igual proporo de gua e acar. Desta forma, ao desidratare o xarope, as Guarupus so beneficiadas com a umidade interna dacolmeia.MorfologiaAMelipona bicoloratinge at 9 mm de comprimento e possui colorao preta com a cabea manchada de amarelo, construindoninhos em rvores ocas, especialmente na base, e produzmel apreciado.OcorrnciaA abelha Guarupu encontrada no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em So Paulo, no Paran, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A Guaraipo da Regio Sul aMelipona bicolor schenckiou Guaraipo Negra e est includa na lista deespcies ameaadas de extino.

As rainhas da Melipona bicolorNa espcie de abelhas Guaraipo,h mais de uma rainha na colnia. Nem todas as operrias so irms, algumas so primas ou exibem outro grau de parentesco, visto que as mltiplas rainhas tendem a ser mes e filhas ou irms. Em compensao, para reforar os laos familiares, cada rainha parece cruzar com apenas um macho, isto garante a manuteno de sua gentica.A organizao social tpica da Guaraipo socolnias com 2 ou 3 rainhas e, s vezes, at 4 ou 5. J se viu essa caracterstica esporadicamente em outras espcies, mas no como padro da espcie. Ninhos comandados por mais de uma rainha so um trao mais comum em colnia de Vespas e de Formigas.Outro dado surpreendente da Guaraipo: as rainhas convivem em tranquilidade, sem grandes disputas, em um mundo onde a partilha de liderana no parece ser empecilho ao desenvolvimento do grupo.NinhoO ninho daMelipona bicolorfica rente ao solo, dentro de cavidades de rvores. Na serra do Rio Grande do Sul, a Guarupu nidifica tanto prximo ao cho quanto em alturas maiores, em proporo similar. A entrada do ninho, assim como da maioria das meliponas, feita com barro. No interior da colmeia, os favos tm uma disposio espiral, cobertos por um invlucro de vrias camadas de cerume. Ao redor do favo, esto os potes ovais onde ficam armazenados os alimentos (mel e plen).MelO mel desta espcie bastante saboroso.

Guiruu (Schwarziana quadripunctata)

AGuiruu popularmente conhecida comoAbelha-Mulata, Mulatinha, Abelha-do-Cho, Papa-Terra e Iruu-do-Cho. uma abelha social, dasubfamlia dos meliponneos. uma espciemuito mansa, visitante da copa das rvores. ASchwarziana quadripunctatanidifica no solo, emburacos no cho, ou emninhos de formigueiros abandonados. Os ninhos da Guiruu tanto podem ser encontrados a 30 cm do solo, como a 1,5m deste. Por isso, essa abelha precisa de uma melhor termorregulao de seu ninho para controlar a sua temperatura interna.OcorrnciaEsta espcie de abelha pode ser encontrada no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paran, em So Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Gois, no Esprito Santo e na Bahia.MorfologiaA abelha Guiruu mede cerca de17 mm de comprimentoe possui colorao negra, com abdome frequentemente avermelhado.NinhoCom j mencionado, a abelha Guiruu nidifica no solo. A entrada do ninho um pequeno buraco no solo, podendo ter uma pequena elevao de barro. Internamente, a entrada revestida de cerume. O ninho todo circundado por um invlucro que tem uma forma caracterstica. Os favos so em espiral ou paralelos. As clulas de cria so construdas sucessivamente, ou seja, ao mesmo tempo, h clulas em construo em vrios estgios, desde iniciais at o estgio final. Em colnias fortes, at 13 clulas so construdas simultaneamente.Uma caracterstica interessante dessa espcie que h rainhas pequenas, mdias e grandes. Em outras palavras, as rainhas podem ser criadas em clulas normais e/ou em clulas reais. Os machos podem aparecer em grande quantidade, permanecendo agrupados nos locais aquecidos do ninho. O alimento, como o mel e o plen, colocado em potes ovoides, de 3cm de altura. o mel muito saboroso. Alguns consumidores deste mel deixam o ninho enterrado no seu local de origem e de quando em quando recolhem o mel produzido.MelA Guiruu produz ummel de excelente qualidade e muito saboroso. Alguns meliponicultores deixam o ninho enterrado em seu local de origem, recolhendo o mel produzido periodicamente.

Manduri (Melipona marginata)

AMelipona marginata umaabelha social indgenado gnero Melipona, da subfamlia dos meliponneos. Essa espcie tambm conhecida pelos nomes deGuarapu-Mido, Taipeira, Tiba-Preta e Uruu-Mirim. Nidifica em ocos de rvore, ou em paredes de taipa. No entanto, adapta-se bem emcaixas racionais. A Manduri bastante agressiva e tem mandbulas bem fortes. Seu ataque intenso, mordiscando a vtima incansavelmente. Mas o ataque s ocorre se a abelha se sentir ameaada.OcorrnciaA abelha Manduri encontrada desde a Amrica Central at a Argentina. No Brasil, encontrada em Santa Catarina e em So Paulo.MorfologiaA Manduri uma abelha social indgena, de 6 a 7 mm de comprimento, com acolorao negra, provida de pelos grisalhos, com faixas amarelas onduladas no abdome.NinhoAs colnias da Manduri so pouco populosas, por volta de 300 indivduos. Conforme j dito, os locais de nidificao so principalmente ocos de rvore, podendo ocorrer tambm em paredes de taipa. A entrada tpica do ninho est no centro de estrias convergentes de barra, onde passa apenas uma abelha de cada vez.Essa espcie apresenta favos de cria horizontais ou helicoidais. No apresenta clulas reais. Em torno dos favos de cria, h um invlucro frequentemente bem desenvolvido. Nele, podem ser encontrados pedaos endurecidos de prpolis na forma de moeda. Estes geralmente so antigos. Os potes de alimento tm de 3 a 5cm de altura. O meio dos potes de alimento ou embaixo deles servem de refgios coletivos de rainhas virgens.MelAMelipona marginatagrande produtora de mel. Produz, em mdia,3 litros por vero. a maior produtora de mel, entre as abelhas sem ferro, se levar em considerao o nmero de operrias que no passa de 300.

Guira (Geotrigona mombuca)

AGeotrigona mombuca uma abelha social, mansa, popularmente conhecida comoGuira. uma espcie que nidifica abaixo do solo (constri ninhos subterrneos), provavelmente ocupando panelas de antigos sauveiros. De modo geral, oninho da abelha Guiraapresenta estrutura similar apresentada por outras espcies do mesmo gnero. As colnias daGeotrigona mombucapodem apresentar de 2.000 a 3.000 abelhas.OcorrnciaAabelha Guira encontrada em reas de transio entre o Cerrado e a Caatinga. bastante comum na Bahia, no Gois, no Maranho, em Minas Gerais, no Mato Grosso do Sul, no Mato Grosso, no Par, no Piau, em So Paulo e no Tocantins.MorfologiaA Guirapossui colorao negra e pilosidade clara, com as asas maiores que a extenso do corpo.NinhoAentrada do ninho da abelha Guira geralmente encontrada em cho batido. Geralmente, h entre trs e quatro guardas, na entrada da colmeia, protegendo-a durante o dia. Em torno dela ocorre deposio de torres de terra, gravetos e outros materiais. O orifcio de entrada circular, com um dimetro que varia de 0.85 cm a 1.20 cm. Em torno do ninho, h a presena de detritos, como partculas de barro, cascalho, folhas, paus e serragem, em uma pilha que alcana at 14 cm.

No perodo chuvoso, o depsito de paus aumenta bastante, pois isso protege o ninho das fortes chuvas. A entrada do ninho revestida por cerume, assim como o canal de ingresso. As clulas de cria so helicoidais. Nessa espcie tambm hclulas reais. O invlucro est presente nas clulas de cria e nos potes de alimento, que so grandes e cilndricos, e, em condies naturais, podem atingir 7 cm de altura.

Mel

A Guir produz ummel de boa qualidade.

