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Page 1: 3ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

ANO 01 - EDIÇÃO 03 - EDIÇÃO NACIONALW W W . C H I C O D A B O L E I A . C O M . B R

CHICO DA BOLEIAINFORMA

Associações de Proteção é coisa sériaAs associações de proteção não estão aí para brincadeira! Desde a década de

sessenta é que o amigo caminhoneiro vem contando com o apoio das associa-ções de proteção, associações essas que vem evoluindo e se multiplicando a cada dia que passa. O crescimento no número de associações chega a ser tão grande que, de certa forma, chega a ser até que meio desordenado, ainda mais pelo fato de que nunca houve um interesse de se controlar ou fiscalizar a criação ou trabalho dessas associações de proteção, cenário esse que vem mudando graças ao trabalho de pessoas como a Dra. Virgínia Laira, Representante Jurídica da FENACAT e do Sr. Roberto Videira, Presidente da APROCAM BRASIL e Diretor Financeiro da FENACAT. Esses dois ícones do setor do transporte brasileiro contaram um pouco mais sobre a história de como surgiram as asso-ciações, quais suas funções, obrigações e nos relatam sobre seus projetos para o ano de 2012. Páginas 6, 7 e 8.

Fórmula Truck chega ao seu finalFelipe Giaffone encerrou de

forma brilhante o Campeona-to Brasileiro de Fórmula Truck 2011 ao conquistar o seu tri-campeonato com a vitória da última prova disputada em Bra-sília. O piloto da RM Volkswa-gen largou em 5º lugar, fez um início de prova conservador, mas imprimiu um ritmo forte no final, superando Roberval Andrade, da Ticket Car Corin-thians, para assumir a ponta e não mais perdâ-la. O pódio da etapa foi completado por Régis Boéssio, Pedro Muffato, Valmir Benavides, e Fred Marinelli. Página 3.

Pedágio pode ser baratoQuem foi que disse que pedágio

tem que custar caro? Pedágio não tem

que custar caro não! A prova real dis-

to é o pessoal da Autovia Régis Bit-

tencourt, que cobra uma taxa bem

mais baixa em relação às outras taxas

de pedágios que o amigo caminhonei-

ro encontra por este Brasil afora, mesmo assim conseguem

oferecer ao amigo um ótimo serviço em ótimas condições

de rodagem. Para saber qual o segredo dessa taxa tão baixa

conversamos com o Sr. Nelson Segnini, Diretor Executivo da

OHL e com o Sr. Êneo Palazzi, Diretor Superintendente da

OHL que conversou com Chico da Boleia sobre alguns dos

segredos, desafios e dificuldades de como conseguir manter

uma taxa tão baixa sem deixar nenhum pouco a desejar na

qualidade dos serviços prestados. Página 4.

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que inclui, além do transporte em geral, custo com armazenagem, estoque e administração de mercadorias no Brasil é de 12,1% do PIB. A participação do transporte de carga no PIB segundo a instituto é de 6,7%, sendo que só o transporte rodoviário participa com 5,6%, isso mostra a força e importância do nosso setor. E já passava da hora de sairmos da informalidade. É isso que representa o fim da carta frete: o fim da informalidade. E nos coloca no patamar que nos é de direito, de profissionais de grande importância. Isso foi demonstrado pela colocação do Projeto de Lei do Senador Paulo Paim do Estatuto do Motorista, discutido em várias audiências públicas em inúmeros estados brasileiros.

Amigos e companheiros, chegamos ao fim de ano e é nossa terceira edição, temos muito do que falar, mas teremos muitas edições para levar até você o que acontece no nosso setor e continuar discutindo os problemas que nos afligem no dia a dia do tapete negro da estrada que é nosso endereço de trabalho. Dia 25 de Dezembro para todos os cristãos do planeta se comemora o nascimento do Senhor Jesus Cristo. Dia de Natal para alguns, mera troca de presentes, para outros momento de profunda reflexão, pois a mensagem maior do Natal é o “AMOR” e, assim sendo, como estamos tratando nosso próximo, nosso mundo, nossos animais de criação?

Boa LeituraUm fraterno abraço do seu Amigão das Ideias.Chico da Boleia

Projeto Chico da Boleia

E-mail:[email protected]

Website:www.chicodaboleia.com.br

Telefones:(19) 3843-5778 / (19) 3843-6487

Mais um ano chega ao seu fim e podemos dizer que este ano foi especial. Especial para todos nós caminhoneiros, carreteiros e empresários do setor.

Foi um ano onde a economia se manteve aquecida e, sendo assim, houve muito o que transportar. A única equação que ainda não fecha é por que não conseguimos melhorar o valor do frete. Enfim, chegou o fim da carta frete, uma conquista que muitos dos amigos caminhoneiros ainda não entendem ou ainda não tomaram conhecimento, mas creio eu que é uma conquista de suma importância. Digo isso, pois ao longo dos anos ficamos sujeitos a ter que abastecer onde o embarcador queria e isso nos custava invariavelmente 15% 20% a mais no litro do diesel se fosse pegar algum valor em numerário, em dinheiro era de 20% para cima. Isso sem contar quando chegava à boca do caixa e o dono do posto dizia que aquela empresa havia perdido o crédito, e nós com um papel sem valor contábil, sem diesel, sem dinheiro e sem ter como reclamar nossos direitos.

E quando íamos comprar alguma coisa a crédito, como comprovar nossa renda? Outra situação desagradável! E comprar um caminhão zero então? Nem pensar! Criou-se o pró-caminhoneiro onde os juros são baixos para a realidade brasileira, mas podem ser menores se olharmos os países desenvolvidos, mas esqueceram de observar estes detalhes que só quem é do ramo sabe. E aí pouquíssimos companheiros conseguem utilizar este tipo de financiamento.

