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Page 1: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

Nº 911De 20 a 26 de setembro de 2009

EDIÇÃO NACIONAL

w w w . f o l h a u n i v e r s a l . c o m . b rw w w . f o l h a u n i v e r s a l . c o m . b rw w w . f o l h a u n i v e r s a l . c o m . b r

Estes senhores são donos da TV Globo. Uma herança quecresceu e se mantém sob acusações de fraudes, privilégios de

políticos e manipulações. Até quando eles continuarão impunes?

COMO A FAMÍLIA

MARINHO DESTRÓI O

BRASIL

EDIÇÃO ESPECIAL

PÁG. 10

João Roberto Marinho José Roberto Marinho Roberto Irineu Marinho

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TIRAGEM RECORDE

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2 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009 opinião

Sua participação – cartas, e-mails e fax com comentários, denúncias e opiniões – deve ser enviada para esta coluna com nome completo, legível e endereço que permita confi rmação. As cartas poderão sofrer, se necessário, modifi cações ou cortes, sem, no entanto, ter a ideia original alterada.

Correspondências: Rua do Bosque, 1.449 – Barra Funda – São Paulo – SP – CEP 01136-001 Fax.: (11) 2184-5651 - e-mail: [email protected] (as cartas e e-mails devem conter nome completo, cidade de origem e RG).

CARTAS

RECADO DA REDAÇÃOEsta edição especial da Folha Universal

é dedicada, em sua quase totalidade, a um único tema que interessa muito a você. A infl uência da "Rede Globo" na vida social e política do País ou como um grupo que

deteve, por décadas, o monopólio da comunicação prejudicou o Brasil. Criada e fortalecida através de ligações com a

Ditadura Militar, o regime que deixou o País sem liberdade por longos e tenebrosos 21 anos, a "TV Globo", da família Marinho,

assiste ao fi m de sua hegemonia e, acostumada a privilégios, demonstra que não sabe conviver com a livre concorrência. Nas páginas desta edição, mostramos como a

"Globo" recebeu injeção de dinheiro público, se apropriou de terrenos, também públicos,

envolveu-se em fraudes e falsifi cações, e manipulou o noticiário, principalmente

durante eleições. E, ainda assim, perde cada vez mais espaço na audiência para o avanço

da "TV Record". Boa leitura.

Leia a opinião do bispo Edir Macedona página 4i, do caderno Folha IURD

PARABÉNSSou espanhol e mudei para este

País bonito que é o Brasil. Como ca-tólico, me envergonho da posição de minha igreja em relação a alguns assuntos de interesse social, como sexualidade, aids, instrução, ciência médica, entre outros. Entretanto, eu leio a Folha Universal desde que cheguei ao Brasil e me surpre-ende a humanidade e racionalidade com as quais sua igreja trata estes assuntos. Seu jornal me oferece um ponto de vista realístico do que este

País está vivendo. Meus parabéns a toda a redação.

Santiago Jordá GonzalezNatal (RN)

INSEGURANÇA NO TRABALHOParabenizo a vocês pe lo

art igo do dia 23 de agosto (ed. 907), sobre insegurança no trabalho. É um assunto de grande importância para todos os trabalhadores. A matéria fi -cou maravilhosa e deixou vários

trabalhadores mais atentos quan-to aos seus direitos.

Giselle Rodrigues ReisBelo Horizonte (MG)

EXPANSÃO E BELIGERÂNCIAComo sempre, parabenizo por to-

das as matérias publicadas, sobretudo a “De tremer nas bases” (ed. 908). Eu era assíduo leitor da “Folha de S. Pau-lo”, agora sou da Folha Universal. Não perco nenhum número porque complementa meu crescimento

espiritual. Como os norte-america-nos são os maiores consumidores de cocaína, deveriam montar bases militares nas fronteiras deles, para não deixar sair dólares e não deixar entrar cocaína. Obama continua com o mesmo espírito de Bush, de expansão militar e beligerância.

Marcial Sanchez ClarosPetrópolis (RJ)

CAÇAS FRANCESESO acordo de R$ 4 bilhões entre

Lula e Sarkozy, para a compra, pelo brasileiro, de aviões de caça Rafale, precisa de maiores esclarecimentos à população, que, no final das contas, é quem vai pagar esta alta fatura. Todos sabemos que as Forças Armadas Brasileiras estão sucateadas e é preciso que se garanta a sobe-rania do País. Mas não podemos deixar de levar em conta que somos um País de muitas carências.

Fabio TavaresMarechal Hermes (RJ)

impressão: Ediminas S/A - MG - CIRCULAÇÃO: em todo o território nacionalA FOLHA UNIVERSAL NÃO SE RESPONSABILIZA PELAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS CARTAS DOS LEITORES. ELAS NÃO EMITEM, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO JORNAL. TAMBÉM NÃO SE RESPONSABILIZA PELA AUTENTICIDADE DOS ANÚNCIOS PUBLICADOS.

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• Rio Branco/AC - Tel.: (68) 3224-6051 • Macapá/AP - Tel.: (96) 3223-6248 • CENTRO-OESTE - Goiânia/GO - Tel.: (62) 4008-7400 • Cuiabá/MT - Tel.: (65) 3623-0373 • SUL Curitiba/PR - Tel.: (41) 3025-5700

Diretor Geral: SIDNEY S. COSTA Diretor de redação: JERONIMO ALVES Supervisão editorial: DOUGLAS TAVOLARO E LEANDRO CIPOLONI

Chefe de redação: CELSO FONSECA Subeditores: LYGIA REBELLO, FELIPE GIL E MÔNICA SOARES

Diretor de arte: VAGNER SILVA

Matriz: Estrada Adhemar Bebiano, 3610 - Inhaúma

Rio de Janeiro - RJ_CEP 20766-720 Departamento Comercial

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Redação:Rua do Bosque, 1449 - Barra Funda - São Paulo - SP_CEP 01136-001

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TIRAGEM COMPROVADA PELA BDO TREVISAN

AUDITORES INDEPENDENTES

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3DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009entrevista

10 PERGUNTAS paraPAULO RAMOS

1 – O senhor acha a quebra do monopólio da audiência é saudável para o País?

Durante muitos anos as “Organizações Globo” tiveram uma hegemonia muito grande e isto não permite a diversifi cação da informa-ção. O monopólio é uma perversidade para a democracia. É preciso que haja a concorrência e que se tenha uma multiplicação dos meios de comunicação. A televisão é veículo muito importante e é preciso que haja a competição para que a população receba informações de fontes variadas. A “Globo” se habituou a ter o controle do poder político em função dos índices de audiência. Na medida que os índices caem, diminui a infl uência dela.

2 – Qual a relação e o poder da mídia às vés-peras de uma eleição?

Quando deputado fe-deral, eu fi z um levantamento de tudo que a “Globo” controlava, como as repe-tidoras nos estados e municípios. Chega-mos à conclusão que ela determinava o fato histórico e tinha o poder de adulterar a informação depois do acontecido. E esta situação confere um superpoder que não interessa à democracia.

3 – O senhor acompanhou o caso Proconsult, a suposta tentativa de fraude na eleição do Brizola, em 82. Isto realmente ocorreu?

Aconteceu e foi comprovada a

participação do “Sistema Globo”. E, embo-ra tenha tudo fi cado evidente e comprova-do, ninguém foi responsabilizado.

4 – O senhor acha que a “Globo” segue tentando infl uenciar nos destinos políti-cos do País?

Com certeza absoluta. Não é à toa que a “Glo-bo” decide seu modelo de satanizar quem quer e

endeusar àqueles que vão de encontro com seus interesses. Mas o interesse da “Globo” nunca é o mesmo da democracia, por isto, não interessa à população.

5 – Isso ainda acontece?Claro, e inclusive durante a última elei-

ção à prefeito no Rio de Janeiro não con-cordei com as regras que a “Globo” queria impor e determinar quem iria participar dos debates. Queria selecionar o debate confor-me seus interesses. A legislação diz que todo partido que tem representação no Congresso Nacional tem direito de participar. Como

Como se não bastasse a infl uência no cenário po-lítico nacional desde a Ditadura, a “TV Globo”

é acusada de utilizar seu pode-rio de mídia para eleger quem é do seu interesse. Em entrevista à Folha Universal, o deputado estadual Paulo Ramos, do Rio de Janeiro, líder do Partido De-mocrático Trabalhista (PDT), e deputado federal por dois man-datos, fala de suas investigações sobre as “Organizações Roberto Marinho”, como a compra do Projac com dinheiro da Caixa Econômica Federal.

Deputado estadual fala como a quebra do monopólio da emissora contribui para a liberdade do País

“GLOBO É ANTIDEMOCRÁTICA”

a população irá opinar se a “Globo” quer dar as regras. Isto é antidemocrático, mas a “Globo” é antidemocrática.

6 – Na grande maioria da vezes, os políticos se intimidam com a “Rede Globo”? Há o medo de fi car de fora da programação, como aconteceu com ex-prefeito do Rio, Saturnino Braga?

Há dois comportamentos: de dependên-cia e de submissão.Também fi quei impedido de ser entrevistado pela “Globo” quando fi z a CPI da compra do Pro-jac. A emissora procura colocar o parlamentar no anonimato e sepultam a atuação dele. Há casos em que existe uma verdadeira perseguição. Por isto, já fi z ato público em frente à “Globo”, chamando: “É roubo, é roubo é tudo Rede Engodo”, como também um ato em frente ao IBOPE, o orgão de pesquisa preferencial do “Globo”.

7 – Há no cenário político alguém que conseguirá incomodar o poderio

da “Globo” como Leonel Brizola, que se elegeu governador do Rio Janeiro, em 82, e se reelegeu, em 1990, mesmo contra a vontade do grupo?

A contribuição de Brizola foi para desmas-carar o “Sistema Globo” e hoje se percebe nas pessoas uma rejeição a qualquer esforço da “Globo” de divulgar qualquer informação que não corresponda ao desejo da população. Na dimensão da política de Brizola, ainda não surgiu ninguém com uma coragem tão gran-de. Como denunciamos, a compra do Projac foi feita com investimento da Caixa Econômi-ca Federal, por U$ 39 milhões (R$ 70,4 mi-lhões), através de uma linha de crédito a juros bem menores do que o captado no mercado.

8 – O senhor acredita que a “Globo“ elegeu Collor e o retirou da Presidência da República? A “TV Globo” teve partici-pação intensa na campanha, em 1989?

O Collor foi candidato da “Globo” e criou um partido para concorrer naquela eleição. Mas é bom lembrar que depois de eleito, Collor rompeu com Roberto Marinho, porque o Collor estava construindo uma rede nacio-nal de televisão e todas as concessões da “Glo-bo” iam vencer em 1993, ainda no governo dele. Ninguém no Brasil é destituído do poder por causa de corrupção. Havia a corrupção no governo de Collor, inclusive também votei pelo impeachment, mas, a “Globo” realmente tinha outros interesses. Ela queria inviabilizar o surgimento de uma nova rede. E dependen-do de um comportamento da “Globo”, Collor poderia não renovar as concessões.

9 – Como está o andamento da CPI do Projac? O que foi descoberto?

Ficou comprovado que a Caixa Eco-nômica Federal benefi ciou a “Globo” com a construção do Projac.

