A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA
(transcrição do power point)
1 O TRABALHO CIENTÍFICO
O Trabalho científico consiste na apresentação (oral ou escrita) de uma
observação científica, ou ainda, a apresentação de uma idéia ou conjunto de idéias, à
respeito de uma observação científica.
2 NATUREZA DO TRABALHO CIENTÍFICO:
Os trabalhos científicos podem ser distinguidos em três tipos:
1. Monografia;
2. Dissertação;
3. Tese.
O que diferencia a monografia da graduação da dissertação ou da tese não é a
forma, já que os critérios formais para a elaboração do texto são os mesmos, sofrendo
apenas pequenas alterações. Na verdade, a diferença está na profundidade da
investigação e na extensão do trabalho apresentado. Quanto à tese de doutorado, soma-
se ainda o caráter de originalidade do tema, como exigência distintiva ímpar.
Os estudantes diferenciam-se em três graus:
1º Graduandos;
2º Mestrandos;
3º Doutorandos.
É o nível de conhecimento adquirido que os diferenciam. Na graduação busca-
se mais uma formação profissional com base científica. Já na pós-graduação, pretende-
se que o estudante adquira uma sólida produção científica para o magistério.
O termo monografia designa um tipo especial de trabalho científico, que
concentra sua abordagem em um assunto específico, em um determinado problema,
tendo este, um tratamento pormenorizado e analítico.
A monografia consiste na forma de trabalho científico exigida do aluno no
momento da obtenção de sua titulação acadêmica ao final do curso de pós-
graduação lato sensu.
A elaboração de uma monografia consiste em todo um processo
milimetricamente planejado e desempenhado por partes, para sua fluidez, clareza, e
obtenção de uma satisfatória conceituação por parte do orientador, mas essencialmente,
para a relevante contribuição no campo científico.
Uma monografia não representa uma enorme pesquisa, um amontoado de
papéis que será descartado em alguns meses, mas um importante documento que muito
poderá contribuir na formação de futuros estudantes, e até mesmo no progresso
científico, social e tecnológico do País.
Deve sintetizar a capacidade, a perspicácia, a autonomia, a técnica, o
conhecimento obtidos pelo aluno ao longo do seu processo de formação acadêmica.
A dissertação é de caráter eminentemente didático e representa treino de
iniciação à investigação científica, logo não há obrigatoriedade de comunicação de uma
nova teoria. A formacão científico-acadêmica, via de regra, faz-se em dois estágios: o
primeiro no mestrado e o segundo no doutorado.
O objetivo da dissertação é o da obtenção de um título acadêmico, de mestre,
porque revela as reais capacidades de interpretação e apreciação do candidato, bem
como sua organização sistemática.
É a dissertação um pré-teste a que se submete qualquer candidato que pretende
ascender ao nível mais complexo e profundo da tese doutoral.
A tese do doutorado em Direito é realmente uma obra científica, uma análise
jurídica de alcance muito mais amplo, que não se ocupa tão somente da descrição ou
análise de um instituto ou questões jurídicas, mas sobretudo, de uma contribuição
pessoal do autor a uma determinada área do conhecimento.
A tese vai além da pura análise de dados e redunda inexoravelmente na
argumentação de uma nova teoria, desconhecida e inteiramente nova do que se produziu
até aquele momento.
3 A RELEVÂNCIA DO ATO DE LER, ESTUDAR, ESCREVER E FALAR
Ler significa conhecer, interpretar, decifrar. A maior parte dos conhecimentos
é obtida através da leitura, que possibilita não só a ampliação, como também o
aprofundamento do saber em determinado campo cultural ou científico.
Ler significa também eleger, escolher, ou seja, “distinguir os elementos mais
importantes daqueles que não o são e, depois, optar pelos mais representativos e mais
sugestivos”.
A leitura constitui-se em um dos fatores decisivos do estudo e imprescindível
em qualquer tipo de investigação científica. Favorece a obtenção de informações já
existentes, poupando o trabalho da pesquisa de campo ou experimental. A leitura
propicia a ampliação de conhecimentos, aumenta o vocabulário, permitindo melhor
entendimento do conteúdo das obras.
A leitura tem 02 (dois) objetivos fundamentais:
I. Serve como meio eficaz para aprofundamento dos estudos;
II. Serve para a aquisição de cultura geral.
Há três espécies de leitura:
1. De entretenimento ou distração;
2. Para aquisição de cultura geral;
3. E para ampliar conhecimentos em determinado campo do saber.
A primeira espécie visa apenas o divertimento, o lazer, o passatempo.
Já o segundo faz com que o leitor tome conhecimento, de modo geral, do que
ocorre no mundo. Ex: livros, revistas e jornais.
A última tem a finalidade de que o leitor aprenda algo de novo e aprofunde
conhecimentos anteriores. Ex. livros, revistas especializadas.
Das Quatro Operações da Leitura:
1) Reconhecimento: entender o significado dos símbolos, gráficos utilizados no texto;
2) Organizar: entrosar o significado das palavras na frase, nos parágrafos, nos capítulos;
3) Elaborar: estabelece compreensão além do texto;
4) Valorar: crítica ao texto utilizado para leitura.
Como se deve ler:
I. Com objetivo determinado;
II. Visualizar as atividades de pensamento;
III. Imprimir padrões de velocidade;
IV. Avaliar o que se lê;
V. Discutir o que se lê;
VI. Saber quando deve ler um livro até o fim ou
somente consultá-lo.
Leitura proveitosa:
ATENÇÃO – assimilação, entendimento;
INTENÇÃO – propósito de conseguir algum proveito intelectual através da
leitura;
REFLEXÃO – ponderação sobre o que se lê;
ANÁLISE – divisão do tema no maior número de partes possíveis, determinação
das relações entre elas e entender sua organização;
SÍNTESE – resumo dos aspectos essenciais;
VELOCIDADE – rápida, porém com entendimento;
ESPÍRITO CRÍTICO - avaliação de um texto (juízo de valor).
Regras elementares para a leitura:
I. Toda a leitura deve ter um propósito;
II. Entender o que se lê;
III. Avaliar o que se lê;
IV. Discutir o que se lê;
V. Aplicar o que se lê, reconhecer sempre que cada assunto, cada gênero
literário requer uma velocidade rápida de leitura.
Defeitos a serem evitados:
Dispersão do espírito;
Inconstância;
Passividade;
d) Excessivo espírito crítico;
e) Preguiça;
f) Deslealdade.
Tipos de Leitura:
Harlow apresenta 4 tipos de leitura:
1) Scanning: Através dos tópicos da obra, utilizando o índice ou a leitura de
algumas linhas, parágrafos, visando encontrar frases ou palavras chaves;
2. Skimming: captação da idéia geral através de títulos, subtítulos, ilustrações,
procura da metodologia e essência do trabalho;
3) De significado: visão ampla do conteúdo e procura dos aspectos principais;
4) De estudo: ler, reler, utilização do dicionário, feitura de resumos, etc.
4 ESTUDAR
Estudar significa, de modo geral, o ato pelo qual cada pessoa humana enfrenta
a realidade para compreendê-la e elucidá-la, seja pela descrição de suas características
essenciais, seja pela descoberta de sua origem e evolução.
O ato de estudar, de caráter social e não apenas individual, se dá também,
independentemente de estarem seus sujeitos conscientes disto ou não. É o ato curioso do
sujeito diante do mundo, é a expressão da forma de ser dos seres humanos.
O ato de estudar também é um processo de operar com a realidade, para
encontrar o sentido mais adequado, mais elucidativo, enquanto relação direta do sujeito
com o objeto do conhecimento.
COMO ESTUDAR?
