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Page 1: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

A “vida em A “vida em pecado”pecado”

Uma Uma concepção concepção

frente à frente à “Relação de “Relação de

Gêneros”Gêneros”

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CATECISMO DA CATECISMO DA IGREJA CATÓLICAIGREJA CATÓLICA

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A DEFINIÇÃO DE PECADOA DEFINIÇÃO DE PECADO(CEC 1852-1853)(CEC 1852-1853)

O pecado é uma falta contra a razão, a O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com falta ao amor verdadeiro para com

Deus e para com o próximo, por causa Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso, a certos bens. de um apego perverso, a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a Fere a natureza do homem e ofende a

solidariedade humana, foi definido solidariedade humana, foi definido como “uma palavra, um ato ou um como “uma palavra, um ato ou um

desejo contrários à lei eterna”.desejo contrários à lei eterna”.O pecado é uma ofensa a DeusO pecado é uma ofensa a Deus: :

““Pequei contra ti, contra ti somente; Pequei contra ti, contra ti somente; pratiquei o que é mal aos teus olhos” pratiquei o que é mal aos teus olhos”

(Sl 51,6).(Sl 51,6).

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Existe uma variedade de pecados?Existe uma variedade de pecados? ((CEC 1852–1853; 1873) CEC 1852–1853; 1873)

Pode-se distinguir os pecados segundo Pode-se distinguir os pecados segundo seu objeto, como em todo ato seu objeto, como em todo ato

humano, ou segundo as virtudes a humano, ou segundo as virtudes a que se opõe, por excesso ou por que se opõe, por excesso ou por

defeito, ou segundo os mandamentos defeito, ou segundo os mandamentos que eles contrariam. Pode-se também que eles contrariam. Pode-se também

classificá-los conforme dizem a classificá-los conforme dizem a respeito a Deus, ao próximo ou a si respeito a Deus, ao próximo ou a si

mesmo; pode-se dividi-los em mesmo; pode-se dividi-los em pecados espirituais e carnais, ou pecados espirituais e carnais, ou

ainda em pecados por pensamentos, ainda em pecados por pensamentos,

palavra, ação, ou omissãopalavra, ação, ou omissão..

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A raiz do pecado está no coração do A raiz do pecado está no coração do homem, em sua livre vontade, homem, em sua livre vontade,

segundo o ensinamento do Senhor.segundo o ensinamento do Senhor.

““Com efeito, é do coração que Com efeito, é do coração que procedem más inclinações, procedem más inclinações,

assassínios, adultérios, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos prostituições, roubos, falsos

testemunhos e difamações. São testemunhos e difamações. São essas coisas que tornam um essas coisas que tornam um

homem impuro”. homem impuro”. (Mt 15, 19-20)(Mt 15, 19-20)

No coração reside também a No coração reside também a caridade, principio das obras boas caridade, principio das obras boas

e puras, que o pecado fere.e puras, que o pecado fere.

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A PROLIFERAÇÃO DO A PROLIFERAÇÃO DO PECADOPECADO

(CEC 1865)(CEC 1865)O pecado cria uma propensão ao O pecado cria uma propensão ao pecado, gera o vicio pela repetição pecado, gera o vicio pela repetição

dos mesmos atos. Disso resulta dos mesmos atos. Disso resulta inclinações perversas que inclinações perversas que

obscurecem a consciência e obscurecem a consciência e corrompem à avaliação concreta do corrompem à avaliação concreta do

bem e do mal. bem e do mal.

Assim, o pecado tende a reproduzir-se Assim, o pecado tende a reproduzir-se e a reforçar-se, mas não conseguem e a reforçar-se, mas não conseguem

destruir o censo moral até a raiz.destruir o censo moral até a raiz.

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A tradição catequética lembra A tradição catequética lembra também que existem também que existem

“pecados que bradam ao céu”“pecados que bradam ao céu”

Javé disse: “O que foi que você Javé disse: “O que foi que você fez? Ouço o sangue do seu fez? Ouço o sangue do seu irmão, clamando da terra irmão, clamando da terra

para mim”para mim”

(Gn 4,10)(Gn 4,10)

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Então Javé disse: “O clamor contra Então Javé disse: “O clamor contra Sodoma e Gomorra é muito Sodoma e Gomorra é muito

grande, e o pecado deles é muito grande, e o pecado deles é muito grave”grave”

(Gn 18,20) (Gn 18,20)

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Javé disse: “Eu vi muito bem a miséria do Javé disse: “Eu vi muito bem a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu meu povo que está no Egito. Ouvi o seu

clamor contra seus opressores, e conheço clamor contra seus opressores, e conheço os seus sofrimentos. Por isso, desci para os seus sofrimentos. Por isso, desci para libertá-lo do poder dos egípcios e para libertá-lo do poder dos egípcios e para

fazê-lo subir desta terra, para uma terra fazê-lo subir desta terra, para uma terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel. O território dos cananeus, heteus, mel. O território dos cananeus, heteus,

amorreus, ferezeus, heveus, e jebuseus. O amorreus, ferezeus, heveus, e jebuseus. O clamor dos filhos de Israel chegou até mim clamor dos filhos de Israel chegou até mim e eu estou vendo a opressão com que os e eu estou vendo a opressão com que os egípcios os atormenta. Por isso, vá. Eu egípcios os atormenta. Por isso, vá. Eu

envio você ao faraó, para tirar do Egito o envio você ao faraó, para tirar do Egito o meu povo, os filhos de Israel”.meu povo, os filhos de Israel”.

(Ex 3,7-10)(Ex 3,7-10)

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(CEC 1868)(CEC 1868)O pecado é um ato pessoal. Além O pecado é um ato pessoal. Além disso, temos responsabilidades disso, temos responsabilidades

nos pecados cometidos por outros, nos pecados cometidos por outros, quando neles cooperamos:quando neles cooperamos:

• Participando neles direta e Participando neles direta e voluntariamente;voluntariamente;

• Mandando, aconselhando, Mandando, aconselhando, louvando ou aprovando esses louvando ou aprovando esses pecados;pecados;

• Não os relevando ou não os Não os relevando ou não os impedindo, quando a isso somos impedindo, quando a isso somos obrigados;obrigados;

• Protegendo os que fazem o mal.Protegendo os que fazem o mal.

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Assim, o pecado torna os homens Assim, o pecado torna os homens cúmplices uns dos outros, faz reinar, cúmplices uns dos outros, faz reinar,

entre eles, a concupiscência, a violência entre eles, a concupiscência, a violência e a injustiça. Os pecados provocam e a injustiça. Os pecados provocam

situações sociais e instituições situações sociais e instituições contrárias a bondade divina.contrárias a bondade divina.

As “estruturas de pecado” são a As “estruturas de pecado” são a expressão e o efeito dos pecados expressão e o efeito dos pecados sociais. Induzem as sua vitimas a sociais. Induzem as sua vitimas a

cometer, por sua vez, o mal. Em sentido cometer, por sua vez, o mal. Em sentido analógico, constituem um pecado social. analógico, constituem um pecado social.

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(CEC 1849- 1851; 1871-1872)(CEC 1849- 1851; 1871-1872)

Pecado é “uma palavra, um ato ou Pecado é “uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna”um desejo contrários à lei eterna”

(S. Agostinho)(S. Agostinho)

É uma ofensa a Deus, na É uma ofensa a Deus, na desobediência ao seu amor. Fere a desobediência ao seu amor. Fere a

natureza do homem e atenta natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. contra a solidariedade humana.

Cristo, na sua Paixão, revela Cristo, na sua Paixão, revela plenamente a gravidade do pecado plenamente a gravidade do pecado e vence-o com a sua misericórdia.e vence-o com a sua misericórdia.

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CATECISMO DA CATECISMO DA IGREJA CATÓLICAIGREJA CATÓLICA

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A LIBERDADE DO HOMEMA LIBERDADE DO HOMEM O que é a liberdade?O que é a liberdade?

(CEC 1730-1733; 1743-1744)(CEC 1730-1733; 1743-1744)

É o poder, dado por Deus ao homem, de agir e É o poder, dado por Deus ao homem, de agir e não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando

assim por si mesmo ações deliberadas. A assim por si mesmo ações deliberadas. A liberdade caracteriza os atos propriamente liberdade caracteriza os atos propriamente

humanos. Quanto mais faz o bem, mais humanos. Quanto mais faz o bem, mais alguém se torna livre. A liberdade atinge a alguém se torna livre. A liberdade atinge a perfeição quando é ordenada para Deus, perfeição quando é ordenada para Deus, sumo Bem e nossa Bem-aventurança. A sumo Bem e nossa Bem-aventurança. A

liberdade implica também a possibilidade liberdade implica também a possibilidade de escolher entre o bem e o mal. A escolha de escolher entre o bem e o mal. A escolha

do mal é um abuso da liberdade, que do mal é um abuso da liberdade, que conduz à escravatura do pecadoconduz à escravatura do pecado. .

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Que relação existe entre liberdade e Que relação existe entre liberdade e responsabilidade?responsabilidade?

(CEC 1734 –1737; 1745-1746)(CEC 1734 –1737; 1745-1746)

A liberdade torna o homem A liberdade torna o homem responsável pelos seus atos, na responsável pelos seus atos, na medida em que são voluntários, medida em que são voluntários,

embora a imputabilidade e a embora a imputabilidade e a responsabilidade de um ato responsabilidade de um ato

possam ser diminuídas, e até possam ser diminuídas, e até anuladas, pela ignorância, a anuladas, pela ignorância, a

inadvertência, a violência inadvertência, a violência suportada, o medo, as afeições suportada, o medo, as afeições

desordenadas e os hábitos. desordenadas e os hábitos.

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Porque é que o homem tem direito Porque é que o homem tem direito ao exercício da liberdade?ao exercício da liberdade?

(CEC 1738; 1747)(CEC 1738; 1747)

O direito ao exercício da liberdade é O direito ao exercício da liberdade é próprio de cada homem enquanto é próprio de cada homem enquanto é

inseparável da sua dignidade de inseparável da sua dignidade de pessoa humana. Portanto, tal direito pessoa humana. Portanto, tal direito

deve ser sempre respeitado, deve ser sempre respeitado, principalmente em matéria moral e principalmente em matéria moral e religiosa, e deve ser reconhecido religiosa, e deve ser reconhecido

civilmente, e tutelado nos termos do civilmente, e tutelado nos termos do bem comum e da justa ordem pública. bem comum e da justa ordem pública.

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Qual é o lugar da liberdade Qual é o lugar da liberdade humana na ordem da salvação?humana na ordem da salvação?

(CEC 1739-1742; 1748)(CEC 1739-1742; 1748)

O primeiro pecado enfraqueceu a O primeiro pecado enfraqueceu a liberdade humana. Os pecados liberdade humana. Os pecados

sucessivos vieram acentuar esta sucessivos vieram acentuar esta debilidade. debilidade.

““Mas foi para a liberdade que Cristo nos Mas foi para a liberdade que Cristo nos libertou” (libertou” (GalGal 5,1). 5,1).

Com a sua graça, o Espírito Santo conduz-Com a sua graça, o Espírito Santo conduz-nos para a liberdade espiritual, para nos para a liberdade espiritual, para

fazer de nós colaboradores livres da sua fazer de nós colaboradores livres da sua obra na Igreja e no mundo.obra na Igreja e no mundo.

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Ao analisarmos o conceito Ao analisarmos o conceito de pecado, deparamos de pecado, deparamos com vertentes que são com vertentes que são

variantes a pluralidade devariantes a pluralidade degêneros, acompanhado de gêneros, acompanhado de

uma compreensão uma compreensão antropológica de caráter antropológica de caráter

genérico, mas a genérico, mas a originalidade de cada originalidade de cada

pessoa, seja ela hétero ou pessoa, seja ela hétero ou homossexual.homossexual.

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Em primeiro lugar, todos concordamos em que Em primeiro lugar, todos concordamos em que à consciência é algo muito pessoal, íntimo, até à consciência é algo muito pessoal, íntimo, até

sagradosagrado. . ““Eu penso assim, é a que me diz a minha Eu penso assim, é a que me diz a minha

consciência”. consciência”. ““Isto não vou fazer: É contra minha consciência”. Isto não vou fazer: É contra minha consciência”. ““Não posso interferir nessa decisão, tenho que Não posso interferir nessa decisão, tenho que

respeitar a sua consciência”.respeitar a sua consciência”.””É um assunto muito pessoal, coisa de É um assunto muito pessoal, coisa de

consciência dele(a)”.consciência dele(a)”.

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Em segundo lugar, as Em segundo lugar, as “questões de consciência” “questões de consciência” não devaneios sobre puras não devaneios sobre puras teorias, mas são sempre teorias, mas são sempre

juízos de valor.juízos de valor.

“ “Está certo, está errado”.Está certo, está errado”.

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Sobre questões práticas, referentes ao Sobre questões práticas, referentes ao nosso modo pessoal de comportar-nosso modo pessoal de comportar-

nos, de escolher, de atuar, de decidir, nos, de escolher, de atuar, de decidir, de tomar ou não uma atitude, de nos de tomar ou não uma atitude, de nos

posicionarmos a favor ou contra posicionarmos a favor ou contra alguma coisa, questões concretas, alguma coisa, questões concretas,

que a nossa consciência deve julgar que a nossa consciência deve julgar como boas ou más. Quer dizer que como boas ou más. Quer dizer que

como é óbvio, não usarmos a palavra como é óbvio, não usarmos a palavra consciência para nos referirmos às consciência para nos referirmos às

idéias vagas, nem a atos ou atitudes idéias vagas, nem a atos ou atitudes sem nenhuma conotação moral.sem nenhuma conotação moral.

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Considerando a liberdade de escolha (liberdade Considerando a liberdade de escolha (liberdade humana ou livre-arbítrio), qualquer ação que humana ou livre-arbítrio), qualquer ação que

fazemos, projetamos a liberdade e a fazemos, projetamos a liberdade e a responsabilidade. Assim como há opções que responsabilidade. Assim como há opções que qualificam o momento, enquanto que outras qualificam o momento, enquanto que outras

influenciam na vida toda.influenciam na vida toda.Esta opção livre pode ser mudada em Esta opção livre pode ser mudada em

conversão e o arrependimento, a não ser que conversão e o arrependimento, a não ser que alguém assuma e pratique uma opção alguém assuma e pratique uma opção

fundamental negativa com intenção definitiva.fundamental negativa com intenção definitiva.

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““O homem O homem não é livre não é livre

porque pode porque pode escolher, escolher,

mas é livre mas é livre porque é porque é humano”.humano”.

(Antônio (Antônio Moser).Moser).

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Não podemos negar o pecado no nível Não podemos negar o pecado no nível de consciência pessoal, mesmo de consciência pessoal, mesmo

voltado para a dimensão voltado para a dimensão comunitária. O ato de isolar um comunitária. O ato de isolar um pecador nos torna muito mais pecador nos torna muito mais pecaminoso, pois estaremos pecaminoso, pois estaremos

utilizando um método retórico que utilizando um método retórico que chamamos de privatização moral, chamamos de privatização moral, esse aspecto procura camuflar as esse aspecto procura camuflar as

verdadeiras causas do pecado social.verdadeiras causas do pecado social.

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O mundo contemporâneo O mundo contemporâneo nos ensina que os nos ensina que os

escrúpulos de escrúpulos de consciência individual consciência individual não interessam mais a não interessam mais a

ninguém, e que a ninguém, e que a responsabilidade real responsabilidade real

reside no poder, no saber reside no poder, no saber e no ter, que não são e no ter, que não são

divididos com os outros.divididos com os outros.

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O O homossexualismo, homossexualismo,

como o como o pansexualismo, o pansexualismo, o

machismo, e machismo, e tantos outros tantos outros

“ismos”, trazem “ismos”, trazem consigo as marcas consigo as marcas

do pecadodo pecado. .

