Download - 8. homilético
Homilética Podemos definir Homilética em termos bem
simples como sendo a arte de preparar pregar
sermões. A Homilética é uma ciência que ensina os
princípios fundamentais dos discursos em público,
que proclamam o ensino da verdade divina em
reuniões regulares para o exercício do culto. A
Homilética é uma ciência superior, da qual a retórica,
a lógica e outras ciências humanas são tributárias. A partir do século XVII a oratória
sacra ou retórica sacra passou a se chamar Homilética.
A palavra "homilética" deriva-se do grego "homilétike”, que significa o ensino em
tom familiar. Da mesma origem aparece o verbo "homileo" que quer dizer conversar, do
qual se derivou o termo "homilia". As homilias além de familiares eram didáticas e
expositivas e tiveram sua evolução prática acompanhando o desenvolvimento da igreja.
Enquanto a retórica (ou oratória) é usada para identificar o discurso profano, a
Homilética visa identificar o discurso sacro, religioso e cristão.
Temos que aprender esta arte para não fazermos como muitos que lêem o texto,
saem fora do texto e nunca mais voltam para o texto. Exemplo: Ler sobre o Dilúvio e
pregar sobre o fogo. É importante para termos autoridade e domínio próprio sobre o
que estamos falando.
Imagem disponível em http://www.publicdomainpictures.net 22/ 11 / 2011 – Imagem de um
Microfone, atualmente o pregador desfruta de todo tipo de tecnologia para pregar o Evangelho.
Aquilo que para nós é um simples microfone, pregadores de outras épocas tinham que se virar
sem eles.
I. COMO PREPARAR A MENSAGEM
Onde encontramos o assunto?
a. Na meditação da Palavra.
b. Em literaturas evangélicas.
c. Ouvindo mensagens e conversas edificantes.
d. Na oração.
Quando devemos preparar a mensagem?
a. Comece a meditar (hoje, imediatamente e procure anotar os pontos).
b. Um dia antes de pregar a mensagem, ajunte os pontos para fazer o esboço.
c. No dia de pregar a mensagem fique orando e meditando até o momento de entregar
o sermão.
O que fortalece a mensagem?
Oração (orar o dobro do tempo da mensagem) nunca saia do púlpito querendo elogios
pois a glória pertence somente a Deus.
Organização do Esboço.
Esboço é colocar as notações em ordem lógica. É a formação sistemática dos
assuntos, observando uma escala crescente nos assuntos; do ponto mais fraco para o
mais forte.
Nota: Organização sem conteúdo é como esqueleto sem carne. Conteúdo sem
organização é como carne sem esqueleto.
Formação do Esboço Simples
Exemplo:
Tema: O Amor de Deus me Constrange
Introdução
I – Ponto 1 -
Porque me ama de forma incondicional (Ponto 1)
II - Ponto 2-
Porque seu amor perdoou meus pecados (Ponto 2)
III - Ponto 3 -
Porque nunca fui amado assim (Ponto 3)
Conclusão
De uma forma lógica, a pessoa que está preparando um sermão deve primeiro
ler a Bíblia, e depois extrair do próprio texto o tema e os pontos do seu sermão. Muitas
pessoas têm idéias e criam temas e títulos, e só depois vão procurar encaixar os
versículos (aí não dá).
Formação de Esboço mais complexo
Tema ------------
Introdução -------------
I – Ponto 1 Tese primária ou assunto de primeira importância
Sub Ponto 1 - Tese secundária ou assunto de segunda importância
Sub Ponto 2 - Tese terciária ou assunto de terceira importância
II – Ponto 2 Tese primária ou assunto de primeira importância
Sub Ponto 1 - Tese secundária ou assunto de segunda importância
Sub Ponto 2 - Tese terciária ou assunto de terceira importância
IIII – Ponto 3 Tese primária ou assunto de primeira importância
Sub Ponto 1 - Tese secundária ou assunto de segunda importância
Sub Ponto 2 - Tese terciária ou assunto de terceira importância
Conclusão ----------
II. OS DEZ MANDAMENTOS DO PREGADOR
1º Introdução Ilustração: Chamar a atenção, Citar o tema
2º Exposição do Texto: Se não expomos a Bíblia para o povo nós perdemos o poder.