As duas formas do ato de estudar podem ser classificadas como:
1) Crítico
2) A-crítico.
O ato de estudar diretamente a realidade será crítico na medida em que busque
uma elucidação compatível com aquela. Crítico, equivale a objetividade na elucidação:
descrição da realidade a partir de projeções psicológicas do sujeito.
O ato de estudar indiretamente a realidade será a-crítico quando houver
aceitação pura e simples da mensagem e sua conseqüente retenção mnemônica, sem
indagação pela sua validade.
5 ESCREVER E FALAR
A comunicação se dá quando da transmissão de uma mensagem entre um
emissor e um receptor. O emissor transmite uma mensagem que é captada pelo receptor.
Este é o esquema geral apresentado pela teoria da comunicação.
Emissor é quem transmite uma mensagem para outra pessoa, o receptor.
Portanto, a mensagem será elaborada por um indivíduo para ser assimilada por outro.
O texto linguagem significa, antes de tudo, o meio intermediário pelo qual
duas consciências se comunicam. Ao escrever um texto o autor (emissor) codifica sua
mensagem que, por sua vez, já tenha sido pensada, concebida e o leitor (o receptor) ao
ler o texto, decodifica a mensagem do autor, para então pensá-la, assimilá-la e
personalizá-la, compreendendo-a e assim se completa a comunicação.
ESCREVER X FALAR
ARGUMENTAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO
Escrever é construir atos de comunicação. Isso implica no desafio de traduzir
idéias, raciocínios ou sentimentos para o formato linear da escrita.
Escrever não é portanto um ato mecânico e isolado; mas um conjunto de
aptidões que se materializam. A redação é também um ato de criação.
Para estimular a criação, são úteis: a percepção da realidade, a originalidade, a
curiosidade, a pesquisa, entre outros fatores.
Uma vez decidido a quem se escreve, cumpre resolver como se escreve.
Neste processo de suma importância há uma tríade: emissor – mensagem –
receptor.
O autor de uma monografia ou de uma tese deve ter sempre que se preocupar
em escrever para os outros, expor os resultados de todos os dados coletados e
apreciados durante a pesquisa.
6 DEMONSTRAÇÃO
Uma monografia científica deve assumir a forma lógica de demonstração de
uma tese proposta hipoteticamente para solucionar um problema.
A demonstração da tese é realizada mediante uma seqüência de argumentos,
cada um provando uma etapa do discurso.
Na demonstração de uma tese, pode-se proceder de maneira direta, quando se
argumenta no sentido de provar que uma proposta de solução é verdadeira, sendo as
demais falsas.
A demonstração pode proceder de maneira indireta, quando se demonstra ser
falsa a alternativa que se opõe contraditoriamente à tese proposta. Assim acontece
quando se demonstra que da falsidade de uma tese decorrem conseqüências falsas;
sendo o conseqüente falso, o antecedente também é falso.
Demonstração é o conjunto final seqüenciado de operações lógicas que de
conclusão em conclusão chega-se a uma solução final procurada.
ARGUMENTAÇÃO
A ciência, como forma de saber visa explicar e prever os fenômenos que
acontecem ou podem manifestar-se. Dado, então, um fenômeno, ou fato problema,
procura-se justificá-lo e explicá-lo. Essa justificação é dada em forma de um raciocínio
(...) através do qual chegamos a uma afirmação (conclusão) a partir de outras afirmações
(premissas).
Quando esse raciocínio é expresso numa linguagem tem-se o argumento. Em
verdade, a tese nada mais é do que um conjunto de argumentos tendentes a provar uma
teoria. De premissa em premissa, de enunciado em enunciado, vai-se conduzindo o
leitor a uma conclusão desejada.
A argumentação não visa exclusivamente a adesão a uma tese porque ela é
verdadeira. Pode-se preferir uma tese a qualquer outra, porque ela se revela mais justa,
mais oportuna, mais razoável, melhor adaptada à situação.
TÉCNICAS DE ARGUMENTAÇÃO
Argumento é todo o procedimento lingüístico que visa a convencer o
interlocutor, ou fazê-lo aceitar o que foi comunicado, crer no que foi dito ou fazer o que
foi proposto.
A argumentação deve ser revestida de lógica, sendo o raciocínio argumentativo
representado pelos silogismos, e que se processa por meio do discurso, produzindo um
efeito racional no ouvinte.
A ARGUMENTAÇÃO NA CIÊNCIA DO DIREITO
O raciocínio jurídico depende, antes de mais nada, de um demonstração
argumentativa para ser comprovado através de argumento lógico, de caráter puramente
matemático, abstrato, genérico e objetivo.
O argumento conduz a demonstração da verdade jurídica, consistindo na arte de
desenvolver os juízos.
Na teoria da argumentação é necessário fazer uma distinção entre persuasão e
convencimento.
O discurso será persuasivo quando esse se relacionar com às reações do
auditório, e denotar uma preocupação com seu alcance.
A argumentação é distinta da persuasão. A argumentação para poder ser
convincente tem que fazer apelo à razão, ao julgamento de quem participa ou assiste ao
confronto de ideias.
A persuasão está ligada à sedução. A adesão de alguém a certas ideias é feita
através de gestos, palavras ou imagens que estimulam nela sentimentos ou desejos
ocultos, acabando por gerar falsas crenças.
Na persuasão ao contrário da argumentação faz-se apelo a processos menos
racionais.
No discurso de convencimento o objetivo do argumentador é fazer com que o
auditório concorde com o argumento, compreende todo ato de racionalidade.
TIPOS DE ARGUMENTOS
ARGUMENTO A CONTRÁRIO
É aquele que parte do fato de que um dispositivo normativo inclui certo
comportamento num modo deôntico, excluindo de seu âmbito qualquer outra conduta.
Assim, se uma conduta “C” é proibida, qualquer conduta “não C” é permitida.
O argumento contrario sensu tem como seu principal fundamento o princípio
da legalidade, previsto na Constituição Federal em seu inc. II do art. 5º:Ninguém está
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Assim, a nível legislativo, se uma disposição obriga todos os jovens, tendo
atingido a idade de 18 anos, a prestar serviço militar, concluir-se-á a contrario que as
jovens não se encontraram submetidas à mesma obrigação.
Se a Constituição Federal determina que o voto é facultativo para os
analfabetos, maiores de 18 anos, concluir-se-à a contrario que para os alfabetizados,
maiores de 18 anos, o voto é obrigatório.
ARGUMENTO POR ANALOGIA
Significa aplicar a uma hipótese distinta, uma solução semelhante daquela
oferecida pelo legislador. Logo, baseia-se na idéia de que, se a lei disciplina de certo
modo uma relação jurídica, deve disciplinar do mesmo modo uma outra relação que é
semelhante.
Exemplo: a proibição a um usuário de ingressar em repartição pública
acompanhada de um cão nos conduz à regra segundo o qual é igualmente necessário
proibir qualquer outro usuário que pretenda ingressar na repartição acompanhado de
qualquer outro animal tão incômodo quanto o cão.
Outro exemplo: a mãe adotiva tem o mesmo direito que a mãe natural à
licença maternidade.
Outro exemplo: o feto é, em potência, um ser humano; todos os seres
humanos, quer sejam apenas seres humanos em potência ou não, têm o direito à vida;
logo, o feto tem o direito à vida. Portanto, o aborto não deve ser legalizado.
ARGUMENTO A FORTIORI
Diz-se da argumentação na qual a conclusão se estabelece à vista de outra para
a qual havia menor motivo. Parte-se de uma razão menos evidente e conclui-se pela
maior evidência. O argumento a fortiori é utilizado para a determinação de um limite a
quo, como, por exemplo, na fórmula “quem pode o mais, pode o menos”.
