Download - A Astrologia Da Escolha
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
1/111
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
2/111
9 1:
9C:C:
XB J - \ 1
OJA leU O odnJ
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
3/111
strologia
da
Escol
Tecnicas d
conselhamen
strologic
Roy
lexan
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
4/111
Traduzido do original: The Astrology
of
Choice - A Counseling
Approach
Copyright 1983, Samuel Weiser, Inc.
ISBN 0-87728-563-2
Copyright 1992 da
I E d i ~ a o
pela Livraria Roca Ltda.
ISBN 85-7241-030-9
Nenhuma parte desta u b l i c a ~ a o podera ser reproduzida, guardada pelo
sistema retrieval , ou transmitida de qualquer modo, ou por qualquer
outro meio, seja este eletronico, mecanico, de fotoc6pia, de r a v a ~ a o
ou outros, sem previa
a u t o r i z a ~ a o
escrita da Editora.
T r a d u ~ a o : Marcello Borges
Celina Barbosa da Silva
Capa: Ergom
Dados Internacionais de Catalogar;ao na Publicar;ao (CIP)
Camara
Brasilcira do Livro, SP, Brasil)
/
Alexander, Roy, 1931 -
Astrologia da Escolha tecnicas de aconselhamento astrol6gico
Roy Alexander; t r a d u ~ a Marcello Borges, Celina Barbosa da
Silva] - Sao Paulo: Roca 1992.
Bibliografia.
ISBN 857241030-9
I
Aconselhamento
2
Astrologia
3
Ciencias
oculus I. Titulo.
912815
CDD133.5
133.4
indices para cal:llogo sislem:ltlco:
I
Aconsclhamento : Astralogia 133.5
2. Astrologia 133.5
3. Esoterismo : Ciencias oculus 135.4
1992
Todos
s
direitos para a Ungua portuguesa slio reservados pela
LIVRARIA
ROCA LTDA.
j
Se me derem uma base
e
apoio moverei 0 mu
Arquim
.
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
5/111
(
h
J0
Pre acio
chamci este livro de A Astrologia da Escolha , porque
essencialmente da escolha do mapa que possufmos, ao invcs d
vftimas dele. 0 metoda que estou propondo oferece urn modo de
e
t i l i z a ~ a o
da astrologia que pode desbloquear os processos aos
encontramos presos,
ao
inves de encararo mapa como mais uma
descobrir nossas l i m i t a ~ 6 e s Apesar de nao estarmos consci
proccsso, estamos constantemente submetidos aescolha de nos
Somente quando nos conscientizamos dessa escolha
comp
adquirimos capacidade de reconhecer 0 processo, assumindo a r
bilidade por ele, e que podemos criar 0
e s p ~ o
para escolher algu
diferente do que estivemos vivendo desde
0
passado.
As ideias colocadas na primeira parte do livro sao apre
como uma estrutura para aconselhamento eficiente. Elas podem
mente, serutilizadas para 0 auto-aconselhamento. Na verdade,
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
6/111
V
refacio
verdade inerente aos mesmos ira crescer,
a
medida que sao utilizados em
nossa pr6pria vida e no trabalho com os clientes. Nao e diferente de
outras areas de a ~ a o . Utilizando urn exemplo bastante familiar, pode- .
mos dizer que a posse de urn vislumbre intelectual dos princfpios da
astrologia e uma
c r e n ~ a
em sua validade nao e a mesma coisa que
interpretar
urn
mapa para
urn
c1iente na vida real. Apenas quando nos
tomamos mais confiantes de que a astrologia realmente funciona, de
maneira pratica, e que podemos nos estruturar bern na n t e r p r e t a ~ a o de
mapas. Da mesma forma, e preciso adquirir o n f i a n ~ a nos princfpios de
aconselhamento que proponho, como verdadeiramente efetivos.
Esses princfpios podem ser descritos resumidamente. Todos n6s
temos problemas, e nossas vidas esUlo "atoladas" ou em crise, esscn
cialmente porque estamos ligados a uma grande massa de
c r e n ~ a s
conceitos,
s u p o s i ~
e preconceitos a respeito de como nossas vidas
deveriam sere a respeito de como omundo deveria ser, ao inves
de
como
as coisas realmente
sao.
Tomamo-nos incapazes de confiar em nossa
pr6pria sabcdoria natural e em nosso pr6prio ser, e tambem incapazes
de nos alinhar co nuxo inerente de nossas vidas. Algumas dessas
c r e n ~ a s e suposi es sao extremamente prejudiciais, mas ainda, dentro
de certo nfvel, cam os ligados a elas, porque imaginamos que pre
cisamos delas par obre iver. Pode-se dizer que esses tipos de padr5es
se desenvolvem durante a infancia. Se nossos pais nao nos amaram,
adotamos a c r e n ~ a de que a sobrevivencia significa aceitar a falta de
amor. E tambCm nao e s6 uma questao de sobrevivcncia corporal. Emais
no sentido de se teruma e r c e p ~ a o de n6s mesmos como dignos de amor
e de valor, para sobreviver. Paradoxalmente, as pessoas podem ate
chegar a se matar para poder sobreviver.
Esses padr5es continuam a dirigir nossa vida ate que os questio
nemos, e - 0 mais importante - ate que r e c o n h e ~ a m o s que e a nossa
pr6pria i n t e n ~ a o baseada em ideias erradas de sobrevivencia, que os
mantem atuando. Se nao fomos adequadamente amados quando cramos
c r i a n ~ a s nao havia na epoca muito a fazer a respeito do assunto.
Poderfamos continuarcom a i t u a ~ a o ou morrer. Porem, a
n t e m a l i z a ~ a o
da falta de
anlOr
- ou qualquer outra
i t u a ~ a o
que possa ter ocorrido na
\I
refa
bilidade por elas. Numa frase:
Estar aqui agora e ser responsa
estar aqui agora. Neste contexto, assumir a responsabilidade p
sos problemas significa reafirmar e repossuir a n t e n ~ a o que colo
neles em primeira instancia.
Y
A origem dos traumas e menos importante do que 0 fato
existencia, e do que a vontade que se tern de examina-Ios de m
honesta e clara. A analise das
r e l a ~ 5 e s
entre pais e
mhos
costu
uti , e devotamov urn capftulo
a
considerac;ao do surgimen
padr5es destrutivos. No entanto,
0
maior merito de tal analise
descoberta da "or igem" de urn problema, e, sim,
0
esclarecim
realidade do problema. Na infancia, as quest5es estao presen
maneira concreta e simples. Amedida que crescemos, n6s as ente
e as encobrimos com tantas outras coisas, que, freqiientemen
mais podemos distingui-Ias. Algumas vezes a unica forma d
com que a pessoa descubra
0
que acontece com cia agora e
examinar
0
que acontecia com ela quando era crianc;a. Mas
0
o
real e fazer com que esta pessoa accite que possui os p
destrutivos que estao dirigindo sua vida agora. Temos que p
colocar em nossos pais a responsabilidade pelo que somo
importa quao ruins eles possam ter sido, e tambCm nao impor
maravilhosos eles eram.
A analise que se faz, ao se vol ar no tempo a rocura da ori
urn problema, nao ajuda, por si s6, a resolver 0 problema. 0 pr
e resolvido pela aceitac;ao, sem preconceitos, e pel a tomada da
sabilidade sobre 0 que acontece realmente conosco. 0 grande pr
e que fica diffcil divisar 0 que acontece na realidade conosco, dev
nossos preconceitos e as nossas crenc;as. Temos que consultar
que possa manter urn reflexo preciso de n6s mesmos perante
pessoa. A reflexao em tal espelho e 0 que considero ser minha
basica e tambem a func;ao da astrologia.
o lei tor que esta acostumado ao formato da maioria dos li
astrologia, ira achar este material estranho a primcira vista. Ele
pode ficar surpreso ao encontrar, comparativamente, pouca en
astrologia por si s6, especialmente no exemplo das sess
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
7/111
X refacio
cstc objetivo 6 dar ao c1iente 0 podcr de vivcr uma vida mais produtiva
c satisfat6ria, ou pelo menos, chcgar ao caminho de podcr fazer isto.
A simplcs
i n t e r p r e t a ~ a o
do mapa nao traz, por si s6,
f o r ~ a
ao
cliente. No entanto, na epoca em que vivemos, a principal
a t u a ~ a o
dos
astr610gos, em geral, 6 focalizada na
n t e r p r e t a ~ a o
do mapa. A tecnolo
gia que temos hoje para extrair
n f o r m a ~ o e s
do mapa e considenlvel e,
de modo geral, confiavel. Apesar disto, como aSlr610gos, mantemos
uma
o s i ~ a o
defensiva a respeito de nosso conhecimento. Muitos de n6s
sentimos que devemos provar os conceitos da astrologia e fazer com que
sejam aceitos pela opiniao cientffica. A maior parte do entusiasmo
corrente a respeito das pesquisas realizadas com auxflio do computador
foi originada em tais sentimentos.
Sugiro, no entanto, que nossa
p o s i ~ a o defensiv
respeito da
astrologia nao seja proveniente das duvidas de sua validade cientffica,
e, sim, de nossos enganos sobre sua utilidade pralica. Isto ocorre porque
temos pouca id6ia do que fazer com as
i n f o r m a ~ o e s
que obtemos dos
mapas. Dificilmente existe uma tecnologia para 0 uso de tais inform a-
~ o e s que seja
~ a r a v e l
a tecnologia voltada a sua
x t r a ~ a o .
Urn dos
principais objeti os deste livro 6 estabelecer as bases dessa tecnologia
de uso das inti
a ~ o e s
Ja e tempo que a astrologia saia de uma
obsessao introve da.ce>m as t6cnicas de i n t e r p r e t a ~ a o e comece a ser
verdadeiramente eficiente no mundo.
Nao pretendo subestimar a importfincia da i n t e r p r e t a ~ a o Na
verdade, qual lO mais voce dominar tais tecnicas, melhor voce podenl
sern
parte de aconsclhamento. A posse de
i n f o r m a ~ o e s
precisas desde
o infcio e base do metoda de aconselhamento que descrevemos. Neste
momento, preferimos c o m e ~ a r urn atendimento com varias
a n o t a ~ o e s
por
escrito sobre 0 mapa, e com cerca de meia duzia de temas principais
do mapa, tudo preparado antecipadamente. Durante a consuIta, tenho 0
mapa em minhas maos, mas nem mesmo olho para ele, falando-se numa
terminologia astrol6gica. m p j fez seu trabalho antes do infcio da
consulta, e minha a t e n ~ a o pode ser focalizada na
u t i l i z a ~ a o
das infor
m a ~ o e s obtidas a partir dele, visando os resultados pnlticos.
