O controle qumico do encfalo e do comportamentoJAIME LIN
IntroduoO conhecimento da organizao das conexes sinpticas essencial para a compreenso do funcionamento do encfalo. A maior parte das conexes que descrevemos at aqui extremamente precisa e especfica Alm da preciso anatmica, a comunicao ponto-a-ponto nos sistemas motores e sensoriais requer mecanismos que restringem a comunicao sinptica a fenda entre o terminal axonal e seu alvo.
IntroduoAlm disso, a transmisso deve ser extremamente rpida para permitir respostas rpidas a novas informaes sensoriais aferentes.
Para isso, nessas sinapses, apenas quantidades muito pequenas do neurotransmissor so liberadas e essas so rapidamente degradadas, ou recaptadas.
IntroduoDiversos mecanismos asseguram que a transmisso sinptica seja bem delimitada, tanto no tempo quanto no espao presena de auto-receptores pr-sinpticos que detectam a presena do neurotransmissor e limitam a sua liberao
presena de receptores especficos
Existem, no entanto, sistemas que permitem a comunicao de certos neurnios com centenas e milhares de outras clulas
IntroduoEsses sistemas dispersos, atuam de forma relativamente lenta, apresentando aes amplas e duradouras sendo capazes de orquestrar comportamentos inteiros. Trs componentes do sistema nervoso que atuam de forma expandida Hipotlamo secretor Sistema neurovegetativo Sistemas modulatrios de projeo difusa do encfalo
Hipotlamo secretorAtravs da liberao de substncias qumicas na correnta sangunea, o hipotlamo secretor influencia funes no encfalo e no corpo todo
Sistema neurovegetativoEmpregando extensas interconexes distribudas pelo organismo, o SNV controla simultaneamente as respostas de muitos rgos internos, vasos sanguneos e glndulas.
Sistemas de projeo difusa do encfaloAnatomicamente restrito ao sistema nervoso central consistindo em diversos grupos celulares inter-relacionados e diferindo basicamente em funo do neurotransmissor utilizado. Atuam regulando funes complexas como o nvel de alerta, humor, aprendizagem
O hipotlamo O hipotlamo, situa-se logo abaixo do tlamo, ao
longo das paredes do terceiro ventrculo. Est conectado por um pednculo glndula hipfise. Embora seja adjacente ao tlamo dorsal que situa-
se no caminho de todas as vias ponto-a-ponto em direo ao neocrtex, possui funes completamente diferentes.
O hipotlamo O hipotlamo, constitudo por substncia cinzenta,
o principal centro integrador das atividades dos rgos viscerais, sendo um dos principais responsveis pela homeostase corporal
Sistema endcrino Sistema neurovegetativo Sistema lmbico
O hipotlamo Ele faz ligao entre o sistema nervoso e o sistema
endcrino, atuando na ativao de diversas glndulas endcrinas o hipotlamo que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balano de gua no corpo, o sono e est envolvido na emoo e no comportamento sexual Tem amplas conexes com as demais reas do encfalo.
O hipotlamo O hipotlamo desempenha, ainda, um papel nas
emoes
Partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva Poro mediana parece mais ligada averso, ao desprazer e tendncia ao riso (gargalhada) incontrolvel
A regulao hipotalmica da homeostase1.
Resposta humoral
Neurnios hipotalmicos respondem a sinais sensoriais estimulando ou inibindo a liberao de hormnios hipofisrios na corrente sangnea
2. Resposta vscero-motora Neurnios no hipotlamo respondem a sinais sensoriais ajustando o balano de atividades simptica e parassimptica do sistema neurovegetativo (SNV) 3. Resposta somtico-motora Neurnios hipotalmicos, respondem a sinais sensoriais estimulando uma resposta somtico-motora apropriada
HIPOTLAMO
responsvel pela manuteno do ambiente interno do organismo dentro de estreitos limites fisiolgicos (homeostase) em resposta a mudanas no ambiente externo, integrando respostas somticas e viscerais. Exemplos: controle da presso sangnea, volume, salinidade, acidez, concentrao de oxignio, glicose no sangue, etc.
O hipotlamo situa-se no diencfalo
Telencfalo
Corpo caloso Dienceflo Mesencfalo
Ponte Cerebelo
Bulbo
HIPOTLAMOMedula
HIPOTLAMOUma massa de substncia cinzenta situada lateralmente ao III Ventrculo.
