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8/3/2019 A fabulosa culinária dos sapos

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A fabulosa culinária dos sapos

Virar sapo, não é difícil. Ficar ali de papo pro ar, comendo moscas,

esperando a chuva. Nessa condição, alguns até conseguem virar príncipes.Difícil mesmo é engolir sapos. Em alguns casos, eles são servidos com

acompanhamentos requintados, para que o processo de passagem seja quase

imperceptível. Já o pacote econômico, inclui um copo de água. E o pior de

todos é o sapo à seco. Iguaria só quando consumida nas férias tailandesas de

algum engolidor de sapo requintado, na maioria das vezes causa náuseas

naqueles que o engolem todos os dias. Em casos extremos, também pode

causar bom comportamento. De tanto engolir, acostuma-se. Alguns, inclusive,

dizem já ter engolidos sapos piores, maiores, ou mais de um por dia. Há os

sapos do chefe, dos colegas, dos clientes, dos vizinhos, da família. Uma vez,

um andarilho, que saiu por aí, pois estava cansado de engolir sapos, encontrou

um manuscrito com receitas bem peculiares de como evitar os sapos. Na

ocasião, estudiosos engolidores cultos de sapos, deduziram que o documento

fora certamente produzido por um ser humano do sapiolítico, período da

história onde muito se engoliu sapos. Muitas receitas foram perdidas com o

passar dos anos, algumas propositalmente engolidas pelos próprios sapos. E o

que restou tornou-se um documento insólito, muito perseguido, e também

muito protegido. Hoje em dia, circula livremente. Afinal todos são livres. E pode

se engolir sapos com vinho e Mozart. Charuto também é uma excelente

combinação. Os nacionalistas sempre preferem com uma boa cachaça.

Também vai.

Matheus Paz 


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