3Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
Governo doEstado de São Paulo
GovernadorJosé Serra
Secretário da SaúdeLuiz Roberto Barradas Barata
Hospital das Clínicasda Faculdade deMedicina da USP
Presidente doConselho Deliberativo
Marcos Boulos
SuperintendenteSuperintendenteSuperintendenteSuperintendenteSuperintendenteJosé Manoel de C. Teixeira
Diretor ClínicoDiretor ClínicoDiretor ClínicoDiretor ClínicoDiretor ClínicoJosé Otávio Costa Auler Júnior
Instituto de Ortopediae Traumatologia
Professores TitularesTarcisio E. P. Barros FilhoArnaldo Valdir Zumiotti
Olavo Pires de Camargo
Diretor CientíficoAlberto Tesconi Croci
Diretor ExecutivoLeonardo Ceccon
EditorOlavo Pires de Camargo
Cartas para a RedaçãoSandra Maria Silveira
Claudia Helena dos Santos
Instituto de Ortopediae Traumatologia
“Prof. F. E. Godoy Moreira”Rua: Dr. Ovídio Pires de
Campos, 333 - Tel./Fax: (11)3069-6815 / 3069-7900 - CEP
05403-010 - São Paulo – SP
FotosOlga Mendes Braga
José Roberto Caetano
Projeto e Execução
Tel. (11) 5181-6905www.agenciare9.com.br
Jornalista ResponsávelJornalista ResponsávelJornalista ResponsávelJornalista ResponsávelJornalista ResponsávelAntonio Luiz Mello Jr.
MTb 46.025 – SP
Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem: 6.000 exemplares
Distribuição Nacional
EditorialO destaque na reedição
deste artigo publicadoem 1957, é a figura do Prof.Lauro Barros de Abreu, Profes-sor Associado do Departamen-to de Ortopedia e Traumato-logia da Faculdade de Medici-na da Universidade de SãoPaulo. Foi um dos pioneiros na cirurgia da mão emnosso país, mostrando que muitos desses conceitos per-manecem até hoje.
A importante participação da Terapia Ocupacional doInstituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital dasClínicas da FMUSP, está demonstrada neste artigo,muito atual na adequação postural do paciente comcadeira de rodas.
Prof. Olavo Pires de CamargoEditor
Sumário
EXPEDIENTE
ARTIGO REEDITADOFixação óssea temporária no
tratamento das lesões
DISSERTAÇÃO DEFENDIDAEstudo da ação das neuregulinas
1-alfa e 1-beta na regeneração nervosa
ARTIGOAtuação da Terapia Ocupacional na
Adequação Postural em Cadeira de Rodas
DISSERTAÇÕES E TESES DEFENDIDAS
CURSOS E PROGRAMAÇÃO PARA 2008
04
11
15
17
19
4Julho - Dezembro 2008
Art
igo
re
ed
ita
do
AIMOBILIZAÇÃO da mão tem sido sempre
um problema difícil. O meio para imo-
bilizá-la (geralmente aparelho de gêsso),
ou não imobiliza suficientemente a região lesada;
ou imobiliza satisfatóriamente a região lesada,
mas imobiliza também outras partes da mão
que deveriam, ficar livres para se movimentar,
ou ainda, na pior das hipóteses, pode imobilizar
toda a mão, o punho, o cotovelo e, até mesmo
o ombro correspondente, sem imobilizar con-
venientemente a parte lesada.
Como é sabido a mão só deve ser imobilizada
durante o menos tempo possível e, sempre que
possível, parcialmente. As partes não lesadas
precisam ficar livres para que as articulações se
movimentem, evitando-se assim a rigidez
articular. Nas crianças isso não constitui pro-
blema; as articulações e os membros readquirem
rapidamente a função perdida. No entretanto,
no adulto e em pessoas idosas pode causar inca-
pacidade total e permanente; curada a lesão inicial,
a mão se torna atrófica e rígida, portanto inútil.
É por essa razão que se deve sempre insistir,
nos casos de fratura do punho e da mão, para
que os dedos, o cotovelo e o obro sejam
movimentados intensa e continuamente6.
Mesmo nas lesões de pequena gravidade,
quando se necessita imobilizar por pouco tempo,
a mão deve ser imobilizada em posição de
função6,19 (fig. 1), isto é, com os dedos em semi-
flexão, progressivamente mais acentuada do
indicador ao mínimo, o polegar também em
semi-flexão e oponência aos demais dedos,
punho em ligeiro desvio cubital e flexão dorsal.
São analisadas as dificuldades para
imobilização da mão, nas fraturas,nas artrodeses, nas osteotomias, nosenxertos ósseos e em outraseventualidades, e é recomendada aimobilizaçãso em <<POSIÇÃO DEFUNÇÃO>>, parcialmente e por
pouco tempo. Condenam aimobilização de <<tipo banjo>>.
Fig.1 - A posição de função da mão é a
posição de equilíbrio muscular perfeito,
aquela em que a mão fica durante o
sono. Evitar sempre a imobilização em
"banjo" é muito prejudicial.
Lauro Barros de Abreu, Weimar Zanon e Diomede Belliboni
Fixação óssea temporária noFixação óssea temporária noFixação óssea temporária noFixação óssea temporária noFixação óssea temporária noTRATAMENTO DAS LESÕES
Fixação óssea temporária noFixação óssea temporária noFixação óssea temporária noFixação óssea temporária noFixação óssea temporária noTRATAMENTO DAS LESÕES
Este artigo original, publicado pelo Professor Lauro Barros de Abreu, Weimar Zanon e Diomede Belibone,foi apresentado na reunião conjunta do Departamento de Ortopedia da Associação Paulista de Medicina eRegional da Sociedade Brasileira de ortopedia e Traumatologia. Nesta publicação de 1957, os autoreschamam a atenção sobre a importância da posição correta de imobilização da mão nas diversas patologiase situações clínicas. O mais espetacular da publicação é o conceito da imobilização parcial da mão, apenasdo segmento comprometido, e, sempre que possível, durante pouco tempo. Certamente, em nenhum outrosegmento corpóreo a reabilitação precoce é mais importante do que na mão. Este clássico de nossa históriacientífica proclama a fixação de áreas lesadas, pelo menor tempo possível, e mobilização das partes íntegras,para busca de um bom resultado funcional para a mão. O Professor Lauro inaugurou o grupo de Mão doDepartamento de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP. Seus conceitos, emitidos em 1957, ainda podemser considerados válidos como uma filosofia de tratamento.
Prof. Rames Mattar Júnior
5Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
Com objetivo de fazer imobilização seletiva,
sómente da parte lesada, tem sido usada a
fixação óssea. As outras partes continuam se
movimentando normalmente 26.
Geralmente essa fixação é feita com fio de
Kirschner, fino. As principais lesões que neces-
sitam imobilização são as fraturas. Além delas
existe um sem número de contingências na cirur-
gia reparadora da mão, nas quais a imobilização
óssea temporária presta grande serviço.
