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2013, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/1998.Nenhuma parte deste livro, sem autorizao prvia por escrito da editora, poderser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados:eletrnicos, mecnicos, fotogrficos, gravao ou quaisquer outros. Copidesque: Isis BatistaReviso: Hugo de Lima CorraEditorao Eletrnica: SBNigri Artes e Textos Ltda.Epub: SBNigri Artes e Textos Ltda. Coordenador da Srie: Sylvio Motta Elsevier Editora Ltda.Conhecimento sem FronteirasRua Sete de Setembro, 111 16o andar20050-006 Centro Rio de Janeiro RJ Brasil Rua Quintana, 753 8o andar04569-011 Brooklin So Paulo SP Brasil Servio de Atendimento ao [email protected] ISBN: 978-85-352-7097-6ISBN (Verso Eletrnica): 978-85-352-7098-3 Nota: Muito zelo e tcnica foram empregados na edio desta obra. No entanto,podem ocorrer erros de digitao, impresso ou dvida conceitual. Em qualquerdas hipteses, solicitamos a comunicao ao nosso Servio de Atendimento aoCliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questo.Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuaisdanos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicao.

CIP-BRASIL. CATALOGAO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

P571g

Pestana, FernandoA gramtica para concursos pblicos / Fernando Pestana. 1. ed. Rio deJaneiro: Elsevier, 2013.1112 p. (Provas e concursos) ISBN 978-85-352-7097-6 1. Lngua portuguesa Gramtica. 2. Lngua portuguesa Problemas, questes,exerccios. 3. Servio pblico Brasil Concursos. I. Ttulo.

13-01162

CDD: 469.5CDU: 811.134.336

Dedicatria

Este livro no existiria sem o apoio de minha esposa (que acabou setornando erudita de tanto pesquisar junto comigo). Juliana mais do queum achado. O achado da minha vida.

Agradecimentos

Sem Jeov (Jav ou Iav, como queiram), simplesmente nada existiria.Portanto Ele o responsvel pela vida e pela disposio que tenho. Nomenos importantes foram certas pessoas, como meus pais, meus amigos,meus alunos principalmente os da EsPCEx (Brasil!) e meus grandesmestres Srgio Pach e Danton Pedro dos Santos. Claudio Cezar Henriques,Marcelo Caetano, Roberto Lota, Vtor Campos, Sidney Martins, BernardoAugusto, muito obrigado pelas discusses (e solues)! Valeu pela moral,Joo Antonio!!! Ser que perderei a amizade por no incluir alguns que meajudaram tanto no trajeto? Ah, depois eu me redimo na segunda edio!

O Autor

Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ministra aulas de Lngua Portuguesa h 12 anos. J trabalhou ativamente com turmas pr-militares e pr-vestibulares no

Sistema Elite de Ensino. Atualmente, dedica-se ao universo dosconcursos pblicos em cursos de educao a distncia, como oEuVouPassar (videoaulas) e o Estratgia Concursos (cursos em PDF).Alm disso, participa de um projeto de questes comentadas no siteTEC Concursos. Presencialmente, encontrado nos principais cursos doRio de Janeiro, como o CELP, o Multiplus e o Pra Passar.

A Obra

H algum tempo, estava eu avaliando colegas de Portugus num processode seleo de um grande curso preparatrio do Rio de Janeiro... Dentre oscandidatos, um deles se destacou muito, impressionando-me vivamente porsua determinao e inquietao intelectual. Ele me afirmou que, nos lugaresonde trabalhava, havia parceiros para bate-papos, festas, mas no para estudoe discusso da matria. Assegurei-lhe que no nosso curso ia ser diferente,porque a cadeira de Portugus no se furtava discusso de assuntospolmicos. E assim foi durante o tempo em que trabalhamos juntos.

Ele sempre me disse que tinha grande vontade de escrever uma gramtica.Estudou, estudou, estudou. Pesquisou autores antigos e novos, fez cursos,numa luta incessante para saber cada vez mais. E assim foi.

Animava-me tanta empolgao e eu j torcia pelo livro que viriainexoravelmente.

Ele foi alm, como lhe peculiar: examinou exaustivamente provas dosltimos anos de concursos pblicos civis, militares e vestibulares. E comtamanho embasamento, terico e prtico, surgiu A Gramtica.

Assim, sem fugir dos problemas mais complexos, ousando atrever-se porcaminhos tortuosos, at conflitantes, apresentando frequentementeargumentos de renomadas autoridades da lngua portuguesa, Pestana fezdeste livro algo indito: combinou tudo o que se julga excelente em umagramtica, do ponto de vista docente e discente.

Por isso, espera-se que, neste agradvel passeio por substantivos, verbos,preposies e conjunes, por oraes coordenadas e subordinadas, todosos candidatos a cargos pblicos consigam o esclarecimento definitivo dasdvidas e passem a mergulhar profundamente nos meandros da lngua.

Em matria de gramtica, este livro definitivamente a to aguardadaresposta aos anseios dos concurseiros (e professores!), pois, alm da suateoria completa, segura e muito consistente, contm mais de 1.300 exercciosdas ltimas provas oficiais de concursos recentes, constituindo-se deste modouma obra altamente indicada aos estudiosos da lngua portuguesa.

Como a vida... Depois de tantas obras lidas durante quase 50 anos, no

tinha ideia de que poderia ainda me surpreender com algo to original epleno.

E aqui fico, pois A obra fala por si.Danton Pedro dos SantosNovembro/2012

Prefcio

No aprendemos para a escola mas para a vida, diziam os Antigos, querendocom isto significar que o conhecimento adquirido na escola tem um valorintrnseco, que de longe transcende as circunstncias e exigncias douniverso escolar.

Os tempos e as vontades mudaram. Atualmente, a preocupao que pareceservir de norte a quase todo o ensino que se ministra entre ns fazer odiscente absorver e memorizar o maior nmero possvel de informaes, semordem nem hierarquia, de tal sorte que se sinta aparelhado a enfrentar, comboas possibilidades de xito, o monto de charadas e perguntas de algibeiradestinadas a eliminar o maior nmero possvel de candidatos a poucas vagas:seja em exames vestibulares, seja em concursos para o preenchimento decargos pblicos.

Foi esta, portanto, a questo com que se deparou e a que teve deresponder meu jovem colega, Fernando Jos Pestana, primeiro em sala deaula e logo diante da tela em branco de um computador: como ensinarLngua Portuguesa de maneira clara e bem ordenada, eficaz e honesta, e, aomesmo tempo, sempre til a quem dela necessite para transpor comsegurana as corridas de obstculos que encontrar no caminho daUniversidade ou do servio pblico? Por outras palavras: como ser professorde Portugus no Brasil de 2013 sem jamais vender a alma ao diabo?

A resposta o livro que voc tem em mos. Abra-o. Leia-o devagar. Reflitasobre o que leu. Ponha em prtica o que ele ensina. Nenhum livro se propeensinar-lhe tudo aquilo de que voc necessita para conhecer a fundo nossalngua. Ensinar-lhe-, no entanto, como se flexionam os blocos que acompem e como estes se combinam para formar blocos maiores ossintagmas, as oraes e os perodos de que nos servimos para expressarnossas ideias e sentimentos. E tambm o induzir a completar seu estudo,buscando, nas fontes mesmas da lngua literria (tambm conhecida comonorma culta do idioma), os grandes modelos que a ilustraram eengrandeceram ao longo de uma histria multissecular de muitas glrias.Em o fazendo, meu jovem amigo, voc estar desmentindo, por suas aes, o

pragmatismo estril de nosso tempo: voc estar primacialmenteaprendendo no para a escola, ou para o vestibular, ou para o concursopblico, mas para a vida.

Sergio PachMestre em Lngua PortuguesaEx-lexicgrafo-chefe da Academia Brasileira de Letras

Eis uma breve apresentao...

... porque no podemos perder tempo com palavras garbosas e bl-bl-bls. Um discurso polido e preciosista no me interessa nem deve interessar-lhe. Minha inteno facilitar ao mximo sua vida, por isso a abordagem de AGramtica que apresenta uma linguagem bem informal para ensinar oregistro culto visa principalmente a um propsito: fazer voc acertar asquestes de qualquer prova de Lngua Portuguesa (independentemente donvel). Ponto.

Saiba que A Gramtica est totalmente antenada com a linguagem dosconcursos pblicos, que vm se valendo cada vez mais dos estudoslingusticos modernos. Coloque na sua cabea o seguinte: foi-se o tempo emque as grandes bancas trabalhavam a gramtica de modo superficial, porisso, em A Gramtica, no h mixaria de informaes. Hoje preciso sabermuito, pois as bancas esto cada vez mais maldosas! No devido grau, tudoaqui pertinente, para que voc se sinta sempre confiante no dia da prova. E,caso uma informao no tenha tanta relevncia, voc ser avisado no corpodos captulos. Afinal, alm de muita informao, precisamos de foco!

Entenda que, atualmente, as boas provas exploram muito a gramticatextual, ou seja, o conhecimento de contedos gramaticais aplicados aostextos e, consequentemente, ao discurso. Hoje muitas questes (quasetodas) tratam de trechos retirados de um texto, portanto no posso deixarde apegar-me aos valores discursivos das classes gramaticais e de certosaspectos da anlise do discurso. Isso algo primordial e inovador! No foipor nada que me preocupei com os anseios dos concurseiros (e dosprofessores!).

Falando srio, quem no quer mais de 1.300 questes atuais co-men-ta-das(Comentrios no site www.elsevier.com.br/agramatica_pestana)? Quem noquer inmeras referncias gramaticais para interpor recursos? Quem noquer teoria consistente em fcil linguagem? Quem no quer um professorque, embora detalhista, diga exatamente o que voc deve ou no estudar,para otimizar seu tempo? Quem no quer ter contato com questespolmicas sobre as quais mais de um gramtico pensa diferente acerca da

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resoluo delas? Quem no quer aquela gramtica? Quando eu eraconcurseiro, eu queria muito tudo isso!

Enfim... existe A Gramtica? Sim, e est em suas mos! H muito mais aperceber, mas agora com voc.

Eis A Gramtica.

Como estudar paraconcurso pblico?

No satisfeito, preparei algo indito: a cada captulo, imediatamente antesdas questes de concursos, dou uma de Mister M: revelo os assuntos quemais caem nas provas.

Para quem cru em Portugus, leia A Gramtica com muita calma relaxado e tomando um suquinho de maracuj. Sem pressa, intercale aleitura com exerccios; preciso pegar intimidade com os ensinosgramaticais. Faa vista grossa s inmeras mincias e polmicas ao longo doscaptulos. Procure estudar os tpicos mais recorrentes, vistos em O que caimais na prova?.

Para quem j tem uma noo legal de Lngua Portuguesa, faa questesdas provas anteriores com A Gramtica ao lado; voc no ficar em pnico,sou seu assessor particular. Alm disso, reitero: h mais de 1.300 questescomentadas aqui. Self-service! No deixe de estudar os tpicos maisrecorrentes, vistos em O que cai mais na prova?. Megaimportante!

Para quem saca muito de Portugus, preste ateno nas observaes, nasmincias e nas referncias a vrios gramticos (e suas opinies plurais), poisA Gramtica gosta de explorar as questes polmicas de bancas quetrabalham doutrinas gramaticais divergentes, como as temidas ESAF, CESPEe FCC.

Meu concurso ...Bem... caso seu concurso seja de nvel fundamental, estude estes assuntos

recorrentes: fonologia; ortografia; acentuao; semntica (sinnimos, antnimos e fatos da lngua culta); classes de palavras (mera identificao delas e conjunes); aspectos bsicos da anlise sinttica, da concordncia, da regncia e da

crase.Hoje, a CONSULPLAN uma das bancas que mais confeccionam provas

para esse nvel. Por isso, procure fazer questes dessa banca.Caso seu concurso seja de nvel mdio, estude tudo com afinco, exceto

fonologia, numeral, interjeio (a chance de cair uma questo sobre essesassuntos beira a zero). Veja o que mais cai:

tipologia textual (dissertao argumentativa e suas caractersticas); coeso e coerncia (pronomes e conjunes); emprego e colocao de pronomes (pessoais, demonstrativos e

relativos) e verbos (conjugao de certos verbos, correlao verbal, vozverbal, emprego de tempos e modos verbais);

conjunes; preposies; sintaxe do perodo simples e composto; partcula SE (principalmente a apassivadora e a indeterminadora) e

QUE (principalmente conjuno integrante e pronome relativo); pontuao (vrgula); concordncia (verbal); regncia (verbal); crase.

A CESGRANRIO, o CESPE/UnB, a FCC, a FGV, o NCE e a VUNESP so asprincipais bancas desse nvel. A diferena entre o contedo de nvel mdio ede nvel superior mnima ou inexistente. O que de fato muda o grau dedificuldade.

E... para voc, nvel superior, este o fil: tipologia textual (dissertao argumentativa e suas caractersticas); coeso e coerncia (pronomes e conjunes); emprego e colocao de pronomes (pessoais, demonstrativos e

relativos) e verbos (conjugao de certos verbos, correlao verbal, vozverbal, emprego de tempos e modos verbais);

conjunes; preposies; sintaxe do perodo composto; partcula SE (principalmente a apassivadora e a indeterminadora) e

QUE (principalmente conjuno integrante e pronome relativo); pontuao (vrgula); concordncia (verbal); regncia (verbal); crase.

O CESPE/UnB, a ESAF, a FCC, a CESGRANRIO, a FGV, o NCE e a VUNESPso as principais bancas desse nvel. Eu me apego muito s quatro primeiras.

Obs.: Ao longo da leitura deste livro, voc vai ver que me empolgo,colocando vrios detalhes tericos que caem raramente em prova (maspodem cair). Por que fao isso? Prefiro ser detalhista a deixar voc sersurpreendido na prova por um detalhe que me escapou na teoria. Noentanto, reitero: para otimizar seu tempo, criei um tpico, antes dasquestes de concursos de cada captulo, chamado O que cai mais naprova?. L est o bizu!

Para atender s crticasNo estou interessado em elogios. Elogios costumam amortecer a vontade

de melhora. Alm de encher a caixa de e-mails. Brincadeira... Na verdade,estou vido por ouvir suas crticas construtivas (e nem to construtivas assim)a respeito do livro, principalmente acerca de erros bobos que s vezes nosescapam de ortografia, digitao, espaamento etc. Se at o Manual deRedao Oficial da Presidncia da Repblica tem erros, certamente dever haverum ou outro nesta obra. Antes, porm, coloque este link no Google e leia:

http://filosofarpreciso.blogspot.com.br/2009/02/critica-construtiva.html

Anote o e-mail para onde voc vai enviar suas crticas (construtivas),visando melhora do livro: [email protected]. Para quem jconhece meu e-mail pessoal, nem tente enviar para ele, seno vouenlouquecer!

AVISO: Muitas questes de concursos foram reformatadas por razesmeramente didticas, ok?

Sumrio

Capa

Folha de Rosto

Cadastro

Crditos

Dedicatria

Agradecimentos

O Autor

A Obra

Prefcio

Eis uma breve apresentao...

Como estudar para concurso pblico?Meu concurso ...Para atender s crticas

Introduo O que Gramtica Normativa, Norma Culta, RegistroCulto etc.?

Captulo 1 FonologiaDefinioFonema

LetraDgrafo e DfonoClassificao dos Fonemas

VogaisSemivogaisConsoantes

SlabaEncontros Voclicos

HiatoDitongoTritongo

Encontros ConsonantaisSeparao Silbica

Separam-seNo se separam

Ortoepia e ProsdiaAlgumas pronncias e gra as duplas registradas em dicionriose/ou no VOLP

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Captulo 2 Acentuao GrficaDefinioSinais DiacrticosAlgumas Consideraes ImportantesRegra de Acentuao para Monosslabas TnicasRegra de Acentuao para ProparoxtonasRegra de Acentuao para ParoxtonasRegra de Acentuao para Oxtonas

Regra de Acentuao para os Hiatos Tnicos (I e U)Regra de Acentuao para os Ditongos AbertosRegra de Acentuao para os Hiatos EEM e OORegra de Acentuao para o TremaRegra de Acentuao para os Acentos DiferenciaisAlgumas Formas Variantes na Grafia e na PronnciaRegras para o Uso do Hfen

Prefixo terminado em vogalPrefixo terminado em consoanteAlgumas Observaes Importantes

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Captulo 3 OrtografiaDefinioO AlfabetoEmprego da Letra EEmprego da Letra IEmprego da Letra OEmprego da Letra UEmprego da Letra CEmprego do Emprego da Letra GEmprego da Letra JEmprego da Letra HEmprego da Letra SEmprego do Dgrafo SSEmprego do Dgrafo SCEmprego do Dgrafo CH

Emprego da Letra XEmprego da Letra ZEmprego dos Verbos Terminados em -EAR e -IARDupla GrafiaEmprego das Iniciais Maisculas ou MinsculasAbreviaturasO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 4 Semntica e LexicologiaDefinioSinonmiaAntonmiaHomonmiaParonmiaPolissemiaHiponmia e HiperonmiaMeronmia e HolonmiaAcronmia, Estrangeirismos, Toponmia, Antroponmia,Axionmia e OneonmiaCampo Lexical e Campo Semntico

Campo semnticoCampo lexical

AmbiguidadeIntertextualidade

ParfrasePardiaCitaoPlgio

AlusoEstilizaoEpgrafePastiche

Denotao e ConotaoFatos e Dificuldades da Lngua CultaA Escolha das PalavrasExpresses IdiomticasO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 5 Morfologia

Captulo 6 Estrutura e Processo de Formao de PalavrasDefinioMorfema

Morfema LexicalMorfema DerivacionalMorfema Flexional

AlomorfiaVocbulos CognatosRadicalRadicais GregosRadicais LatinosAfixosPrefixos GregosPrefixos LatinosSufixos Greco-LatinosDesinncias

NominaisVerbais

Vogal TemticaVTs nominaisVTs verbais

Letra de LigaoProcesso de Formao de PalavrasDerivao Pre xal, Su xal, Parassinttica (Circun xao),Regressiva (Regresso) e Imprpria (Converso)

PrefixalSufixalParassinttica (Circunfixao)Regressiva (Regresso)Imprpria (Converso)

Composio por Justaposio e por AglutinaoPor JustaposioPor Aglutinao

OnomatopeiaAbreviao (Reduo)SiglonimizaoHibridismoCombinao (Amlgama ou Palavra-valise)Neologismo

Neologismo mrficoNeologismo SemnticoEstrangeirismos

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Captulo 7 SubstantivoDefinioIdentificao e Substantivao

Identificao do SubstantivoSubstantivao

Recurso de NominalizaoPor Derivao SufixalPor Derivao Regressiva

Locuo SubstantivaClassificaoVariao em Gnero

TiposGneros ConfundveisMudana de Sentido

Variao em NmeroRegras dos SimplesMudana de SentidoRegras dos Compostos

Variao em GrauAumentativoDiminutivoFormas Estilsticas

Valor DiscursivoO Que Cai Mais na Prova?

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Captulo 8 AdjetivoDefinioIdentificao e Adjetivao

IdentificaoAdjetivao

Recurso de NominalizaoClassificaoLocuo AdjetivaVariao em GneroVariao em Nmero

Regra dos SimplesRegra dos Compostos

Variao em GrauGrau ComparativoGrau SuperlativoFormas Estilsticas

Valor DiscursivoO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 9 ArtigoDefinioClassificaoIdentificaoEmprego dos Artigos DefinidosEmprego dos Artigos IndefinidosValor DiscursivoO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 10 Numeral

DefinioIdentificaoClassificaoEmprego dos NumeraisValor DiscursivoO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 11 PronomeDefinioIdentificaoClassificao, Emprego e Colocao do Pronome Pessoal

Pronomes RetosPronomes Oblquos tonosColocao PronominalPrclisencliseMescliseCasos FacultativosNas Locues VerbaisPronomes Oblquos TnicosPronomes de Tratamento

Classificao e Emprego do Pronome PossessivoClassificao e Emprego do Pronome Indefinido

Locues pronominais indefinidasClassificao e Emprego do Pronome InterrogativoClassificao e Emprego do Pronome Demonstrativo

Emprego dos demonstrativos (valor discursivo)Valores estilsticos dos demonstrativos

Classificao e Emprego do Pronome RelativoEmprego dos pronomes relativos

Valor DiscursivoPronomes PessoaisPronomes PossessivosPronomes IndefinidosPronomes Interrogativos

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Captulo 12 VerboDefinioIdentificaoFlexes dos Verbos

ModoTempoNmeroPessoa

Estrutura VerbalRadicalVogal TemticaDesinncias Verbais

Locuo VerbalAspecto VerbalFormas Nominais dos Verbos

O InfinitivoO GerndioConhea alguns empregos do gerndio:O Particpio

Voz VerbalVoz AtivaVoz PassivaTransposio de VozesPassagem de Voz Ativa para Passiva AnalticaPassagem de voz ativa para passiva sintticaPassagem de Voz Passiva Analtica para Voz Passiva SintticaVoz Reflexiva

Formao dos Tempos Primitivos e DerivadosTempos Derivados do Presente do IndicativoTempos Derivados do Pretrito Perfeito do IndicativoTempos Derivados do Infinitivo Impessoal

Formao do Imperativo e Uniformidade de TratamentoFormao dos Tempos CompostosEmprego dos Tempos e Modos Verbais

O Modo IndicativoO Modo SubjuntivoO Modo Imperativo

Correlao VerbalClassificao dos Verbos

RegularesIrregularesAnmalosDefectivosAbundantesPronominaisReflexivosVicrios

Paradigmas (Modelos) de Conjugao Verbal

Verbos NotveisParticularidades Grficas e FonticasPapis TemticosValor DiscursivoO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 13 AdvrbioDefinioIdentificao e Particularidades

Sobre Advrbios Terminados em -menteMais algumas particularidades...

Classificao dos Advrbios e das Locues AdverbiaisAfirmaoNegao

ModoTempoLugarDvidaIntensidadeCausaConcessoConformidadeFinalidadeCondioMeioInstrumentoAssuntoCompanhia

PreoQuantidadeRefernciaOrdemMedidaPesoMatriaProporoReciprocidadeFavorExclusoInclusoConsequncia/Concluso

Palavras e Locues DenotativasVariao em Grau

Formas Estilsticas de Grau dos AdvrbiosValor Discursivo

Valores Anafrico, Catafrico ou DiticoAdvrbios e Construo de SentidoJAdvrbios Modalizadores

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Captulo 14 PreposioDefinioIdentificaoClassificaoCombinaes e Contraes

Locuo Prepositiva e Valores SemnticosValor Relacional e Nocional

Valor RelacionalValor Nocional

Certas ParticularidadesValor DiscursivoO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 15 ConjunoDefinioIdentificaoLocuo ConjuntivaClassificaoCoordenativasSubordinativasValor DiscursivoO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 16 InterjeioDefinioIdentificaoLocuo InterjetivaClassificaoValor DiscursivoO Que Cai Mais na Prova?Questes de Concursos

Gabarito

Captulo 17 Sintaxe

Captulo 18 Frase, Orao e Perodo

Captulo 19 Termos Essenciais da OraoDefinioSujeitoClassificao do Sujeito

SimplesOcultoCompostoIndeterminadoOrao sem Sujeito (sujeito inexistente)Oracional

PredicadoPredicao Verbal / Transitividade Verbal

Verbo de LigaoIntransitivoTransitivo DiretoTransitivo IndiretoTransitivo Direto e Indireto

Predicativo do Sujeito e do ObjetoClassificao do PredicadoO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 20 Termos Integrantes da OraoDefinio

Objeto DiretoObjeto Direto X SujeitoObjeto IndiretoComplemento NominalComplemento Nominal X Objeto IndiretoAgente da PassivaAgente da Passiva X Complemento NominalO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 21 Termos Acessrios da OraoDefinioAdjunto AdnominalAdjunto Adnominal X Agente da PassivaAdjunto Adnominal X Complemento NominalAdjunto Adnominal X Predicativo do Sujeito e do ObjetoFunes Sintticas dos Pronomes Pessoais Oblquos tonosAdjunto AdverbialAdjunto Adverbial X Adjunto AdnominalAdjunto Adverbial X Objeto IndiretoAdjunto Adverbial X Predicativo do SujeitoAdjunto Adverbial X Agente da PassivaApostoClassificao do ApostoAposto X Adjunto AdnominalAposto X Predicativo do SujeitoVocativoVocativo X ApostoO Que Cai Mais na Prova?

