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5ª Conferência da Central de Balanços
Caraterização das Empresas Portuguesas do Setor
Exportador
Vítor Poças AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal
1. Notas sobre a AIMMP e o SETOR
A AIMMP - Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, é uma associação
patronal de direito privado, sem fins lucrativos e de utilidade pública, representativa de
empresas e instituições que operem no âmbito das indústrias de base florestal, exceto o papel,
a celulose e a cortiça. Nela podem inscrever-se as pessoas, singulares ou coletivas, que exerçam
ou venham a exercer atividades enquadradas nas cinco divisões setoriais definidas nos seus
estatutos, nos quais se englobam a fabricação e comercialização de centenas de produtos e
construções em madeira:
1. Corte, abate, serração e embalagens de madeira
2. Painéis e apainelados de madeira
3. Carpintarias e afins
4. Mobiliário e afins
5. Exportação, Importação e distribuição de madeiras e derivados
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Fundada como grémio em 12 de Junho de 1957, já próxima dos 60 anos de história, a aimmp
tem âmbito nacional e pode manter relações de cooperação com organizações técnicas e
patronais, nacionais e de outros países, e, nos termos da lei, obter a filiação nessas organizações,
como é o caso da CIP, da CPCI, da EMBAR, da AIFF, do Centro Pinus, da APCER, da CEI-BOIS, da
EFIC, da EPAL e da FEFPEB, entre outras.
Nos termos dos seus estatutos, entre outras de relevante importância, são atribuições da
associação oferecer às empresas associadas serviços destinados a apoiar e incentivar o respetivo
desenvolvimento, de forma individual ou coletiva, e, em geral, desempenhar quaisquer outras
funções de interesse para as empresas associadas, como é o caso da formação, ministrada
diretamente ou através do CFPIMM, Centro de Formação Profissional das Indústrias da Madeira
e Mobiliário, em parceria com o IEFP, ou do apoio às Exportações e à Internacionalização através
dos projetos INTER WOOD&FURNITURE E ASSOCIATIVE DESIGN, projetos de qualificação e
certificação como o SECTOR WOOD&FURNITURE E ECO WOOD&FURNITURE, da negociação da
contratação coletiva de trabalho, do acautelar das principais matérias primas como membro do
Conselho Florestal Nacional, intervenções públicas ou no European Social Dialogue, etc.
Neste contexto, a aimmp é, hoje, uma associação de fileira com uma longa e profícua história,
representativa de um setor com aproximadamente 5000 empresas, cerca de 50.000 postos de
trabalho diretos com forte distribuição regional essencial ao desenvolvimento rural e com um
nível de exportações que ronda os 2,3 mil milhões de euros anuais, isto é, acima dos 70% da
sua produção, gerando um saldo positivo na balança comercial de aproximadamente 900
milhões de euros e responsáveis por uma das fileiras com maior valor acrescentado bruto em
Portugal.
Nesta linha, a aimmp mantém uma grande proximidade na relação interpessoal com os
empresários e seus familiares, trabalhadores da aimmp e das empresas associadas, bem como
representantes das organizações congéneres e outras organizações em que se encontra
associada, tendo-se afirmado como a única associação empresarial transversal a toda a indústria
da fileira da madeira e mobiliário em Portugal e, por isso, representa todo o setor em
organizações de grande relevo nacional e internacional, como é bom exemplo a Vice-
Presidência da CEI- BOIS - Confederação Europeia da Indústria de Madeira.
Inserido no contexto das empresas de base florestal, trata-se de uma indústria verde, amiga
do ambiente e da sustentabilidade do nosso planeta, utiliza como matéria-prima um recurso
renovável, protetor das alterações climáticas e principal sequestrador de carbono.
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Esta fileira abrange os seguintes elos:
• Abate: A extração de madeira, desde a floresta até à indústria.
• 1ª Transformação: Preparação das matérias-primas, para utilização conforme o tipo de
produção a que são destinadas;
• 2ª Transformação: Transformação de valor acrescentado, em cima das matérias-primas,
inclui-se aqui a produção de mobiliário;
• 3ª Transformação: Transformação especializada e de alto valor acrescentado, como por
exemplo, o fabrico de móveis ou peças decorativas artesanais.
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É esta interdependência e funcionamento em conjunto, com unidades a trabalhar em forte
ligação, que nos permite ser vistos como um sistema único, uma fileira ou organização em
“cluster”.