Em números de 2007 somos mais de 850.000 caminhoneiros autônomos, legalmente conhecidos como TAC - Transportador Autônomo de Cargas, e mais algumas dezenas de milhares de Empresas de Transporte de Cargas conhecidas como Transportadoras, isso coloca perto de 3.000.000 de caminhões rodando de norte a sul, de leste a oeste, transportando todo tipo de mercadoria e Commodities. Enfim em um estudo de 2006 elaborado pelo Instituto de Pós-graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD), aponta que o custo logístico

EDITORIAL

Publicado por: Centro Integrado dos Transportes “Central do Transporte” Fundado em 18/07/2005

Rua Bento da Rocha, 354Itapira-SP, CEP: 13.970-030Tel: (19) 3843-6487 (19) 3843-5778

Diretora-Presidente: Wanda JachetaDiretor Editorial: Chico da Boleia Editores Responsáveis: Chico da Boleia e Juliano Henrique BuzanaJornalista Responsável: Marina Porcelli Germiniani MTB - 61167Revisão: Larissa J. RibertiDiagramação: AF Produções

Conselho Editorial:Albino Castro - JornalistaJosé Carlos Rollo - JornalistaDra. Virgínia Laira - Advogada e coordenadora do Departamento Jurídico da FenacatRoberto Videira - Presidente da APROCAM BrasilJosé Araújo “China” - presidente da UNICAM BrasilLuiz Norberto da Fonseca Filho “Betusca” - radialista e proprietário da Rádio Clube de ItapiraGráfica - Grafisc

Galeria de Fotos

3º Encontro de Fuscas agita a cidade de Pedreira-SP

Assembleia FENACAT reu-niu grandes personalida-des do setor de transportes Caminhão Campeão da

Fórmula Truck 2011

Feira dos Cegonheiros che-ga à sua 14º Edição

Giaffone se consagra cam-peão da Fórmula Truck 2011 No Salão Duas Rodas má-

quinas de tirar o fôlego

Tiragem:50.000 exemplares

Fenatran 2011 a maior feira de transportes da América Latina

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3Jornal Chico da Boleia Informa

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Felipe Giaffone encerrou de forma brilhante o Campeona-to Brasileiro de Fórmula Truck 2011 ao conquistar o seu tricam-peonato com a vitória da última prova disputada em Brasília.O

ESPORTES

Emoções da Fórmula Truck 2011 chega ao seu final

piloto da RM Volkswagen lar-gou em 5º lugar, fez um início de prova conservador, mas im-primiu um ritmo forte no final, superando Roberval Andrade, da Ticket Car Corinthians, para

assumir a ponta e não mais per-de-la.

Um momento aguardado por todos aconteceu quando Geral-do Piquet, da ABF Mercedes--Benz, que correu com uma li-minar desportiva após ter sido punido pelo acidente em Curi-tiba, encostou em Giaffone após uma ótima prova de recuperação, já que havia largado dos boxes. No entanto, Piquet teve um pro-blema mecânico e foi obrigado a abandonar a prova, mas mante-ve o vice-campeonato Brasileiro. Wellington Cirino, companhei-ro de Piquet, que havia largada na pole-position, também aban-donou com problema na turbina

de seu caminhão 6.Praticante assíduo de Jui-Jit-

su, Giaffone brincou que con-seguiu “unificar” os dois títulos do ano, de Campeão Sul-Ameri-cano e Brasileiro 2011, e a quar-ta vitória do ano. A Volkswagen também comemorou o título de Marcas, que superou a Mercedes.

O pódio da etapa do Distrito Federal que encerrou a tempo-rada 2011 foi completado por Régis Boéssio, sua melhor colo-cação na Truck, além de Pedro Muffato, primeiro pódio do ano, Valmir Benavides, terceiro colo-cado no campeonato Brasileiro, e Fred Marinelli.

Fonte: formulatruck.com.br

Giaffone vence e conquista o título Brasileiro da Fórmula Truck 2011

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DEBATE

Chico da Boleia: Olá amigos car-reteiros, caminhoneiros e empresá-rios do setor, hoje nós vamos tratar de um assunto extremamente im-portante: Pedágios! Isso que viemos discutindo ao longo do tempo é que nós não somos contra o pedágio, so-mos a favor de uma tarifa justa. Em função disso, nós vamos conversar com o pessoal da Auto Via Régis Bit-tencourt, o Sr. Nelson Segnini Bos-solan, Diretor Executivo e com o Sr. Êneo Palazzi, diretor superintenden-te. Bom, Sr. Ênio, qual foi o princi-pal desafio quando vocês ganharam a concessão e começaram a operá-la?

Sr. Êneo Palazzi: O desafio maior, na realidade, foi uma modalidade de responsabilidade de contrato que atribui à concessionária o início das atividades no dia seguinte da assina-tura do contrato. Obrigatoriamente existe um programa que chama “Tra-balhos Iniciais” e se propunha colo-car a estrada, que estava num estado deplorável de conservação, numa condição mínima de segurança em seis meses. Nós tivemos, então, o

Pedágio Pode ser Barato!Chico da Boleia conversa com Sr. Nelson Segnini Bossolan e Sr. Êneo Palazzi sobre Pedágios

início das atividades em Fevereiro de 2008 e tivemos um ano extremamen-te chuvoso. Na realidade pra colocar a rodovia no estado que se pretendia acabou demorando mais do que seis meses. Passamos praticamente um ano trabalhando nas melhorias da rodovia.

Chico da Boleia: Nesse processo todo, vocês assumiram a concessão, estão trabalhando e estão fazendo a manutenção. Onde não há grande problema ambiental a duplicação já foi feita. Quantas pessoas estão en-volvidas nesse processo, Nelson?

Sr. Nelson: Bom, atualmente tra-balham na concessionária, ao longo dos 400 km que ligam São Paulo à Curitiba, em torno de 1500 pesso-as que fazem o trabalho de limpeza, corte de grama, reconstrução de ca-naletas, construções de passarelas e demais obras. A concessionária propriamente tem 600 pessoas, apro-ximadamente, que trabalham em outros serviços de apoio à operação. Somadas a essas 600, temos mais 500 pessoas de empresas terceirizadas que

Cadê o Estepe?Talvez, há poucos anos, você se

quer imaginaria o roubo do pneu re-serva do seu caminhão. O fato é que o cd player deixou de ser o acessório mais visado para ceder seu espaço ao estepe. Os larápios estão mudando seus interesses e quem está tendo de arcar com os prejuízos são os próprios motoristas e donos de transportado-ras. A valorização do material e a fa-cilidade de revenda fazem com que o furto do estepe se torne cada vez mais comum durante as paradas dos mo-toristas.

