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A teologia cristã diante da modernidadeVisão panorâmica dos últimos séculos
Afonso Muradwww.casadateologia.blogspot.com
Casa da Teologia (7)
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A sociedade em mudança na passagem do século XX
- Subjetividade moderna: crítica à religião e à tradição, afirmação do indivíduo ->
- Antropocentrismo.- Busca pelo sentido (“o que” -> para que)- A descoberta dos condicionamentos sociais (Max) e
psicológicos (Freud) -> os mestres da suspeita.- Afirmação da mentalidade científica -> é real o que
se submete ao método científico.- Historicidade: o ser humano se constrói no tempo e
no espaço contextualizados.
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Elementos da modernidade
Antropocentrismo
Subjetividade
Espírito Científico
Historicidade
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As Igrejas diante da modernidade
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A teologia católica reage à modernidade
• Função da teologia: expor, definir, defender, provar e confirmar a fé católica, examinar e condenar os erros.
• Mentalidade apologética: não se dialoga com o erro e a mentira!
• Produtores e destinatários: clérigos.• Método regressivo: do dogma à Bíblia.• Manualística a partir da Suma teológica: Teologia perene.• Segmentos: Fundamental + dogmática + moral.• Submissão ao magistério e reforço aos dogmas ->
Denzinger.
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Rompendo os muros, fazendo pontes
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Sinais de mudança
• Início do século XX: estudos de exegese, patrologia, história das religiões, história dos dogmas e história da Igreja. Dicionários de grande envergadura e novas revistas.
• Locais: França e Alemanha.• Blondel: resposta à questão da autonomia
humana. A apologética da imanência -> o ser humano possui tendência inata para a transcendência. A ação humana revela este dinamismo em direção à meta transcendente.
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O modernismo• Alfred Loisy (1857-1940), professor
do Instituto Católico de Paris. Constatou a necessidade de reformar e modernizar o catolicismo, dando a ele bases científicas e histórico-críticas. Publicou em 1902 o polêmico livro: “O Evangelho e a Igreja”.
• Idéias: Jesus pregava o reino iminente. Com a demora da parusia, a primeira geração cristã criou a Igreja. O cristianismo vai evoluir em direção a uma religião universal, sem dogmas particulares.
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O modernismo
• A maioria dos modernistas, exegetas e historiadores do dogma propõem reformulação no conceito de revelação e do dogma, introduzem aspectos evolucionistas, imanentistas e subjetivistas.
• Principais modernistas: Loisy (francês), Tyrrel (irlandês) e Laberthoniere (francês), Le Roy (francês), Buonaiuti e Murri (Itália)
• Foram condenados por Pio X.
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Teologia a caminho (início do séc XX)
• J. M. Lagrange : contribuições para o estudo da Escritura. Escrevem-se “vidas de Jesus Cristo” e obras cristológicas de L. Grandmaison, Lebreton e K. Adam.
• Esforços para aproximar a teologia da espiritualidade. Os dominicanos franceses (revista La Vie Spirituelle) e jesuítas (Revue d’Ascétique et Mystique). Iniciativas de carmelitas e beneditinos.
• A problemática humana começa a ser assunto de teologia. Elaboram-se escritos sobre a moral familiar e as relações entre Igreja e Estado, o progresso, as relações sociais.
• O humanismo cristão de Jaques Maritain.
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Outras tentativas de mudança• O movimento querigmático, protagonizado por grupo de
teólogos de Innsbruck: J. A. Jungman, H. Rahner, J. B. Lotz.• 1942: inicia a coleção Sources Chrétiennes, dirigida por H.
de Lubac e J. Daniélou -> “volta às fontes”. • Movimento litúrgico apresenta dupla vertente, teórica e
prática. Valoriza-se a liturgia, como fonte de reflexão teológica e enriquece-se a teologia com novos temas (Igreja comunidade, Igreja sacramento de salvação).