Para além de sermos um dos sectores tradicionais mais fortes da indústria nacional, utilizamos
maioritariamente matéria-prima de origem nacional, transformamos diversos tipos de
produtos, muitos deles extremamente importantes para o nosso dia a dia, como é o caso das
paletes para transporte dos nossos bens de consumo, ou para o nosso bem-estar, como é o caso
do subsetor do mobiliário, muito próximo do consumidor final.
Portugal tem tradição de saber trabalhar a madeira desde os tempos da Idade Média em que
aprendeu a arte de construir caravelas, as pequenas naus que descobriram o Novo Mundo, e
autênticas obras de arte em madeira nos nossos monumentos e cidades.
2. O comércio internacional
É neste capítulo que este sector se destaca e encontra a sua visão e destino para o futuro. As
indústrias de madeira e mobiliário cresceram cerca de 1000 milhões de euros de exportações
entre 2009 e 2015, passando de 1398 milhões de euros para 2300 milhões de euros,
respetivamente. Mas, ainda muito mais relevante, é o aumento do seu saldo da balança
comercial que passou de 176 milhões de euros em 2009 para cerca de 900 milhões de euros
em 2015. Um verdadeiro “case study” nacional.
Portugal viu, neste sector, as suas exportações aumentarem nos últimos 4 anos de forma
sustentável, consistente e geradoras de ganhos significativos nas relações com o exterior,
designadamente porque as importações não cresceram na mesma medida. Sem desprezar o
contributo de todos para a recuperação económica e financeira de Portugal observada nos
últimos anos, as indústrias Portuguesas, designadamente as tradicionais, continuam a ser as
grandes responsáveis pelo sucesso. Acresce, ao fato, que a balança comercial tem vindo a
melhorar de forma consistente liderada, em absoluto, pelas indústrias de base florestal, razão
pela qual consideramos que este é o momento certo para dar atenção à floresta, sendo um dos
poucos, mas forte, recurso natural de Portugal e uma das maiores vantagens competitivas
sustentadas de que poderemos dispor no futuro.
Estamos felizes pelos resultados alcançados e pelo facto do setor ter aumentado as exportações
em todos os anos desde 2009, ano de crise.
A este propósito destaca-se, ainda, o equilíbrio existente no saldo positivo da balança comercial
entre os quatro sectores tradicionais que necessitam de ser reconhecidos e acarinhados pelo
poder político e pela sociedade em geral. A indústria da madeira e mobiliário, a indústria da
pasta celulósica e papel, a indústria têxtil e a indústria do calçado.
Portugal só pode vender aquilo que tem e dificilmente venderemos o que não temos. Nessa
linha, não poderemos continuar a queimar mais de 100.000 ha anuais de floresta, sendo cerca
de 60% de pinho, e destruir toda uma indústria recordista na manutenção de emprego nas
indústrias de base florestal. É imoral e incomportável exigir aos proprietários a limpeza de matas
em locais que apenas o incêndio intencional (crime) poderá acontecer. Consideramos que é
muito mais económico atacar a prevenção e o crime (torres de vigilância no verão, limpeza de
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locais de risco próximos das populações com recurso a pessoas que recebem do erário público
sem nada fazerem, reforço de policia especializada e de investigação que tem muito trabalho
no crime comum e no crime organizado, aplicação de penas durante os meses de verão,
disponibilidade de meios do exército para prevenção e combate) do que gastar anualmente
cerca de 150 milhões de euros em combate. Acresce, ao facto, que a replantação das áreas
ardidas custaria cerca de 120 milhões de euros anuais, facto que tem deixado a floresta à sorte
da regeneração natural, ao seu abandono e à pobre teoria da eucaliptização deste País. Como
se pode visualizar no quadro seguinte, as exportações têm aumentado todos os anos, quer nos
segmentos de madeira e obras de madeira, quer no mobiliário e colchoaria, com exceção do ano
de 2015 em que as exportações de madeira e obras de madeira diminuíram cerca de 6%
relativamente ao ano anterior.