10 – O senhor pre-tende continuar in-vestigando as “Orga-nizações Globo”?

Não tenho outra al-ternativa, pois defendo a democratização da infor-mação. Defendo que se deva pulverizar no contro-

le dos meios da comunicação. A concentração faz mal à democracia. Em países verdadeira-mente democráticos isso não acontece. As ati-tudes da “Globo” são perniciosas. São muitas denúncias contra ela, e a gente vai remando e acreditando no fi m da impunidade.

O MONOPÓLIO É UMA

PERVERSIDADE PARA

A DEMOCRACIA. É

PRECISO QUE HAJA

A CONCORRÊNCIA

ASC

OM

Por Alice [email protected]

A GLOBO SE HABITOU

A TER O CONTROLE DO

PODER POLÍTICO EM

FUNÇÃO DOS ÍNDICES

DE AUDIÊNCIA

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SETE DIAS 4 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009

aconteceu

Um relatório inédito da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aponta: a taxa de aci-dentes fatais na aviação regular do Brasil está mais de quatro vezes acima do padrão mun-dial. O índice de tragédias no País foi de 1,76 para cada 1 milhão de voos entre 2004 e 2008, enquanto a média internacional fi cou em 0,4 por 1 milhão. Há regiões do mundo em que os índices são piores que no Brasil. É o caso da Ásia central e oeste (2,29) e África (4,96). As médias de cada país são calculadas com base nos registros de acidentes e outras ocorrências dos últimos 5 anos. Ou seja: as quedas dos aviões da Gol, em 2006, e da TAM, em 2007, foram as responsáveis pela piora do índice

nacional. Juntas, as duas tragédias (as maiores da aviação civil brasileira) mataram 353 pesso-as. Ronaldo Jenkins, coordenador da Comissão de Segurança de Voo do Sindicato Nacional de Empresas Aéreas (SNEA), explica que os dados devem ser analisados com cuidado. Ele destaca, ainda, que as dimensões continentais do Brasil e a diversidade cultural e de infraestrutura do País podem contribuir para alterar a média. “Em alguns Estados, há infraestrutura, boas pistas e fi scalização. Em outros, não há controle. Pilotos que voam sem habilitação, aviões sem manu-tenção, selva, pistas clandestinas. É impossível, no Brasil, que a autoridade aeronáutica esteja em todas as partes do País”, explica.

Cidades celebram Dia Mundial Sem Carro

Trapaça na Fórmula 1

Milhares de pessoas devem deixar o carro na garagem nesta terça-feira, 22 de setembro, em apoio ao Dia Mundial Sem Carro. Trata-se de

uma mobilização que envolve mais de 40 países na busca por alternativas mais sustentáveis de

transporte. A ideia surgiu na Europa, na década de 90. No Brasil, o Dia Mundial Sem Carro é celebrado desde 2001 e tem sido marcado por manifestações de ciclistas e pressão por mais

investimentos em transporte público coletivo.

Inimigo íntimo

PEDAL: Campanha mundial pede que as pessoas deixem o automóvel em casa

NELSINHO: Piloto bateu de propósito

FOLH

APRE

SS

Relatório mostra que, no País, há 1,76 acidentes a cada 1 milhão de voos. Quatro vezes mais do que a média mundial

Levantamento da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, feito com 1.286 casos de violência doméstica, registrados no estado entre janeiro e maio deste ano, aponta que 75% das vítimas são mulheres. Na maioria dos casos – 67,8% – elas são agredidas pelo parceiro (marido, companheiro ou namorado)

e, em 70,8% das vezes, dentro de casa. A forma de agressão mais comum é a física (59%) e as vítimas têm entre 20 e 39 anos. O fato de a maioria dos criminosos ser o marido ou namorado

inibe as denúncias. “Tinha aquela história de não querer se meter em briga de marido e mulher, mas as pessoas têm denunciado mais, têm mais conhecimento sobre os direitos e a Lei Maria da Penha”, avalia Marisa Sanematsu, do Instituto Patrícia Galvão.

Alarme no ar

AE

TRAGÉDIA: Queda do avião da TAM, em 2007, fez índice piorar

O piloto de Fórmula 1 Nelsinho Piquet, fi lho do campeão da categoria Nelson Piquet, assumiu que bateu propositalmente durante a corrida de Cingapura,

em 2008. A batida teria sido planejada pelo dono da equipe Renault, Flavio Briatore, com o propósito de benefi ciar o outro piloto do time, Fernando Alonso. Briatore negou e disse que ia processar Piquet, mas a análise do carro de Nelsinho após a corrida demonstra comportamento incomum do piloto, que continuou acelerando quando, em uma situação normal de batida, teria freado. A troca

de acusações entre Briatore e Piquet terminou em ofensas, com ele insinuando que Nelsinho é homossexual. Na quarta-feira (16), a Renault anunciou o afastamento de Briatore da equipe.

AFP

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sete dias 5DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009

saúde na mesa

Diarista tem dívida milionáriaHá 9 anos, ao fazer compras numa loja de departamentos, a diarista Ana Maria da Silva des-cobriu que alguém havia usado o nome e o CPF dela para abrir crediário. A dívida era de

R$ 690. Ana foi ao Serasa e descobriu mais quatro cheques devolvidos. Os dados eram dela, mas as assinaturas não. Ela fez um boletim de ocorrência e esperava que a polícia resolvesse o assun-

to. Mas não foi o que aconteceu. Em agosto último, ela levou um susto ao descobrir outra dívida, de R$ 220 milhões, numa conta inativa na Caixa Econômica Federal. Vítima de fraude, a diarista é ré em quase 100 processos na Justiça de São Paulo. Ana procurou a Defensoria Pública, o banco

reconheceu a fraude e, agora, a diarista sonha em limpar o nome para fi nanciar uma casa.

sua carreira

As muitas utilidades do coco

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Fanatismo pode atrapalhar

O coco pode ser aproveitado de diversas maneiras: a água, o leite presente na “carne” ou os pedaços da fruta têm ótimas propriedades. Quanto menos maduro, mais ele possui vitamina C, que colabora com o

sistema imunológico. Para repor a energia nos dias de calor, a água de coco é excelente, pois contém sais minerais importantes, como cálcio, potássio, ferro e fósforo. “São muitos be-

nefícios, pois a água de coco funciona como um isotônico natural. Com o bagaço da ‘carne’, de-pois de extraído o leite, podem ser feitos bolos e pães”, ressalta Ana Karina Braga, nutricionista do Conselho Regional de Nutricionistas da Bahia e

Sergipe. O coco também reduz o nível de coleste-rol, previne e auxilia no tratamento de artrite.

Quando a paixão pelo time de futebol se torna uma das coisas mais importan-tes no dia a dia, é preciso abrir os olhos, pois muitos não são capazes de perceber que o fanatismo pode atrapalhar o desempe-nho no local de trabalho e até mesmo trazer surpresas muito desagradáveis, como adver-tências ou uma demissão. “O mais indicado é evitar explici-tar o fanatismo: não usar camisa de times ou customizar o ambien-te de trabalho com fotos ou adereços do clube. Essa exposição, além de dar aber-tura para que os demais profi ssionais da empresa façam comentários positivos ou negativos em relação ao time, favorece a rivalidade”, afi rma a consultora de recursos humanos da Catho Online, Glaucia Santos. Os apaixonados por futebol precisam sepa-rar a torcida do ambiente de trabalho para não criarem uma imagem negativa de si ou fi carem nervosos com as provocações dos colegas depois de derrotas.

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sete dias6 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009

Desde janeiro, 70 animais morreram no zoológico de Goiâ-nia (GO). O diretor da instituição, Raphael Cupertino, e outras quatro pessoas foram responsabilizados pela Polícia Civil de Goi-ás pelas mortes de 16 deles. De acordo com a polícia, houve negligência no caso de pelo menos cinco mamíferos (um leão, uma onça, um tamanduá, uma queixada e um hipopótamo) que foram anestesiados por uma equipe de pós-graduandos da fa-culdade de medicina da Universidade Paranaense (Unipar), em Goiânia. “Negligência seria eu não levá-los para tratamento. O hipopótamo, por exemplo, morreu por um problema na pata, 2 meses depois”, justifi ca Cupertino. Outras dez mortes de ani-mais – nove tracajás, quelônio semelhante à tartaruga, e uma tartaruga – ocorreram porque eles fi caram fora do tanque, que foi esvaziado, e foram atacados por gambás.

Mortes em zoológicoé o bicho!

NEGLIGÊNCIA: Desde janeiro, 70 animais morreram no zoológico de Goiânia

DJ: Pascal Kleiman, que nasceu sem os braços, toca com os pés

Em vez das mãos, os pés. É assim que o DJ francês Pascal Kleiman, que nasceu sem os bra-ços por uma malformação fetal, manipula discos e comandos de uma mesa de som. Radicado na Espanha há 26 anos, em 2009 ele foi eleito um dos melhores DJs do verão europeu por uma revista espanhola. Também neste ano, o documentário espanhol “Héroes, no hacen falta alas para volar” (“Heróis, não é preciso asas para voar”), que conta a história dele, recebeu mais de 30 prêmios.

Depois do personal trainer, do per-sonal friend e do personal organizer, agora está em moda o “personal nerd”, profi ssional que dá aulas particulares de como usar programas da internet e aparelhos eletrônicos, como iPhones, iPod, GPS, entre outros. As aulas par-ticulares custam de R$ 25 a hora (aula

online) a R$ 50 por hora, em atendi-mento domiciliar. “No começo vendí-amos os aparelhos e tínhamos como diferencial dar uma aula para a apren-dizagem. Mas agora só damos aulas, temos alunos até de 80 anos”, conta Adriana Hoessler, diretora da escola PDA Personal.

Música sem limites

Aprendendo com os nerdsRE

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ÇÃO

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sete dias 7DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009

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BRASIL EM XEQUE8 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009

JustiçaJustiçaatropelada

Na madrugada de 30 de agos-to, o ajudante de sapateiro

Adriano da Fonse-ca Pereira, de 20 anos, foi atrope-lado na Avenida Itaquera, na zona leste de São Paulo. Atingido por uma BMW 330i, um carro de luxo pro-jetado para alcançar

alta velocidade (ca-paz de chegar de 0 a

100 km/h em 7 segun-dos), ele morreu na hora.

Após matar Pereira, o motoris-ta, o produtor de eventos Fábio Melgar, de 29 anos, acelerou e foi embora para casa.

O jovem foi apenas uma das vítimas recentes de acidentes graves envolvendo carros pode-rosos e motoristas, no mínimo, displicentes. Não são poucas. Na mesma semana, José Luiz de Jesus Pereira, de 58 anos, invadiu a contramão e passou por cima da bicicleta em que estava o padeiro Wellinton de Oliveira, de 29, no muni-

Impunidade agrava desigualdade no trânsito. Carros cada vez mais velozes são pilotados sem cuidado com a vida

FOLH

APRE

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POTÊNCIA FATAL: Ajudante de sapateiro não teve chance contra

BMW. Carro chega de 0 a 100 km/h em sete segundos

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brasil em xeque 9DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009

“Estou abrindo meu coração para que isso não aconteça com mais ninguém. Meu fi lho morreu por falta de responsabilidade. Todo mundo tem o direito de sair, de dirigir, mas é preciso cuida-do com a vida dos outros. Dinheiro não compra tudo. Dinheiro não compra a vida de ninguém. Parece que o carro passou é por cima de mim. O que aconteceu tirou minha vontade de viver. Não estou conseguindo trabalhar. Como eu vou ser manicure sem a cabeça no lugar? Posso cor-tar uma cliente, machucar alguém. Meu fi lho era mudo, mas tinha educação. Eu ensinei a dar o lu-

gar para os mais velhos no ônibus, ele vivia que-rendo ajudar todo mundo. Deus quer que sejamos humildes. Muitas vezes, quem tem carro acha que pode sair assim atropelando todo mundo. Eu só peço Justiça para que isso não aconteça de novo com ninguém. Esse moço tem que ser preso para não tirar a vida de mais ninguém. E a namorada dele também tem responsabilidade. Se estava jun-to, deveria ter ajudado o que estava caído. Ela foi cúmplice. É assim, mas, olha, eu não tenho ódio dele, tenho saudade do meu fi lho. Peço a Deus é que tenha compaixão.”

“Parece que o carro passou por cima é de mim”Mais de dez dias depois do acidente com a BMW, a costureira e manicure Luzia da Fonseca, de 57 anos,

ainda chora ao falar do fi lho. Emocionada, ela diz que Adriano da Fonseca era do tipo que “dá lugar no ônibus”

“Este já é um assunto que parou. Não tem mais o que falar, isso não muda nada do que a imprensa fez. Vo-cês plantaram um monstro na minha vida. Aconteceu uma morte, reconheço. Sou um ser humano, sei o que é uma vida. Perdi minha esposa há 3 anos e 8 meses em um assalto. Sei bem o que é perder uma pessoa que se ama. Não sou playboy como a imprensa pintou. Eu trabalho. A história não é como con-taram. Eu não estava correndo e nem embriagado. Aliás, não vejo a hora de sair o resultado do exame para provar isso. E eu parei para socorrer a vítima. Não desci, mas baixei o vidro do car-ro. Não tinha o que fazer. Minha na-morada estava toda ensanguentada e

gritando demais. Eu não sabia o que fazer na hora. Fiquei apavorado. Li-guei para polícia, mas meu telefone tem problema de sinal. Se pudesse, eu estaria no lugar dele para não passar a vergonha que estou pas-sando. Minha maior preocupação é com a mãe desse rapaz. A im-prensa denegriu tanto minha imagem que eu não consigo me aproximar da família para ajudar. Tentei e não posso. Estou sendo ame-açado de morte. Todo dia alguém me liga di-zendo que vou mor-rer. Tudo por causa da imprensa.”

“Estou sendo ameaçado de morte”O produtor Fábio Melgar, de 29 anos, diz que é injusto o modo como tem sido tratado e

alega que não parou após atropelar Fonseca com a BMW porque “não havia o que fazer”

mas meu telefone nal. Se pudesse,dele para não que estou pas-r preocupação é apaz. A im-to minha consigo amília e não me-

odo di-r-a

cípio de Serra (ES). De acordo com o delegado Valdemir Ca-valcanti, da Polícia Civil, exa-mes comprovaram que o mo-torista estava embriagado.

Nos dois casos, tanto no da omissão de socorro quanto no da embriaguez, a falta de

cuidado com a vida é parte de um quadro marcado pela im-punidade e pela desigualdade no trânsito. Enquanto jovens ricos aceleram carros cada dia mais potentes e velozes, ajudan-tes de sapateiro e padeiros são esmagados e largados nas ruas.

A lista de mortos e feridos no trânsito não tem fi m. Da-dos da Polícia Rodoviária Fe-deral apontam que, entre 20 de junho de 2008 e 16 de junho de 2009, aconteceram 138.226 acidentes, que deixaram 79.269 feridos e 6.614 mortos. Os nú-meros frios se traduzem em uma média de 18 mães per-dendo fi lhos por dia. Isso só nas estradas federais.

Nas estradas estaduais e ci-dades, a realidade não é diferen-te. Em São Paulo, capital com o trânsito mais problemático do

Brasil, foram 1.463 mortos em 2007, segundo levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego baseado em dados do Instituto Médico Legal.

As autoridades apontam para a necessidade de mudan-ças e lembram que há quem lu-cre em meio ao caos nas ruas. “Vivemos um paradoxo. En-quanto procuramos limitar a velocidade, as empresas produ-zem veículos mais e mais velo-zes”, afi rmou o major Jurandir Caidukas, da Polícia Rodoviá-ria Estadual de São Paulo, du-rante seminário sobre álcool e segurança no trânsito realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

No mesmo seminário, o secretário nacional antidrogas, general Paulo Uchoa, destacou que há relação direta entre uso de álcool e acidentes e defen-

deu que o estímulo ao con-sumo deve diminuir. “Faltam restrições para propaganda de vinho e cerveja, por exemplo. É preciso enfrentar os lobbies das empresas de bebidas e de pro-pagandas”, disse. (D.S.)

ENQUANTO GOVERNO

TENTA DIMINUIR A

VELOCIDADE NAS RUAS,

EMPRESAS AUMENTAM A

POTÊNCIA DOS CARROS

SECRETÁRIO NACIONAL

ANTIDROGAS CHAMA

ATENÇÃO PARA RELAÇÃO

DIRETA ENTRE CONSUMO

DE ÁLCOOL E ACIDENTES

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ESPECIAL10 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009

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11DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009especial

A emissora dos Marinho cresceu em aliança com a Ditadura Militar. Foi acusada de manipular eleições,

falsifi car documentos, apropriar-se de terrenos públicos e pagar aventuras empresariais com dinheiro do povo.

A Globo prejudica o Brasil. E continua impune

MOTIVOS MOTIVOS POR QUE A POR QUE A GLOBO FAZ GLOBO FAZ TÃO MAL TÃO MAL AO PAÍSAO PAÍS

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12 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009 especial

ManipuladoInteresses políticos e fi nanceiros dos seus donos sempre pautaram o jornalismo das Organizações Globo. Como assistir a uma emissora em que não se pode confi ar?

O jornalista Roberto Marinho, fundador das “Organizações Globo”, era chamado de “o fazedor de reis”. A expressão, extraída do fran-cês “faiseur de rois”, demonstrava como ele utilizava do poder do monopólio da “Rede Globo” para infl uenciar a escolha dos

principais mandatários do País. Roberto Marinho utilizava o poder de seus meios de comunicação para colocar a coroa na cabeça de seus escolhidos. A ausência de imparcialidade para noticiar os fatos ligados às principais elei-ções do País, tornou-se evidente em casos que se converteram em grandes escândalos nacionais. Em 1982, o Brasil vivia a “redemocratização” com as primeiras eleições após a Ditadura, e conheceu então o caso Proconsult. Du-rante as apurações da eleição para o Governo do Estado, no Rio de Janeiro, a “Rede Globo” divulgava os dados da empresa de tecnologia Proconsult, con-tratada pelo Tribunal Regional Eleitoral fl uminense para totalizar os votos.

A apuração se revelou uma fraude a favor do então candidato ao Governo, Moreira Franco, que era benefi ciado com a transferência de votos nulos e brancos, e tentava barrar a eleição de Leonel Brizola. A fraude foi descoberta por uma apuração paralela e Brizola se elegeu governador.

Em 1989, a “Rede Globo”, mais uma vez, envolveu-se num episódio con-troverso que teria ajudado a eleger Fernando Collor de Mello na disputa à Presidência com Luiz Inácio Lula da Silva. Tratava-se da primeira eleição di-reta após a Ditadura Militar. Foi quando o “Jornal Nacional”, telejornal de maior repercussão da “Rede Globo”, exibiu um compacto do último debate entre Collor e Lula, portanto decisivo para a defi nição do voto dos eleitores, com uma edição que favorecia Fernando Collor, em detrimento a Lula. De-pois de eleito, Collor deixaria o cargo envolvido numa série de denúncias.

Ainda na década de 80, a emissora demorou a reconhecer a força e a

FOLH

APRE

SS

DEBATE: Último encontro entre os candidatos Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva, antes das eleições de 1989, foi editado tendenciosamente pela emissora dos Marinho

ROBERTO MARINHO ASSINA ACORDO COM O GRUPO

NORTE-AMERICANO TIME LIFE, O QUE DESRESPEITAVA

O ARTIGO 160 DA CONSTITUIÇÃO DA ÉPOCA:

ESTRANGEIROS NÃO PODIAM PARTICIPAR DA GESTÃO

DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO BRASILEIROS1962

REPR

OD

ÃO

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13DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009especial

ora da notícia

amplitude do movimento das Diretas Já. Enquanto o clamor popular em torno do voto di-reto para presidente ganhava as ruas, a “Rede Globo” teria per-manecido indiferente ao que foi a maior manifestação polí-tica da histó-ria brasileira, que mobili-zou multidões em comícios nas princi-pais capitais do País. Os manifestantes pró-diretas adotaram o slogan: “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo.”

No ano passado, durante a campanha à Prefeitura do Rio de Janeiro, o jornal “O Globo”, das “Organizações Globo”, optou por dar destaque a uma pesquisa eleitoral em que o se-nador Marcelo Crivella aparecia em queda, ao invés de destacar uma pesquisa do Ibope, enco-mendada pela “TV Globo”, em que ele aparecia virtualmente

no segundo turno. O que se-ria uma tentativa de eliminar Crivella da disputa foi alvo de críticas até mesmo dos outros concorrentes ao cargo.

A origem da “Rede Globo” já expõe ligações com a Dita-

dura Militar, como mostra o livro-repor-tagem “O ópio do povo”, es-crito por qua-tro jornalistas, na década de 70. Mylton Se-

veriano, um dos autores, lem-bra que, em 1965, no início da Ditadura, a “Globo” surgiu debaixo do que se chamava de “escândalo da Time Life”. Com sede em Nova York, a “Time Life” é um conglomerado de comunicação norte-americano que, segundo Severiano, teria colocado dinheiro, técnicos e até jornalistas norte-america-nos para auxiliar a montagem da emissora, num acordo com Roberto Marinho. O problema

é que o acordo burlava a Consti-tuição do País, que proibia que grupos estrangeiros tivessem participação acionária em veí-culos de comunicação do Bra-sil. “Eles feriam o artigo 160 da Constituição. Isso era anticons-titucional. Era proibido ter estrangeiro ditando até o que a rede ia botar no ar, até jor-nalismo. Isso vem no bojo do golpe militar, da Ditadura, que começa 1 ano antes, em 1964. E a ‘Globo’, sintomaticamente, é um legítimo fi lhote da Dita-dura”, disse Se-veriano à “TV Record”. O es-cândalo “Time Life” foi parar na Câmara dos Deputados. Os parlamentares aprovaram, por oito votos a zero, o parecer do relator e consideraram a tran-sação inconstitucional, mas, mesmo assim, o negócio com a empresa norte-americana foi mantido.

Não é só na política que a “Rede Globo” é acusada de manipular informações. Em 22 de dezembro de 1995, há quase 14 anos, o “Jornal Na-cional” exibiu uma reporta-gem de 9 minutos de duração, tempo elevado para os padrões do noticiário, em que prome-tia mostrar os bastidores da Igreja Universal.