Para se caracterize o argumento a fortiori é necessário não só analisar a
relação e sua natureza de assimetria e transitividade, mas também que a extensão do
direito ou do dever não esteja compartida e vice-versa, que a intensidade da situação
jurídica não se transforme em extensão.
Exemplo: se a Justiça do trabalho tem competência para apreciar o vínculo
empregatício, que é o mais, pode apreciar todas as questões decorrentes do contrato de
trabalho que é o menos.
Exemplo: se a lei exige, dos Promotores de Justiça que, nas denúncias,
discriminem as ações de cada um dos acusados, com mais razão deve-se exigir que o
Magistrado as individualize, na sentença.
O argumento a “fortiori” admite duas formas distintas: o argumento a “minori
ad maius” e o a “maiori ad minus”.
A forma a “minori ad maius” se aplica no caso de uma prescrição negativa.
Assim, se é proibido ferir, é proibido matar; se é proibido caminhar sobre a grama, a
“fortiori” é proibido arrancar a grama.
ARGUMENTO A MAIORI AD MINUS
A segunda forma do argumento “a fortiori”, a “maiori ad minus” manifesta-
se no célebre Brocardo do argumento “ad minus”: “Onde há o mais, sempre há o
menos”.
Assim se afirmo que quem adquire de boa-fé e por justo título um imóvel
torna-se legítimo proprietário por usucapião, em 5 anos, posso afirmar, graças a um
raciocínio a “maiori ad minus” que, nas mesmas condições, pode alguém tornar-se
titular de qualquer outro direito real menos importante que o da propriedade.
Se as normas de trânsito permitem a conversão em determinado trecho da via
pública, também permitirá virar no mesmo.
Outro exemplo, se está legalmente permitido emprestar dinheiro,
estabelecendo-se juros a seis por cento, com maior razão admitir-se-à o empréstimo a
quatro por cento de juros.
Se a lei concede benefício a um crime mais grave, com maior razão deve
conceder o mesmo benefício a um delito menos grave. Assim, o réu que é acusado por
contravenção de vias de fato também deve ser beneficiado com o início do processo
criminal mediante representação do ofendido, assim como o crime de lesões corporais
leves e culposas, de acordo com a Lei dos Juizados Especiais.
ARGUMENTO AXIOLÓGICO
Trata-se do argumento baseado em juízo de valores e não juízo de fatos.
Exemplo: Um fato é criminoso mas considerado dentro de um contexto de
justificação, como a legítima defesa, por exemplo, deixa de ser.
ARGUMENTO DA FACILIDADE
Está relacionado ao meio mais fácil para atingir os fins desejados. Este
argumento procura evidenciar que a solução defendida consiste na maneira mais rápida
e simples para resolver um problema. Grosso mod, reflete a lei do “menos esforço”.
Exemplo:
“Os ateístas não tem prova que Deus não existe. Logo ele existe”.
"O 'elo perdido' entre o homem e os primatas não foi encontrado até hoje.
Isso nos mostra que a Teoria da Evolução está errada e o livro bíblico de Gênese é
que está com a razão ao falar da criação do primeiro casal por Deus."
ARGUMENTO AB AUTORICTATE
É considerado, por muitos, argumento sofístico, uma vez que parte da
infalibilidade das autoridades. Todavia, o Direito admite esse tipo de argumento em se
tratando de doutrina e jurisprudência. Serve como complemento de argumentação, ao
invés de constituir única prova.
Exemplo: Segundo MIGUEL REALE JÚNIOR, a repressão aos estados de
ânimo tende a punir a pessoa, “mesmo sem a prática de atos preparatórios pela simples
razão de se detectar a probabilidade de vir no futuro a cometer crimes. A
periculosidade sempre foi o recurso dos sistemas políticos totalitários, como se deu
com o nazismo e o comunismo, em que alcançavam relevo a predisposição de agir em
ofensa ao ‘são sentimento do povo alemão’ ou aos ‘interesses da coletividade
socialista”.
ARGUMENTO DE PREMÊNCIA
Procura demonstrar a argumentação a partir da necessidade ou urgência que a
situação a ser defendida necessita.
Exemplo:
Necessidade de liminar em ação de alimentos visto que o estado de filiação já
está reconhecido e há demonstração de que o menor está desamparado materialmente
ARGUMENTO AB INUTILE SENSU E A RUBRICA
De acordo com o argumento ab inutile sensu, tem-se, por exemplo, que as leis
não devem conter palavras inúteis.
Em contrapartida, o argumento a rubrica diz que não se pode desprezar as
emendas, livros, secções e títulos, também consideradas como argumentos.
ARGUMENTAÇÃO PREVENTIVA
A prevenção ou precaução também é um tipo de argumentação que deve ser
utilizada acompanhada de outro argumento.
Ao se prevenir algo, está-se criando uma situação que nem sempre
corresponde a realidade futura.
O modo de operar esse argumento segue a mesma linha do argumento de
premência.
Exemplo: penhora on-line
ARGUMENTO DE MELHOR OPÇÃO
Tenta-se demonstrar que a situação alvo da argumentação corresponde a um
dilema, para o qual deverá ser feita a escolha entre a solução indicada pelo
argumentador e pelo seu adversário.
Defende que, dentre as possíveis soluções, a que se propõe é a que causará
menos prejuízos, ou a que trará maiores benefícios.
É um argumento que lida com escolhas necessárias; está diretamente integrado
com o argumento pragmático ou com o teleológico no seu desfecho, ao analisar
consequências ou fins.
Exemplo:
O aborto é crime, porém, nos casos de anencefalia, se justifica porque não há
vida e a dignidade e saúde da gestante estão sendo violadas.
REDUÇÃO AO RIDÍCULO
É uma afirmação quando entra em conflito, sem justificação, com uma opinião
aceita. Trabalha basicamente voltada para a argumentação a ser ridicularizada.
Consiste em realçar detalhes negativos da argumentação do adversário e
maximizá-lo, dando-lhe ênfase, como em uma caricatura. Pode-se criar erros através da
descontextualizarão, quando estes não existem.
Exemplo:
Em uma ação de dano moral pelo fato de um estabelecimento comercial
“reter” uma pessoa frente a um público, no aguardo pela autoridade policial, pelo fato
daquele estar tentando passar uma nota de R$ 50,00 falsa. Você poderá ridicularizar,
menosprezar, diminuir, a argumentação do requerente alegando que tal procedimento é
comum e necessário para a efetiva prisão de possível criminoso que tenta passar nota
falsa, escapando assim do pagamento de indenização. Você estará dizendo que a atitude
do estabelecimento comercial é aceita e correta e que a alegação do requerente é
“ridícula”.
ARGUMENTO PRAGMÁTICO
Apresenta forte poder persuasivo, uma vez que se fundamenta em juízos de
fato; busca caminhos para solucionar problemas práticos, ou seja, a teoria só tem valor
se ela resolver problemas práticos.
A adequação de uma proposição com a realidade e a aplicação de uma dada
teoria na prática.
É importante é verificar a veracidade dos fatos antes de se utilizar este tipo de
argumentação sob pena de se ser vítima de uma redução ao ridículo.
Exemplo:
A não aplicação da pena de morte porque esta é inútil ao combate ao crime.
ARGUMENTO DE CAUSALIDADE
Avalia a causa, o porquê de uma dada situação. Parte da análise não apenas do
fato, mas sim, do que originou.
Exemplo:
Imputar a sociedade a causa precípua da criminalidade, alegando que alguns
cometem crime (e este é o fato em si), por não possuírem condições de vida para se
manterem longe de condutas ilícitas.