• Pio XII estimula a exegese bíblica, ao aceitar oficialmente os gêneros literários da Escritura, na encíclica Divino afflante Spiritu (1943).
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Nouvelle Théologie (Nova teologia)• Centros: faculdade dos jesuítas em Lyon e a casa dos
dominicanos em Saulchoir, na Bélgica francesa. • Destacam-se J. Daniélou, H. de Lubac, M. D. Chenu, Y
Congar e L. Bouillard. • Propõe “volta às fontes” e aplicação de métodos
histórico-críticos. • Defende a evolução do dogma. • Busca contato com a vida, intenta participar dela e
explicá-la. • Integra teologia e espiritualidade. • Quer acompanhar a evolução do pensamento.• Condenação de Pio XII: encíclica Humani generis, em
1950.
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No limiar do Vaticano II• Manuais de teologia com traços modernos: M.
Schmaus. • Teilhard de Chardin: visão cristã da evolução,
combinando ciência, teologia e mística. • Yves Congar: teologia do laicato (1953). • Teólogos promovem a renovação da teologia moral e
espiritual, incorporando contribuições das ciências humanas, especialmente da psicologia (Marc Oraison, Bernard Häring, J. Leclercq e J. Fuchs).
• Karl Rahner inicia a teologia transcendental.• Eduard Schillebeeckx elabora obras de sistemática.
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O espírito renovador do Concílio
• A bíblia como fonte da teologia e da Vida Cristã. Relação Bíblia – Tradição (Dei Verbum).
• Eclesiologia: Igreja, Povo de Deus (Lumen Gentium).• Bases para o ecumenismo (Unitatis Reintegratio) e o
diálogo interreligioso. (Nostra Aetate).• A Igreja interpreta os Sinais dos Tempos, numa relação
com o mundo contemporâneo (Gaudium et Spes).• Estímulo à renovação da Teologia (Optatam Totius).• Renovação da Liturgia (Sacrossantum Concilium).• Reconhecimento da vocação do leigo.
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A teologia protestantediante da modernidade
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Princípios positivos da reforma (cf. Tillich)
Cristocentrismo
Prioridade da fé
Fundamento na Bíblia
Única mediação de Cristo
Igreja Assembleia dos fiéis
Fé traduzida em práticas
Liberdade dos fiéis
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A teologia liberal
• Obras de maior repercussão: A essência do cristianismo, de Harnack, e A absolutidade do cristianismo, de Troeltsch.
• A questão: assumir rigorosamente o método histórico-crítico e a partir dele relativizar a tradição dogmática da Igreja, particularmente a cristologia; e realizar leitura predominantemente ética do cristianismo.
• Segundo seus críticos, a teologia liberal capitula diante do antropocentrismo moderno, que reduz drasticamente a alteridade divina.
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A teologia liberal• Ela Nasce do encontro do liberalismo filosófico e científico do
século XIX com a teologia protestante progressista. • Movimento amplo: - Interpretação racionalista do Novo Testamento, com Baur,
Strauss e Bauer, na primeira metade do século. - Núcleo: reflexão de A. Ritschl e companheiros, teólogos
sistemáticos (Herrmann), estudiosos da Bíblia (Wellhausen, Jülicher), filósofos da religião (Troeltsch) e historiadores (Harnack).
- Principal veículo de divulgação: a revista teológica Christliche Welt (Mundo Cristão), que intenta encarar questões emergentes em perspectiva evangélica e apresentar uma teologia crítica.
- É violentamente perseguida pelo movimento fundamentalista.
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Fundamentalismo• Na virada do século XX, protestantes
conservadores norteamericanos publicaram entre 1900 e 1915 uma série de textos, com mais de 3 milhões de exemplares): Os Fundamentais — Um testemunho em favor da verdade.