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Entretanto uma boa compreensão e acolhida Entretanto uma boa compreensão e acolhida pastoral pressupõe que fujam desse tipo de pastoral pressupõe que fujam desse tipo de enfoque: as pessoas. Neste particular, se é enfoque: as pessoas. Neste particular, se é verdade que o homossexualismo, isto é, a verdade que o homossexualismo, isto é, a exasperação da sexualidade por parte de exasperação da sexualidade por parte de

pessoas e de setores constituídos por pessoas e de setores constituídos por homossexuais, é uma perversão, é preciso homossexuais, é uma perversão, é preciso aceitar, igualmente, que também entre os aceitar, igualmente, que também entre os

heterossexuais existem semelhantes perversões. heterossexuais existem semelhantes perversões. Desvios e perversões não dependem da Desvios e perversões não dependem da

orientação sexual, mas da maneira como as orientação sexual, mas da maneira como as pessoas se constroem e como vivem.pessoas se constroem e como vivem.

Page 30: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

Os moralistas do Os moralistas do passado viam o passado viam o homem como homem como alguém que alguém que

continuamente continuamente opta, ora pelo bem, opta, ora pelo bem, ora pelo mal, onde ora pelo mal, onde todo o ato humano todo o ato humano seria fruto de uma seria fruto de uma opção, sempre de opção, sempre de novo solicitada e novo solicitada e

renovada.renovada.

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““Se temos de converter nossos Se temos de converter nossos corações, é preciso também corações, é preciso também converter nossas idéias acerca do converter nossas idéias acerca do pecado, idéias que atrofiam nossas pecado, idéias que atrofiam nossas consciências às dimensões da consciências às dimensões da salvação individual.” (Oraison, Marc) salvação individual.” (Oraison, Marc)

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CATECISMO DA CATECISMO DA IGREJA CATÓLICAIGREJA CATÓLICA

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QUAL É A RAIZ DA DIGNIDADE QUAL É A RAIZ DA DIGNIDADE HUMANA?HUMANA?

(CEC 1699 – 1715)(CEC 1699 – 1715)

A dignidade da pessoa humana A dignidade da pessoa humana radica na criação à imagem e radica na criação à imagem e

semelhança de Deus. Dotada de semelhança de Deus. Dotada de uma alma espiritual e imortal, de uma alma espiritual e imortal, de inteligência e de vontade livre, a inteligência e de vontade livre, a pessoa humana está ordenada pessoa humana está ordenada

para Deus e chamada, com a sua para Deus e chamada, com a sua alma e o seu corpo, à bem-alma e o seu corpo, à bem-

aventurança eterna. aventurança eterna.

Page 34: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

QUAIS SÃO AS FONTES DA QUAIS SÃO AS FONTES DA MORALIDADE DOS ATOS MORALIDADE DOS ATOS

HUMANOS?HUMANOS?(CEC 1749-1754; 1757-1758)(CEC 1749-1754; 1757-1758)

A moralidade dos atos humanos A moralidade dos atos humanos depende de três fontes: depende de três fontes: do objeto do objeto

escolhidoescolhido, ou seja, de um bem , ou seja, de um bem verdadeiro ou aparente; verdadeiro ou aparente; da da

intenção do sujeito que ageintenção do sujeito que age, isto é, , isto é, do fim que ele tem em vista ao do fim que ele tem em vista ao

fazer a ação; fazer a ação; das circunstânciasdas circunstâncias da da açãoação, onde se incluem as suas , onde se incluem as suas

conseqüências. conseqüências.

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QUANDO É QUE O ATO QUANDO É QUE O ATO É MORALMENTE BOM?É MORALMENTE BOM?

(CEC 1755-1756; 1759-1760)(CEC 1755-1756; 1759-1760)O ato é moralmente bom quando supõe, ao O ato é moralmente bom quando supõe, ao mesmo tempo, a bondade do objeto, do fim mesmo tempo, a bondade do objeto, do fim

em vista e das circunstâncias. O objeto em vista e das circunstâncias. O objeto escolhido pode, por si só, viciar toda a ação, escolhido pode, por si só, viciar toda a ação, mesmo se a sua intenção for boa. Não é lícito mesmo se a sua intenção for boa. Não é lícito fazer o mal para que dele derive um bem. Um fazer o mal para que dele derive um bem. Um fim mau pode corromper a ação, mesmo que, fim mau pode corromper a ação, mesmo que, em si, o seu objeto seja bom. Pelo contrário, em si, o seu objeto seja bom. Pelo contrário,

um fim bom não torna bom um um fim bom não torna bom um comportamento que for mau pelo seu objeto, comportamento que for mau pelo seu objeto, uma vez que o fim não justifica os meios. As uma vez que o fim não justifica os meios. As circunstâncias podem atenuar ou aumentar a circunstâncias podem atenuar ou aumentar a

responsabilidade de quem age, mas não responsabilidade de quem age, mas não podem modificar a qualidade moral dos podem modificar a qualidade moral dos

próprios atos, não tornam nunca boa uma próprios atos, não tornam nunca boa uma ação que, em si, é má.ação que, em si, é má.