Colunas longitudinaisrea periventricular Hipotlamo medial Hipotlamo lateral
reas rostro-caudaisrea pr-ptica Hipotlamo anterior Tuberal Hipotlamo posterior (Mamilar)
Estrutura e conexes do hipotlamo1.
Zonas lateral e medial
Apresentam extensas conexes com o tronco cerebral e o telencfalo regulando o comportamento
2. Zona periventricular Localizada bem prximo ao terceiro ventrculo possui uma complexa mistura de neurnios: Ncleo supraquiasmtico: recebe inervao direta da retina, sua funo sincronizar os ritmos circadianos no ciclo dirio claro-escuro Controle do SNV: regulam eferncias simpticas e parassimticas aos rgos viscerais Neurnios neurossecretores: Em direo a hipfise
Conexes do HipotlamoMuitas aferncias Muitas eferncias Local de integrao e processamento
FUNES INTEGRATIVAS DO HIPOTLAMORegulao do SNV Regulao do sistema endcrino Regulao da Ingesto de alimentos Regulao da Ingesto de gua Regulao da diurese Termorregulao Regulao do comportamento emocional Controle do sono e viglia
Principais fibras hipotalmicas aferentes1.
Fornix
Neurnios do subculo e hipocampo (maior aferncia)
2. Feixe prosenceflico medial Fibras que trafegam no sentido rostro caudal atravs da rea hipotalmica lateral Contm fibras ascendentes e descendentes que interconectam os ncleos septais (ncleo accumbens, hipotlamo e mesencfalo)3. Fibras Amgdalo-hipotalmicas Amgdala hipotlamo
Como os sinais qumicos (humorais) chegam ao hipotlamo?
rgos circunventriculares. Vrias substncias passam a barreira hematoenceflica e chegam da circulao para o SNC agindo sobre hipotlamo.
Conexes descendentes do hipotlamo que influenciam o SNV
Corpo Caloso TALAMO
N. paraventricular N. dorso-medial N. supra-ptico N. ventro-medial
T. mamilo-talmico
N. posterior
Corpo Mamilar
N. arqueado Quiasma ptico Haste infundibular
Fascculo longitudinal dorsal e outros feixes descendentes
Adenohipfise Neurohipfise
Controles do hipotlamo
Aferentes viscerais
NCLEOS HIPOTALMICOS
4Hipfise
Ncleos do Trato Solitrio
1 2
3SNA
rgos Alvo
Ncleos do tronco enceflico
Neuronios Pr-ganglionares
1) Ncleo do Trato Solitrio 2) Bulbo Ventral 3) Medula 4) Hipfise
Neurnios hipotalmicos neurossecretores
O hipotlamo possui neurnios que secretam neuro-hormnios - Clulas neurossecretoras magnocelulares: ocitocina e vasopressina (neurohipfise) - Clulas neurossecretoras parvocelulares: vrios hormnios do sistema endcrino (adenohipfise)
N. paraventricular
N. supra-optico
N. arqueado
Corpo mamilar
Eminncia mediana Infundbulo
ADENOHIPFISE
NEUROHIPFISE
VIA DIRETA A vasopressina (ADH) e ocitocina so sintetizados em corpos celulares de neurnios magnocelulares localizados nos ncleos supra-ptico e paraventricular lateral do hipotlamo So transportados por axnios at capilares na hipfise posterior A chegada de potenciais de ao gerados nos corpos celulares causam a liberao destes peptdeos nos capilares hipofisrios, de onde vo para a circulao sistmica
VIA INDIRETA (sistema portal hipotalmico-
hipofisrio)
Corpos celulares dos neurnios parvocelulares do ncleo arqueado secretam neuropeptdeos (hormnios hipofiseotrpicos) em um leito capilar especializado no assoalho do III ventrculo Estes hormnios so levados at o lobo anterior da hipfise atravs da circulao portal hipotlamohipofisria Na hipfise, eles estimulam ou inibem a secreo de hormnios hipofisrios para a circulao geral
Esses neurnios hipotalmicos, ao invs de fazer sinapse nervosa, sintetizam e liberam os seus mediadores na corrente sangunea.