Questes de ConcursosGabarito

Captulo 22 Oraes CoordenadasConceito de CoordenaoOraes Coordenadas Assindticas e SindticasOraes Coordenadas Sindticas AditivasOraes Coordenadas Sindticas AdversativasOraes Coordenadas Sindticas AlternativasOraes Coordenadas Sindticas ConclusivasOraes Coordenadas Sindticas ExplicativasParalelismo SintticoO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 23 Oraes SubordinadasConceito de SubordinaoOraes Subordinadas SubstantivasOraes Subordinadas Substantivas SubjetivasOraes Subordinadas Substantivas PredicativasOraes Subordinadas Substantivas Objetivas DiretasOraes Subordinadas Substantivas Objetivas IndiretasOraes Subordinadas Substantivas Completivas NominaisOraes Subordinadas Substantivas ApositivasOraes Subordinadas Substantivas JustapostasOraes Subordinadas AdjetivasOraes Subordinadas Adjetivas RestritivasOraes Subordinadas Adjetivas ExplicativasValores Circunstanciais das Oraes Adjetivas

Oraes Subordinadas Adjetivas JustapostasFunes Sintticas dos Pronomes RelativosOraes Subordinadas AdverbiaisOraes Subordinadas Adverbiais CausaisOraes Subordinadas Adverbiais Causais X OraesCoordenadas Sindticas ExplicativasOraes Subordinadas Adverbiais ConsecutivasOraes Subordinadas Adverbiais CondicionaisOraes Subordinadas Adverbiais ConcessivasOraes Subordinadas Adverbiais ConformativasOraes Subordinadas Adverbiais ComparativasOraes Subordinadas Adverbiais FinaisOraes Subordinadas Adverbiais ProporcionaisOraes Subordinadas Adverbiais TemporaisOraes Subordinadas Adverbiais ModaisOraes Subordinadas Adverbiais JustapostasO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 24 Oraes ReduzidasDefinioOraes Reduzidas de Infinitivo

SubstantivasAdjetivasAdverbiais

Oraes Reduzidas de GerndioCoordenada AditivaSubstantiva ApositivaAdjetiva

AdverbialOraes Reduzidas de Particpio

AdjetivasAdverbiais

O Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 25 Oraes IntercaladasDefinioTipos

Captulo 26 Perodo MistoDefinioPossibilidades de Perodo MistoA Elipse na Anlise SintticaModelo de Anlise de um Perodo MistoO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 27 PontuaoDefinioVrgulaPonto e VrgulaDois-pontosPontoPonto de InterrogaoPonto de ExclamaoTravessoParnteses

AspasReticnciasO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 28 Concordncia Verbal e NominalDefinioConcordncia Verbal com o Sujeito SimplesConcordncia Verbal com o Sujeito CompostoConcordncia Verbal do SerCasos Especiais de Concordncia VerbalSilepse de Nmero e de PessoaConcordncia Nominal com AdjetivosCasos Especiais de Concordncia NominalSilepse de Gnero e de NmeroO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 29 Regncia Verbal e NominalDefinio e ParticularidadesRegncia Verbal

Pontos importantssimosVerbos com mais de uma regncia sem mudana de sentidoVerbos que normalmente mudam de sentido devido regncia

Regncia NominalO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGABARITO

Captulo 30 CraseDefinioCasos ObrigatriosCasos ProibitivosCasos FacultativosCasos EspeciaisA Crase e Certas ImplicaesO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGABARITO

Captulo 31 QUE, SE e COMODefinioO Vocbulo que e Suas Classificaes

1) Substantivo2) Interjeio3) Advrbio4) Preposio Acidental5) Partcula Expletiva6) Pronome Interrogativo7) Pronome Indefinido8) Pronome relativo9) Conjuno Coordenativa ou Subordinativa

AditivaAdversativaAlternativaExplicativaIntegranteCausalConsecutiva

ComparativaConcessivaFinalTemporal

O Vocbulo SE e Suas Classificaes1) Substantivo2) Pronome Oblquo tono

Pronome Reflexivo (ou Recproco)Parte Integrante do VerboPartcula ExpletivaPartcula de Indeterminao do SujeitoPartcula Apassivadora

3) Conjuno SubordinativaIntegranteCondicionalCausalConcessivaTemporal

O Vocbulo como e Suas Classificaes1) Substantivo2) Advrbio3) Preposio Acidental4) Interjeio5) Verbo6) Pronome Relativo7) Conjuno Coordenativa ou Subordinativa

AditivaCausalComparativa

ConformativaO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGABARITO

Captulo 32 EstilsticaDefinioFiguras de Palavras (conceito)MetforaComparaoMetonmiaCatacresePerfraseSinestesiaFiguras de SintaxeHiprbatoPleonasmoAnacolutoElipseZeugmaAssndetoPolissndetoAnforaFiguras de PensamentoAntteseOxmoro (Paradoxo)HiprboleGradaoEufemismoIronia

Prosopopeia (Personificao)Figuras FnicasAliteraoAssonnciaParanomsiaOnomatopeiaParalelismoCombinao de FigurasVcios de LinguagemAmbiguidade (Anfibologia)ArcasmoBarbarismoCacofoniaColisoParequemaEcoHiatoSolecismoPreciosismoPlebesmoRedundncia (Tautologia)EstrangeirismoProlixidadeO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGABARITO

Captulo 33 Teoria da ComunicaoDefinioElementos da Comunicao

Funes da LinguagemNoes de Semitica (ou Semiologia) e LingusticaO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGABARITO

Captulo 34 Compreenso/Interpretao de Textos e TipologiaTextual

DefinioOperadores ArgumentativosPressupostos e Subentendidos

PressupostosSubentendidos

Tipologia TextualTexto Narrativo e Tipos de Discurso

Tipos de DiscursoTexto DescritivoTexto InjuntivoTexto DialogalTexto Dissertativo

Dissertao ExpositivaDissertao Argumentativa

Estratgias ArgumentativasModalizaoExemplificao (fato-exemplo)EnumeraoFato histricoComparaoContraposioCausa e efeito

Dados estatsticosDefinioTestemunho de autoridadeContra-argumentaoPergunta retrica

Mtodos de RaciocnioSilogismoMtodo de Raciocnio DedutivoMtodo de Raciocnio IndutivoMtodo de Raciocnio DialticoFalcia

Gnero TextualEstratgias para Compreenso/Interpretao de TextosAnlise de um TextoO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGABARITO

Captulo 35 Coeso e CoernciaDefinioCoeso ReferencialCoeso SequencialCoeso RecorrencialFatores de Coerncia

Manuteno temticaConhecimento de mundoSituao de comunicaoMecanismos gramaticais e semnticos da lnguaIntertextualidadeIntencionalidade

Coerncia NarrativaCoerncia ArgumentativaCoerncia FigurativaCoerncia TemporalCoerncia de RegistroContinuidade TextualO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGABARITO

Captulo 36 Domnio do Registro CultoDefinio

Conceito de ErroRegistro Culto e Coloquial

Variaes LingusticasRegistros Lingusticos: Lngua Falada e Lngua EscritaAcentuaoOrtografiaEmprego de classes gramaticais (pronomes e verbos,principalmente)PontuaoConcordnciaRegnciaCrase

O Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGABARITO

Captulo 37 Reescritura de FrasesDefinio de Parfrase

Mudana de Posio dos VocbulosEquivalncia entre Locues e Palavras e entre ConectivosSubstituio de Verbos por Advrbios e Vice-versaUso de SinnimosSubstituio de Substantivos por PronomesNominalizaoTransformao de Orao Reduzida em Desenvolvida e Vice-versa

Reduzidas de gerndio para desenvolvidasReduzidas de infinitivo para desenvolvidasReduzidas de particpio para desenvolvidas

Substituio de Pronome Relativo por Outro e PronomeDemonstrativo por OutroPossibilidades de ParalelismoRelao de Causa e ConsequnciaO Que Cai Mais na Prova?Questes de ConcursosGabarito

Captulo 38 Questes Comentadas da Banca CQIP

Bibliografia

Mensagem final

Gabarito Comentado

Introduo

O que Gramtica Normativa, Norma Culta,Registro Culto etc.?

Leia isto (vai por mim!), pois tais conceitos so importantes para a suaprova!

A gramtica normativa trata da sistematizao do registro culto da lngua,em seus nveis fonolgico (som), mrfico (forma), sinttico (organizao),semntico (sentido) e lxico (vocabulrio). Falarei tambm dos nveisdiscursivo (uso prtico da lngua) e estilstico (criatividade no uso da lngua).Falaremos de tudo isso em A Gramtica.

A lngua culta (ou registro culto), conforme dizia o conceituadssimogramtico Celso Cunha, trata de uma descrio do portugus atual na suaforma culta, isto , da lngua como a tm utilizado os escritores portugueses,brasileiros e africanos, do Romantismo para c, dando naturalmente umasituao privilegiada aos autores dos nossos dias. Como se pde percebercom os grifos que dei, simplesmente a maneira como as pessoas que gozamde prestgio social usam a lngua. No a lngua pura ou correta (apesar deainda muitos sustentarem tal discurso!), mas to somente uma maneira deusar a lngua. A partir do modelo de escrita de pessoas conceituadas,estudiosos dessa modalidade lingustica criaram padres de bom uso dalngua. De modo simplista, por isso que a lngua culta tambm chamadad e lngua padro, ou registro culto, ou ainda registro formal. Em algumasprovas atuais, como as da ESAF e da FCC, voc ainda vai encontrar aexpresso erro gramatical, quando melhor seria dizer desvio,inadequao ou incorreo do ponto de vista da lngua culta.

A gramtica normativa, segundo a concepo mais tradicional, portanto, um conjunto de regras para escrever e falar corretamente uma lngua, deacordo com o molde de uso dessa lngua por pessoas cultas. Ser que porisso que se fala em norma culta? Certamente.

A norma culta apenas uma das variedades de uso da lngua. Infelizmente,ainda, muitos pensam que o padro culto da lngua o melhor, o correto, oideal de lngua e, portanto, o que deve ser usado por todos. Mas saiba que ela

to somente uma das variedades de uso da lngua. Ela normalmenteensinada pelas gramticas escolares, que se baseiam nos registros escritos depessoas consagradas na sociedade e tidas como cultas. E normalmenteusada em situaes formais.

Abra qualquer gramtica tradicional (normativa, escolar, prescritiva etc.),por exemplo, a do Celso Cunha ou a do Bechara... Ver l uma srie detrechos retirados de livros de gente famosa, culta, influente e consagrada nasociedade. O modo como essas pessoas se expressavam linguisticamente pelaescrita seguia um determinado modelo com algumas variaes, claro, masnada substancial que, por sua vez, serviu de base para a feitura da gramticanormativa, em que a lngua padro (culta) se torna o ideal do bem falar eescrever.

Adendos e crticas parte, devido relevncia que tem nas situaesformais, a norma culta deve ser ensinada nas escolas (afinal, no aaprendemos na rua). nesse ambiente institucionalizado que a aprendemosregularmente.

Pois bem... se o objetivo da lngua a comunicao e a interao, queroalistar aqui algumas vantagens do aprendizado do registro culto da lngua: Assegura a unidade da lngua nacional, pois por meio do uso da lngua

culta que os livros didticos, cientficos e jurdicos, os documentos formais,os (tele)jornais consagrados, as grandes mdias etc. veiculam asinformaes de modo neutro e unificado para todo o pas.

Permite que uma pessoa ascenda profissionalmente, pois uma dasexigncias nas entrevistas de emprego ou nas provas de concursospblicos o uso considerado mais esmerado da lngua, por meio do qualpensamentos complexos so expressos, a saber: o registro culto da lngua.

