Download - A fotografia como paixão em Cartier-Bresson
Professor Doutor Emanoel Francisco Pinto Barreto
Centro de Ciências Humanas, Letras e ArtesDepartamento de Comunicação Social
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal - Brasil
Setembro de 2010
A fotografia como paixão
em Cartier-Bresson
A fotografia como paixão em Cartier-Bresson
Henri Cartier-Bresson
O trabalho de Henri Cartier-Bresson talvez se possa definir como um exercício de placidez e dinâmica, distanciamento e imersão do olhar em instante passageiro, conjura de arrebatamento e cerebralismoAquela, de sentido weberiano, paradoxalmente metódica e cambiante – “apaixonada a uma ‘causa’, ao deus ou ao demônio que a inspira”
Henri Cartier-Bresson
O gesto poético de Bresson é inesperadamente político: uma política acima, a perplexa política do olhar. Captação da vida/existência em seu fragor ingênuo, curioso ou trágico. O que virá depois daquele instante? E antes, o que o implicou? Como? Por quê?Este trabalho tem, portanto, o propósito de expor um olhar a respeito do olhar bressoniano. É uma tentativa de imersão e compreensão do que produziu a partir daquilo que seria o lema de sua vida de retratista: o momento decisivo. Aquele instante único e significante.
INDONESIA. Bali. 1949. A village market
A feirante do mercado de Bali
A apresentação de dois seres básicos em meio a um éden suarento
CHINA. Beijing. 1948. The Forbidden City
A cidade proibida
Da pintura, o surrealismo povoou expressiva parte de sua obra
INDIA. Delhi. Birla House. 1948. GANDHI
Encontro com o Mahatma
A Leica dialoga com o momento, participa daquela solenidade de luz e sombra. O khaddar de Gandi sutilmente reluz. Há algo de santidade
INDIA. Delhi. 1948. The cremation of GANDHI
A pira mortuária de Gandhi
O discípulo participa de um momento decisivo
CHINA. Shanghai. 1948. With the gold rush, in December, thousands came out and waited in line for hours
A corrida do ouro
A foto tem movimento, ação, angústia emplastrada a faces e corpos que se oprimem
MEXICO. Mexico City. 1934
A aranha do amor
A foto recebeu este título do escritor André Pierre Mandiarques, amigo de Bresson