¹ Graduação em Eng. de Produção – UniDrummond – Aluno - [email protected] ² Graduação em Eng. de Produção – UniDrummond - Aluno - [email protected] 3Graduação em Eng, de Produção – UniDrummond - Professor orientador - [email protected] 4Graduação em Eng. produção – UniDrummond – Professor coordenador - [email protected] 5Graduação em Eng. Produção – UniDrummond – Prof. coordenador adjunto - [email protected]
A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA DENTRO DO AMBIENTE ADMINISTRATIVO:
RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES PARA UM TRABALHO MELHOR
Lucas Matheus da Silva¹
Pedro Henrique da Silva²
Wagner Costa Botelho3
Luis Fernando Quintino4
Valter Menegatti5
RESUMO
A ergonomia é uma ciência que estuda a relação entre seres humanos e seus locais de ofício, onde sua finalidade é proporcionar um aumento de produtividade relacionado à postura adotada, otimizar o tempo do funcionário/operador em sua tarefa diária e causar o menor desconforto possível. Um estudo aprofundado no setor administrativo de uma farmácia nos revela o que pode estar acontecendo nos mais variados ramos do Brasil e do mundo, seja a empresa uma montadora de carros ou um escritório de contabilidade. Neste artigo destacamos a importância de uma análise ergonômica criteriosa no ambiente trabalho, para que assim possamos encontrar “problemas-detalhes” e efetuarmos mudanças significativas em nosso cotidiano.
Palavras – chaves: Ergonomia. Produtividade. Análise Ergonômica.
ABSTRACT
Ergonomics is a science that studies the relationship between human beings and their where its purpose is to provide a productivity increase related to the posture adopted, optimize the time of the employee / operator in their daily task and cause the least possible discomfort. An in-depth study in the administrative sector of a pharmacy reveals can be happening in the most varied branches of Brazil and the world, whether the company a car assembler or an accounting office. In this article we highlight the importance of a careful ergonomic analysis in the work environment, so that we can find "problems-details" and make significant changes in our daily life.
Key words: Ergonomics; Productivity; Ergonomic Analysis.
2
1. INTRODUÇÃO
A palavra de origem grega “ergon” (trabalho) e “nomos” (normas) nos faz
entender que a ergonomia é exclusivamente o estudo corporal do homem em seu
local de trabalho, porém essa ciência pode ser aplicada também em nossos
momentos de lazer.
Uma ciência antiga, e já aplicada a centenas de anos, foi sendo aperfeiçoada
ao longo do tempo. Hoje podemos definir a finalidade da ergonomia como justamente
a correção postural do corpo e simultaneamente com esta diretiva, a adequação e/ou
adaptação do ambiente a nossa volta aos padrões antropométricos da pessoa que
usufruirá deste.
“A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem. O trabalho aqui tem uma acepção bastante ampla, abrangendo não apenas aquelas máquinas e equipamentos utilizados para transformar os materiais, mas também toda a situação em que ocorre o relacionamento entre o homem e seu trabalho.” (IIDA, 1997).
“Esforços estáticos, caracterizam-se por um estado de contração prolongada da musculatura e exigem manutenções na postura, são os tipos de esforços que a ergonomia busca evitar através da avaliação dos trabalhos que exigem muito tempo em pé ou sentado” (KROEMER, 2005).
Segundo Abrahão (2009), durante anos, muitas empresas, exclusivamente da
metade do século XVIII ao fim do século XIX, período em que ficou conhecido por sua
mudança no método de produção fabril, e que mais tarde veio a ser conhecido como
Revolução Industrial, tinham como seu objetivo principal a produção em massa. Com
a descoberta de máquinas a vapor, onde o homem poderia produzir muito mais do
que o habitual, uma mentalidade foi cravada na mente dos empresários da época,
“produção a todo custo”, e esse custo era a saúde física e mental do operário. Sendo
assim o operário se adaptava ao equipamento/maquinário, realizando movimentos e
esforços repetitivos durante toda sua jornada de trabalho, o que consequentemente
causaria sérios danos psicofisiológicos.
O mesmo autor, complementa que alguns cientistas administradores da época,
tal qual o famoso Frederick Taylor (1856-1915), já estudava uma melhor maneira de
produção sem que causasse a fadiga dos operadores, encontrando métodos para que
houvesse o menor desgaste possível, mas vale ressaltar, sempre com enfoque na
produção e nunca no trabalhador.