Serve como um valioso instrumento em situaes formais, para quecirculemos bem em determinados ambientes sociolingusticos. Porexemplo, ao nos dirigirmos a um juiz em um tribunal, a um presidente deuma empresa, enfim, a uma pessoa que ocupa um cargo social maiselevado que o nosso, sentimo-nos impelidos a usar a lngua culta.Assim, percebemos que, em termos prticos, precisamos aprender o

registro culto da lngua para nosso bem-estar social! E isso inclui o qu?Acertar questes em provas de concurso pblico, pois elas se baseiam nanorma culta. Como esta gramtica se destina a ensinar tal norma, visando sua ascenso social, chega de papo! Sirva-se!

Captulo 1

Fonologia

DefinioQuando usamos a lngua falada, saem sons de nossa boca, certo? Esses

sons se combinam e formam palavras, certo? Essas palavras, por sua vez,podem ter seu sentido modificado caso uma parte sonora seja modificada,certo? Ok, ento.

A Fonologia a parte da gramtica que estuda os sons da lngua, suacapacidade de combinao e sua capacidade de distino. Ela se ocupa dafuno dos sons dentro da lngua, os quais permitem aos falantes formarpalavras e distinguir significados. o estudo dela que nos interessa para asprovas de concursos pblicos. O estudo da Fontica no nos importa.

Ah, ento existe uma distino entre Fontica e Fonologia? Sim! AFontica descreve os aspectos articulatrios e as propriedades fsicas detodos os sons, ou seja, trata da produo dos sons, como eles se formam etc.Poxa, Pestana, ento voc no vai mostrar todo o aparelho fonador, a boca,a lngua, os dentes, a transcrio fontica etc. e tal? E-xa-ta-men-te! No voufalar nada disso. Mas por qu? Simples. Porque no cai em prova. Outrainformao: no usarei smbolos de transcrio fontica nem barras paramarcar um fonema; meu objetivo facilitar e ir direto linguagem dasprovas. Reitero: s os aspectos da Fonologia importam para provas deconcursos pblicos!

Em questes bem antigas (dcada de 80, 90), at havia questes sobreFontica. Hoje em dia, voc no precisa se preocupar com isso. Graas aDeus! Quanto menos tiver de saber detalhes da gramtica para acertar umaquesto na prova e ser feliz, melhor para voc. Concorda? Encher linguiano minha praia. Preciso ser preciso. Ento... vamos l!

FonemaO fonema a menor unidade sonora da palavra e exerce duas funes:

formar palavras e distinguir uma palavra da outra. mais simples do que parece: quando os fonemas se combinam, formam

palavras, ou seja, C + A + S + A = CASA. Percebeu? Quatro fonemas (sons) secombinaram e formaram uma palavra. Se substituirmos agora o som S por P,haver uma nova palavra, certo? CAPA.

A combinao de diferentes fonemas permite a formao de novas palavrascom diferentes sentidos. Portanto, os fonemas de uma lngua tm duasfunes bem importantes: formar palavras e distinguir uma palavra da outra.

Ex.: cal / Gal / mal / sal / tal...moo / moa / mao / maa / ma...

Com a troca de fonemas, novas palavras surgiram, com sentidos diferentes.Percebeu?

LetraA letra um smbolo que representa um som, a representao grfica

dos fonemas da fala. bom saber dois aspectos da letra: pode representar mais de um fonema

ou pode simplesmente ajudar na pronncia de um fonema. Como assim?Por exemplo, a letra X pode representar os sons X (enxame), Z (exame), S

(txtil) e KS (sexo; neste caso a letra X representa dois fonemas K e S = KS).Ou seja, uma letra pode representar mais de um fonema.

s vezes a letra chamada de diacrtica, pois vem direita de outra letrapara representar um fonema s. Por exemplo, na palavra cachaa, a letra Hno representa som algum, mas, nesta situao, ajuda-nos a perceber que CHtem som de X, como em xaveco.

Vale a pena dizer que nem sempre as palavras apresentam nmeroidntico de letras e fonemas.

Ex.: mola > 4 letras, 4 fonemasguia > 4 letras, 3 fonemas

Percebeu que o U em GU no tem som? uma letra diacrtica. Agora, emgua, o U pronunciado, logo no mais uma letra diacrtica. Simples assim.

Tome cuidado, pois existem algumas palavras em que se pode pronunciaro X como Z ou KS: hexgono. Logo, se fssemos analisar o nmero de letras ede fonemas, diramos que, se pronunciarmos o X com som de Z, haver 8letras e 7 fonemas; caso pronunciemos o X com som de KS, haver 8 letras e8 fonemas. O H no pronunciado, bvio.

S de curiosidade: na palavra inexorvel, o X tem som de Z, logo h 10 letrase 10 fonemas.

Dgrafo e Dfono

O dgrafo constitui-se de duas letras representando um s fonema. Asegunda letra diacrtica, isto , existe apenas para ajudar numadeterminada pronncia. Por exemplo, se dissermos caro, o R ter um somdiferente de RR, em carro. Este segundo R, em carro, uma letra diacrtica.

H dois tipos: consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, s, xc, xs.

E x . : guer r eir o , que d a , cha v e , lha m a , nhoque, arrasto, assado,descendente, cresa, excitado, exsudar.

voclicos ou nasais: a, e, i, o, u seguidos de m ou n na mesma slaba (!)Ex.: camp o , anta/emp r e s a , entrada/imbatvel, caindo/ombro,

onda/umbigo, untar.

Chamamos de dfono o som KS representado pela letra X.Ex.: txico (tksico), complexo (complekso), trax (traks)...

Cuidado!!!1) O M e o N usados aps as vogais, nasalizando-as, no so fonemas nem

consoantes. Logo, se o homem da banca quiser dar uma pernada emvoc, ele vai dizer que ocorre o encontro de duas consoantes em menta,por exemplo. No caia nessa! O M e o N so apenas marcas denasalizao da vogal, como se fossem um til (~). Se vierem, porm, antesda vogal (na-ta-o) ou em outra slaba (Fa-bi-a-na), a sim so fonemas,so, de fato, consoantes.

2) Sempre que uma palavra tiver dgrafo, o nmero de letras ser maiorque o nmero de fonemas. Na palavra champanha, h 9 letras e 6fonemas, pois h dois dgrafos consonantais (ch, nh) e um voclico (am).

3) Se as palavras terminam em -AM, -EM, -EN(S), tais terminaes no sodgrafos voclicos, mas sim ditongos decrescentes nasais. Falarei maisdisso daqui a pouco.

4) Parece bobeira, mas no confunda, por exemplo, piscina (sc: 1 som), escola(sc: 2 sons). Outra informao: na antiga ortografia, os dgrafos GU eQU, que s so dgrafos se seguidos da letra E ou I, recebiam trema emalgumas palavras, o que facilitava a nossa vida em palavras como qiproqu(os us so pronunciados, mesmo sem trema: quiproqu). Hoje (com a novaortografia), sem trema, algumas palavras podem dificultar nossa vida.Exemplo: como se pronuncia liquidificador? Pronunciando o U ou no? Asduas formas so possveis (qi/qui), mas se acostume com a ausncia dotrema, que tanto facilitava nossa vida na pronncia das palavras. Depoisreclamavam dele! Vai deixar saudades...

5) A letra H chamada de letra etimolgica, pois se manteve do latim at oportugus atual. No representa fonema algum.

6) Nunca demais dizer que depois de M se usa P e B: mbar, amplexo,embromar, emprstimo etc.

Classificao dos FonemasOs fonemas so de trs tipos: vogais, semivogais e consoantes.

VogaisSo fonemas produzidos livremente, sem obstruo da passagem do ar.

So mais tnicos, ou seja, tm a pronncia mais forte que as semivogais. Soo centro de toda slaba. Podem ser orais (timbre aberto ou fechado) ounasais (indicadas pelo ~, m, n). As vogais so A, E, I, O, U, que podem serrepresentadas pelas letras abaixo. Veja:

A: casa (oral), cama (nasal)E: hlio (oral), estrada (oral, timbre fechado), centro (nasal)I: amigo (oral), ndio (nasal)O: pode (oral), olho (oral, timbre fechado), longe (nasal)U: sade (oral), untar (nasal)Y: hobby (oral)

Obs.: Os fonemas voclicos representados pelas letras E e O sopronunciados, respectivamente, como I e U quando terminam palavra:pente (penti); ovo (ovu). No Sul do pas, a pronncia alterna. Outrainformao importante: sempre que o acento agudo ou circunflexoestiver em cima de E, I, O, U, tais fonemas sero vogais; o A ser semprevogal!

SemivogaisOs fonemas semivoclicos (ou semivogais) tm o som de I e U (apoiados

em uma vogal, na mesma slaba). So menos tnicos (mais fracos napronncia) que as vogais. So representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y.Veja:

pai: note que a letra I representa uma semivogal, pois est apoiada em umavogal, na mesma slaba.mouro: note que a letra U representa uma semivogal, pois est apoiada emuma vogal, na mesma slaba.

me: note que a letra E representa uma semivogal, pois tem som de I e estapoiada em uma vogal, na mesma slaba.po: note que a letra O representa uma semivogal, pois tem som de U e estapoiada em uma vogal, na mesma slaba.cantam: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de U eest apoiada em uma vogal, na mesma slaba (= cantu).dancem: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de I eest apoiada em uma vogal, na mesma slaba (= danci).hfen: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e estapoiada em uma vogal, na mesma slaba (= hfi).glutens: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I eest apoiada em uma vogal, na mesma slaba (= glutis).windsurf: note que a letra W representa uma semivogal, pois tem som de U eest apoiada em uma vogal, na mesma slaba.office boy: note que a letra Y representa uma semivogal, pois tem som de I eest apoiada em uma vogal, na mesma slaba.

Cuidado!!!1) Celso Cunha, Sacconi e outros gramticos, por exemplo, consideram a

letra L uma semivogal em fim de slaba (sal, mal, sol, alto...) por ter somde U. No Sul do Brasil, entretanto, mesmo nessa situao, o L tem somde L mesmo, predominantemente. Nunca vi em concurso algum talexigncia, mas... nunca se sabe... vai que...

2) Em um encontro voclico, para saber qual fonema voclico vogal ousemivogal, sugiro substituir as vogais por valores de intensidade; assim:A=3, E=2, I=1, O=2, U=1. Por exemplo, em vcuo (u=1, o=2, logo U semivogal e O vogal). Saiba que o encontro voclico -eo (leo), por nose encaixar na minha sugesto, analisado assim: semivogal (e) + vogal(o). Por fim, num encontro voclico com I e U, o que vier aps outroser, normalmente, vogal. Uma maneira de perceber isso colocandoum acento agudo hipottico em cima desses fonemas; Ex.: partu (i, vogal;u, semivogal); gratito (u, vogal; i, semivogal); sagu (u, semivogal; i, vogal).Esta ltima palavra escrita com trema, segundo a antiga ortografia.

4) As palavras windsurf e office boy, de origem estrangeira, j figuramnos dicionrios de lngua portuguesa do Brasil, por isso no podemosdeixar de analisar as j consideradas letras do nosso alfabeto K, W e Ysob uma perspectiva fonolgica. S de curiosidade: Charles Darwin (wcom som de u, semivogal).

ConsoantesSo fonemas produzidos com interferncia de um ou mais rgos da boca

(dentes, lngua, lbios). Todas as demais letras do alfabeto representam, naescrita, os fonemas consonantais: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V,W (com som de V, Wagner), X, Z.

SlabaA slaba , normalmente, um grupo de fonemas centrados numa vogal.

Toda slaba expressa numa s emisso de voz, havendo breves pausas entrecada slaba. Isso fica mais perceptvel quando pronunciamos uma palavrabem pausadamente. Por isso, intuitivamente, a melhor maneira de separar asslabas falar bem pausadamente a palavra. Exemplo: FO... NO... LO... GI... A.Percebeu?

Fique sabendo que a base da slaba a vogal e, sem ela, no h slaba, ok?H palavras com apenas uma vogal formando cada slaba: a, que sepronuncia a- (duas slabas).

Quanto ao nmero de slabas, as palavras classificam-se em: Monosslabas (uma vogal, uma slaba): mo. Disslabas (duas vogais, duas slabas): man-ga. Trisslabas (trs vogais, trs slabas): man-guei-ra. Polisslabas (mais de trs vogais, mais de trs slabas): man-guei-ren-se.