Tem que ter explicação da Bíblia em cada mensagem.
3º Aplicação: O que Deus está querendo de mim em passos práticos. Qualquer
assunto tem que ter como eu posso responder como eu posso colocar em prática.
4º Ilustrações: Uma ilustração para cada ponto principal: obs. Pode ser bíblica e
extrabíblica.
5º Tema: um tema só (com mínimo de palavras possível)
6º Contato de olhos: cria uma ligação entre nós e os ouvintes
7º Esboço: tem que ser claro para que todos possam entender.
8º Voz: deve variar em tom alto e baixo de acordo com o que nós queremos enfatizar.
9º Gestos: devem ser naturais.
10º Conclusão: 1º. Recapitular o que foi dito. 2º. Levar as pessoas a uma decisão.
Áreas da Homilética:
1- Mensagem (conteúdo); 2o.Sermão (forma ou modo de comunicar a mensagem);
3o.Pregador (homem e seu caráter)
Obs.: Na homilética você trata com o sermão assumindo que você já tenha algo
para comunicar.
Definição: Pregação é a comunicação da verdade aos homens através do homem.
Você pode pregar a mensagem mais bonita, mas se não comunicou, você falhou.
III. O QUE É ESSENCIAL PARA SER UM PREGADOR
Caráter. Para ser um bom pregador deve ser um bom homem, pois a pregação
não é tarefa de uma hora, mas a manifestação de uma vida. Isso é mais uma
coisa natural dele e não como um artista que só aparece no palco para fazer
uma peça.
Conhecimento. O pregador de entrada tem que ter conhecimento, ele tem que
ler senão vai esgotar os seus recursos e então ele só vai ficar repetindo a
mesma coisa. Você tem que ler constantemente, não pode parar. Muitos tipos
de profissões precisam estar lendo para se atualizar. Onde adquirir
conhecimento?
Bíblia
Livros, vários tipos, selecionar o que lê. Tenho que ler os livros na área em
que eu sinta mais fraco. Ler Livro sobre assuntos que eu vou pregar.
Seus irmãos. Conversando, digo conversação sobre a Bíblia, isso ajuda a
pensar.
Confiança. É eu ter convicção que Deus vai me usar.
Capacidade. O alvo é tirar os impedimentos e fazer você ser você mesmo.
IV. COMO O PRELETOR DEVE COMPORTAR-SE NA PLATAFORMA DURANTE A MENSAGEM
Contato com o auditório
Alvo. Fazer com que o ouvinte sinta que é com ele diretamente que você está falando.
Ele no caso passa a ser um participante e não somente um expectador.
Olhos. Olhar diretamente nos olhos.
Gestos. Ajuda-nos a manter a ligação com a pessoa. Fazer o que é necessário
para manter a ligação com a pessoa. Exemplo: quadro-negro, retro projetor, esqueleto
o que você precisar.
Postura
Ficar em pé, ereto, mas sem rigidez, estar à vontade sem relaxar, as mãos ao
lado do corpo, pés para frente.
1o. O alvo é manter a atenção, transmitir pensamentos e emoções. Dar ênfase
ás palavras, se você se movimenta sempre a mesma coisa perde o seu valor.
2o.Tipos de movimentos: a. Lateral: usa quando se muda de um ponto para
outro; b. Para frente: Dá a idéias de ênfase e intimidade; c. Para trás: Dá a parecer que
está terminando a idéia.
3o.Quantidade de movimento. Depende do tamanho do auditório e do assunto.
4o.Subindo e descendo da Plataforma. Ansioso para chegar e começar, ir com
passos firmes mostrar confiança e vontade. Só ajunta suas coisas no púlpito depois
que acabar a mensagem e não quando está falando ainda.
Gestos.
1o.A motivação dos gestos deve ser interior e exterior, Obs. Não deve planejar seus
gestos.
2o.Valor dos gestos. a. Gera energia mental e a mente fica mais a vontade também. b.
Ajuda a comunicar as suas idéias. c. Prende a atenção do auditório.
3o.Característica dos gestos. a. Natural. b. Definido (decisivo, não fazer gestos pela
metade). c. Deve ser apto adequado (o gesto tem que caber dentro do assunto). d.
Evite repetições.
4o. A quantidade dos gestos varia de acordo com o auditório e o assunto.