Fica evidente que 0 metoda de aconselhamento utilizado nao
refa
me que 0 mapa astrol6gico ainda e a fonte mais eficiente, abrang
confiavcl de
i n f o n l 1 a ~ o e s
sobre 0 cliente. Partimos do princfpio d
a astrologia funciona, e de que temos cxperiencia acumulad
quantidade suficiente para saber que realmente funciona, com o
a aquiesccncia dos estudiosos por computador e dos cientistas.
Existem, porem, mais fatos do que ser 0 mapa uma fon
i n f o r m a ~ o e s
tao poderosa. Minha
s u p o s i ~ a o
e que cad a pes
literalmente, 0 centro de seu pr6prio universo. Esse univers
qualidades diferenciadas, e 0 mapa e urn resumo codificado d
caracteristicas. A
u t i l i z a ~ a o
do mapa natal para esclarecer ao c
essas qualidades caracterfsticas, assim como torna-Io responsave
mesmas, na verdadc consegue realinha-Io com seu pr6prio unive
emprego da astrologia e, portanto, complctamente apropriado
r e a l i z a ~ a o
deste trabalho.
Todas as pessoas que tiveram contato pcssoal conosco, m
que brevemente, contribufram para a nossa vida e, portanto, par
livro, e ficamos felizes em reconhecer este fato. Existem al
pessoas que queremos ci tar especificamente, porque suas id6ias e
ram importantes inOucncias sobre nosso pcnsamento. Na parte a
gica, agradecemos especificamente aos escritos de Dane Ru
Stephen Arroyo, Reinhold Eberti
n,
Joanne Wickenburg, Marc Rob
e Zip Dobyns. Na parte de aconselhamento, reconhecemos na est
do livro a inilucncia da Analise Transacional de Eric Berne. O
- inOucncias importantes sao a da Terapia Gestalt, de Fritz Perl
Psicossfntese, de Roberto Assagioli. Urn reconhecimento espe
devido a Werner Erhard, 0 fundador do treinamento cst . A maio
dos esclarecimentos que possufmos a respeito dos processos de
no livro sao originados de seus esclarecimentos.
Finalmenle, temos de agradecer aos nossos c1ientes, as p
que volunlariamente se submeteram a este processo de auto-desc
conosco - com gralidao especial aos pseudonimos Mattin, P
Barbara, os quais cederam generosamente 0 material de suas con
para conteudo de exemplos.
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
8/111
Conteudo
~
Parte 1 Reexaminando Papel daAstrologi
1 - Transformando a Infonnac;ao em Conhecimento.. .... .... ..
2 - A Natureza da Realidade (ou 0 Macaco e
as
Nozes) .....
3 - Padroes de Vida: 0 Script ................
..........................
4 - 0 Poder Oculto .......... ............. ....................................... ..
5 - Estruturando a Interpretac;ao do Mapa ........ ....... .........
6 - Previsao: Indicadores Potenciais de Tempo .................. ..
7 - Estrutura do Aconselhamento .......... ..... .......... ......... ....
8 - Princfpios Basicos de Aconselhamento .......... ................
9 - Entrevistas com Clientes ...... ....... ...... ............. ............. .
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
9/111
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
10/111
c ~
i\
Transformando a Informat iio
Conhecimento
Este livro mostra como
a astrologia
e realmente
eficaz
nas v
pcs
soas.
Para atingir esle objetivo precisamos examinar os fato
detemlinam a consistcncia dos resultados eque capacitam
as
pcsso
da e s t a b r n a ~ a o
denlro de
seus
problemas
abrindo novos
e
mais
satis
canais de auto-expressao.
Nao
ha
grandes misterios a respcito da natureza deste fator
d
Consisle no conhecimento-espccificamente no auto conheciment
eSlecumimportantemas precisamosesclareceradequadamenteq
esse conhecimento
assim
como
seu
conteudo. Na maior parte da
confundimos conhecimento
com
i n f o r r n a ~ a o 0 conhecimento e a
poder mas a i n f o n u ~ o nao 0 e. A i n f o n n ~ o pode ser inter
fascinante
reconhecedora fortalecedora
do ego ou pode
e
cl
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
11/111
4 Parte 1 - Reexaminando 0 Pape d Astr gia
previsao de eventos, nem aos dias bons ou ruins para se fazer algo. 0
enfoque situa-se no aconselhamento astrologico, e, especialmente, na
base metaffsica ou contexto necessario, para que 0 aconselhamento seja
realmente eficaz. Obviamente, a i n t e r p r e t a ~ a o de mapas e importante,
e sera considerada na segunda parte ,mas nao e 0 enfoque principal deste
livro. Existem cxcelentes livros e cursos sobre n t e r p r e t a ~ a o e partimos
do princfpio de que
0
lei tor
o n h e ~ a
pelo menos, suas bases. 0 enfoque
aqui co que fazer com a n t e r p r e t a ~ a o depois de realizada: Como voce
ou seus clientes podcm utilizar a n t e r p r e t a ~ a o para r o m o v e r m u d a n ~ a s
em suas vidas? Como devemos proceder, a fim de transfonnar a
i n f o n n a ~ a o em conhecimento?
Parece haver uma crescente
p r e o c u p a ~ a o
entre os astrologos
sobre a utilidade da astrologia. Ecomum urn astrologo realizar uma
analise precisa e profunda do carater de urn cliente, e
vcr
sua analise
aceita com entusiasmo por ele, apenas para verificar que, no final, essa
analise trouxe pouca ou nenhuma d i f e r e n ~ a para a vida do cliente,
pennaneccndo ele com os mesmos problemas. 'Existem poucas duvi
das de que a astrologia funciona, no senti do de que urn mapa pode
fomecer uma a v a l i a ~ a o precisa da personalidadc, mas, qual e a fina
lidade disto?
Recentemente, esta questao levou os astrologos a investigarem
varios sistemas de psicologia e psicoterapia, numa tentativa de aumen
tar sua compreensao da simbologia astrologica. A razao disto foi
capacita-Ios a obter uma i n t e r p r e t a ~ a o mais profunda dos mapas,
descobrindo as rafzes mais ocultas das dificuldades dos clientes. Quase
todos os sistemas trabalhaveis de psicologia foram investigados. Freud,
Jung, Reich, analise Transacional, Gesta lte Psicossfntese, estao entre os
sistemas que rcalizaram
c o n t r i b u i ~ o e s
valiosas. Como resultado, nossa
compreensao do simbolismo astrologico tern percorrido urn longo
caminho desde
as
i n t e r p r e t a ~ o e s fatalfsticas adivinhatorias, que eram
todo
0
material disponfvel para estudo no infcio do seculo xx Urn
astrologo que queira, pode agora, com certa
o n f i a n ~ a
levar
urn
cliente
alem das m a n i f e s t a ~ o e s mais obvias do mapa, ate sua provavel origem
dentro das pressoes da inmncia.
1 - Transformando
a
I n f o r m a ~
o
m Conhecim
Se tivennos urn cliente com, por xemplo, Lua em quadra
Satumo , e que esteja manifestando midez e
i n i b i ~ a o
emoc
provavel que possamos fazer com ue con . a lidar melho
i n i b i ~ a o emocional, se pudennos utUiz a referencia da falta
Cde a t e n ~ a o de seus pais no infcio da inmncia. Se 0 cliente
disposto a encarar esses pad roes, podera, no decurso do atend
entrar em contato com
0
mecanismo de
i n i b i ~ a o
confonne te
desenvolvido, em resposta ao comportamento de seus pais. Co
o cliente mais n f o m l a ~ o e s sobre si mesmo, mas ainda e tfmido
emocionalmente. Na verdade, pode ate pensarque tern melhore
do que nunca para continuar sendo como e.
A ideia de chegar ate a causa e, e n t a ~ poderemos re
problema e proveniente da fonna que aprendemos a lidar com
ffsico. Se uma maquina parardefunc ionar, existe urn procedime
estabelccido para se detectar 0 problema ate chegar a ua orige
p e ~ a quebrada, e, entao, consertar 0 componente defeituoso.
tentamos aplicar este tipo de procedimento aos disturbios emo
nao funciona. Como podemos saberonde esta a causa de urn d
emocional? Na infancia? No parto? No utero? Numa vida pass
scm pre possivel encont rar algum trauma do passado. E, se en
mos a causa, 0 que seria equivalcnte a substituic;ao do com
perturbado? Confonne veremos adiante, as raizes de tal dif
estrro em nossas idcias mecanicas de causa e efeito e de tempo e
Neste momenta em que escrevemos (1981), existe um
tendencia entre os astrologos de nos precisamos de mais pes
Parece haver urn senlimento, nao muilo bern aniculado, de
pudessemos realizar mais e melhores pesquisas por compula
terfaffios alguns falos irrefutaveis sobre
0
funcionamento da as
e que, so entao, poderfamos fazer com que cla se tomasse re
eficiente. A falacia novamente se refere a uposic;ao de que a a
funciona em tennos de causa e efeito mecanicos .
E
uma s
al
tamente improvavel, dada a natureza do assunto - ninguem co
colocar uma teoria plausfvel corresponc:iente ao efeito apar
planetas e, apesardisso, estamos todos tao hipnotizados pores
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
12/111
6 Parte 1 - Reexaminando
0
Pape da Astr gia
como
urn
sistema complcto de cura. Confonne sugerimos anterionnen
te, 0 problema c
que
nao sabemos como utilizar os dados.
o
motivo pclo qual a astrologia falha, da fonna como c atualmente
praLicada,
em fazer alguma
d i f e r c n ~ a
nas vidas das pessoas, de acordo com
seu
potencial
para
tanto, e que
fica
ligada
ao fato de
ser
i n f o n n a ~ a o .
A
i n f o n n a ~ a o c transfonnada em conhecimento
atravcs
da
e x p e r h ~ n c i a em
particular
da
expcricncia
do
cliente.
Existem
muitas
conversas
nos
meios
astro16gicos
a rcspcito de sfntesede mapas, mas
0
unicomodoeunicolu gar
em
que urn mapa fica sintetizadoe uando a n f o n n a ~ a o
se
transfonna em
realidade de vida para
0
cliente. Parece muito simples e 6bvio quando
fazemos
tal
afi
l a ~ a o ,
mas
simpIes nao
quer dizcr
faci I
A razao
de nao
ser
facil
c que todos n6s investimos muito no estado de inconscicncia rc1ativa
ao
que esta realmente
acontecendo
em nossa experiencia. Nosso dia-a-dia
consiste, em grande
parte, em ocultar,
eviLar
e mentir para n6s mesmos, de
fonna a estar de acordo com nossas imagens de como
as
coisas deveriam
ser,
ao
invcs de rcconhecer como rcalmente sao. Na realidade, Ludo
0
que
precisamos[azerc reconhecereaceitar, semjulgar,
0
que rcalmenteocorre
conosco.
Ate
que
isso
seja
feiLo,
ficamos prcsos
nas
mentiras e
evasoes.
Jung coloca com bastante lucidez: Precisamos conseguir [azercom
que
as
coisas
a c o n t e ~ a m
na psi que. Para n6s, esta c uma arte da qual a
maioria das pessoas nada conhece. A conscicncia esta scmpre interfe
rindo, ajudando, corrigindo enegando, nuncadeixando
que
os processos
psfquicos
c r e s ~ a m em
paz. Seria suficientemente simples, caso a
simplicidade nao fosseo mais
diffcil
deseconseguir. E, novamente, A
verdade mais bonita .. nao tern utilidade, a nao ser que se tome parte do
cabedal de experiencias internas possufdas pelo indivfduo .. 0 neces
sario nao
e conhecer
a verdade, mas
experimenta la. Nao e
ter uma
c o n c e p ~ a o
intelectual das coisas,
mas
encontrar nosso caminho para
nossa expericncia interna, irracional e talvez scm paIavras - este e
0
grande problema. *(Destaques
do
original.)
Quando Jung
fala
sobre
conhecer
a verdade, esta usando a palavra
no sentido
em que
estamos usando a expressao ter
n f o n n a ~ a o
- e
0
1 -
Transformando a Informa9 ao em Conhecim
conhecimento intclectual, nao a expericncia. Estamos usando
conheccr
no
mcsrno sentido em que e utilizada na Bfblia, n
a f i r m a ~ a o Conheccras a
verdade,
e averdade
vos libertara , Sao
Jo
Isto nao significa que Existe urn grande segredo, e quan
conseguir descobri-Io, sera rnaravilhoso , e sim que Quan
mente vivenciar, accitar e assumir a responsabilidade po
forma que
C,
voce nao mais estara preso
ao
problema - est
dele . Interpretado desta forma, nao constitui uma prome
unla i n s t r u ~ a o - uma i n s t r u ~ a o
de
como se tomar ilum
liberado.
Na
realidade,
e
uma
i n s t r u ~ a o que
podemos aplica
mente, em todos
os
minutos
do
dia-a-dia.
Precisamos examinar mais detalhadamente
0
sentido d
experiencia util izada nesLe contexto. Definiremos experienc
a soma total de visoes, sons, cheiros, s e n s a ~ o e s corporais, e
imagens, pensamentos e i n t u i ~ o e s
que
esUio acontecendo c
neste momento. A substancia da vida
e
experimentar 0 que
vivenciando, no
momenLo
em que esta acontecendo. Pare
comum, mas c a chave para a e s o l u ~ a o dos problemas e i t u a
quais estamos presos. Dc faLo, esta expericncia comum e diaria
filosofal que os alquimistas tanto descreveram. (A pedra filos
substancia
que
deveria transfonnar os
meLais
comuns em o
descrita como uma subsLancia comum, que poderia ser encon
Lodos
os lugares,
mesmo na
sujeira, embora
seu
valor
n
devidamente reconhecido.)
o unico momento
em
que temos f o r ~ a em que pod
curados, c
0
agora. Fritz Perls, fundador da Terapia Gestalt, fa
o contfnuo da
p e r c e p ~ a o
consciente , descrevendo uma Lcc
tornar
total
mente consciente
de
todas
as
experiencias reais
e,
estar em contato com a experiencia de estar dentro do agor
extremamente diffcil de ser conseguido, porque estamos c
teorias,
e x p l i c a ~ o e s
justificativas e sistemas de c r e n ~ a s a re
fonna
que as
coisas
deveriam
ser. Alem disto,
se
ficannos co
do que estamos vivenciando, momenta a momento, freqUe
chegamos a uma experiencia desagradavel. De fato, ja qu
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
13/111
8 Parte
1
Reexaminando 0 Pape da
Astr gia
tavelmente, a alguma
S i l u a ~ a O
desagradavel. Isto pode manifestar-se
como simples tedio pclo exercfcio ou sentimentos de raiva ou, ate
mesmo, de tristeza. Neste ponto, geralmente interrompemos 0 processo.
Podemos bloquear
0
senlimento e fiearmos inconscientes deles, ou
c o m ( ~ a r a explica-lo e justifica-lo para n6s mesmos. Podemos nos
lcmbrar, de repcnte; que precisamos fazer alguma coisa importante ou
podcmos entrarnumalouca
s s o c i a ~ a o
livre de ideias.
Sejao
que for que
fizennos, abortamos a
e r c e ~ a o
consciente do que estamos realmente
vivenciando. Tendo colocado nossas maos na pcdra filosofal, que pode
transformar 0 metal comum de nossas vidas em
~ U r o
n6s a jogamos
fora, porque nao gostamos de sua aparcncia Em poucas palavras,
raramente nos alinhamos com 0 modo como
as
coisas sao.
Uma das razoes pelas quais nao gostamos de nos alinhar com
0
modo de se r das coisas, e porque acredi tamos que este modo e urn estado
fixo. Existe
urn
medo de que, se eu vivenciar minha raiva, descobrirei
que nao ha mais nada em meu universo alem da raiva, e ficarei preso a
el a para todo
0
scm pre. Preso a cIa, ou a qualquer outro estado que cause
medo de ficar total mente consciente. Nao precisa ser necessariamente
uma
c o n d i ~ a o
negativa. Muitas pessoas tern medo de vivenciar fe
licidade, amor ou enlusiasmo.
Para superar este medo, precisamos compreender que as coisas e
c o n d i ~ o e s s6lidas e fixas sao c r i a ~ o e s do observador, ou seja, da mente
hum ana. Se,
ao
prestarmos
a t e n ~ a o
anossa experiencia, entrarmos em
contaLO com a expericncia do agora descobriremos que essa expe
ricncia basica e de urn vazio muito vivo, chcio de potencial criativo. 0
univcrso nao e estatico . Isto tern sido amplamente demostrado pela
ffsica modema. Os conslituintes mais b:1sicos damateria nao podem ser
considerados como "coisas", em nenhum sentido que costumamos
utilizar est e temlO.
Ao
inves disso, sao processos.
Talvez a lei mais fundamental deste universo e, ccrtamente, aquela
que tern as
i m p l i c a ~ o e s m a i s
importantes e praticas para 0 tipo de astrologia
que cstamos falando, e que 0 universo e, essencialmente,
um
processo de
tres estagios, que sao:
r i a ~ a o
m a n u t e n ~ a o e
e s t r u i ~ a o .
0 proprio zodlaco
ofercce
um
exemplo conveniente deste processo,
0
qual e corporificado
1
Transformando a In format;
ao
em Conhecime
criada em Cancer, mantida em Leao, sendo destrulda em Virgem
energia de parceria a dois e criada em Libra, mantida em Esco
destrulda em Sagitario. Finalmente, uma energia de carater coI
criada em Capric6mio, mantida em Aquario e destrulda em Peixe
Para quem gosta de ter uma a p l i c a ~ a o para tudo, devemos
centar que nao achamos que as pessoas com signos mutaveis pr
nantes em seus mapas tenham vantagens nos processos de
o n f r
com suasexpcricncias e e s o l u ~ a o de assuntos incompIctos, comp
se a outras
p r o p o r ~ o e s
de signos. No entanto, como a b s t r
exemplo e valido. Esse fluxo natural de
d e s t r u i ~ a o
nao e faci
detectado nos assuntos humanos, devido ao fato de que tao rar
estamos alinhados a eIc, e os assuntos ficam presos na fase de a n u
Os ciclos de c r i a ~ a o m a n u t e n ~ a o e d e s t r u i ~ a o sao os pr
pSlquicos que Jung fala na c i t a ~ a o Esse cielo e a base do proe
cura pSlquica, e
todos os
nossos
problem s
podem ser consi
como processos que
estao
presos n j se de manutem;ao. A r
estarem presos e devido a ossa i g a ~ a o ou resistcncia a cles, a
vontade em ficarmos conscientes e assumirmos a responsabilid
nossa expericncia no AGORA. Tudo
0
que precisamos fazer
solver nossos problemas e dizer a verdadc a respcito dcles, obs
imparcialmente e permitir que 0 fluxo natural do universo a
Como diz Jung, "Seria muito simples, se a simplicidade nao
questUo mais diflcil de ser obtida."*
o material apresentado nestas ultimas paginas esta send
tivo inlencionalmente. A
r e p e t i ~ a o
e urn mecanismo para s
resistcncia da mente contra a
p e r t u r b a ~ a o
de suas
c r e n ~ a s
d
vivcncia. Essa resistcncia e s ~ m p r e muilo grande e pode toma
formas. Paradoxal como seja esta verdade, a U I l ~ a o da mente n
resislir averdade. PeIo menos, e 0 que considera ser sua u n ~ a
adiante, examinaremos mais detalhadamente 0 papeI da me
enquanto, vamos considerarum exemplo do que aconteceria, s
vivencia sua expericncia e transforma a n f o r m a ~ a o em conhe
Vamos supor que a pessoa, por exemplo urn estudan
dificuldades de c o n c e n t r a ~ a o . E esperto e inteligente, mas t
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
14/111
1 Parte
1 -
Reexaminando 0 Pape da
Astr gia
informac;ao.
Se ele adotar a vi
sao
comum e superficial a respeito da
questao, aceita
tudo
como sendo "assim mesmo".
Tipicamente, podemos supor que ele resolva estudar algumas
horas a mais. Neste tempo, levanta vezes para fazer cafe, leva vinte
minutos para examinar algumas anotac;oes, sente fome e ataca a gela
deira e,j a que esta fazendo
urn
intervalo de qualquer jeito, telefona para
a namorada e fala como e diffcil conseguir trabalhar. Talvez menos de
cinqUenta por cento de seu tempo planejado para estudo e gasto no
trabalho
em si.
E elc esta interessado na materia
Neste ponto, 0
que
estamos tentando dizer - porque a compreensao
e crucial- e
que
0 estudante nao
esta
vivenciando 0
que
esta acontecendo
com
ele. Esta preso a urn conceito, urn sistema
de
crenc;a, chamado "Nao
consigo me concentrar". Esta preso a fase de manutenc;ao deste processo,
nao observa 0 que esta realmente acontecendo nem diz a verdade a si
mesmo a respeito do assunto. Ou sucumbe
aos
seus sentimentos
de
inadequac;ao ou resiste a cles, forc;ando sua concentrar;ao. Dc qualquer
modo,
a
falta de
capacidade
de
concentrac;ao persiste. Pode encontrar
formas de contomar a dificuldade,
de
modo que possa trabalhar. Talvez
ajude se ele bebcrum
pouco antes de
se fixarnos estudos, e seligaro radio
enquanto estiver trabalhando. Se a tensao intema nao
for
grande demais,
pode
vir a descobrir truques que funcionem suficientemente bern contra a
falta
de
concentrac;ao,
fazendo com que
ela
de certa forma desaparcc;a.