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HÁ ATOS QUE SÃO SEMPRE ILÍCITOS?HÁ ATOS QUE SÃO SEMPRE ILÍCITOS?(CEC 1756-1761)(CEC 1756-1761)

Há atos, cuja escolha é sempre ilícita, Há atos, cuja escolha é sempre ilícita, por causa do seu objeto (por por causa do seu objeto (por

exemplo, a blasfêmia, o homicídio, o exemplo, a blasfêmia, o homicídio, o adultério). A sua escolha comporta adultério). A sua escolha comporta uma desordem da vontade, isto é, uma desordem da vontade, isto é, um mal moral, que não pode ser um mal moral, que não pode ser

justificado com os bens que justificado com os bens que eventualmente daí pudessem eventualmente daí pudessem

derivar. derivar.

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A MORALIDADE DAS PAIXÕESA MORALIDADE DAS PAIXÕESO QUE SÃO AS PAIXÕES?O QUE SÃO AS PAIXÕES?

(CEC 1762-1766; 1771-1772)(CEC 1762-1766; 1771-1772)

São os afetos, as emoções ou os São os afetos, as emoções ou os movimentos da sensibilidade – movimentos da sensibilidade –

componentes naturais da psicologia componentes naturais da psicologia humana – que inclinam a agir ou a não humana – que inclinam a agir ou a não agir em vista do que se percebeu como agir em vista do que se percebeu como bom ou como mau. As principais são o bom ou como mau. As principais são o

amor e o ódio, o desejo e o medo, a amor e o ódio, o desejo e o medo, a alegria, a tristeza e a cólera. A paixão alegria, a tristeza e a cólera. A paixão fundamental é o amor, provocado pela fundamental é o amor, provocado pela atração do bem. Não se ama se não o atração do bem. Não se ama se não o

bem, verdadeiro ou aparente. bem, verdadeiro ou aparente.

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AS PAIXÕES SÃO MORALMENTE AS PAIXÕES SÃO MORALMENTE BOAS OU MÁS?BOAS OU MÁS?

(CEC 1767-1770; 1773-1775)(CEC 1767-1770; 1773-1775)

Enquanto movimentos da Enquanto movimentos da sensibilidade, as paixões não são sensibilidade, as paixões não são

nem boas nem más em si mesmas: nem boas nem más em si mesmas: são boas quando contribuem para são boas quando contribuem para uma ação boa; são más, no caso uma ação boa; são más, no caso

contrário. Elas podem ser contrário. Elas podem ser assumidas pelas virtudes ou assumidas pelas virtudes ou

pervertidas nos vícios. pervertidas nos vícios.

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A CONSCIÊNCIA MORALA CONSCIÊNCIA MORAL  

O QUE É A CONSCIÊNCIA MORAL?O QUE É A CONSCIÊNCIA MORAL?(CEC 1776–1780; 1795–1797)(CEC 1776–1780; 1795–1797)

A consciência moral, presente no íntimo A consciência moral, presente no íntimo da pessoa, é um juízo da razão, que, da pessoa, é um juízo da razão, que,

no momento oportuno, ordena ao no momento oportuno, ordena ao homem que pratique o bem e evite o homem que pratique o bem e evite o mal. Graças a ela, a pessoa humana mal. Graças a ela, a pessoa humana

percebe a qualidade moral dum ato a percebe a qualidade moral dum ato a realizar ou já realizado,  permitindo-realizar ou já realizado,  permitindo-

lhe assumir a responsabilidade. lhe assumir a responsabilidade. Quando escuta consciência moral, o Quando escuta consciência moral, o

homem prudente pode ouvir a voz de homem prudente pode ouvir a voz de Deus que lhe fala.Deus que lhe fala.