V. DIVISÕES DO SERMÃO
Nas divisões do Sermão estudamos as partes do esqueleto, que é o corpo do
sermão dividido e subdividido.
As divisões podem ter subdivisões quantas necessárias, e precisam de um elo de
ligação, de modo que sejam distintas e conservem a ordem lógica.
As divisões e subdivisões devem ter tríplice exposição: explicação, prova e
aplicação. (que são o princípio, o meio e o fim.)
Requisitos para a elaboração das divisões
Uniformidade: Uma só forma.
O sermão deve ser invariável nas suas divisões; A divisão principal do esboço deve
ter relação uniforme com a outra divisão; Todas as divisões devem possuir uma relação
com o Tema (ou assunto) do Sermão.
Se a forma dada ao Sermão for tópica ou textual, todo o Sermão deve ser desenvolvido
nessa forma.
Simetria: Resultado da pertinência ou ligação existente entre os pontos.
É a harmonia resultante de certas combinações e proporções regulares. Seria a
harmonia existente no esboço do sermão, ligando as idéias de cada divisão ao tema ou
assunto proposto. As divisões, ainda que distintas, devem harmonizar-se com o seu
propósito e tema.
Os pontos principais (ou divisões principais) podem ser opostos, mas deve harmonizar-
se com o tema e o propósito do Sermão.
Transição: O ponto de passagem de um ponto para o outro.
Serve para evitar um salto precipitado ou a passagem brusca de um ponto para o
outro. Leva o ouvinte a acompanhar sem dificuldades o progresso do Sermão. Ajuda o
pregador a permanecer no controle da exposição do Sermão sem perder o fio da
meada e prende o interesse dos ouvintes. Deve ser feita por um processo lógico, isto é,
cada ponto ou pensamento passa para outro ponto, mas devidamente relacionado com
o ponto anterior e posterior.
Pertinência: É a ligação existente no esboço que trará a harmonia.
Podemos observá-la como sendo a ligação que deve existir entre os pontos
principais e entre estes e o tema.
O assunto exposto do começo do sermão deve ser o mesmo até o fim.
Para que haja pertinência nas divisões, é necessário que o sermão tenha um só tema,
um só propósito e uma forma de elaboração.
VI. O SERMÃO
Passos na preparação do sermão
A escolha do texto.
Temos que pregar a palavra de Deus e não idéias ou experiências. O que determina a
escolha do texto?
A.. A condição espiritual do povo.
B. As mensagens já pregadas.
C. A ocasião ou época.
D. A ordem natural de um livro da Bíblia.
Você vai interpretar o livro melhor depois, e às vezes ele está construindo uma lógica.
O povo vai conhecer a Bíblia melhor. Força você a dar uma alimentação mais
equilibrada, porque você força a tocar em um assunto que não iria tocar. É bom para o
seu conhecimento, você será forçado a estudar um assunto que talvez nunca estudou.
Interpretação do Texto
Existem 8 regras de interpretação, que são universais, para a interpretação de qualquer
documento:
1o.Regra de Definição. Todos os termos devem ser definidos, pois se você não
entender uma palavra como poderá entender o texto todo. Não deve ser a nossa
definição, tem que ser a definição literal da palavra.
2o.Uso. A Bíblia foi escrita primeiro aos judeus de forma que suas expressões devem
ser interpretadas segundo o uso Hebraico. Ex. Quando Jesus disse: Antes de Abraão
Eu Sou, isto queria dizer que Ele era Deus, pois Eu Sou era Jeová.
3o.Contexto. Cada palavra pode ser interpretada sozinha, mas de acordo com o seu
todo, ou seja, em termos pré postos e pós postos formadores de contexto (Você não
deve pegar uma palavra ou frases isoladas para se expressar).
4o.Fundo Histórico. A interpretação teológica no pode ser separada da pesquisa
Histórica quando se tem em mente o que estava na mente do autor quando escreveu o
livro, pode-se interpretar o conceito exato da escritura.
5o.Regra de Lógica. A interpretação é apenas raciocínio lógico sob a orientação do
Espírito Santo. A Bíblia quer dizer exatamente o que declara e deve ser interpretada
como se lê.
6o.Regra de Precedência. Não se deve violar o uso de uma palavra inventando outra
que não tenha precedente (temos que ver o que os outros termos dizem sobre a
palavra).