Devido a sua fragilidade, corren-tes e cadeados já não têm mais sido suficientes para garantir a segurança do pneu extra. Munidos de tesou-rões, alicates universais e chaves de roda, em poucos minutos os ladrões deixam um prejuízo que pode che-gar a R$2.000. Os estepes roubados

fazem esse trabalho. Estamos falando aí de um universo de 2500 pessoas que estão fazendo esses trabalhos – investimentos, obras e apoio aos usu-ários de veículos na Rodovia.

Chico da Boleia: Tendo em vista a atividade que vocês estão desen-volvendo lá e os trechos que já estão prontos, a duplicação e tudo o mais, vocês observaram mudança no nú-mero de veículos que estão transi-tando, no número de acidentes com vítimas fatais ou não?

Sr. Êneo: O crescimento do tráfe-go na rodovia tem sido bastante pró-ximo daquilo que foi previsto. O trá-fego da Régis é constante, tem pouca variação ao longo do ano. Tem uma diferença que já dá pra perceber en-tre o primeiro e o segundo semestre. Então nós temos, na realidade, no segundo semestre uma diferença de majoração em relação ao primeiro, mas é bem pequena. Então o tráfego da rodovia está em torno de 25.000 mil veículos diários, sendo distribuí-dos de maneira equalizada nos dois sentidos. E nós temos uma concen-

tração, evidentemente, na chegada em São Paulo. Do município de São Lourenço pra cá se muda, evidente-mente, totalmente essa composição. Mas o tráfego é de passagem. Pratica-mente quem entra na Rodovia lá em Curitiba vem, no mínimo até a SP 55 para ir pra Santos e que é um contin-gente da ordem de 15% do tráfego. O restante trafega na rodovia inteira. E a composição desse tráfego não tem sofrido grandes variações, mas a gente sente nitidamente, que os veí-culos particulares, os veículos leves, tem aumentado de forma substanti-va de final de semana, em épocas de feriado, etc. Por que esse público, em geral, tinha muito medo da Rodovia e com a melhoria das condições de tráfego e com as condições de aten-dimento, tem havido uma demanda desses veículos em maior proporção. Mas na composição geral de tráfego continua sendo de veículo comercial pesado.

Acompanhe entrevista completa emw w . c h i c o d a b o l e i a . c o m . b r

são vendidos, pela metade do pre-ço, como produto novo no mercado clandestino. A receptação e a revenda ocorrem com facilidade, pois alguns donos de borracharias à beira de es-tradas vêem vantagem e economia na compra de pneus roubados. Entre-tanto, adquirir um pneu com preço muito baixo e sem nota fiscal pode significar que ele tem origem ilícita, o que caracteriza crime por receptação.

A polícia tem encontrado grandes dificuldades em monitorar esta mo-dalidade de furto, pois o roubo do pneu reserva é registrado como fur-to comum. Além disso, o fato de a grande maioria das vítimas não fazer o boletim de ocorrência faz com que o furto de estepe evolua silenciosa e impunemente.

Para não correr o risco de arcar com os prejuízos de um pneu rouba-

do, anote algumas dicas que podem dificultar a ação dos bandidos.

1. Nunca estacione em locais pou-co movimentados. Procure um posto de confiança e, ainda, estacione o veículo num lugar onde ele possa ser visto;

2. Evite utilizar correntes e cade-ados, pois estes podem ser violados com facilidade. Existem no mercado alternativas mais seguras. Um bom exemplo é o Antifurto de Estepe, fa-bricado e comercializado pela Flam-ma. É importante observar que exis-tem travas específicas e modelos que variam dependendo do local onde o estepe é armazenado;

3. Cheque o travamento do estepe antes de cada viagem e após as para-das. Lembrando que, para evitar sur-presas, é bom calibrar o pneu reserva pelo menos uma vez a cada mês.

Este tipo de crime é considerado furto qualificado e a pena pode che-gar a 4 anos de prisão. A substituição do pneu é exigência do Código de Trânsito Brasileiro e o estepe é equi-pamento obrigatório. Portanto, o motorista que for flagrado dirigindo sem o pneu reserva recebe 5 pontos na carteira e multa de R$ 127,69.

Pricila Massuchetto

OPINIÃO

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5Jornal Chico da Boleia Informa

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Mercado internacional de caminhõesO vice-presidente da Fenabrave-

-RS, Luiz Carlos Paraguassu esteve na Itália para visitar o Show Room de fábrica Iveco e concessionários da marca, neste que é o mais im-portante mercado da montadora. Paraguassu, também é superinten-dente do grupo Bivel , que tem cin-co casas da marca no Rio Grande do Sul .

Para a liderança, a crise viven-ciada na Europa oportunizou uma visibilidade em nível global, do mercado de caminhões, nos países emergentes. O Brasil passa a ocu-par um significativo espaço para o desenvolvimento das matrizes in-dustriais. A verdade é que o Brasil goza de uma estabilidade econômi-ca de fazer inveja a algumas ditas potências mundiais. E mais impor-tante ainda, tem um potencial de crescimento em mercados já satu-rados em muitos países europeus.

“Perceber como estaremos nos próximos anos foi sempre a razão deste tipo de visita. O segmento de caminhões caiu 50% na Europa, lá o mercado é aberto, as empresas concorrem entre si com cerca de

ECONOMIA

30 marcas. Nos damos conta que, a grande diferença fica pela impos-sibilidade de ocorrer uma dificul-dade desta grandeza no mercado Brasileiro. A grande satisfação foi constatar que os produtos comer-cializados lá, são os mesmos da-qui.”, comenta Paraguassu.

O mercado de caminhões é con-siderado, em todo o mundo, como a indicação do que vem pela frente na economia. Na Europa, os maio-res fabricantes de caminhões já di-minuíram o ritmo de produção. A indústria é um termômetro para o crescimento econômico de forma geral, e grandes clientes corporati-vos no continente estão hesitando em fazer novos pedidos.

“O que encontrei na Itália fo-ram Mega-Dealers com áreas de 20 mil metros quadrados, estruturas fantásticas, organizadas para aten-der grandes volumes”, acrescenta o dirigente que informa que na Itália a Iveco conta com uma participa-ção de 40% no mercado de cami-nhões entre 12 e 14% na Europa.