3
No início do século XX, marcadas pelas guerras entre países europeus,
estudiosos se propuseram a estudar melhorias para os soldados em meio aos
conflitos, o primeiro ponto a ser ressaltado foi a diferença corporal e mental entre os
soldados, sendo assim os generais e comandantes não poderiam se aproveitar de
sistemas/armamentos padrões, já que isso implicaria na baixa eficácia dos mais
variados soldados, cada homem deveria carregar o equipamento correto e a
quantidade necessária de acordo com seu corpo, essas observações foram de suma
importância para o desenvolvimento militar, o que anos mais tarde levariam os
exércitos a procurarem por um porte físico padrão, pois seria mais vantajoso e mais
barato armar e adaptar homens semelhantes fisicamente. A ergonomia surgiu
oficialmente em meados de 1949 após anos de sofrimento operário e o fim das guerras
mundiais, com intenção definitiva de estudar o ambiente para o homem, formaram-se
associações determinadas a discutir, regrar, aperfeiçoar e implementar métodos em
nosso cotidiano, assim se tornando cada vez mais uma ferramenta indispensável em
nossas vidas e principalmente em nosso trabalho, trazendo benefícios aos “dois lados
da moeda” (empresa e funcionário) (ABRAHÃO, 2009).
DULL (2004) afirma que a relação entre o homem e a máquina ocorreu durante
a IIª Guerra Mundial, tendo como objetivo aperfeiçoar o uso de aparelhamentos
militares pelos combatentes. Estudar a relação entre o homem e a máquina fora
aperfeiçoado juntamente com a área da medicina, utilizados no pós-guerra. Esse
aproveitamento contribuiu para o desenvolver de uma área inovada tecnologicamente,
apartada da ciência tradicional: O primeiro momento em que a palavra ergonomia
surgiu, foi na Inglaterra em 1949.
O entendimento da ergonomia nas empresas com foco no trabalhador, em
tarefas organizadas, que segundo Brown (1995) o conceito usabilidade foi definido
como sendo uma relação estabelecida entre usuários, atividades, os equipamentos e
os diversos impáctos do ambiente no qual o trabalhador se vale com sistema
produtivo.
A Ergonomia dentro dos ambientes administrativos brasileiro, afirma Marins
(2004), iniciou o seu desenvolvimento na área acadêmica em 1983, com a criação da
ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia).
Quanto ao atendimento a Lei Trabalhista, normalizada pelas Normas
Regulamentadoras, a Ergonomia consta na norma número 17 de 1978. A NR17 como
4
é comumente chamada, regulamenta a Lei 3214/78, estabelecendo parâmetros que
levam a adequação do posto de trabalho ao trabalhador.
Os princípios da ergonomia são definidos por Martins (1998), como a busca da
maximização com qualidade de vida do “corpo” do trabalhador no seu espaço de
trabalho. Esses princípios de movimentos, são definidos pelo autor como princípios
de:
I - Utilização do corpo:
I1. Mãos trabalhando em movimentos simultâneos.
I2. Mãos paradas simultaneamente.
I3. Braços em movimentos simétricos.
I4. Movimentos simples das mãos.
I5. O uso do impulso é necessário.
I6. Movimentos das mãos suaves e contínuos.
I7. Utilizar movimentos precisos com as mãos.
I8. Ritmo de trabalho mantido.
II - Local do trabalho:
II1. Manter um local de armazenamento de ferramentais e materiais.
II2. A antropometria ado trabalhador deve ser obedecido quanto ao acesso
ao ferramental e materiais.
II3. A gravidade deve ser utilizada na movimentação de materiais.
II4. Alimentadores devem ser usados para evitar excesso de carga a ser
transportada pelo trabalhador.
II5. A sequência lógica da movimentação deve ser observada.
II6. A higiene ocupacional do ambiente deve ser observada (luz, ruídos,
temperatura, umidade, eletricidade).
II7. O conjunto de cadeiras e mesas devem seguir padrões ergonômicos.
Esses princípios levam ao alcance de uma melhor produtividade e menor
absenteísmo, sem prejudicar o trabalhador em seu local de trabalho.
5
Maciel (2017) discorre sobre alguns problemas da falta desses princípios dentro
de um ambiente administrativo, como:
– A falta de exercício laboral, pré-dispões ao aparecimento de LER (Lesão por
Esforço Repetitivo) e anomalias da má-postura, por cadeiras não reguláveis,
problemas de visão se a iluminação for insuficiente ou em excesso, participando da
perda da eficiência das tarefas. A carga excessiva de trabalho com pausas de
descanso por vezes inexistentes.