Hormnios hipofiseotropicos
Neurormnios
Ocitocina ADH
Grande circulao
Hormnios Adeno-hipofisrios
rgos alvos
O Hipotlamo regula a atividade da hipfise
Controle hipotalmico da hipfise posteriorClulas neurossecretoras magnocelulares Emitem axnios que contornam o quiasma ptico descem pelo pednculo da hipfise e chegam ao lobo posterior da hipfise. Liberam 2 neuro-hormnios: ocitocina e vasopressina na corrente sangunea
Controle hipotalmico da hipfise posteriorOcitocina Liberada nos estgios finais do nascimento de uma criana promove a contrao uterina facilitando o parto Estimula a ejeo de leite pela glndula mamria (estmulo sensorial somtico, visual, auditivo tlamo cortex hipotlamo liberao de ocitocina)
Controle hipotalmico da hipfise posteriorVasopressina Hormnio antidiurtico: regula os nveis volumtricos e a concentrao salina no sangue Privao de gua (diminuio do volume sanguneo e aumento da concentrao salina baroreceptores do sistema cardiovascular hipotlamo vasopressina rins reteno de gua e menor produo de urina)
Hormnios da hipfise posteriorHormnio Ocitocina Alvo tero, glndulas mamrias Ao Contrao uterina, facilitando o parto, estimulao de ejeo de leite da glndula mamria
Vasopressina (ADH)
Rins
Regula os nveis volumtricos e de concetrao salina no sangue Age diretamente nos rins, levando reteno de gua e reduo na produo de urina
Controle hipotalmico da hipfise anteriorHipfise anterior Ao contrrio do lobo posterior, que uma parte do encfalo, o lobo anterior uma glndula. As clulas do lobo anterior secretam uma ampla variedade de hormnios que regulam as secrees de outras glndulas por todo o corpo sistema endcrino
Controle hipotalmico da hipfise anteriorClulas neurossecretoras parvocelulares Comunicam-se com seus alvos atravs da corrente sangunea. Esse neurnios secretam hormnios hofiseotrpicos em um leito capilar nico circulao portalhipotlamo-hipofisria. Hormnios hipofiseotrpicos ligam-se a receptores especficos na superfcies das clulas hipofisrias. A ativao desses receptores faz com que as clulas da hipfise secretem ou parem de secretar hormnios.
Hormnios da hipfise anteriorHormnio Hormnio folculoestimulante (FSH) Hormnio luteinizante (LH) Alvo Gnadas Gnadas Ao Maturao dos vulos, espermatognese Ovulao, sntese de andrognios Secreo da tiroxina (aumenta o metabolismo) Secreo de cortisol (mobiliza reservas energticas, imunossupressor, etc.) Estimulao da sntese protica Crescimento das mamas e secreo de leite
Hormnio estimulador da Tireide tireide (TSH) Hormnio adrenocorticotrpico (ACTH) Hormnio do crescimento (GH) Prolactina Crtex adrenal
Todas as clulas Glndulas mamrias
O Estresse e o Encfalo O estresse leva liberao do hormnio CORTISOL pelo crtex da adrenal As glndulas adrenais , localizadas sobre os rins, consistem em duas partes, o crtex adrenal e a medula adrenal O cortisol liberado na corrente sangnea atua em todo o organismo, mobilizando reservas de energia e promovendo a imunossupresso, preparando-nos para prosseguir frente a vrios agentes estressores (fsicos e psicolgicos) CRH = hormnio liberador de corticotropina ACTH = hormnio adrenocorticotrpico
Controle do Hipotlamo sobre a crtex da glndula suprarenal+
N. hipotalmico
Sistema LmbicoEstmulos alertantesCRH
+
G. endcrina ACTH
+
G. endcrina Cortisol
Ativao simptica Tecidos alvos+ + +
Adrenalina e Noradrenalina
Transduo neuroendcrinaNT NT NT 1) Neurnios hipotalmicos: recebem aferncias de outras regies do SNC
Processa os 2) Integram eletricamente os sinais Impulsos nervosos nervosos e respondem gerando aferentes potenciais de ao. 3) Terminais axnicos: liberam mediadores qumicos para o sangue ao invs de nas fendas sinapticas. 4) Hormnios hipotalamicos Neuro-hormonio
Impulso nervoso
Concluso: os neurnios hipotalamicos so transdutores neuro-endcrinos.
Corrente sangnea
Mecanismos pelos quais a liberao de hormnios hipofisrios podem ser controlados.