Ou quem sabe esta: pneu-mo-ul-tra-mi-cros-co-pi-cos-si- li-co-vul-ca-no-co-ni-- ti-co.

Se eu ainda sei contar, so 20 vogais, logo 20 slabas. Esta polisslabadesde criancinha!

Quanto tonicidade, h slaba tnica (alta intensidade na pronncia) etona (baixa intensidade na pronncia). Sempre h apenas uma (1) slabatnica por palavra, ok? Ela se encontra em uma das trs slabas finais dapalavra (isto , se a palavra apresentar trs slabas).

Bizu: se houver acento agudo ou circunflexo em uma das vogais, a estar aslaba tnica da palavra.

Qual seria, ento, a slaba tnica depneumoultramicroscopicossilicovulcanoconitico?

Moleza, no? Veja: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconitico.Se no houver acento agudo ou circunflexo para facilitar a nossa vida,

coloque um acento hipottico para identificar a slaba tnica: cstelo, castloou castel? Como falamos? claro que a slaba tnica a segunda: cas-te-lo.

Quanto posio da slaba tnica, as palavras s podem ser: Oxtonas (ltima slaba tnica): condor.

Paroxtonas (penltima slaba tnica): rubrica. Proparoxtonas (antepenltima slaba tnica): nterim.

Cuidado!!!1) Conhea a posio da slaba tnica de algumas palavras: Sbia, saBIa,

sabi, misTER, noBEL, ureTER, ruIM, filanTROpo, puDIco, reCORde,graTUIto, iBEro, Lvedo, aRete, Znite, QUops...

2) H palavras que tm dupla possibilidade de posio da slaba tnica:proJtil/projeTIL, RPtil/repTIL, Xrox/XeROX... Note que h mudana naacentuao grfica...

3) S para relaxar: A sbia no sabia que o sbio sabia que o sabi sabiaassobiar. E as slabas tnicas?

Falaremos sobre Prosdia (assunto que trata, basicamente, da corretaposio da slaba tnica) com calma mais frente. Relax!

Encontros VoclicosComo o nome sugere, o contato entre fonemas voclicos. H trs tipos:

HiatoOcorre hiato quando h o encontro de duas vogais, que acabam ficando

em slabas separadas (V V), porque s pode haver uma vogal por slaba.Ex.: sa--da, ra-i-nha, ba-s, ca-s-te, tu-cu-m-, su-cu-u-ba, ru-im, j-ni-or...

Cuidado!!!1) Em palavras com a sequncia V+SV+V, como praia, meio, joio, ocorre um

falso hiato, vulgarmente falando. Isso ocorre porque prai-a, porexemplo, apresenta semivogal (i) separada de vogal (a). Na realidade, oque ocorre um fenmeno chamado glide, isto , cada uma das palavrasacima apresenta dois ditongos, pois a semivogal (i) se prolonga at aslaba seguinte: (prai-ia, mei-io...). Nunca vi isso em prova de concurso,mas... nunca se sabe...

2) As palavras rio, cio, mia, tia, dia no so monossilbicas! So dissilbicas,pois apresentam hiato!

DitongoExistem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal).Crescente (SV + V, na mesma slaba):

Ex.: magistrio (oral), srie (oral), vrzea (oral), quota (oral), quatorze(oral), enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinqunio (nasal)...

Decrescente (V + SV, na mesma slaba):Ex.: item (nasal), amam (nasal), smen (nasal), cibra (nasal), caule

(oral), ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral)...

Cuidado!!!1) Os ditongos no so separados, mas os crescentes finais (-ea, -eo, -ia, -ie, -

io, -oa, -ua, -ue, -uo) so vistos pela NGB (Nomenclatura GramaticalBrasileira) e por muitos gramticos como possveis hiatos de palavrasproparoxtonas acidentais, ou eventuais. Por exemplo: his-t-ria(paroxtona/ditongo crescente) ou his-t-ri-a (proparoxtona/hiato). Emconcurso, comunssima a primeira anlise, ou seja, u-rea, plm-beo, ca-l-nia, s-rie, co-l-gio, m-goa, -gua, tnue, trduo. Olho vivo!

2) Palavras terminadas em -am (verbo), -em (verbo ou no verbo), -en(nome), -en(s) (verbo ou no verbo) apresentam ditongo decrescentenasal (tambm chamado de ditongo fontico). Exemplo: danam (= u),bebem (= i), sem (= i), glten (= i), contns (= i), hifens (= i)... Mesmocom sufixo, o ditongo se mantm: trenzinho, vintenzinho...

3) A palavra muito apresenta um ditongo decrescente nasal apesar daausncia de marca de nasalizao. A Lngua Portuguesa apresenta outraspalavras assim: Elaine, andaime, plaino, aaima (do verbo aaimar), Roraima(tambm existe a pronncia Rorima), etc.

4) Interessante a palavra ioi, que se separa em io-i (h dois ditongoscrescentes). Outras palavras podem apresentar mais de um encontrovoclico, como Pi-au- (um hiato, um ditongo decrescente e um falsohiato). Cuidado tambm com as palavras vaidade e paisagem, queapresentam ditongos decrescentes, e no hiatos!

TritongoO tritongo a unio de SV + V + SV na mesma slaba; pode ser oral ou

nasal.Ex.: saguo (nasal), Paraguai (oral), enxguem (nasal), averiguou (oral),

desguam (nasal), aguei (oral)...

Cuidado!!!1) O M dos exemplos de tritongo uma semivogal. Logo, no pense que,

e m enxguem e desguam, os encontros UEM e UAM formam ditongos

crescentes nasais. So tritongos: SV+V+SV.2) H duas palavras perigosas: se-quoi-a e ra-diou-vin- te. H tritongo nelas,

hein!3) Como eu j disse mais acima (em Hiato), palavras como praia, joio, veia

no tm tritongo!

Encontros Consonantais a sequncia de consoantes numa palavra. Existem os perfeitos

(inseparveis, pois ficam na mesma slaba) e os imperfeitos (separveis, poisno ficam na mesma slaba). Geralmente, os encontros consonantaisperfeitos apresentam consoante + l ou r.

Ex.: Flamengo (perfeito) > Fla-men-goVasco (imperfeito) > Vas-co

Obs.: No confunda encontro consonantal com dgrafo consonantal!Exemplo: campo (o M nasaliza a vogal anterior; no consoante, suma marca de nasalizao; no forma encontro consonantal com P!).

Separao SilbicaTrata da adequada separao das slabas de uma palavra. Lembre-se: toda

slaba tem de apresentar uma vogal.

Separam-seOs hiatos: va-ri-a-do, car-na--ba, pa-ra--so, ru--na, cu-ri-o-so, l-co-ois (ou al-co-

is)...Os dgrafos (rr, ss, sc, s, xc, xs): car-rei-ra, cas-sa-o, nas-cer, des-a, ex-ces-so, ex-

si-car...Os encontros consonantais que no iniciam imediatamente as palavras (p,

bd, cc, c, tn, bm, bst, bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.): op-o, ab-di-car, oc-ci-pi-tal, fic-o, t-ni-co, sub-me-ter, abs-tra-to, ob-ten-o, trans-por-te, in-tac-to, ap-ti-do, ins-pi-rar, cons-pur-car, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra, am-n-sia, ab-rup-to...

Obs.: Quando a palavra for seguida de um conjunto de consoantes, separar-se- a ltima da penltima: tungs-t-nio, felds-pa-to, sols-t-cio, pers-pi-caz...Cuidado: quart-zo, me-tem-psi-co-se.

A ltima consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, interetc.), quando seguida de vogal, junta-se a ela: bi-sa-v, di-sen-te-ri-a, su-bem-pre-go,

ci-sal-pi-no, tran-sa-tln-ti-co, su-pe-res-pe-ci-al, e-xan-gue, in-te-res-ta-du-al...

Obs.: preciso ateno quando uma palavra PARECE ter prefixo. Exemplo:suboficial (a palavra oficial existe, logo sub prefixo; assim: su-bo-fi-ci-al),mas sublime (a palavra lime no existe, logo sub pertence ao radical,no prefixo; assim: su-bli-me).

No se separamDitongos e tritongos: a-rac-ni-de-o (proparoxtona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to, pleu-

ra, bai-xa, cou-ro, gra-tui-to, men-tiu, a-guen-tar, bai-a-no, coi-o-te, fei-o-so, pli-a-de,Cui-a-b, boi-a-da, U-ru-guai, i-guais, en-xa-guou...

Obs.: Muitos dicionrios divergem quanto separao do encontro voclico- io no meio da palavra; analisam ora como ditongo, ora como hiato(ambas as formas esto adequadas, por falta de consenso). Exemplo: fi-si-o- te-ra-pi-a (ou fi-sio-te-ra-pi-a).

Dgrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, ba-nhei-ra, mar-cha, quei-jo, guer-ra...Encontros consonantais perfeitos no incio de palavras, normalmente: gno-

mo, mne-m-ni-co, pneu-m-ti-co, psi-c-lo-go, pro-ble-ma, cni-d-rio...A ltima consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), se

seguida de consoante, no formar nova slaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-dn-cia, sub-li-nhar (cai muito em prova!), cis-pla-ti-no, trans-por-tar, su-per-ho-mem, ex-car-ce-rar, in-ter-na-cio-nal...

Cuidado!!!A translineao silbica trata da separao das slabas de uma linha paraoutra em um texto formal, como em uma Redao Oficial. Seguem asnormas gramaticais estabelecidas para a diviso silbica em uma redao:1) Deve-se evitar que a slaba constituda de vogal fique isolada no fim ou no

incio de linha: mi-do, e no -mido.2) Deve-se evitar que a translineao provoque a ocorrncia de palavras

chulas ou inadequadas: apsto-lo, e no aps-tolo; dispu-ta, e no dis-puta.O Novo Acordo Ortogrfico recomenda, por clareza grfica, quando ohfen de palavra composta, ou com prefixo, coincidir com o fim de linha,repeti-lo no incio da linha seguinte:.......................A defesa pleiteou no pedido de habeas corpus a expedio desalvo- -conduto para que o militar no fosse............................................................................

Ortoepia e ProsdiaOrtoepia ou Ortopia trata da pronncia adequada das palavras. J a

Prosdia trata, basicamente, da correta acentuao tnica das palavras, ouseja, da posio adequada da slaba tnica das palavras. Quando algumcomete um desvio de prosdia, damos a isso o nome de silabada deslocamento da slaba tnica.

Este assunto est ligado fonologia, ortografia e acentuao, por issorevisite-o sempre. No incomum ouvirmos as pessoas dizendo menDINgo,morTANdela, aDEvogado, PREvilgio ou Rcorde, Rbrica, inteRIM, gratuto etc.,certo? At o mais conceituado apresentador de telejornal brasileiro dizRcorde! Preste ateno!

No entanto, sabemos que mendigo, mortadela, advogado e privilgio so asadequadas pronncias, o que acaba influenciando a ortografia, percebe?Sabemos tambm que o adequado reCORde, ruBRIca, Nterim, graTUIto.Beleza?

Ns, falantes cultos da lngua, devemos nos preocupar muito empronunciar adequadamente as palavras, sem acrescentar ou retirar partesdas palavras, ou ainda deslocar a posio da slaba tnica delas. Nossaascenso social depende disso, seja em uma entrevista de emprego seja emuma prova de concurso. Fique ligado nisso!

Leia e releia os desvios mais clssicos:

ADEQUADOAdmisso

INADEQUADOAdimisso*

Absoluto Abissoluto

Advogado Adevogado

Aforismo Aforisma

Aleijar Alejar

Aterrissagem Aterrizagem

Adivinhar Advinhar

Apropriado Apropiado

Bandeja Bandeija

Bugiganga Buginganga

Beneficente Beneficiente

Bebedouro Bebedor

Bochecha Buchecha

Boteco Buteco

Braguilha Barguilha

Bueiro Boeiro

Cabeleireiro Cabelereiro

Caranguejo Carangueijo

Cutucar Cotucar

Creolina Criolina

Descarrilar Descarrilhar

Digladiar Degladiar

Disenteria Desinteria

Empecilho Impecilho

Engajamento Enganjamento

Estourar Estorar

Estupro Estrupo

Esteja Esteje

Etimologia Etmologia

Fratricdio Fatricdio

Freada Freiada

Fragrncia Fragncia

Frustrao Frustao

Intitular Entitular

Lagarto Largato

Lagartixa Largatixa

Manteigueira Mantegueira

Mendigo Mendingo

Meritssimo Meretssimo

Meteorologia Meterologia

Mortadela Mortandela

Prazerosamente Prazeirosamente

Privilgio Previlgio

Problema Pobrema/Poblema

Proprietrio Propietrio

Prostrar Prostar

Reivindicar Reinvidicar

Salsicha Salchicha

Seja Seje

Sobrancelha Sombrancelha

Supeto Sopeto

Superstio Supertio

Tbua Talba

Txico Txico (ch)

Umbigo Imbigo

Basculante Vasculante

* Para os professores de planto, no entrarei no mrito da epntese e de outros fenmenosprosdicos, pois isso no cai em prova.

Algumas pronncias e grafias duplas registradas em dicionrios e/ouno VOLPacrbata ou acrobata/aborgine ou aborgene/arteriosclerose ou aterosclerose/abbadao u abboda/assoviar ou assobiar/aterrissar ou aterrizar/bomia ou boemia/infarto,infarte, enfarte ou enfarto/diabetes ou diabete/percentagem ou porcentagem/ambrsiao u ambrosia/hierglifo ou hieroglifo/Ocenia ou Oceania/xerox ou xrox/zngo ouzango/autopsia ou autpsia/biopsia ou bipsia/ortoepia ou ortopia/projtil ouprojetil/rptil ou reptil/sror ou soror/homlia ou homilia/Madagscar ouMadagascar/eltrodo ou eletrodo/dplex ou duplex (...)

Quanto ao timbre da vogal, h muito desacordo entre os gramticos.Tentei alistar algumas palavras em que h certo consenso, mas, cada vez queeu pesquisava mais profundamente, ficava mais desesperado. H muuuuuitadiscordncia! Voc no tem ideia. Por isso minha lista breve:

Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, coldre, dolo, grelha, inodoro, ileso,leso, molho (feixe, conjunto), obeso, obsoleto, piloro, suor.

Com timbre fechado: acervo, alcova, algoz, algozes (pode ser com timbreaberto), bodas, crosta, cerda, escaravelho, omeleta (a pronncia de omelte polmica), reses, torpe.

O Que Cai Mais na Prova?

Se eu fosse voc, estudaria a posio da slaba tnica (proparoxtona,paroxtona, oxtona), os encontros voclicos (hiato, ditongo, tritongo) e asseparaes silbicas.

Questes de ConcursosVeja agora quais bancas gostam de trabalhar questes de Fonologia. De

uma coisa eu tenho certeza: a maioria das questes relacionadas Fonologia,atualmente, no so trabalhadas pelas bancas de maior prestgio no universodos concursos civis. Alm disso, a maior parte das questes de nvelfundamental/mdio.

Adaptei as questes antigas (antes de 2009) nova ortografia, que agorafoi adiada para 2016. Chega de papo! Vamos trabalhar!

1. (NCE/UFRJ TRE/RJ Auxiliar Judicirio 2001) O item abaixo que apresenta erradamente umaseparao de slabas :a) trans-o-ce--ni-co;b) cor-rup-te-la;c) sub-li-nhar;d) pneu-m-ti-co;e) e-co-no-mi-a.

2. (FGV SPTRANS Especialista em Transportes 2001) Assinale a alternativa em que o xrepresenta fonema igual ao de exame.a) exceto.b) enxame.c) xido.d) exequvel.

3. (Vunesp Prefeitura de So Paulo Auxiliar de Zoonoses 2002) Assinale a alternativa em que asslabas de todas as palavras esto separadas corretamente.a) fi-ngem, no-rte, con-fu-nde.b) ex- pres- so, ln-gua, fo-ra.c) ali-men-tar, vi-vos, ga-mb.d) qu-an-do, a-ta-ca-dos, i-sso.

4. (FUNDEC TJ/MG Oficial de Justia 2002) Todas as palavras a seguir apresentam o mesmonmero de slabas e so paroxtonas, EXCETO:a) gratuito;b) silencio;c) insensvel;d) melodia.

5. (FUNDEC TJ/MG Oficial de Justia 2002) Assinale a alternativa INCORRETA quanto descrioda palavra.a) distinguir: um encontro consonantal e dois dgrafos.b) cinquento: dois encontros consonantais, um ditongo crescente e um ditongo decrescente.c) quiproqu: dois ditongos crescentes e um encontro consonantal.d) antiguidade: dois dgrafos e nenhum ditongo.

6. (FUNDEC TJ/MG Oficial de Justia 2002) Assinale a alternativa CORRETA quanto diviso

silbica, ortografia e anlise da estrutura fontica da palavra em destaque.a) se-ri-s-si-mo vocbulo proparoxtono, com um hiato e um dgrafo.b) ar-rit-mia vocbulo oxtono, com dois encontros consonantais e um ditongo crescente.c) flu-i-dos vocbulo paroxtono, com um encontro consonantal e um hiato.d) pre-ten-ci-o-so vocbulo paroxtono, com um encontro consonantal, um dgrafo e um hiato.

7. (FUMARC BHTRANS Assistente Administrativo 2003) Ambas as palavras contm exemplo dedgrafo em:a) questionrio/recursos;b) perspectiva/descer;c) bairro/maravilhosa;d) passividade/telespectador.

8. (FUMARC Cmara Municipal de Ouro Preto Advogado 2004) Ambas as palavras contmexemplo de dgrafo em:a) magma/massa;b) nascer/exceto;c) seccional/barro;d) afta/minha.

9. (Cesgranrio Assembleia Legislativa/TO Auxiliar Legislativo (Manuteno e Conservao) 2005)H ERRO na separao silbica da palavra:a) a-ver-me-lha-do;b) pi-co-l;c) Ro-ra-i-ma;d) nu-tri-ti-vo;e) sil-ves-tre.

10. (OFFICIUM TJ/RS Auxiliar Judicirio 2005) Assinale a alternativa em que os segmentosdestacados representam o mesmo fonema (som).a) desperdcio desperdiamos.b) jbilo gargalo.c) produo doses.d) reservamos burocracia.e) excessos xampu.

11. (IPAD COMPESA Operador de Sistemas 2006) Analise a diviso silbica das palavras abaixo.1. convico con-vic-o.2. abstrato ab-stra-to.3. transparncia tran-spa-rn-ci-a.4. nascimento nas-ci-men-to.Esto corretas:a) 1, 2, 3 e 4.b) 1 e 4, apenas.c) 2 e 3, apenas.d) 1, 3 e 4, apenas.e) 2, 3 e 4, apenas.

12. (FCC MPU Analista de Sade 2007) (Adaptada) A afirmao abaixo est correta ou incorreta? A gramtica prescreve que o vocbulo adjacentes seja assim separado em slabas: a-dja-cen-

tes.

13. (FEPESE Prefeitura de Balnerio de Cambori Arquiteto 2008) Observe a frase, retirada do

texto:Entreabri os olhos e deparei com uma quantidade enorme de cascalho e areia.

Coloque dentro dos parnteses (coluna 2) o nmero que corresponda classificao correta dosconjuntos destacados, de acordo com a coluna 1 (no permitido repetir qualquer nmero).

Coluna 1 Coluna 2

1. hiato ( ) abri

2. ditongo decrescente ( ) olhos

3. ditongo crescente ( ) quantidade

4. grupo consonantal ( ) deparei

5. dgrafo ( ) entreabri

Assinale agora a resposta que apresenta a sequncia correta, de cima para baixo.a) 1 4 3 2 5.b) 4 5 3 1 2.c) 4 5 3 2 1.d) 5 4 3 2 1.e) 5 4 2 3 1.

14. (Cespe/UnB UEPA Auxiliar de Laboratrio 2008) Assinale a opo em que as palavrasapresentam, em sequncia, ditongo / hiato / ditongo.a) outra / comeu / coisa.b) comeu / chorou / rainha.c) diante / muito / teus.d) meus / piavam / pai.

15. (Cespe/UnB SGA Auxiliar de Servios Gerais 2008) A letra x, em encaixar, representa omesmo som que em asfixia, engraxar e luxo.( ) CERTO( ) ERRADO

16. (Cespe/UnB SEBRAE/BA Assistente 2008) A seguinte separao de palavras polisslabas dotexto est correta: tes-tos-te-ro-na; neu-ro-lo-gis-ta; pu-ds-se-mos; sa-be-r-a-mos.( ) CERTO( ) ERRADO

17. (Cespe/UnB CEHAP Auxiliar de Servios Administrativos 2009) Assinale a opo queapresenta o vocbulo classificado inadequadamente quanto ao nmero de slabas.a) acredito polisslabo.b) comigo trisslabo.c) Rosinha disslabo.d) eu monosslabo.

18. (AOCP Cmara de Paranava Procurador 2010) Assinale a alternativa correta quanto ao que seafirma a seguir.a) Na palavra humanos, h 7 letras e 7 fonemas.b) Na palavra balana, h 7 letras e 7 fonemas.c) Na palavra guerra, h 6 letras e 4 fonemas.d) Na palavra campanha, h 8 letras e 7 fonemas.e) Na palavra terras, h 6 letras e 6 fonemas.

19. (AOCP Cmara de Paranava Procurador 2010) Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao

que se afirma a seguir.a) Na palavra detalhamento, h, respectivamente, um dgrafo consonantal e um dgrafo voclico.b) Na palavra promessas, h, respectivamente, um encontro consonantal e um dgrafo consonantal.c) Na palavra revanchismo, h, respectivamente, um dgrafo voclico e um dgrafo consonantal.d) Na palavra discusses, h, respectivamente, um dgrafo consonantal e um dgrafo consonantal.e) Na palavra programa, h, respectivamente, um encontro consonantal e um encontro consonantal.

A construo a seguir servir de base para as questes seguintes:... at um pecado acreditar que Deus, Nosso Senhor, l do seu trono, no Paraso, vai se preocupar

em quebrar o salto do teu sapato e, por via disso, pr fim a um caso de amor.

20. (Exames Prefeitura de Itapororoca/PB Procurador Jurdico 2010) Na primeira palavrasublinhada, podemos perceber:a) um encontro consonantal provido de sons distintos;b) um tritongo;c) um hiato;d) um dgrafo;e) um ditongo.

21. (Exames Prefeitura de Itapororoca/PB Procurador Jurdico 2010) Na segunda palavrasublinhada, podemos identificar:a) um encontro consonantal provido de sons distintos;b) um tritongo;c) um hiato;d) um dgrafo;e) um ditongo.

22. (AOCP Prefeitura Municipal de Camaari Procurador Municipal 2010) Assinale a alternativaem que todas as palavras so proparoxtonas.a) documentos, dirigentes, pesquisadora.b) pblicas, pedaggico, fsica.c) adicionais, levantamento, atividades.d) contador, eliminados, escolas.e) gestores, concentrassem, sistema.

23. (AOCP Prefeitura Municipal de Camaari Procurador Municipal 2010) Assinale a nicaalternativa que apresenta apenas um encontro voclico.a) relatrios.b) violncia.c) regionais.d) reunies.e) funcionrios.

24. (Consulplan Assessor Legislativo 2010) Na palavra barriga h ocorrncia de:a) encontro voclico;b) tritongo;c) dgrafo;d) hiato;e) ditongo crescente.

25. (Consulplan Assistente Administrativo 2010) Assinale a alternativa em que a palavrasublinhada um ditongo oral crescente:a) Voc no contribuiu para a contaminao da gua.b) Aps as chuvas, a cidade est um caos.

c) ... o processo inteiro passou por critrios de proteo ao meio ambiente.d) ... os alimentos da estao costumam ser mais bonitos e gostosos.e) A protena necessria para o organismo.