• Os “fundamentais” configuravam os conteúdos da fé, considerados como verdades inquestionáveis, que protegeriam o cristianismo do perigoso assédio da ciência e da filosofia moderna e da relativização proporcionada pelo uso do método histórico-crítico na teologia.
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Princípios do fundamentalismo• Inspiração verbal e literal da Bíblia: como a Bíblia é inspirada por Deus,
cada palavra e cada letra do texto bíblico foram diretamente ditadas pelo Espírito Santo.
• Inerrância do texto bíblico: a Bíblia não erra nunca e nem ensina nada que seja cientificamente inexato.
• Jesus é o único salvador, pelo sacrifício expiatório vicário do sangue derramado.
• A segunda vinda de Cristo acontecerá em breve e será precedida por sinais apocalípticos e o tempo da tribulação (tribulacionismo).
• Rejeição das ideias de evolucionismo e das pesquisas científicas quando não se compaginam com a “fé bíblica”.
• Intolerância e exclusão da comunidade cristã para quem não aceita as verdades propostas pelo fundamentalismo.
• A política deve ser cristã e o mundo ocidental deve voltar a ser cristão. O Estado deve defender a concepção bíblico-fundamentalista do ser humano.
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As ideias fundamentalistas• Bíblia não erra nunca• Deus inspirou cada palavra• Jesus salva pelo sangue derramado• Evangélicos fundamentalistas: única
verdadeira religião• Vinda iminente de Cristo• Tempo da tribulação e os sinais• Submissão da ciência à bíblia• Intolerância e exclusão• Tomada do poder político
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Como o fundamentalismo se justifica
• “O fundamentalismo nada mais é do que a crença na Bíblia e a pregação do cristianismo autêntico.
• Ele cresceu em várias localidades (..) Institutos Bíblicos floresciam, reestabelecendo ensinos ortodoxos que haviam sido obscurecidos por escolas apóstatas contaminadas pelos herejes racionalistas alemães.
• Um crescente número de pessoas corriam para aceitar Jesus Cristo nas conferências fundamentalistas, onde aprendiam o que a Bíblia diz sobre o final dos tempos e sobre a segunda vinda de Cristo.
• http://www.baptistlink.com/creationists/fund.htm
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Como o fundamentalismo se justifica
• O movimento fundamentalista tem sua ligação indissolúvel com o dispensacionalismo, odiado pelos liberais que alegorizam a Bíblia.
• Os líderes fundamentalistas se baseavam não só nas conferências de reavivamento, onde milhares se convertiam, mas também na palavra impressa, publicando Bíblias e periódicos em número cada vez maior.
• O mais notável projeto foi o famoso "The Fundamentals" (Os Fundamentos), lançado em Los Angeles por dois empresários crentes chamados Lyman e Milton Stewart. Consistiu em 12 volumes publicados entre 1910 e 1915 e continham 90 artigos sobre Bíblia e assuntos correlatos. Cerca de 3 milhões de cópias foram impressas e estão disponíveis até hoje como uma excelente referência sobre defesa da fé cristã.
• http://www.baptistlink.com/creationists/fund.htm
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Crítica dos fundamentalistas à teologia liberal
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O fundamentalismo atualDeclaração de Chicago (1978)
1. Deus, sendo Ele a própria verdade por falar somente a verdade, inspirou as Sagradas Escrituras, para que através delas revelasse a si mesmo à humanidade caída, por intermédio de Jesus Cristo, como o Criador, Senhor, Redentor e Juiz. As Sagradas Escrituras, portanto, testificam o próprio Deus.2. As Sagradas Escrituras, sendo a própria Palavra de Deus, escritas por homens devidamente preparados, inspirados e superintendidos pelo Espírito Santo, são divinamente infalíveis em todas as matérias de que tratam. Por conseguinte, devem elas ser cridas, como a instrução de Deus, em tudo o que afirmam; obedecidas, como mandamento de Deus, em tudo o que demandam; recebidas, como garantia de Deus, em tudo o que prometem.