1.1. Ergonomia atualmente
Vivemos em um mundo moderno onde cada vez menos trabalhos braçais são
realizados, máquinas modernas invadem as indústrias e fábricas e computadores e
celulares facilitam nossa compreensão sobretudo, estima-se que 75% da população
trabalhará sentada nos próximos 30 anos. As corporações tomam conta do mercado
de trabalho a cada dia, se pensarmos que passamos 8 horas dentro de um escritório
e que segundo uma pesquisa com 2 mil pessoas feita pela organização British Heart
Foundation e pelo grupo Get Britain Standing que identificou que 45% das mulheres
e 37% dos homens ficam de pé menos de 30 minutos por dia enquanto estão no
escritório, chegamos a conclusão de que quase metade das mulheres e homens
passam 93,75% de seu tempo sentados em frente a um computador, o que é um
grande risco para o aparecimento de lesões tais quais a LER/DORT (PAULA, 2016).
Para essa autora, LER (Lesões por Esforço Repetitivo) e DORT (Doenças
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho), são os nomes dados às doenças
ocupacionais causadas por movimentos repetitivos que exigem força em sua
execução. Seus sintomas são basicamente dores em tendões e articulações,
dificuldade para movimentar membros, formigamento, fadiga muscular, sensibilidade
e inflamação. Após detectar alguns destes sintomas, é imprescindível a procura de
um médico especializado, e nunca fazer uma automedicação. Esses problemas
podem acarretar em consequências mais graves futuramente se não diagnosticar o
que está causando o desconforto e não tratar da forma correta.
Por se tratar de um tema atual e que cada vez mais se torna preocupante para
as empresas, utilizamos o resultado da AET (Análise Ergonômica do Trabalho) no
setor administrativo de uma farmácia localizada na grande São Paulo, onde são
entregues medicamentos de diversas patologias aos pacientes. Esta análise baseou-
se no acompanhamento da rotina dos colaboradores, no turno de trabalho e nas
atividades desenvolvidas.
6
Os fatores levados em consideração foram: ambiente, mobiliário,
equipamentos e ferramentas, postura corporal adotada e comportamentos dos
funcionários. Após um exame crítico destes fatores, a AET concluiu que funcionários
que ali atuam, passam demasiado tempo sentados a frente de seus computadores,
sendo este um ambiente propício para o aparecimento das LER/DORT.
Nos ambientes de trabalho, nas situações habituais, a ergonomia é focada no
trabalhador, dentro de se evitar situações inseguras, insalubres, desconfortável e de
ineficácia laboral, a favor da manutenção da integridade física e psicológica do homem
(MOTTA, 2009).
Quanto a saúde do trabalhador, Nascimento (2016), dentro de uma abordagem
pública apresenta que:
A Política Nacional de Saúde do Trabalhador tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando á promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos. Em relação aos trabalhadores, há que se considerarem os diversos riscos ambientais e organizacionais aos quais estão expostos, em função de sua inserção nos processos de trabalho. Assim, as ações de saúde do trabalhador devem ser incluídas formalmente na agenda da rede básica de atenção à saúde. Dessa forma, amplia-se a assistência já ofertada aos trabalhadores, na medida em que passa a olhá-los como sujeito a um adoecimento específico que
exige estratégias – também específicas – de promoção,
proteção e recuperação da saúde (Ministério da Saúde
- Secretaria de Políticas de Saúde) (NASCIMENTO,
2016)
Conforme Botelho (2018), o bem-estar do trabalhador está de forma geral, nos
aspectos relacionados às condições de segurança e higiene do trabalho, que visam
analisar o posto de trabalho, as condições ambientais do trabalho, os tipos de
atividades realizadas, e os métodos adotados para a execução destas. Diante deste
cenário de atenção ao trabalhador e sua relação com sua atividade laboral, destaca-
se a ergonomia. Nesse contexto apresentado, esta pesquisa tem como objetivo a
análise ergonômica da atividade laboral realizada por trabalhadores do setor
administrativo de uma farmácia.
1.2 Fatores humanos no ambiente laboral administrativo
7
A fadiga a monotonia e a falta de motivação são aspectos importantes que
motivam ou desmotivam a atividade laboral no setor administrativo.
Para Iida (2002), o homem se apresenta pronto para o trabalho em momentos
que o rendimento laboral é diminuto quanto a possibilidade da ocorrência de
acidentes. Alguns fatos dão condições a um estado favorável para o trabalho. Os de
maior gravidade são o técnico-humano pela falta de treinamentos e a função do
organismo do homem, ou seja, os aspectos da fisiologia humana. Quanto ao horário
do dia, se manhã, tarde ou noite, também é um fator de estudo preponderante. Há
fisiologias que preferem um horário a outro.