“A tendência é que a recupera-ção venha com a expansão do mer-

cado externo, o Brasil é visto como o mercado que vive um momento ideal para o segmento de pesados. Conseqüência da economia brasi-leira, onde a concorrência disputa mercado com oito marcas naciona-lizadas, e mais quatro importadas”.

Paraguassu ainda relatou que a concessão na Europa conta com custos inferiores em financiamen-tos e estoques se comparado aos do Brasil, o que se transforma num grande facilitador do suporte para venda, mas acrescenta que as em-presas européias não têm o que en-sinar aos distribuidores brasileiros. O que existe é uma gama maior de produtos da linha leve, que em bre-ve, devem chegar ao nosso país.

Muitas montadoras buscam compensar o crescimento mais len-to na Europa com a sua presença na China, Brasil, Leste Europeu e outros mercados em desenvol-vimento em todo o mundo. As montadoras que vendem predomi-nantemente na Europa estão em situação pior, são empresas que es-tão fazendo mudanças permanen-tes nos negócios, o que em muitos

casos significa mudar o foco para mercados mais promissores fora da Europa Ocidental.

E avalia: “Independente das crises serem dolorosas, ou mesmo mais lendas, o fato é que o merca-do europeu conta com uma força econômica de compra muito forte. Esta não será a pior crise vivencia-da pela Europa, mas certamente eles perderão parte dos benefícios conquistados. Poderá haver algum reflexo no Brasil, no aspecto do aporte externo, mas vale lembrar que, o Brasil tem capacidade de ge-rar seus próprios recursos e não de-pende mais tão somente de capital estrangeiro.”

O Brasil financia o setor de ca-minhões através do FINAME, que é liberado se o produto contar no mínimo com 65% de nacionaliza-ção, o que não estimula a entrada de outras marcas, via importação, nesta competição. Para Paraguassu a próxima mudança no mercado brasileiro deverá ser a instalação de fábricas como Foton, Daf, Si-nostruck e a consolidação da Inter-national.

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Chico da Boleia: Olá amigos ca-minhoneiros, carreteiros e empresá-rios do setor do transporte, vamos conversar hoje novamente sobre a Associação de Proteção de Cami-nhoneiro. Vocês bem sabem que eu sou um defensor dessa causa, porque nós vemos no dia a dia o que acon-tece quando tentamos assegurar um caminhão através das companhias seguradoras normais, ou pedem mui-to alto, ou nosso caminhão é muito antigo e as exigências são tantas que acabamos não rodando com o seguro necessário. Como esse é um assunto que tem ganhado corpo e ganhado os quatro cantos do Brasil vamos conversar com um pessoal que tem experiência no mercado. De um lado, Roberto Videira. Ele está há mais de dez anos com Associação de Proteção. Vamos conversar também com a Doutora Virgínia, que é res-ponsável pelo departamento jurídico da FENACAT. O pessoal acha que isso é coisa nova, mas não é. Temos associações aí que vem da década de sessenta, então quanto tempo já exis-te associação no Brasil? Vamos come-çar com Roberto Videira.

Roberto Videira: Antes de mais nada eu quero mandar um abra-ço aos amigos caminhoneiros, aos transportadores, aos colegas de as-sociações de proteção. É uma alegria novamente estar falando com vocês, especialmente aqui com o Chico da Boleia que é um grande parceiro, um grande defensor do caminhoneiro, e quero também dizer aos amigos caminhoneiros que o companheiro aqui que é muito amigo. É bastante estimado por nós. As associações de proteção ao caminhoneiro realmente nasceram por uma necessidade que os caminhoneiros tinham para pro-teger o seu patrimônio e trabalhar com certa tranquilidade na estrada e ter o seu patrimônio protegido. Isso fez com que os seguros, no valor que estavam, tão elevados, ficassem inviáveis para que se protegesse o ca-

Chico da Boleia entrevista Roberto Videira e Dra. Virgínia da FENACATRoberto Videira e Dr.a Virgínia Laira conversam com Chico da Boleia sobre as Associações de proteção

minhão, e aí se reuniram em grupos para fazer o mutualismo para que ra-teassem os possíveis prejuízos de co-lisões, de roubos para que se rateasse entre o grupo, para que diminuísse o custo dessa proteção. Isso não nasceu hoje, não nasceu ontem, isso é do fi-nal da década de sessenta, nasceu em 1969 de uma associação que está em São Paulo e que existe até hoje. Essa associação já está na terceira geração. Agora nos últimos dez anos, houve um crescimento desordenado, por-que eram tantas associações por esse Brasil afora, que ficou assim, destaca-

da, e não só associações de caminho-neiros, como associações de veículos do qual não somos a favor, haja vista, que somos a favor de associações que defendem uma categoria, no nosso caso a categoria dos transportadores de carga, dos caminhoneiros especi-ficamente. Então as associações cres-ceram de uma forma tão grande, eu diria até desordenada, tendo em vis-ta que a FENACAT nasceu há cinco

ou seis anos, não é doutora, a dou-tora vai falar um pouquinho disso, ela que é a responsável do jurídico da FENACAT, é por isso que existe aí uma guerra declarada entre o lado segurador e nós aqui das associações de proteção.

CB: Bom, como os amigos po-dem perceber, nós estamos falando de 1969 pra cá. Essa história de as-sociação não é algo novo. É algo que ao longo do tempo nós caminhonei-ros sentimos a necessidade de nos organizar enquanto categoria para proteger nossos interesses. Doutora

Virgínia, o que a senhora fala pra gente sobre esse tempo de vida das associações de proteção?