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A declaração de Chicago (1978)
3. O Espírito Santo, como o autor das Escrituras, tanto autentica o seu testemunho interno como nos abre a mente para entendê-las.4. Sendo total e plenariamente dadas pelo próprio Deus, as Escrituras estão isentas de erros nem se acham equivocadas quanto a todos os seus ensinos, nem quanto às suas declarações sobre os atos de Deus na criação, os eventos da história mundial e acerca de sua própria origem literal sob a inspiração divina e também quanto às declarações de Deus com respeito à salvação individual dos seres humanos pela graça manifestada em Cristo Jesus.
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A declaração de Chicago (1978)
5. A autoridade das Escrituras será fatalmente enfraquecida se a sua absoluta inerrância for, de alguma forma, menosprezada ou negligenciada ou vier a ligar-se a uma visão da verdade contrária à própria Bíblia. Tais desvios trariam irreparáveis perdas tanto para os crentes em particular quanto para a Igreja de Cristo como um todo (Declaração de Chicago, apud Teologia sistemática pentecostal, Rio de Janeiro, CPAD, 2009, p. 35).
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Um exemplo no conflito de interpretação bíblica
• “As sete pragas do Egito aconteceram como o texto bíblico narrou. Elas manifestam claramente o poder de Deus em favor de seu povo” (fundamentalista).
• “As sete pragas são fenômenos naturais, que a fé bíblica interpretou como sinais de intervenção de Deus em favor de seu povo” (liberal ou moderna).
• “As sete pragas podem ser fatos extraordinários ou naturais. Talvez conjuguem os dois fatores. Importa compreender seu sentido para a fé judaico-cristã hoje” (busca de síntese).
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A teologia de Karl Barth• A mais célebre contestação da “Teologia
Liberal” foi a teologia dialética de Karl Barth (Carta aos romanos ) e de Emil Brunner.
• Barth rejeita a via da experiência religiosa (Schleiermacher) e a via da história (Troelstsch): “o único caminho viável vai de Deus ao homem e se chama Jesus Cristo”.
• Barth (1886-1968) desagrada os fundamentalistas, ao situar a Bíblia com Palavra de Deus pronunciada em linguagem humana, que necessita ser interpretada.
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Teologia protestante anticatólica e antimoderna
FUNDAMENTALISMO
PROTESTANTISMO DE MISSÃOPENTECOSTALISMO
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Características do Pentecostalismo- Experiências sensíveis de êxtase, atribuídas ao Espírito
Santo. - Batismo no Espírito - Exercício dos dons espirituais (sobretudo “falar em línguas”),- Acento no poder divino de Jesus (e de seu espírito) que cura
e liberta. - Louvor- Exige do fiel austeridade de hábitos e costumes e certo
isolamento do mundo.- Escatologia da vinda iminente de Cristo, precedida pelo
tempo da tribulação. • Ganha corpo em numerosas igrejas, a ponto de constituir o
grupo denominado “renovado”, com práticas e doutrinas próprias. Adota sobretudo a teologia fundamentalista.
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Protestantismo de missão• Característica que marcou a
expansão protestante a partir do séc. XIX:
- Princípios fundamentalistas.- Acento pentecostal em alguns
grupos.- Visão colonialista e
conquistadora (proselitista).- Posição anti-católica: o
catolicismo é pagão e deve ser apagado completamente.
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A teologia protestante em diálogo com a contemporaneidade
• Bultmann: teologia da desmitologização.• Paul Tillich: diálogo com a cultura.• Oscar Culmann: escatologia.• W. Pannemberg: teologia sistemática.• Moltmann: o maior teólogo desta geração,
ainda vivo. Obras: O Deus crucificado, Teologia da Esperança, Deus na criação.
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Referência bibliográfica básica
Capítulo 4 Capítulo 3www.casadateologia.blogspot.com
[email protected] (versão 2013)
*Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq