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LABORATÓRIO DE IMPRENSAPRODUZIDO PELOS ALUNOS DO 80 PERÍODO DO CURSO DE JORNALISMO

Jornal do Commercio Sexta-feira e fim de semana, 28, 29 e 30 de outubro de 2011B-8

TUILA JOST(TEXTO) AZIZ AHMED E

NILSON DAMASCENOt u i l a . j o s t @ g m a i l . c o m

P R O F E S S O R E S

Foi uma viagem empolgante pelas ondas da SuperRádio Tupi, de modo específico, e pela magia eglamour do rádio, de modo geral, a palestra-show “Opoder da comunicação nas universidades”. Con-duzida com uma carga de emoção pelos

palestrantes, deixou a plateia de universitários com acerteza de que a mídia radiofônica mantém significativaparcela da sociedade fiel à sua programação, mesmo diantedos avanços das novas plataformas de comunicação desen-volvidas por tecnologia de última geração.

Promovido pelo professor Sidnei Amaral, da UniverCi-dade – e tendo Clóvis Monteiro, Doutor Arbinder e Luizin-ho Campos, todos da Super Rádio Tupi, como atrações –, oevento no Teatro da UniverCidade abordou bastidores,repórteres, produtores,produção de quadros epersonagens, prestaçãode serviços aos cidadãose defesa da comunidade,além de, e sobretudo, ofuturo do rádio, sua im-portância, resistência elongevidade. “O rádiocontinua a ser fascinantepara todos nós, profis-sionais, e certamente vaidar muitas oportunidadesa vocês, alunos de Jornal-ismo, que estão chegandoagora”, ressaltou Sidnei.

Para receber a equipe darádio e como abertura doevento, os alunos organi-zaram uma apresentaçãode dança que contou com aperformance da aluna edançarina Juliana Kata-plan, da UniverCidade. Lo-go após abrir a solenidade,o mestre de cerimônias etambém aluno Luiz Bentopassou a palavra para Sid-nei, que saudou os convida-dos, confessando a satis-fação em receber radialistastão importantes para com-partilhar conhecimento comos alunos ali presentes. Opsicólogo Luiz Aibinder,primeiro a palestrar, enu-merou pontos comuns para atrajetória de todos e fez umarecomendação aos profis-sionais em formação: “Ocomprometimento com a faseuniversitária é essencial paraum profissional ter sucesso.Deixar esta oportunidade pas-sar, fazendo o curso de qual-quer maneira, pode custarmuito caro no futuro.” Con-tando experiências pessoais erelatando histórias de person-alidades como Sylvester Stal-lone, o psicólogo, autor dolivro “A luz da psicologia” e col-unista da emissora no “Progra-ma Francisco Barbosa”, aproxi-mou-se dos jovens e deu im-portante contribuição para osque buscam encontrar foco navida profissional: “Mude sua at-itude para mudar sua vida.”

Em seguida, Luizinho Cam-pos, um dos diretores da rádio eapresentador do programa“Companhia do Riso”, deu ver-dadeiro show contando históriasde vida com muito humor. Em

suas experiências, situações hilárias de um profissionalque sempre fez da dedicação o lema para divertir a plateia:“No começo, quando eu abria cartas na Rádio Globo, pen-sava: ‘Vou ser o melhor abridor de cartas.’ Sempre pensavacomo transmitir os pedidos dos ouvintes para o comuni-cador da melhor maneira possível. E assim, degrau por de-grau, sempre busquei ser o melhor naquilo que fazia.” Comenorme diversidade profissional, que abrange criação demarketing, redator de programas humorísticos do TomCavalcanti, criador de jingles (que rendeu uma históriasensacional com o Boni, ex-diretor-geral da Rede Globo) eoutros “causos”, Luizinho cativou a plateia, mantendo-aatenta e curiosa. No fim, deixou o seu recado: “Acreditemno jornalismo. Manten-

ham o foco e corram atrás. É possível escrever uma históriade vida vitoriosa com a profissão que vocês escolheram.”

Para fechar o espetáculo, subiu ao palco o radialistaClóvis Monteiro, consagrado por milhões de ouvintes em30 anos de carreira, líder absoluto de audiência na TupiFM comandando o programa “Show da Manhã”, que con-seguiu em sua apresentação comover o público. Vindo deuma família bastante humilde de Santa Maria, no interiordo Rio Grande do Sul, ele contou que seu primeiro e umdos maiores desafios para abraçar a profissão que escol-heu foi vencer a timidez. Extremamente retraído na esco-la e até entre a família, seu exemplo de superação

mostrou a importância da forçade vontade para se alcançar osucesso. Inicialmente chargista,Clóvis disse ter acontecido deforma acidental sua entrada nacomunicação eletrônica e que, apartir daquele instante, nadamais foi o mesmo. Carismático,falou de suas influências profis-sionais: “No começo, aindagaroto, pegava notas fúnebresdo jornal e lia fazendo a vozdos meus ídolos. Tentava im-itá-los. Com isso, fui criandomeu próprio estilo.” Falou darelação com os ouvintes quefazem uso das redes sociais ede celulares para ajudá-lo noar trazendo notícias emprimeira mão e até produzin-do entrevistas. E admitiu: “Aparticipação dos ouvintes noquadro Ouvinte Repórter Tupié maravilhosa para o progra-ma, muito útil e um grandesucesso. São eles que partici-pam nos informando do trân-sito em todas regiões do Rio.Costumam entrar em maiornúmero na primeira hora doprograma e dão verdadeiroshow.” Em mais um momen-to de emoção, o comuni-cador relatou um fato queconsidera um marco na car-reira: “Eu estava cobrindoao vivo do centro de PortoAlegre a campanha pelasDiretas Já, em 1985, ao ladode Dante de Oliveira e nafrente de 100 mil pessoas.Sem saber como fazer aqui-lo, resolvi simular umalocução esportiva atéchegar ao momento emque disse que, com o movi-mento das Diretas, o Brasilmarcaria um gol pelademocracia. Consegui es-timular 100 mil pessoas agritarem comigo. Até hojeessa lembrança me emo-ciona.”

Com o time de radialis-tas reunido no palco, ostrês passaram a responderàs perguntas da plateia.Ao fim, foram calorosa-mente aplaudidos e rece-beram o agradecimentodo professor Sidnei Ama-ral que, com a iniciativade promover o evento, re-alizou com brilho o obje-tivo de projetar o Rádio-jornalismo em lugar dedestaque no Curso deComunicação Social.

Luizinho Campos, do programa “Companhia do Riso”: lições de vida com muita descontração

A magia

O psicólogo Luiz Aibinder, colunista do “Programa Francisco

Barbosa”, ensina que o comprometimento com a fase

universitária é essencial para um profissional ter sucesso

Alunos e professores lotam o auditório do Teatro da UniverCidade, em Ipanema, na palestra-show sobre Radiojornalismo

FOTOS: SÉRGIO PAMPOLHA

O comunicador Clóvis Monteiro conta que, no começo da

carreira, ainda garoto, lia notas fúnebres publicadas pelos

jornais fazendo a voz dos seus ídolos, que tentava imitar

RÁDIOdo

Palestra-show revela os bastidores da TUPI

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