FRATURASA fixação óssea intramedular no tratamento
das fraturas, data de 1907, ocasião em que
Lambotte a usou pela primeira vez. Em 1918,
Hey Groves usou tipos diversos de hastes e
pregos. EM 1930, Kuntscher, a empregou no
fêmur, com o prego que tem o seu nome; Êsse
processo se difundiu muito durante a 2ª Guerra
Mundial e hoje é processo de aplicação corrente.
Em 1949, Rush começou a empregar este método
de osteossíntese 12. vom Saal preconizou a fixação
das fraturas da mão por meio de fio Kirschner,
em trabalho publicado em 1953 35.
Nas fraturas, principalmente nas expostas e
múltiplas, após limpeza cirúrgica cuidadosa 24,
deve-se fazer a fixação interna por meio de fio
Kirschner 5,10,18. Reconstitui-se assim, a arqui-
tetura da mão, facilitando os curativos e
possibilitando o movimento dos dedos desde o
início. Quando muito, coloca-se uma goteira de
gêsso por poucos dias.
Não se deve esperar, como se fazia antiga-
mente, a cicatrização da pele para tratar a fratura.
Nessa ocasião muitas fraturas já estão con-
solidadas em posição viciosa e o tratamento se
torna mais difícil. As lesões das partes moles e as
lesões ósseas devem ser tratadas simultâ-
neamente, com grande vantagem para o
resultado final 1,13. (Figs. 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9)
Podemos esquematizar do seguinte modo o
tratamento das fraturas da mão:
Indicações: a osteossíntese com fio Kirschner
(que é apenas um método, dentre os vários que
existem 19,20,27,32) é indicada nas fraturas abertas
Fig.2 - Esmagamento da mão
Fig.3 - Além das múltiplas lesões ósseas
evidentes nas radiografias, havia também
graves lesões vasculares. Apesar do
tratamento imediato e adequado, sobreveio
gangrena isquêmica. A mão teve que ser
amputada posteriormente.
6Julho - Dezembro 2008
Art
igo
re
ed
ita
do e múltiplas recentes, tanto dos metacarpianos,
como das falanges 15,16.
Nas fraturas fechadas ela é indicada quando
há necessidade de se evitar a imobilização
por meio do aparelho de gêsso e, principalmente,
nos indivíduos idosos 29,33ª.
Fig. 4 - Esmagamento da mão por cilindrode máquina de impressão.
Não deve ser feita a fixação interna nas fra-
turas obliquoas, nas fraturas graves cominutivas37,
quando houver infecção, quando houver perda
de pele que impeça o fechamento da ferida e
nas fraturas expostas de mais de 4 horas.
Fig.5 - Vista das lesões,na face palmar da mão
Fig.6 - Após a limpeza cirúrgica cuidadosa,foi feita a osteossíntese intramedularda falange, com fio de Kirschner. Em
conseqüência das deficiências de materialno momento da operação, a posição dos
fragmentos ficou muito a desejar.
Fig.7 - Boa consolidação,em posição aceitável.
7Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
Técnica: para as falanges a introdução do fio
de Kirschner se faz com perfurador manual, da
parte distal para a proximal, fazendo-se flexão
de 90º. Na articulação, o que facilita a redução
e introdução através do tendão extensor, até o
nível da outra articulação. (Figs. 6, 7, 8 e 9).
Material: fio de Kirschner fino ou agulhas. Deve-
se dobrar a extremidade externa do fio para que
não migre, protegendo-se o orifício com algodão
e colódio, que é retirado depois de 4 a 7 semanas.
Não se coloca aparelho de gesso. Nas fraturas
recentes não é preciso abrir o foco, introduzindo-
se o fio por via transcutânea após a redução da
fratura. Após a retirada do fio deve-se proteger
a pele com curativo por 24 horas.
Polegar: quase sempre há necessidade de mais
de um fio, porque o canal é muito largo e as
fraturas são geralmente cominutivas.
Metacarpianos: nos metacarpianos a fixação
pode ser intramedular (longitudinal) (fig. 3 e 10)
ou transóssea (transversal 2, 7, 8, 17, 25, 26, 28, 34, 40).
Pode se fazer a redução 6,38 e introduzir o fio sem
abrir o foco (fraturas simples). Pode-se usar fio
de Kirschner mesmo em fraturas comunitivas com
poucos fragmentos. Nestes casos é preciso abrir
o foco. Em fraturas oblíquas a introdução se faz
a céu aberto, por via retrograda. A introdução
do fio deve ser paratendinosa, na metade radial
da cabeça do metacarpiano, com flexão do dedo
de 90º. Se a fratura for de mais de um
metacarpiano, faz-se uma incisão entre os
mesmos, o que é suficiente para fixar os dois
metacarpianos. Coloca-se o fio com perfurador
até a base do metacarpiano. Se a fratura é na
base do fio deve fixar-se no carpo, o que não
traz prejuízo algum 13, 23, 27, 30. A remoção do fio
se faz depois de 4 semanas.
Anestesia: de preferência a local, fora do foco
de fratura para que a redução não se deforme e
dificulte a região.
Figs. 8 e 9 - Limitação ligeira da flexão eextensão da I.F.P do indicador. O paciente
voltou logo ao seu serviço e exerceperfeitamente suas funções, apesar da
gravidade da lesão inicial.
Fig.10 - Fratura exposta do II, IV e Vmetacarpianos. Redução imediata e fixação
intramedular com fios de Kirschner.
8Julho - Dezembro 2008
Art
igo
re
ed
ita
do
Cuidados gerais: iniciar logo a movimentação
ativa 13. A perfuração cutânea é protegida com
colódio. Se houver ligeira infecção local, admi-
nistrar antibióticos e não retirar o fio. A operação
deve ser feita sempre em sala cirúrgica, com todos
os cuidados de antissepsia. Não deve ser feita
em sala de curativos. Temos tratados por esse
processo muitas fraturas, não podendo-se relatar
os resultados definitivos por estarem os pacientes
ainda em observação. Além das fraturas
inúmeras são as indicações de fixações ósseas
temporária nas lesões da mão 13,23. Passemos em
revista as principais:
Artrodeses: nas artrodeses, tanto das articulações
carpo-metacarpianas (polegar) por ósteo-artrose,
seqüela de luxações fratura de Bennett, como das
Fig.11 - Artrodese da articulaçãointerfalangeana proximal do dedo mínimo:
fixação por meio de dois fios deKirschner cruzados.
Fig.12 - Fixação de osteotomia corretiva defalange, por meio de um fio de Kirschner.
metacarpo-falangeanas ou interfalangeanas
(artrite reumatóide, etc) há enorme indicação da
fixação por meio de fio de Kirschner 51 Êstes dão
fixação muito boa e asseguram uma boa
anquilose, mesmo sem enxerto ósseo.
Geralmente são usados dois fios cruzados 4,23
(fig.11). Nas articulações menores um só fio é
suficiente. Antes de se proceder uma artrose,
pode-se fazer imobilização de prova com fio
Kirschner. Sendo muito fino, a lesão que produz
nas superfícies articulares é insignificante e a
articulação não sofrerá se posteriormente não se
fizer a artrodese.