Doutora Virgínia: Em primeiro lugar é uma satisfação muito gran-de estar com nosso amigo Chico da Boleia, sempre nos apoiando, par-ticipando de todos nossos eventos, então pra nós é uma honra muito grande participar deste bate papo. As associações, como já colocou nos-

so amigo Videira, são muito antigas, mas este crescimento realmente se deve ao fato, agora do aumento até da própria necessidade de escoar a carga dentro do Brasil, do crescimen-to do Brasil. Houve um aumento muito grande de caminhões, cami-nhoneiros, transportes, e houve essa necessidade maior de procurar uma ajuda. Exatamente o que fazer quan-do o meu veículo é roubado? Porque em decorrência do aumento dos rou-bos, a marginalidade muito crescen-te, a falta de segurança nas estradas, dentro da cidade, então tudo isso fez com que o movimento acabasse crescendo, até mesmo de uma forma desorganizada, porque hoje é muito fácil você abrir uma associação, e as pessoas estão abrindo associações por todo o Brasil. Basta reunir alguns caminhoneiros que tenha o prejuízo entre eles e divide-se, rateia-se o pre-juízo. Porque é inviável hoje o cami-nhoneiro contratar uma apólice de seguro. O seguro, nós o vemos como um objeto de luxo, hoje até pro au-tomóvel é difícil você fazer uma con-tratação, porque você é obrigado, você não tem diferença de mercado, exatamente um preço, agora imagina isso voltado para o caminhoneiro. Fica pior ainda, porque o caminho-neiro com o jeito dele todo à vonta-de, entrar numa agência seguradora pra contratar, ninguém vai dar im-portância para ele. E também pelo auto risco que representa. Então as poucas empresas que praticam, que fazem o seguro do caminhão, colo-cam o preço que elas querem e não o preço que o caminhoneiro pode pa-gar. Então é impossível hoje se você fala num caminhão 2005 vão falar em R$ 30, R$ 35 mil reais por ano de seguro. É impossível! O caminho-neiro não ganha isso, não sobra isso pra ele. Então por essa necessidade de terem uma proteção do meio de trabalho é que começaram a surgir as associações de proteção.

CB: Um dos pontos que o pessoal

O caminhoneiro que anda fora da lei não está podendo carregar. Ele não pode transportar, com isso ele não vai ficar nas associações. Queremos todos os nossos associados dentro da lei, o caminhão com a documentação em ordem, IPVA recolhido, inclusive com o RNTRC. Roberto Videira

ENTREVISTA

Roberto Videira esclarece muitas dúvidas sobre as Associações

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7Jornal Chico da Boleia Informa

questiona muito, principalmente os corretores que não tem conhecimen-to profundo do assunto, é a legalida-de de uma associação de proteção, de uma cooperativa de proteção ou de um clube de proteção. Doutora, aonde está o amparo legal das asso-ciações se formarem e prestarem esse serviço?

DV: É nós já sabemos que hoje pra você abrir uma empresa de se-guros, você obrigatoriamente preci-sa ter a autorização da SUSEP, e as associações em primeiro lugar não fazem um seguro. O produto “segu-ro” é muito diferente do produto da “mutualidade” oferecido pelas asso-ciações, então não existe uma base legal, na qual a associação venda seguro, porque ela não vende segu-ro. O que a associação pratica hoje é: você tem seu caminhão, você teve um prejuízo e esse prejuízo é dividi-do entre todos os demais. Ou seja, eu estou dividindo um evento que já aconteceu. O seguro não! O seguro você contrata pra um evento futuro e incerto. Você pode ter o seu veícu-lo batido ou não, você pode ter seu veículo roubado ou não, mas mesmo assim você paga anualmente a anui-dade. E o caminhão não, você só vai pagar se realmente acontecer algum evento com ele, ou com os demais associados, porque essa é a diferen-ça. É exatamente o que nós estamos fazendo aqui. Nós estamos dividindo o prejuízo de um entre todos os asso-ciados. Essa é uma diferença primor-dial. Outra coisa que nós vemos de diferente é que as associações são de categorias diferenciadas, isto é, aqui-lo que nós chamamos de viés clas-sista. Nós temos uma categoria toda unida em torno dela, as pessoas são todas indicadas, não é aberta a qual-quer pessoa, para você entrar na asso-ciação você tem que ser indicado por outra pessoa e você necessariamente tem que ser do ramo de transporte. Ou seja, tem que ser um caminho-neiro. Isso se diferencia do seguro, porque se você vai contratar seguro pode ser qualquer empresa, qualquer um, é aberto, existe essa diferença também.

CB: Então o primeiro ponto é as associações fazem proteção e não se-guro, isso a doutora já deixou bem claro e já deixou claro que é neces-sário fazer isso por categoria específi-ca. Ou seja, nós estamos falando de caminhoneiros que tem o seu bem e entre eles fazem a cotização. Videira, você enquanto tesoureiro da Fede-ração e Presidente da APROCAM BRASIL, poderia dizer se seria inte-ressante também se na hora da ade-são do novo associado à associação já que se faz necessário essa caracte-rização de categoria exigir o RNTRC dele em dia?

RV: Bom, na realidade isso vem quase que automático. O caminho-neiro que anda fora da lei, se ele não tem o RNTRC em dia, ele não está podendo carregar. Ele não pode transportar, automaticamente ele não vai ficar nas associações. Nós queremos todos os nossos associados dentro da lei, o caminhão precisa es-tar com a documentação em ordem, com o IPVA recolhido, inclusive com o RNTRC. É importante que sempre façamos que isso seja seguido na ris-ca, não tem porque é A, é B, é primo. Não! Tem que estar tudo em ordem.

CB: Nós estamos falando aqui das associações que existem desde o ano de 1969 e as diferenças entre o que é Proteção e o que é Seguro. Nessa linha existe uma exigência das associações de proteção que se colo-que um rastreador independente da marca, para se visualizar o caminhão, esse é um trabalho de segurança para prevenir algum problema e dar tran-quilidade também à família do ca-minhoneiro, estou correto ou é uma visão equivocada?

RV: Olha uma pergunta muito boa Chico! Os amigos caminhonei-ros devem entender que hoje a cri-minalidade avançou muito, eles tam-bém estão ao lado da tecnologia que a cada instante se transforma. Algu-mas associações não exigem rastrea-dor, porém são aquelas associações de rateio e que se houver um rastre-ador em funcionamento, o repasse será de cem por cento, se não houver de setenta. Existem algumas associa-

ções no Brasil que ainda funcionam assim, a maioria delas exige sim! Não só o rastreador como outros equi-pamentos de segurança, como, por exemplo, trava de quinta roda, de-tector de jammer, um RF que é um rádio frequência. Então não é só ras-treador, porém, sou favorável que te-nhamos sim a tecnologia trabalhan-do a favor da associação Chico.