HIPOTLAMO
a) Ao indireta via neurnios de outras regies do SN (retina, sistema lmbico, crtex cerebral, do tronco e da medula;1). b) Ao de neurnios hipotalmicos (2) e extrahipotalmicos (3) c) Ao de neurnios agindo diretamente sobre a adenohipofise (4)
Regio pr-optica rgo vascular da lamina terminal Coluna periventricularDeteco de sinais qumicos para termorregulao e sede
Hipotlamo anterior N. SupraquiasmticoSincronizao de ritmos circadianos
Regio tuberal N. periventricular itermdio
Hipotlamo posterior N. periventricular posterior
N. pr-optico mediano N. pr-optico periventricular N. pr-optico periventricular antero-lateral
N. periventricular anterior N. Hipotalamico anteriorDeteco de hipertermia
N. ArqueadoMonitora adiposidade
N. Hipotalamico posteriorDeteco de hipotermia
Eminncia medianaSecreo de hormnios liberadores e inibidores da adeno-hipofise
N. ParaventricularSntese de hormnios da neurohipofise; ingesto de gua
Coluna Medial
N. pr-optico medialComportamento sexual
N. supra-opticoSntese de hormnios da neurohipofise; ingesto de gua
N. VentromedialComportamento sexual e de ingestao de alimento
N. Premamilar dorsal
rea retroquiasmtica
N. dorso-medial
N. MamilaresEstados emocionais?
N. Premamilar ventral
N. supramamilaresN. tubero-mamilaresRegulao do comportamentos de alerta
Coluna lateral
rea pre-optica lateralTermorregulao
rea hipotalamica lateralIngesto de alimento
rea hipotalamica lateralIngesto de alimento
rea hipotalamica lateralIngesto de alimento
O sistema neurovegetativo
Introduo O sistema neurovegetavivo uma extensa rede
de neurnios interconectados, amplamente distribudos nas cavidades do organismo Sistema nervoso autnomo funes neurovegetativas so normalmente executadas de forma automtica, sem controle voluntrio.
O que faz o sistema neurovegetativo (SNV)? Trabalhando em conjunto com o sistema endcrino,
o SNV a parte neural responsvel pela manuteno da homeostase fisiolgica (um ambiente interno em equilbrio) frente a condies externas em constante alterao.
O que faz o sistema neurovegetativo (SNV)? O SNV controla A atividade contrtil do msculo cardaco A musculatura lisa visceral (vasos sangneos, parede intestinal, piloeretores, etc.) Secreo pelas glndulas excrinas (glndulas salivares, sudorparas e lacrimais) Secreo pelo pncreas excrino O SNV Tem a funo de comandar todos os outros tecidos ou rgos.
Quais clulas compem o SNV? H dois grandes grupos de clulas Neurnios que residem totalmente na periferia (neurnios ps-ganglionares) Neurnios no tronco enceflico e na medula espinhal que inervam diretamente as clulas do primeiro grupo (neurnios pr-ganglionares)
Corpo celular em gnglios
O sistema neurovegetativo Neurnios pr-ganglionares vegetativos remetem
axnios via razes ventrais para terminar em gnglios autonmicos/vegetativos Neurnios ps-ganglionares enviam axnios para os nervos esplncnicos ou perifricos e formam junes neuroefetoras com o msculo liso, cardaco, glndulas secretoras, clulas metablicas e clulas do sistema imune
Quantas so as divises do SNV? Classicamente, considera-se que o SNV possui duas
divises: o simptico e o parassimptico Neurnios pr-ganglionares da diviso simptica estendem-se do primeiro segmento espinhal torcico aos segmentos lombares mais inferiores (T1 a L2-3) Neurnios pr-ganglionares parassimpticos esto dentro do tronco enceflico (nervos cranianos III, VII, IX, X) e nos segmentos S2-S4 da medula espinhal
Divises simptica e parassimptica Axnios pr-ganglionares da diviso simptica
emergem apenas a partir do tero medial da medula espinhal (segmentos torccico e lombar) Axnios pr-ganglionares da diviso parassimptica emergem apenas do tronco enceflico e dos segmentos mais imferiores (sacral)
TRONCO ENCEFLICO Neurnios pr-ganglionares parassimpticos Neurnios motores somticos
MEDULA TRACO LOMBAR Neurnios pr-ganglionares simpticos Neurnios motores somticos
PARASSIMPTICA
SIMPTICA
MEDULA SACRAL Neurnios pr-ganglionares parassimpticos Neurnios motores somticos
RGOS EFETUADORES VISCERAIS E INERVAO AUTONMICADIVISAO PARASSIMPATICA Tronco enceflico (III, VII, IX e X) Medula sacral DIVISAO SIMPTICA Medula toraco-lombar
Por que ele chamado de autonmico? Autonomia refere-se independncia e auto-
regulao, duas caractersticas especficas do SNV. A homeostase fisiolgica mantida de forma autnoma por meio de aes contnuas coordenadas do:
SNV sistema endcrino controle consciente.