2.1. QUADRO RESUMO (Fonte: INE)
2.2. MADEIRA E OBRAS DE MADEIRA
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Madeira e Mobiliário 1 398 162 777 1 550 117 660 1 714 193 599 1 795 387 779 1 966 690 591 2 181 981 031 2 306 732 318
Taxa de crescimento 11% 11% 5% 10% 11% 6%
Madeira e obras de madeira 480 567 089 532 292 131 611 295 489 617 808 153 682 643 527 709 798 579 668 871 219
Taxa de crescimento 11% 15% 1% 10% 4% -6%
Mobiliário e colchoaria 917 595 688 1 017 825 529 1 102 898 110 1 177 579 626 1 284 047 064 1 472 182 452 1 637 861 099
Taxa de crescimento 11% 8% 7% 9% 15% 11%
EXPORTAÇÕES
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Madeira e Mobiliário 1 221 987 598 1 347 599 132 1 344 578 901 1 097 103 951 1 111 811 887 1 280 112 257 1 404 193 659
Taxa de crescimento 10% 0% -18% 1% 15% 10%
Madeira e obras de madeira 479 471 552 599 888 745 590 688 973 478 736 906 534 658 666 597 656 906 611 753 526
Taxa de crescimento 25% -2% -19% 12% 12% 2%
Mobiliário e colchoaria 742 516 046 747 710 387 753 889 928 618 367 045 577 153 221 682 455 351 792 440 133
Taxa de crescimento 1% 1% -18% -7% 18% 16%
IMPORTAÇÕES
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Comércio internacional de madeira e obras de madeira
Exportações
Importações
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2.2.1. Exportações
Entre 2009 e 2015, verificou-se um aumento de cerca de 39% nas exportações de
madeira e obras de madeira.
580 000 000
590 000 000
600 000 000
610 000 000
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680 000 000
Exportações Importações
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Comércio internacional de madeira e obras de madeira (2015)
EXPORTAÇÕES 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Madeira e obras de madeira 480 567 089 532 292 131 611 295 489 617 808 153 682 643 527 709 798 579 668 871 219Taxa de crescimento 11% 15% 1% 10% 4% -6%
0
100 000 000
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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
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Exportações de madeira e obras de madeira
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Em 2015, o valor das exportações de madeira e obras de madeira foi de 668.871.219€.
• 78% das exportações Intra UE; 22% Extra UE, 4% PALOP.
• Exportações para cerca de 140 países.
• Principais destinos de exportação, em 2015:
2.2.2. Importações
Entre 2009 e 2015, verificou-se um aumento de cerca de 28% nas importações de
madeira e obras de madeira.
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150 000 000
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Espan
ha
França
Rei
no Unid
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s Bai
xos
Angola
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roco
s
Din
amar
ca
Ale
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ha
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os
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Exportações de madeira e obras de madeira
2009
2010
2011
2012
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50 000 000
100 000 000
150 000 000
200 000 000
250 000 000
Espanha Reino Unido
França Marrocos Países Baixos
Alemanha Outros
Va
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Exportações de madeira e obras de madeira (2015)
iMPORTAÇÕES 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Madeira e obras de madeira 479 471 552 599 888 745 590 688 973 478 736 906 534 658 666 597 656 906 611 753 526Taxa de crescimento 25% -2% -19% 12% 12% 2%
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Em 2015, o valor das importações de madeira e obras de madeira foi de 611.753.526€.
• 72% das exportações Intra UE; 28% Extra UE, 0,1% PALOP.
• Importações de cerca de 90 países.
• Principais origens das importações, em 2015:
0
100 000 000
200 000 000
300 000 000
400 000 000
500 000 000
600 000 000
700 000 000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
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Importações de madeira e obras de madeira
0
50 000 000
100 000 000
150 000 000
200 000 000
250 000 000
300 000 000
350 000 000
Espanha Uruguai França Alemanha Brasil EUA Outros
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Importações de madeira e obras de madeira
2009
2010
2011
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2013
2014
2015
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2.3. MOBILIÁRIO E COLCHOARIA
Portugal é um excelente fornecedor de soluções de decoração de interiores por várias
ordens de razões:
• Mobiliário português é 100% fabricado num país da União Europeia, como tal,
cumpre todos os requisitos em matéria de políticas sociais e responsabilidade social;
• Tradição, vasta experiência e a arte do “know-how” transmitido de geração em
geração, sobretudo no mobiliário de estilo e de alto valor acrescentado (mobiliário de
design);
• Oferta de grande qualidade, versatilidade de estilos e flexibilidade relativamente
aos requisitos dos clientes;
• Mobiliário moderno assente numa Escola / Cultura do Design como componente
essencial ao estilo de vida das populações mais jovens;
• Incorpora, desde os anos 90, as mais modernas tecnologias de concepção de
produto, de produção e controlo e as mais eficazes práticas de gestão (maior parte das
empresas certificada pela ISO 9000);
• A indústria de mobiliário portuguesa está fortemente apostada em:
. Desenvolvimento de Produto com Inovação, e Design
. Elevados padrões de qualidade de produto e acabamento
. Conquista de cada vez mais mercados (sobretudo extra UE)
• Seleção criteriosa de matérias-primas, baseada na experiência de décadas, no
conhecimento das espécies nacionais e nas dos parceiros com quem temos fortes laços
culturais e históricos (Brasil, Angola, África em geral);
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50 000 000
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150 000 000
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Espanha Uruguai França Alemanha EUA Outros
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Importações de madeira e obras de madeira (2015)
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• Cumprimento das mais recentes regulamentações e normativa em matéria de
aprovisionamento, fabrico e especificações de produtos;
• Indústria integrada numa Fileira industrial da madeira e mobiliário, o que garante:
. Sustentabilidade da origem das madeiras: maior parte da matéria-prima para a
indústria do mobiliário (painéis derivados) tem origem nas florestas portuguesas;
. Aproveitamento máximo da madeira, nos diversos elos da fileira;
. Relações de cadeia de valor de grande proximidade: garantia de capacidade de
resposta e de qualidade global do produto (matérias primas com marcação CE);
2.3.1. Exportações
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200 000 000
400 000 000
600 000 000
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Comércio internacional de mobiliário e colchoaria
Exportações
Importações
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200 000 000
400 000 000
600 000 000
800 000 000
1 000 000 000
1 200 000 000
1 400 000 000
1 600 000 000
1 800 000 000
Exportações Importações
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Comércio internacional de mobiliário e colchoaria (2015)
EXPORTAÇÕES 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Mobiliário e colchoaria 917 595 688 1 017 825 529 1 102 898 110 1 177 579 626 1 284 047 064 1 472 182 452 1 637 861 099Taxa de crescimento 11% 8% 7% 9% 15% 11%
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Entre 2009 e 2015, as exportações de mobiliário e colchoaria aumentaram 78%.
Em 2015, o valor das exportações de mobiliário e colchoaria foi de 1.637.861.099€.
• 80% das exportações Intra UE, 20% Extra UE, 8% PALOP.
• Exportações para cerca de 150 países.
• Principais destinos de exportação, em 2015
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200 000 000
400 000 000
600 000 000
800 000 000
1 000 000 000
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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
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Exportações de mobiliário e colchoaria
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100 000 000
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Espanha França Angola Alemanha Suécia EUA Países Baixos
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Exportações de mobiliário e colchoaria
2009
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2012
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2.3.2. Importações
Entre 2009 e 2015, as importações de mobiliário e colchoaria aumentaram cerca de 7%.
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150 000 000
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França Espanha Alemanha Angola Reino Unido Outros
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Exportações de mobiliário e colchoaria (2015)
França 28%
Espanha 25%
Alemanha 8%
Angola 7%
Reino Unido 6%
Outros 26%
Exportações de mobiliário e colchoaria (2015)
IMPORTAÇÕES 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Mobiliário e colchoaria 742 516 046 747 710 387 753 889 928 618 367 045 577 153 221 682 455 351 792 440 133Taxa de crescimento 1% 1% -18% -7% 18% 16%
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Em 2015, o valor das importações de mobiliário e colchoaria foi de 792.440.133€.
• 91% das exportações Intra UE, 9% Extra UE.
• Importação de cerca de 90 países.
• Principais origens de importação, em 2015:
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300 000 000
400 000 000
500 000 000
600 000 000
700 000 000
800 000 000
900 000 000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
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Importações de mobiliário e colchoaria
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50 000 000
100 000 000
150 000 000
200 000 000
250 000 000
300 000 000
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Espanha França Alemanha Itália Países Baixos
Polónia China Outros
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Importações de mobiliário e colchoaria
2009
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2011
2012
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NOTA:
- Todos os quadros e dados acima apresentados têm como fonte o INE.
- Para o cálculo das exportações e das importações tivemos em consideração os códigos da Nomenclatura Combinada, conforme o
seguinte:
MOBILIÁRIO E COLCHOARIA – Código 94 da Nomenclatura Combinada, exceto: 9401.10 – Assentos para veículos aéreos; 9401.20 –
Assentos para veículos automóveis; 9404.30 – Sacos de dormir; 9404.90 – Edredões, almofadas, pufes, travesseiros e artigos
semelhantes; no código 9406 – Construções pré-fabricadas, apenas foi considerado o subcódigo 9406.00.20 - Construções pré-
fabricadas, mesmo incompletas ou ainda não montadas, exclusiva ou principalmente de madeira (exceto residências móveis).
MADEIRA E OBRAS DE MADEIRA - Código 44 da Nomenclatura combinada, exceto 44.02 - Carvão vegetal (incluindo o carvão de
cascas ou de caroços), mesmo aglomerado.