1.3 Atividades monótonas
A monotonia é quando o organismo reage a ambientes com pouco estímulo à
atividade laboral. Os sintomas são a percepção de cansaço, apatia, morosidade e
uma redução da aplicação. Kroemer e Grandjean (2005) apresentam a monotonia no
trabalho como sendo o maior causador do crescente absenteísmo nas empresas de
atividade administrativa. As atividades delongadas e cíclicas de baixa complexidade
acercar-se ao crescimento da monotonia.
Segundo Iida (2002) alguns agravos causados pela monotonia, são em função
da diminuta duração do período de trabalho e restrição dos movimentos corporais. A
má iluminação dos locais, por vezes com temperatura extrema, com ruído acima dos
limites estabelecidos em lei, levando aos profissionais a redução da sua atenção a
atividade, assim como o aumento do tempo de reação por reflexo.
1.4 Fadiga laboral
Grandjean (1998), define a fadiga como sendo uma relação entre a capacidade
de produção reduzida, para qualquer atividade laboral. Vários aspectos se somam em
resultar a redução da capacidade de executar atividades, como fisiológicos,
psicológicos, a motivação diminuída e o envolvimento social com superiores e
companheiros de tarefa, e por fim, os ambientais como a iluminação inadequada,
ruídos excessivos, temperaturas extremas.
1.5 Motivação
O homem tem uma força interna que acelera o ir à busca de seus objetivos.
Essa força interna é acionada pela denominada motivação. O trabalhador motivado
8
trabalha mais e com melhor qualidade, gerando menor número de falhas e
consequentemente com menos monotonia e fadiga.
1.6 Posturas do corpo humano
A postura do corpo humano é geralmente, definida pelo tipo da atividade
relacionada ao posto de trabalho. Más posturas durante muito tempo prejudicam as
musculaturas e articulações. Uma postura ideal é aquela que o corpo sofre o mínimo
de carga em suas estruturas musculares, tendo o menor consumo de energia com o
máximo possível de um corpo eficiente (DUL & WEERDMEESTER, 2004).
Conforme Iida (2002), corpo admite posturas em posições como:
• Deitada: sem concentração de tensão muscular.
• Sentada: exige esforço muscular no ventre e dorso.
• Em pé: é a mais fatigante para toda a musculatura do corpo.
Dentre elas, a sentada tem vantagens, pois o corpo posiciona-se bem apoiado
em superfícies como mesa, cadeira e piso.
2. METODOLOGIA
Os profissionais que desempenham suas atividades neste setor administrativo
da farmácia em estudo são única e exclusivamente o farmacêutico e o auxiliar
administrativo. A metodologia utilizada no presente trabalho se deu primeiramente
através do recebimento e análise de queixas de alguns colaboradores do setor
administrativo a dores no corpo (tabela 1).
Tabela 1 – Região de queixas
Sexo Região de queixa
Feminino Pescoço
Feminino Punho
Feminino Braços
Feminino Pernas
Feminino Pescoço
Masculino Cotovelo
Feminino Pescoço
Masculino Pernas
Fonte: Autores
Também foram constatados alguns afastamentos, faltas e restrições de
trabalho no setor administrativo (tabela 2), podemos verificar que grande parte se deve
a incidentes ergonômicos.
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Tabela 2 – Consequência X CID - 10
Consequência CID – 10
Restrição a atividade M75.5 – Bursite do ombro
Afastamento M65 – Sinovite e tenossinovite
Restrição a atividade M65.2 Tendinite calcificada
Restrição a atividade M65.0 Abscesso da bainha tendínea
Afastamento G56.0 Síndrome do túnel do carpo
Restrição a atividade M75.0 Capsulite adesiva do ombro
Restrição a atividade M76.7 Tendinite do perôneo
Afastamento
F33.0 Transtorno depressivo recorrente,
episódio atual leve
Fonte: Autores
Os afastamentos e restrições ao setor em estudo, acarretaram em ausências e
falta de pessoal para atender a demanda de pacientes, com isso notou – se que o
nível de estresse e sobrecarga de trabalho dos demais colaboradores que
permaneceram no setor aumentou consideravelmente.