A perfuração cutâneaé protegida com colódio.Se houver ligeira infecção
local, administrar antibióticose não retirar o fio. A operaçãodeve ser feita sempre em sala
cirúrgica, com todos oscuidados de antissepsia.Não deve ser feita em
sala de curativos.
9Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
Osteotomias: na correção das fraturas
consolidadas em posição viciosa ou nas
osteotomias derrotativas 15 a fixação com fio de
Kirschner é muito útil (fig.12)
Fixação de enxerto ósseo: quando se faz
enxerto ósseo, é muito fácil a fixação com fio
Kirschner 23,23,28.
Contratura de adução do polegar: as
contraturas leves são tratadas facilmente, por
meio de aparelhos de tração elástica. Nas
contraturas graves em que o polegar, imobilizado
junto à palma da mão, é pràticamente inexistente,
é indispensável que após o tratamento cirúrgico
(plástica da pele, miotomias) a correção seja
mantida. E o melhor meio de manter essa
correção, facilitando os curativos e o tratamento
pós-operatório é a fixação intermetacarpiana
com fio de Kirschner 1,21,22,23. (Fig.13)
Fig.13 - Fixação intermetacarpiana por meiode fio Kirschner após correção cirúrgica de
contratura de adução do polegar.
Contratura de outros dedos geralmente após a
correção cirúrgica de graves deformidades,
conseqüentes queimaduras e outras lesões da
mão, é preciso manter a correção.
Para isso, um meio eficiente é a imobilização da
articulação em posição de função por meio de
fio Kirschner.
Quando se faz enxerto de pele, por exem-
plo, após corrigir as contraturas, é preciso
que a correção seja mantida pelo fio de Kirschner,
caso contrário o enxerto se dobra, mesmo
dentro do aparelho de gesso, e não se obtém o
resultado esperado.
Dedo em martelo: na deformidade do dedo
em martelo, que consiste na lesão do tendão
extensor ao nível da falange distal ou fratura da
falange distal junto à inserção do extensor, vários
tratamentos são preconizados.
Quando recente, faz-se a imobilização da falange
distal em hiperextensão, por meio de dedeira de
gêsso, goteira de alumínio, etc. Entretanto, é
comum a perda dessa posição. O meio mais
eficiente é a fixação das duas falanges em
hiperextensão por meio de um 30,31 ou dois 3 fios
de Kirschner passado longitudinalmente através
da articulação distal; o fio de Kirschner se apóia
na falange proximal, mantendo a interfalangeana
proximal em flexão 11,30,31.
Além dessas, em muitas outras eventualidades25,
como nas artrodeses do punho e mão. É muito
útil a fixação da extremidade distal do rádio e do
cúbito, por meio de um fio de Kirschner, para
bloquear os movimentos de prono-supinação8e9.
Este processo pode mesmo ser empregado nas
fraturas cominutivas do punho; assim se evita o
gesso até a axila, bastando a imobilização até o
cotovelo 14.
A finalidade desta comunicação é a de divulgar
um meio de fixação óssea simples, eficiente e
inócuo, quando indicado e executado com os
cuidados devidos 33,39.
Quando se faz enxerto depele, por exemplo, após
corrigir as contraturas, épreciso que a correção seja
mantida pelo fio de Kirschner,caso contrário o enxerto sedobra, mesmo dentro do
aparelho de gesso, e não seobtém o resultado esperado.
10Julho - Dezembro 2008
Art
igo
re
ed
ita
do RESUMO
Os AA. chamam a atenção para as dificuldades existentes na imobilização da mão.
Acham que a mão só deve ser imobilizada em "posição de função" e sempre que
possível, parcialmente e durante pouco tempo. Condenam de modo peremptório a
imobilização do "tipo banjo", que é muito prejudicial . Para imobilizar somente a
região lesada, possibilitando a movimentação das partes vizinhas, aconselham o uso
de fios Kirschner. Analisam as diversas indicações deste tipo de imobilização, nas
fraturas dos metacarpianos e falanges, nas artroses, nas osteotomias, nos enxertos
ósseos, nas contraturas do polegar e de outros dedos, no dedo em martelo e em
muitas outras eventualidades da cirurgia da mão.
SUMMARYThe AA.draw attention to the difficulties in immobilization of the hand. They believe
that the hand must be immobilized in "position of function" and whenever possible,
partially and for a short time. They are absolutely against the immobilization of the
"banjo type", that they consider very dangerous. For immobilization of the affected
part only, making possible the mobilization of the neighbour parts, they recommend
the use of Kirschner wire. They analyse the many indications of this type of
immobilization in fractures of metacarpals and phalanges, arthrodesis, osteotomies,
bone grafts, contractures of the thumb and fingers, mallet finger and in many other
circunstances in surgery of the hand.RESUMO
BIBLIOGRAFIA1)- ABREU. L.B. de - Princípios gerais da cirurgia da mão. Ver. Hosp. Clin. 12: 437-443, 1957. 2)- BERKMAN, E & MILES. G. H. - Internal fixation ofmetacarpal fractures exclusive of the thumb. J. Bone & Joint Surg. 25:816-821, 1943. 3)- BOHLER, J. - Treatment of fresh tendon injuries in hand and fingers.Resumo in VI Congr. Internat. S. I. C. O .T., Berna, 1954. Bruxelas, Melens, 1954. 4)- BOHLER, J. - Die Versorgung frischer handverletzungen mit BesonderesBercksiehtigung der sehnenverletzungen. Bruns* Beitr. Klin. Chir. 192:257-282, 1956. 5)- BOHLER, L. - Die Technik der Knochen-bruchbehandlung. Wien,Wilhelm Mau-drich, 1951, v. 1, p. 999. 6) - BROWN, R. K. & DIZIOB, J. M. - Fractures of the hand (metacarpal bones and phalanges). New York J. Med.42:1824-1832, 1942. 7)- BUNNEL, S. - The early treatment of hand injuries. J. Bone & Joint Surg. 33:807-811, 1951. 8)- BUNNEL, S. - Surgery of the hand.3.ª ed. Philadelphia, J. B. Lippincott, 1956. 9)- BUNNEL, S.HOWARD, L. D., JR. - Control of forearm rotation by Kirsch-ner wire. J. Bone & Joint Surg., 30A:992, 1948. 10)- BURNHAN, P. J. - Immediate treatment of the injured hand. J. Internat. Coll. Surgeons, 26:458-462, 1956 11)- CASSCELIS, s. w. &STRANGE, T. B. - Intramedullary wire fixation. J. Bone & Joint Surg. 39A:521-526, 1957. 12)- CLIFFORD, R. H. - Intramedullary wire fixation of handfractures. Plast. & Reconstruct. Sur. 2:366-371, 1953. 13)- CORDREY, L. J. - Intramedullary <<pull-out>> wire fixation in surgery of the hand. J. Bone &Joint Surg. 40A-232-233, 1958. 