Quais so os rgos do corpo inervados pelo SNV? Todos eles. Muitos alvos viscerais so inervados tanto por fibras
simpticas quanto por fibras parassimpticas, mas alguns so inervados apenas pelo sistema nervoso simptico (medula adrenal, glndulas sudorparas, tecido adiposo, vasos sanguneos.) Na maioria das vezes, as atividades da diviso simptica e parassimptica so opostas entre si
Quais so os rgos do corpo inervados pelo SNV? O SNV inerva 3 tipos de tecidos: glndulas, msculo
liso e msculo cardaco Gl secretoras: salivares, sudorparas, lacrimais Corao e vasos: controlando o fluxo e a presso Brnquios e pulmo: Funes digestivas: fgado, trato gastrointestinal, pncreas Rins, bexiga, intestino grosso e reto rgos genitais e reprodutores Sistema imunolgico
RGO RIS CRISTALINO GLNDULAS -Salivares -Digestivas -Lacrimais -Sudorparas T. GASTROINTESTINAL -Esfncteres -Parede -Vescula biliar PNCREAS ENDCRINO FGADO TECIDO ADIPOSO BEXIGA URINRIA -Parede -Esfncter CORAO BRNQUIOS VASOS SANGUINEOS PNIS
ESTIMULAO PARASSIMPTICA Miose (m. circular) Acomodao para perto (m. ciliar ) Salivao copiosa (+) Estimulao da secreo Diminuio do lacrimejamento no tem inervao Abertura ( relaxamento) Aumento da motilidade Contrada Aumenta a secreo de insulina Sntese de glicognio no tem inervao
ESTIMULAO SIMPTICA Midrase (m. radial) Acomodao para longe (m. ciliar) Salivao viscosa (+) Diminuio da secreo Lacrimejamento (vasodilatao e secreo) Sudorese * Fechamento (contrao) Diminuio da motilidade Relaxada Reduz a secreo de insulina Liberao de glicose Liplise e liberao de acido graxo
Contrado (esvaziamento) RelaxadoBradicardia Broncoconstrio (contrao) no tem inervao Ereo
Relaxado (enchimento) ContradoTaquicardia e aumento da fora de contrao Broncodilatao (relaxamento) vasoconstrio Ejaculao
* O NT ps-ganglionar a ACo
MIDRIASE E MIOSE
clic
Como o SNV difere do sistema motor somtico? A maioria dos movimentos dos msculos
esquelticos iniciados pelo sistema motor somtico est sob controle voluntrio e acessvel percepo consciente, enquanto que a maioria dos ajustes autonmicos dos alvos viscerais no
Msculo Esqueltico Msculo Estriado
Controle Voluntrio
Msculo Cardaco Msculo EstriadoControle Involuntrio
Msculo Liso
Msculo Liso
SOMTICOSistema Nervoso VISCERAL
Sistema Nervoso Autnomo
Diviso Simptica Diviso ParassimpticaSistema nervoso entrico
rgos Viscerais Gerais
Como o SNV difere do sistema motor somtico? Neurnios motores somticos no SNC possuem
projees axonais diretas (monossinpticas) ao msculo esqueltico Em contraste, h uma sinapse em um gnglio autonmico perifrico interpondo-se entre neurnios autonmicos do SNC e seu alvo visceral
Sistema Nervoso Somtico Vida de relao
SISTEMA NERVOSO
Sistema Nervoso Visceral Vida neurovegetativa
Gnglio autonmico
Motricidade somtica
Neurnio nico Cadeia de dois neurnios Motricidade visceral Secreo glandular
Sistema motor somtico ACo
MSCULO ESQUELTICO
SNA Parassimptico ACo ACo
RGOS VISCERAIS
SNA Simptico ACo Nor
Msculo liso Msculo cardaco Glndulas
ACo Nor e Adr
Tecido adiposo
Gl. sudorparas NT ps-ganglionar a ACo
Como o SNV difere do sistema motor somtico? Neurnios motores somticos exercem efeitos
exclusivamente excitatrios (despolarizantes) nos msculos esquelticos. Por outro lado, clulas-alvo viscerais podem receber estmulos sinpticos tanto inibitrios quanto excitatrios de neurnios autonmicos