Figura 1a – Pesquisa aplicada
Fonte: Autores
10
Após estas queixas e dados de restrições e afastamentos no setor, foi realizada
uma pesquisa de campo (figuras 1a e 1b) com todos colaboradores do setor para
entender e verificar se algum destes colaboradores sentiam desconfortos ou dores,
onde se constatou que o trabalho neste setor é realizado em turnos: das 07:00 ás
13:00 horas e das 13:00 ás 19:00 horas, sendo que em cada turno temos 38
colaboradores, totalizando 76 colaboradores, sendo 63 femininos e 13 masculinos, os
dados de queixas por região do corpo podem ser visualizados na tabela 3.
Figura 1b – Pesquisa aplicada
Fonte: Autores
Após a quantificação destes dados, foi realizada uma análise ergonômica no
setor, a técnica aplicada baseia-se no FMEA (Failure Mode Effect Analysis), uma
ferramenta utilizada para verificar possíveis falhas em produtos ou processos, e que
apresenta ações de melhorias para as falhas encontrada.
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Tabela 3 – Sexo X Região do corpo
Região do corpo Feminino Masculino
Mãos 8 1
Punhos 59 9
Cotovelos 34 3
Antebraço 27 7
Braço 33 6
Dedos 1 0
Pescoço 57 7
Ombros 48 8
Pernas 38 4
Costas 55 5
Cabeça 42 3
Olhos 17 1
Fonte: Autores
Esta técnica é capaz de analisar e identificar as exigências e os riscos
ergonômicos relacionados a cada função. Este artigo substanciará as recomendações
para as ações relacionadas a cada função, objetivando colocar em prática o plano de
ação para prevenir, minimizar ou eliminar riscos ergonômicos nas atividades
desenvolvidas.
A NR-17 (Norma Regulamentadora 17, 2019) tem como objetivo de esclarecer
os aspectos que devem ser considerados na elaboração de uma Análise Ergonômica
do Trabalho. Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições
de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho.
Esta norma é um importante instrumento para garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores.
Objetivos do método:
• Reconhecer e avaliar as exigências e riscos ergonômicos através de uma visão
pró- ativa;
• Identificar ações que possam eliminar ou reduzir a chance de problemas
ergonômicos.
Para cada alvo de análise, foram selecionadas classes que servem de guia na
identificação de exigências e irregularidades. São agrupadas as seguintes classes:
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Quadro 1 – Classes x Característica dos riscos
N°
Classes
Caracterização
1 Interfaciais Posturas prejudiciais resultantes de inadequações do campo de visão/tomada de informações, do envoltório acional/alcances, do posicionamento de componentes comunicacionais, da morfologia e topografia dos apoios, com prejuízos para os sistemas muscular e esquelético.
2 Instrumentais Incongruentes arranjos físicos de painéis de informações e de comandos, que acarretam dificuldades na tomada de informações e de acionamentos, em face de inconsistências de navegação e de exploração visual, com prejuízos para a memorização e para a aprendizagem.
3 Informacionais Deficiências na detecção, discriminação e identificação de informações, em telas, painéis, mostradores e placas de sinalização, resultantes da má visibilidade, legibilidade e compreensibilidade de signos visuais, com prejuízos para a percepção e para a tomada de decisões.
4 Acionais Constrangimentos, biomecânicos no ataque acional a comandos e empunhaduras; ângulos, movimentação e aceleração, que agravam as lesões por traumas repetitivos. Dimensões, conformação e acabamento, que prejudicam a
apreensão e acarretam pressões localizadas e calos.
5 Movimentacionais Excesso de peso, distância do curso da carga, frequência de movimentação dos objetos a levantar ou transportar, Desrespeito aos limites recomendados de movimentação manual de materiais, com riscos para o sistema músculo esquelético.
6 De deslocamento Excesso de caminhamentos e deambulações. Grandes distâncias a serem percorridas para a realização das atividades
da tarefa.
7 Espaciais Deficiência de fluxo, circulação, isolamento; má aeração, insolação, iluminação, isolamento acústico, térmico, radioativo. Falta de otimização luminosa, da cor, da ambiência gráfica, do paisagismo.
8 Operacionais Ritmo intenso, repetitividade e monotonia, pressão de prazos de produção e de controles.
Fonte: Autores
Após a determinação das caracterizações perante as observações de classes,
foram levantadas as possíveis exigências. Estas podem ser classificadas com a
nomenclatura da patologia e especificação da região, ou simplesmente pela
delimitação da região. É possível, com a identificação de caracterização e exigências,
sugerir propostas de melhorias.
Tendo conhecido todos estes fatores, organizou-se então a planilha de análise
ergonômica do trabalho, tendo em sua principal estrutura:
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• Caracterização - Descrição do aspecto observado, quais os fatores que podem
levar a risco ou grandes exigências, a partir de sua classe. O aspecto é definido
como a maneira pela qual possa agredir a saúde ou segurança do trabalhador
ou causar distúrbio operacional (falha; erro);
• Exigência - Efeito da caracterização. São descritas as possíveis exigências
para cada caracterização, de uma forma pró - ativa, assumindo-se o que pode
ocorrer, mas não necessariamente vai acontecer.
Quadro 2- Escala de Severidade- S
Escala
Descrição
Definição
3
Grave
Podem surgir afastamentos e impactos no absenteísmo, prejudicando com isso a saúde do empregado, e gerando custos para a empresa em atenção a este problema. O evento poderá criar um non-compliance com regulamentações governamentais, o que acarreta em não atendimento à Requisitos Legais. Consequências à produtividade, implicando em atrasos no tempo previsto de produção ou em redução quantitativa do trabalho planejado.
2
Moderada
Haverá procuras e consultas ambulatoriais por reclamações de sensações dolorosas e/ou desconfortos. Estes desconfortos
poderão impactar em uma pequena perda da produtividade.
1 Baixa A atividade poderá criar um desconforto para o funcionário, mas suas reclamações não chegam em nível de procura ambulatória, afastamentos e/ou registros. Estes desconfortos ou reclamações de nada interferem na produtividade.
Fonte: Adaptado da AET do local analisado.
Quadro 3 - Escala de Ocorrência- O
Escala Descrição Definição
3 Alta Este tipo de risco vem acontecendo com frequência na organização. Uma ocorrência mês, ou uma probabilidade de 1 ocorrência em 10 eventos.
2 Moderado Existe histórico razoável de ocorrências do risco na organização. Um exemplo de mais que 1 ocorrência a cada ano.
1 Baixo Relativamente pouquíssima ou nenhuma ocorrência.
Fonte: Adaptado da AET do local analisado.
OBS - Os dados pesquisados podem ser os índices de absenteísmo, reclamações
ambulatoriais, consultas, acidentes, ou aplicação de questionários, entrevistas, e
protocolos de pesquisa desenvolvidos pelos avaliadores.
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Quadro 4 - Escala de Controle de Risco- C
Escala Descrição Definição
3
Inexistente
Não existe um processo ou um controle organizacional que permita o controle do risco. Não existe um plano e uma conscientização para lidar com o risco.
2
Remoto
Existe um plano para lidar com o risco, mas existem algumas dúvidas sobre sua eficácia. Há ausência de procedimentos formais.
1
Certo
Existem processos ou controles organizacionais bastante estabelecidos, amadurecidos e eficazes para controle deste tipo de risco. Existe um bom histórico de eficácia destes processos lidando com riscos como estes.
Fonte: Adaptado da AET do local analisado.
NPI - Priorização de Intervenções: Demonstra a atitude a ser tomada na prevenção,
eliminação, ou minimização do risco, de acordo com a sua prioridade. Devem-se fazer
esforços para que os índices sejam os menores possíveis, visando a melhoria da
condição observada e a prevenção do risco de maneira proativa.
Conforme o resultado, quanto maior, pior a condição, mais prioritária será a
intervenção e o controle. Equação de priorização: S x O x C = NPI
O resultado desta multiplicação também pode ser priorizado de acordo com o
quadro a seguir:
Quadro 5 - Faixas de enquadramento da somatória da pontuação obtida após a análise dos fatores
Escala Descrição Definição
Ate 1 ponto
TRIVIAL Baixíssimo Risco
Nenhuma ação é requerida e nenhum registro
documental precisa ser mantido.
De 2 a 3 pontos
TOLERÁVEL Baixo Risco
A monitoração é necessária para assegurar que os
controles são mantidos.
De 4 até 9 pontos
MODERADO Médio Risco
Pode-se considerar uma solução mais econômica ou a aperfeiçoamento que não imponham custos extras (de longo prazo).
De 12 até 18 pontos
SUBSTANCIAL Alto Risco
Devem ser feitos esforços para reduzir o risco em médio prazo. Os custos devem ser cuidadosamente medidos e limitados. As medidas devem ser implementadas dentro de um período de tempo
definido.
27 pontos INTOLERÁVEL Altíssimo Risco
Ações urgentes devem ser tomadas. Deve-se reduzir o risco com recursos ilimitados. O Risco deve ser reduzido (em curto prazo). Recursos consideráveis poderão ter de ser alocados.
Fonte: Adaptado da AET do local analisado.
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2.1. Análise do setor/funções
O local de desenvolvimento das atividades tem as seguintes características de
acordo com a AET do local: Área total de 105 m², piso Paviflex, ventilação natural,
iluminação artificial.
FUNÇÃO: Auxiliar Administrativo.
Realiza as tarefas e rotinas administrativas da Unidade organização do
atendimento e distribuição de números; organização e manutenção do arquivo
de prontuários e armário de materiais, organização do espaço de atendimento
e escritório; agendamento das atividades externas da farmácia; zelo e
conservação do material da organização – Quadros 6 e 7.
FUNÇÃO: Farmacêutico
Presta assistência farmacêutica, desenvolve atividades referentes a logística
de medicamentos, treinamentos, supervisão de funcionários, análise de
prescrição médica, acompanhamento de estagiários, supervisão de
fracionamento de medicamentos, inventários, livro de psicotrópicos,
normatização no fluxo de atividades, entrada e saída de medicamentos no
sistema da farmácia – Quadros 6 e 7.
Quadro 6 – Atividade x Caracterização
Atividade Caracterização
Auxiliar Administrativo/ Farmacêutico
Interfaciais: Atenção com posturas inadequadas na realização das tarefas no setor. Teclado apoiado em superfícies sem mecanismos de regulagem independentes, posto de trabalho sem apoio para os pés adequado, sem apoio para os punhos. Mesa de trabalho com pouco espaço para as pernas, CPU embaixo da mesa utilizando espaço físico para as pernas do
colaborador. Flexão do pescoço.
Instrumentais: Monitor apoiado em superfícies sem mecanismos de regulagem independentes.
Informacionais: Não procede.
Acionais: Não procede.
Movimentacionais: Não procede.
De Deslocamento: Não procede
Espaciais: Conforto térmico, luminosidade, ruído e umidade relativa do ar
adequada.
Operacionais: Ritmo de trabalho moderado.
Fonte: Adaptado da AET do local analisado.
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Quadro 7 – Exigências
Exigências S O C Controles NPI Observações
Interfaciais: Posturas inadequadas poderão ocasionar problemas de cervicalgia, lombalgia e tendinopatias. Implantação e utilização de regulagem da altura do teclado, apoio móvel para os pés e apoio para os punhos. Acondicionar o CPU em local apropriado e permitir melhor espaço físico para as pernas do colaborador. Essas medidas facilitam o processo de prevenção.
2 1 2 Remoto 4 Intervenção em longo prazo
Instrumentais: Implantação e utilização de regulagem da altura do monitor. Essa medida
facilita o processo de prevenção.
1 1 2 Remoto 2 Intervenção em longo
prazo
Informacionais: Não procede 1 1 1 Não
procede 1 Nenhuma
ação é requerida
Acionais: Não procede. 1 1 1 Não procede
1 Nenhuma ação é requerida
Movimentacionais: Não procede. 1 1 1 Não procede
1 Nenhuma ação é requerida
De deslocamento: Não procede.
Operacionais: Ritmo moderado.
1 1 1 Não procede
1 Nenhuma ação é
requerida
Espaciais: Adequado 1 1 1 Não
procede 1 Nenhuma
ação é requerida
Fonte: Adaptado da AET do local analisado.
Observa-se, que no setor os colaboradores permanecem grande parte de sua
jornada de trabalho com pescoço curvado, as farmacêuticas trabalham 80% da
jornada em pé, a postura é limitada pelo tipo de trabalho, o monitor de computador
está baixo do ângulo de visão, a cadeira possui ajuste manual, suas funcionalidades
não estão sendo utilizadas, deixando os colaboradores afastada do encosto, forçando
a região lombar, desalinhamento de antebraço, punhos e mãos em relação ao teclado.
Com isto houve o estudo de melhorias e possíveis adaptações nos locais do trabalho,
como treinamentos de ergonomia, ginástica laboral para os colaboradores, utilização
de apoio para os pés para colaboradores que não conseguiam alcançar o nível do
piso e manter o ângulo recomendado de 90°, desenvolvimento de campanhas para
disseminar técnicas de alongamento através de diálogos, reportagens, e-mail,
adequação de cadeiras irregulares dos setores inserindo dispositivos de ajustes.
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Figura 2 – Postura correta do colaborador x posto de trabalho
Fonte: Adaptado da AET do local analisado.