14)- DE PALMA A. F. C. - Comminuted fractures of the distal end of the radius treated by ulnar pinning J. Bone & Joint Surg.34A:651-662, 1952. 15)- ENDER, J.; KROTSCHECK, H. & SIMONWEIDNER, R. - Die Chirurgie der Handverletzungen. Wien, Springer, 1956. 16)- FOCKE,W. & MERG. E. - Behandlungsergebnisse bei Finger und Mittelhanfrakturen. Resumo in Surg. Gynec & Obst. 96:390, 1953. 17)- GEDDA, K. O. & MOBERG,E. - Open reduction and osteosynthesis of the socalled Bennett´s fracture in the carpometacarpal joint of the thumb. Actametacarpal joint of the thumb.Actaorthop. Scandinav, 22:249-257, 1953. 18)- HILL, E. J. - Reconstructive surgery of the hand. Plast. & Reconstruct. Surg. 2:354:365, 1953..19)- JAHSS,S. A. - Fractures of the proximal phalanges; alignment and immobilization. J. Bone & Joint Surg. 18: 726-731, 1936. 20)- JAHSS, S. A. -Fractures of themetacarpals. J. Bone & Joint Surg. 20:178-186, 1938. 21)- JOHNSON, E. - Fractures of the base of the thumb; a new method of fixation . Resumo in J. Bone& Joint Surg. 27:355, 1945. 22)- LITTLER, J. W. - Principles of reconstructive sugery of the hand. Am. J. Surg., 92:88-93, 1956. 23)- LITTLER, J. W.-Architectural principles of reconstructive hand surgery. S. Clin. North America 31:463-476, 1957. 24)- MASON, M & ALLEN H.- Treatment of compoundfractures of hand. S. Clin. North America 29:15-29, 1949. 25)- McCARROL,H. R. - Use of small threaded wires in treatment of fractures of upper extremities.Arch. Surg. 54:154:169, 1947. 26)- MENEGAUX, G. & DETRIE, P. - Treatment of fractures of base of first metacarpal. Presse med. 61:257-259, 1953. 27)-MURRAY, G. - Use of longitudinal wires on bones in treatment of fractures and dislocations. Am. J. Surg. 47:156-157.1957. 28)- PEACOCK, S. M., Jr. & ERLE,E. - Reconstructive surgery of hands with injured central metacarpophalangeal joints. J. Bone & Joint Surg. 38A:291-302, 1956. 29)- PICAUD, A J. -Proposition pour untraitement chirurgical des fractures spiroides à deux ou trios fragments des métacarpes. Resumo in Surg. Gynec. & Obst. 103:71, 1956.30)- PRATT, D. R. Internal splint for closed and open injuries of extensor tendon at distal phalanx of finger. J. Bone & Joint Surg. 34A:785-788, 1952. 31)-PRATT, R. D.; BUNNELL, S. & HOWARD, L. D., Jr. - Mallet finger: classification and methods of treatment, Resumo in Surg. Gynec & Obst. 105:381, 1957.32)- REDLER, I. - Fractures of the neck of the metacarpal. J. Bone & Joint Surg. 25:670-674, 1943. 33)- REGAN, J. R. - Injuries of the small bones. J. Internat.Coll. Surg. 27:197-209, 1957. 33a)- RIORDAN, D. C. - Fractures about the hand. South. M. J. 50:637-640, 1957. 34)- SAYPOL, G. M. & SLATTERY, L. R.- Observations on displaced fractures of hand. Surg. Gynec. & Obst. 79:522-525, 1944. 35)- SAAL, F. H. Vom - Intramedullary fixation in fractures of thehand and figers. J. Bone & Joint Surg., 35A:5-16, 1953. 36)- SMITH, C. H. - Compound fractures of the lingers. Ann. Surg. 119:266-273, 1944. 37)-SMITH, F. L. & RIDER, D. L. - A Study of the healing of one hundred consecutive phalangeal fractures. J. Bone & Joint Surg. 17:91-109, 1935. 38)- SUTRO.C. J. - Fractures of metacarpal and proximal manual phalanges; treatment witch emphasis on prevention of rotational deformities. Am, J. Surg. 81:327-332,1951. 39)- TUBIANA, R. - Fractures des metacarpiens et des phalanges. Ver. Prat. 6:3583-3588 1956. 40)- VALLS, J. E - Traumatismos de La mano;tratamiento. Buenos Aires, Ateneo, 1953. 41)- WHEELLER, R. D. - Treatment of fractures of the metacarpais and phalanges of the fingers. Resumo in J. Bone& Joint Surg. 4:623, 1922.
ABREU, L. B. de : ZANON, W. & BELLIBONI, D. - Fixação óssea temporáriano tratamento das lesões da mão. Rev. Hosp. Clín.13:297-303, 1958.
11Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
Dis
sert
açã
o D
efe
nd
ida
IntroduçãoAs lesões traumáticas do sistema nervoso
constituem um grave problema de saúde pública,
pois geralmente acometem indivíduos na idade
produtiva, demandam altos custos de internação
e reabilitação, longos períodos de afastamento
do trabalho e determinam grande número de
seqüelas.
A introdução de técnicas microcirúrgicas no
tratamento de lesões nervosas(1), o desenvol-
vimento de material específico (pinças, tesouras,
porta-agulhas, etc), o avanço da tecnologia da
microscopia, o treinamento especializado, ainda
não proporcionam a completa regeneração
neurológica, ocasionando déficits de sensibili-
dade e motricidade(2,3).
O afrontamento dos cotos lesionados seguido
de epineurorrafia sob visão magnificada, a
ausência de tensão excessiva, utilização de fios e
instrumental apropriados, constitui o padrão-ouro
de tratamento na fase aguda. Após este período,
não há a possibilidade da coaptação das
extremidades lesionadas sem proporcionar
tensão excessiva(4).
Nestas situações, a auto-enxertia, utilizando-
se o nervo sural, o cutâneo medial do antebraço,
o safeno, dentre outros, é amplamente empre-
gada. Esta técnica proporciona resultados aquém
dos padrões normais, sempre lesa estruturas
íntegras ocasionando seqüelas, como parestesias,
anestesias, hiperestesias, cicatrizes, neuromas e
dor crônica(5).
Uma alternativa promissora à auto-enxertia
é a técnica de tubulização, que consiste na intro-
dução das extremidades dos nervos em próteses
cilíndricas, objetivando o direcionamento axonal,
a proteção do cone de crescimento da fibrose
adjacente e a orientação longitudinal da neovas-
cularização. Ainda possibilita a contenção de
fatores neurotróficos endógenos e exógenos,
proporcionando também baixa morbidade e
diminuição do tempo cirúrgico(4).
As neuregulinas constituem uma família de
fatores de crescimento e de diferenciação respon-
sáveis por inúmeras funções no sistema nervoso(6).
Nas células de Schwann, as neuregulinas
promovem a proliferação, a diferenciação, a
sobrevivência, a maturação e a mielinização(7,8,9).
O objetivo do estudo é avaliar pela mor-
fometria a mielinização axonal de nervos ciáticos
de camundongos C57BL/6J, empregando-se
neuregulinas 1-alfa e 1-beta, utilizando-se a
técnica de tubulização.