26. (Consulplan Assistente Administrativo 2010) Dadas as palavras com separao silbica:1. plstico.2. contribuir.3. avaliar.Est(o) correta(s) apenas a(s) palavra(s):a) 1.b) 2.c) 3.d) 1 e 3.e) 1 e 2.

27. (Consulplan Profissional de rea Tcnica (PRAT) 2011) A palavra horrores apresenta:a) ditongo;b) dgrafo;c) tritongo;d) encontro voclico;e) hiato.

28. (Consulplan Tcnico em Informtica 2011) Por trs de um pequeno homem talvez exista umamulherzinha de nada. As palavras destacadas apresentam, respectivamente:a) encontro voclico / dgrafo / encontros voclicos;b) hiato / dgrafo / encontros consonantais;c) encontro consonantal / ditongo / dgrafos;d) tritongo / ditongo / dgrafos;e) encontro consonantal / dgrafo / dgrafos.

29. (IPAD SENAC/PE Auxiliar Administrativo 2011) O termo que se enquadra na mesmajustificativa de tnis, quanto tonicidade, :a) enfatizar;b) acabar;c) Natal;d) consumismo;e) espiritual.

30. (AOCP CISMEPAR Auxiliar de Servios Gerais 2011) Assinale a alternativa INCORRETA quantoao nmero de slabas.a) Reduo (trisslaba).b) Acontece (polisslaba).c) Hipertenso (polisslaba).d) Lei (monosslaba).e) Sade (disslaba).

31. (FUMARC Prefeitura de Nova Lima/MG Estagirio de Tcnico em Administrao 2012)Considere estes grupos de palavras:I. co l gi o; bra si le i ras; as pe ctos.II. e nig ma; pror ro gar; ca n rio.III. due lo; mi do; su bli nhar.IV. in con tes t vel; eu ro pei a; i guais.A correta diviso silbica de todas as palavras pode ser observada:a) apenas em II;

b) apenas em II e IV;c) apenas em III e IV;d) apenas em I e IV.

32. (FUMARC Prefeitura de Nova Lima/MG Engenheiro Civil 2012) (Adaptada) As afirmaesabaixo esto corretas ou incorretas?

TEXTO INa escola dos meus sonhos, os professores so bem pagos e no precisam pular de colgio em colgio

para se poderem manter. Pois a escola de uma sociedade em que educao no privilgio, masdireito universal, e o acesso a ela, graas a Deus, dever obrigatrio.

TEXTO II

No primeiro balo da tirinha observa-se a presena de hiato e encontro consonantal. No Texto I, as palavras colgio e obrigatrio possuem ditongos decrescentes orais.

33. (CEPERJ SEAP/RJ Inspetor de Segurana e Administrao Penitenciria 2012) Na palavrafazer, notam-se 5 fonemas. O mesmo nmero de fonemas ocorre na palavra da seguintealternativa:a) tatuar.b) quando.c) doutor.d) ainda.e) alm.

34. (QUADRIX CFP Analista Tcnico (Psicologia) 2012) Sobre a palavra pessoa, analise asseguintes informaes:I. No possui dgrafos ou hiatos.II. uma paroxtona.III. trisslaba.Est correto o que se afirma em:a) somente I e II;b) somente II e III;c) somente I e III;d) todas;e) nenhuma.

35. (FAB EEAr Controlador de Trfego Areo 2012) Observe:fre-ar: contm hiatopou-co: contm ditongo oral decrescenteEm qual alternativa a palavra no apresenta nenhuma das classificaes acima?

a) aorta.b) miolo.c) vaidade.d) quatro.

Gabarito

1. A. 8. B. 15. ERRADO. 22. B. 29. D.

2. D. 9. C. 16. CERTO. 23. A. 30. E.

3. B. 10. A. 17. C. 24. C. 31. B.

4. A. 11. B. 18. C. 25. A. 32. I- CORRETA.

5. B. 12. INCORRETO. 19. D. 26. E. 33. B.

6. A. 13. C. 20. D. 27. B. 34. B.

7. C. 14. D. 21. C. 28. E. 35. D.

Os comentrios sobre as questes esto no site da editora na pginawww.elsevier.com.br/agramatica_pestana">

http://www.elsevier.com.br/agramatica_pestana

Captulo 2

Acentuao Grfica

Definios vezes, quando vamos escrever algumas palavras, d uma agonia, no ?

Como se escreve? Como se acentua? Qual a slaba tnica da criana? Sde pensar que existem mais de 380 mil palavras na lngua portuguesa... Aff!

Bem, este captulo no vai deix-lo na mo, mas prepare-se para muitadecoreba! O fato que voc ter a capacidade de acentuar adequadamentetodas as palavras, ok? Bem, mas o que acentuao grfica, Pest? No nada complicado.

A Acentuao Grfica trata da correta colocao de sinais grficos naspalavras. Nas palavras de um conceituado gramtico, as regras deacentuao visam sistematizar a leitura dos vocbulos da lngua; assim sendo,baseiam-se na posio da slaba tnica, no timbre da vogal, nos padresprosdicos menos comuns da lngua, na compreenso dos conceitos deencontros voclicos etc. Por isso recomendo que voc releia os encontrosvoclicos (Captulo 1). Muito importante!

Para que voc no erre uma questo de acentuao (que sempre cai emprova!), preciso conhecer bem a posio da slaba tnica das palavras. Porisso v por mim! , reveja tambm Ortoepia e Prosdia (no Captulo 1). E, claro, no deixe de consultar um bom dicionrio e, principalmente, o VOLP(encontrado no site da ABL, a Academia Brasileira de Letras).

Obs.: A nova ortografia, que iria entrar em vigor em 1o de janeiro de 2013,foi adiada para 2016 pelo governo federal. No entanto, como as bancasde concursos pblicos vm trabalhando as lies da nova ortografia emsuas questes, optei por ensin-las nas lies deste captulo e doseguinte. Vamos ter bastante tempo agora para internalizar mais aindaas regras do Novo Acordo Ortogrfico. Tomara que no decidam fazeruma nova nova ortografia, seno a gente vai ficar maluco de tantodecorar regrinhas ortogrficas.

Sinais DiacrticosOs sinais diacrticos, tambm chamados de notaes lxicas, servem para

indicar, dentre outros aspectos, a pronncia correta das palavras. Vejamosum por um:

Acento agudo: marca a posio da slaba tnica e o timbre aberto.Ex.: J cursei a Faculdade de Histria.

Acento circunflexo: marca a posio da slaba tnica e o timbre fechado.Ex.: Meu av e meus trs tios ainda so vivos.

Acento grave: marca o fenmeno da crase.Ex.: Sou leal mulher da minha vida.

Obs.: Esses trs primeiros so acentos grficos. Os demais so sinais.

Til: marca a nasalizao das vogais a e o.Ex.: Amanh convidarei muitos ancies para a reunio.

Cedilha: indica que o C tem som de SS.Ex.: Toda ao implica uma reao.

Apstrofo: indica a supresso de uma vogal.Ex.: Devem-se limpar caixas dgua a cada 6 meses.

Trema: marcava a semivocalizao do u nos grupos gue, gui, que, qui; nanova ortografia, s usado em palavras estrangeiras.Ex.: Linguia, aguenta e quinqunio; Mller, mlleriano, Bndchen,

Hbner, hbneriano, Schnberg...

Hfen: marca a unio de vocbulos, a nclise, a mesclise e a separaodas slabas.Ex.: gua-de-colnia, hiper-realista, v- lo, dar- te-ei, vai-da-de...

Algumas Consideraes Importantes Acento prosdico (ou tnico) diferente de acento grfico. O primeiro

marca a tonicidade, a fora com que se pronuncia uma slaba tnica,portanto est ligado pronncia, fala. o mesmo que slaba tnica. Osegundo s pertence escrita, como vimos nos exemplos do tpicoanterior. Importante: enquanto a maioria das palavras da lngua possuemacento tnico, apenas algumas apresentam acento grfico.

Vale dizer que cada vocbulo s pode receber apenas um (1) acentogrfico, que stricto sensu marca a posio da slaba tnica! No entanto, bons

dicionrios, como Aulete e Priberam, grafam a palavra dmod (origemfrancesa) com dois acentos grficos. Em rfo, o til no consideradoacento grfico, mas to somente marca de nasalizao, portanto s h umacento grfico mesmo. Em Tup, coincidentemente, o sinal grfico til (~)est na slaba tnica, mas seu papel apenas nasalizar a vogal. Noobstante, em palavras com pronomes mesoclticos, pode haver doisacentos grficos: convid-la-amos e vend-lo-, por exemplo. Segundo osfillogos, o -amos e o - so formas contradas do verbo haver, que formouas desinncias verbais do portugus. Ento teramos um acento para cadapalavra (convidar + haver). Um pouquinho de histria da lngua nunca demais...

Algumas questes relacionadas acentuao grfica podem gerar falta declareza, dependendo do contexto. Por exemplo, as palavras secretaria,fotografo, inicio, historia, numero, ate, baba, magoa, sabia, publico, amem, medico,negocio, musica, doido, contribui, fluido, fabrica, analise etc. podem ter osignificado e, at mesmo, a classe gramatical mudados, se foremacentuadas: secretria, fotgrafo, incio, histria, nmero, at, bab, mgoa, sbia(sabi), pblico, amm, mdico, negcio, msica, dodo, contribu, fludo, fbrica,anlise etc. Muitas questes de concursos podem ser criadas em cima dessaspalavras, que, sem acento, tm uma anlise fonolgica, um sentido e umaclasse gramatical; mas, com acento, tm outra anlise fonolgica, outrosentido e outra classe gramatical. Percebeu agora a importncia dosacentos grficos?

Exemplo de questo que trabalhou isso:FAB EEAr SARGENTO 2/201120. A ausncia do acento grfico pode modificar a classe gramatical de uma palavra. Em qual das

alternativas h uma palavra que, se no for acentuada, deixa de ser um substantivo e passa aser um verbo?a) inocncia, ignorncia, frequnciab) carncia, fragrncia, polciac) comcio, fascnio, decnciad) palcio, domnio, cincia

GABARITO: B. A forma verbal policia existe. a 3a pessoa do singular dopresente do indicativo do verbo policiar. Veja: eu policio, tu policias, elepolicia etc. Polcia um substantivo.

Quando uma palavra acentuada recebe sufixo -mente, sufixo iniciado por zou por qualquer outro sufixo, o acento grfico (agudo ou circunflexo) saida jogada e o acento prosdico (a slaba tnica) se torna imediatamente a

s l a b a seguinte. Exemplo: heri (heroizinho), econmica(economicamente), Buda (Budismo)... importante dizer tambm que otil o nico sinal grfico que no desaparece quando tais sufixos se unem palavra: irmmente, orfozinho...

Regra de Acentuao para Monosslabas TnicasAcentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

Ex.: m(s), trs, p(s), ms, s(s), ps...

Cuidado!!!1) Monosslabas tonas no so acentuadas, porque no apresentam

autonomia fontica e porque se apoiam em uma palavra. Geralmenteapresentam modificao prosdica dos fonemas:

Ex.: O (=U) garoto veio de (=di) carro.

So elas: artigo (o, a, os, as, um, uns), pronome oblquo tono (o, a, os, as, lo,la, los, las, no, na, nos, nas, me, te, se, nos, vos, lhe, lhes e contraes),pronome relativo (que), pronome indefinido (que; quando no estacentuado), preposio (a, com, de, em, por, sem, sob e contraes, como ,do, na...), conjuno (e, nem, mas, ou, que, se), advrbio (no; antes doverbo) e formas de tratamento (dom, frei, so e seu).2) Cuidado com o pronome indefinido/interrogativo qu em fim de frase

ou imediatamente antes de pontuao. Vem sempre acentuado. Osubstantivo (assim como a interjeio) qu tambm sempreacentuado.

Ex.: Voc estava pensando em qu? / Ela tem um qu de mistrio. / Qu!Voc no viu?!

3) Quando se vai acentuar uma palavra conforme determinada regra,ignoram-se os pronomes oblquos tonos, ou seja, eles no so contadoscomo slaba sendo a palavra monosslaba ou no.

Ex.: d-lo, v-los, compr-las, mantm-no, constitu-los...

Regra de Acentuao para ProparoxtonasTodas so acentuadas. Esta regra prevalece sobre outras. Por exemplo,

caso a banca diga que a palavra frissimo acentuada pela regra dos hiatos (Ie U), isso estar errado, pois a palavra proparoxtona; devido a isso,dizemos que ela acentuada por ser proparoxtona. Parece bobo dizer talcoisa, mas, na hora da prova, o nervosismo pode atrapalhar voc... e no

queremos isso.Ex.: lcool, rquiem, mscara, znite, libi, pliade, nufrago, dunviro,

serissimo...

Obs.: Deficit, superavit e habitat devem agora ser escritas sem acento,segundo a nova ortografia, pois so latinismos invariveis. Alm disso: noplural, no h acrscimo de s: o superavit, os superavit. Existe avariante aportuguesada dfice. Eita linguinha complicada!

Regra de Acentuao para ParoxtonasAcentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido

ou no de s), - o(s) e -(s), tritongo e qualquer outra terminao (l, n, um, r,ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em - a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

Ex.: histria, cries, jquei(s); rgo(s), rf, ms; guam, enxguem;fcil, glten, frum, carter, prtons, trax, jri, lpis, vrus, frceps.

Cuidado!!!1) A palavra hfen acentuada por ser paroxtona terminada em -n. J hifens

no acentuada por terminar em -ens. bom dizer que palavrasterminadas em -n tm dois tipos de plural (com - s ou -es), podendo,ento, ser pluralizadas como proparoxtonas: hfenes, plenes, abdmenes...Estas formas (hfen/hifens/hfenes), assim como outras terminadas em-em ou -n, devem estar no seu sangue, hein!

2) Verbos paroxtonos terminados em ditongo -am tambm no soacentuados: cantam, mexam...

3) No se acentuam prefixos paroxtonos terminados em -r ou -i, excetoquando substantivados: hiper- (o hper), mini- (a mni).

4) Como vimos no captulo de Fonologia, palavras paroxtonas terminadasem ditongo crescente podem ser analisadas como proparoxtonaseventuais, relativas ou acidentais. Isso j foi questo de concurso em2012 (veja depois nas questes comentadas deste captulo). Portanto,palavras como pacincia, misria, colgio, srie, que normalmente sointerpretadas como paroxtonas terminadas em ditongo crescente,podem ser tomadas como proparoxtonas. Logo, se cair na prova umaquesto dizendo que tais palavras so acentuadas por seremparoxtonas terminadas em ditongo crescente ou por seremproparoxtonas (eventuais, relativas ou acidentais), no titubeie, poisest correto! Entretanto, a banca Cespe/UnB (STM Tcnico

Judicirio 2011) foi mais taxativa ao dizer que aeroporturios(paroxtona ou proparoxtona acidental) no segue a mesma regra deacentuao de meteorolgica (proparoxtona). bom saber como asbancas pensam!

Regra de Acentuao para OxtonasAcentuam-se as terminadas em - a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

Ex.: sof(s), ax(s)*, bong(s), vintm(ns)...

Reitero: Quando se vai acentuar um verbo oxtono, ignoram-se ospronomes oblquos tonos ligados a ele. Ex.: compr-las, rev-lo, mantm-no... (oxtonas terminadas, respectivamente, em - a, -e e -em).* Cuidado com axe, pronuncia-se akse, que significa ferida ou eixo.

Regra de Acentuao para os Hiatos Tnicos (I e U)Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tnicas (segunda vogal do

hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma slaba, quando formam hiatos.Ex.: sa--de, sa--da, ba-la-s-tre, fa-s-ca, ba-(s), a-a-(s)...

Cuidado!!!1) As palavras raiz e juiz, erradamente acentuadas por muitos, no tm

acento, porque o I no hiato tnico vem seguido de Z, e no de S: ra-iz e ju-iz.

2) Os hiatos em I seguidos de NH na slaba seguinte no devero seracentuados: ra-i-nha, ta-bu-i-nha, la-da-i-nha, cam-pa-i-nha...

3) Quando h hiato I-I e U-U, no se pode acentuar (salvo osproparoxtonos): xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba... (i--di-che, ne-ces-sa-ri-s-si-mo,du-n-vi-ro...)

4) Depois de ditongos decrescentes, nas palavras oxtonas, o I e o U soacentua dos normalmente: Pi-au-, tui-ui-(s)...

5) Segundo a nova ortografia, nas palavras paroxtonas, o I e o U norecebem acento depois de ditongo decrescente: feiura, bocaiuva, baiuca,Sauipe... Todavia, se o ditongo for crescente, o acento usado: Guara,Guaba, suali... (alguns dicionrios separam suali assim: su-a--li).

6) Em verbos seguidos de pronomes oblquos tonos, a regra dos hiatoscontinua valendo (ignore os pronomes e siga a regra): atribu-lo (a-tri-bu-), distribu-lo (dis-tri-bu-)...

Regra de Acentuao para os Ditongos AbertosAcentuam-se os ditongos abertos I, U, I, seguidos ou no de S.

Ex.: cu, mis, Gis, coronis, trofu(s), heri(s), Mier, destrier,aracnideo...

Cuidado!!!1) Segundo a nova ortografia, nas palavras paroxtonas com ditongos

abertos, no h acento grfico: ideia, Coreia, estreia, jiboia, paranoia,sequoia...; as nicas excees so: Mier e destrier, pois seguem a regra dasparoxtonas terminadas em - r.

2) A-rac-ni-de-o palavra proparoxtona.3) Nunca demais dizer que a pronncia das palavras no mudou, s a

grafia. Logo, palavras como ideia, heroico etc., mesmo sem acento,continuam com timbre aberto.

4) S de curiosidade: a abreviao de Leonardo (Leo) no recebe acentoagudo, porm o que mais vemos o acento (Lo), no mesmo? O fato que nenhuma regra justifica o acento agudo nesta abreviao. O certo Leo. Ponto.

Regra de Acentuao para os Hiatos EEM e OONo se acentuam mais os hiatos O-O e E-EM (nos verbos crer, dar, ler, ver e

derivados).Ex.: en-jo-o, vo-o, cre-em, des-cre-em, de-em, re-le-em, ve-em, pre-ve-em...

Regra de Acentuao para o TremaFoi abolido na nova ortografia! Na antiga se usava nos grupos gue, gui,

que, qui: agei, lingia, cinqenta, eqino. Conserva-se, na nova ortografia,apenas nas palavras derivadas de nomes prprios estrangeiros que possuemesse sinal: mlleriano (derivado de Mller), Bndchen, Hbner, hbneriano,Schnberg...

Fique esperto, pois os verbos distinguir, extinguir, adquirir, questionar etc. jno registravam a pronncia do U e por isso sempre foram e ainda sero grafados sem trema.

O que mudou foi s a GRAFIA. O som no mudou. Por exemplo, a palavraliquidao no ser escrita mais com trema, no entanto, como antes dareforma havia a possibilidade de grafar com trema, a pronncia dupla:likidao ou likuidao. Safo?

Regra de Acentuao para os Acentos DiferenciaisOs acentos diferenciais servem para marcar algumas distines de classe

gramatical, pronncia e/ou sentido entre algumas palavras.No se usa mais o acento que diferenciava os seguintes pares:

1) Pra (verbo) / para (preposio): Ele sempre para para assistir aos jogos doFlamengo.

Obs.: Na frase Mais um engarrafamento para So Paulo., h ambiguidade!Se ainda houvesse acento diferencial, no haveria ambiguidade. Fazer oqu...? Bendita reforma ortogrfica...

2) Pla (verbo) / pela (contrao da preposio per/por + a ): Ela pela as axilas s pelasexta-feira.

3) Plo (substantivo) / pelo (contrao da preposio per/por + o): Os pelos eriadosdo gato costumam passar pelo p do dono.

4) Plo (substantivo) / polo (por+o (arcasmo) / plo (substantivo; filhote de gavio):Os polos norte e sul so meras abstraes espaciais, por onde os polos novoam.

5) Pra (substantivo) / pera (preposio arcaica): Pera uma fruta sem graa.

Cuidado!!!1) Permanece o acento diferencial em pde/pode. Pde a forma do

passado do verbo poder (pretrito perfeito do indicativo), na 3.a pessoado singular. Pode a forma do presente do indicativo, na 3.a pessoa dosingular.

Ex.: Ontem ele no pde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

2) Permanece o acento diferencial em pr/por. Pr verbo. Por preposio.

Ex.: Vou pr o livro na estante que foi feita por mim.

3) Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verboster e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir,intervir, advir etc.).

Ele tem duas lanchas. / Eles tm duas lanchas.Ele vem de Mato Grosso. / Eles vm de Mato Grosso.Ele mantm sua palavra. / Eles mantm sua palavra.Ele intervm em todas as reunies. / Eles intervm em todas as reunies.Por favor, tenha um cuidado muito especial com esses verbos. Questo de

prova todo ano! A maldade das bancas FCC e Esaf, principalmente, deslocar o sujeito do verbo, para que voc no perceba que os verbos vir eter esto no plural, fazendo-o errar uma questo de acentuao (ouconcordncia verbal).Exemplo: Os alunos, ainda que venham estudando muito para uma provacuja banca mantm um nvel de dificuldade mediano em suas questes, temde colocar a humildade no corao para no desmerecer a importncia doconcurso.Essa frase est certa ou errada quanto acentuao do verbo ter? At oWord errou. Veja de novo:Os alunos, ainda que venham estudando muito para uma prova cuja bancamantm um nvel de dificuldade mediano em suas questes, TM decolocar a humildade no corao para no desmerecer a importncia doconcurso.Percebeu a distncia entre o sujeito e o verbo? isso que o homem dabanca vai fazer! No se deixe enganar!4) facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras

forma/frma, dmos (presente do subjuntivo) e demos (pretritoperfeito do indicativo).

5) No se usa mais o acento agudo no u tnico das formas (tu) arguis, (ele)argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. Isso valepara o seu composto redarguir. No h mais o trema nas formas dessesverbos, obviamente. De acordo com a antiga ortografia, a escrita eraassim: argis, argi, argem... Falarei mais sobre isso no captulo Verbo.

6) H uma variao na pronncia dos verbos terminados em -guar, -quar e-quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar,delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronncias em algumas formasdo presente do indicativo, do presente do subjuntivo e tambm doimperativo. Veja:a) Se forem pronunciadas com a ou i tnicos, essas formas devem ser

acentuadas.Enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua, enxguam; enxgue, enxgues,enxguem.Delinquir: delnquo, delnques, delnque, delnquem; delnqua, delnquas,delnquam.

b) se forem pronunciadas com u tnico, essas formas deixam de seracentuadas.

Enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues,enxaguem.

Delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas,delinquam.Ateno: No Brasil, a pronncia mais corrente a primeira, aquela com a e itnicos.

Algumas Formas Variantes na Grafia e na PronnciaFique atento!

acrbata ou acrobata / bomia ou boemia / ambrsia ou ambrosia /hierglifo ou hieroglifo / Ocenia ou Oceania / xerox ou xrox / zngo ouzango / znite ou zenite / autopsia ou autpsia / biopsia ou bipsia /necrpsia ou necropsia / ortoepia ou ortopia / projtil ou projetil / rptilou reptil / sror ou soror / homlia ou homilia / Madagscar ouMadagascar / eltrodo ou eletrodo / anidrido ou andrido / alpata oualopata / transstor ou transistor / clitris ou cltoris (...)

Obs.: Segundo o VOLP, no existe catter nem urter, mas sim catetere ureter. Cuidado com a grafia e com a pronncia!

S de curiosidade: os nomes de pessoas (antropnimos) seguem as mesmasregras de acentuao grfica e de ortografia. No h diferena entresubstantivo comum e substantivo prprio quanto s regras relativas corretaescrita das palavras. Ah, mas o meu nome Andreia, sem acento! Parabns!Antes da reforma ortogrfica estava errado, mas agora est certo, por causada regra dos ditongos abertos nas paroxtonas. Ah, mas o meu nome Fabio, sem acento! Lamento! Est errado, pois paroxtonas terminadas emditongo crescente so obrigatoriamente acentuadas! Deveria ser Fbio.Perdoe-me, Fbio!

Regras pa


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