Lambe-Olhos (Leurotrigona muelleri)

Aabelha Lambe-Olhos umaespcie nativa e corre risco de extino. uma abelha resistente s intempries, como calor, sol e chuva. Possui o ferro atrfico, que no se desenvolveu, portanto incapaz de picar. A forma de sedefender bastante conhecida: procura os olhos das pessoas a fim delamber a secreo que umedece o globo ocular. Em vrios estados brasileiros, essa abelha encontrada nas cidades, em tubulaes eltricas, ou em muros de tijolo baiano. Seu enxame , na maioria das vezes, mediano e pequeno. Da mesma forma, a produo de mel e o estoque de plen so processos muito lentos, j que uma abelha Lambe-Olhos bem pequenina.Apesar do seu tamanho, a defesa realizada por 3 a 4 operrias-guardas na abertura do tubo de entrada da colnia, que mede cerca de 0,5 cm de dimetro. Quando acontece a invaso de intrusos, como abelhas de outras colnias ou formigas, as operrias imediatamente retiram resina do depsito com as mandbulas e a grudam no invasor, imobilizando-o.OcorrnciaA Lambe-Olhos uma abelha encontrada na Bahia, no Esprito Santo, em Gois, no Maranho, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, no Paran, na Paraba, em Rondnia, em Santa Catarina, em So Paulo, no Tocantins, no Paraguai e no Peru.MorfologiaA abelha Lambe-Olhos considerada a menor abelha do mundo, com aproximadamente 1,5 milmetros. Possui a colorao do corpo negra, com asas maiores do que sua extenso corporal.NinhoA entrada da colnia daLeurotrigona muelleri um pequeno tubo, feito de cermen, de cor escura permitindo a passagem de mais de uma abelha. As operrias constroem potes, para armazenamento do plen e mel, ligeiramente ovalados e de colorao amarela clara, aparentemente com pouca mistura de resina e translcida, quase que exclusivamente de cera da prpria abelha. As clulas de cria so construdas, em forma de cacho, ligadas umas as outras por um pequeno pilar de cera. J as clulas novas com ovos e larvas em fase de alimentao so menores que as clulas j com casulos, isto com pupas.Tarefas de manuteno do ninho, cuidados com a prole, coleta de alimento e defesa so tarefas de grupos etrios de operrias, variando conforme s condies e s necessidades da colnia. Na medida em que as operrias envelhecem, vo mudando de atividade dentro da colnia.Clulas de criaQuando as clulas de cria esto prontas, a rainha inspeciona o seu interior. Enquanto isso, as operrias comeam a se inserir na clula e logo inicia a deposio de alimento por regurgitao. Em seguida, a rainha bota um ovo sobre esse alimento. Uma operria sobe na clula tratada, insere o abdmen nesta e comea fazer movimento de rotao comprimindo o colar da clula com as mandbulas e as pernas. Quando o colar completamente abaixado, outras operrias ajudam a terminar a operculao da clula. Aps a postura em uma clula tratada, a rainha segue em busca de outra clula onde todo processo repetido.Ciclo biolgico da colniaQuando h abundncia de recursos, a populao cresce, aumentam os estoques de alimento, bem como aumenta a produo de machos e rainhas virgens. J nos meses de escassez de recursos, os estoques so consumidos e a populao diminui consideravelmente. Quando a rainha me envelhece, novas rainhas so produzidas e ocorre a substituio da rainha me. As rainhas que emergem podem ser inicialmente mortas, mas uma finalmente aceita, enquanto a rainha velha atacada e morta pelas operrias

Marmelada Amarela (Frieseomelitta varia)

Aabelha Marmelada Amarela bastanteagressiva, quando ameaada, mas, aps algum tempo, geralmente se acalma. Ela sedefende depositando pelotas de prpolis pegajososobre quem a importuna. uma abelha quepode roubar o plen de outras espcies. Suacolmeia coberta com prpolis depositado pela prpria abelha. A cria produzida em clulas que encostam levemente umas nas outras ou so ligadas por um cabo pequeno de cerume, formando grupos parecidos com cachos. H clulas reais, inclusive formadas a partir de clulas comuns, na ausncia da rainha. Nesta espcie, as operrias nunca desenvolvem ovrios.MorfologiaComo o prprio nome diz, a abelha Marmelada Amarela possui colorao amarelada, com o corpo fino e asas maiores que a longitude do corpo. Como todas as abelhas da triboTrigonini, essa espcie possui oferro atrofiado.OcorrnciaA Marmelada Amarela uma abelha encontrada do sudoeste Mexicano ao sudeste Brasileiro, sendoencontrada em florestas da Amaznia, em vegetao de caatinga e no cerrado.NinhoEssa espcie nidifica em ocos de rvore, como aJatob. A entrada do ninho feita de prpolis, pequena, no saliente e permite que apenas uma abelha passe por vez. Em seu interior, h potes de mel ovoides, e clulas de cria levemente unidas umas s outras. As larvas de operrias perfuram a clula de cria vizinha e se apropria do alimento. No foi constatada a presena de operrias poedeiras. Os potes de plen so cilndricos ou cnicos, com cerca de 3 cm de altura e os potes de mel so ovoides, com cerca de 1,5 cm de altura. As colnias podem ser mdias ou grandes.