7o.Regra de Unidade. Não pode haver contradição dentro de um documento.
8o.Inferência. Uma inferência é aquilo que se deduz de outro fato. É uma conseqüência
razoável. Ex. O Cristão não fuma por que chegamos a esta conclusão.
Escolher o Tema
1o.Escreva o tema em poucas palavras. (uma coisa definida e clara)
2o.Não fale nada no sermão que não desenvolva o tema.
Juntar material para o sermão.
Meditação, pesquisa, criatividade, reflexão. Junte tudo o que você acha que
pode precisar e escreva tudo o que vem a sua mente sem se preocupar com a ordem.
Temos que sentar e pensar.
1o.Espere a voz do Espírito Santo (Temos que ter a paciência para esperar).
2o.O que eu já ouvi sobre este assunto, ou o que eu já li sobre o assunto.
3o.O que eu tenho experimentado na minha vida (aqui você escreve tudo o que vem na
sua mente).
4o.Agora você deve procurar outras fontes de informações. Chave Bíblica, comentário,
livro, artigos, é por isso que você precisa ler constantemente. Devemos ser um bom
mordomo daquilo que Deus fala conosco, temos que escrever.
Organizar o material
Tendo o material é preciso por em uma ordem lógica para ser fácil de entender e fácil
de se lembrar.
1o.Escolha os pontos principais (sempre com o tema em mente).
2o.Escolha os sub pontos para explicar e ampliar os pontos principais.
Nota: Nesta hora esquecemos tudo e só tratamos este ponto só devo ter este ponto em
mente.
Achar ilustração para cada ponto principal.
A melhor fonte é sua memória. (lembrando que se não tiver ilustração não precisa ficar
procurando uma que se encaixe de qualquer jeito)
Preparar a conclusão
1o.Devo incluir: recapitulação (tocar nos pontos principais sem entrar em pormenores).
2o.Devo incluir: Algum tipo de apelo onde se aplica na vida prática. Levar a pessoa a
tomar uma decisão.
Nota: Perigos no apelo. Não devo ser muito comprido. Não deve introduzir novo
assunto.
Preparar a Introdução
Só agora você prepara a introdução, porque só agora você sabe exatamente o que vai
falar. O que eu posso dizer que vai citar o tema e chamar a atenção.
VII. PRINCÍPIOS DE COMUNICAÇÃO
A pregação é a comunicação da verdade aos homens através dos homens. Para
haver uma comunicação perfeita é preciso tirar algumas barreiras. 1o.No pregador;
2o.Na mensagem; 3o.No ouvinte.
Barreira no pregador que impede a comunicação. Aparência; Falta de ensino e Mau
Testemunho (pecado).
Barreira na mensagem que impedem a comunicação. Vocábulo errado; Português
errado; Falta de ordem: sem seqüência lógica; Nós podemos falar as coisas certas,
mas sem ordem e seqüência. O povo não pode entender; Falta de clareza: Devemos
ser exageradamente claro.
Barreiras no ouvinte. Desinteresse; Falta de atenção; Preconceito sobre o assunto, ele
interpreta tudo de maneira diferente; Egoísta. Mesmo que ela entende, ela resiste e
não põe em prática.
VIII. TIPOS DE SERMÕES
Sermão temático
Sermão temático é aquele cujas divisões principais derivam do tema, independente
do texto. O Sermão Temático não requer um texto como base de sua mensagem, isso
não significa que a mensagem não seja bíblica, mas apenas que a fonte do Sermão
temático não é um texto bíblico.
Devemos principiar com um assunto ou tópico tirado da bíblia e cada divisão deve
apoiar-se numa referência bíblica, em geral, versículos extraídos de porções bíblicas
mais ou menos distantes umas das outras.
O Sermão Temático contém uma idéia central, em outras palavras trata de um só
tema.
A escolha dos temas
Devemos buscar a direção do Senhor, que no-la dará à medida que passarmos tempo
em oração e meditação na Palavra de DEUS. Certas condições existentes numa
congregação devem indicar a necessidade ou conveniência de um tópico apropriado às
circunstâncias.
O que observar na preparação de um esboço temático
1. As divisões principais devem vir em ordem lógica ou cronológica. Devemos ter como
alvo desenvolver o esboço em progresso lógica ou cronológica, que será determinada
pela natureza do tópico.