Se, por outro lado, conscientizar-se do que esta acontecendo com
ele, quando tenta estudar - se prestar
atenc;ao aos
pensamentos reais,
aos
sentimentos e sensac;oes corporais que surgem - podera descobrir que
a raiz
do
problema e
0
medo
da
solidao, que, por sua vez, e necessaria
para 0 estudo. Vamos supor que exista, na verdade, urn poderoso
propes
so
de medo de solidao, que ele sempre consegue manter fora de
sua
pcrcepc;ao
consciente, e que, portanto, esta preso
na fase de ma
nutenc;ao. Agora que esta consciente do medo,
tern
outras
opc;oes alcm
da repressao. Na verdade, se puder enfrenta-Io e aceita-Io de modo
imparcial, 0 processo
de criac;ao-manutenc;ao-destruic;ao
sera desblo
queado, comedo sera resolvido. Scm duvida, na pratica isto nao e assim
tao simples, por razoes que explicaremos mais tarde, mas damos este
1 - Transformando a In format; ao em Conhecime
acrescentarmais dados a sua
percepc;ao
do fato. Mas, como ja di
a crenc;a
de
que algucm passa voltar a alguma causa anterior
forma, resolvc-la automaticamente, e falaciosa
e,
na verdade, c
para nossa fixac;ao. 0 processo
de
cliac;ao-manutenc;ao-destr
irreversfvel, e temos que nos alinhar
com
cle,
em
qualquer dos
em que possamos cstar.
Como
se
aplica a astrologia? Vamos tomaro caso, onde, co
sugerido anteriormente, os truques que 0 estudante descobre fun
suficientemente bern para superaro problema
de
concentrac;ao.
ainda esta aberta, mas 0 tecido cicatricial a cobre
de
modo tao e
que faz com que passe despercebida. Elc passa em seus exames
se na vida profissional. Alguns anos mais tarde, decide cons
astr610go
a respeito de urn problema aparentemente distinlo
dificuldades
em seu
casamento.
A falla de concentrac;ao omedo
da
solidao estarao indic
mapa de varias formas di ferentes. Por exemplo, digamos que h
conjunc;ao Mercurio-Uranoem quadraturacom Netuno, euma
o
Lua-Salumo. Observando Mercurio, 0 astr610go podent indag
problemas de concentrac;ao,
os
quais nao parecerao ameac;ad
cliente.
Com
algumas tentativas e quest6es bern colocadas, 0 a
pode, enlao,
comec;ar
a encorajaro cliente a observaros pontos q
por tras do problema
de concentrac;ao,
e que estarao
tam
bern lig
diliculdades do casamento.
Obviamenle, esta c uma simplificac;ao grosseira, e colo
mais dados neSla hip6lese no Capftulo 9. Neste ponto, a
n t ~
o astr610go possui sobre qualquer outro tipo de terapeuta n
nenhum valor. Tern todos
os
problemas
do
cliente diante dele,
n
Se 0 cliente nao responder a
urn
deles, respondera a outro, tudo
ter que gastar 0 tempo de varias sessoes de terapia s6 para d
quais sao
os
problemas.
Este processo
de
vivcncia
das
questoes, levando-se a n
verdades mais absolutas, e muito natural. Nao depende de
psicol6gicas cOll lplexas
nem
requer treinamento especflico - a
no senlido
de que
todos
n6s
precisamos
de
trcinamento
no
pro
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
15/111
12 Parte 1 - Reexaminando 0 Pape da Astr gia
aSlro16gico para urn novo nivel, nao requer mudan9as na forma de
inlerprela9ao alualmente utilizada. Requer, na verdade, uma mudan9a
na forma do relacionamento do astr610go com 0 cliente. Islo significa
enconlrar 0 clicnte numa base de igualdade, abandonando 0 modelo
autorilario tipo mcdico-paciente. Para muitos astr610gos, isto significa
um grande confronto, ja que senlem a necessidade de impressiona-Io
com a precisao de suas inlerpreta90es, e que precisam falar 0 tempo
todo, paraj ustifi car 0 pre90 que cobram.
Apcsar dc poderem se autodenominar conselheiros, a maioria dos
astr610gos c processadora de informa90es, e seu modo de operar nao
e
muito diferente de um consultor especializado, como, por exemplo, urn
analisla de inveslimentos. Baseiam-se no conceilo de que sua fun9ao
come9a e tennina com 0 fomecimenlo de informa90es precisas e nao
consideram como sua rcsponsabilidade 0 uso que 0 clicnte possa fazer das
informa90es rccebidas. E mportante dizerque, c claro, isto e0 que grande
parle - senao a maioria dos clientes - espera e quer. Muilo provavelmenle
o
c
ienle comum nao goslara de ser convidado a entrar em contato com sua
pr6plia expericncia. Muilos clientes vcm para se reconiinnare nao quercm
ser jogados de volta aos seus pr6prios recursos.
No enlanto, existem clientes que querem maiS de urn astr610go .
Em nossas proprias consultas, cerca de cinqiienla por cenlo deles
ja
linham tido seus mapas interpretados antes. J:i tinham infomla90es
precisas a respeito deIes mesmos, mas precisavam de apoio para
transformar a infonna9ao em conhecimento. Como astrologos, pre
cisanlOS nos equipar para fomecer este tipo de servi90 ao clienle. No
proximo capilulo, conlinuaremos a desenvolveruma estrulurametaffsica
que nos pemlila realizar isLo
2
A Natureza da Realidade
ou Macaco e as Nozes
Existe um aspecto do ciclo de r i a 9 a o m a n u t e n 9 a o d e s l r u i ~
[oi mencionado impliciLamente porem nao foi discutido. Este e
de quem faz a cria9ao, a manuten9ao e a deslrui9ao. Se nosso esl
hipoteLico, com falta de concentra9ao, tivesse que ficar den
contInuo de percep9ao, permiLindo a simples existencia de cada
riencia de forma pass iva e
im
parcial, poderia, eventualmente, de
que ele mesmo e fonte de suas experiencias.
o eu que cria nossas experiencias nao e 0 mesmo d
costumamos estar conscientes. N a maior parte do tempo, nossa a
e consumida com as proezas de urn ou dois eu falsos.
Urn deles e0 Eu para Enfrentar. Esta e a parte de n6s qu
como melhorar a aparencia ou, pelo menos, ser coerente . Ea p
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
16/111
4 Parte 1 - Reexaminando 0 Pape da Astr gia
e medroso, implicante, infeliz, rancoroso, desconfiado, r e g u i ~ o s o nao
gosta das pessoas, etc, etc.
Esses dois conceitos sao semelhantes ao Dc cima e Debaixo
da Terapia Gestalt, que estao em luta constante urn com
0
outro. Fritz
'Perls os chama de dois p a l h a ~ o s . Nao sabemos se e possfvel relaciom1-
los a fatores especfficos num mapa astral,
ja
que ambos constituem
m a n i f e s t a ~ o e s
do mapa como urn todo. No entanto, pode existir algum
tipo de relacionamento entre 0 De cima e 0 Ascendente mais Mcio-do
Ceu, e entre
0
Debaixo
coLe
mais
0
Descendente. Desde que
estejamos envolvidos na luta dos dois
p a l h a ~ o s
nao conseguimos
perceber nosso Eu Verdadeiro e 1evamos nossa vida como nossas
pr6prias viti mas.
Por tras do Eu Inconsciente e do Eu Suprimido encontra-se 0 Eu
Verdadeiro. Nao deve ser descrito, apenas vivenciado. Pode ser evo
cado, as vezes, na e d i t a ~ a o mas
0
problema e que essas v o c a ~ o e s vao
e vern, e sao diffceis de serem relacionados com a vida no mundo.
Existem muitas pessoas que tiveram experiencias de maravilhosa
transcendencia, mas cujas vidas sao atrapalhadas; frcqUcntemente, sua
capacidade de lidarcom as coisas e menordo que a daquelas pessoas que
nao passaram por essa experiencia.
o
Eu Verdadeiro e 0
e s p a ~ o
em que nossas vidas acontecem; e
a fonte de nossas vidas, nossas experiencias, e inclui tudo 0 que existe.
Para 0 alinhamento com 0 Eu Verdadeiro, e para sua
a n i f e s t a ~ a o
no
mundo, teremos, portanto, que estardispostos a incluirtudo
0
que existe.
E existem muitas coisas que nao temos vontade de incluir. Especifica
mente, existem camadas de sentimentos tais como dor, raiva, ansiedade,
t r a i ~ a o desamparo, solidao e abandono. Dc var ias formas, nao tern os
vontade de conceder validade e existencia a esses sentimentos. Grande
parte do tempo, cooperamos para permanecer inconscientes deles .
Quando eclodem na c r c e p ~ a o dificilmente os deixamos estar ali e os
tratamos como parte do processo natural de
c r i a ~ a o - m a n u t e n ~ a o - d e s
t r u i ~ a o . Explicamo-Ios, ou os justificamos, para desviar nossa a t e n ~ a o
deles. Sao tao dolorosos e desagradaveis , que nunca podemos suspeitar
que possa existi r alguma coisa maravilhosa do outro lado. Novamente,
2 - A Natureza da Realidade ou: 0 Macaco e as Noz
cham am a cam ada de sentimentos negativos suprimidos de ca
implosiva e descrevem como uma pcssoa pode ser guiada atrave
para poder penetrar na experiencia explosiva do
eu
autenti
sistema funciona, mas necessita da r e s e n ~ a do terapeuta para em
a pessoa atraves de toda
h e s i t a ~ a o
e resistencia e, a nao ser
expcricncias explosivas sejam integradas numa visao de mund
rente, elas tendem a permanecer isoladas, com pouca utilidade n
pratica, nao mais que urn caso de expcricncias mfsticas de cxtas
Portanto,
0
Eu Verdadeiroe fonte de nossas vidas, noss
e criatividade, mas os metodos geralmente utilizados para perm
m a n i f e s t a ~ a o no mundo requerem tecnicas e circunstancias esp
Quando as tecnicas e eircunstaneias funeionam - e nao pa
funeionar para todas as pessoas
- ,
os resultados sao espasm6d
diffceis de serem integrados num estilo de vida coerente. 0 que c
faltar nesses metodos - terapia e m e d i t a ~ a o -
e
uma apreensao
tente da verdade de que criamos nossas vidas, que cada urn de
centro do pr6prio universo e que
tudo
0 que existe em nossas vid
h1
porque, de alguma forma, desejamos que la estivesse.
Para que 0 cicio e criaqiio-manutenqiio-destruiqiio fu
para nos
fim
de podermos resolver os problemas aos quais e
presos devemos estar dispostos a assumir como principio fun
bUsico que somos responsaveis pela criaqiio e tudo 0 que esta
de nossas vidas.