TERMINAES NERVOSASJuno neuromuscular esqueltica Juno neuromuscular visceral
Sinapse localizada Membrana ps-sinaptica especializada
No existe uma sinapse propriamente dita. Os NT so secretados das varicosidades pr-sinpticas e atingem os receptores ps-sinpticos via espao intersticial
Comparaes entre os sistemas eferentes somtico e visceralComparaesSinapse Neurnio Motor NT Receptores
Sistema Motor SomaticoJuno Neuromuscular Motoneurnio Acetilcolina Nicotnico
Sistema Nervoso AutnomoVaricosidades (sinapse an passant) Neurnio ps-ganglionar PARASSIMPATICO Acetilcolina Muscarinico Neurnio ps-ganglionar SIMPATICO Noradrenalina (Adrenalina) e
Mecanismo de aoPotencial ps-sinptico
IonotroficoPEPS
MetabotroficoPEPS ou PIPS
MetabotroficoPEPS ou PIPS
As divises simptica e parassimptica diferem na relao geral entre neurnios pr e ps-ganglionares, como? Os axnios dos neurnios parassimpticos pr-
ganglionares so mais longos que dos neurnios psganglionares. Assim, os neurnios ps-ganglionares tm seus corpos celulares prximos a alvos viscerais, ou esto dentro desses alvos. O oposto verdadeiro para o sistema simptico. Assim, neurnios ps-ganglionares simpticos, localizados nos gnglios para ou pr-vertebral esto distantes de seus alvos viscerais.
Quais so os neurotransmissores liberados por neurnios simpticos e parassimpticos pr e ps-ganglionares? Os neurnios pr-ganglionares simpticos e
parassimpticos liberam ACo, o mesmo ocorrendo com os neurnios ps-ganglionares parassimpticos, enquanto os neurnios ps-ganglionares simpticos liberam NA. Excees:
Neurnios ps-ganglionares simpticos que inervam as glndulas sudorparas, usam ACo como neurotransmissor, bem como fibras vasodilatadoras ps-ganglionares simpticos no msculo esqueltico
Sob que condies o SNV se torna ativado? Ao contrrio do que comumente se acredita, o SNV
no recrutado apenas para situaes de emergncia (luta ou fuga) ou restauradoras (descansar e digerir). A maioria dos componentes das divises simptica e parassimptica tonicamente ativa. Exemplo: as fibras vasomotoras simpticas perifricas propiciam tnus basal constante s arterolas, cuja resistncia vascular regulada para aumentar e diminuir de acordo com a demanda ambiental (sentar-se, ficar de p, etc.)
MEDO, PNICO, TERRORReao de urgncia e emergncia Lutar ou fugir?
Descansar e digerir
Quais so as funes gerais das divises simptica e parassimptica? Na maioria dos casos, elas exercem efeitos antagnicos
em seus alvos viscerais A resposta noradrenrgica simptica aumenta a freqncia cardaca, causa vasodilatao na musculatura esqueltica, promove a utilizao da glicose, dilata a pupila, causa piloereo e inibe o fluxo vascular e a motilidade do intestino (luta ou fuga) Inversamente, a ao parassimptica visa descansar e digerir, diminuindo a freqncia cardaca, contraindo a pupila, promovendo a digesto pelo aumento da motilidade gastrintestinal e da secreo/absoro
Monitorizao da Presso Sangunea Barorreceptores de alta presso artrias arco aortico seio carotdeo arterolas aferentes do AJG (renina)
Barorreceptores de baixa presso veias vasos pulmonares trios cardacos
Alterao da postura (sentado em p)
Retorno Venoso Debito Sistlico Presso arterial Freqncia de PA nas fibras aferentes barorreceptoresSNC Bulbo
PARASSIMPTICA atividade SA SIMPTICA contrao ventricular: Retorno venoso vasoconstrio art.