CB: É amigos caminhoneiros, aquilo que a gente fala objetivamente no dia a dia pelos eventos, pelas fes-tas onde a gente encontra com vocês: a associação tem um grande diferen-cial, que é caminhoneiro protegendo caminhoneiro, é carreteiro protegen-do carreteiro, é o pessoal do trecho protegendo o pessoal do trecho. Por-que quando você coloca o rastreador, você tem uma equipe que vai olhar por esse bem. É diferente de outro sistema de seguro, não estou aqui querendo criticar a seguradora, mas estou colocando um diferencial, que é o seguinte: a proteção é proteção porque as associações estão de olho naquele veículo, ou seja, por onde ele andar sempre terá alguém olhando, terá alguém acompanhando, dessa forma prevenindo o que possa acon-tecer de problema na estrada. E mes-mo assim, se houver necessidade de um socorro, se houver a necessidade de algum aviso ao amigo, o pessoal

sabe o que está acontecendo. Douto-ra, voltando à questão legal: existe o parecer de um jurista famoso aí que eu não me recordo o nome, fazendo a defesa da legalidade das associações correto?

DV: Sim, nós chegamos até esse parecer quando eu fui convidada a conhecer a federação, a participar, dar um parecer meu da legalidade ou não das atividades das associações. Na ocasião me chamou muito a aten-ção, me deixou muito curiosa pelo assunto, achei bastante instigante e comecei a investigar sobre a mutuali-dade e dentro do nosso código civil, exatamente no capítulo que fala so-bre seguros eu achei um enunciado do conselho nacional de justiça que falava que aquele capítulo de segu-ros não se aplicava as associações de classe. Aquilo me chamou atenção, eu achei uma luz no fim do túnel, e aí então eu fui procurar. Fazendo pesquisa dentro da Justiça Federal e eu consegui chegar até o professor Antonio Diz, que já é falecido, e con-versei bastante com ele. Coloquei e levei estatutos das associações, ex-pliquei o que as associações estavam falando e ele entendeu. A partir daí então ele desenvolveu todo o assun-to. Esse parecer dele realmente é bastante favorável e mostra bem a distinção do que é que as associações

ENTREVISTA

Dra. Virginia Laira conversa com Chico da Boleia

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8ENTREVISTA

fazem que, não é seguro, deixa essa diferença bastante clara. Então esse parecer tem uma força legal, porque é feito por um jurista de renome que da uma base muito boa para a defesa das associações. A partir dessa dife-renciação entre um produto e o ou-tro, e dentro da própria legislação do seguro - eu não me recordo agora o número exato - mas existe um artigo que fala que as disposições daquele artigo não se aplicam às associações que já estão em funcionamento, ou seja, autoriza as associações que já es-tavam em funcionamento em 1970, 1973, se não me falha a memória, a praticarem o que era exatamente aquelas associações que praticavam montepio - então assim o sucesso ou insucesso das associações, não é pela legislação nem pelo produto, mas sim pelas pessoas que estão à fren-te das associações. Então eu sempre falo isso, não adianta nós termos di-versas associações de caminhoneiros de veículos se as pessoas que estão à frente não levarem o trabalho a sé-rio. Então não é um fundamento le-gal ou o produto que se faça, mas sim

as pessoas que estão na gerência das associações. Isso é muito importante!

CB: Esse é outro ponto impor-tante para ser observado, porque é o que bem disse a doutora: não depen-de da estrutura, da constituição, de-pende das pessoas que estão à frente da entidade ou daquela instituição. Vocês sabem que ao longo do tempo nós vimos aí bancos quebrarem, nós vimos seguradoras quebrarem e dei-xarem seus clientes a ver navios. Re-centemente nós vimos um problema com um banco de um apresentador famoso que passou por problemas, teve socorro do governo federal e por pouco não quebra, deixando um monte de gente na mão. Então não é uma questão de instituição, não é uma questão da estrutura, e sim de pessoas, então nós estamos falando das associações, defendemos associa-ções. Sim, aquelas associações que tem pessoas sérias, pessoas equilibra-das à sua frente e com interesse real-mente em defender os interesses do caminhoneiro. E nessa linha a gente observa que existem associações que não só fazem a proteção do bem do

casco, como fazem outras atividades no campo social, e o Videira pode fa-lar um pouco mais sobre isso.

RV: Pergunta ótima, Chico! Fa-lar para o amigo caminhoneiro que a associação só faz proteção, não é verdade!Essa é mais uma forma que nós temos de ajudar o amigo cami-nhoneiro. Nós temos, por exemplo, convênios com creches, temos convê-nios com mercados, temos dentistas, temos algumas associações que têm o plano de saúde, temos convênio com borracharias, convênio com funila-ria, com mecânica, convênio com empresas distribuidoras de peças pra caminhão, temos prazo pra pagar, temos um valor para pagamento di-ferenciado para o nosso associado. Então falar hoje de associação de ca-minhoneiro é uma gama de benefí-cios para você amigo caminhoneiro.

CB: Voltando a questão da legali-dade! (Vocês estão observando aqui que quando agente vai pra dentro da esfera legal, falamos com a doutora; e do outro lado fala com o companhei-ro Videira). Doutora, falando ainda sobre a questão de legalidade, agente sabe que através de um trabalho da senhora, começou-se dentro da fede-ração da FENACAT a fomentar nos estados as audiências públicas para se discutir o assunto sobre as associa-ções de proteção. Dê um relato dessa experiência pra gente: quantas audi-ências já foram feitas e o que se tem previsto para o próximo ano?