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50 000 000
100 000 000
150 000 000
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250 000 000
300 000 000
350 000 000
Espanha Polónia França Alemanha Itália China Outros
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Importações de mobiliário e colchoaria (2015)
Espanha 38%
Polónia 12%
França 11%
Alemanha 10%
Itália 9%
China 7%
Outros 13%
Importações de mobiliário e colchoaria (2015)
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3. Os contributos da AIMMP para o sucesso das exportações do setor
No âmbito das suas atribuições e recorrendo aos fundos comunitários aprovados pelo
QREN, agora Portugal 2020, a aimmp tem disposto e aportado ao setor projetos de
grande valor económico para a promoção externa das madeiras e do mobiliário
português:
INTER WOOD&FURNITURE (PROJETOS CONJUNTOS)
Programa de ações complementares cofinanciadas pelo QREN e agora PORTUGAL
2020 para apoio à Internacionalização, aberto à participação de um conjunto de
empresas em feiras, road shows, missões de negócios, visitas de compradores e outros
estudos e ações de mercado.
Objectivos:
• Reforçar a imagem e notoriedade das empresas portuguesas da Fileira da Madeira
e Mobiliário, de modo a facilitar as exportações;
• Promover Portugal enquanto País moderno, com um sector industrial que alia
tradição e saber fazer à criatividade, qualidade, inovação e tecnologia avançada;
• Apoiar as empresas nas suas estratégias de internacionalização / ações de
prospecção e promoção nos mercados mais relevantes.
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ASSOCIATIVE DESIGN – THE BEST OF PORTUGAL
(SISTEMA DE INCENTIVOS A AÇÕES COLETIVAS)
Marca associativa e coletiva que pretende representar e promover, de forma integrada,
a qualidade, o design e a inovação das fileiras portuguesas Casa e Decoração e Materiais
de Construção nos mercados internacionais.
• Criação de peças por designers de renome, nacional e internacional, para produção
na indústria de mobiliário da região Norte
• Campanha de comunicação e promoção internacional:
– Meios de comunicação social
– Internet e redes sociais
– Campanha de marketing relacional
– Eventos/mostras em capitais do design
Para a execução deste projeto a aimmp tem um investimento previsto de 2,5 M€ a
executar em 2016 e 2017.
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4. A nossa visão sobre a floresta e a necessidade de acautelar o seu desenvolvimento
Escrever sobre este setor sem dar importância ao recurso que está na sua base seria
deixar algo muito vazio e muito estranho.
Portugal, desde o início dos anos 80, com a propagação dos incêndios, iniciou o seu
processo de “eucaliptização”. Passamos de aproximadamente 8.000 para 35.000
ignições de incêndios por ano, agora na casa das 20.000!!!!
Já tivemos cerca de 1,4 milhões de hectares de floresta de pinho, hoje temos apenas
700.000 hectares, sendo que uma grande parte destes está infetada com o nemátodo,
quando em velocidade de cruzeiro precisaríamos de um mínimo de mil hectares em fase
madura para abastecer as nossas indústrias, ou seja, não estamos a falar de mil hectares
de “pinheirinhos” tipo árvore de natal.
A nossa indústria de Painéis, do melhor que existia no Mundo, está a recorrer à compra
de matéria prima em outros países porque Portugal para além de pouca quantidade,
não tem floresta certificada. As empresas de celulose também recorrem à compra de
eucaliptos em outros países, o mesmo acontecendo com o sector da cortiça. Importar
matéria prima significa maiores custos, perda de independência económica e menor
competitividade a médio e longo prazo.
Consideramos, por isso, de extrema importância cuidar da floresta para aumentar a sua
produção, melhorar a sua qualidade, obtermos a sua certificação, reduzir o seu preço
de custo enquanto matéria-prima para as empresas, tornar o investimento mais
rentável e de menor risco para os silvicultores. Para isso, consideramos fundamental:
a. Criar um verdadeiro programa nacional de repovoamento criterioso dos baldios e
das áreas ardidas em razão de ripagem simples dos solos e seleção das respectivas
espécies, em alguns casos poderíamos recorrer à sementeira por via aérea para reduzir
o investimento;
b. Entregar a defesa da floresta e o combate dos incêndios ao exército e à força aérea
e criar uma policia de investigação especializada e permanente nesta matéria com meios
para vigilância e combate rápidos para acabar de uma vez por todas com este flagelo
em Portugal;
c. Limpeza das matas através da coordenação das Juntas de Freguesia e utilização da
bolsa de desempregados com entrega do material lenhoso em centros de recolha para
utilização na indústria de painéis ou para pellets ou para a cogeração de energia em
pequenas unidades de biomassa.