Tratava-se, na verdade, de um vídeo gravado por um ex-companheiro do bispo Edir

Macedo e ex-líder da IURD no Nordeste. As cenas regis-travam mo-mentos de lazer dos principais integrantes da Universal. Peri-

tos comprovaram depois que houve uma edição tendencio-sa, com montagem e mani-pulação de algumas imagens, distorções no rosto de Edir Macedo e até erros elementares de informação: numa das

PROCONSULT: Escândalo na disputa pelo Governo do RJ, em 1982.

Brizola foi prejudicado

FOLH

APRE

SS

NA FORMAÇÃO DO QUE SERIA A REDE

GLOBO, A TV PAULISTA, DE SÃO PAULO, É

NEGOCIADA IRREGULARMENTE. TEVE ATÉ

GENTE MORTA ASSINANDO O CONTRATO

DE COMPRA E VENDA1964

REPR

OD

ÃO

MAIS DO MESMO: Sergio Chapelin, em 1995, quando a Globo exibiu o vídeo pela primeira vez, e Willian Bonner, em 2009, na reprise do mesmo material

ORIGEM DA GLOBO

EXPÕE LIGAÇÕES COM

A DITADURA, COMO

MOSTRA LIVRO ESCRITO

NA DÉCADA DE 70

CASOS VÊM DESDE

1982, E SE REPETIRAM

NAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES

MUNICIPAIS, NO

ANO PASSADOFO

TOS:

REP

ROD

ÃOcenas, o bispo contava notas de 1 dólar e o repórter disse que eram de 100 dólares. A própria “Globo” se corrigiu dois dias depois. No dia 11 de agosto deste ano, a “Rede Globo” voltou a exibir a mesma reportagem, cerca de de 14 anos depois, em seus ataques desesesperados.

Page 14: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

14 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009 especial

A REDE GLOBO DE TELEVISÃO FINALMENTE

VAI AO AR, EM PLENA DITADURA MILITAR,

REGIME QUE ROBERTO MARINHO

APOIOU. JÁ HAVIA SUSPEITAS DE

ENVOLVIMENTO EM ILEGALIDADES1965

Uso ilegal do Você pagou a conta! Centenas de milhões dos nossos impostos

A marca “Globo” confere prestígio à família Marinho e costuma es-tar associada a vários projetos institucionais. Mas o que pouca

gente sabe é que essa promoção é feita com o dinheiro público, ou seja, você é quem paga a conta. É o que acontece com o Museu do Futebol, em São Paulo. O projeto é da “Rede Globo” e da Funda-ção Roberto Marinho, mas foi feito com o dinheiro de empresas que deixaram de pagar impostos através da Lei Rouanet. A lei permite que essas empresas invistam parte do dinheiro, que pagariam em im-postos, na promoção de cultura. Um dos problemas é que o Ministério da Cultura quer reformular a lei, pois detectou que é muito dinheiro público benefi ciando pouca gente. A Fundação Roberto Mari-nho é contra a reforma da lei e os veículos ligados à família Marinho atacam a pro-posta de mudança.

No caso do Museu do Futebol, além do dinheiro dos impostos federais, a Fundação Roberto Marinho recebeu verbas da Prefei-tura e do Estado de São Paulo, num total de R$ 21 milhões, sem licitação, ou seja, outras empresas não tiveram chances de participar.Deste montante, R$ 16 milhões que vieram

do Governo do Estado foram destinados à uma organização social, criada para admi-nistrar o museu, batizada de Instituto da Arte do Futebol Brasileiro. No cadastro de pessoa jurídica, a organização tem sede no centro de

AE

São Paulo, mas num endereço fantasma. A “TV Record” inves-tigou o endereço e o repórter recebeu a informação que tal instituto jamais funcionou no local. Funcionários do prédio

foram taxativos ao dizer que tal empresa jamais funcionou, de fato, naquele endereço.

A Fundação Roberto Mari-nho alega que já se afastou do projeto do Museu do Futebol.

A FUNDAÇÃO ROBERTO

MARINHO UTILIZOU

R$ 88 MILHÕES DE

DINHEIRO PÚBLICO,

ATRAVÉS DA LEI ROUANET

A FUNDAÇÃO ROBERTO

MARINHO RECEBEU

R$ 21 MILHÕES DE VERBAS

PÚBLICAS, SEM LICITAÇÃO,

PARA O MUSEU DO FUTEBOL

MUSEU DO FUTEBOL: Iniciativa que ocupa espaço público em São Paulo recebeu dinheiro de isenção

fi scal através da Lei Rouanet

AE

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15DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009especial

NA APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES PARA GOVERNADOR DO RIO

DE JANEIRO, A EMISSORA DIVULGAVA A CONTAGEM DA

EMPRESA PROCONSULT, QUE, SOUBE-SE DEPOIS, ESTAVA

TOTALIZANDO OS VOTOS DE FORMA A PREJUDICAR

LEONEL BRIZOLA, DESAFETO DECLARADO DA GLOBO1982

dinheiro público

Na Record, investimento com dinheiro privado e tributos

recolhidos segundo a leiAo contrário das “Organizações Globo”, que teriam recorrido a empréstimos

ilegais para bancar o Projac, o Rec Nov, a fábrica de sonhos da “TV Record”, foi todo realizado com dinheiro próprio e com impostos pagos em dia. O Rec Nov ocupa uma área de 200 mil metros quadrados, no bairro de Vargem Grande,

no Rio de Janeiro. São 1,8 mil funcionários, oito estúdios e uma fábrica de cenários que ocupa um galpão de 2,5 mil metros quadrados. Cada novela

produzida pela “Record” possui, em média, 30 cenários.

FOLH

APRE

SS

LUM

I ZÚ

NIC

AAE

teriam sido desviados para fi nanciar projetos da família Marinho

Mas o presidente do Instituto é Leonel Kaz, ligado aos Marinho, e que já atuou como consultor de um programa de calouros da “Globo”. O Museu do Futebol é apenas um dos 33 projetos em que a Fundação Roberto Ma-rinho usou dinheiro público, num total de R$ 88 milhões.

Os benefícios da “Rede Glo-bo” com dinheiro dos nossos impostos iriam muito além. O Projac, complexo de estúdios da emissora dos Marinho, te-ria sido construído através de um empréstimo de R$ 40 mi-lhões com a Caixa Econômi-ca Federal, o que seria ilegal, pois, por ser uma concessão pública, não poderia pedir empréstimo. Sem contar os R$ 284 milhões que o Banco

Nacional de Desenvolvimen-to Social (BNDES) teria inves-tido na “Globocabo”, empresa da família Marinho que con-trolava as operações de tevê a cabo do grupo “Globo”, que enfrentava difi culdades fi nan-ceiras numa operação que foi muito contestada até por ou-tros meios de comunicação, que queriam direitos iguais. As “Organizações Globo” negam o empréstimo, que foi alvo, inclusive, de uma re-portagem de capa da revista “Carta Capital”.

PROJAC: Complexo de estúdios da Globo, no Rio de Janeiro,

teria sido construído com R$ 40 milhões da Caixa

Econômica Federal

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16 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009 especial

Anexar ou ocupar áreas dos outros ou do povo virou

rotina para a emissora dos Marinho, que fez isso em

SP, MG e RJ. As autoridades admitem os abusos, mas

ninguém faz nada

As relações entre as “Organizações Globo” e o po-der público, desde a fundação da empresa até hoje, já renderam muito ao império dos Marinho. O uso irregular de espaços públicos virou prática

comum na “Rede Globo de Televisão”. Na cidade de São Paulo, metrópole carente de praças, parques e espaços de lazer, um terreno de quase 12 mil metros quadrados numa área nobre da cidade, avaliado em R$ 11,5 milhões, é uma espécie de quintal da “Globo”. O terreno público ao lado do prédio da empresa, na zona sul da capital, foi cercado há 11 anos. Com bosque e pista de cooper, o uso do espaço é res-

trito aos funcionários da empresa. Um segurança da emissora, entrevistado pelos repórteres da “TV Record”, que foram impe-didos de entrar na praça, confi rma: só funcionários dos Marinho têm acesso ao local. Depois das de-núncias da “Record”, o

Governo do Estado resolveu tomar providências. Decretou que a Secretaria de Desenvolvimento vai cuidar do terreno e deve construir ali uma Escola Técnica Estadual (Etec).

No Rio de Janeiro, o Estádio de Remo da Lagoa, na zona sul, pode virar uma produtora de vídeo explorada por uma empresa ligada à família Marinho. Há 12 anos, Alessandro Zelesco, presidente da Federação de Remo do estado, denuncia irregularidades na cessão da área. A fi adora da Glen Entertainments é Paula Marinho de Azevedo, neta de Roberto Marinho, fundador da “TV Glo-bo”. “Existe um acordo que autoriza o uso da área como estúdio”, afi rmou Zelesco à “TV Record”. Se esse contra-

Uso ilegal do

TERRENO DE 12 MIL

METROS QUADRADOS,

DO GOVERNO DE SÃO

PAULO, VIROU QUINTAL

E PISTA DE COOPER

REDE GLOBO TRATA COMÍCIO PELAS DIRETAS JÁ, QUE

REUNIU MILHARES EM SÃO PAULO, COMO UMA MERA

FESTA DE ANIVERSÁRIO DA CIDADE. OS TELESPECTADORES

NÃO ENGOLIRAM E SAÍRAM ÀS RUAS GRITANDO “O POVO

NÃO É BOBO, ABAIXO A REDE GLOBO”1984

AE

Page 17: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

17DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009especial

LUM

I ZÚ

NIC

A

o espaço públicoTUDO MEU: Área vizinha à

sede da Globo, em São Paulo, está em região nobre da

cidade e é avaliada em cerca de R$ 11,5 milhões

ESPAÇO DE 200 MIL

METROS QUADRADOS,

EM ÁREA DE PROTEÇÃO

AMBIENTAL DO RIO DE

JANEIRO, FOI INVADIDO

to, que defi ne um prazo de concessão de 10 anos, não for anulado, o estádio será privatizado. Na zona oeste do Rio, outra denúnica grave de irregularidade imobiliária contra os Marinho: um terreno de 200 mil metros quadrados, de fren-te para o mar, no Recreio dos Bandeirantes, teria sido ocupado por dois fi lhos de Roberto. O espaço, que está numa área de proteção ambiental, foi comprado por uma mulher, em 1929. Desde 2002, os herdeiros dela lutam para retomar a propriedade, que nunca foi vendida, mas invadida. Os ir-mãos Marinho usaram a Dermesil Comércio, Administra-ção e Participação – empresa fantasma – para transferir o terreno para a São Marcos Empreendimentos, que pertencia aos fi lhos de Roberto Marinho.