3. RESULTADOS E DISCUSÕES
A problemática ergonômica dos aspectos físicos da organização do trabalho,
se demonstram em condições pouco favoráveis quanto á saúde e bem-estar dos
trabalhadores, atingindo a qualidade das tarefas realizadas na organização. Dessa
forma, o propósito foi averiguar quais as decorrências das tarefas de trabalho em face
á saúde dos colaboradores, conforme aspectos físicos da organização do trabalho.
A análise dos resultados revela que os desgastes físicos dos trabalhadores que
exercem atividades operacionais em algumas funções são altos.
Isto acarreta cansaço físico e mental ao final do dia de trabalho. Entende – se que
essa agitação deve – se, em parte, ao excessivo arranjo físico do ambiente de trabalho
somado aos movimentos repetitivos e levantamentos e deslocamentos de cargas
pesadas.
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Isto confirma que o desgaste físico e emocional é elevado devido as condições
ergonômicas serem inapropriadas para a execução das atividades, as pressões a que
os trabalhadores estão submetidos podem ser tanto no âmbito psico – afetivo, quanto
no âmbito físico.
Após as melhorias realizadas nos mobiliários e equipamentos do local, bem
como os treinamentos e campanhas desenvolvidas a fim de orientar os funcionários,
foi realizada uma nova pesquisa e acompanhada diariamente as possíveis queixas
referentes a ergonomia, notou – se uma melhoria significativa na questão.
Os funcionários que estavam restritos a desenvolverem suas atividades no
local, após nova avaliação da medicina do trabalho retornaram ao setor aptos a
desenvolverem suas atividades normalmente, conforme tabela 4 podemos verificar o
número de queixas após algum tempo da implantação de melhorias citadas acima.
Tabela 4 – Queixas após implantação de melhorias
Sexo Região de queixa
Feminino Olhos
Feminino Ombro
Fonte: Autores
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme podemos notar nas pesquisas, são notórias a melhoria e a satisfação
dos funcionários dos setores, tornando o ambiente mais harmonioso e diminuindo
drasticamente o absenteísmo e falta dos colaboradores ao setor, evitando assim
sobrecarga aos colegas de trabalhos e futuros processos trabalhistas por conta de
doenças ocupacionais relacionadas com aspectos ergonômicos do ambiente de
trabalho.
Na análise dos resultados, pode ser observado que o estudo de caso
apresentou falhas nas condições físicas de trabalho, exatamente relacionadas ao
ambiente administrativo, que por sua natureza específica foi negligenciado em
detrimento de setores denominados de produção.
Não obstante que os setores de produção também carecem de uma análise
profunda como essas, porém, esse trabalho não se ocupou em analisar tal setor
produtivo.
Alguns trabalhadores descreveram anomalias lombares e cansaço nas pernas
pelas posturas durante o período de trabalho, isso é fato apesar de atividade ser
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administrativa, onde o labor ocorre em grande parte de modo sentado. Postura que
melhor posiciona a musculatura do corpo humano durante a jornada de trabalho.
Assim, recomendações para elevar a qualidade de vida no trabalho desses
trabalhadores no que se refere às condições físicas e organizacionais de trabalho, e
consequentemente melhorar a qualidade e produtividade dos serviços da empresa,
foram dadas. Espera-se que realmente a empresa atente a real necessidade de uma
ação efetiva e imediata quanto as ações propostas e identificadas por essa pesquisa
científica.
Atendeu aos seus objetivos propostos, que foi analisar ergonomicamente os
postos de trabalho, bem como, apresentar as medidas corretivas necessárias e
suficientes para corrigir os riscos decorrentes dos riscos ergonômicos, presentes nos
ambientes, atividades, operações e postos de trabalho.
Essa pesquisa dentro de seu levantamento, pôde deixar para pesquisas futuras,
uma linha mestra quanto a obtenção e análise das questões ergonômicas das
atividades laborais de funções outras desse ramos de atividade estudado, tanto ainda
dentro do setor administrativo como dentro da área produtiva.
5. REFERÊNCIAS
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https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/5992/1/Jenifer%20da%20Silva%20Maciel.pdf. Acesso em: 01/06/2019.
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NASCIMENTO, C.R.F.; ALVES, E.; LIMA, P.P.S.; DUARTE, S.; MORO, A.R.P. Um estudo sobre as consequências da ausência de ergonomia nas organizações. Revista Científica Semana Acadêmica - ISSN 2236-6717. Fortaleza, ano MMXIV, Nº. 000056, 11/06/2014. Disponível em: https://semanaacademica.org.br/artigo/um-estudo-sobre-consequencias-da-ausencia-de-ergonomia-nas-organizacoes; Acessado em: 02/05/2019.
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