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E por isso é que eu não estava muito entusiasmado com a ideia da praia, ainda para mais sabendo que o Pai tinha trazido a cobertura do barco.
A praia ficava a algumas horas de carro, e eu aproveitei a viagem para fazer uma sesta até lá chegarmos. E acreditem que não foi nada fácil, com toda aquela tralha metida na parte de trás da carrinha.
Acordei quando a carrinha começou a abrandar. Pensei que estávamos na praia, mas ainda nem sequer tínhamos chegado à ponte. Parecia que toda a gente tinha tido a MESMA ideia que nós.
PII I I PI I I I I FOM FOM
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Quando chegámos a uns quinhentos metros da ponte, percebi que o Pai estava a começar a enervar-se.
Ele ODEIA pontes, porque, por alguma razão, sente vertigens quando tem de atravessar uma ponte de carro.
A ponte para chegar à praia era daquelas que ficam suspensas muito acima da água, e tenho a certeza de que o Pai não queria nada ficar preso no trânsito em cima dela durante a próxima meia hora.
Então a Mãe disse ao Rodrick que ELE podia conduzir. O Pai encostou o carro e trocámos todos de lugar.
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O Pai ficou no meu lugar, lá atrás, para não ver a ponte a aproximar-se, e eu fiquei no lugar do Rodrick.
Quando o Rodrick se instalou no lugar do condutor, aproveitou-se da regra do Pai acerca do rádio e pôs heavy metal aos gritos. Eu percebi que aquilo não estava a ajudar nada a acalmar os nervos do Pai.
Estávamos a avançar a cerca de cinco quilómetros por hora. Parecia que íamos ficar presos na ponte durante mais tempo ainda do que eu tinha previsto, por isso resolvi abrir o pacote de aperitivos que o Rodrick tinha trazido do supermercado.
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Havia uma gaivota pousada no parapeito da ponte, junto à nossa carrinha, e ela começou a olhar-me fixamente.
Acho que tive um pouco de pena dela e atirei-lhe um aperitivo pela abertura do teto. Devo dizer que fiquei bastante impressionado quando ela o apanhou no ar.
GLUP
ATIRA
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Já ia atirar-lhe OUTRO aperitivo, mas a Mãe impediu-me.
Disse que as gaivotas costumam ser bastante agressivas e que dar-lhe «comida de pessoas» não era boa ideia.
Ela tinha razão na parte da agressividade, porque dois segundos depois a gaivota estava no teto da carrinha e dava para perceber que queria mais comida.
Atirei-lhe mais um aperitivo para tentar que ela se fosse embora, mas a gaivota não conseguiu apanhá--lo e ele voltou a cair dentro do carro.
AU-AU!!!
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Foi aí que as coisas ficaram mesmo FEIAS.
A gaivota saltou para DENTRO da carrinha e comeu o aperitivo que estava no chão.
Durante um segundo, ficámos todos em estado de choque por termos uma gaivota dentro da carrinha, e ninguém se mexeu.
A gaivota guinchou umas quantas vezes e depois tentou sair a voar por onde tinha entrado, mas falhou a abertura por alguns centímetros e bateu com a cabeça no teto.
GRITOS!
TÓING
MASTIGAMASTIGA
MASTIGA
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Nessa altura ficou completamente louca, a voar em círculos e a esborrachar-se contra as janelas. Estávamos todos em pânico e havia penas e aperitivos a voar por todo o lado.
Depois a gaivota viu o pacote dos aperitivos no chão e apanhou-o, gulosa. Mas eu arranquei-lho e agarrei-o com todas as forças. Toda a gente gritava para eu largar o pacote, mas eu não estava disposto a ceder.
GRITOS!
GUINCHOS! PUMBA
BONC
FLAP FLAP FLAP
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Finalmente, a gaivota venceu a nossa batalha mortal e voou diretamente pela abertura do teto, levando o pacote de aperitivos. Mas também não foi muito longe com ele.
Mais de metade dos aperitivos voltou a cair DENTRO da carrinha e, a partir daí, foi um pesadelo total.
BONC
TUM
BUM
CRASH TONG
PAFT
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Algumas das gaivotas voaram para a frente e o Rodrick ficou tão desnorteado que carregou no acelerador. Quando os pássaros finalmente desapareceram e as coisas acalmaram, tínhamos um problema inteiramente NOVO à nossa espera.
Acreditem ou não, as pessoas que estavam no carro da frente, em que nós batemos, eram bastante simpáticas.
Eram um casal e pareceram compreender que se tinha tratado de um acidente. Trocaram as informações do seguro com o Pai e nem sequer foi preciso chamar a polícia.
E se alguma coisa de BOM saiu desta situação é que acabou com a nossa ida à praia.
FSSSHHH
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ASSIM VAIS LONGE
ASSIM
VAIS
LONGE
O maior pesadelo do Greg está prestes a acontecer: a mãe organizou uma viagem de carro para toda a família, com a desculpa de que é a me-lhor forma de passarem tempo juntos. Não há nada que vá fazer o carro voltar para trás, nem mesmo a entrada em cena de um porco à solta ou um ataque de gaivotas assassinas. E quando parece que nada pode piorar a situação, o Greg descobre uma forma de deixar toda a gente à beira de um ataque de nervos. Pois é, Greg, ASSIM VAIS LONGE!
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