Outro terreno, no sul de Minas, está no centro de uma briga judicial que envolve a “TV Globo”, a Prefeitura de Camanducaia e uma família que viu ruir a empresa que construiu com muito esforço. João Godoy, na década de 60, comprou a Remitel, uma retransmissora de tevê. A empre-sa, além de levar ao sul de Minas os sinais das emissoras “Record” e “Bandeirantes”, comprou um terreno na Pedra de São Domingos, um dos pontos mais altos da região. Du-rante quase 30 anos, a família investiu e trabalhou na Re-mitel. Representantes da empresa alegam que em 1999 ela foi expulsa do imóvel pela Prefeitura de Camanducaia, que doou o espaço à “TV Sul de Minas Ltda.”, hoje “EPTV”, im-plantada pela “Rede Globo” e alguns empresários paulistas. No contrato, a “EPTV” poderia usar, por 20 anos, o terreno cedido “em comodato” para a instalação de equipamentos e retransmissão de sinal. O processo de reintegração de posse ainda não foi concluído. Em maio do ano passado, Godoy, que investiu a vida toda na Remitel, morreu pobre, num lei-to de hospital público. Bruno Godoy, o neto, está indigado.

ARTE

: ED

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ANTO

S

EMISSORA DA FAMÍLIA MARINHO FAZ

REPORTAGEM SOBRE O ÚLTIMO DEBATE ENTRE

OS ENTÃO CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA,

FERNANDO COLLOR E LUIZ INÁCIO LULA DA

SILVA, DE FORMA A PRIVILEGIAR COLLOR1989

AE

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18 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009 especial

Fruto da Ditadura Militar e acostumada a privilégios, a Globo não convive bem com a concorrência. O crescimento da Rede Record

assusta e pode explicar tantos ataques dos irmãos Marinho

Apego aoA criação e o crescimento da “Rede Globo” coincidiram com o

vigor da Ditadura no Brasil. Coincidiram? Na verdade, a “Rede Globo” apoiou de fato os militares e isso fi ca explícito num texto do próprio projeto de memória da “TV Globo”. Eis o tex-

to: “...Roberto Marinho seguiu dando apoio aos militares. Ele acreditava na vocação democrática do presidente Castello Branco...” Vale lembrar que os anos de autoritarismo, de 1964 a 1985, cercearam a liberdade do País, censuraram a imprensa, e os opositores do regime foram presos, torturados e assassinados. Intelectuais das mais diversas áreas e grandes artistas foram obrigados a fugir do Brasil para não serem presos pela Di-tadura. Por crescer na Ditadura e nascer de um acordo anticonstitucio-nal com o grupo de comunicação norte-americano “Time Life”, a “Rede Globo” não está acostumada à livre concorrência, ainda mais num momento em que os desafi os da disputa por audiência nunca estiveram tão acirrados. E o monopólio da “Globo” nunca esteve tão pró-ximo de acabar. O acelerado crescimento da “TV Record”, que avança na audiência com jornalismo de qualidade e outras atrações, e tem conseguido, em vários momentos, atingir o primeiro lugar de audiência, assusta. Toda vez que a “Rede Record” lança um novo pro-jeto, como o megaportal de internet “R7”, as “Organizações Globo“ abrem espaço para ata-ques. E costumam dedicar espaços generosos em seus telejornais para denúncias vazias.

Esses ataques acontecem sempre que a audiência da “Globo” ba-lança e enfrenta problemas. São comuns as vitórias e o primeiro lu-gar da “Record” em vários horários do dia. Em agosto, por exemplo, no domingo (16), o reality show “A Fazenda” liderou a audiência com 18 pontos de média e 24 de pico, das 21h46 à 0h09, portanto, por mais de 2 horas. Já na sua estreia, no domingo, 30 de agosto, o “Programa do Gugu” assegurou 32 minutos de liderança para a “Record”, na média geral. A atração atingiu 16 pontos no Ibope com picos de 20 pontos. O programa “Hoje Em Dia” garantiu a liderança isolada no mês de agosto, com 8 pontos de média. O noticário “Fala Brasil” também se manteve líder no mesmo mês, com a média de 7 pontos. A liderança da “Globo”, como mostram os números, está severamente ameaçada.

CONDECORADO: Roberto Marinho recebe medalha durante o governo de João Figueiredo, ainda no tenebroso período da Ditadura MilitarAMIGO: Roberto Marinho cumprimenta o presidente Castello Branco

FOTO

S: R

EPRO

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ÇÃO

A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL TERIA CONCEDIDO

EMPRÉSTIMO DE QUASE R$ 40 MILHÕES PARA A EMISSORA

MONTAR O CONJUNTO DE ESTÚDIOS CONHECIDO COMO

PROJAC. O FINANCIAMENTO É ILEGAL PELO FATO DE A

GLOBO OPERAR CONCESSÃO PÚBLICA1991

FOLH

APRE

SS

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19DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009especial

o monopólio

Megaportal vira nova ameaça aos interesses globais

A queda incontestável de audiência e faturamento da “TV Globo” atinge outros pro-dutos da família Marinho. Um novo veículo, que será lançado na semana que vem, pode mexer como mais um tentáculo do grupo carioca. O megaportal “R7”, do conglomerado

“Record”, chega como o maior lançamento da internet brasileira nos últimos anos.A expectativa do mercado é enorme, principalmente porque o “R7” conta, em sua equi-

pe, com 150 jornalistas que irão produzir conteúdo exclusivo, blogs, além de colocar na rede os vídeos do material jornalístico produzido pela “TV Record” e “Record News”. Profi ssionais

de tarimba de inúmeros portais concorrentes, como o “G1”, do grupo “Globo”, e “UOL”, ligado à “Folha de S. Paulo”, migraram para o novo empreendimento do grupo “Record”.

DEM

ETRI

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COM ARTHUR FALK (FOTO), A GLOBO LANÇOU O

TELEBINGO PAPATUDO, QUE PROMETIA PRÊMIOS

MILIONÁRIOS, MAS ACABOU COM A PRISÃO DE FALK

E MAIS QUATRO SÓCIOS DELE. NINGUÉM DO LADO

DOS MARINHO FOI ACUSADO1993

FOLH

APRE

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AÇÃO

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20 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009 especial

Fraudes, enganações e crimes são rotina na história da Rede Globo. A compra de sua sede, em São Paulo, é uma das maiores maracutaias na história da comunicação no Brasil. Por que ninguém investiga?

A “Rede Globo” costuma ser veemente ao veicular acusa-ções e denúncias de enriquecimento ilícito e supostos crimes de empresas concorrentes. Há décadas, no entan-to, casos obscuros que envolvem o império dos Marinho

continuam impunes e as investigações são interrompidas. Por que ninguém apura os abusos cometidos pelas “Organizações Globo”? Uma das histórias mais nebulosas que envolvem a emissora cario-ca é a compra da “TV Paulista”. Na década de 50, Oswaldo Ortiz Monteiro, então o principal acionista da “TV Paulista”, decidiu vender a emissora para o empresário Vitor Costa Petraglia. No pa-pel, porém, a venda nunca se concretizou. Petraglia morreu antes da transferência. Mas o caso tomou outro rumo. Mesmo sem os

documentos, o fi lho de Petraglia vendeu a “TV Paulista” para Roberto Marinho, em 1964. Conforme mostrou o “Repórter Record”, a família de Oswaldo Ortiz Montei-ro começou a investigar o caso na década de 90, depois

da morte dele, e só conseguiu acesso aos documentos da “Rede Globo” depois de entrar na Justiça. Os docu-mentos passaram pela perícia, e foram verifi cadas várias falsifi cações, como o uso de dois nomes no termo de transferência, o uso de assinaturas de pessoas que já ha-viam morrido no ano em que o contrato foi fi rmado (ou em procurações falsas) e o uso da mesma máquina de escrever em documentos datados com anos diferentes.

Negociatas

SÃO PAULO: Compra da TV Paulista, que fez a emissora

entrar na cidade de São Paulo, é cercada de ilegalidades como

documentos assinadospor pessoas que já estavam

mortas na data de celebração do contrato. Misteriosamente, investigações contra a Globo

nunca vão para frente

NA MINISSÉRIE “DECADÊNCIA”, A GLOBO COMEÇOU

A ATACAR OS EVANGÉLICOS AO MOSTRAR UM

PASTOR QUE ENRIQUECIA DEPOIS DE FORMAR UMA

IGREJA. A REITERAÇÃO DESSE TIPO DE PRECONCEITO

SE REPETIRIA EM DIVERSAS OUTRAS OCASIÕES1995 REPR

OD

ÃO

Page 21: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

21DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009especial

De acordo com os exames, as assinaturas foram montadas. Em 2003, dois pareceres do Ministério Público Federal reforçaram as fraudes. Hoje, a ação aguarda julgamento do Superior Tribunal de Justiça.

Outro caso, que até ago-ra não foi esclarecido, é o do Papatudo, um telebingo promovido pela “TV Globo”, em parceria com o banqueiro

Colarinho Branco. “A Globo”, entretanto, sequer foi citada.

A formação da “NET”, conhecida empresa de tevê a cabo, é outro exemplo de que o império “Globo” te-ria sido construído sob o peso de negociatas suspei-tas e transações escusas. O

empresário pernambu-cano Orlando Manfre-di e mais cinco sócios eram donos da “Espia Vídeo, Cine, Foto, Som, Ltda.”, detentora do di-reito de concessão de tevê a cabo na capital e região metropolitana de Pernambuco. Fazia par-te do plano de expan-são da “NET” comprar

pequenas operadoras de tevê a cabo, inclusive a “Espia”, que recebeu uma proposta. Representantes da “NET” se reuniram com os sócios

de Manfredi para negociar parte dos direitos, por um valor previamente acertado: US$ 400 mil (R$ 730,8 mil). Manfredi, que foi exluído das negociações, descobriu,

depois, que a empresa foi vendida por um valor bem acima do combinado: mais de US$ 2,4 milhões (R$ 3,6 milhões), sem falar de um acordo paralelo, em que os sócios saíram com “emprés-timos” suspeitos no valor de US$ 200 mil cada (R$ 365,4 mil). Depois disso, a “Espia” perdeu qualquer direito de tevê a cabo em Recife e re-gião. A concessão passou a pertencer inteiramente à “NET”, que era da “Rede Globo”. Manfredi entrou com processo, que já dura 12 anos e está na fase fi nal. Há a chance de a “NET” per-der o direito de tevê a cabo na região.

PAPATUDO: Telebingo, lançado em 1993, deu muito dinheiro à emissora e acabou na prisão de cinco pessoas – nenhuma da Globo

RECIFE: Entrada da operadora de tevê a cabo em PE envolveu enganar empresário

s por dinheiro

FOTO

S: R

EPRO

DU

ÇÃOArthur Falk, do Interunion. A

história começou em 1993. Os bilhetes eram vendidos em casas lotéricas e nos Cor-reios. Quem comprasse as cartelas concorria a prêmios “milionários” e, depois de 1 ano, poderia resgatar metade do valor do bilhete, mais ju-ros e correção. A maioria dos apostadores não sabia dis-so. Depois de um tempo, os

EMPRESÁRIO

PERNAMBUCANO DIZ QUE

FOI PASSADO PARA TRÁS

PELOS SÓCIOS COM A

AJUDA DA REDE GLOBO

LUM

I ZÚ

NIC

A

PREFEITURA DE CAMANDUCAIA (MG) EXPULSA

A RETRANSMISSORA REMITEL DE UM IMÓVEL E

O CEDE À TV SUL DE MINAS, HOJE EPTV, QUE FOI

IMPLANTADA PELA REDE GLOBO AO LADO

DE EMPRESÁRIOS PAULISTAS1999 REPR

OD

ÃO

prêmios deixaram de ser pa-gos. Em 2000, Arthur Falk e outros quatro ex-diretores do Papatudo – que chegou a ren-der R$ 400 milhões por ano, de acordo com reportagem pu-blicada em revista que faz par-te das “Organizações Globo” – foram presos. O Ministério Público Federal (MPF) os acusou de gestão fraudu-lenta, desvio de dinheiro de investidores e emissão e negociação de títulos de capitalização sem lastro, crimes previstos na Lei do

Page 22: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

22 DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009 especial

Sutiã e calcinhas sobre a Bíblia, cristã louca na novela e agora um pastor corrupto numa minissérie. Por que a Globo, que só transmite

cerimônias do Vaticano, odeia tanto os evangélicos?

Desespero, medo, pânico de perder a hegemo-nia. São esses os fatores que motivam a “Rede Globo” a acusar e atacar, constantemente, a “Rede Record”, a Igreja Universal do Reino

de Deus e o bispo Edir Macedo. Por consequência, a corporação dos Marinho também não perde nenhuma chance de ridicularizar e criticar os evangélicos, numa demonstração de intolerância religiosa que pode ser mais ou menos explícita. Essa falta de afi nidade com o convívio democrático está presente não só nos noticiá-rios como também em minisséries e novelas. É fato que a “Rede Globo” tem o monopólio na televisão cada vez mais ameaçado pelo crescimento da “Rede Record”.

DESRESPEITO: Sutiã é jogado sobre a Bíblia

Raiva dos 20 SETEMBRO 20

Para citar só um exemplo, o reality show “A Fazenda”, da “Rede Record”, por várias vezes, esteve na liderança em relação à emissora dos Marinho, mantendo dife-renças de 3, 4 e até 5 pontos. A metralhadora de acu-sações e denúncias se vira contra a IURD e a “Record” justamente no momento em que a empresa se prepara para lançar o portal de internet “R7”, que competirá diretamente com sites do grupo “Globo”. Toda vez que a “Rede Record” investe num novo projeto, os con-correntes abrem enormes espaços nas grades de pro-gramação e nas páginas de jornais para atacar a Igreja Universal. Nada é por acaso.

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S: R

EPRO

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ÇÃO

MILIONÁRIO: Pastor, interpretado por Edson Celulari, enriquecia 5 anos depois de fundar uma igreja

A GLOBOCABO, EMPRESA DO GRUPO QUE CUIDAVA DE

TV A CABO E NÃO TINHA LUCRO, TERIA RECEBIDO

R$ 284 MILHÕES DO BNDES COMO INVESTIMENTO.

OUTROS GRUPOS RECLAMARAM DAS FACILIDADES

DADAS À GLOBO PARA RESOLVER PROBLEMAS 2002

DIV

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AÇÃO

Page 23: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

23DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009especial

DUAS CARAS: Novela, exibida no ano passado, mostra evangélica como uma louca e intolerante que persegue homossexuais. A atriz foi orientada a

esteriotipar o personagem, o que só reforça preconceitos

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S: R

EPRO

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ÇÃO

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AÇÃO

evangélicosAs críticas contra os evangélicos, entre-

tanto, são feitas pela “TV Globo” de for-ma constante. Alinhada à Igreja Católica sem, no entanto, admitir essa posição, a emissora dos Marinho coloca missas no ar, faz megacoberturas de eventos do Papa, apoia e promove shows de padres católicos. No campo da fi cção, somam-se evidentes exemplos de preconceito con-tra evangélicos. A próxima temporada da série “Ó paí, ó”, da “Rede Globo”, vai explorar a imagem de um malandro que se transforma em pastor corrupto, que desvia dinheiro da igreja. O criminoso da fi cção será interpretado pelo ator Matheus Nachtergaele. O expediente não é novidade.

Na novela “Duas Caras”, que foi ao ar no ano pas-sado, Edivânia, uma evangélica interpretada pela atriz Suzana Ribeiro, incitava seguidores a atos de violência, organizou uma tentativa de linchamento e perseguiu com ódio os homossexuais. Retratada como fanática, rancorosa e extremamente intolerante, a atriz Suzana foi orientada a estereotipar o personagem e agir como louca nas gravações. Uma reportagem publicada na edição 833 da Folha Universal mostrou a indignação de líderes religiosos de várias denominações com a novela escrita por Aguinaldo Silva, que nega ser uma pessoa preconceituosa.

Em 1995, na minisérie “Decadência”, o ator Ed-son Celulari era Mariel, um homem que fi ca milio-nário 5 anos depois de fundar uma igreja. Mariel, além de ter casos amorosos com fi éis e obreiras da igreja, é baleado por outro pastor numa das cenas. Nesse mesmo programa, a emissora desrespeitou a Bíblia ao retratar o Livro Sagrado com um sutiã so-bre ela. Representantes de várias igrejas evangélicas também se manifestaram contra o que consideraram uma perseguição. Distorcer a realidade usando a fi cção é uma forma conhecida e velada de manipular o telespectador. Mas o telespectador percebe a ver-dade, reconhece os interesses presentes por trás das mensagens televisivas e, principalmente, não gosta quando tentam enganá-lo ou subestimá-lo.

É INAUGURADO O MUSEU DO FUTEBOL, NO ESTÁDIO

MUNICIPAL DO PACAEMBU, EM SÃO PAULO. ALÉM DE

FAZER AUTOPROMOÇÃO COM DINHEIRO PÚBLICO,

A FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO CRIOU UMA

ORGANIZAÇÃO FANTASMA PARA ADMINISTRAR O MUSEU2008

AE

A discriminação divulgada no youtubeO “youtube”, site de compartilhamento

de vídeos da internet, traz uma série de víde-os que lembram como a “Globo” costuma discriminar os evangélicos. Um deles, com o título “Globo zomba de evangélicos” re-percute o episódio de Edivânia, a evangélica apresentada como desequilibrada e insana na novela “Duas Caras”. O assunto, que ex-põe o preconceito religioso, mereceu desta-que na revista “Veja” e foi discutido na “TV Record”, no programa “Domingo Espetacu-lar”, que mostra como religiosos das mais

diversas denominações se cho-caram com a personagem ca-ricata e agressiva. Entre líderes que chamam o personagem de aberração, que nada lembra os evangélicos, um deles, ligado à comunidade judaica, lembra que Hitler também começou a estereotipar os judeus para depois persegui-los. Também há humor nesses vídeos. Uma paródia do fi lme “A queda – as últimas horas de Hitler”, faz uma brincadeira para demons-trar como a “Globo” estaria desesperada com o avanço da “TV Record”. Confi ra os links de alguns vídeos que mostram a fanática criada pela novela da “Globo” e a paródia:

• http://www.youtube.com/watch?v=XYgNYz5qAAI

• http://www.youtube.com/watch?v=Ac36DseCXdg

• http://www.youtube.com/watch?v=RSlBt2vfKHo&NR=1

• http://www.youtube.com/watch?v=lNhqwkpX2Q8

Ó PAÍ Ó: Na segunda temporada da série, o ator Matheus Nachtergaele (à dir.) interpretará um malandro que se passa por

pastor para tomar dinheiro das pessoas

Page 24: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

De 20 a 26 de setembro de 2009 – Nº 911ponto fi nal

Sobram denúncias e suspeitas contra o grupo da família Marinho. Mas nada

é sequer investigado. Quem pode salvar o Brasil da Globo?

O envolvimento da “Rede Globo” com o grupo norte-ameri-cano “Time Life” foi

tema de debates no Congresso brasileiro, na década de 60: os parlamentares consideraram o acordo inconstitucional, mas nada aconteceu. O negócio foi mantido até, anos depois, Roberto Marinho assumir so-zinho o controle da emissora. São, portanto, décadas de im-punidade em que nenhuma das denúncias apontadas con-tra a “Globo” são investigadas e nada acontece. Seja sobre as suspeitas graves de manipula-ção de informação, que pode alterar uma eleição presiden-cial, até a compra de uma emis-sora em São Paulo, com a uti-lização de documentos falsos, ou a ocupação de terrenos que não lhe pertencem.

Uma das fontes de denún-cia mais conhecidas é o livro “Afundação Roberto Mari-nho”, do escritor e ex-auditor

fi scal da própria Fundação Roberto Marinho, Romero da Costa Machado. O livro aponta uma série de irregula-ridades na Fundação e inclu-sive questiona a a utilização de recursos do Ministério da Educação para a realização dos antigos telecursos. Mas a crítica mais demolidora às “Organizações Globo” está no documentário “Beyond Citizen Kane” (Muito Além do Cidadão Kane), cuja exi-bição pública no País nunca

foi possível, apesar de tenta-tivas em que cópias do fi lme chegaram a ser apreendidas. O documentário só se popu-larizou na internet.

Produzido em 1993 pelo “Channel Four”, rede de tevê pública britânica, o documen-tário expõe toda a infl uência manipuladora da “Rede Glo-bo”, a começar por suas estreitas ligações com a Ditadura Militar e o poder. Além de tudo o que já é sabido, a produção apre-senta histórias nebulosas

como um misterioso incêndio nos estúdios da “TV Paulista”. O pagamento do seguro teria contribuído, segundo o fi lme, para a expansão da emissora. Outro aspecto curioso, é como a Ditadura cancelou a con-cessão da “TV Excelsior”, em 1970, única empresa que fazia oposição ao regime e cujo fi m também favoreceu o cresci-mento da “Globo”, de quem era a principal concorrente.

Os supostos investimen-tos milionários feitos pelo BNDES à “Globocabo” tam-bém foram amplamente ques-tionados por parte da impren-sa, sem que jamais fossem esclarecidos. Em 2002, po-rém, a revista “Carta Capital” deu uma capa sobre os em-préstimos: “O esquema sal-va-Globo.” “Esquema” e “es-cândalo em época eleitoral” foram algumas defi nições de empresários de comunicação ao negócio, fechado às véspe-ras das eleições presidenciais para a sucessão de Fernando

Henrique Cardoso.

MATÉRIA DO PROGRAMA REPÓRTER RECORD

MOSTRA QUE A REDE GLOBO DE SÃO PAULO

SIMPLESMENTE ANEXOU UM TERRENO PÚBLICO,

AVALIADO EM R$ 11,5 MILHÕES, À ÁREA DA SUA

SEDE, NUM BAIRRO NOBRE DA CIDADE2009

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Crença na impunidade

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SILÊNCIO: O Congresso nunca levou adiante denúncias contra a Globo, como no fi lme "Além do Cidadão Kane" (ao lado) e no livro "Afundação Roberto Marinho" (abaixo)

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FolhaIURD

Nº 911 • DOMINGO • 20 • SETEMBRO • 2009

LEIA MAIS:

4i – MENSAGEM: Bispo Edir Macedo fala sobre a perseguição à Igreja e seus líderes

7i – INTERNACIONAL: Vigília da Resposta no Equador

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AS

Letônia, Índia, Tanzânia, Honduras, Filipinas... As imagens a seguir

são registros de alguns dos mais de 170 países onde a Igreja Universal já chegou. Templos que só existem graças aos dízimos e doações dos

membros da IURD, uma prática de fé condenada pela TV Globo. Por quê?

O VALOR DAS O VALOR DAS OFERTASOFERTAS

ÍNDIANo país, com grave intole-rância religiosa, a IURD está instalada na 16 Maldhava-ram Hihg Road, 1º andar, Perambur, Chennai 600-011

Page 26: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

FolhaIURDDOMINGO

20 • SETEMBRO • 2009 especial

00000: 000000

2i

GUATEMALAA Igreja está no país há 14 anos. A sede da capital, Cidade da Guatemala, fica na avenida Calzada Roose-velt, 32-67, Zona 11

JAMAICAA Igreja Universal tem 25 templos no país. Na capi-tal, Kingston, o principal fica na 108 Hagley Park Road, 11, St.Andrew

HONDURASEm terras hondurenhas há 13 anos, a IURD tem de-zenas de templos no país e está prestes a inaugurar outros dois

TANZÂNIAA Igreja se instalou neste país da África Oriental em meio a muita perseguição, para pre-gar sobre a fé e a obediência à Palavra de Deus

O OBJETIVO DA IURD

É APRESENTAR A

TODOS A SALVAÇÃO

ATRAVÉS DO SENHOR

JESUS CRISTO

LETÔNIAPresente também nesta ex-república da União Soviética, que conquistou a indepen-dência em 1990. Os russos são mais de 25% da população

BOTSUANAA Catedral da Fé da IURD no país fica na cidade de Gaborone, na Avenida Bot-suana, 731, Centro. Site: www.uckgbotswana.org

ROMÊNIAA catedral da Universal fi ca em Bucareste, na Soseaua Fundeni, 11, setor 2. O site para outras informações é www.paginauniversala.com

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FolhaIURDDOMINGO20 • SETEMBRO • 2009 especial3i

HONG KONGÉ administrado pela República Popular da China. A IURD da re-gião fi ca na Estrada Des Voeux, Tung Hip Commercial Building, 14º andar, Sheung Wan

NAMÍBIATem 1,8 milhão de habitan-tes e a principal cidade é a capital, Windhoek, onde a IURD fi ca na Independence Avenue, 32, Ausspannplatz

FILIPINASA Igreja está no país há mais de uma década. A sede prin-cipal fi ca no Araneta Cen-ter, Quezon City, ao lado da Biblioteca Nacional

JAPÃOA Igreja Universal está em diversas partes da "terra do sol nascente", desenvolvendo um intenso trabalho, espe-cialmente entre os jovens

RÚSSIAEvangelizar o russos, que ainda trazem consigo muitos dos há-bitos comunistas, não é fácil. Mas a Universal continua vencendo barreiras no país

ISRAELPalco central da história bí-blica, estima-se que tenha-como cristãos pouco mais de 2% da população total. Muitos pertencem à IURD

PANAMÁDividido ao meio pelo canal do Panamá, que liga os oce-anos Atlântico e Pacífi co, o país conta com diversos templos da Universal

BISPOS E PASTORES

SÃO MOTIVADOS

PORQUE SEMPRE HÁ

ALGUÉM PRECISANDO

DE ORIENTAÇÃO

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Page 28: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

especialFolhaIURDDOMINGO

20 • SETEMBRO • 2009

mensagemBISPO EDIR MACEDO

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O motivo das perseguições

Por que tentam denegrir o trabalho da IURD e, em especial, sua liderança? O que está por detrás dessa persegui-ção implacável?

O povo de Deus tem conhecimento de que as entidades infernais usam e abusam de seus sub-servientes na Terra. Mas o que poucos sa-bem é que elas os têm usado para mono-polizar a fé de forma emotiva e tradicional: a fé colorida.

Esse tipo de fé tem conduzido os incau-tos a acreditar nas fantasias criadas pela arte e imaginação pagãs com fi ns exclusivamente econômicos. É o caso do Natal, Páscoa, Sexta-feira da Pai-xão, dia dos mortos, dia das almas etc. Cada dia santo é motivo para ala-vancar indústria e comércio. O pano de fundo sempre é a fé emotiva, em

nome do cristianismo.Por conta do discurso revelador

da IURD, que tem promovido a fé consciente, separada de sentimentos e entusiasmos, verifi ca-se logo um andar na contramão. Obviamente,

isso provoca verdadeira revolução na sociedade, contrariando interesses político-econômicos.

Se Deus existe, con-forme se tem crido, por que não cobrar dEle res-postas às necessidades vi-gentes? Se Ele atendeu no passado, por que não vai

atender no presente?Esse é o tipo de fé que satisfaz tan-

to a Deus quanto aos que nEle creem. Nela há coerência.

Ou Deus existe ou não existe. Como sabê-lo? Fatos irrefutáveis são a única resposta.

Deus abençoe a todos.

O DISCURSO

REVELADOR

DA IURD TEM

PROMOVIDO A FÉ

CONSCIENTE

4i

FRANÇAA Igreja conta com diversos Centros de Ajuda Universal no país. Um dos endereços é Rue Du Faubourg, 254, Saint Martin – Paris

MOÇAMBIQUEUm exemplo de sucesso da missão da Igreja na África. Na capital, Maputo, o Tem-plo da Fé fica na Avenida 24 de Julho, 2.969, Alto Mãe

ANGOLANo país, a Universal está em vários lugares. Na capi-tal, Luanda, a catedral fica na Avenida 21 de Janeiro, sem nº, em Morro Bento

NICARÁGUAÉ o maior país da América Central. A Sede Nacional da IURD fica no Cine Ca-brera, Rua 27 de Mayo, na capital, Manágua

LUXEMBURGOA IURD está há 15 anos nes-se pequeno país da Europa Ocidental, onde possui três templos e diversos Centros de Ajuda Universal

NOVA ZELÂNDIAUm país denominado cristão, onde, apesar disso, é grande o número de viciados em drogas. A Universal trabalha para ajudar essas pessoas

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FolhaIURDDOMINGO20 • SETEMBRO • 2009 nacional

Clarisse Werneck [email protected]

C erca de 43 milhões de brasileiros vi-vem abaixo da li-nha da pobreza,

segundo dados da Funda-ção Getúlio Vargas. Só na cidade do Rio de Janeiro, estima-se que aproxima-damente 10 mil pessoas morem nas ruas. Já a po-pulação carcerária no País supera os 400 mil. Esses são apenas alguns dos mi-lhares de excluídos que vi-vem no Brasil e muitos não

têm qualquer fonte de ren-da nem assitência familiar. Por essa razão, são os gru-pos de pessoas que mais necessitam de auxílio es-piritual. Conscientes dis-so, voluntários, pastores e bispos da Igreja Universal do Reino de Deus, se de-dicam, há 32 anos, a es-sas pessoas nos trabalhos de evangelização.

No Rio de Janeiro, são 555 agentes religiosos que atuam em 35 presídios, 11 delegacias, 72 asilos, 10 centros de recuperação de dependes químicos e 10 creches sob a coordenação do pastor Júlio Pinheiro. Outro importante lugar vi-sitado pelos evangelistas é a Fundação Leão XII, órgão do Governo do Estado que atende moradores de rua.

No estado de São Paulo,

Eles não dão dízimo nem ofertas. Excluídos pela sociedaMas recebem da Igreja Universal o mesmo tipo de ajuda de q

EM TROCAa evangelização com meno-res internos da Fundação Casa (antiga Febem) come-çou há 7 anos. Já a evan-gelização nos presídios atende mais de 50% das unidades prisionais.

A assistência social e mo-ral a presidiários, realizada pela IURD, acontece no País há 20 anos. No Rio de Janei-ro, por exemplo, há 7 anos não acontece uma rebelião. Fato observado pelo diretor do Presídio Moniz Sodré, Gilson Nogueira. Segundo ele, a presença de evange-listas é importante para a ressocialização dos presos, já que a reintegração na sociedade se dá através de educação, trabalho e auxí-lio espiritual.

“Os internos batizados e membros da Igreja po-dem se fortalecer espiritu-almente através de orações, jejuns, leitura e estudo da Bíblia, além destes auxilia-rem os novos convertidos e outros internos da unida-de. O comportamento de-les tem mudado de forma

bastante satisfatória, não apenas no relacionamen-to entre eles, como tam-bém, com os servidores da unidade”, reconhece Nogueira.

Esses trabalhos de evan-gelização também são re-alizados em todo Brasil e no exterior.

Colaborou Alice Mota

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O COMPORTAMENTO DELES

TEM MUDADO DE FORMA

BASTANTE SATISFATÓRIA,

ATÉ NO RELACIONAMENTO

COM OS FUNCIONÁRIOS

A ASSISTÊNCIA A

PRESIDIÁRIOS PELA IURD

ACONTECE HÁ 20 ANOS

NO PAÍS. NO RIO, NÃO HÁ

REBELIÕES HÁ 7 ANOS

5i

Page 30: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

FolhaIURDDOMINGO

20 • SETEMBRO • 2009 nacional

de, vivem nas ruas e superlotam o sistema penitenciário. ualquer pessoa que chega aos seus templos: solidariedade e fé

A DE QUÊ?

MINAS GERAISA igreja realiza batismos nas águas nas unidades prisio-nais. Recentemente, a cerimônia ocorreu na Penitenciária Estevam Pinto

PERIFERIA Evangelistas em comunida-de carente de Salvador (BA). Além da Palavra de Deus, a população é benefi ciada com ações sociais

RIO DE JANEIROO trabalho evangelístico é feito em várias unidades prisionais, a exemplo do realizado na Penitenciária Moniz Sodré

PARAÍBADistribuição da Folha Universal para deten-tos que participam de orações realizadas pelo grupo de evangelização

SÃO PAULOVoluntárias da Associação de Mulheres Cristãs (AMC), da IURD, oram pelas ado-lescentes da Fundação Casa de Parada de TaipasFUNDAÇÃO

CASAO trabalho evangelísti-co na antiga Febem, de São Paulo, é dirigido aos menores internos e seus familiares

SALVADOREvangelistas levam conforto espiritual e solidariedade a mo-radores de rua na capital da Bahia

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FolhaIURD7i DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009 internacional

VIGÍLIA NO EQUADOR

CAMINHO DO AMOR

Se você deseja mandar seus dados, envie cartas para a Folha Universal: Estrada Adhemar Bebiano, 3.610 – Inhaúma – Rio de Janeiro – RJ – CEP 20766-720.Se deseja se corresponder com alguém desta coluna, coloque o nome da pessoa pretendida no envelope e dois selos porte nacional.

A Folha Universal não se responsabiliza pela veracidade das informações pessoais contidas nas cartas.

SINCERASou moreno claro, 1,76, 68kg,

olhos castanhos, 45 anos, obreiro. Desejo conhecer mulher de Deus, sincera, entre 30 e 38 anos. Que resida em Tatuí ou na região. Peço foto e telefone.

L. G. N.Tatuí (SP)

MULHER DE DEUSSou moreno, 28 anos, 1,77m,

73 kg, professor de educação fí-sica. Estou à procura de mulher de Deus, solteira e sem fi lhos, que seja membro da IURD, para futuro compromisso.

W. S.Rio de Janeiro (RJ)

[email protected]

EVANGÉLICASou negro, 1,70m, 68 kg, 52

anos, olhos negros, cabelos grisa-lhos. Gostaria de conhecer mulher a partir de 30 anos, evangélica, para compromisso sério.

R. BatistaRio de Janeiro (RJ)

[email protected]

SENHOR DE DEUSSou morena, 56 anos, 1,54m,

60 kg, cabelos e olhos castanhos, temente e fi el a Deus. Desejo me corresponder com senhor de Deus, entre 50 e 60 anos, para futuro compromisso.

I.L.São Paulo (SP)

[email protected]

DO RIO DE JANEIROSou viúva, membro da

Igreja Universal do Reino de Deus, 57 anos, negra, 1,69m, 78 kg, trabalhadora. Quero me corresponder com homem de Deus, sincero, li-vre, defi nido fi nanceiramen-te, para formar uma família. Idade compatível e somente do Rio de Janeiro.

Sílvia SantosRio de Janeiro (RJ)

[email protected]

VIRTUOSOSou viúva, morena, ca-

belos pretos, 1,65m, 45 anos, carinhosa, fi el, amiga e companheira. Desejo me

corresponder com homem de Deus, entre 40 e 50 anos, ho-nesto, virtuoso e trabalhador, para futuro compromisso.

Claudia AparecidaGoiânia (GO)

[email protected]

ATENCIOSOSou morena clara, tenho

1,60m, 62 kg, 49 anos, di-vorciada, olhos claros, cari-nhosa, leal, cristã, românti-ca. Procuro por um homem de Deus, que seja carinhoso, atencioso, decidido, e tenha entre 50 e 70 anos. Peço foto e telefone.

Luiza DuarteSão Gonçalo (RJ)

SXC

Guayaquil (Equador) – Cerca de 4,8 mil pessoas parti-ciparam recentemente de uma vigília na Catedral da Fé em Guayaquil, no Equador, onde a Igreja Universal está há 16 anos. Durante a reunião, intitu-lada Vigília da Resposta, a mul-tidão adorou a Deus e buscou Sua presença. Mas a ocasião também teve a intenção de dar uma resposta às calúnias, pro-vocações e perseguições que a IURD tem sofrido no Equador.

Várias pessoas têm testemu-nhado que, após serem evange-lizadas, tiveram as vidas trans-formadas. Mercedes Maclaglem, uma engenheira comercial com mestrado em pedagogia, conta que tinha uma vida destruída, pois sofria com doenças, proble-mas familiares, econômicos e es-pirituais. “Sentia-me derrotada. Busquei ajuda de psicólogos, conselheiros matrimoniais e outros, mas não consegui solu-cionar meus problemas. Apesar de ter muito dinheiro, ainda assim, minha vida era um caos. Mas, na IURD conheci o poder de Deus e aprendi a usar a fé fundamentada em Sua Pala-vra. Através das correntes de fé, minhas necessidades foram sa-ciadas pelo Senhor Jesus”, afi r-mou Mercedes.

fé sem fronteiras Reunião é resposta às perseguições que a IURD sofre no país

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UNIÃO: O encontro contou com a participação de quase 5 mil pessoas. Houve vários testemunhos de transformação de vida

E assim, mais uma vez, a IURD mostrou que contra fa-tos não há argumentos e há a veracidade na Palavra de Deus:

“Bem-aventurados os persegui-dos por causa da justiça, porque deles é o reino dos ceús. Bem-aventurados sois quando, por

minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos pro-fetas que viveram antes de vós.” (Mateus 5:10-12)

LocalizaçãoGuayaquil é a maior cidade do

Equador, com cerca de 3,8 milhões de habitantes. Situada a 250 km da capital, Quito, é conhecida como “a pérola do Pacífi co”. Por abrigar o principal porto do país, é também o mais importante centro industrial e econômico do Equador. CATEDRAL: Av. de las Américas Mz. 22 – Guayaquil

NA IURD, CONHECI

O PODER DE DEUS E

APRENDI A USAR A FÉ

FUNDAMENTADA EM

SUA PALAVRA

Page 32: A REDE GLOBO - FolhaUniversal

FolhaIURD 8i DOMINGO20 • SETEMBRO • 2009

Para receber aconselhamento espiritual de uma mulher de Deus, envie seu e-mail para [email protected], ou escreva para seção Perguntas e Respostas: Estrada Adhemar Bebiano, 3.610 – Inhaúma – Rio de Janeiro – CEP 20766-720.

A antropóloga Mirian Goldenberg, da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),

realizou uma pesquisa com 1.279 homens e mulheres da área urbana carioca que revelou: 60% dos homens e 47% das mu-lheres já traíram os parceiros.

O programa “Coisas de Mulher” abordou o tema “Por que sou traída?” As apresenta-doras Vivi Freitas, Bete Araújo, Paty Barboza e Flávia Azevedo destacaram algumas situações que podem levar o homem

a trair a esposa, como, por exemplo, quando ela se des-cuida da aparência.

Segundo Paty, se o marido não faz carinho, a esposa pode fi car desanimada e se retrair na parte sexual: “Às vezes, sente -se até usada.”

Flávia falou sobre os casais que não têm objetivos comuns e sobre a falta de diálogo.

As dicas do programa fo-ram: não descuide da imagem, valorize-se, saia da rotina, in-vista no diálogo e atualize-se para ter o que conversar.

A repórter Sara Varela entrevis-tou o psicólogo Francisco Lucas. No quadro Viver Bem, o personal trainer Nuno Antunes ensinou como não deixar os músculos dos braços fl ácidos. Já no Tendências, uma maquiadora mostrou como colocar cílios postiços.

A pergunta da semana foi: “Ele me traiu, o que eu faço?” Vivi respondeu com outra pergunta: “O que você quer, continuar ou desistir? Cada um tem que decidir por si mesmo. Se quiser continuar, então, perdoe”, fi nalizou.

coisas de mulher

À s vezes recebo amigas pedindo-me “dicas de moda”. Não sei por que algumas delas pen-sam que sou especialista nisso.

Não sou.Talvez seja porque eu gosto de ser cria-

tiva e moderna com o meu visual. Isso é algo que herdei da minha mãe. Essa não é a área mais importante da minha vida, mas certa-mente é uma na qual eu gosto de estar em alta to-dos os dias. Se eu engor-do um pouquinho, me esforço para perder esse pouquinho; se eu enjoo do meu penteado, prendo os cabelos com algo dife-rente. É um prazer para mim mudar o visual e me sentir bem com isso.

Por outro lado, eu odeio quando a moda dita aquilo que devo vestir. Eu não gosto que me digam “a cor do momento é amarelo” ou “use um lenço, mesmo que você não queira. Está na moda estes dias”.

Eu tentei, algumas semanas atrás, e mal esperei para me li-vrar dele. Não é que eu não goste de amarelo ou lenços – adoro lenços –, só que eu gosto de ser livre para vestir qualquer cor e qualquer acessório que eu tiver vontade.

Se existe um hábito faltando nas mulheres, penso que seja este. Vista o que você tiver vontade, tenha o seu próprio estilo. Contanto que você se sin-ta bonita, para que se pre-ocupar com o que a “Vo-gue” ou Paris ditam?

Quando eu gosto de algo que está na moda, uso, mas

não me impressiono com tudo que eles di-zem ser bonito. Algumas roupas lançadas, atualmente, fazem as mulheres perder a fe-minilidade, discrição e até a graça.

Quem disse que os designers têm o di-reito de nos ridicularizar desse jeito?

Na fé.

CRISTIANE CARDOSO

CRISTIANE CARDOSO – www.cristianecardoso.com

Deixe-me sermulher cristã perguntas

& respostasDIFERENÇAS

Sou casada com um obreiro da IURD há 8 meses. Passamos pela chamada fase de adaptação, porém, alguns problemas per-sistem em nossa casa. Ele não se preocupa com nada. Diz que não precisa se preocu-par com o amanhã, nem tem o interesse de planejar as fi nanças. Presta serviço para as pessoas e não se preocupa em falar o valor. Acha que isso é uma bobeira. Briga comigo dizendo que não quer cobrar e só fi ca no prejuízo. Se falo com ele para estudar, não vejo interesse nem concentração.

Ele fez uma faculdade, porém, não con-seguiu emprego na área. Agora está tendo a oportunidade de se dedicar, mas não vejo desejo, só fi ca no computador jogando e na internet o dia inteiro, se deixar.

Já me disse que se eu interferir nas coisas dele, irá se separar, e que a minha obrigação é cuidar da casa e ele das despesas. Sou uma mulher formada e lutadora. Sempre passei por difi culda-des, lutei, mas venci. O que faço?

Amiga(Por e-mail)

Amiga,Você se casou com alguém que não é

compatível com você. Ele não vê as coisas como você. E agora, o que fazer? Brigar? Criticar? Se separar? Agora você tem que se adaptar a essas diferenças. Se ele não quer cuidar das fi nanças, você cuida. Não é fácil, mas você tem que resolver o problema e não apontar o dedo e se desesperar.

MUDANÇA URGENTEDurante a minha infância, eu ia à

IURD com a minha mãe, mas chegou uma época em que não aguentei mais fi car na igreja e saí. Nesse período,

meu pai morreu e eu comecei a viajar muito. Não tinha vícios, mas muita vaidade e orgulho. Comecei a beber devagar até me viciar. Fiz vários ami-gos, era baladeira e deixei de ser aquela garota educada, calma, atenciosa. Bebia muito, usava drogas, achava que nenhum homem prestava, que não queria relacionamentos.

No colégio, conheci um rapaz mui-to legal, do tipo “mano”, aqueles que cuidam das garotas. Fui fi cando com ele, nos conhecendo. Foi o primeiro namorado da minha vida, mas, no decorrer do tempo, ele me disse que era afastado de uma igreja.

Eu não o amava, mas gostava da companhia dele. Ele vivia atrás de mim e eu até gostava. Trabalhava, falava em casamento, fi nanciou uma moto, mas eu nem pensava em casar com ele.

Numa de nossas bebedeiras, ele tentou o suicídio e eu fui buscá-lo em um manicômio. Hoje, ele não sabe se quer fi car comigo, mas diz que não tem coragem de terminar. Como saber se ele é a pessoa que vai me fazer feliz? O que devo fazer?

Amiga(Por e-mail)

Amiga,Eu vejo que o problema não está em

fi car ou abandonar esse rapaz e sim na vida que vocês dois têm levado. Será que você pode chegar a algum lugar assim? É hora de você e ele amadurecerem, reco-nhecerem que não são mais crianças, pois tudo isso trará consequências. Veja o que aconteceu com ele. É hora de mudar de rumo, amiga.

CONTANTO QUE VOCÊ

SE SINTA BONITA, PARA

QUE SE PREOCUPAR

COM O QUE A VOGUE

OU PARIS DITAM?

INFIDELIDADE

Programa Coisas de Mulher

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O programa é apresentado por Vivi Freitas que, juntamente com as ami-gas, aborda um tema diferente a cada semana. É transmitido pela “Record News” aos sábados, às 16h; pela “Rede Família” aos sábados, às 19h; e re-

prisado às quartas, às 19h30. As telespectadoras podem participar através do site www.coisasdemulher.tv, onde o programa está disponível na íntegra.

O site ainda traz dicas para a casa, saúde e estilo.DOR: Perdoar ou não a traição do parceiro é uma decisão individual

Segundo pesquisa recente, 60% dos homens e 47% das mulheres já traíram


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