Materiais e MétodosForam utilizados 18 camundongos machos,
com idade de 8 semanas, peso médio de 45g,
divididos em 3 grupos de 6 animais. Foi realizada
lesão segmentar de 4,0mm no nervo ciático
esquerdo. No grupo denominado Colágeno foi
implantado tubo de polietileno (Sigma®),
contendo apenas colágeno purificado (Vitrogen®,
Collagen Corporation, Palo Alto, CA, USA). Dois
outros grupos eram constituídos por Colágeno e
Neuregulina 1-alfa e Colágeno e Neuregulina
1-beta. A diluição adotada nestes grupos que
continham neuregulinas foi de 100 µg/ml, na
concentração de 250ng de neuregulina por
unidade. As neuregulinas foram adquiridas da
empresa R&D Systems Inc., Minneappolis, MN,
Estudo da ação das neuregulinas 1-alfa e 1-betaEstudo da ação das neuregulinas 1-alfa e 1-betaEstudo da ação das neuregulinas 1-alfa e 1-betaEstudo da ação das neuregulinas 1-alfa e 1-betaEstudo da ação das neuregulinas 1-alfa e 1-betana regeneração nervosa. Estudo experimentalna regeneração nervosa. Estudo experimentalna regeneração nervosa. Estudo experimentalna regeneração nervosa. Estudo experimentalna regeneração nervosa. Estudo experimental
em camundongos isogênicos (C57BL/6J)em camundongos isogênicos (C57BL/6J)em camundongos isogênicos (C57BL/6J)em camundongos isogênicos (C57BL/6J)em camundongos isogênicos (C57BL/6J)
Estudo da Estudo da Estudo da Estudo da Estudo da ação das neuregulinas 1-alfa e 1-betaação das neuregulinas 1-alfa e 1-betaação das neuregulinas 1-alfa e 1-betaação das neuregulinas 1-alfa e 1-betaação das neuregulinas 1-alfa e 1-betana regeneração nervosa. Estudo experimentalna regeneração nervosa. Estudo experimentalna regeneração nervosa. Estudo experimentalna regeneração nervosa. Estudo experimentalna regeneração nervosa. Estudo experimental
em em em em em camundongos isogênicoscamundongos isogênicoscamundongos isogênicoscamundongos isogênicoscamundongos isogênicos (C57BL/6J) (C57BL/6J) (C57BL/6J) (C57BL/6J) (C57BL/6J)Souza FI, Silva CF, Zumiotti AV
NÚMERO DE AXÔNIOS
Amostra denervo ciático
Controle ColágenoColágeno +Neuregulina
1-alfa
Colágeno +Neuregulina
1-beta
123456
433043344401435542914417
263524612847254828362786
291431073384340237843812
283732743549369138023764
12Julho - Dezembro 2008
Dis
sert
açã
o D
efe
nd
ida USA. O quarto grupo, designado Controle, foi
formado por seis segmentos de nervos ciáticos
direitos. Após quatro semanas, realizou-se
ressecção do tubo contendo o nervo regenerado
(Fig.1), onde se procedeu à contagem do número
total de fibras mielinizadas no ponto médio.
ResultadosAs contagens totais de axônios mielinizados,
na seção transversal do nervo ciático dos camun-
dongos estão apresentadas na Tabela 1.
Nas comparações entre as médias das
contagens, utilizou-se a Análise de Variância (três
amostras não relacionadas e com distribuição
paramétrica). Comprovou-se haver diferenças
significantes entre as médias das amostras
(grupos). As diferenças entre as médias foram
Figura 1. Exposição da prótese de polietilenocontendo cabo de regeneração (CR).
TABELA 1. Contagens de axônios, na seção transversal do nervo ciático dos camundongos, obtidas das amostrasControle (nervo íntegro) e obtidas dos nervos regenerados dentro dos tubos preenchidos com Colágeno, comColágeno e Neuregulina 1-alfa e com Colágeno e Neuregulina 1-beta.
NÚMERO DE AXÔNIOS
Amostra denervo ciático Colágeno
Colágeno +Neuregulina
1-alfa
Colágeno +Neuregulina
1-beta
MDP
EPMMAXMINN
K-SCVP
2685,5161,766,028472461
60,236,0
3400,5357,6146,038122914
60,1910,5
3486,2371,3151,638022837
60,2310,6
TABELA 2. Estatística descritiva do número de axônios contados na seção transversal do nervo ciático regeneradodas amostras obtidas dentro dos tubos preenchidos com Colágeno, com Colágeno e Neuregulina 1-alfa e comColágeno e Neuregulina 1-beta (nervo regenerado). Avaliação da normalidade pelo coeficiente de variação dePearson e pela prova de Kolmogorov-Smirnov. Comparação pela análise de variância ( =0,05).
Análise de VariânciaTukey
F=11,92Colágeno + Neuregulina1-alfa >Colágeno
p=0,0008*Colágeno + Neuregulina 1-beta >Colágeno
discriminadas, comparando-se as amostras, aos
pares, pelo teste de comparações múltiplas de
Tukey (Tabela 2). A Tabela 3 demonstra o
emprego do teste t de Student. Adotou-se o nível
de confiança de 5%. As diferenças estatisti-
camente comprovadas foram evidenciadas por
asteríscos (*) nas tabelas estatísticas.
13Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
TABELA 3. Estatística descritiva do número de axônios contados na seção transversal do nervo ciático dasamostras controle (nervo íntegro) e obtidas dos nervos regenerados dentro dos tubos preenchidos com Colágeno,com Colágeno e Neuregulina 1-alfa e com Colágeno e Neuregulina 1-beta. Avaliação da normalidade pelocoeficiente de variação de Pearson e pela prova de Kolmogorov-Smirnov. Comparação do grupo Controle ecada regenerado pelo teste t de student ( =0,05).
NÚMERO DE AXÔNIOS
Amostra denervo ciático
Controle ColágenoColágeno +Neuregulina
1-alfa
Colágeno +Neuregulina
1-beta
MDP
EPMMAXMINN
K-SCVP
4354,747,219,344174291
60,171,1
2685,5161,766,028472461
60,236,0
3400,5357,6146,038122914
60,1910,5
3486,2371,3151,638022837
60,2310,6
t de student
t de student
t de student
t=24,28 p 0,00*
t=6,48 p 0,00*
t=5,68 p=0,0002*
DiscussãoNas lesões de nervos periféricos, importantes va-
riáveis devem ser analisadas antes de se propor
o plano terapêutico, como extensão do dano teci-
dual adjacente, grau de ruptura epineural, pre-
sença de lesões associadas, especialmente
vascular, idade e estado geral do paciente(3,10).
O reparo neurolológico dever ser realizado na
fase aguda. A evolução para a fase crônica ou a
impossibilidade de afrontamento dos cotos ner-
vosos favorecem o mau prognóstico(11).
A tensão excessiva condena a resultados insatis-
fatórios, pois o aumento da pressão intraluminal
inibe a neovascularização, dificulta o fluxo axo-
plasmático, a atuação dos fatores neurotróficos,
a migração celular e o avanço do cone de
crescimento(12,13).