Exemplo:
Uma empresa responsável pelo adestramento e hospedagem de animais de
grande porte (touros e cavalos), vindo um destes animais que tinha valor comercial de
R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) a morrer. O proprietário do animal aciona a empresa
judicialmente para o pagamento de perdas e danos. Porém, a empresa utilizando de
argumentação de causalidade comprova que a morte do animal foi decorrente de um
raio que caiu no pasto matando vários animais e um funcionário. Assim, a culpa pela
morte do animal (fato em si) seria irrelevante devido ao fato pretérito causal.
ARGUMENTO PSICOLÓGICO
Procura a vontade do legislador pela análise das discussões ocorridas no processo que
deu origem a uma lei.
Exemplo:
Argumento psicológico da intimidação na pena de morte. Uma das intenções do
legislador é que o criminoso, diante do risco de perder a vida, pensa duas ou mais vezes
na conseqüência fatal do delito, acabando por desistir de praticá-lo.
ARGUMENTO HISTÓRICO
Baseia-se na seqüência temporal dos acontecimentos.
Consiste na construção de um fato no tempo e no espaço, com certo poder de
generalização. Significa dizer que a aplicação de uma norma jurídica, por exemplo,
teve, historicamente, tais e tais implicações em determinado lugar e época, e que,
portanto seria (ou não) conveniente repetir a experiência.
ARGUMENTO TELEOLÓGICO
O atenta ao espírito e ao objetivo da lei ou de instituto jurídico que é
reconstituído, sem considerar o estudo concreto dos trabalhos preliminares ou origens,
mas à partir do texto mesmo da lei, ou da instituição, como ente isolado e único.
Pode-se citar como exemplo:
A apresentação de jurisprudências no sentido de uniformizar as decisões
judiciais, dar-lhes a mesma finalidade (tutelar da mesma forma o direito pleiteado),
visando o mesmo e bom cumprimento das norma jurídicas. Uni-se os fatos já julgados
pleiteando julgamento procedente.
ARGUMENTO AB EXEMPLO
Confirma a regra que se pretende provar. Pelo exemplo faz se um feedback no
leitor. Exemplo é espécie de argumento que vai do fato à regra. O exemplo pode servir
ora apenas como uma ilustração, ou, como efetivo meio de se comprovar regra útil ao
discurso.
Exemplo:
A acusação afirma que o réu deve ser responsabilizado pelo homicídio,
admitindo que sua participação foi apenas a de vender a arma ao verdadeiro executor.
Sustenta a acusação, que, se a arma não fosse vendida ao executor, ele não poderia
matar a vítima.
Mas a regra que a acusação pretende fazer valer não é aceitável.
Ora, se ela fosse verdadeira, um motorista de ônibus que transporta, dentre
outras dezenas de passageiros, um executor de um delito, sem saber de quem se trata,
deveria responder pelo evento, pois sem o ônibus o facínora não chegaria ao local do
crime e assim não haveria o resultado.
ARGUMENTO SISTEMÁTICO
Parte da hipótese de que o direito é ordenado, e que suas diversas normas formam um
sistema cujos elementos podem ser interpretados em função do contexto onde se
encontram inseridas.
Exemplo:
As normas inseridas no campo de Direito Penal, serão interpretadas segundo o princípio
de que na dúvida o réu deve ser favorecido.
Na área de direito civil prevalece a vontade das partes.
ARGUMENTO AO ABSURDO
O argumento ao absurdo é típico do discurso jurídico.
Também denominado de apagógico é aquele que procura mostrar a falsidade de uma
proposição aplicando-lhe as regras lógicas do Direito, até alcançar um resultado que o
interlocutor entende como impossível.
A impossibilidade do resultado faz com que o interlocutor rechace sua gênese, e
isto constitui no principal objetivo do discursante.
Exemplo:
O Réu está preso por porte ilegal de arma de fogo. A acusação quer que se lhe
negue o direito à liberdade provisória, pois afirma que o crime é grave e a lei não lhe
permite o benefício. Mas pensemos: estatística recente assenta que perambulam, nesta
cidade de São Paulo, aproximadamente um milhão de armas ilegais. Se existem um
milhão de armas ilegais, há a mesma quantidade de pessoas cometendo o mesmo delito
que o ora acusado.
Sendo a justiça igual para todos – e isso parece inegável – deveria haver, neste
momento, um milhão de paulistanos presos cautelarmente, sob a mesma acusação. Isso
importa em afirmar que, pelo mais sensível e banal princípio jurídico, nem ser o maior
bairro de São Paulo fosse transformado em um presídio haveria como alocar todos os
presumidos detentos!
ARGUMENTO A COHERENTIA
O argumento a coherentia é, nos dizeres de Perelman, aquele “(...) que, partindo
da idéia de que um legislador sensato – e que se supõe também perfeitamente previdente
– não pode regulamentar uma mesma situação de duas maneiras incompatíveis, supõe a
existência de uma regra que permite descartar uma das duas disposições que provocam
a antinomia”.
Desse modo, o argumento pretende demonstrar que, na existência de duas
normas jurídicas que aparentemente regulam o mesmo fato, deve haver um diferencial
que faça com que apenas uma delas incida sobre um caso concreto. Evidentemente, o
argumento tende a demonstrar que a norma jurídica que incide sobre o caso é aquela
mais benéfica à parte cujo interesse se defende.
DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS
A pesquisa se constitui num procedimento formal para a aquisição do
conhecimento sobre a realidade.
Exige pensamento reflexivo e tratamento científico. Não se resume na busca da
verdade; aprofunda-se na procura de resposta para todos os problemas aventados na
pesquisa.
A pesquisa procura dados em variadas fontes, de forma direta ou indireta. No
primeiro caso, levantam-se dados no local em que os fenômenos ocorrem (pesquisa de
campo ou laboratório) no segundo, a coleta de informações pode ocorrer através de
documentação.
A pesquisa bibliográfica caracteriza-se como documentação indireta.
Além da pesquisa bibliográfica pode ser também realizada uma investigação de
documentos de primeira mão, que ainda não foram objetos de estudo.
A documentação direta abrange a observação da própria realidade. Constituem
fonte primária os documentos adquiridos pelo próprio autor da pesquisa. Esses
documentos podem ser encontrados em arquivos públicos, particulares, etc.
PASSOS DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
A pesquisa bibliográfica compreende:
ESCOLHA DO ASSUNTO: o assunto será delimitado e preciso. Ao geral,
amplo, será preferido o restrito.
Exige, portanto, que seja escolhido assunto condizente com a capacidade do
pesquisador, com suas inclinações e gostos pessoais.
Outros fatores: tempo para realizar a pesquisa e existência da bibliografia pertinente ao
assunto.
Após o estabelecimento do tema que é o assunto devidamente delimitado, passa-se à
fase de leitura e fichamento.
Há autores que recomendam como passo seguinte o estabelecimento de um
plano provisório. O chamado “esqueleto”.
ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO
Este dever ter:
INTRODUÇÃO: consiste na formulação do tema, na importância dele, na justificativa
da pesquisa e na metodologia a ser empregada.
DESENVOLVIMENTO: é o fundamento lógico do trabalho, a explicação do
tema, a discussão e a demonstração. Pode ser dividido em tópicos.
CONCLUSÃO: é o resumo completo, mas sintetizado, da argumentação
desenvolvida na parte anterior.
IDENTIFICAÇÃO: é a fase de reconhecimento do assunto pertinente ao tema
em estudo. Consiste na identificação do texto com que irá trabalhar, onde deve-se ler o
título, a data de publicação, a ficha catalográfica, a “orelha”, sumário, introdução e por
fim a bibliografia.