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QUE IMPLICA A DIGNIDADE DA PESSOA QUE IMPLICA A DIGNIDADE DA PESSOA PERANTE A CONSCIÊNCIA MORAL?PERANTE A CONSCIÊNCIA MORAL?

(CEC 1780 – 1782; 1798)(CEC 1780 – 1782; 1798)

A dignidade da pessoa humana implica A dignidade da pessoa humana implica retidão da consciência moral (ou seja, retidão da consciência moral (ou seja, estar de acordo com o que é justo e estar de acordo com o que é justo e

bom, segundo a razão e a Lei divina). bom, segundo a razão e a Lei divina). Por causa da sua dignidade pessoal, o Por causa da sua dignidade pessoal, o homem não deve ser obrigado a agir homem não deve ser obrigado a agir contra a consciência e, dentro dos contra a consciência e, dentro dos

limites do bem comum, nem sequer limites do bem comum, nem sequer deve ser impedido de agir em deve ser impedido de agir em

conformidade com ela, sobretudo em conformidade com ela, sobretudo em matéria religiosa. matéria religiosa.

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COMO FORMAR A RETA E VERDADEIRA COMO FORMAR A RETA E VERDADEIRA CONSCIÊNCIA MORAL?CONSCIÊNCIA MORAL?

(CEC 1783-1788; 1799; 1800)(CEC 1783-1788; 1799; 1800)

A consciência moral reta e A consciência moral reta e verdadeira forma-se com a verdadeira forma-se com a

educação e com a assimilação da educação e com a assimilação da Palavra de Deus e do ensino da Palavra de Deus e do ensino da Igreja. É amparada com os dons Igreja. É amparada com os dons do Espírito Santo e ajudada com do Espírito Santo e ajudada com os conselhos de pessoas sábias. os conselhos de pessoas sábias.

Além disso, ajudam muito na Além disso, ajudam muito na formação moral a oração e o formação moral a oração e o

exame de consciência.exame de consciência.

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QUAIS AS NORMAS QUE A CONSCIÊNCIA QUAIS AS NORMAS QUE A CONSCIÊNCIA DEVE SEMPRE SEGUIR?DEVE SEMPRE SEGUIR?

(CEC 1789(CEC 1789))

Há três mais gerais: Há três mais gerais: 1) nunca é permitido fazer o mal porque daí 1) nunca é permitido fazer o mal porque daí

derive um bem; derive um bem; 2) a chamada 2) a chamada regra de ouroregra de ouro: “tudo quanto : “tudo quanto

quiserdes que os homens vos façam, fazei-quiserdes que os homens vos façam, fazei-lho vós também” (lho vós também” (MtMt 7, 12); 7, 12);

3) a caridade passa sempre pelo respeito do 3) a caridade passa sempre pelo respeito do próximo e da sua consciência, embora isto próximo e da sua consciência, embora isto não signifique aceitar como um bem não signifique aceitar como um bem aquilo que é objetivamente um mal.aquilo que é objetivamente um mal.

Page 43: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

A CONSCIÊNCIA MORAL PODE EMITIR A CONSCIÊNCIA MORAL PODE EMITIR JUÍZOS ERRÓNEOS?JUÍZOS ERRÓNEOS?

(CEC 1790–1794; 1801–1802)(CEC 1790–1794; 1801–1802)

A pessoa deve obedecer sempre ao juízo A pessoa deve obedecer sempre ao juízo certo da sua consciência, mas esta certo da sua consciência, mas esta

também pode emitir juízos errôneos, também pode emitir juízos errôneos, por causas nem sempre isentas de por causas nem sempre isentas de

culpabilidade pessoal. Não é, porém culpabilidade pessoal. Não é, porém imputável à pessoa o mal realizado por imputável à pessoa o mal realizado por

ignorância involuntária, mesmo que ignorância involuntária, mesmo que objectivamente não deixe de ser um objectivamente não deixe de ser um mal. É preciso, pois, trabalhar para mal. É preciso, pois, trabalhar para

corrigir os erros da consciência moral. corrigir os erros da consciência moral.

Page 44: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

O QUE SÃO OS VÍCIOS?O QUE SÃO OS VÍCIOS?(CEC 1866-1867)(CEC 1866-1867)

Os vícios, sendo contrários às Os vícios, sendo contrários às virtudes, são hábitos perversos virtudes, são hábitos perversos que obscurecem a consciência e que obscurecem a consciência e inclinam ao mal. Os vícios podem inclinam ao mal. Os vícios podem estar ligados aos chamados sete estar ligados aos chamados sete

pecados pecados capitaiscapitais, que são: , que são: soberba, avareza, inveja, ira, soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça ou luxúria, gula e preguiça ou

negligêncianegligência. .

Page 45: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

TEMOS RESPONSABILIDADE NOS TEMOS RESPONSABILIDADE NOS PECADOS COMETIDOS POR PECADOS COMETIDOS POR

OUTROS?OUTROS?(CEC 1868)(CEC 1868)

Existe esta responsabilidade, Existe esta responsabilidade, quando cupavelmente neles quando cupavelmente neles

cooperamos.cooperamos.

Page 46: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

O QUE SÃO AS ESTRUTURAS DE O QUE SÃO AS ESTRUTURAS DE PECADO?PECADO?

(CEC 1869)(CEC 1869)

São situações sociais ou São situações sociais ou instituições contrárias à lei instituições contrárias à lei

divina, expressão e efeito de divina, expressão e efeito de pecados pessoais. pecados pessoais.

Page 47: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

Desvios e perversões não Desvios e perversões não dependem da orientação dependem da orientação sexual, mas da maneira sexual, mas da maneira

como as pessoas se como as pessoas se constroem e como vivem.constroem e como vivem.

Page 48: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

A FÉ QUE A FÉ QUE PROFESSAMOS...PROFESSAMOS...

Page 49: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

EM NOSSOS ATOS, EM NOSSOS ATOS, ESPERAMOS, ESPERAMOS,

QUESTIONAMOS...QUESTIONAMOS...

Page 50: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

O QUE EXIGE DE NÓS O ACOLHIMENTO O QUE EXIGE DE NÓS O ACOLHIMENTO DA MISERICÓRDIA DE DEUS?DA MISERICÓRDIA DE DEUS?

(CEC 1846-1848; 1870)(CEC 1846-1848; 1870)

Exige o reconhecimento das nossas Exige o reconhecimento das nossas culpas e o arrependimento dos culpas e o arrependimento dos

nossos pecados. Pela sua Palavra e nossos pecados. Pela sua Palavra e pelo seu Espírito, o próprio Deus nos pelo seu Espírito, o próprio Deus nos revela os nossos pecados, dá-nos a revela os nossos pecados, dá-nos a

verdade da consciência e a esperança verdade da consciência e a esperança do perdão.do perdão.

Page 51: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros
Page 52: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

E AGORA [...]E AGORA [...]

O QUE FARÁ?O QUE FARÁ?

QUAL A SUA ESCOLHA?QUAL A SUA ESCOLHA?

DECIDA-SE !DECIDA-SE !

Pe. Marcos PauloPe. Marcos Paulo

Page 53: A vida em pecado Uma concepção frente à Relação de Gêneros

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAREFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA• MOSER,Antônio.MOSER,Antônio.O pecado:Do descrédito O pecado:Do descrédito

ao aprofundamento. ao aprofundamento. Petrópolis: Editora Petrópolis: Editora Vozes, 1996.Vozes, 1996.

• MOSER, Antônio. MOSER, Antônio. Teologia Moral:Desafios Teologia Moral:Desafios Atuais.Atuais. Petrópolis: Editora Vozes, 1991. Petrópolis: Editora Vozes, 1991.

• FAUS, Francisco. FAUS, Francisco. A voz da consciência.A voz da consciência. São Paulo: Quadrante Sociedade de São Paulo: Quadrante Sociedade de Publicações Culturais, 1996.Publicações Culturais, 1996.

• ORAISON, Marc. ORAISON, Marc. Psicologia e Sentido do Psicologia e Sentido do Pecado. Pecado. São Paulo: Edições Paulinas, 1971. São Paulo: Edições Paulinas, 1971.


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