DV: Nós iniciamos essa atividade porque era de extrema importância para a FENACAT ela se tornar um órgão conhecido, um órgão de repre-sentatividade nacional e divulgar o trabalho das associações entre todos os estados. Porque quando você fala em associação de caminhoneiro, já vem logo um “iiihhhh!”, as pesso-as desconhecem, não é? Então nós começamos a fazer um trabalho, di-vulgando as associações, divulgando que além da proteção existe uma preocupação muito grande com a segurança, com a vida do motorista. Começamos então a desenvolver tra-balhos dentro das associações para que o próprio caminhoneiro tomas-

se ciência, conhecimento do que re-presenta a estrada, os perigos e tudo mais. A partir disso, nós começamos a esquematizar, a planejar essas au-diências públicas, sempre unindo o tema segurança às atividades das associações, porque é uma forma de nós atrairmos mais um público, autoridades ligadas ao transporte, à segurança. Porque hoje, quando se fala em caminhão se pensa em rou-bo, é uma coisa automática. Com esse trabalho nós já fizemos qua-tro audiências, duas em São Paulo, uma no Rio Grande do Sul e uma em Minas Gerais, em todas elas nós conseguimos excelentes resultados, conseguimos fazer frentes de traba-lho. É lógico que tudo é muito len-to, muito devagar, é uma questão de consciência e até de conscientização do próprio caminhoneiro, das pró-prias pessoas envolvidas dentro das associações, porque isso pra eles é novidade. Então nós temos que ir de-vagar, tomando consciência. Agora, este ano ainda, era pra ser feito uma em Santa Catarina, mas não tivemos condições de realizar por questões de agenda, então jogamos isto para o ano que vem. A nossa ideia é no ano que vem fazer a região de Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Ja-neiro e outros estados para nós con-seguirmos uma representatividade de políticos. Inclusive, este trabalho de politização dentro da federação começou assim, com as audiências públicas para atrair um pouquinho mais a atenção do político para o pro-blema da Federação. Então hoje, nós estamos fazendo, realizando um tra-balho, de mapeamento das associa-ções que estão dentro da Federação, para que quando chegarmos numa autoridade, numa pessoa ligada ao transporte, mostrar qual é o cenário do caminhoneiro hoje: o que repre-senta, no que ele precisa ser ajudado, então com essas audiências públicas nós estamos conseguindo levar esta conscientização um pouquinho mais pra dentro de cada estado, e a nossa idéia é chegar até Brasília.Acompanhe entrevista completa emw w . c h i c o d a b o l e i a . c o m . b rChico da Boleia em entrevista à FENACAT

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9Jornal Chico da Boleia Informa

“Eu acho que no nosso país tem mui-tos impostos e taxas. Essas leis tam-bém que são muito confusas. Eu gas-tei mais de R$ 700,00 reais com essa história de tacógrafo e agora estão dizendo que nem precisa mais. Sem falar também nos preços do pedágio que são muitos caros. Se de carro o pessoal já reclama, imagina nós, cami-nhoneiros, quanto pagamos. Outra coisa também é o frete muito barato que muitas transportadoras pagam pelo nosso serviço.”

Oscar Leonello, 57 anos, 33 anos de estrada, Mogi Mirim - SP

“Estou há pouco tempo na estrada e por enquanto não tenho do que re-clamar. Eu trabalho com transporte de ração e a maioria das estradas que eu “pego” são de terra e elas estão bem conservadas.”

Jorge Coutinho, 51 anos, 1 mês de estrada, Amparo - SP

Recados da Boleia

“Eu acho que as estradas melhoraram bem para os lados de Monte Sião (MG) graças à concessão. Eles recape-aram a estrada de Alfenas para Altero-za/Areado. Mas lá para outros lados do Norte de Minas, as estradas ainda não são boas.”

Benedito Correa Barbosa, 57 anos, 35 anos de estrada, Monte Sião - MG

“O pedágio chegou para sair o IPVA. Agora o IPVA voltou, os pedágios continuam e temos que pagar os dois quietos. Todo nosso lucro fica no co-fre das praças de pedágio, além de o frete estar muito barato.”

Dener Eduardo Rossetti, 41 anos, 22 anos de estrada, Pedreira - SP

“Os pedágios são muito caros. Quase 30% do frete ficam com eles. Tam-bém queria falar sobre a proibição de caminhões durante o dia em São Paulo (capital) para carga e descarga. Isso é ruim, afinal nenhuma empresa trabalha à noite.”

Franciso Gabriel de Lima, 27 anos, 8 anos no ramo, Mogi Mirim - SP

“Pedágio está caro. É certo ter pedá-gio para se ter uma estrada de boa qualidade, mas não precisa ser tão caro assim. Quando faço uma via-gem, muitas vezes, pago mais de pedá-gio do que do próprio combustível.”

Josué Jorge da Silva, 47 anos, 27 anos de estrada, Mogi-Mirim - SP

INTERATIVIDADE

O primeiro trecho do Contorno de Betim, que vai do km 497,5 até o Trevo, na Rodovia Fernão Dias, já foi inaugurado. A Autopista Fernão Dias é a responsável pela administração da rodovia e pela construção da alça viária.

Com aproximadamente 8 quilômetros, essa nova obra tem como objetivo desafogar o tráfego da BR-381, entre Contagem e Betim, criando uma alternativa para o tráfego rodoviário de longa distância, desafogando a pista atual. Com o trânsito mais fluido, você, caminhoneiro, terá um caminho muito mais tranquilo e seguro.

Contorno de Betim.Mais conforto e segurança para o caminhoneiro.

Programa Chico da BoleiaO Amigão das Ideias

Todas as Quartas e Quintas pela Rádio Clube de Itapira AM 930 Mhz das 20h às 24h ou pelo site www.chicodaboleia.com.br a qualquer hora.

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10

Central do Transporte oferece diversos serviços relacionados ao setor de Transporte de Cargas

Companheiros Carreteiros, Ca-minhoneiros, Chapas, Empresários do Setor, na Edição Nº 02 do nosso Jornal informamos como funciona um dos serviços disponível no Por-tal www.centraldotransporte.com.br que é a Localização de Fretes ou informações sobre Fretes. Hoje ire-mos falar sobre um outro serviço disponível.

SERVIÇOS

O que o Portal Central do Transporte oferece ao setor.ANTT

Na prestação de serviços o Portal Central do Transporte é um Posto Credenciado junto à ANTT, via UNICAM, para fazer o CADASTRAMENTO ou RECADASTRAMENTO no Registro Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, mais conhecido como RNTRC.

INFORMAÇÕES SOBRE FRETESNo Portal é possível encontrar informações sobre cargas para os mais variados destinos do Brasil, de embarcadores ou transportadoras, bem como

encontrar caminhoneiros, carreteiros ou transportadoras, de forma muito simples e o mais importante sem intermediários.

INFORMAÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃOTudo o que acontece no campo das Leis referente ao setor você vai encontrar no Portal. Estamos diariamente monitorando para ver o que há de

novo.

DISPOSITIVO AUXILIAR DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR. Resolução Nº 370 CONTRANO Portal Central do Transporte oferece pelo melhor preço material homologado em todo território nacional.

Você com certeza pode ter maiores informações e saber como tudo isso funciona acessandowww.centraldotransporte.com.br ou ligando para (19) 3843-5778 / (19) 3843-6487.

mensagem de texto com um código previamente definido, para nossa central informando a cidade em que ele está.

O Sistema recebe a informação e de imediato marca no mapa e fica visível para aqueles que precisam de um transporte naquela localida-de.

A Pessoa ou empresa que precisa do serviço acessa a página principal do Portal www.centrraldotranspor-te.com.br, clica no ícone de Em-barque Imediato e vê os caminhões

disponíveis na cidade selecionada, pegando o número e entrando em contato direto com o caminhonei-ro. Simples, ágil e prático.

Ao lado podemos ver um exem-plo da Ferramenta em questão em funcionamento.

Entre em contato com o pesso-al da Central do Transporte e so-licite maiores informações sobre a Ferramenta, bem como todos os serviços oferecidos, tanto para Transportadoras, Embarcadores e Transportadores Autônomos.

Disponível paraEmbarque Imediato:

Este serviço está disponível para todos os que são assinantes do sis-tema CT (CENTRAL DO TRANS-PORTE).

É muito simples: todo assinante que estiver com seu caminhão dis-ponível para transporte, envia uma

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11Jornal Chico da Boleia Informa

Cantinho da Saudade - O tempo, a chuva e a vidaFim de ano. No balanço, planos

não cumpridos nos meses agora de outrora. Começo de ano, os sonhos estão se somando e ficando cada vez mais para o futuro incerto. Para pou-cos privilegiados, o prêmio veio. Mas, para outros, nada! Por que esta dispa-ridade? Por que os deuses não emitem a luz igualitária a toda humanidade?

Sabe-se lá. Mas, durante séculos, os otimistas, os sábios etc., enfim, sem-pre injetam em nossas veias o soro da esperança e a ânsia de nunca desistir. É justo! Muito justo! Temos o presente e o futuro para lidar com as inconveni-ências que virão. Por isso precisamos de raça e acreditar em todas as bolas que chegam aos nossos pés. Uma hora faremos gol.

E quando este gol sai, como se diz por ai, é só correr para o abraço. En-tão, o agora é muito importante para delinear coisas boas que poderão vir ao nosso encontro. O passado, já pas-sou. O futuro é incerto. O presente é

um presente, como disse o mestre, no filme infantil, Kung Fu Panda.

Muita gente acredita que a virada do ano não muda nada. A vida conti-nua na mesma. Continua sim. Mas na morosidade caprichosa da natureza, as coisas estão evoluindo. Primeiro, esqueça o esquema organizacional da humanidade através dos calendários. Pegue suas fotos antigas e analise o sua face hoje. O tempo existe. Você enve-lheceu. Pois é. Aí está a mudança.

O tempo e o amor são iguais. Você não os vê e não tem controle sobre eles, mas estão impiedosamente gruda-dos na sua carne, alterando caminhos e criando novas emoções. Não trace rotas inexatas. Não dirija por estradas tortas. Corra para seu filho pequeno, de valor para aquele sorriso lindo. Tire daí sua força para se alavancar, caso ainda não venceu ou conseguiu algo que só o seu coração deseja.

Como disse Belchior, viver é me-lhor que sonhar. E viver, mesmo que

não lhe traga sucesso material, te abençoou com uma família, um dia de sol, uma praia em um lugar qual-quer. Mesmo com a chuva – que faz a terra brotar – mesmo que não goste dela, pense como lágrimas do céu, que choram por você, caso não dê valor a nada.

Um dia de chuva ou de sol não tem diferença. Ambos são maravilho-sos para a terra. É o estado de espírito que define o tempo. Assim como o ano entrante. Precisamos de energia nova a cada dia, semana, mês. Isto é mais do que fé.

Tudo vale a pena. Só depende da gente. Só depende da gente. Boas fes-tas e felicidades para todos os dias a você. Que sejam semanas e mais sema-nas entre anos de bons fretes.

Autor:José Carlos Rollo (Jota Carlos)[email protected]

As 10 + Pedidas noPrograma Chico da Boleia

Frases de Para-choques

1º Mão do Tempo - Tião Carreiro & Pardinho2º Serenata - Amado Batista3º Mágoa de Boiadeiro - Sérgio Reis4º Fio de Cabelo - Chitãozinho & Xororó5º De Igual Para Igual - Mato Grosso & Matias6º Lado Esquerdo - César Menotti & Fabiano7º Música da Saudade - Gilberto & Gilmar8º Ladrão de Beijo - Pedro Bento & Zé da Estrada9º Ausência - Milionário & José Rico10º Rancho Vazio - Tonico & Tinoco

“Tudo na vida é passageiro. Exceto o motorista e o cobrador.”

“Todos os cogumelos são comestíveis. Alguns só uma vez.”

“Suba na vida mas não faça ninguém de escada!”

“Sogra e onça pintada muita gente defen-de, mas ninguém quer levar para casa.”

“Se não gosta do jeito que dirijo, saia da calçada.”

“Seja otimista: pense que por maior que seja o buraco em que você se encontra, por enquanto ainda não há terra em

cima.”

“O futuro depende dos seus sonhos! Por isto não perca tempo, vá para casa

dormir.”

“Não falo com a minha esposa há mais de um ano! Não quero interrompê-la...”

LAZER

SOLU

ÇÃO

AN

TERI

OR

Ouça o Programa Chico da Boleia - O Amigão das Ideias pela Rádio Clube de Itapira AM 930 Mhz todas as quartas e quintas-feiras das 20h às 24h ou pelo site www.chicodaboleia.com.br a qualquer momento.

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