Isto nao quer dizer 0 reconhecimento de sua responsabilid
de ter fe ncla, ou tomaruma o s i ~ a o em r c l a ~ a o a cla. Significa e
conduzir sua vida como se 0 princfpio estivesse sendo aplicado,
importar com
0
que estivesse acontecendo.
E
muito simples
di
ffeil, e a mente tentara todos os truques para evitar que voce
Uma conseqUcncia maiorde assumir a responsabilidade por sua
vida e que vocc nao poe mais a culpa nos outros, em seus
govemo ou na s i t u a ~ a o econ6mica. Nem mesmo em vocc.
uma questao de se permanecer consciente
0
tempo t
semelhante a tomar-se consciente dentro de urn sonho .Geralme
cham ados sonhos lueidos, onde a pessoa esta conseiente de q
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
17/111
6
Parte
1 -
Reexaminando 0 Pape
d
Astr gia
voce, considere sua vida como se fosse urn sonho, no qual esta tentando
acordar. Nao acorde p r p r rde sonhar, mas adquira a consciencia de
que esta sonhando, dentro do pr6prio sonho.
Lembre-se de que, conforme veremos mais detalhadamente
adiante, a u n ~ a o da mente e evitar que voce f a ~ a isto. A mente ve sua
f u n ~ a o
como scndo convencer voce da realidade do mundo do tcmpo
e s p a ~ o
e suas circunsHincias pertinentcs. A compreensao e uma
u n ~ l i o
da mente, portanto, se voce pensa que compreende a responsabilidade
e 0 cic10 de
c r i a ~ a o - m a n u t c n ~ a o - d e s t r u i ~ a o
entao voce nao a 1 c a n ~ o u
ainda 0 que e necessario. A comprcensao e uma armadilha particu
larmente sutil, porque cIa trans[orma a verdade da responsabilidade num
sistema de
c r e n ~ a s
que nao tern mais
f o r ~ a
do que qualquer outro. As
c r e n ~ a s
as
p o s i ~ o e s
e as c o n v i c ~ o e s sao estruturas que se definem,
por
sercm opostas
a
ou
di
[erentes dc, outras coisas e estruturas. A
o r ~ a
nlio
esta nas coisas, mas no contexto ou campo dcntro do qual as coisas
existem.
NITo
e uma questao de compreender a ideia de responsabiIi
dade, mas de adquiri-Ia , como voce captaria uma piada ou imagem
poetica.
0
scntimcnto que vern junto com a c a p t a ~ a o e de surpresa,
maravilha, atordoamcnto e uma
s e n s a ~ a o
de scr ilimitado.
A
d e c l a r a ~ a o
de sua responsabilidade na c r i a ~ a o de sua pr6pria
vida se parece mais com urn Koan Zen do que com uma i n [ o r m a ~ a o .
Classifica-se na mesma categoria do famoso ditado : Qual co som de
uma s6 mao batendo palmas?. Nao [az sentido, em termos da mente e
nao tern a
i n t e n ~ a o
de fazer senti do.
Existem bons precedentes para a
s u p o s i ~ a o
de que alguma coisa
funciona, apesar de nao fazer sentido em termos de paradigmas presen
temente aceitos. Em matematica, por exemplo, a ideia da raiz quadrada
de menos urn nao faz sentido no contexto do pensamento numerico
comurn. Ediffcil ate mesmo c o m e ~ a r a intuir. Mesmo assim, e uma
ferramenta pratica poderosa. A teoria da corrente altemada usa exten
sivamente este conceito. Se voce estiverlendo estelivro sob luz eletrica,
esta-se beneficiando diretamente da u t i l i z a ~ a o que alguem fez da raiz
quadrada de menos urn . A idcia de criar nossas vidas nao c mais louca
do que isto, e c mais util encara-Ia como uma ferramenta pratica do que
2 _ A
Natureza da Realidade ou: Macaco e
as
Noz
dade pe10s sentimentos negativos os toma parte do processo e
gradualmente, a s i g n i f i c a ~ a o e os julgamentos que ligamos a e1
Estarmos dispostos a assumir a responsabilidade pe1a c r i a
nossas vidas e cientes do cicIo de r i a ~ a o m a n u t e n ~ a o d e s t r u i ~ a o
o de que precisamos, essencialmente, para criar urn contexto no
poder de diagn6stico do mapa astroI6gico possa ser eficazmen
zado. No entanto, 0 conhecimento de que somos responsav
nossas vidas nao e f u n ~ a o da mente racional. Nao ha alguma form
qual eu possa convencer voce intelectualmente.
E
urn paradoxo
o que voce pode [azer com
urn
paradoxo e deixa-Io ficar
lao
Mes
em outro nfve1 isso seja tao 6bvio. A unica realidade que voce te
experiencia e, obviamente, voce tambem representa 0 local, a
a ~ a o e 0 contexto em que suas expericncias acontecem. Voc
argumentarque isto aindanao 0 fazsero criadorde tudo. Talvezos
estejam criando as coisas e lhe enviando raios. Talvez seus pais
[eito isto com voce. Talvez haja urn Deus pcssoal submctendo-o a
Ou _ uma idcia muito apreciada nos meios da Nova Era -
u n i v e r s o t e n h a a l g u m p l a n o p a r a v o c C q u e a i n d a n a o c o n h e ~ a . T a l v
essas coisas sejam verdadeiras, ainda que existam dentro de su
riencia. Nao ha nada em seu universo alem de voce e sua exp
tomando-o responsave1 por criar os planetas, seus pais, 0 Deu
e
0
Universo.
A maioria das pessoas vivencia, geralmente na infanc
adolescencia, uma subita compreensao de que sao pessoas unic
sao, na verdade, 0 centro do universo. sentimento que
acompanhar a experiencia e de surpresa, tambem acompanh
entendimento de que e impossfvcl ver
0
universo a partir de ou
de vista e de que uma pessoa esta sempre presa
a
pr6pria
a b
Sugerimos que voce busque em sua mem6ria as experien
tipo que Ihe aconteceram, porque estamos interessados na qua
experiencia d i r ~ t e nao em conceitos. Scm duvida, a r e c o r d
sera uma expericncia, mas, pclo menos, voce saberaque possu
mento pr6prio do que estamos tentando colocar.
No entanto, essa expericncia de ser 0 centro do univ
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
18/111
8
Parte 1 - Reexaminando
0
Papel da Astrologia
Vivenciar sua realidade e a unica mancira de descobrir
sc
sua
criac;ao e verdadeira ou nao. E interessanLe considerar a questao em
Lermos
da ffsica moderna.
A ffsica chissica postulava
urn
universo de coisas
que
operavam de
acordo com leis mecanicas claramente definidas, objetivamente agindo
e'reagindo hi fora numa sequencia de causa e efeito, independente
mente dos observadores humanos. Este modclo,
scm
duvida, ainda
tern
crediLo
- de uma forma inconscienLe e nao examinada - da maioria das
pcssoas, inclusive muitos
astr610gos
que ainda imaginam que surgiu,
algum dia, uma explicac;ao da astrologia puramente mecanica, em
termos de causa e efeito. Existem boas raz5cs para conLinuar a acreditar
nisto, porque corresponde
com precisao a quase
Ludo
0 que encontramos
em nossa expericncia diaria.
Dc
faLo, LraLa-se
de uma aplicac;ao
da
verdade. Funciona
muiLo
bern, se estivermos lidando e manipulando 0 ambiente ffsico . Pclo
menos, funciona
muiLo
bern
em
seus pr6prios termos. Alguns
de
seus
produtos colaterais, como a bomba de hidrogcnio e a poluic;ao ambien
tal,
dificilmenLe podem
ser
ci
a
dos
como prova
de seu born
funciona
mento em Lermos da mclhoria da qualidade de vida.
Na antiga ffsica classica, pensava-se que 0 ultimo
eSLagio
de
consLituic;ao da materia fossem os atom os, os quais
cram
considerados
como entidades s6lidas separadas, como pequenas bolas
de
bilhar.
Supunha-se que
as
leis conhecidas da mecanica
fossem apl
icaveis a cles
e que
as
propriedades da materia poderiam ser
LoLalmente
compreendi
das
, assumindo-se
que os
atomos e moleculas,
realmenLe, se
compor
tavam
como pequenas bolas de bilhar. Durante
muiLo
tempo, ate 0 final
do
seculo XIX, eS a abordagem funcionou.
0
comporLamento real da
maLeria,
a nfveis comuns, corresponde muito
de
perLO
as
f6rmulas
matematicas derivadas da Leoria da bola de bilhar .
Urn
pouco
antes do infcio do seculo, [oram descobcrtos os raios
c
os
eleLrons, mosLrando
que
0
atomo possufa uma
estruLura
fina e
nao
poderia mais ser
traLado como
uma
bola
s6lida. Alcm disto,
foi
descoberto
que
as
partfculas
subaLomicas
eram
infiniLamente pequenas em com para
c;ao com 0
aLomo,
por menor que fosse.
Urn
modclo de atomo que foi
2 _
A Natureza da Realidade ou
0
Macaco
e as
Nozes
onucleo central seriado tamanho de urn grao de sal, eos eletrons,em 6
nos
limites
da
catedral,
seriam graos
de pocira dificilmente
visfveis.
Nenhum desses conceitos e exatamente novo; acreditamos
muitos leitores ja tiveram contato
com
cles,
os
quais, no ent
permanecem fixos ao nfvel
de informac;ao.
Da mesma forma
experiencia
de
ser 0 centro
de
nossO
pr6prio universo, esse tip
conccito nao parece ter consequcncias praticas em nossas vidas,
ser
que
sejamos cientistas
ou
engenheiros,
e,
mesmo assim,
as
c
qucncias praticas, ficariam limitadas
ao
laborat6rio.
No
entanto,
mos criar consequcncias praticas, apenas nos conscientizando
do f
que os objetos aparentemente s6lidos no universo sao, na verdad
menos substanciais
do
que parecem.
Considerando
0
conceito da estrutura do aLOmO, e 0 fato
consiste quase
em
vazio, podemos questionar
as suposic;oes
qu
mos
de
maneira
tao
automatica e inconsciente a
respeiLO da
rea
[ sica.
Mas isto nao encerra 0 assunto. Os
ffsicos
presumirarn, de
q
ue
os cletrons e pr6tons poderiam ser tratados como
se
fossem,
v
ez
, bolinhas
de
bilhar infinitamente pequenas.
No
entanto, log
claro que
des se
comportavam tanto como parLlculas quanto
ond as, e foi desconcertante descobrir que
urn
cletron - que de
f
om1as
se comportava como uma partlcula s6lida, - podia estar
lugares
ao
mesmo tempo. E, para confundir ainda mais a men
menores constituintes da materia sao ondas, de que sao feit
ondas? Obviamente, do nada. Torna-se impossfvel para a ment
ber qualquer
tipo de
modclo ou figura
da
realidade ffsica e
Evidentemente, n6s construfmos
nosSO
universo de acordo co
a mente pode apreender. .
No nfvel extremo da materia ffsica, a pr6pria materia
completamente mutavel. Todas
as
partfculas - sabe-se
que
cerca de
200
variedade - podem ser transmutadas entre si, p
criadas a partir
e
energia pura, e podem ser destruidas,
ou
tra
das novamente em energia. universo
se
parece como uma
padroes
de
energia, interligados
uns
aos outros.
Nao
ex
parecido
com urn
objeto isolado e separado. Tudo 0 que e
de criac;ao-manutenc;ao-destruic;ao,
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
19/111
2 Parte 1 - Reexaminando 0 Pape d Astr gia
bastante limitantes relalivamente a espar;o, tempo, energia e maleria,
para a finalidade de poder participar
de
certo tipo de jogo.
Achamos
uti
pensar
no Eu
Real como urn ator que desempenha
seu papel com tanto empenho, que acaba sc identificando com 0
pcrsonagem e esquecendo sua verdadeira identidade. No pr6ximo
capitulo, examinaremos detalhadamente 0 assunto da criar;ao
de
nossas
pr6prias negatividades, mas esta analogia ja fomece uma pista. Qual
quer ator competente ficaria muito feliz em desempenhar 0 papcl de
Hamlet. Ele consideraria 0 papel como urn desafio a ua capacidade e
uma excelenteoportunidade para sua auto-expressao. Mas ningucm
gostaria
de s r
Hamlet,
no
nivcl
de
conscicncia
de
Hamlet. Seu
pai
foi
assassinado, sua mae comete incesto, sua namorada se afoga, e voce
termina sendo apunhalado por uma espada envenenada - quem deseja
isto? Qualquer atorque acredite ser Hamlet, sentir-se-ia completamente
vilima dessas circunslancias, mesmo que clas tenham sido, na verdade,
escolhidas por ele - pela sim
pIes
razao
de que
desejava 0 papel. Parecia.
uma boa ideia essa escolha.
o
equivalenle a obter 0 papel de Hamlet e que 0 Eu Real
ou
seja,
voce e eu - cria urn
vClculo,
0 corpo-mente, que tern urn unico objetivo:
sobreviver no mundo fisico
de
espar;o-tempo. Nao apenas sobreviver
fisicamente, mas assegurarasobrevivenciadascrenr;asedos sentimentos,
dos
pensamentos e atitudes
que
a mente acredita
serem
partes integrantes
dcla. Hamlet tern urn sistema de crenr;a muito poderoso sobre a ne
cessidade de salvar sua honra - nao importa quaD dilat6rio ou indeciso
ele possa ser para conseguir realizar
iSlo.
No final, ele prcfere que seu
corpo morra
do
que desistir, ou mesmo examinar a validade da crenr;a.
Na verdade, esta e a tragedia
de
Hamlet.
Em
todas as suas interminaveis
introspecr;6es, nunca the ocorreu que sua necessidade de vinganr;a nao
era realmente a verdade extrema. A
forr;a
de sobrevivencia do corpo
mente - que chamaremos apenas
de
mente daqui
em
diante - e
tao
poderosa, que 0 "Eu" real fica preso nela, cacha que e a mente e
que nao
existe nada mais.
Dificilmentepode-se supcrestimar a energia, a sutileza e a tenacidade
da forr;a
de
sobrevivencia
da mente.
Por iSlO, fica tao dificil dominar ever
2 _A Natureza da Realidade ou: Macaco
e
as Noz
Os iogues na india tern uma analogi a muito boa para a form
que a mente funciona. Parece que 0 metodo para se capturar maca
india e pegar uma ab6bora, fazer urn buraco nela, colocar nozes
e deixar urn buraco
de
tamanho suficiente para que a mao estic
macaco possa entrar, mas nao tao grande que possa dar passagem
punhO
cerrado, com as nozes dentro da mao. Logo chega 0 m
faminto, tolalmente preocupadocom a sobrevivencia, sem que n
outro pensamento penetre em sua caber;a. Ele coloca a mao de
ab6bora, pega as nozes, e af entao, fica preso. Ele luta e fica en[u
mas nao larga as nozes. Ele nem mesmo sabe que existe alguma
Como Hamlet, prefere morrer a desistir de sua crenr;a: aquelas no
particularmente importante para sua sobrevivencia. Esta e a form
qual a mente [unciona. Os iogues dizem ainda que, se imaginarm
o macaco esta bebado, e cst a sendo constantemente picado por
[uriosas, a idcia fica ainda mais parecida
com 0
modo
de
funcion
da mente.
Estc c 0 ponto contra 0 qual cstamos tcntando lutar; aqucle
como astr6logos, reconhecemos que nossos clientes devem tr
Em
algumas situar;6es,
0
ser humano esta numa
posir;ao
pior
d
do
macaco. Ele nem mesmo sabe que esta segurando as noz
gra
nde servir;o
que
0 astr610go
pode prestar seria esclarecer tal
f
ele, assim como explicar qual a espccie de nozes que cle esta seg
Scm duvida, Cdiffcil. Na verdade, Cextremamente diffcil "d
processos psiquicos se desenvolverem
em
paz". Uma coisa mui
de se
fa
zer, quando
se
esta preso numa armadilha, morrendo d
bebado e sendo picado por abel has furiosas
Na
ioga, csta est6ria costuma ser contada como uma
intr
explicar;ao das virtudes da meditar;ao como tecnica para aquie
mentc, 0 que equivale a dar a nosso macaco um poderoso seda
pode
ate funcionar para
al :,rumas
pessoas,
mas,
no
final,
c
apenas
forma de
resistir ao
que
realmente existe. Como dissemos anter
toda dor e luta sao desviadas,
ao
inves de inclufdas. Se nos transfo
em nossos
verdadciros "Eus" significa incluir
tudo
0
que
exist
unica
forma de
fazcristo scria
tendo
compaixao pcla mente-
aqu
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
20/111
Parte
1 -
Reexaminando
0
Papel da Astrologia
A questao e que 0 macaco, originalmente, escolheu colocar a mao
no pote, e todos os seus problemas subseqiientes sao oriundos da
resistencia dele
as
conseqiier1cias de sua escolha e de sua crenr;a
em
ser
a vftima dessas conseqiiencias. Tudo 0 que ele realmente precisa fazer
e desistir dessas nozes e procurar outra fonte de nozes que nao esteja
sujeita a uma armadilha, mas seu senso
de
sobrevivericia nao 0 deixa
fazer isto.
Pode-se dizer que toda a questao de fazer com que nossas vidas
funcionem depende da reabilitar;ao e da recuperar;ao de nosso poder de
escolha original, descobrindo a verdade sobre cle, sobre 0 que podemos
e 0 que nao podemos escolher.
Existe uma hist6ria
do
livro
Republica de
Platao, que conside
ramos bastante uti para ilustraresta questao, e costumamos conta-Ia aos
c1ientes, como parte da discussao preliminar. Sua 16gica nao c inteira
mente consistente com
as
outras analogias que emprcgamos, mas, no
campo
em
que penetramos, a vcrdade poctica c mclhor guia do que a
consistencia 16gica.
Na est6ria, urn homem chamado Er c aparentementc morto numa
batalha, e vai,junto com muitos outros, para urn local onde as almas vao
viver na terra numa pr6xima encamar;ao.
Uma
das Erinias, Laches
is,
possui tipos e padroes
de
vida
em
seu colo.
Urn
intcrprete se dirige as
almas reunidas, e diz a elas que a primeira a sortear seu papel sera a
primeira a escolher uma vida que sera entao adequada a cIa, por suas
necessidades. Ele Ihes diz que a responsabilidade da escolha nao c de
Deus, e sim da alma que efetua a escolha.
Er e proibido de escolher; dizem-lhe que cle esta Ia apenas como
mensageiro, para re1ataresses procedimentos ao mundo dos hom ens.
interprete coloca varios padroes difercntes de vidas
no
chao,
muiLo
mais
numerosos do que as almas que vao escolhe-Ios,
de
Lodos
os
Lipos
posslveis. A maioria das almas escolhe inconscientemente suas vidas,
impelida por assuntos inacabados de vidas anLeriores. homem que a
tern pela primeira vez, escolhe a vida de
urn
grande rei. Em sua
precipitar;ao e
ambir;ao,
ele nao
Ie
as
enLrelinhas,
e
nao
compreende que
a primeira parte de seu deSLino e matar a esposa, comeros IiIhos, e passar
2 _A Natureza da Realidade ou: 0 Macaco e
as
Noze
A alma
de
Orfeu escolhe nascer como cisne. Orfeu tinha
assassinado e cortado em pedar;os por mulheres, e nao qucria nas
uma mulher ap6s esse tipo
de
morte
em
suas maos. Odisseu, que
vivido muitas aventuras sofridas, procura bastante
ate
encontra
vida totalmente ordinaria e sem acontecimentos, que escolhe
alegria.
(A
est6ria nao diz se ele fica louco
de
tedio mais tarde, ma
duvida, ele ficou ) Geralmente, 0 resto das almas efetua es
resultantes de habitos passados, tanto para continua-los quant
reagir contra elcs, como fizeram Orfeu e Odisseu. Depois de to
almas terem efetuado suas escolhas, elas bebem a agua do rio Le
f
az
com que
se esquer;am
tudo 0 que aconteceu, e entao nascem,
vidas que cscolhcram.
Esta est6ria nao precisa
de
muitos comentarios. Nao pos
in[orma9
0es
privilegiadas sobre a ocorrencia deste fatos a
nascermos. Esta nao
e
a quesUio. ponto principal
e
que esta
pode ajudar-nos a ter vontade
de
assumir 0 fato
de
que criamo
realidade, e de sermos responsavcis por cia.
Depoisde contar ao c1iente a est6ria de Platao, costumamos d
, talvez aforma com que
isto
acontece entre uma vida e outra c algo p
com 0 seguinte: Ecomo se voce
fosse
urn ator desempregado, e
ficando U io aborrccido de Iicarscm trabaIho. que [aria qualquer co
voltar ao palco ever seu
nome
em cartaz novamente. Urn dia v
sentado por lao extrcmamente aborrccido. convencido de que nu
conseguira trabalho. quando,
de
repente. Deus
sai do
escrit6rio,
"script" embaixo do bra
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
21/111
4
Parte
1
Reexaminando
0
Papel da strologia
ideia da
o n n ~ o
do "script" porocasiao da infancia, e e uti ter alguma
compreensao do processo pelo qual reagimos as influencias dos pais .
Como mencionamos anterionnente, nao ha poder na compreensao
apenas do paSsado, mas ela frequentemente ajuda, esclarecendo
0
presente, e 0 esclarecimento e
urn
primeiro passo essencial. No pr6ximo
capitulo, examinaremos 0 processo de o n n ~ o do "script" nos primei
ros anos da infancia.
3
Padroes de Vida: 0 Script
Ao inves de considerar que as dificuldades da infilncia
lecem as bases para os problemas que acontecem mais tarde na v
o ponto de vista de assumir a responsabilidade pelos problemas
uti pensar que os fatos que aconteceram na infancia sao pa
expcrimentais do drama como urn todo. Tendo escolhido noss
fora da dimensao do t e m p o - e s p a ~ o
logo que chegamos o m
t e m p o - e s p a ~ o c o m e ~ a m o s a representa-Io, seja com quais fo
vefculose circuQstancias disponfveis para n6s. Os nove mcses
c o n c e p ~ a o
podem ser urn tipo de penodo de ensaio, mas, na oca
nascimento, quando
0
mapa natal fica efetivo, a cortina sc le
c o m e ~ a 0
espetaculo.
Parece haver bastante evidcncia da realidade do que se ch
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
22/111
26 Parte
1 -
Reexaminando
0
Pape/ da Astr gia
amor
ou
de obter dinheiro suficiente.
Ou
ainda, se 0 bebe e imediata
mente retirado dos r a ~ o s
de
sua mae, e colocado
num
b e r ~ o de hospi
tal,
existira
urn
padrao estabclecido de
pc
rcorrer a vida com pouca s p e r a n ~ a
de calor humano e
contaLo
humano. Alguns tipos de
Lerapia
procuram,
atravcs de varios metodos, fazer com que 0 clicnLe revivencie
as
experiencias do nascimento, supondo que, ao fazer isto, os padroes
compulsivos que se revelam mais tarde
na
vida sejam removidos.
As
pessoas realmente vivenciam sentimentos e
s e n s a ~ o e s
que parecem
estar relacionados com 0 processo de nascimento, e esses sentimentos
sao
urn
reflexo de seus principais problemas
na
vida. Costuma
sermuiLo
mais dramaLico do que os insights inte1cctuais da psicanaiise tradi
cional, e freqilentemente proporciona
aos
clientes acesso a m o ~ o e s que
haviam sido bloqueadas.
Em Lermos
mais amplos, no entanto, Ludo 0que
COsLuma aconLecer c que 0 cliente transfere a culpa de seus pais para 0
trauma de nascimenLo, scm, contudo, acessar seu pr6prio poder e sua
i n t e n ~ a o no assunLo .
Nao achamos
que
precisamos
IUlar
contra a idcia de que 0 trauma
de
nascimento
exisLe,
e
que os pad roes
sao
eSLabelecidos
assim
ao
cedo.
l
fizemos mapas de c r i a n ~ a s muito pequenas a pedido de seus pais.
Ficamos surpreso
ao
constatar
as
i n f o r m a ~ o e s
dos
pais de que suas
c r i a n ~ a s de apenas algumas semanas de idade,
j
estao manifestando,
tao cruelmente quanto posslvel, as caracterfsticas mosLradas
em
seus
mapas. Isto ocorre, e claro, bastante antes de os padroes de infiuencia
dos pais terem Lido tempo
de
fazer algum efeito.
A
quesLao
nao e se 0 trauma
de
nascimento existe
ou
nao,
mas
se
e util para n6s
em
nosso presente
objeLivo
- 0 desenvolvimenLo
de uma
estrutura para
t i l i z a ~ a o
efetiva
da aSITologia.
Considerando-se 0 [ato
de
que
as i n f o r m a ~ o e s
pertinentes
ao
trauma de nascimento
s6
podem ser
checadas
em
circunsUincias especiais (nem todas
as
pessoas conseguem
ser hipnoLizadas ou fazer regressoes), ele nao tern,
na
verdade, muita
u t i l i z a ~ a o
imediata. Bastante mais acesslvcl e a canlada de influencia
dos pais, e esta compreensao de sua dinamica e muito util
no
aconselhamento astrol6gico. Mas
s6
se 0
aSLr610go
nao ficar obcecado
em
achar que essa influencia e a
font
dos
problemas.
E
necessario
3 -
Padroes
e
vida:
0
Sc
lidade que discuLimos anLeriormenLe. Na verdade,
raramenLe
g
muiLo
Lempode urn
aLendimenLodiscuLindo
ainfluenciados pais, ap
em ouLra
cpoca,
Lermos
passado basLanLe em
po
fazendo-o.
Alguma
no
entanto, a discussao se Lorna necessaria,
devido ao
Lipo
de
con
qual
0 cliente
se enconLra no momenlO
inserido.
E
necessario apcn
lidarcom 0 assunto para seguir
adiante.
Alcm disso, 0estagio da in
dos
pais dentro
do espcLaculo
e quase
tao
simples e completo q
L
auma de
nascimento,
e, com
0 metodo
que
aprcsentamos neste
c
comparativamente
facil de
compreender
e, se
neccssario,
de
e
aprcsenlando-o
ao clicnLe.
A tecnica
que
descreveremos c da
Amilisc
Transacional
(AT).
nos a forma mais
simples
e cocrente
de sc
examinar a o r m ~ o dos
emocionais ou, ainda,
como
a escolha pre-natal
sc
manifesla durdI1lC
da inlluenciados pais.E uasc imposs(vcl eviLaro uso
de
linguagem re
d e s c r i ~ a o do proccsso,
e
scguiremos
a
convenc;ao normal de falar co
r i a n ~ a fossc uma entidade scparJda
e
vulneravcl, completamenLe
pclas
prcss5es emocionais
do ambienLe.
Na
verdade
,
para
a menLe,
mesmo que acontccc. 0 problema
c
naIogo ao da ffsica: para falar
aconLccimenLos do mundo comum,
Lemos
que utilizaruma linguagem
Os dados apresentados aseguir, nao devem serconsiderado
urn sistema de c r e n ~ a s nem mesmo
urn
modclo preciso da
como as coisas
sao
.
Como
j vimos, na essencia
nao
existem m
No
entanto, e uma forma lucida e
convenienLe
de descrever alg
processos que acontecem
na
mente. verdadciro
objeLivo c
a
abrir
e s p ~ o
para a realidade da experiencia. Quando voce viv
verdade, nao importa que
Lipo
de palanque voce tenha
uLilizad
auxflio para chegar ate a experiencia. Se
aLingir seu desLino
fi
importa se 0
trem
que
Lomou
se chamava Freud,
lung
AT,
Ge
mesmo a pr6pria astrologia.
A Analise transacional foi fundada por Eric Berne, um ps
califomiano,
no
final da decada de
50. Eum
conccito
reaLivo
cialmente relacionado com Freud, e se encontra agora
num
esta
mais elaborado que 0 modelo basico que descreveremos a se
conceiLo roL
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
23/111
8 Parte 1 - Reexaminando 0 Pape/ da Astr gia
Alem da discordancia a respeito do ponto da origem do roteiro
(que ja era de se esperar), sua
d e f i n i ~ o
chega ao mesmo ponto com 0
qual estamos trabalhando. A AT coloca bastante enfase na im portancia
de
0
roteiro ser
0
resultado de uma decisao tomada pela pessoa quando
pequena. No entanto, ela nao acha que a pessoa pudesse ter lido grande
libcrdade de escolha. Como a
c r i n ~
depende totalmente dos pais,
como caso de vida ou morte, a escolha - de acordo com
0
ponto de vista
da AT - consiste em concordar com
0
modo como as coisas sao, ou
morrer. Como 0 myel onde a i n t e n ~ a o opera nao c apropriadamente
reconhecido, a eficiencia principal da Analise Transacional c bastante
limitada, mas seu valor em termos de i n f o r m a ~ a o e muito alto.
Para comprcender a formac;ao de roteiros, temos que entender
primeiro aformacom aqual a Analise Transacional ve a estrutura da mente.
Esta visao comec;a a partir da observac;ao de que todos n6s opcramos sob
tres estados de ego : 0 Pai, 0 Adulto e a
Crianc;a.
As lctras maiusculas
distinguem essas palavras como termos tccnicos das mesmas palavras
utilizadas no senti do comum . Esta estrutura simples e original
tern
sido
submetida a muitas discussoes e elaborac;oes desde que
foi
proposta, mas
permanece eficiente e servira pcrfeitamente bern para nossos prop6sitos.
o Pai e derivado da forma pela qual os pais reais e outras Jiguras
de autoridade se comportaram em nossa inmncia. Quando neste estado
de ego, voce fala, age e responde aos outros da forma com que algumas
figuras paternas fizeram.Mesmo quando voce nao exibe
0
estado de Pai,
ele pode agir internamente, como fonte tanto de inibic;oes quanta de
permissao para fazer as coisas. 0 Pai funciona como urn armazem de
formas de disciplina e de consolo. Ele pode, portanto, ser conveniente
mente dividido em Pai Cntico (CP) e Pai Consolador (NP).
o
Adulto e
urn
estado de funcionamento 16gico e objetivo. Quando
voce esta em seu Adulto, voce considera e avalia as situac;oes friamente ,
com base na experiencia passada. 0 Adulto lida com os fatos e com as
d e d u ~ o e s
que sao tiradas desses fatos .
E
eu pr6prio Dr. Spock , imune
as e m o ~ o e s Existe alguma tendencia, na literatura de AT, sugerindo
que 0 estado de Adulto e 0 mais valioso dos tres estados. Ele nao e, mas
0
estado basi co para tomar a primeira providencia para esclarecer
3 - Padroes de vida: 0 Script
o estado de ego da
r i a n ~ a
e bastante parecido com a palavr
o define. a parte de n6s que permaneceu como
0
garotinh
garotinha, geralmente entre dois e cinco anoS de idade. Contem
poder, nossas
m o t i v a ~ o e s ,
nossoS instintos, nossa capacidade de
ede
odiar, nossa criatividade, sexualidade,
n t u i ~ a o
alegria, extase
deve ser considerado como infantil no senti do de imaturo ; est
palavras de julgamento do PaL Eric Berne diz que a
r i a n ~ a
e a part
valiosa da personalidade.
E
ambem a parte mais arcaica, em contat
o misterio, a magica e a poesia. Ea C r i a n ~ a dentro de n6s quem co
a verdade a respcito de sermos criadores de nosso universo.
Novamente, e conveniente dividir a
C r i a n ~ a
em duas pa
C r i a n ~ a
Natural (NC) e a
C r i a n ~ a
Adaptada CAC . As qua
descritas no ultimo paragrafo pertencem
'a r i a n ~ a
Natural. A
Adaptada e a parte que aprendeu padroes de comportamento, p
aceita e sobreviver. Os estados de ego estao demonstrados na Fig
Desta forma, podemos utilizar
as
seguintes figuras, para e
cer as i n t e r ~ o e s que ocorrem entre as pessoas:
A outra pessoa nao precisa responder a partir do mesmo es
ego que a outra Ihe esta dirigindo. Na Fig. 1.3.2.c, a mulher p
verdade, dizer Eu adoraria , partindo de sua C r i a n ~ a . Ela
tambern responder: Nem que voce fosse
0
ultimo homem da
(Pai) ou Tenho que trabalhar hoje a noite (Adulto). A d
costumeiramente accita de que Tenho que ir para casa para
c a b e ~ a seria da CrianC;a Adaptada: ( Eu nao quero sair com vo
nao posso dizer isto diretamente ) .
As mensagens que ativam
0
estado de Crianc;a sempre po
poderosas. Em algumas circunstancias, podem parecer deman
sistfveis. Isto e particularmente verdadeiro, quando sao proven
poderoso estado de Crianc;a da mae ou do pai verdadeiros, qu
o estado a l t a m e ~ t e responsivo da Crianc;a do menino ou da
Estes sao, na verdade, os fundamentos do script. Eles nao costu
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
24/111
3
Parte 1 - Reexaminando 0 Papel da Astrologia
a)
Mae
Joaozinho
v,
ellha
.
JilIJl;Jr.
SS{;f be .
'Il1'il};}
il}fle.
b)
IQHomem
2 Homem
~
Que horas sao?
.. +ou - 3 horas.
c)
Homem
Mulher
~
Quer jantar comigo?
~
Eu adoraria.
Figura 1.3.2 - a) Pai para Crianr;a:
Vma
pessoa em rclar;ao de aUloridade com a Oulra.
b) Adulto para Adulto: Procura nao emoliva de informar;oes. c) Crianr;a para Crianr;a:
Crianr;a que gosta de se divertir, apela para a Crianr;a que gosla de se dive rlir
da
oulra
pessoa.
expressos abertamente mas comunicados de [onnanao vernal. Quasc scmpre
podem ser expressos como implicac;Oes de nao fazer algo ou
scr
algoma coisa.
Porexemplo, ospais podern estarexLremamente fixados em terum
filho homem, mas nasce uma menina. Eles engolem a decep9
a
o e
continuam tentando urn menino para a pr6xima vez.
Dc
modo geraJ seu
3 - Padroes de vida: 0 Scr
Mac
Filli,
~
_0
i'
n
lo
'
N.-
;}o Seja l;} l1lellilliJ .
Figura 1.3.3 - ESlado Crianr;a dos pais para eSlado Crianr;a da filha
As mensagens Crian9a-Crian9a, emitidas nestas circunsL
sao
chamadas
de
injun90es. Elas Lcm a for9a
de
injun90es lega
verdade, mais [or9a ainda, porque existe pelo menos a possibili
se agircontra uma injun9ao
de
origem legal, mesmo
com
conseq
desagradaveis, mas nem scm pre
c
possfvel agir
conLra
injun9
rotciros,
se
Liverem sido aceiLas.
Nao
ao
nfvel no
qual
sao impla
ou
seja: ningucm
age
contra elas a ouLros nfveis, menos podero
Devemos lembrar que a Crian9a desta menina vivencia sua
seu
pai como seres onipotentes, e ela esta, absoluta e literal
dependenLc oeles para a sua sobrevivcncia. Ela
Lorna
a decisao
a forma
de
podersobreviverno mundo c
nao
sendo menina.
Na
an
equivale ao macaco pcgando a
noz
rotulada Nao serci uma me
recusando-se a desisLir dela, porque sua sobrevivcncia depend
Claramente, uma questao imponanLe para esta pessoa sera sua
feminilidade e sua capacidade
de
se relacionar
LotalmenLe
com 0
sen
do
mulher. Repare que nao precisa havernenhurn incidente
Lra
ou doloroso
em
~ u s lembran9as mais tarde na vida. 0 roteiro L
estabelecido pcla sensa9ao LoLalmenLe persuasivade que ser mul
c coisa
toLalmcnte aceiLavel.
Outra
fonna
de
senLir 0 grande poder
dessas
injun90es
de
r
considerarque
os seres humanos possuem uma
intensa fome
de eSL
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
25/111
32 Parte 1 - Reexaminando 0 Pape/ da
Astr gia
Muito provavelmente voce
iria
se agarrar a,
ou
agir confonne a primeira
o r i e n t ~ o coerente que pudesse obler,
sem
se importar se ela pudesse
tomar-se ate mesmo prejudicial mais
tarde.
Da mesma [onna, podemos supor que a primeira o r i e n l ~ o
coerente para nossa garotinha, que esta tentando descobrir como agir
neste mundo novo aterrorizante e surpreendente, e a e n s a ~ a o de Nao
seja uma menina. . Ela
se
agarra fervorosamente a ela, porque ela
c,
pelo
menos, urn tipo de estrutura, algo que cIa pode se apoiar. Ela toma uma
decis o a respcito dela, e compromete sua n t e n ~ o criativa em nao ser
uma m enina, criando desta fonna urn padrdo criador de realidade. Con
sideradas as circunstancias desta tomada
de
decisao, e
uma
decisao ccrta e
inteligente. 0 problema e que ela passara
0 resto
de sua vidajustificando
a e provando para si mesma que
tomou
adecisao correta, muito depois que .
esta decisao tenha sido aplicavcl e adequada.
Umaestrutura
de roteiro
emuito
mais
complicadado que
isto,
e,
para
urn exame
mais
detalhado
de uma,
considere
0
seguinte
cemirio:
Dcsta
vez
temos urn garotinho. Sua mae e intcligente, boa e generosa,
mas
tem
dificuldades consideraveis com
sua
propria sexualidadee a transmissao
de
amor ffsico. 0
pai
c uma pessoa confiaveI, responsavc1, urn pro fissional
que trabalha duro,
mas
nem sempre obtcm 0 sucesso
que
acha
que
merccc,
e
al :,TUmas
vezes fica amargurado. Ele c ortes e bastante rcservado.
Geralmente, a
n j u n ~ o de
roteiro mais poderosa vern
do
progeni
tordo sexo oposto. Confonne
0
garotinho (vamos chama-lo
de
Joao)
se
adapta ao mundo, ele imediatamente obtcm a mensagem de sua mac de
que existe algum desprazer para cla em embala-Io, acaricia-lo e ama
menta-Io, e existe alguma coisa desagradavel a respeito de suas pr6prias
necessidades
de
contato ffsico intenso e amoroso.
A
n j u n ~ o
aqui
e
Nao fique perto . Por causa desta enonne
fome
de
estrutura, Joao escolhe a n j u n ~ o Nao chegue perlO como seu
modo
de sobrcvivencia, de conseguir
viver.
Ele ja decidiu como sua vida
ira ser.
Nos
primeiros meses
de vida, nao
e
ao
complicado levar
adiante
esta
decisao. Tudo
0 que
cle tern afazer e icar urn pouco tenso, e abstrair
se
um
pouco, quando e a b r a ~ a d o e alimentado.
Nao
ha grandes problemas.
3 - Paddies de vida: 0 Script
Dc mancira geral, sua mae, de seu estado Pai, pode estar da
c l e l i ~ e s de
vida, como porexemplo Tenha sempre
o n s i d e r a ~ a o
outros . Seu Pai,
de seu
estado
de
Pai, pode estar dizendo coisas
Se voce quer chegar a ser alguma coisa neste mundo, deve dar du
trabalho . Essas mensagens vao de Pai para Pai, e tomam-s
Contra-roteiro - aquilo
que
Joao acredita conscientemente est
o p o s i ~ a o
ao
que ja havia decidido inconscientemente (vcr Fig. 1
Quando cle estiver com uns cinco anos
de
idade, ja tera decidido
bem como sua vida sera.
Para se ter ideia de uma das maneiras como
0
roteiro
funcionar medida que Joao cresce, suponha que, parte 0 pro
com 0 amor ffsico, sua mae seja excelente. Ela procura fazer co
ele recebe comida e roupas adequadas, ela c conscienciosa quanlo
e d u c a ~ a o
e tem
urn
interesse
bem
embasado
em
seus interesses. E
tern motivo para supor que alguma coisa estaria faltando. 0 fato
seus pais nunca mostram muito afero
urn
pclo outro ou por cle,
rellete
0
modo como sao as coisas.
Dc certo modo, a intimidade emocional nunca e
urn
problem
se
sente pouco a ontade quando esta assistindo aTV perro
dos
se
e surge uma cena de amor ou um rclacionamento emocional ent
e mho. Ou
enHio,
quando outras pessoas se comportam de m
demonstrativa com
de
ou entre clas, cle fica urn pouco tenso e se
Nao chega a incomoda-Io, mas
algo
parece levemente erra
preferiria nao experimentar as l i m i t a ~ e s realmente nocivas
decisao
de
roteiro, antes da epoca
em
que estiver sentindo um
t r ~ o
sexual por uma mulher.
Lcmbre-se de que,
ao
nfvel da c r i a ~ a o inconsciente da realid
pr6pria sobrevivencia depende
de
nao ter sucesso e de nao cheg
~ ~
\ ~ ~ _ ~ o ~ r : . ; ; \ c : : . : 3 . : : : . r . ; ; . \ l - : : e t - ; \ J :
\s o t \ ~
O
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
26/111
4 Parte 1 - Reexaminando
0
Pape/ da Astrologia
Paradoxalmente, a s a t i s f a ~ a o emocional e vista, nesse mvel, como uma
m e ~ que pode abrir
0
pilnico ca6tico e desestrulurado. A parte de sua
mente que esta gravada pclo roteiro pcnsa que, cusle
0
que custar, para
protege-Io e assegurar que sobreviva, ela precisa evitar que ele tenha
sucesso e que chegue perto das pessoas. Ela nao pode impcdi-Io de se
apaixonar-pclo menos
eo
que supomos, pois estamos prcsumindo um
desenvolvimento "neur6tico normal", nao uma patologia
grave-
mas cIa
fani
f o r ~ a
para que ele s6 sc apaixone por mulheres que iran rejeit:1-lo ou
que nao sao adequadas em alguma outra coisa. Ele vai tomar muito cui
dado para nao se apaixonarporuma mulherque 0 amee com quem nao
haja obstaculos para urn relacionamento fntimo.
medida que Joao cresce, sabe conscientemcnte que 0 caminho
que deve seguir no mundo C0 do trabalho duro e da c o n s i d e r ~ o para
com os outros. Ele c considerado e confi
-
7/24/2019 A Astrologia Da Escolha
27/111
36 Parte
1 -
Reexaminando
0
Pape/ da Astr gia
Urn conjunto tfpico de respostas e dado a seguir, extra ldo de urn
cliente que tern lido uma vida muito pouco realizadora por causa de
urn forte senso de inferioridade, apesar de se comportar de maneira
confian