2. As divisões principais podem ser uma análise do tópico. A análise do tópico deve ser
dividida em suas partes básicas e cada divisão do esboço deve contribuir para a
inteireza da apresentação do tema.
3. As divisões principais podem apresentar as várias provas de um tema. Cada
afirmativa nas divisões principais reforça o tema.
4. As divisões principais podem tratar de um assunto com algo a que se relacione na
Bíblia.
5. As divisões principais podem ser repetições de uma palavra ou frase tirada da
Escritura.
6. As divisões principais podem ter apoio de uma palavra ou frase bíblica. Emprega-se
a mesma palavra ou frase bíblica, não no esboço, mas na substanciação da afirmativa
de cada divisão.
7. As divisões principais podem consistir num estudo de palavras que mostre os
diversos significados de certa palavra ou palavras nas Escrituras.
Tal estudo pode ser um exame do original, a fim de descobrir essa palavra no grego ou
no hebraico.
8. As divisões principais não devem apoiar-se em textos de prova fora do contexto. Se
empregarmos um texto tirado do seu contexto, deve o pregador tomar o devido cuidado
para que cada passagem bíblica citada em apoio de sua afirmação contida no esboço
seja usada exatamente de acordo com o propósito óbvio do seu autor.
Vantagens do sermão temático
A preparação de esboço temático possibilita um conjunto de mensagens sobre algum
assunto.
1. Facilita a divisão do assunto.
2. Dá maior unidade ao Sermão.
3. Oferece maior campo de ação para desenvolver o tema.
4. Adestra a mente do pregador a análise lógica.
5. Ajuda o pregador a resolver às necessidades e problemas atuais dos ouvintes.
6. Ajuda o pregador a fazer um estudo mais adequado do tópico.
Desvantagens do sermão temático
1. Corre o perigo de ser montado e pregado sem referência bíblica.
2. Mesmo sendo importante o assunto do sermão ele pode ser discorrido de início ao
fim sem abrir a Bíblia.
3. Pode receber seu título da Bíblia, no entanto pode trazer uma mensagem contra o
ensino bíblico.
Definição do sermão textual
Sermão Textual é aquele em que as divisões principais são derivadas de um texto
constituído de uma breve porção da Bíblia. Cada uma dessas divisões é usada como
uma linha de sugestão, e o texto fornece o tema do sermão.
As linhas principais de desenvolvimento são tiradas do próprio texto, o esboço
principal mantém-se estritamente dentro dos limites do texto, que pode ser apenas uma
linha de um versículo bíblico, ou um versículo todo, ou até mesmo dois ou três
versículos.
As divisões principais do esboço textual devem provir do próprio texto, mas o
desenvolvimento pode proceder ou do texto ou de outras porções bíblicas.
O texto fornece o tema do sermão, que indicará a idéia dominante da mensagem.
O que observar na preparação de esboços textuais
1. O esboço textual deve girar em torno de uma idéia principal, e as divisões principais
devem ampliar ou desenvolver essa idéia. O pregador deve descobrir a idéia
dominante do texto e derivar as divisões principais, que se transforma numa ampliação
ou desenvolvimento do assunto. As divisões principais de alguns textos são tão óbvias
que teremos pouca ou nenhuma dificuldade em encontrar o seu relacionamento com
uma idéia dominante.
2. As divisões principais podem consistir em verdades ou princípios sugeridos pelo
texto. O esboço do sermão textual não precisa consistir em uma análise do texto, as
verdades sugeridas pelo texto podem formar as divisões.
3. Dependendo da perspectiva da qual examinamos, é possível encontrar mais de um
tema ou idéia dominante em um texto, mas cada esboço deve desenvolver somente
um assunto. Por meio do método de “abordagem múltipla" podemos examinar o texto
de diversos ângulos, usando uma idéia central diferente em cada caso, e assim
conseguir mais de um esboço para determinado texto.
4. As divisões principais devem estar em seqüência lógica e cronológica. As divisões
principais, embora nem sempre necessário, devem indicar um desenvolvimento
progressivo de pensamento.
5. As próprias palavras do texto podem formar as divisões principais do esboço, uma
vez que elas se referem a um tema principal. Muitos são os textos que se prestam a
um esboço óbvio. Exemplo: João 14:6.
Título: “O único caminho que leva a Deus”
I - Através de Jesus, o caminho.
II - Através de Jesus, a verdade.
III - Através de Jesus, a vida.
Como estudantes devemos evitar esboços fáceis e concentrar nossos esforços em
textos que desafiarão o pensamento na elaboração de esboços.
6. O contexto do qual se tira o texto deve ser cuidadosamente observado e com ele
relacionado. É fundamental o relacionamento do texto com o seu contexto, para não
ocorrer distorções da verdade ou na incompreensão total da passagem. Textos
extraídos de porções históricas da Escritura também perdem sua significação, a menos
que se estude com cuidado o relacionamento que têm com o contexto.
7. Alguns textos contêm comparações ou contrastes que podem ser mais bem tratados
ressaltando-se suas similaridades ou diferenças propositais. O tratamento de textos
desse tipo dependerá de uma observação cuidadosa do conteúdo do versículo em
questão.
8. Dois ou três versículos de partes diferentes da escritura podem ser reunidos e
tratados como se fosse um único texto. Em vez de usarmos alguns desses versículos
para apoiar a primeira divisão principal e o restante para sustentar a segunda, unimo-
los como se fossem um único texto, e dessa combinação extraímos as divisões
principais. Isto deve ser feito somente quando os versículos têm um relacionamento
definido. Feita corretamente, uma mensagem textual desse tipo torna-se um meio
valioso de reforçar a verdade espiritual.
Série de sermões textuais
Mediante a escolha de um tema geral e vários textos que tratam dele, mensagens
textuais podem ser facilmente dispostos em série.
Esse tipo de pregação em ordem dá continuidade de pensamento aos Sermões e pode
despertar muito interesse quando adequadamente dispostos e desenvolvidos.
Conclusão
A formulação do esboço textual muitas vezes requer exame cuidadoso das divisões
naturais do texto, criará com o tempo a habilidade de descobrir o esboço oculto no
texto, além de familiarizar-se mais e mais com preciosas porções da Palavra de Deus.
Sermão Expositivo
O Sermão Expositivo é o modo mais eficaz de pregação, pois com o tempo produz
uma congregação cujo ensino é fundamentado na bíblia. Ao expor a Escritura o
pregador interpreta a verdade bíblica.
Sermão expositivo é aquele em que uma porção mais ou menos extensa da
Escritura é interpretada em relação a um tema ou assunto. A maior parte do material
desse tipo de sermão provém diretamente da passagem, e o esboço consiste em uma
série de ideias progressivas que giram em torno de uma idéia principal. A passagem
pode ter poucos versículos ou um capítulo inteiro ou até mais. O Sermão Expositivo
gira em torno de um tema extraído de vários versículos em vez de um único ou até
mesmo dois.
Os detalhes do texto devem ser corretamente explicados e devem fornecer o
material principal do sermão. As subdivisões e as divisões derivam do mesmo trecho
bíblico. O próprio gênio da pregação expositiva é tornar o significado mais claro e
simples das Escrituras, mostrando que a verdade é aplicável aos dias de hoje.
Diferença entre sermão textual e expositivo
O Sermão Textual permite que o pregador tire as subdivisões do esboço de
qualquer parte da Escritura, já o expositivo obriga o pregador a extrair as divisões e
subdivisões da mesma porção a ser exposta, o corpo de pensamento provém
diretamente do texto, e o sermão e definitivamente interpretativo.
Mensagens erradas que surgem em torno do sermão expositivo
Homilia Bíblica: Comentário de uma passagem bíblica, longa ou curta, explicada e
aplicada versículo por versículo, ou frase por frase.
Preleção exegética:: Comentário detalhado de um texto, com ou sem ordem lógica ou
aplicação prática.
O que observar na preparação de esboços expositivos
1. Devemos estudar cuidadosamente a passagem bíblica sob consideração a fim de
compreendermos o seu significado e obtermos o assunto do texto. Uma vez que
obtivermos o tema da passagem o esboço se simplifica. O pregador adquirirá uma
visão nova quanto ao propósito da passagem.
2. Palavras ou frases importantes do texto podem indicar ou formar as divisões
principais do esboço. Algumas dessas palavras ou frases têm a finalidade de indicar à
transição de uma idéia importante a outra.