MelA abelhaFrieseomelitta variapossui um mel muito saboroso, bastante denso e viscoso, diferentemente da maioria dos outros tipos de mel de meliponneos.

Uruu (Melipona scutellaris)

Uruu uma palavra que vem do tupi eiru su, que nessa lngua indgena significa abelha grande. Essa nomenclatura est relacionada com diversas abelhas do mesmo gnero, encontradas no s no Nordeste, mas tambm na regio Norte. No Brasil, existe aUruu amarela(Melipona rufiventris), bem como aUruu Verdadeira ou Uruu do Nordeste (Melipona scutellaris).A tendncia, porm, a de reservar o termo Uruu para destacar o seu tamanho avantajado (semelhante Apis), pelaproduo de melexpressiva entre os melipondeos e pela facilidade do manejo, pois soabelhas mansas.Estudos j realizados mostraram o relacionamento da Uruu com a mata mida, que apresenta as condies ideais para as abelhas construrem seusninhos, alm de encontrarem, emrvores de grande porte, espcies com floradas muito abundantes, que so seus principais recursos alimentares, bem como locais de morada e reproduo.A Uruu (Melipona scutellaris) possui umapreferncia floral mais seletivado que as abelhas africanizadas, razo porque se encontram em vias de extino.OcorrnciaA abelha Uruu uma abelha sem ferro, nativa do Brasil, encontrada na zona da mata do litoral baiano e nordestino. Esta espcie prefere habitar locais midos, nidificando em rvores de grande porte.MorfologiaA Uruu possuicorpo robusto (marrom e preto), vrtice marrom-amarelado, com pelos abundantes amarelo-ruivos, frequentemente com alguns mais claros, cor de ouro. O clpeo, estrutura da cabea que liga as peas bucais, levemente convexo, e a face, relativamente estreita. Seu trax preto no dorso, com pelos densos e amarelo-dourados, e face ventral, com fina penugem acinzentada. O comprimento das operrias de 10 a 12 mm. A Uruu possui abdmen escuro, com cinco listras claras.NinhoOs ninhos da Uruu tmentrada tpica, sempre com abertura no centro de raias de barro convergentes. Da mesma forma, podemos encontrar ninhos, cujas raias de barro so elevadas e formam uma coroa, frequentemente voltada para baixo. Essa entrada, que d passagem para as abelhas, guardada por uma nica operria.No interior dacolmeia, encontramos vrias camadas (lamelas) de cerume, que formam o invlucro, material malevel resultante da mistura de cera produzida pelas abelhas misturadas com a resina que coletam nas plantas. Ocerume o material bsico utilizado em todas as estruturas que existem dentro do ninho.As abelhas sem ferro mantm a cria e o alimento em estruturas diferentes. Os ovos so colocados em clulas de cria, que contm todo o alimento larval necessrio para o desenvolvimento da larva.Vrias clulas de cria justapostas formam o favo, que pode ser horizontal ou mais raramente, helicoidal. Quando a abelha nasce, a clula de cria desmanchada e o cerume reaproveitado em outras construes no ninho.MelComo j vimos, a abelha Uruu do litoral baiano e nordestino destaca-se de outras abelhas da regio pelo seu porte avantajado ( do tamanho daApis melliferaou maior), pelagrande produo de mele pela facilidade de manejo, atividade que j era desenvolvida pelos povos nativos antes da chegada dos colonizadores.Com base nesses conhecimentos, vrios pesquisadores e meliponicultores dessa abelha tm se dedicado, com xito, ao trabalho de extenso e manejo, incentivando populaes rurais, assentados e curiosos na criao de abelhas nativas com caixas e mtodos de diviso simples.Os mis, que podem ser comercializados em litros, so mais lquidos que os de Apis. So usados como remdio, renda extra, ou mesmo, como um alimento melhor para as famlias. Nos trabalhos mais criteriosos, os criadores das abelhas so incentivados a retirar o mel, com bomba sugadora, o que diminui o manuseio e o desperdcio de mel no fundo das caixas, alm de evitar a morte de ovos e larvas. Tubuna (Scaptotrigona bipunctata)

Aabelha Tubuna, tambm conhecida comoMandaguari Tubuna, pertence ao grupo dasTrigonas (sem ferro). uma abelhabastante agressivaque, ao ser ameaada, solta um grude, principalmente nos cabelos, alm demordiscar a vtima com suas mandbulas. Pode viajar mais de 1 km procura de uma nova morada: caixas de madeira velha, ocos em arvore e muros. Essa espcie concentra suas atividades pela manh, evitando forragear nas horas mais quentes do dia. Seuninhotem oformato da entrada como um tubo, um funil ou uma trombeta.OcorrnciaA abelha Tubuna encontrada em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, em So Paulo, no Paran e em Santa Catarina.MorfologiaEssa espcie possui colorao negra e brilhante, com as asas bem negras, ou fumadas, e o abdmen negro, com 2 pontos na cor prata (ou 1 listra prata).NinhoA entrada do ninho da abelha Tubuna possui forma de funil e construda com cerume escuro. Essa espcie no fecha a entrada noite, como algumas meliponas o fazem. Os favos de cria so construdos helicoidalmente, mas tambm podem ser construdos horizontalmente. H construo de clulas reais.O invlucro de cerume, que envolve o favo de cria, pouco desenvolvido em relao as outras espcies de abelhas sem ferro. Os potes de alimento, mel e plen, podem atingir de 2,5 a 3,0 cm de altura e circundam o favo de cria. A colnia daScaptotrigona bipunctatapode alcanar uma populao de 2.000 a 50.000 abelhas.MelEmbora o seu pequeno porte, a Tubuna considerada umagrande produtora de mel.

Tatara (Oxytrigona tataira tataira)

Aabelha Tatara (Oxytrigona tataira tataira) uma abelha social, da subfamlia dos meliponneos, pertencente ao grupo das espcies sem ferro (Meliponinae). umaespcie agressivaque, ao se sentir ameaada,segrega um lquido custicona vtima. Por isso, conhecida pelos nomes deAbelha-Caga-fogo, Abelha-de-Fogo, Barra-Fogo, Bota-Fogo, Caga-Fogo e Mija-Fogo. Tambm bastante conhecida como |Tatara. Por ser uma espcie altamente defensiva, sua incluso em projetos de meliponicultura invivel.Alguns apicultores consideram a abelha Tatara umaespcie nociva para a abelha Apis mellifera, principalmente no perodo de escassez de alimento, pois a Tatara tem ohbito de saquear colnias enfraquecidas do gnero Apis.OcorrnciaA Tatara pode ser encontrada na Bahia, no Esprito Santo, em Minas Gerais, no Paran, em Santa Catarina e em So Paulo.MorfologiaA abelha Tatara pequena, altamente defensiva e pouco produtiva. Possui cerca de 5,5 mm de comprimento, cabea e abdome ferrugneos e o restante do corpo preto. Apresenta, nas glndulas mandibulares, secrees custicas que queimam o intruso. Os ferimentos causados por essa substncia assemelham-se a queimaduras, podendo levar dias para cicatrizar.Ninho

O ninho da tatara apresentava entrada caracterstica para a espcie, constituda aparentemente por cerume e com formato elipsoidal, sendo encontradas abelhas-guarda dispostas ao seu redor. Esta entrada comunicava-se diretamente com o tnel que d acesso a rea de cria. Esta caracterstica peculiar est relacionada aosistema de defesa da colnia.Favos de criaOs favos das Tataras so distribudos em blocos, construdos em forma de espiral, com uma rea total ocupada de 15,0 cm de largura por 12,0 cm de altura. Os favos de cria apresentam dimenses mdias de 5,87 cm de largura e 9,94 cm de comprimento. Estes so separados por pilares de 0,33 cm de altura mdia. H tambm um invlucro feito de uma fina camada de cerume, que separa a rea de cria dos potes de alimento.MelO mel desta espcie apresentou umidade de 26,0%, alm de presena de espuma, indicando a sua fermentao. Por isso, no um mel muito apreciado.

Mombuco (Cephalotrigona capitata)

A abelhaMombucomuito mansa, vivendo emcolnias grandes, localizadas em ocos de rvores. A entrada dos ninhos pouco visvel e de tamanho reduzido, no havendo tubo de entrada. Osfavos de criaso geralmentehelicoidais, mas tambm podem ser horizontais, ocorrendo clulas reais. Nesta espcie, ocorrem tambmrainhas miniaturas, provenientes de clulas de tamanho normal, como as usadas para a criao de operrias e machos. H um invlucro em torno das clulas de cria. Ospotes de alimentoso grandes, podendo ter cerca de 4 cm de altura. A populao dos ninhos de 1.000 a 2000 abelhas. Uma caracterstica muito importante da Mombuco que elanecessita de muita umidade interna na colnia. Quanto mais umidade, melhor para a colnia.OcorrnciaA Mombuco encontrada no Esprito Santo, em Minas Gerais, no Paran, em Santa Catarina e em So Paulo.MorfologiaACephalotrigona capitata apresenta comprimento total de 7,5 a 10 mm, com corpo em sua maior parte mate e preto, com as margens do mesonoto e os lbulos basais do escutelo amarelos. O abdmen vermelho, ou todo preto, com as margens apicais dos tergitos amareladas. As asas so consideravelmente mais compridas do que o corpo, esfumaadas e com nervuras ferrugneas.NinhoA abelha Mombuco nidifica em ocos de rvores, frequentemente bem prximo base. A entrada do ninho pequena e pouco visvel.MelSeu mel pouco saboroso.AmeaasO desmatamento e a urbanizao (inclusive a construo de estradas) so as principais ameaas a esta espcie, pois provocam a reduo da disponibilidade de locais para a nidificao, considerando que para isso so necessrias rvores ocas, com troncos avantajados, restringindo paralelamente os recursos florais disponveis. O desmatamento tambm provoca a fragmentao dos habitats, isolando populaes que podem se tornar inviveis do ponto de vista gentico, uma vez que a endogamia pode ter consequncias nefastas nos Meliponinae.

Mirim-Preguia (Friesella Schrottkyi)

Aabelha Mirim-Preguia uma espcie social,muito mansa e frgil. Recebe esse nome, porque inicia seu trabalho somente quando atemperatura se aproxima de 20C. Por isso, comea a trabalhar por volta das 10 da manh e para por volta das 15-16h. umaabelha bem pequena, um pouco maior que a Drosfila (uma espcie de mosca das frutas). Cadacolniaapresenta cerca de 300 abelhas. uma abelha muito importante napolinizao de rvores. Seu voo bastante diferenciado, pois, antes de pousar na flor, faz uma espcie dedana em zigue-zague.OcorrnciaA Mirim-Preguia encontrada na Regio Sudeste do Brasil (Esprito Santo, Minas Gerais e So Paulo) e no Paran. Morfologia uma espcie facilmente reconhecida pela cor cinza-opaca devido pilosidade do corpo.Mede aproximadamente 3mm, sendo uma abelha bem pequena.NinhoBem adaptada vida urbana, os locais de nidificao da Mirim-Preguia so ocos variados em muros de pedra, tijolos vazados, cabaas e ocos de rvores. O ninho possui sua entrada um pouco saliente, com apenas uma pequena abertura, feita com cera branca ou branco-amarelada. Esta fechada noite. No interior, as clulas de cria podem formar favos irregulares ou cachos, podendo ser helicoidais, horizontais ou no ter forma definida. As clulas de cria so construdas, simultaneamente, em baterias, mas a rainha fixa uma delas de cada vez, em sequncia, durante o processo de postura de ovos.O fechamento das clulas de cria feito por vrias operrias, usando as mandbulas e no a insero abdominal, como nas outras espcies de meliponas. A Mirim-Preguia produz pequenos depsitos de prpolis viscoso, puro. Os potes de mel e plen medem cerca de 0,5 cm de altura e so feitos com uma cera muito fina.As clulas reaisNesta espcie as rainhas so criadas em clulas de cria especiais, chamadas de clulas reais. Aps nascerem, muitas vezes so mantidas aprisionadas na colnia, em cmaras de cerume, para o caso de haver uma substituio de rainha do ninho ou um processo de diviso do ninho.MelProduzem pouca quantidade de mel.

Mirim-Guau (Plebeia remota)

APlebeia remota conhecida popularmente comoMirim-Guau, pertencente grande tribo das Trigonines. uma abelha pequena, tmida e no agressiva. Evolutivamente, localiza-se em um ramo filogeneticamente mais primitivo, em relao s outras abelhas sociais, e, por isso mesmo, tem algumas caractersticas muito peculiares. Produzprpolisde consistncia muito gosmenta, acumulada em montculos, e usada emergencialmente, quando ameaada, para imobilizar e empastelar os invasores.OcorrnciaAabelha Mirim-Guau encontrada em Minas Gerais, no Paran e em So Paulo.MorfologiaEssa espcie possui a colorao do corpo escura, com pilosidade clara. Mede aproximadamente 6 a 7 mm de tamanho.NinhoA Mirim-Guaunidifica em ocos de rvorese em barrancos, desde que os ocos sejam de tamanho apropriado e no aquecidos pelo sol em demasia. A entrada do ninho feita com prpolis e geralmente curta no exterior do ninho, no sendo fechada noite. Por ela passa apenas uma abelha. Durante as horas de atividade, a entrada guardada por uma abelha sentinela. As clulas de cria so horizontais ou helicoidais, ocorrendo tambm clulas reais. O invlucro est presente e apresenta de 1 a 3 membranas. As colnias apresentam tamanho mdio.O ninho construdo com discos de cria dispostos horizontalmente, cobertos por lamelas de cerume ou no. Para fixar as estruturas, a abelha Mirim-Guau constripilares de cerume, formando uma interessante trama. No inverno, nas regies frias, costuma interromper a postura, ocluir o orifcio de entrada e entrar em estado de diapausa (dormncia ou reduo importante do metabolismo).Ospotes de alimentoso semelhantes a um gro de uva, onde as operrias armazenam pequena quantidade de mel bem fluido, cido e saboroso, como a maioria dos meliponneos. Junto aos potes de mel, encontram-se os potes de plen muito nutritivo, de diversas cores, dependendo da florao da regio.MelA caracterstica domel da Mirim-Guau a alta acidez que, aliada s propriedades farmacolgicas, eficiente no tratamento das doenas respiratrias.

Mirim Droryana (Plebeia droryana)

Abelha rstica e resistente, aPlebeia droryana umaabelha social, pertencente subfamlia dos meliponneos. conhecida popularmente como Mirim Droryana, Abelha-Mosquito, Jata-Mosquito, Jata-Preta, Jati e Jati-preta. pequena e mansa. Possui uma mancha amarela em forma de gota, na frente da cabea, j o seu corpo escuro. Nidifica em fendas de rvores ocas e buracos nas rochas ou muros, desde que os ocos ou fendas sejam de tamanho apropriado e no aquecidos pelo sol em demasia.OcorrnciaAabelha Mirim Droryana encontrada na Bahia, no Esprito Santo, em Minas Gerais, no Paran, no Rio Grande do Sul e em So Paulo.MorfologiaA espcie possui colorao escura, com desenhos amarelos na cabea, e cerca de 3 mm de comprimento.NinhoA entrada doninho da abelha Mirim Droryana feita com prpolis e cerume de colorao branco-amarelada, quase transparente. A entrada possui menos de 1 cm e no fechada noite, porm, como tambm ocorre em outras espcies, se o ninho est em local escuro, o pito maior e direcionado para o lado da claridade. Frequentemente h duas entradas no mesmo pito, uma menor e circular, logo acima da entrada principal, e outra, que fica abaixo, com formato de fenda, que possibilita a passagem de 3 abelhas por vez, o que facilita a sua identificao. A populao da famlia normalmente de 2 a 5 mil abelhas por colmeia adulta.Asclulas de criaso horizontais ou helicoidais, tambm ocorrendo clulas reais. O invlucro est presente e construdo com cerume. A construo das clulas de cria suspensa no inverno, ou em uma parte dele. Nesta espcie, ocorremmachos normais ou gigantes, ambos so tratados da mesma maneira pelas operrias.MelAPlebeia droryanaproduzmel apreciado, porm escasso.


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