Controle qumico da respirao
1. Ventilao inadequada 2. PCO2 (pH) e PO2 3. Estimula os quimiorreceptores 4. Bulbo: aumenta a freqncia e amplitude da respirao
Como o encfalo pode controlar a resposta do SNV? Muitas regies corticais e subcorticais exercem controle
sobre o SNV A maioria dessas regies produz suas aes atravs do hipotlamo, o qual integra a informao. Esses comandos so distribudos diretamente ao SNV dos ncleos lateral e paraventricular do hipotlamo via longas projees descendentes, aos neurnios prganglionares simpticos e parassimpticos na medula espinhal e no tronco enceflico. O hipotlamo tambm controla o sistema endcrino, que libera hormnios que influenciam as funes viscerais.
AFERNCIAS VISCERAIS
Aferncias visceraisNervos CRANIANOS Vago (X) Gnglios sensitivos Gnglio nodoso rgos viscerais
Epiglote, faringe, laringe, traquia, esfago, vsceras torcicas e abdominais (misto, 4/5 corresponde s aferncias sensitivas). 1/3 post lngua, faringe, tonsilas, tuba auditiva, seio e corpos carotdeos (misto) 2/3 ant lngua, post fossas nasais e face post do palato mole. (misto) rgos viscerais torcicos, abdominais e plvicos.
Glossofarngeo (IX) Facial (V)
Gnglio petroso
Gnglio geniculado ESPINHAIS Simpticos (maioria) Parassimpticos Gnglios espinhais
Ncleo do Trato Solitrio: aferncias viscerais do X, IX e VII
O controle central do SNV: vias descendentes do encfalo SISTEMA LMBICO (expresso visceral das emoes) HIPOTLAMO ( o principal regulador) O NCLEO DO TRATO SOLITRIO no bulbo (integra a informao sensorial dos rgos internos)
Socorro!! !
Um animal pode sobreviver sem o SNV? Sim, mas apenas se no for submetido a desafios
homeostticos. Animais simpatectomizados, p.ex., no conseguem sobreviver em ambientes estressantes, eles no podem trabalhar, nem se adaptar a situaes de desafio homeosttico ou confronto social Ex.: o acar no sangue no mobilizado quando ocorre a demanda pelo fgado (levando hipoglicemia), a presso sangnea no aumenta em resposta atividade fsica (levando hipotenso), e a vasoconstrio e a piloereo no ocorrem em respsota ao frio (levando hipotermia)
Os sistemas modulatrios de projeo difusa do encfalo
Os sistemas modulatrios de projeo difusa do encfaloO ncleo de cada sistema possui um pequeno conjunto de neurnios 2. Neurnios dos sistemas de projeo difusa ocorrem na poro cenral do encfalo (maioria no tronco enceflico) 3. Cada neurnio pode influenciar muitos outros, distribudos amplamente pelo encfalo 4. As sinapses liberam neurotransmissores no meio extracelular (transmisso parcrina), podendo difundir-se para muitos neurnios1.
Vias noradrenrgicas
Neurnios noradrenrgicos no locus ceruleus (ponte) com projees amplamente difundidas no SNC: participao na regulao da ateno, alerta e dos ciclos sono-viglia; aprendizado, memria, ansiedade, dor, humor e metabolismo cerebral.
Via noradrenrgicaOs neurnios do locus ceruleus so mais bem ativados por estmulos sensoriais novos, inesperados e no dolorosos. 2. O locus ceruleus participa do alerta geral do encfalo durante eventos interessantes no mundo exterior.1.
Vias serotoninrgicas
Neurnios serotoninrgicos nos ncleos da rafe do tronco enceflico. Juntamente com os neurnios do locus ceruleus participam do sistema ativador reticular ascendente (SARA) alerta e despertar do encfalo, regulao do ciclo sono-viglia; controle do humor, emoes.
Vias dopaminrgicas
Neurnios dopaminrgicos no mesencfalo (substncia nigra e rea tegmentar ventral) e hipotlamo: facilitao do movimento voluntrio, comportamentos adaptativos, transtornos psiquitricos.
Vias colinrgicas
Os neurnios colinrgicos centrais no ncleo basal de Meynert e nos ncleos septais memria e aprendizado; excitabilidade cerebral durante o alerta e os ciclos sono-viglia.