O padrão-ouro de tratamento desses casos é a
interposição de auto-enxerto eliminando a tensão
excessiva(1). Estes segmentos de tecido nervoso
não atuariam simplesmente como tubos vazios,
mas sim como depósitos de fatores neurotróficos
e eletrólitos(14).
Apesar de largamente empregada, esta técnica
propicia resultados aquém do desejado, pois o
cone de crescimento (nervo em regeneração) deve
transpor duas linhas de sutura em segmento hipo-
vascularizado, além da limitação da quantidade
de tecido doador. Associa-se também a situações
indesejáveis, como aumento do tempo cirúr-
gico, a necessidade de procedimentos anes-
tésicos adjacentes, hemorragias, dano a local
previamente normal ocasionando parestesia,
hiperestesia, anestesia, cicatrizes, neuromas e dor
crônica(4,14,15,16).
A técnica de tubulização é uma alternativa pro-
missora aos auto-enxertos, pois proporcionaria
o microambiente favorável ao direcionamento do
cone de crescimento, suporte à migração de
células de Schwann, macrófagos e fibroblastos,
possibilitando ausência de tensão excessiva nos
cotos, inexistência de dissecção associada e
diminuindo o trauma cirúrgico(17,18,19).
As neuregulinas são proteínas que, embora
pouco estudadas in vivo, têm papel fundamental
na estimulação de mitoses(20), no desenvolvi-
mento precoce a partir da crista neural, na sobre-
vivência, proliferação, crescimento, diferenciação,
migração, maturação e mielinização(6,7,21).
14Julho - Dezembro 2008
Dis
sert
açã
o D
efe
nd
ida
Referências1- Millesi H. Nerve grafting. Clin Plast Surg.1984;11:105-13. 2- JohnsonEO, Zoubos AB, Soucacos PN. Regeneration and repair of peripheral nerves.Injury. 2005;365:24-9. 3- Hall S. The response to injury in the peripheralnervous system. J Bone Joint Surg Br. 2005;87-B:1309-19. 4-Battiston B,Geuna S, Ferrero M, Tos P. Nerve repair by means of tubulization: literaturereview and personal clinical experience comparing biological and syntheticconduits for sensory nerve repair. Microsurgery. 2005;25:258-67. 5-Lundborg G, Rosén B, Dahlin L, Holmberg J, Rosén I. Tubular repair of themedian or ulnar nerve in the human forearm: a 5 year follow-up. J HandSurg Br. 2004;29:100-7. 6- Esper RM, Pankonin MS, Loeb JA. Neuregulins:versatile growth and differentiation factors in nervous system developmentand human disease. Brain Res. 2006;51:161-75. 7- Leimeroth R, LobsigerC, Lussi A, Taylor V, Suter V, Sommer L. Membrane-bound neuregulin I typeIII actively promotes Schwann cell differentiation of multipotent progenitorcells. Devel Biol. 2002;246:245-58. 8- Falls DL. Neuregulins and theneuromuscular system: 10 years of answers and questions. J Neurocytol.2003;32:619-47. 9- Lyons DA, Pogoda HM, Voas MG, Woods IG, DiamondB, Nix R, Arana N, Jacobs J, Taltot WS. erbB3 and erbB2 are essential forSchwann cell migration and Myelination in zebrafish. Curr Biol.2005;15:513-24. 10- Dahlin LB, Lundborg G. Use of tubes in peripheralnerve repair. Neurosurg Clin Nort Am. 2001;12:341-52. 11- Dadalt FilhoLG. Estudo experimental comparativo da reparação nervosa com suturasob tensão, enxerto de nervo e segmento de veia para alívio da tensão:avaliação morfométrica e biomecânica [tese]. Campinas: Faculdade deCiências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, 2001. 12- MeekMF, Coert JH. Clinical use of nerve conduits in peripheral nerve repair:review of the literature. J Reconstr Microsurg. 2002;18:97-109. 13- BelkasJS, Shoichet MS, Midha R. Peripheral nerve regeneration through guidancetubes. Neurol Res. 2004;26:151-160. 14- Suematsu N. Tubulation for
Observou-se que os grupos com adição de
neuregulinas possuíam maior quantidade de
fibras mielinizadas quando comparadas ao grupo
contendo apenas colágeno.
Cai et al. (22) (2004) publicaram estudo onde
tubulizaram perdas de 1,4 cm em nervo ciático
de ratos em próteses contendo matrigel e microfi-
lamentos com ou sem adição de neuregulina 1-
beta. Demonstram melhores resultados nas
associações entre neuregulinas e microfilamentos.
Enquanto Holmes et al. (23) (1992) e Kim et al. (24)
(1999) sugerem que o subtipo alfa é mais potente
que o beta, Jones et al. (25) (1999), ao pesquisarem
a especificidade e afinidade das neuregulinas aos
receptores erbB, afirmam que o subtipo beta é
mais potente que o alfa. Ambas as pesquisas
foram realizadas in vitro.
No presente estudo, não se demonstrou diferença
estatisticamente significante entre os subtipos 1-
alfa e 1-beta. A hipótese decorrente destes
resultados é que as neuregulinas estimulariam a
migração e mitose das células de Schwann,
desencadeando-se maior velocidade e qualidade
na regeneração nervosa.
ConclusãoAs neuregulinas 1-alfa e 1-beta promovem
melhora no processo de regeneração nervosa,
expresso pelo número de fibras nervosas
regeneradas.
peripheral nerve gap: its history and possibility. Microsurgery.1989;10:71-4. 15- Langone F, Lora S, Veronese FM, Caliceti P, Parnigotto PP, Valenti F, etal. Peripheral nerve repair using a poly(organo)phosphazene tubularprosthesis. Biomaterials. 1995;16:347-53. 16- Geuna S, Tos P, Battiston B,Giacobini-Robecchi. Bridging peripheral nerve defects with muscle-veincombined guides. Neurol Res. 2004;26:139-144. 17- Meyer RS, AbramsRA, Botte MJ, Davey JP, Bodine-Fowler SC. Functional recovery followingneurorrhaphy of the rat sciatic nerve by epineurial repair compared withtubulization. J Orthop Res. 1997;15:664-9. 18- Itoh S, Takakuda K,Kawabata S, Aso Y, Kasai K, Itoh H, Schinomiya K. Evaluation of cross-linking procedures of collagen tubes used in peripheral nerve repair.Biomaterials. 2002;23:4475-81. 19- Meek MF, Coert JH. Clinical use ofnerve conduits in peripheral nerve repair: review of the literature. J ReconstrMicrosurg. 2002;18:97-109. 20- Rosenbaum C, Karyala S, MarchionniMA, Kim HA, Krasnoselsky AL, Happel B, et al. Schwann cells express NDFand SMDF/n-ARIA mRNAs, secrete neuregulin and show constitutiveactivation of erbB3 receptors: evidence for a neuregulin autocrine loop. ExpNeurol. 1997;148:604-15. 21- Garrat AN, Britsch S, Biechmeirer C.Neuregulin, a factor with many functions if the life of a Schwann cell.BioEssays. 2000;22:987-96. 22- Cai J, Peng X, Nelson KD, Eberhart R,Smith GM. Synergistic improvements in cell and axonal migration acrosssciatic nerve lesion gaps using bioresorbable filaments and heregulin-B1. JBiomed Mater Res. 2004;69A:247-58. 23- Holmes WE, Sliwkowski MX,Akita RW, Henzel WJ, Lee J, Park JW, et al.Identification of heregulin, aspecific activator of p185erb52. Science. 1992;256:1205-10. 24- Kim D,Chi S, Lee KH, Rhee S, Kwon Yk, Chung Ch, Kwon H, Kang MS. Neuregulinstimulates myogenic differentiation in an autocrine manner. J Biol Chem.1999;274:15395-400. 25- Jones JT, Akita RW, Slwkowski MX. Bindingspecificities and affinities of egf domains for erbB receptors. FEBBS Lett.1999;447:227-31.
15Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
ATerapia Ocupacional é uma intervenção
direcionada para a aquisição de
resultados funcionais, promoção de
saúde e prevenção de seqüelas e incapacidades.
Utiliza-se das atividades e outros recursos
facilitadores para manutenção ou recuperação
do maior nível de independência possível do
indivíduo que possui dificuldade temporária ou
permanente para executar suas tarefas de auto-
cuidado, trabalho e lazer. O déficit na habilidade
para realizar as atividades de vida diária
geralmente ocorre devido a atraso do desen-
volvimento infantil, doença ou seqüela motora
de origem ortopédica, neurológica, advindas do
processo de envelhecimento e por vezes da
combinação de vários destes fatores.
Os Terapeutas Ocupacionais da Seção de Te-
rapia Ocupacional (TO) do Instituto de Orto-
pedia e Traumatologia do HCFMUSP atuam de
forma integrada com os médicos e colabo-
radores dos Grupos de Traumatologia, Mão
e Microcirurgia, Ombro e Cotovelo, Pró-
teses, Lesão Medular; Paralisia Cerebral,
Quadril, Pé e no Grupo de Adequação Pos-
tural em Cadeira de Rodas.
Ao prescrever uma cadeira de
rodas, deve-se levar em consi-
deração várias questões referentes
não só ao posicionamento do
sujeito no equipamento, mas
também a durabilidade do ma-
terial utilizado na produção do
mesmo, o modelo e tamanho da
cadeira, o tempo que o paciente
permanecerá sentado, as possi-
bilidades de exploração do am-
biente e as relações sociais que a
cadeira de rodas pode pro-
porcionar ao usuário. Além disso,
a cadeira de rodas tem que ser
vista de maneira ativa, pois ela é
a companheira de todas as horas
do paciente incapacitado para a
marcha, e precisa ser adequada
às necessidades uma vez que
temos alturas e pesos diferentes,
conformação anatômica variável
e capacidade motora diferenciada
conforme o diagnóstico.
Art
igoAtuação da TAtuação da TAtuação da TAtuação da TAtuação da Terapia Ocupacional na Adequaçãoerapia Ocupacional na Adequaçãoerapia Ocupacional na Adequaçãoerapia Ocupacional na Adequaçãoerapia Ocupacional na Adequação
PPPPPostural em Cadeira de Rostural em Cadeira de Rostural em Cadeira de Rostural em Cadeira de Rostural em Cadeira de RodasodasodasodasodasAtuação da Atuação da Atuação da Atuação da Atuação da TTTTTerapiaerapiaerapiaerapiaerapia Ocupacional na Adequação Ocupacional na Adequação Ocupacional na Adequação Ocupacional na Adequação Ocupacional na Adequação
PPPPPostural em ostural em ostural em ostural em ostural em Cadeira de RCadeira de RCadeira de RCadeira de RCadeira de RodasodasodasodasodasSimone Silva e Santos*, Carina Cristiane Cutrim, Aline Aparecida da Veiga
Augusto, Gislene Catarino**, Maria Cândida Miranda Luzo*
16Julho - Dezembro 2008
A adequação postural em Ca-
deira de Rodas é uma moda-
lidade de atendimento que foi
iniciada em agosto de 2005 pela
Seção de TO do IOT HC FMUSP,
mas foi somente no início de
2006 que as atividades se
intensificaram. Até julho de 2008,
331 cadeiras customizadas já
foram entregues e 20 pacientes
avaliados aguardam a chegada
de cadeiras de rodas que serão
adequadas às necessidades de
cada um deles.
Por se tratar de um recurso que
abre possibilidades e devido à
complexidade e o número de
fatores envolvidos na prescrição
de cadeira de rodas aos usuários,
o atendimento multidisciplinar,
como é realizado pelo Grupo de
Cadeira de Rodas do IOT, é
fundamental.
Os profissionais envolvidos
devem ter profundo conheci-
mento na aplicação de tecnologia assistiva
para atender às necessidades do indivíduo
com deficiência. Além disso, é necessário manter-
se atualizado em relação aos produtos disponíveis
no mercado, haja vista que a cada ano são
lançados inúmeros novos produtos. Uma boa
avaliação das necessidades do paciente e
possibilidades de uso das adaptações e equipa-
mentos torna-se essencial para a qualidade do
equipamento prescrito. Os atendimentos ambula-
toriais realizados pela equipe multidisciplinar
acontecem às segundas-feiras no período da
manhã. Os seguimentos para a prova e entrega
das cadeiras são realizados pela equipe de Tera-
peutas Ocupacionais do IOT às segundas-feiras
no período da manhã e às quintas-feiras no
período da tarde.
* T* T* T* T* Terapeuta Ocupacional - Seção de Terapeuta Ocupacional - Seção de Terapeuta Ocupacional - Seção de Terapeuta Ocupacional - Seção de Terapeuta Ocupacional - Seção de TO IOO IOO IOO IOO IOTTTTT-HCFMUSP-HCFMUSP-HCFMUSP-HCFMUSP-HCFMUSP** Alunas de Graduação do Centro Universitário São Camilo** Alunas de Graduação do Centro Universitário São Camilo** Alunas de Graduação do Centro Universitário São Camilo** Alunas de Graduação do Centro Universitário São Camilo** Alunas de Graduação do Centro Universitário São Camilo Figura 1: Modelo de cadeira de rodas adaptada
para paciente com necessidade de apoio lateralde tronco, apoio lateral de antebraço, cinto
pélvico e apoio de pés eleváveis.