3. A ordem do esboço pode ser diferente da ordem, da unidade expositiva. É bom, mas
nem sempre é necessário que as divisões principais e subdivisões sigam a ordem
lógica ou cronológica que aparecem nos versículos bíblicos.
4. As divisões principais podem ser extraídas das verdades importantes sugeridas pela
passagem.
Consistem nas principais verdades ou lições espirituais que os fatos parecem sugerir
ou exemplificar.
5. Duas ou três passagens mais ou menos extensas, extraídas de várias partes da
Bíblia, podem ser ajuntadas para formar a base de um esboço expositivo. Quando duas
ou três passagens, breves ou extensas, possuem uma relação clara, podem ser
tratadas como se fosse uma unidade. Os sermões biográficos muitas vezes são
constituídos em linhas similares.
6. Através da abordagem múltipla, podemos analisar uma passagem bíblica de várias
maneiras e tirarmos dois ou mais esboços inteiramente diferentes do mesmo trecho.
Esse método é aplicável tanto ao tratamento de versículos isolados como a uma
unidade expositiva. Mediante abordagem múltipla, podemos produzir diferentes
esboços da mesma passagem, cada esboço baseando-se numa idéia dominante.
7. Note o contexto da unidade expositiva. A consideração pelo contexto, imediato e
remoto, ajudar-nos á materialmente na compreensão de certa passagem, e nos
capacitará a vê-la em sua luz correta.
8. Examine o contexto histórico e cultural da passagem, sempre que possível. Muitas
passagens bíblicas não podem ser adequadamente compreendidas fora de seu
contexto histórico e cultural, devemos examinar as porções históricas que se
relacionam intimamente e seu ambiente cultural e geográfico.
9. Os detalhes do texto devem ser tratados corretamente, mas não exaustivamente. No
sermão expositivo é necessário interpretar a Escritura, aclarando o seu significado e
propósito à congregação. O pregador deve introduzir apenas os detalhes pertinentes
ao tema de sua mensagem.
10. As verdades do texto devem relacionar-se com o presente. O pregador deve,
portanto certificar-se de que interpreta a Bíblia e ao mesmo tempo extrai dela verdades
de aplicação prática aos membros de sua congregação.
Erros cometidos por pessoas que desejam ministrar sermões expositivos
Alguns se perdem no acúmulo de detalhes na exegese e não conseguem ver a
mensagem principal do texto. Outros gastam demasiado tempo na aplicação. Alguns se
desviam da passagem a ser exposta e divagam por algum tempo antes de voltar ao
texto em mão. O erro mais sério é não interpretar a passagem corretamente.
Série de sermões expositivos
O método expositivo serve bem para o desenvolvimento de uma série de mensagens.
A exposição mais comum é sobre um livro da Bíblia.
Conclusão
O método expositivo é o modo mais simples de pregar, pois todos os materiais básicos
estão contidos na passagem a ser exposta. Ele assegura um melhor conhecimento das
Escrituras da parte do pregador e dos ouvintes, exige que os sermões tenham mais
verdade bíblica pura e mais perspectivas escriturísticas das coisas.
BIBLIOGRAFIA
BLACK, Wood A. W. A Preparação de Sermão. Rio de Janeiro: JUERP, 1984.
BRAGA, James. Como Preparar Mensagens Bíblicas. São Paulo: Editora Vida,
1999.
LLOYD – JONES, D. Martyn. Pregação e Pregadores. São Paulo: Editora Fiel,
1986.
AVALIAÇÃO
OBS: Prefira responder usando suas palavras (seu entendimento)
Digitalizar e entregar para o professor
Nome do aluno (a) : ___________________________________
Núcleo de: ______________________________ Data: ___/___/___
1) O que é homilética?
2) Por que é importante estudar homilética?
3) Quais os passos para preparar uma mensagem?
4) Cite 6 mandamentos do pregador.
5) O que é preciso para ser um pregador?
6) Como deve ser o comportamento do pregador na plataforma?
7) Explique as regras de interpretação na preparação do sermão.
8) Quais as barreiras que o pregador precisa vencer?
9) Explique os três tipos de sermões.
10) Faça um esboço de sermão temático e um textual.