LOCALIZAÇÃO: esta fase é posterior ao levantamento bibliográfico e consiste
na localização das obras específicas, a fim de se obter as informações necessárias;
COMPILACÃO: caracteriza-se como fase de obtenção e reunião do material
desejado;
FICHAMENTO: é a transcrição dos dados em fichas para posterior consulta e
referência, devendo-se anotar os elementos essenciais ao trabalho. Portanto, essas
anotações devem ser completas, claramente redigidas e fiéis ao original.
ANÁLISE: a análise de um texto refere-se ao processo de conhecimento de
determinada realidade e implica no exame sistemático dos elementos. Sua finalidade é
dar uma visão de conjunto do texto, permitir buscar esclarecimentos sobre o autor, fatos,
doutrinas e autores citados no texto, bem como vocabulário.
INTERPRETAÇÃO: significa entender a intenção do autor, ou seja, saber
realmente o que ele afirma, correlacionar suas idéias com os problemas para os quais se
procura a solução, e julgar o material coletado em relação ao critério de verdade.
ACESSO À BIBLIOGRAFIA: a habilidade em fazer pesquisas em bibliotecas
começa com a compreensão de como elas são organizadas.
REDAÇÃO: a redação da pesquisa bibliográfica varia de acordo com o tipo de
trabalho científico que se deseja apresentar.
IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL BIBLIOGRÁFICO
Nesta fase o leitor conhece o assunto pertinente ao tema em estudo. Em primeiro
lugar deve-se buscar catálogos de relação de obras. Com o livro na mão, pode-se fazer
uma análise melhor do sumário e um levantamento dos assuntos abordados no texto.
Os abstracts (resumos) são outra fonte de informações. Eles apresentam um
resumo analítico do texto.
A bibliografia constante no final dos livros também é outra fonte básica para a
pesquisa bibliográfica.
SELEÇÃO DE LEITURA
Inicialmente, analisa-se o título da publicação.
O título é amplo, restrito, preciso?
Que classe gramatical prevalece no título: verbos ou substantivos?
O que o título sugere?
Em seguida, passa-se à verificação do sumário. Há alguns autores que
recomendam o exame das qualificações do autor, de seu “curriculum vitae”.
A orelha, a capa, a apresentação e o prefácio, todos devem ser objetos de leitura
atenta.
Um exame rápido da bibliografia também favorece a seleção criteriosa.
Em geral, a seleção parte do livro escolhido, ou seja, do título, do autor, da
edição a que se deve dar preferência; se de um mesmo autor, as edições mais recentes é
que devem ser utilizadas. Assim, a 10ª edição de um livro de economia provavelmente
será mais precisa que a 5ª, já ultrapassada em suas informações estatísticas e outras.
No caso de traduções, a escolha será por obras que revelem fidelidade ao texto
do autor.
Clichê: TRADUTOR, TRAIDOR
Bibliotecas: encontram-se três tipos de fichas; por assunto, por título de obras e
por autores. Se o estudante dispõe apenas do assunto, poderá, por meio da consulta a um
arquivo de assunto, levantar uma série de obras que tratam da matéria, objeto de sua
pesquisa.
ANOTAÇÕES, GRIFOS, DOCUMENTAÇÕES, FICHAMENTOS, ARTIGOS
CIENTÍFICOS, SEMINÁRIOS RESUMOS, RESENHAS E PAPERS
A leitura informativa também é denominada de leitura de estudo. Assim, o que
se pretende é através das técnicas que ela requer, demonstrar como o estudante deve
proceder para melhor estudar e absorver os conteúdos e significados do texto.
As sucessivas etapas são o caminho a ser percorrido, mas outras técnicas são
necessárias; saber como anotar, grifar, documentar, fichar e como fazer os resumos da
parte lida.
Os grifos denotam a participação ativa do leitor. São sinais daquilo que lhe
chamou atenção. A manutenção do grifo no texto serve para personalizá-lo, de modo
que na segunda leitura e mesmo numa rápida olhada você irá identificar com facilidade
quais os aspectos que lhe chamaram mais atenção e que poderão ser úteis.
Através do grifo é possível ao leitor separar a idéia principal das secundárias.
A ficha é um instrumento de trabalho imprescindível. Como o investigador
manipula o material bibliográfico, que em sua maior parte não lhe pertence, as fichas
permitem:
Identificar as obras;
Conhecer o seu conteúdo;
Fazer citações;
Analisar o material;
Elaborar críticas.
ASPECTO E COMPOSIÇÃO
Deve-se optar por um tamanho único de fichas. Os tamanhos mais comuns de
fichas são: tipo grande (12,5 cm x 20,5 cm); tipo médio (10,5 cm x 15,5 cm) e tipo
pequeno (Internacional – 7,5 cm x 12,5 cm);
Composição das fichas: A estrutura das fichas, de qualquer tipo, compreende 03 partes
principais: cabeçalho, referência e corpo ou texto.
PARTES DO FICHAMENTO
Cabeçalho: compreende o título genérico remoto, o título genérico próximo, o título
específico, o número de classificação da ficha e a letra indicada da seqüência;
Corpo: varia de acordo com cada conteúdo;
Referência: deve sempre seguir as normas da ABNT, mencionando-se todos os dados de
identificação da obra. Em se tratando de revistas e outros periódicos, os dados
importantes de referência estão na lombada.
As fichas podem ser bibliográficas, de citações, de resumo (ou conteúdo), de
esboço, e de comentário (ou analítica).
FICHA BIBLIOGRÁFICA
A ficha bibliográfica é utilizada na redação de trabalhos científicos, e contém
informações de cada referência bibliográfica consultada. Pelos dados nela contidos
pode-se, por exemplo, comparar a casuística, os resultados e as conclusões de diversos
autores sem a necessidade de manipular um grande volume de revistas, livros ou cópias.
FICHA DE CITAÇÃO
É a reprodução fiel das frases que se pretende usar como citação na redação do
trabalho. Faz-se a indicação da obra e transcreve-se os trechos importantes.CARDIN, Valéria Silva Galdino; WEBER, Gisele Bergamasco. Do Protocolo de Quioto: mecanismo de desenvolvimento limpo e sequestro de carbono. Revista de Direito Ambiental, São Paulo, ano 13, n. 52, p. 199-210, out./dez. 2008.
“Apesar deste efeito ser um fenômeno natural na atmosfera, não ocorre mais de forma
harmônica propiciando um acumulo excessivo de gás carbônico, gerando assim, caos na
camada de ozônio.” p. 200.
“Os créditos de carbono podem ser considerados como uma nova moeda no auxílio da
redução de gases poluentes na atmosfera.” p. 203.
FICHA DE RESUMO OU DE CONTEÚDO:
Apresenta uma síntese bem clara e concisa das idéias principais do autor ou um
resumo dos aspectos essenciais da obra.
Exemplo:
CARDIN, Valéria Silva Galdino; WEBER, Gisele Bergamasco. Do Protocolo de
Quioto: mecanismo de desenvolvimento limpo e sequestro de carbono. Revista de
Direito Ambiental, São Paulo, ano 13, n. 52, p. 199-210, out./dez. 2008.
Apresenta uma avaliação sobre as conseqüências do Protocolo de Quioto,
firmado em 1997, dando ênfase ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e discutindo
a criação de um Mercado de Créditos de Carbono, estipulando metas de redução de
emissões para os países desenvolvidos.
São propostas que visam ao menos amenizar a degradação do ambiente e o
aquecimento global em decorrência da concentração de carbono que tem aumentado
consideravelmente.
FICHA DE ESBOÇO
É semelhante a ficha de resumo ou conteúdo, pois refere-se à apresentação das
principais idéias expressas pelo autor, ao longo da sua obra ou parte dela, porém de
forma mais detalhada.
Exemplo:
CARDIN, Valéria Silva Galdino; WEBER, Gisele Bergamasco. Do Protocolo de
Quioto: mecanismo de desenvolvimento limpo e sequestro de carbono. Revista de
Direito Ambiental, São Paulo, ano 13, n. 52, p. 199-210, out./dez. 2008.
p. 200 - Com o aquecimento global muitos países passaram a se preocupar com a
preservação do meio ambiente, dando origem ao Direito Ambiental que passou a
regulamentar e tutelar o meio ambiente.
FICHA DE COMENTÁRIO OU ANALÍTICA
Consiste na explicitação ou interpretação crítica pessoal das idéias expressas
pelo autor, ao longo de seu trabalho ou de parte dele.
EXEMPLO:
CARDIN, Valéria Silva Galdino; WEBER, Gisele Bergamasco. Do Protocolo de
Quioto: mecanismo de desenvolvimento limpo e sequestro de carbono.Revista de
Direito Ambiental, São Paulo, ano 13, n. 52, p. 199-210, out./dez. 2008.
O presente trabalho foi realizado com base no método teórico, através de uma
pesquisa vasta em obras, artigos e documentos que tratam do assunto, em específico o
próprio Protocolo de Quioto.
Foi através desse protocolo que surgiram vários mecanismos no intuito de
reduzir as emissões de gases poluentes, sendo um desses, o Mecanismos de
Desenvolvimento Limpo (MDL), que almeja o desenvolvimento sustentável e
possibilita a formação de um mercado de créditos de carbono. Sendo o mesmo visto
como alternativa para a preservação da vegetação nativa e o reflorestamento,
caracterizando como um efetivo controle do efeito estufa, garantindo o bem estar das
populações e mantendo a integridade da biodiversidade.
RESUMO
É a apresentação concisa e freqüentemente seletiva do texto, destacando-se os
elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais idéias do autor da obra.
A finalidade do resumo consiste na difusão das informações contidas em livros,
artigos e teses, permitindo a quem o ler resolver sobre a conveniência ou não de
consultar o texto completo.
COMO RESUMIR
Na primeira leitura faz-se necessário captar o plano geral da obra e seu
desenvolvimento.
Já na segunda leitura deve-se identificar a idéia central e o propósito que norteou
o autor, respondendo a duas questões principais:
a) De que trata este texto ?
b) O que pretende demonstrar ?
Em uma terceira leitura, trata-se de descobrir as partes principais em que se
estrutura o texto.
Esse passo significa a compreensão das idéias, provas, exemplos, etc, que
servem como explicação discussão e demonstração da proposição original (idéia
principal).
TIPOS DE RESUMOS
Dependendo do caráter do trabalho científico que se pretende realizar, o resumo
pode ser: indicativo ou descritivo, informativo ou analítico e crítico:
Indicativo ou descritivo
Nesse tipo de resumo deve conter a narração das idéias principais, ressaltando a
problemática que se pretendeu solucionar ou explicar, os objetivos, a metodologia, os
resultados e as conclusões. É constituído de frases curtas; descreve a natureza do texto e
objetivos.
Informativo ou analítico
Contém as informações essenciais apresentadas pelo texto. Não são permitidas as
opiniões pessoais do autor do resumo. Deve ser completo ao ponto de dispensar a leitura
do texto original para o conhecimento do assunto.
Resumo Crítico
É uma redação técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra
científica ou literária, e permite opiniões e comentários do autor do resumo.
Tal como o resumo informativo, dispensa a leitura do original para a compreensão do
assunto.
Resumo Crítico ou Resenha?
Alguns professores falam em resumo crítico e outros em resenha.
A Resenha é um tipo de resumo crítico; contudo, mais abrangente, pois, além de reduzir
o texto, permite opiniões, comentários, inclui julgamentos de valor, e exige uma boa
dose de interpretação.
A resenha em geral, é elaborada por um cientista que, além do conhecimento
sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico.
A finalidade de uma resenha é informar o leitor, de maneira objetiva e cortês,
sobre o assunto tratado no livro, evidenciando a contribuição do autor; novas
abordagens, novos conhecimentos, novas teorias.
O resenhista deve resumir o assunto e apontar as falhas e os erros de informação
encontrados, sem entrar em muitos pormenores e, ao mesmo tempo, tecer elogios aos
méritos da obra, desde que sinceros e ponderados.
Entretanto, o resenhista não tem o direito de deturpar o pensamento do autor.
REQUISITOS BÁSICOS
Conhecimento completo da obra;
Competência na matéria;
Capacidade de juízo de valor;
Independência de juízo;
Correção e urbanidade.
IMPORTÂNCIA DA RESENHA
No campo da comunicação técnica e científica a resenha é de grande utilidade,
porque facilita o trabalho profissional ao trazer um breve comentário sobre a obra, bem
como a avaliação desta. A informação fornecida pelo resenhista ajuda na decisão da
leitura ou não do livro.
ESTRUTURA DA RESENHA
Referência Bibliográfica:
- Autor (es):
- Título (subtítulo):
- Imprensa (local da edição, editora, data):
- Número de páginas:
- Ilustração (tabelas, gráficos, fatos, etc.)
Credenciais do Autor:
- Informações gerais sobre o autor;
- Autoridade no campo científico;
- Quem fez o estudo?
- Quando? Por quê? Onde?
Conhecimento:
- Resumo detalhado das idéias principais;
- De que trata a obra? O que diz?
- Possui alguma característica especial?
- Como foi abordado o assunto?
- Exige conhecimentos prévios para entendê-la?
Conclusão do Autor:
- O autor faz conclusões? (ou não?)
- Onde foram colocadas? (final do livro ou dos capítulos?)
Quadro de Referência do Autor:
- Modelo teórico;
- Que teoria serviu de embasamento?
- Qual o método utilizado?
Apreciação:
- Julgamento da obra;
- Como se situa o autor em relação:
- Mérito da obra: Qual a contribuição dada?
- Idéias originais? Conhecimento novo, abordagem diferente?
SEMINÁRIO
Seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate. Em
geral, é empregada nos cursos de graduação e pós-graduação.
A finalidade do seminário é “pesquisar e ensinar a pesquisar”. Essa técnica
desenvolve não só a capacidade de pesquisa, de análise sistemática de fatos, mas
também o hábito do raciocínio, da reflexão, possibilitando ao estudante a elaboração
clara e objetiva de trabalhos científicos. Visa mais à formação do que à informação.
COMPONENTES
Diretor ou coordenador: professor a quem cabe propor temas, indicar bibliografia,
estabelecer agenda de trabalho e duração. Deve orientar as pesquisas e presidir as
sessões do seminário. Ao final, deve fazer uma apreciação geral dos resultados;
Relator: expõe os resultados dos estudos referentes a um tema específico de
programa. A exposição pode ser feita por um elemento indicado pelo grupo, ou por
todos, repartindo as partes.
Secretário: anota as conclusões do seminário após os debates;
Comentador: Estuda com antecedência o tema a ser apresentado, com o intuito de
fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e debate dos demais
participantes da classe;
Demais participantes.
DURAÇÃO E TEMAS
O Seminário é realizado no horário comum de aulas, podendo ter a duração de
um ou vários dias, dependendo da extensão, profundidade dos estudos e disponibilidade
do tempo.
TEMAS:
1. Temas constantes de um programa disciplinar;
2. Temas complementares a um programa disciplinar;
3. Temas novos, divulgados em periódicos especializados, referentes à disciplina
em questão;
4. Temas atuais, de interesse geral, com idéias renovadoras;
5. Temas específicos, atualizados, adequados a um programa de seminário.
MODALIDADES
Clássico: é aquele em que os estudos e a exposição ficam a cargo apenas de
um estudante. O estudo pode abranger um determinado assunto ou parte dele
(individual).
Clássico em grupo: Os estudos são realizados por um pequeno grupo (5 ou 6
elementos). A exposição do tema tanto pode ser apresentada por um dos
membros, escolhido pelo grupo, ou repartido entre eles, ou seja, cada um
apresenta uma parte. Pode haver um grupo comentador.
Em grupo: Nos seminários em grupo todos os elementos da classe devem
participar, havendo tantos grupos quanto forem os subtítulos do tema.
Primeiramente, estuda-se o tema geral, para uma visão global; depois, cada
grupo aprofunda a parte escolhida.
PROCEDIMENTO TÉCNICO PARA ELABORAÇÃO DO ROTEIRO
1. plano;
2. conteúdo;
3. introdução;
4. desenvolvimento;
5. conclusão;
6. referências;
7. participantes do grupo;
8. data.
ARTIGO CIENTÍFICO
Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de
uma questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de um
livro.
Apresentam o resultado de estudos ou pesquisas e distinguem-se dos
diferentes tipos de trabalhos científicos pela sua reduzida dimensão e conteúdo. São
publicados em revistas ou periódicos especializados e formam a seção principal deles.
Concluído um trabalho de pesquisa – documental, bibliográfica ou de campo –
para que os resultados sejam conhecidos, faz-se necessário sua publicação.
Os artigos científicos, por serem completos, permitem ao leitor, mediante a
descrição da metodologia empregada, do processamento utilizado e resultados obtidos,
repetir a experiência.
ESTRUTURA DO ARTIGO
O artigo científico tem a mesma estrutura orgânica exigida para trabalhos
científicos.
Apresenta as seguintes partes:
I – PRELIMINARES:
Cabeçalho – título (e subtítulo) do trabalho.
Autor(es).
Credenciais do(s) autor(es).
Local de atividades.
II – SINOPSE
(Resumo em português e em língua estrangeira, de preferência em inglês)
III – CORPO DO ARTIGO
a) Introdução – apresentação do assunto, objetivo, metodologia, limitações e
proposição.
b) Texto (desenvolvimento) – exposição, explicação e demonstração do
material; avaliação dos resultados e comparação com obras anteriores.
c) Comentários e Conclusões – dedução lógica, baseada e fundamentada no
texto, de forma resumida.
IV – PARTE REFERENCIAL
a) Referências Bibliográficas (notas de rodapé ou de final de capítulo);
b) Bibliografia (que é a lista dos livros consultados ou relativos ao assunto);
c) Apêndices ou anexos (quando houver necessidade);
d) Data (importante para salvaguardar a responsabilidade de quem escreve um
artigo científico, em face da rápida evolução da ciência e da tecnologia e demora de
certas editoras na publicação de trabalhos).
A divisão do Corpo do Artigo pode sofrer alterações, de acordo com o texto, e
ser subdividido em mais itens. Por exemplo:
Introdução;
Material e Método;
Resultados;
Discussão;
Conclusões.
CONTEÚDO DO ARTIGO CIENTÍFICO
O conteúdo pode abranger os mais variados aspectos e, em geral, apresenta
temas ou abordagens novas, atuais, diferentes. Pode:
a) versar sobre um estudo pessoal, uma descoberta, ou dar um enfoque contrário ao já
conhecido;
b) oferecer soluções para questões controvertidas;
c) levar ao conhecimento do público intelectual ou especializado no assunto idéias
novas, para sondagem de opiniões ou atualização de informes;
d) abordar aspectos secundários, levantados em alguma pesquisa, mas que não seriam
utilizados na mesma.
O estabelecimento de um esquema para expor de maneira lógica, sistemática,
os diferentes itens do assunto, evitar repetições ou omissões ao longo da dissertação.
O público a que se destina o artigo também deve ser levado em consideração;
isto pode ser mais ou menos previsto, conhecendo-se de antemão a natureza da revista:
científica, didática, de divulgação.
ESTILO
O estilo deve ser claro, conciso, objetivo e a linguagem correta, precisa,
coerente e simples.
Adjetivos supérfluos, rodeios e repetições ou explicações inúteis devem ser
evitadas, assim como a forma excessivamente compacta, que pode prejudicar a
compreensão do texto.
O título também merece atenção, precisa corresponder, de maneira adequada,
ao conteúdo.
PAPER
Em português, a palavra corresponde a ‘ensaio’, mas este nome não encontrou
acolhida entre os nossos pesquisadores.
Para a ABNT paper é um pequeno artigo científico, elaborado sobre
determinado tema ou resultados de um projeto de pesquisa para comunicações em
congressos e reuniões científicas.
Portanto, ‘paper’ uma síntese de pensamentos aplicados a um tema específico.
Essa síntese deverá ser original e reconhecer a fonte do material utilizado.
O planejamento e execução do paper envolve cinco fases distintas, quais sejam
a escolha e delimitação do tema, a reunião de informações, a avaliação do material
levantado, a organização das idéias e a redação. A extensão do paper varia de acordo
com a complexidade do tema.
Em nosso país, o termo paper adquiriu amplitude bastante grande, sendo
utilizado para indicar tanto um ensaio, quanto comunicações científicas em geral, e, até
mesmo, artigos, textos de simpósios, palestras, conferências, mesas redondas, entre
outros.
ESTRUTURA DE UM PAPER
1. Título;
2. Nome completo do(s) autor(es);
3. Resumo e/ou Abstract;
4. Introdução;
5. Revisão da Literatura;
6. Metodologia;
7. Desenvolvimento;
8. Resultados;
9. Discussão dos Resultados;
10. Conclusão;
11. Anexos e/ou Apêndices;
12. Referências.
TÉCNICAS DE ANÁLISE DE TEXTOS
A primeira medida a ser tomada pelo leitor é o estabelecimento de uma
unidade de leitura. Unidade é um setor do texto que forma a totalidade de um sentido.
Assim, pode ser considerado uma unidade: um capítulo, uma seção ou qualquer outra
subdivisão.
A leitura de um texto quando realizada para fins de estudo, deve ser executada
em etapas, ou seja, apenas terminada a análise de uma unidade, poder-se-á passar para a
próxima. Terminado o processo, o leitor terá condições de refazer o raciocínio global do
livro, reduzindo-o a uma forma sintética.
ANÁLISE TEXTUAL
É a primeira abordagem do texto com vistas à preparação da leitura. É uma
tomada de contato com toda a unidade, buscando-se uma visão panorâmica, ou seja,
uma visão de conjunto do raciocínio do autor. Através do contato geral o leitor pode
sentir o estilo e o método que foi utilizado no texto.
Durante o primeiro contato, deverá o leitor fazer o levantamento de todos
aqueles elementos básicos para a devida compreensão do texto. Isso quer dizer que é
preciso assinalar todos os pontos passíveis de dúvidas, que exigem esclarecimentos e
que condicionam a compreensão da mensagem do autor do texto.
Nesta etapa o leitor deve recorrer ao dicionário na busca de esclarecimento de
todos os vocábulos desconhecidos.
A análise textual pode ser encerrada com uma esquematização do texto cuja
finalidade é apresentar uma visão do conjunto da unidade.
ANÁLISE TEMÁTICA
Nesta etapa o objetivo é aprender a mensagem do autor, ou seja, do que o texto
fala. Posteriormente capta-se a problematização do tema, através das seguintes
perguntas:
Como o assunto está problematizado?
Qual dificuldade deve ser resolvida?
Qual o problema a ser solucionado?
A formulação do problema nem sempre é clara e precisa no texto. Geralmente
é implícita, cabendo ao leitor elucidá-la.
Torna-se necessário saber o que o autor fala sobre o tema, ou seja: como
responde, ao problema levantado?
Que posição assume, que idéia defende, o que quer demonstrar?
A resposta a esta questão revela a idéia central, proposição fundamental ou
tese; trata-se sempre da idéia principal defendida pelo autor naquela unidade. Em geral,
nos textos logicamente estruturados, cada unidade tem sempre uma única idéia central,
todas as demais idéias estão vinculadas a elas ou são apenas paralelas ou
complementares.
A resposta a esta questão revela a idéia central, proposição fundamental ou
tese; trata-se sempre da idéia principal defendida pelo autor naquela unidade.
Tal análise serve de base para o resumo ou síntese de um texto.
Outra pergunta a ser respondida: qual foi o raciocínio do autor e sua
argumentação?
É através do raciocínio que o autor expõe passo a passo seu pensamento e
transmite sua mensagem.
O raciocínio, a argumentação é o conjunto de idéias e proposições logicamente
encadeadas, mediante as quais o autor demonstra sua posição ou tese. Estabelecer o
raciocínio de uma unidade de leitura é o mesmo que reconstituir o processo lógico
segundo o qual o texto foi.
Além das idéias principais, os autores geralmente trazem outros temas
paralelos, que são as idéias secundárias.
Estas podem ser até eliminadas sem truncar a seqüência lógica do texto.
A análise temática, portanto serve de base para o resumo ou síntese de um
texto.
Quando se pede o resumo de um texto, o que se tem em vista é a síntese das
idéias do raciocínio e não a mera redação dos parágrafos.
Daí poder o resumo ser escrito com outras palavras, desde que as idéias sejam
as mesmas do texto.
ANÁLISE INTERPRETATIVA
Interpretar, em sentido restrito, é tomar uma posição própria a respeito das
idéias enunciadas, é superar a estrita mensagem do texto, é ler nas entrelinhas, é forçar o
autor a um diálogo, é explorar toda a fecundidade das idéias expostas, é cotejá-las com
outras, enfim, é dialogar com o autor.
Uma leitura é fecunda no momento que sugere temas para a reflexão do leitor.
Até que ponto este contribuiu com idéias originais, superando a idéia de outros
autores? Até que ponto o tratamento dispensado por ele ao tema é profundo e não
superficial?
Qual o alcance, ou seja, a relevância e a contribuição específica do texto para o
estudo do tema?
O que se visa na leitura analítica é a formulação de um juízo crítico sobre
raciocínio do autor.
Até que ponto este contribuiu com idéias originais, superando a idéia de outros
autores? Até que ponto o tratamento dispensado por ele ao tema é profundo e não
superficial?
Qual o alcance, ou seja, a relevância e a contribuição específica do texto para o
estudo do tema?
PROBLEMATIZAÇÃO
Nesta fase levantar-se-á os problemas para a discussão (grupo). O debate e a
reflexão são essenciais à própria atividade filosófica e científica.
A problematização é tomada em sentido amplo e visa levantar, para a
discussão e a reflexão, as questões explicativas ou implícitas no texto.
SÍNTESE PESSOAL
É a reelaboração pessoal da mensagem, mediante retomada particularizada do
texto, é elaborar um novo texto, com redação própria, em que haja a discussão e a
reflexão.
PLANO DE AULA
Na realidade universitária brasileira o plano de aula tem sido negligenciado.
Prova incontestável desta afirmação é a ausência quase total de qualquer capítulo
dedicado ao plano na vasta bibliografia brasileira que se ocupa da metodologia
científica.
O plano de aula deve conter a identificação, objetivos, conteúdo, procedimentos
metodológicos, estratégias, recursos didáticos, avaliação (proposta da avaliação) e
referências bibliográficas.
Deve conter os elementos abaixo enumerados:
I) Identificação: instituição, curso, disciplina, unidade, conteúdo, carga horária,
nível do conteúdo e professor;
II) Objetivos (Geral e Específicos);
III) Conteúdo;
IV) A problematização do tema deverá ser feita da seguinte forma:
a) Discussão sobre os principais problemas do tema;
b) Dimensões do conteúdo a serem trabalhadas de maneira:
Científico/legal;
Social;
Econômica;
Política;
Religiosa;
Histórica;
Filosófica;
Psicológica;
Doutrinária.
V) Instrumentalização:
Ações docentes e discentes;
a) Leitura da legislação;
b) Demonstração da pesquisa teórica empírica;
c) Comparação de outras leis de outros países sobre o tema;
d) Recursos Humanos e materiais;
Utilização de doutrinadores; comentários a jurisprudências, etc.
Utilização de recursos, tais como data-show, retroprojetor.
VI) Catarse: elaboração e expressão da síntese do conteúdo explanado pelo
ministrante.
SUGESTÃO DE ESTRUTURA DE PLANO DE AULA
CAPA, que deve conter: o nome de quem irá ministrar a aula; título e subtítulo se
houver; o local (cidade) da instituição onde deve ser apresentada a aula e o ano.
Regras formais:
A capa não tem numeração e não é contada; o nome de quem irá apresentar a aula deve
estar centralizado, destacado e em caixa alta, a 3 cm do lado superior do papel A4.
Recomenda-se a fonte Times New Roman, tamanho 14. O título deve estar centralizado,
destacado e em caixa alta, a 3 cm da margem esquerda e a 2 cm da margem direita.
Recomenda-se a fonte Times New Roman, tamanho 16. A instituição, a cidade e o ano,
devem estar a 2 cm da margem inferior, centralizado e em caixa alta. Recomenda-se a
fonte Times New Roman, tamanho 14.
FOLHA DE ROSTO, que deve conter: os mesmos dados da capa e a nota explicativa.
Nesta deve conter: a instituição, o curso, a disciplina, a carga horária, o nível do
conteúdo e o nome do docente responsável pela disciplina.
SUMÁRIO DA APRESENTAÇÃO
A página do sumário deve ser contada mas não numerada.
A palavra sumário deve estar centralizada e em caixa alta;
Recomenda-se a fonte: Times New Roman, tamanho: 16;
Obedece também a margem 3 cm na parte superior da folha de sulfite papel A 4, 2 cm
na parte inferior, 3 cm do lado esquerdo da folha e 2 cm do lado direito da folha.
Deve ser subdivido em introdução, capítulos (itens e subitens), conclusão e
referências, com a respectiva paginação de cada parte do trabalho;
Apresentação do conteúdo que será exposto, com citações bibliográficas. Todo
trabalho científico, ainda que oral deve apresentar introdução, desenvolvimento e
conclusão;
A numeração é colocada a partir da primeira folha do desenvolvimento;
Segue as mesmas regras de espaçamentos da capa, folha de rosto, etc.
Recomenda-se a utilização de fonte: Times New Roman, tamanho 12 para capítulo e
itens.
Os títulos das seções e subseções devem ser separados do texto que os precede ou que
os sucede por dois espaços duplos. Recomenda-se, a utilização de fonte: Times New
Roman, tamanho 12;
Para o texto recomenda-se a utilização de fonte: Times New Roman, tamanho 12;
Entre uma frase e outra o espaço pode ser de 1 e ½ ou duplo.
Quanto as citações diretas e indiretas devem ser observadas as normas da ABNT;
REFERÊNCIAS
Nas referências devem ser enumeradas todas as obras, periódicos, etc. que foram citados
no trabalho em ordem alfabética, seguindo as normas da ABNT.
APÊNDICE(S)
Neste elemento opcional deve conter a divisão dos itens do trabalho, bem como o nome
do membro da equipe que irá apresentá-lo.