Art
igo
Pro
gra
ma
ção
- 2
00
8
17Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
Dis
sert
açõ
es
e T
ese
s d
efe
nd
ida
s
Penna de Carvalho, M.O. - Estudo da recu-peração da função locomotora e histo-morfométrico da lesão medular em ratos:efeitos da metilprednisolona e do gan-gliosídeo G(M1) [dissertação]. São Paulo:Faculdade de Medicina da Universidade deSão Paulo; 2007. 123p.Orientador: Prof. Tarcisio E. P. Barros Filho.A metilprednisolona (MP) e o gangliosídeo GM-1são drogas de uso clínico estabelecido para otratamento da lesão medular em humanos, emborasua eficácia e seus mecanismos de ação ainda nãosejam totalmente entendidos. O objetivo do presentetrabalho foi avaliar os resultados da recuperaçãoda função locomotora e comparar com as alteraçõeshistomorfométricas da medula de ratos com lesãomedular medicados com MP; GM-1 e suaassociação. A lesão medular foi produzida pelosistema New York University® em 24 ratos Wistar,divididos em quatro grupos: controle (n=6), MP(n=6), GM1 (n=6) e MP+GM1 (n=6). A avaliação
da recuperação da funçãolocomotora dos ratos foirealizada utilizando-se aescala de BBB no 2º, 7º e14º dias após lesão medulare sacrificados no 14º diapara análise histológica emorfométrica de área total,área preservada e per-centual de área preservada.Concluímos que a MP e sua associação com o GM-1 mostraram-se eficazes na recuperação da funçãolocomotora e que todos os ratos medicadosdemonstraram melhora no percentual de áreapreservada superior ao grupo controle. Os GruposMP e GM1 foram superiores na preservação desubstância branca e o GM-1 demonstrou efeitosbenéficos na preservação de substância cinzenta nocentro da lesão. A substância cinzenta demonstrouser mais suscetível à lesão que a substância brancae não houve correlação entre os achados histo-lógicos e a recuperação da função locomotora.
Araf, M. - Estudos das lesões ligamentares econdrais nas fraturas articulares da extremi-dade distal do rádio: avaliação artroscópica[dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medi-cina, Universidade de São Paulo; 2008. 98p.Orientador: Prof. Rames Mattar JúniorAs fraturas da extremidade distal do rádio são muitocomuns em nosso meio, sendo a mais freqüente dopunho. Inúmeras pesquisas já foram realizadassobre o tema e é conhecida a importância daredução anatômica das fraturas intra-articulares;porém, a causa de insucesso no seu tratamentopode ser a associação de outras lesões, envolvendopartes moles e cartilagem. O objetivo foi realizaruma avaliação artroscópica para analisar aincidência das lesões ligamentares e condraisassociadas às fraturas intraarticulares daextremidade distal do rádio, correlacionado-a comclassificação AO/ASIF. Trinta pacientes, com idadeentre 20 a 50 anos, portadores de fratura fechadados grupos B e C da classificação AO/ASIF
foram selecionados. Todoseles foram submetidos àartroscopia do punho, paraabordar as lesões intra-articulares e para redução eosteossíntese da fratura.Observou-se uma altaincidência de lesões intra-articulares, sendo que 76,7%deles apresentavam lesão do complexo dafibrocartilagemtriangular, 36,6% do ligamentointrínseco escafo-semilunar, 6,6% do ligamentointrínseco semilunar-piramidal e 33,3% com lesãoda cartilagem articular maior que três milímetros.Pacientes portadores de fraturas tipo C daclassificação AO/ASIF apresentam uma incidênciamaior de lesões ligamentares associadas. Nãohouve relação entre a presença de lesãocartilaginosa e a classificação AO/ASIF das fraturasnesta casuística.
Dissertações e Teses defendidasDissertações e Teses defendidas
18Julho - Dezembro 2008
Dis
sert
açõ
es
e T
ese
s d
efe
nd
ida
s Maciel, R.R. - Propriedades mecânicas edensidade mineral óssea de ratas Wistarsubmetidas a programas de exercícios físicosroda e piscina [dissertação]. São Paulo:Faculdade de Medicina, Universidade de SãoPaulo; 2008. 91p.Orientadora: Profª Júlia M. D'Andrea GreveIntrodução: Programas de exercício físico têm sidorecomendados preventivamente para promoveruma maior modelação óssea. A escolha damodalidade de exercício físico, assim como amanipulação de variáveis do exercício durante osprogramas de treinamento físico é tema aindacontroverso. Incrementos de carga e presença deimpacto durante o exercício físico têm sido princípiosutilizados na maioria dos programas deexercício. Objetivos: Avaliar a eficiência de doismodelos de exercícios sem sobrecarga ou impactoe impacto mínimo. Método e material: Foramutilizadas 36 ratas Wistar, randomizadas em trêsgrupos: Grupo Roda (GR), Grupo Natação (GN) eGrupo Controle (GC). Os grupos foram treinados
durante 32 semanas, após asquais foram sacrificados.Resultados: Estudaram-se aspropriedades mecânicas datíbia e fêmur, a saber,momento de inércia, forçamáxima, flecha e tensão,assim como a densidade econteúdo mineral do ósseona tíbia, fêmur e coluna vertebral. Os resul-tados mostraram aumento da modelaçãoóssea, principalmente na coluna vertebral eaumento do conteúdo mineral ósseo. Houvetambém aumento das propriedades biome-cânicas das ratas treinadas comparadas com ogrupo controle. O GR apresentou maior mode-lação óssea quando comparado co o GN.Não houve correlações entre os ensaios mecâ-nicos e a densidade e conteúdo mineral ósseo.Conclusões: O modelo de exercícios empre-gado mostrou-se eficaz para promover maiormodelação óssea.
Barros, T.E.P. - Estudo eletromiográfico domúsculo masseter em indivíduos submetidosà cirurgia de terceiros molares inferiores[tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina,Universidade de São Paulo; 2007. 123p.Orientador: Dr. Reginaldo Perilo OliveiraA cirurgia de terceiro molar é um dos procedimentosmais realizados na área de cirurgia e traumatologiabucomaxilofaciais. A evolução pós-cirúrgica erabaseada em evidência clínica. No nosso trabalho,propusemos acompanhar a evolução pós-cirúrgicaatravés da utilização do eletromiografia desuperfície. Realizamos quatro tomadas, no pré-operatório, normalizando, e três no pós-operatório,7, 14, 21 dias, em amostra de 30 pacientes.
Observamos, no vigésimoprimeiro dia, recuperaçãopróxima da normalização nogênero feminino e aindaaquém no gênero masculino.Constatamos que a ele-tromiografia de superfície ésensível para controle daevolução pós-cirúrgica,demonstrando ser um método eficaz e seguro.e conteúdo mineral ósseo. Conclusões: O modelode exercícios empregado mostrou-se eficaz parapromover maior modelação óssea.
19Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
Ag
en
da
Centro de Estudos Godoy Moreira - CEGOMTelefone: (11) 3086-4106 • FAX: (11) 3086-4105E-mail: [email protected]
TEMA
Exercícios Resistidos - Prevenção e Reabilitação Mód. IIProfa Júlia Maria D'Andrea GreveEd. Físico Emmanuel Gomes CiolacSimpósio de Imagenologia Músculo-Esqueléticapara FisioterapeutasFt. Ana Paula MonteiroFt. Claudia Helena CernigoyFt. Raquel Xavier Rocha
PÚBLICO ALVO
Profissionaisda Saúde
Profissionaisda Saúde
DATA
07 e 08/11
28 e 29/11
Cursos programados
para 2008Cursos programados
para 2008
Maiores informações:Maiores informações: